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ENSAIOS DE MATERIAIS

AULA 4 ENSAIOS EM MATERIAIS – PARTE 1

Metalurgia 1 APRESENTAÇÃO : EDILSON JOSÉ BARBOSA


VAMOS PENSAR

Uma FORÇA pode ser aplicada num


corpo de diferentes maneiras,
originando portanto, diversos tipos
de SOLICITAÇÕES:
PRINCIPAIS Qc
At
SOLICITAÇÕES
Qc

Tração Cisalhamento

Compressão Torção Flexão


DEFORMAÇÃO

Quando uma força é aplicada a um


corpo, a sua FORMA e TAMANHO
mudam.
Isso já
sabemos...
♦ Elástica
♦ Plástica
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA: Também já
sabemos...

♦ Precede a deformação plástica.


♦ É reversível.
♦ Desaparece quando a TENSÃO é
removida.
DEFORMAÇÃO ELÁSTICA:
É mesmo !!!

Microestrutrural

Ocorre pequenas alterações no


espaçamento interatômico e na
extensão de ligações interatômicas.
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA É mesmo!!!

♦ Quando as tensões que ultrapassam o


limite de elasticidade.
♦ É irreversível
♦ Deslocamento permanente dos átomos
em relação as posições de equilíbrio.
♦ Removendo as tensões a deformação se
mantém ou seja permanente.
Nossa!
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Interessante

❖ Leva a quebra de ligações entre átomos


vizinhos originais e em seguida ocorre o
estabelecimento de novas ligações

❖ Removendo a tensão, eles não retornam mais


as suas posições originais e novos grãos serão
formados.
Deformação Microestrutural
É
Assim que
deforma?
ENSAIO DE TRAÇÃO

❑ Princípios do ensaio
❑ A máquina de ensaios
❑ Funcionamento da máquina
❑ Preparação do CP’s
❑ Obtenção de Resultados
❑ Análises de resultados
ENSAIO DE TRAÇÃO

O ensaio provoca o ALONGAMENTO até


FRATURAR o material.
ENSAIO DE TRAÇÃO

O ensaio provoca o ALONGAMENTO até


FRATURAR o material.

Aplicabilidade do ensaio
Devido à facilidade de execução e reprodutibilidade
dos resultados, este ensaio é amplamente utilizado.
ENSAIO DE TRAÇÃO
1- Preparação
Do corpo de prova. ( Normalizado )

2. Aplicação :
Força uniaxial crescente até a ruptura.

3. Verificação:
Esforço ( Alongamento máximo possível )
Máquina Universal de Ensaios
50 kgf
a
300.000 kgf

Normas técnicas

NBR
ABNT, ISO, DIN, AST
M, dentre outras)
Ensaio de Tração
Padronização de CP’s
Corpo de prova

Figura 3: Posicionando o corpo de prova


❑ Aumento de comprimento
DEFORMAÇÃO :
❑ Diminuição da secção transversal
Ensaio de Tração

Padronização de CP’s

Amostra de teste uniaxial de acordo com ASTM A370


Equipamento para ensaio de tração

Figura 1: Corpos de prova para ensaio de Figura 2: Representação


tração segundo norma técnica de um ensaio de tração
Preparação - Máquina de ensaio de tração

1- Verificar a inatividade da máquina.

Testar a máquina até as temperaturas de testes.


➢ Minimizar erros de leitura.
Preparação - Máquina de ensaio de tração
.

2) Inspeção e medição ( Dimensões dos CP’s)

➢ Dimensões incorretas e falhas na preparação do


corpo de prova pode fornecer dados incorretos e
invalidar o ensaio.
Preparação - Máquina de ensaio de tração

3) Marcação do comprimento inicial CP’s


➢A marcação e posterior leitura do comprimento
final é explicada mais a frente.
Preparação - Máquina de ensaio de tração
4) Zerar a máquina de teste

➢ O “zero” indicado pela máquina realmente


equivalha a “zero” de força real. Qualquer pré-
carga deve ser indicada com “Zero”.
Preparação - Máquina de ensaio de tração
5) Posicionamento do corpo de prova

➢ Limitar a área de pegada à cabeça do CP’s


Preparação - Máquina de ensaio de tração

6) Execução

Garantir : Velocidade do teste menor que velocidade


máxima que a máquina.
Resultados - Ensaio de tração

• Tensão limite de escoamento


• Tensão limite de resistência a tração
• Cálculo do alongamento
• Arredondamentos
• Avaliação dos resultados
• Elaboração do relatório
Ensaio de tração
(materiais metálicos) são
ASTM A370 e ASTM E8.
ENSAIOS DE MATERIAIS
AULA 4 ENSAIOS EM MATERIAIS – PARTE 2

Metalurgia 1 APRESENTAÇÃO : EDILSON JOSÉ BARBOSA


ENSAIO DE TRAÇÃO NA AULA DE HOJE

❑ Princípios do ensaio
❑ A máquina de ensaios
❑ Funcionamento da máquina
❑ Preparação do CP’s
❑ Obtenção de Resultados
❑ Análises de resultados
Resultados - Ensaio de tração

• Tensão limite de escoamento


• Tensão limite de resistência a tração
• Tensão limite de ruptura
• Cálculo do alongamento
• Deformações
• Análises e avaliação dos resultados
• Elaboração do relatório
Ensaio de Tração

NORMAS (NORMA ABNT)


(Materiais metálicos)
•ABNT NBR6673: Produtos planos de aço;
•ABNT NBR7433: Produtos tubulares de aço;
➢ ASTM A370 e ASTM E8/E8M.
•ABNT NBR7549: Alumínio e suas ligas.
➢ DIN EN ISO 6892-1
➢ ISO 6892

OBS: EXISTEM OUTRAS NORMAS


CURVA TENSÃO – DEFORMAÇÃO

TENSÃO

DEFORMAÇÃO
CURVA TENSÃO – DEFORMAÇÃO
(S) PONTO : ÚLTIMO VALOR DE
TENSÃO. VALOR MÁXIMO
(Y) PONTO : TENSÃO
PLÁSTICA SE TORNA
PERCEPTÍVEL

(B) : PONTO

TENSÃO
DE RUPTURA

REGIÃO DE
DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA

DEFORMAÇÃO
Gráfico típico de S
TENSÃO X DEFORMAÇÃO
de um ensaio de tração

B
Y
P

Y S B

FASE ELÁSTICA FASE PLÁSTICA


Encruamento Empescoçamento - Estricção
Ocorre ENDURECIMENTO
POR TRABALHO A FRIO
(encruamento ) ;

❑ Região de seção
reduzida.(Local de
maior deformação)

Obs: Menor que a tensão aplicada


Analisando a CORPO DE PROVA CILÍNDRICO
DEFORMAÇÃO ESTRUTRURAL

Tração Compressão
DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS
Deslocamento entre átomos de um grão.

Plano de célula unitária

Figura 1 – Plano de Grão


A B C D
Deslocamento entre átomos de um grão.

Efeito COMPARATIVO

Tração Compressão
Figura 1 – Plano de Grão
Análise dimensional da deformação - Alongamento

Ao

Figura : CP submetido a um ensaio de tração.


ENSAIOS DE MATERIAIS
AULA 4 ENSAIOS EM MATERIAIS – PARTE 3

Metalurgia 1 APRESENTAÇÃO : EDILSON JOSÉ BARBOSA


ENSAIO DE TRAÇÃO NA AULA DE HOJE
❑ Princípios do ensaio
❑ A máquina de ensaios
❑ Funcionamento da máquina
❑ Preparação do CP’s
❑ Obtenção de Resultados
❑ Análises de resultados
ENSAIO DE TRAÇÃO
EVOLUÇÃO DA ALTERAÇÃO DO MATERIAL SOB AUMENTO DAS CARGAS ATÉ SEU COLAPSO
Equações - Cálculos (Obedece a lei de Hooke)
COEFICIENTE DE POISSON

Força Uniaxial

Descreve a expansão
ou contração de um
Alongamento
Contração
material em direções
perpendiculares à
direção da força
aplicada.

Obs: Valor admensional negativo


COEFICIENTE DE POISSON

ε Lateral = -ΔB / B
Força Uniaxial

Alongamento
Contração

ε longitudinal = ΔL / L
COEFICIENTE DE POISSON

ε Lateral = -ΔB / B

ε longitudinal = ΔL / L
MELHORANDO O ENTENDIMENTO

A PARTIR DOS RESULTADOS


Uma coisa é
• IDENTIFICAR CARACTERISTICAS. ensaiar o material
outra coisa é
• CORRELACIONAR UM MATERIAL COM O OUTRO. saber interpretar
• DISTINGUIR PROPRIEDADES DE CADA MATERIAL. os resultados.
• SABER SOBRE A APLICAÇÃO DOS MESMOS.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

❑ O MÓDULO DE ELASTICIDADE (E) Não


corresponde a RIGIDEZ ou uma podemos
esquecer.
resistência do material à deformação
elástica.

❑ O MÓDULO DE ELASTICIDADE está


ligado diretamente com as FORÇAS
DAS LIGAÇÕES INTERATÔMICAS.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

❑ Quanto maior o MÓDULO DE ELASTICIDADE, mais rígido


será o material ou MENOR SERÁ A DEFORMAÇÃO ELÁSTICA;
Legal
❑ E aço (≈ 200 GPa)
❑ E alumínio (≈ 70 Gpa ) E aço 3 x maior que Al

Obs: > Maior( E módulo de elasticidade ) < Menor a


deformação elástica resultante.
Deformação Plástica
❑ Na maioria dos MATERIAIS
METÁLICOS, o regime elástico
persiste apenas até DEFORMAÇÕES
de aproximadamente 0,2 a 0,5%.
Deformação Plástica K= Constante
elástica

❑ A partir do REGIME ELÁSTICO A TENSÃO NÃO É MAIS PROPORCIONAL.


Temos deformação plástica; ( Não obedece a Lei de Hooke).
Deformação Plástica
❑ A partir do REGIME ELÁSTICO A TENSÃO NÃO É MAIS PROPORCIONAL.
Temos deformação plástica; ( Não obedece a Lei de Hooke).

❑Limite de escoamento

❑Limite de resistência

❑Limite de ruptura

Obs: Formação gráfica - Curva


Deformação Plástica
❑ A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA : QUEBRA DE LIGAÇÕES com os átomos
vizinhos originais e em seguida FORMAÇÃO DE NOVAS LIGAÇÕES;

Campos de deformação
-Se repelem-

Uma discordância dificulta


a movimentação de
outra discordância
Gerando o ENCRUAMENTO
Deformação Plástica
❑ Na DEFORMAÇÃO PLÁSTICA ocorre o escorregamento (cisalhamento) ,
que envolve o movimento de discordâncias.
PLANO DE
ESCORREGAMENTO

CONTORNO
DE GRÃO
Deformação Microestrutural

ELÁSTICA
Deformação Microestrutural

ELÁSTICA
DEPENDE DA :
Habilidade das
discordâncias em se
deslocarem
definitivamente
PLÁSTICA
Deformação Microestrutural
Movimentação plástica do material

Figura : Rearranjo atômico que acompanha o movimento de uma discordância.


Tipos de material e as curvas
Gráfico típico de TENSÃO X DEFORMAÇÃO
de um Ensaio de tração

(a) Frágeis, (b) Plásticos, (c) Elastômero


GRÁFICO COMPARATIVO

1
2
3
4

5
6

7
Aço estrutural
8
Magnésio Médio carbono
RESUMO FINAL

DEFORMAÇÃO
QUADRO
COMPARATIVO
Propriedade mecânica

Mede a rigidez de
um material sólido

(Obedece a lei de Hooke)


Prof. Edilson José Barbosa
DMQ-TM – Depto de Metalurgia e Química
CEFET/MG Campus VII Timóteo Ano 2023

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