Você está na página 1de 48

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

ENGENHARIA MECÂNICA

EM12 – CIÊNCIA DOS MATERIAIS

AULA 9
PROPRIEDADES MECÂNICAS
(PARTE 1)

Profa.: Dra. Alexandra de Oliveira França Hayama

2013/1
PROPRIEDADES MECÂNICAS

Por que estudar as propriedades mecânicas dos


materiais?

Porque as propriedades mecânicas definem o


comportamento do material quando submetido à tensões
(solicitações mecânicas).

→ Por exemplo: o material utilizado na fabricação de


uma cadeira deve suportar o peso de uma pessoa
sentada.

Força (tensão) → Deformação


COMO DETERMINAR AS PROPRIEDADES MECÂNICAS
As propriedades mecânicas são determinadas por ensaios
mecânicos sob condições específicas, definidas por normas:
→ ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
→ ASTM - American Society for Testing and Materials
→ AISI – American Iron and Steel Institute
→ SAE – Society of Automotive Engineers

Finalidade das Normas Técnicas:


→ Padronizar termos técnicos, normas e procedimentos para os
ensaios mecânicos em máquinas universais, assim como
para a elaboração dos corpos de prova.
→ Garantir que os resultados obtidos em diferentes máquinas
ou em diferentes laboratórios sejam reprodutíveis e
comparáveis.
ENSAIOS MECÂNICOS

Ensaios mecânicos são procedimentos padronizados que


compreendem testes, cálculos, gráficos e tabelas, em
conformidade com normas técnicas específicas para cada
ensaio.

→ A normalização é fundamental para que se estabeleça


uma linguagem comum entre fornecedores e usuários
dos materiais em todos os países.

→ Os ensaios podem ser realizados tanto pelo


fornecedor quanto pelo usuário, a partir de uma
amostragem estatística representativa do material como
um todo.
ENSAIOS MECÂNICOS
Metalurgia Mecânica
Estrutura interna Comportamento Comportamento
do material mecânico estrutural/projeto

Ensaios mais comuns para obtenção das propriedades mecânicas


dos materiais:

→ Ensaio de tração
→ Ensaio de fadiga
→ Ensaio de impacto
→ Dureza
→ Ensaio de compressão
→ Ensaio de cisalhamento
→ Ensaio de torção
ENSAIOS MECÂNICOS
PROPRIEDADES MECÂNICAS

→ Elasticidade: capacidade em se deformar elasticamente (de


forma não permanente), sem atingir o campo plástico. A relação entre
tensão e deformação é dada pelo módulo de elasticidade.

→ Ductilidade: capacidade em se deformar plasticamente (de forma


permanente) sem se romper.

→ Dureza: capacidade em resistir à penetração em sua superfície.

→ Resiliência: capacidade em armazenar energia no campo


elástico. Área sob a curva tensão x deformação no campo elástico.

→ Tenacidade: capacidade em armazenar energia sem se romper.


Área sob a curva tensão x deformação no campo elástico + plástico.

→ Resistência: máxima carga suportada.


ENSAIO DE TRAÇÃO
O ensaio de tração pode ser definido como um método de
determinar o comportamento de materiais solicitados ao
carregamento uniaxial (em um único eixo).

Norma Técnica: ASTM E 8M-01 – Tension


Testing of Metallic Materials (Metric)

→ Aplicação de uma carga axial de tração em um corpo de prova


padronizado (em forma de chapa ou cilindro);

→ Mede-se a variação do comprimento do corpo de prova em


função da carga aplicada;

→ Fornece dados quantitativos e é o mais amplamente utilizado;


→ Sofre influência de: temperatura, microestrutura, tratamento
térmico.
ENSAIO DE TRAÇÃO

Vídeo: Exemplo de ensaio de tração realizado até a


fratura do corpo de prova (Telecurso)
ENSAIO DE TRAÇÃO - CORPO DE PROVA

Corpo de prova (cdp): Peça do material ou produto com forma e


dimensões apropriadas para ser submetida a ensaio.

Zona de Concordância Zona de Concordância

Cabeça Parte útil Cabeça P

Diâmetro
Diâmetro da
parte útil

lo
So

53 mm 50 mm 53 mm
P
16 mm

L0 = 5 x Diâmetro da
10 mm

parte útil

Exemplo de cdp cilíndrico


ENSAIO DE TRAÇÃO - MÁQUINA DE ENSAIO
A máquina de ensaio de tração possui garras para a
fixação do corpo de prova. Durante a aplicação da carga de
tração uniaxial é registrada a tensão (σ) em função da
deformação (ε).

Exemplo: Equipamento
hidráulico para ensaios
mecânicos (Máquina
Universal)

Modelo: 810 – TestStar II

Fabricante: MTS

Capacidade: 10 T ou 100 kN
ENSAIO DE TRAÇÃO – MÁQUINA DE ENSAIO

No ensaio de tração: Corpo de prova


Extensômetro
→ A célula de carga mede a força aplicada;
→ O extensômetro mede a variação do comprimento do
corpo de prova (deformação).
ENSAIO DE TRAÇÃO

Deformação elástica: não


é permanente, é reversível.
Desaparece após retirada a
carga ou tensão e a peça
retorna a sua forma original.

Deformação plástica: é a
deformação permanente, não
desaparece após a retirada
da carga ou tensão.
ENSAIO DE TRAÇÃO
Curvas Tensão x Deformação obtidas no ensaio de tração,
mostrando exemplos do comportamento dos materiais.
Tensão, σ

Tensão, σ

Tensão, σ
Deformação, ε Deformação, ε 0,2%
Deformação, ε

MATERIAL FRÁGIL MATERIAL DÚCTIL MATERIAL DÚCTIL

Deformação elástica. Deformações elástica e Deformações elástica e


plástica com transição plástica sem transição
definida de elástica definida de elástica
para plástica (σe). para plástica (σe).
ENSAIO DE TRAÇÃO
Representação esquemática do comportamento tensão-
deformação em tração para materiais frágeis e materiais dúcteis
carregados até a fratura.

Frágil
Dúctil
Tensão

Deformação
ENSAIO DE TRAÇÃO

Exemplos de curvas obtidas no ensaio de tração de


diferentes materiais.
ENSAIO DE TRAÇÃO
No limite de resistência à tração, σu, ocorre o início da formação do
pescoço, ou estricção do corpo de prova.

→ Estricção: redução de área da seção transversal do corpo de


prova.

A dureza e a resistência
mecânica de um material dúctil
aumenta à medida que o mesmo
é deformado plasticamente na
temperatura ambiente, ocorrendo
o encruamento do material.

(encruamento: endurecimento
por deformação plástica,
aumento na quantidade de
discordâncias existentes no
material).
σ u)
LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (σ
Região de Encruamento Uniforme, B-U:

→ O material aumenta de dureza e de resistência mecânica de


forma contínua devido à deformação homogênea da seção
transversal do material.

→ Estricção: se inicia no limite da


máxima resistência à tração (Ponto
U). Ponto onde começa o
estrangulamento do corpo de
prova (pescoço), e a partir deste
ponto tem-se, deformações não
uniformes no material.

Região de Encruamento Não Uniforme, U-F:


→ Ocorre redução da carga até que ocorra a ruptura do corpo de
prova no fim da curva (Ponto F).
ENSAIO DE TRAÇÃO - PROPRIEDADES MECÂNICAS

Entre as propriedades mecânicas obtidas no ensaio de


tração tem-se:
→ Tensão
→ Deformação
→ Limite de escoamento
→ Módulo de elasticidade
→ Limite de resistência à tração
→ Tensão de ruptura
→ Ductilidade (Alongamento; Redução em área)
TENSÃO DEFORMAÇÃO

Tensão: É o quociente da carga Deformação (εε):


pela área da seção transversal inicial
do corpo de prova em qualquer
Li − L0
instante do ensaio.
ε= 100
L0
F
σ=
A0 Li: comprimento instantâneo do cdp

πD02 (Considerando cdp L0: comprimento inicial do cdp (antes


A0 = com seção transversal de qualquer carga ser aplicada)
4 circular)

σ: Tensão (Unidade: MPa)


F: Carga ou força aplicada (Unidade: N)
D0: Diâmetro da parte útil do cdp
(Unidade: mm)
A0: Área (Unidade: mm2)
σ e)
LIMITE DE ESCOAMENTO (σ
Limite de escoamento Quando a transição entre a
σe): Tensão abaixo da
(σ deformação elástica e plástica não é
qual tem-se a deformação bem definida, uma linha é construída
elástica e acima tem-se a paralelamente à porção elástica da
deformação plástica. curva tensão-deformação, a partir de
uma pré-deformação específica,
geralmente 0,2%.

A tensão que corresponde à


interseção desta linha com a curva
tensão-deformação, à medida que esta
última se inclina em direção à região
plástica, é definida como sendo a
tensão limite de escoamento, σe.

→ Unidade da tensão de escoamento


é MPa.
σ e)
LIMITE DE ESCOAMENTO (σ

Em alguns metais a transição


elastoplástica (transição entre a
deformação elástica e plástica) é muito
Limite de bem definida, e ocorre de uma forma
escoamento
superior
abrupta, o que é conhecido por
fenômeno do pico de escoamento
descontínuo.
σe
Limite de
Tensão ((σ)

escoamento Para metais que apresentam esse


inferior
efeito, a tensão limite de escoamento é
tomada como sendo a tensão média
que está associada com a tensão limite
de escoamento inferior, uma vez que
este ponto é bem definido.
Deformação (ε)
Pode ocorrer em aços de baixo
carbono recozidos, por exemplo.
σ e)
LIMITE DE ESCOAMENTO (σ

O limite de escoamento é fortemente dependente da estrutura do


material, pode ser influenciado, por exemplo, pelo tratamento térmico
ou pelo trabalho a frio que o material passou durante seu
processamento.

→ Exemplo: No metal deformado a frio (na temperatura ambiente)


há mais discordâncias do que no metal recozido, devido a isso o
limite de escoamento dos metais deformados é maior do que dos
metais recozidos (tratados termicamente).

Limites de escoamento (σe) para alguns metais:


MÓDULO DE ELASTICIDADE (E)
Módulo de Elasticidade (E): O módulo de elasticidade pode ser
considerado como sendo uma rigidez, ou uma resistência do material
à deformação elástica.

Também conhecido como Módulo de Young.

→ Quanto maior for esse módulo, mais rígido será o material ou


menor será a deformação elástica que resultará da aplicação de
uma determinada tensão.

O módulo de elasticidade é medido em valores abaixo de tensão


de escoamento, σe, ou abaixo do desvio da linearidade elástica.

→ Alguns metais como ferro fundido cinzento, concreto e muitos


polímeros apresentam um comportamento não linear na parte
elástica da curva tensão x deformação.

→ São obtidas medidas imprecisas do módulo de elasticidade.


MÓDULO DE ELASTICIDADE (E)

σ = Eε Lei de Hooke
Tensão ((σ)

(A tensão e a deformação
Descarga são proporcionais)

σ2
Coeficiente angular =
módulo de
σ1
elasticidade σ ∆σ σ 2 − σ 1
E= = =
ε ∆ε ε 2 − ε 1
ε1 ε2 Deformação (ε) E: Módulo de Elasticidade (Unidade: GPa)
σ: Tensão (Unidade: MPa)
ε: Deformação (adimensional)
MÓDULO DE ELASTICIDADE (E)
Módulos de Elasticidade (E) Exemplo de aplicação
para alguns metais: Osso normal

Metal E (Gpa)
Alumínio 69
Cobre 110
Magnésio 45
Aço ABNT 1010 205
Níquel 207
Titânio 107 Osso com
osteoporose
Tungstênio 407
σ u)
LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (σ
σu): A tensão máxima em tração
Limite de resistência à tração (σ
que pode ser suportada sem a ocorrência de uma fratura. É a
tensão no ponto máximo da curva tensão x deformação.

O limite de resistência à tração (LRT), também chamado de


resistência à tração ou tensão última, (σu), pode ser utilizado para
especificações e controle de qualidade de um produto, assim como
para elaborar projetos de engenharia. Dependendo da aplicação
deve-se utilizar um Fator de Segurança.

Se essa tensão for aplicada e


mantida, o resultado será uma
fratura.

→A unidade do Limite de
Resistência à Tração é MPa.
σ u)
LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (σ
A deformação plástica é considerada
quando se ultrapassa o fase elástica.
Desse ponto, o material passa a sofrer
deformação permanente, dentro da fase
plástica.

O início da deformação plástica é


considerada no ponto de escoamento, σe,
denominado limite de escoamento.

A partir do ponto B, o material entra na


região plástica e é caracterizada pela
presença de deformações uniformes na
região B-U e de deformações não-
uniformes na região U-F. No ponto F tem-
se a ruptura.
σr)
TENSÃO DE RUPTURA (σ

Tensão de ruptura
σr):
(σ Tensão no
instante da ruptura do
material.

→A unidade da
tensão de ruptura é
MPa.
DUCTILIDADE

Ductilidade: Representa a medida do grau de deformação


plástica do material quando submetido a esforços sem atingir
a ruptura.

Indica a quantidade de deformação que pode ser aplicada a


um material antes da fratura. Pode ser utilizada para:
→ Prever a aplicação de cargas severas;
→ Operações de conformação de metais;
→ Indicar qualquer mudança na forma do metal.

Pode ser expressa pelo alongamento e pela redução em


área.
DUCTILIDADE - ALONGAMENTO PERCENTUAL (A%)
O alongamento percentual (A%): é a porcentagem da deformação
plástica quando do momento da fratura.

Lf − L0
A% = 100
L0
A%: alongamento (expresso em porcentagem)
Lf: comprimento final do cdp após a fratura (Unidade: mm)
L0: comprimento útil inicial do cdp (Unidade: mm)
L0

Lf
DUCTILIDADE - REDUÇÃO EM ÁREA (RA)

A0 − Af
RA% = 100
A0
RA%: Redução em área (expressa em porcentagem).
A0: Área da seção transversal do corpo de prova antes do ensaio (Unidade:
mm2)
Af: Área mínima da seção transversal do corpo de prova após ruptura
(Unidade: mm2)

A0 é calculada
utilizando o
D0 diâmetro D0

Df Af é calculada
utilizando o
diâmetro Df
ENSAIO DE TRAÇÃO - VÍDEO
Vídeo: Ensaio de tração (Ensaio realizado no Laboratório de
Materiais e Estruturas - LAME / UFPR)
EXEMPLO 1
Dada a curva tensão x deformação (σ x ε) para o aço ABNT 1020, sabendo
que o diâmetro inicial e final do corpo de prova é 4,97 mm e 2,22 mm,
respectivamente, obtenha as seguintes propriedades mecânicas:

(a) Limite de escoamento

(b) Módulo de elasticidade


600

(c) Limite de resistência à tração 550

500

(d) Tensão de ruptura 450

400
(e) Redução em área σ (MPa)
350

300

250

200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34
ε (%)
EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO

σe):
(a) Limite de Escoamento (σ

600

550

500

450

400
σe = 360 MPa 350
σ (MPa)

300

250

200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34
ε (%)
EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO
(b) Módulo de elasticidade (E):
Escolher tensões abaixo do limite de escoamento (σe). Como a
origem (coordenadas (0,0)) também faz parte do gráfico, pode-se
utilizar como valores de σ1 e ε1, a origem, ou seja, zero.

600

550

500

450

400 σ 2 = 100 MPa = 100 x 106 Pa


350
0,062
ε 2 = 0,062% = = 0,00062
σ (MPa)

300

250
100
200 σ1 = 0
150
ε1 = 0
σ2 = 100MPa100
50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34
ε (%)
ε2 = 0,062%
EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO

σ ∆σ σ 2 − σ1 100 x 106 − 0
E= = = =
ε ∆ε ε 2 − ε1 0,00062 − 0

100 x 106
E= = 161.290,3 x 106 Pa
0,00062

E ≅ 161 x 109 Pa

E ≅ 161 GPa
E: Módulo de Elasticidade (Unidade: GPa)
σ: Tensão (Unidade: MPa)
ε: Deformação (adimensional)
EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO

σu):
(c) Limite de Resistência à Tração (σ

600

550
σu = 510 MPa 500

450

400

350
σ (MPa)

300

250

200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34
ε (%)
EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO

σr):
(d) Tensão de Ruptura (σ

600

550

500

450

400
σr = 360 MPa 350
σ (MPa)

300

250

200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34
ε (%)
EXEMPLO 1 - SOLUÇÃO

(e) Redução em área


A0: Área da seção transversal real do corpo de prova
A0 − Af antes do ensaio (Unidade: mm2)
RA% = 100
A0 Af: Área mínima da seção transversal do corpo de
prova após ruptura (Unidade: mm2)

πD02 3,14(4,97) 2
A0 = = = 19,39mm2
4 4
πDf2 3,14(2,22) 2
Af = = = 3,87mm 2
4 4
19,39 − 3,87
RA% = 100
19,39
RA% = 80%
EXEMPLO 2
Um corpo de prova da liga Ti-30Nb, foi submetido a um ensaio de
tração produzindo o gráfico de tensão x deformação (σ x ε) a seguir.
Pede-se:
(a) Tensão de escoamento
600
Curva σ x ε da liga Ti-30Nb
(b) Tensão de ruptura 550
500
(c) Limite de resistência à 450
tração 400

σ (MPa)
350
(d) Módulo de elasticidade 300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
ε (%)
EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO

σe):
(a) Limite de Escoamento (σ
600
550
Curva σ x ε da liga Ti-30Nb
500
450
σe ≅ 400 MPa 400
σ (MPa)

350
300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
ε (%)
EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO

(b) Tensão de ruptura


600
550
Curva σ x ε da liga Ti-30Nb
500
450
400
σ (MPa)

350
σR ≅ 280 MPa 300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
ε (%)
EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO

(c) Limite de resistência à tração


600
550
Curva σ x ε da liga Ti-30Nb
σU ≅ 505 MPa 500
450
400
σ (MPa)

350
300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
ε (%)
EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO
(d) Módulo de elasticidade (E):
Escolher tensões abaixo do limite de escoamento (σe). Como a
origem (coordenadas (0,0)) também faz parte do gráfico, pode-se
utilizar como valores de σ1 e ε1, a origem, ou seja, zero.

600
550
Curva σ x ε da liga Ti-30Nb
500
450
400 σ 2 = 300 MPa = 300 x 106 Pa
σ (MPa)

350
0,4
σ2 = 300MPa 300 ε 2 = 0,4% = = 0,004
250 100
200 σ1 = 0
150 ε1 = 0
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36

ε2 = 0,4% ε (%)
EXEMPLO 2 - SOLUÇÃO

σ ∆σ σ 2 − σ 1 300 x 10 − 0 6

E= = = =
ε ∆ε ε 2 − ε1 0,004 − 0

6
300 x 10
E= = 75.000 x 106 Pa
0,004

E ≅ 75 x 10 Pa
9

E ≅ 75 GPa
EXERCÍCIOS
1 – Defina: deformação elástica e deformação plástica.

2 – Qual a finalidade das normas utilizadas nos ensaios mecânicos?

3 – Descreva como pode ser determinado o limite de escoamento para materiais que
apresentam transição elastoplástica bem definida.

4 – Descreva como pode ser determinado o limite de escoamento para materiais que
não apresentam transição elastoplástica bem definida.

5 – Defina: Limite de escoamento, limite de resistência à tração, módulo de


elasticidade, tensão de ruptura e ductilidade.

6 – Explique o comportamento da curva Tensão x Deformação, dada a seguir, em


cada um dos segmentos: O-B; B-U; U-F.
EXERCÍCIOS
7 - Um corpo de prova de alumínio comercial, foi submetido a um ensaio de
tração produzindo o gráfico de tensão/deformação (Curva σ x ε) a seguir.
Faça as devidas indicações no gráfico σ x ε e determine os valores de:

(a) Tensão de escoamento Curva σ x ε do Alumínio Comercial


350
(b) Tensão de ruptura
300
(c) Limite de resistência à
tração 250

(d) Módulo de elasticidade σ (MPa)


200

150

IMPORTANTE: 100
Não serão consideradas
as respostas sem as 50

devidas indicações na
curva σ x ε. 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
ε (%)

Você também pode gostar