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ENSAIOS MECÂNICOS

Propriedades Mecânicas
Tração

Torção

Fadiga

Ensaios Mecânicos /
Fluência
Prop. Mecânicas
Impacto

Compressão
Dureza
REVISÃO - FADIGA
REVISÃO - FADIGA
REVISÃO - FADIGA

Em geral, quais metais apresentam e quais não apresentam


o limite de fadiga?
REVISÃO - FLUÊNCIA

4. Como o tamanho de grão do material influencia na fluência?


REVISÃO – Resistência ao impacto

1. Além da energia absorvida, que outra medida é importante de


ser realizada no ensaio de impacto?

2. Que importante propriedade do material é obtida nas curvas


obtidas através de ensaios realizados em diferentes
temperaturas ? (curva de tenacidade)

3. E qual a influência do tamanho de grão nessa propriedade do


material?
Ensaio de Compressão
➢ De modo geral, podemos dizer que a compressão é um
esforço axial, que tende a provocar um encurtamento do corpo
submetido a este esforço.
➢ Do mesmo modo que o ensaio de tração, o ensaio de
compressão pode ser executado na máquina universal de
ensaios
➢ A deformação linear é obtida pela medida da distância entre
as placas que comprimem o corpo versus a carga de
compressão consiste no resultado do ensaio;
➢ As propriedades mecânicas obtidas são as mesmas do ensaio
de tração.
Ensaio de Compressão
As relações que valem para a tração valem também para a compressão. O
corpo submetido a compressão também sofre uma deformação elástica e a
seguir uma deformação plástica.

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Curva  x  - Compressão
Ensaio de Compressão

➢ Em função de trincas
submicroscópicas os materiais
frágeis são geralmente fracos
em condições de tração, já que
as tensões de tração tendem a
propagar essas trincas

➢ Materiais frágeis como as


cerâmicas apresentam porém
alta resistência à compressão

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Ensaio de Compressão
• Nos ensaios de compressão, a lei de Hooke também vale para a fase elástica
da deformação, e é possível determinar o módulo de elasticidade para
diferentes materiais.

• Na compressão, as fórmulas para cálculo da tensão, da deformação e do


módulo de elasticidade são semelhantes para o ensaio de tração.
Ensaio de Compressão
EXEMPLO:
Um corpo de prova de aço com diâmetro d = 20 mm e
comprimento L = 60 mm será submetido a um ensaio de
compressão. Se for aplicada uma força F de 100.000 N, qual a
tensão absorvida pelo corpo de prova (T) e qual a deformação do
mesmo (e)? O módulo de elasticidade do aço (E) é igual a 210.000
MPa.
Ensaio de Compressão
EXEMPLO:

L inicial = 60mm
L final = ?

L final = 59,909
Ensaio de Compressão
Limitações do ensaio de compressão

• O ensaio de compressão não é muito utilizado para os metais em razão das


dificuldades para medir as propriedades avaliadas neste tipo de ensaio. Os
valores numéricos são de difícil verificação, podendo levar a erros.

EMBARRILHAMENTO
• Durante o ensaio de compressão, as
faces do corpo de prova que estão em
contato direto com as placas sofrem
uma resistência que se opõe ao
escoamento do material devido às
forças de atrito
•Isto leva a um corpo de prova em
forma de barril (embarrilhamento)
tornando necessário a determinação das
tensões e deformações verdadeiras
Ensaio de Compressão
Ensaio de Compressão
Limitações do ensaio de compressão

Outro problema é a possível ocorrência de flambagem, isto é,


encurvamento do corpo de prova. Isso decorre da instabilidade
na compressão do metal dúctil.
Ensaio Compressão – Modos de Deformação

(a)Flambagem, quando L/D > 5

(b) Cisalhamento, quando L/D > 2,5

(c) Barril duplo, quando L/D > 2,0

(d)Barril, quando L/D > 2,0 e há


fricção nas superfícies de contato

(e)Compressão homogênea, quando


L/D < 2,0 e não existe fricção nas
superfícies de contato

(f)Instabilidade compressiva devido ao


amolecimento do material por efeito de
carga.

Os fatores de atrito e da relação L/D atuam conjuntamente tanto


no modo como nos valores de deformação
Ensaio de Compressão
Ensaio de compressão em materiais dúcteis

Nos materiais dúcteis a compressão vai provocando uma deformação lateral


apreciável. Essa deformação lateral prossegue com o ensaio até o corpo de
prova se transformar num disco, sem que ocorra a ruptura.

• É por isso que o ensaio de compressão de materiais dúcteis fornece apenas as


propriedades mecânicas referentes à zona elástica.

• As propriedades mecânicas mais avaliadas por meio do ensaio são: limite de


proporcionalidade, limite de escoamento e módulo de elasticidade.
Ensaio de Compressão
Ensaio de compressão em materiais frágeis

• O ensaio de compressão é mais utilizado para materiais frágeis.

• Uma vez que nesses materiais a fase elástica é muito pequena, não é
possível determinar com precisão as propriedades relativas a esta fase.

• A única propriedade mecânica que é avaliada nos ensaios de compressão de


materiais frágeis é o seu limite de resistência à compressão.

• Do mesmo modo que nos ensaios de tração, o limite de resistência à


compressão é calculado pela carga máxima dividida pela seção original do
corpo de prova.

onde Fmax corresponde à carga máxima atingida


e So corresponde à área inicial da seção.
Ensaio de Compressão

• Na prática, considera-se que o limite de resistência à


compressão é cerca de 8 vezes maior que o limite de
resistência à tração.

• Não sendo viável a realização do ensaio de


compressão, esta relação é tomada como base para o
cálculo da resistência à compressão.
Ensaio de Compressão
EXEMPLO

Qual o limite de resistência à compressão (LR) de um


material que tem 400 mm2 de área da seção transversal e
que se rompeu com uma carga de 760 kN?
Ensaio de Compressão
EXEMPLO

Qual o limite de resistência à compressão (LR) de um


material que tem 400 mm2 de área da seção transversal e
que se rompeu com uma carga de 760 kN?
Ensaio de Torção
➢ O Ensaio de torção consiste
na aplicação de carga
rotativa em um corpo de
prova geralmente de
geometria cilíndrica;

➢ Mede-se o ângulo de torção


como função do momento
torsor aplicado;

➢ Muito utilizado na indústria


de componentes mecânicos
como motores de arranque,
turbinas aeronáuticas, rotores
de máquinas pesadas,
barras de torção, etc...
Ensaio de torção
Ensaio de torção
•A partir do momento torsor e do ângulo de torção pode-se elaborar um gráfico
semelhante ao obtido no ensaio de tração, que permite analisar as seguintes
propriedades:

•Estas propriedades são determinadas do mesmo modo que no ensaio de


tração e têm a mesma importância, só que são relativas a esforços de torção.

• Na especificação dos materiais que serão submetidos a esforços de torção, é


necessário levar em conta que o máximo torque que deve ser aplicado a um
eixo tem de ser inferior ao momento torsor no limite de proporcionalidade.
Ensaio de torção
As propriedades
principais obtidas no
ensaio de torção são:

■ Limite de escoamento à
torção
e
  G .
■ Limite de ruptura à
torção
G= módulo de elasticidade transversal
u (ensaios de torção)

■ Módulo de elasticidade  = Tensão de cisalhamento


transversal  = Deformação de cisalhamento
G
Ensaio de torção

• Este ensaio é bastante utilizado para verificar o


comportamento de eixos de transmissão, barras de torção,
partes de motor e outros sistemas sujeitos a esforços de
torção. Nesses casos, ensaiam-se os próprios produtos.

• Quando é necessário verificar o comportamento de


materiais, utilizam-se corpos de prova.

• O ensaio de torção é realizado em equipamento específico: a


máquina de torção.
Ensaio de torção
ENSAIO DE DUREZA
DEFINIÇÃO DE DUREZA
OBJETIVOS DOS ENSAIOS DE DUREZA
VANTAGENS DO ENSAIO DE DUREZA

 São simples e barato


 ensaio é não destrutivo
 Outras propriedades mecânicas podem ser
estimadas
PRINCIPAIS ENSAIOS DE DUREZA
Dureza por penetração
Dureza por choqueo
Dureza Brinell (HB)

Consiste em comprimir lentamente uma


esfera de aço endurecido ou de carbeto
de tungstênio (CW), de diâmetro D,
sobre uma superfície polida e limpa de
um metal através de uma carga F,
durante um tempo t.

Penetrador esférico φ : 1,2 ,5 ou 10 mm

Cargas: entre 500 e 3000 kg P = prof. de impressão (da calota)

Tempo: entre 10 e 30 s
Dureza Brinell
Relação carga (F) – diâmetro do
penetrador (D)

A relação carga aplicada e diâmetro do penetrador é dada por:

F
 K  Cte. (Fator de carga)
D 2

Dureza Brinell
Dureza Brinell (HB)

O diâmetro da esfera (D) é determinado em função


da espessura do CP ensaiado (e). No caso da
norma brasileira, a espessura mínima do material
ensaiado deve ser 17 vezes a profundidade da e
calota (p).

Dureza Brinell
Mecanismo de Medição Brinell

2F
HB 
D( D  D  d )
2 2

 D=diâmetro da esfera
 d=diâmetro da impressão*

*medido através de
microscópio especial,
utilizando uma escala
gravada em sua ocular
Dureza Brinell
Tabela que fornece
os valores de
dureza Brinell
normal, em função
de um diâmetro de
impressão d.
Método Brinell (HB)
• Para alguns materiais, a resistência à tração pode
ser estimada a partir da dureza Brinell pela relação
σt = k x HB

A tabela abaixo dá alguns valores de k.

Material Aço- Aço-liga Cobre, latão Bronze Brone


carbon laminad fundid
o o o

k 0,36 0,34 0,40 0,22 0,23

Material Liga Al Cu Liga Al Mg Outras ligas Alumíni


Mg Mg o
fundido

K 0,35 0,44 0,43 0,26


Método Brinell (HB)

• Para medir durezas muito elevadas (superiores a


400 HB) não nos podemos contentar com o método
de Brinell; mesmo com uma esfera muito dura, a
depressão é demasiado pequena e a esfera deforma-
se.

• Recorre-se a outros métodos de ensaio: Vickers e


Rockwell.
Dureza Rockwell (HR)
• Método mais utilizado para se medir dureza

• Elimina o tempo necessário para a medição


de qualquer dimensão da impressão causada,
pois o resultado é diretamente lido na máquina
de ensaio, sendo portanto rápido e livre de
erros humanos;

• Fácil execução, facilidade em detectar


pequenas diferenças de durezas e pequeno
tamanho da impressão;

• Ensaio Rockwell superficial é realizado em


corpos de prova mais finos (delgados).
Dureza Rockwell

HR = E-e
Onde:
 e = aumento permanente da profundidade de penetração
devido à carga maior F1 medido em unidades de 0,002 mm
 E = constante que depende do formato do endentador: 100
para endentador de diamante, 130 para endentador de esfera
de aço
 HR = valor da dureza Rockwell
 F0 = pré-carga em kgf
 F1= carga em kgf
 F =Fo+F1= carga total em kgf
F=Fo+F1

pré-carga Fo de 10 kgf.
Exemplos

54 HRC – dureza Rockwell 54 escala C


64 HRA – dureza Rockwell 64 escala A
92 HRB – dureza Rockwell 92 escala B
Dureza Vickers (HV) - 1925

O método é baseado na


penetração de u m a
pirâmide de base
quadrada, com ângulo
entre as faces opostas de
136 feita de diamante;

Adequado para regiões


pequenas e selecionadas
do corpo de prova;

Impressão é observada 2 Fsen1362


em um microscópio e 1,8544 F
HV   2
medida. D 2
D
Dureza Vickers (HV)
Vantagens e limitações
Vantagens:

 impressões muito pequenas que não inutilizam a peça;


 grande precisão das medidas: muito utilizada em pesquisa;
 aplicação de toda a gama de durezas encontradas nos diferentes materiais;
 deformação nula do penetrador (diamante);
 aplicação em qualquer espessura de material podendo portanto medir
durezas superficiais;
 diversas formulações de conversões para outras escalas.
Limitações:
 morosidade do ensaio;
 exige preparação cuidadosa da superfície para tornar nítida a impressão;
 processo muito caro.
Indentação Vickers
Indentação Vickers
DUREZA SHORE
A impressão é causada pela queda livre de um êmbolo.
• O valor da dureza é proporcional à energia consumida para formar a marca no corpo
de prova e representada pela altura alcançada no rebote do êmbolo.
• Materiais dúcteis consomem mais e o êmbolo alcança uma altura menor no retorno,
indicando uma dureza mais baixa.
DUREZA SHORE
DUREZA SHORE
DUREZA SHORE
DUREZA SHORE
DUREZA SHORE

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