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As Propriedades dos materiais

Resistência
É a capacidade do material de resistir a uma força a ele aplicada. A resistência
de um material é dada em função de seu processo de fabricação e os cientistas
empregam uma variedade de processos para alterar essa resistência
posteriormente.

Ductibilidade

Ductilidade é a qualidade ou propriedade do que é dúctil, ou seja, do que é


flexível, elástico, maleável, que se pode comprimir ou reduzir a fios sem se
quebrar. Que se pode distender sem romper. Ductilidade, no sentido figurado,
significa dócil, brando, flexível, tratável, que tem facilidade de se acomodar às
circunstâncias e ao tempo. Ter ductilidade é ser contemporizador.

A ductilidade é uma das diversas propriedades mecânicas dos metais que lhe
confere a qualidade de suportar a maleabilidade a ponto de se deformar sem
se romper. É a capacidade de ser deformado, esticado e dobrado, sem rachar
e sem perder sua resistência. Ex.: ouro, prata, cobre etc.
Resiliência

A resiliência consiste na habilidade de um material de absorver energia no


regime elástico. Dessa forma, quando o material for descarregado, isto é,
quando parar de sofrer a deformação elástica, a resiliência garante a liberação
da energia absorvida durante o carregamento, fazendo com que o material
retorne ao seu estado de origem. Isso caracteriza o comportamento elástico
dos materiais. Graficamente, a resiliência corresponde à área sob a curva
tensão-deformação no regime elástico, e é caracterizada pelo Módulo de
Resiliência associado, que, por sua vez, corresponde à energia por unidade de
volume necessária para tencionar o material de zero até sua tensão de
escoamento.

Tenacidade

Tenacidade pode ser definida como a habilidade de um material de absorver


energia até sua fratura, incluindo o regime plástico. Assim, representa também
a capacidade de suportar tensões maiores que a tensão de escoamento de um
material, a partir da qual a deformação plástica se inicia. Considerando que a
ductilidade é a medida da quantidade de deformação plástica que um material
suporta, pode-se dizer que a tenacidade é o resultado da soma da resistência
do material com a sua ductilidade. Logo, uma elevada resistência ou elevada
ductilidade podem não significar imediatamente uma elevada tenacidade, mas
um material com boa tenacidade e ductilidade apresenta boa tenacidade.
Graficamente, é determinada como a área sob toda a curva tensão-
deformação, incluindo ambos os regimes plástico e elástico.

Durezas

Dureza Rockwell:

O valor da dureza em HR é determinado a partir da subtração entre a


profundidade da penetração da pré-carga e da carga total promovida pelo
indentador, e os resultados são lidos diretamente na máquina de ensaio. É um
ensaio rápido e fácil de ser realizado.

Dureza Brinell:

A dureza Brinell é determinada a partir da relação entre a carga e o diâmetro


da indentação, sendo que geralmente são utilizados indentadores de formato
esférico com diâmetros de 1, 2,5, 5 ou 10mm, em aço temperado ou carbeto de
tungstênio, com cargas entre 1 a 3000kgf, por períodos de 10 a 30 segundos.

Dureza Shore:

A dureza Shore é dada diretamente no indicador do durômetro, e geralmente é


empregada para polímeros pois depende das propriedades visco elásticas do
material. A dureza é obtida através da profundidade da indentação executada
na amostra, a partir de uma carga localizada.
Dureza Vickers:

A dureza Vickers (HV) é calculada a partir da medição das diagonais deixadas


pelo indentador piramidal regular, fabricado em diamante, em que se relaciona
a carga aplicada em kgf e a área superficial da indentação em mm². É um
método relativamente mais complicado que depende das habilidades do
operador.

Dureza Knoop:

A Dureza Knoop é um tipo de micro dureza em que é possível se determinar a


dureza sobre áreas muito pequenas, mas que devem estar devidamente
polidas. O indentador é fabricado em diamante, com formato piramidal.

Dureza IRHD:

O ensaio de dureza IRHD (International Rubber Hardness Degree) é utilizado


para borrachas, em que a dureza é dada pela diferença de profundidade do
penetrador esférico a partir da aplicação de duas cargas, uma menor e uma
maior.

Rigidez

É a resistência de um corpo à deformação por uma força aplicada. É a medida


da resistência oferecida por um corpo à uma deformação. Diferentemente do
módulo de elasticidade, que é uma propriedade do material, a rigidez depende
da geometria do corpo. Portanto, o módulo de elasticidade é uma propriedade
intensiva do material, enquanto que a rigidez é uma propriedade extensiva.
Lei de Hooke

A lei de Hooke é a lei da física relacionada à elasticidade de corpos, que serve


para calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo, tal
que a força é igual ao deslocamento da massa a partir do seu ponto de
equilíbrio vezes a característica constante do corpo é deformada: F=k Δl No SI,
F em newtons, k em newton/metro e Δl em metros. Nota-se que a força
produzida pela mola é diretamente proporcional ao seu deslocamento do
estado inicial. O equilíbrio na mola ocorre quando ela está em seu estado
natural, ou seja, sem estar comprimida ou esticada. Após comprimi-la ou
estica-la, a mola sempre faz uma força contrária ao movimento.
Diagrama de Tensão x Deformação

O Diagrama Tensão-Deformação é um gráfico que relaciona a tensão na qual o


material é submetido e a deformação sofrida.

Material Frágil e Dúctil

Ductilidade e fragilidade:

Os mesmos materiais podem apresentar comportamento frágil ou dúctil


dependendo de como são fabricados, trabalhados ou tratados termicamente.

Essas propriedades são definidas pelo tipo de fratura e podem ser decisivas na
escolha do material, por exemplo, em fuselagem de avião é sempre desejável
utilizar um material dúctil e não um frágil.
Gráfico de Testes

Teste de impacto “Charpy”

O Pêndulo Charpy, também conhecido como teste de impacto Charpy ou


ensaio Charpy, é um método padronizado para medida de resistência e
impactos e deformação de um material medindo a taxa de destruição e o
quanto esse material foi resiliente. Esta energia absorvida é uma medida a
partir de um determinado material de resistência e atua como uma ferramenta
para estudar as propriedades dúcteis/frágeis. É amplamente aplicado na
indústria, uma vez que é fácil realização e os resultados podem ser obtidos de
forma rápida e barata. Uma desvantagem é que alguns resultados são apenas
comparativos. O teste foi desenvolvido por volta de 1900 por SB Russell (1898,
um norte-americano) e G. Charpy (1901, um francês). O teste se tornou
conhecido como o teste Charpy no início de 1900, devido às contribuições
técnicas e esforços de normalização realizadas por Georges Charpy. O teste
foi fundamental para a compreensão dos problemas de fratura de navios
durante a Segunda Guerra Mundial.

Atualmente ele é utilizado em muitas indústrias de materiais, por exemplo, a


construção de telhados, telhas e materiais em pontes para determinar como as
intempéries naturais poderá afetar os materiais utilizados. O aparelho consiste
de um pêndulo de massa e comprimento conhecido que é deixado cair de uma
altura conhecida, impactando o material a ser testado. A energia transferida
para o material pode ser medida, comparando a diferença em altura do martelo
antes e depois da fratura (de energia absorvida pelo evento de fractura). As
fissuras resultantes do impacto na amostra aferem os resultados do teste de
impacto, assim, é necessário que o entalhe seja de dimensões regulares e
geométricos. O tamanho da amostra também pode afetar os resultados, uma
vez que as dimensões determinam se o material está em plano de deformação.
Esta diferença pode afetar significativamente as conclusões.

Coeficiente de Poisson

O Coeficiente de Poisson é uma relação entre as deformações dois eixos.

O coeficiente de Poisson é a razão entre a alteração dimensional sofrida por


um material ao longo de um eixo e a contração ao longo do eixo oposto quando
o mesmo é submetido à uma solicitação mecânica uniaxial, como tração e
compressão. Ao aplicar tensão de tração a um elástico, por exemplo, é
possível observar com facilidade que conforme o material é alongado
axialmente, sofre contração na direção transversal, diminuindo sua espessura à
medida que alongamento aumenta ao longo do eixo onde a tensão de tração é
aplicada. Da mesma forma, a aplicação de forças compressivas em uma bola
de borracha, por exemplo, apresentará um comportamento parecido, uma vez
que este material será expandido lateralmente ao longo de seu eixo transversal
à medida que é comprimido longitudinalmente.

Aço

Alumínio

Coeficiente Módulo de Elasticidade (Longitudinal / Transversal)

O módulo de elasticidade, também chamado de módulo de Young, se refere à


capacidade que um material possui em resistir ao alongamento, forças de
compressão e expansão que são impostas por causas externas. Ele define a
quantidade de deformação sofrida pelo material sob essas forças enquanto
mantendo ainda a memória de seu formato original. Quando não mais
existirem, desse modo, o material voltará à forma inicial. Essa capacidade
possuída por um material se resume basicamente ao ponto de rendimento do
estresse. Se as forças externas deformam o material além desse ponto, ele
ficará permanentemente deformado e não voltará a sua forma inicial com a
retirada das forças. Se as forças externas o levam além da tensão suportada
pelo ponto de força máxima do material, isso resultará em uma quebra.

O módulo de elasticidade do aço à temperatura ambiente está tipicamente


entre 190 GPa (27.500 ksi) e 215 GPa (31.200 ksi). Entretanto, como cada tipo
de aço possui suas particularidades — aços carbono, aços liga, aços
inoxidáveis e aços ferramenta — eles podem possuir valores de elasticidade
diferentes entre si (abaixo você confere uma tabela com as medidas dos
principais aços). O módulo de elasticidade de aços fundidos de baixa liga e
carbono à temperatura ambiente é apenas ligeiramente afetado por mudanças
na composição e estrutura. O módulo de elasticidade, E, é de cerca de 200
GPa (29 × 106 psi). Entretanto, é preciso lembrar que o aumento da
temperatura causa um efeito no módulo de elasticidade do aço.

Módulo de elasticidade transversal ou Módulo transversal é representado


pela letra G, pode ser definido em função do módulo de elasticidade.
O módulo de elasticidade transversal G de qualquer material é menor que a
metade, mas maior que um terço do módulo de elasticidade E desse material.

Definição de Tensão Normal

Definição: A tensão descreve a intensidade da força interna sobre um plano


específico (área) que passa por determinado ponto.

Tensão Normal: É a intensidade da força que atua no sentido perpendicular a


ΔA por unidade de área (σ).
Tensão de Cisalhamento

Tensão de Cisalhamento: É a intensidade da força, ou força por unidade de


área, que atua tangente a ΔA (τ). A tensão de cisalhamento ou tensão
tangencial é um tipo de tensão gerada por forças aplicadas em sentidos
opostos, porem em direções semelhantes no material analisado.

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