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COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
INTRODUÇÃO
Imagina você utilizando uma chave para abrir a porta da sua
casa e ao dar a primeira volta na fechadura ela quebrasse na sua
mão?
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INTRODUÇÃO
Temos algumas propriedades dos materiais que são estudadas,
como:
•Dureza
•Fragilidade
•Resistência
•Impermeabilidade
•Elasticidade
•Condução de calor
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INTRODUÇÃO
As propriedades físicas determinam como o material irá agir em
suas condições do processo de fabricação e utilização. Essas
propriedades tem outra divisão, entre mecânica, térmica e
elétrica.
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INTRODUÇÃO
As propriedades mecânicas aparecem quando o material está
aplicado a esforços de forma mecânica, ou seja, irão determinar
a capacidade do material em transmitir ou resistir a esforços
que lhe serão aplicados.
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INTRODUÇÃO
A elasticidade é a característica do material de se deformar
quando submetido a uma força e de voltar a sua forma original
quando a força for encerrada.
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ENSAIOS MECÂNICOS
As propriedades dos materiais fazem parte de qualquer projeto
mecânico. São essas propriedades que irão determinar qual
material deverá ser utilizado, para que não ocorram níveis
inaceitáveis de deformação do material ou até mesmo falhas
quando o material estiver em serviço, ou o encarecimento do
produto em função de um superdimensionamento dos
componentes que serão aplicados no projeto.
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ENSAIOS MECÂNICOS
Como esses ensaios são de importantes para um grande público
interessado no material, temos definido algumas normas que
coordenam como o ensaio deve ser realizado e até define a
nomenclatura baseada ao resultado do ensaio realizado.
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ENSAIOS MECÂNICOS
Os ensaios mecânicos podem ser classificados como:
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ENSAIOS MECÂNICOS
b) Velocidade de aplicação da carga.
Eles são classificados como:
• Estáticos: quando a carga é aplicada lentamente, induzindo
estados de equilíbrio, caracterizando um processo quase-
estático (como por exemplo, ensaios de tração, compressão,
flexão e dureza).
• Dinâmicos: quando a carga é aplicada rapidamente ou
ciclicamente (como os ensaios de fadiga e impacto).
• Carga constante: quando a carga é aplicada durante um
longo período (como por exemplo, o ensaio de fluência).
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ENSAIO DE TRAÇÃO
COTIL/UNICAMP
Prof. Jorge Rossi Jr.
ENSAIOS DE TRAÇÃO
O ensaio de tração tem o objetivo de evidenciar como um
determinado material irá reagir ao ser uma tensão (força) que
irá alongar o corpo de prova até a sua ruptura (quebra).
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
Pense em um corpo de prova fixo em uma
de suas extremidades e na outra,
submetido a uma força (“F”). Se essa força
for axial (aplicada no sentido do eixo),
dizemos que a força é perpendicular à
seção transversal do corpo.
Como a força F está sendo aplicada para a parte de fora do
material, dizemos que está sofrendo uma força axial de tração.
A aplicação dessa força produz uma
deformação no corpo, ou seja, aumento de
seu comprimento e diminuição da sua área
da seção transversal.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
17
ENSAIOS DE TRAÇÃO
18
ENSAIOS DE TRAÇÃO
19
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Na física, existem dois tipos de deformações, a deformação
elástica e a deformação plástica.
Deformação elástica: não é
permanente. Quando é finalizado o
esforço, o material volta para a sua
forma original.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
Na física, existem dois tipos de deformações, a deformação
elástica e a deformação plástica.
Deformação elástica: não é
permanente. Quando é finalizado o
esforço, o material volta para a sua
forma original.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
22
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Exercício:
23
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Precisamos compreender agora o diagrama de tensão x
deformação. Esse diagrama apresenta a deformação que o
material sofre quando submetido a uma tensão conhecida.
24 ε
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Ao se analisar o diagrama, é possível conhecer as propriedades
do material. Podemos verificar a fase elástica e a fase plástica.
25
ENSAIOS DE TRAÇÃO
26
ε
ENSAIOS DE TRAÇÃO
A lei de Hooke é valida somente até um ponto do
gráfico, representado abaixo por A’, pois a partir
desse ponto, a deformação deixa de ser
proporcional. Esse ponto é chamado de limite de
proporcionalidade.
ε
27
ENSAIOS DE TRAÇÃO
A Limite elástico
A’ Limite de proporcionalidade
B Limite de resistência
C Limite de Ruptura
ε
29
ε
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Exercício:
1)Compare as regiões dos corpos de prova A
e B. Qual corpo de prova apresenta um
material dúctil e por que?
31
ε
ENSAIOS DE TRAÇÃO
O corpo de prova pode variar sua forma e dimensão
dependendo de onde eles são retirados.
32
ε
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Para cada tipo de perfil, existe um tipo de preparação do corpo
de prova diferente. Logo, primeiro precisamos identificar o seu
formato para adequá-lo ao padrão da norma. Outras normas
internacionais podem auxiliar nesta preparação
Seção retangular
Seção circular
Seção quadrada
33 Seção hexagonal
ENSAIOS DE TRAÇÃO
O equipamento em que fazemos o ensaio se chama máquina
universal. Ela tem esse nome pois é possível realizar diversos
ensaios. Abaixo segue uma ilustração.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
O corpo de prova é fixo nas extremidades da máquina, em uma
posição que permite ao equipamento aplicar uma força axial
para fora, com a finalidade de aumentar seu comprimento.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
Os corpos de prova apresentam as seguintes áreas:
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
Podemos também retirar corpos de prova de materiais
soldados. Neste caso, eles determinam apenas o limite de
resistência a tração, pois o ensaio irá tracionar simultaneamente
dois materiais com propriedades diferentes (metal de base e
metal de solda).
38
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Depois de obter o corpo de prova, precisamos medir o
comprimento da parte útil. Após isso, fazemos divisões em seu
comprimento com marcações. Essas marcações de preferência
são de 5 em 5 milímetros. Elas auxiliaram a detectar a
deformação do material. Os valores podem alterar de acordo
com o corpo de prova.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
Exercícios:
1)Com base no desenho abaixo, qual letra identifica a parte útil
do corpo de prova?
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
41
ENSAIOS DE TRAÇÃO
Caso façamos o cálculo de alongamento, precisaremos juntar as
duas partes do corpo de prova da melhor maneira possível.
42
ENSAIOS DE TRAÇÃO
O limite elástico é de grande importância, pois precisamos
identifica-lo, para caso aplicável, a tensão não ultrapasse esse
limite, para que o material não sofra deformações permanentes.
43
ENSAIOS DE TRAÇÃO
1. Trace uma reta perpendicular ao
eixo das tensões, fora da região da
curva do material (reta FD).
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
4. Trace a reta 0D.
45
ENSAIOS DE TRAÇÃO
O limite de escoamento é alternativa para o limite elástico em
algumas ocasiões, pois ele evidencia o inicio da deformação
permanente.
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ENSAIOS DE TRAÇÃO
O limite de ruptura é difícil de se determinar.
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ENSAIO DE COMPRESSÃO
COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Assim como o ensaio de tração, no ensaio de compressão é feito
um esforço axial, porém no ensaio de compressão, tende a
provocar um encurtamento do corpo de prova.
No ensaio de compressão, o
corpo de prova é submetido
a uma força axial para
dentro, distribuída de forma
uniforme em toda a seção
transversal do corpo
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Ele também é executado na máquina universal de ensaios, com
a adaptação de duas placas lisas, sendo uma fixa e outra móvel,
e entre elas é apoiado o corpo de prova e mantido firme
durante o processo de compressão.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Utilizamos também a lei de Hooke. Na compressão as fórmulas
para cálculo de tensão, deformação e módulo de elasticidade
são semelhantes.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Exercício:
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
O ensaio de compressão não é muito utilizado em metais em
razão de dificuldades para medir as propriedades avaliadas. Os
valores numéricos são de difíceis verificações e podem levar a
erros.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Para auxiliar, podem ser feitos sulcos usinados na base do
material para reter o material de lubrificação utilizado.
57
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Outro problema que é comum ocorrer é a flambagem. Ela é um
encurvamento do corpo de prova. Isso pode ocorrer da
instabilidade na compressão do metal dúctil.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
A flambagem pode ocorrer de diversas formas, como podemos
observar na figura abaixo.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Deve-se evitar a flambagem do corpo de prova, que pode
ocorrer devido a:
60
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Nos materiais dúcteis, a compressão vai provocando uma
deformação na lateral do corpo. Essa deformação prossegue
com o ensaio, até o corpo de transformar em um disco, sem que
ocorra a ruptura.
61
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Na figura abaixo, conseguimos ver a diferença de um ensaio de
compressão com metais dúcteis (a) e metais frágeis (b).
62
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Abaixo temos alguns exemplos de corpo de prova sem aplicação
do ensaio e a diferença do corpo de prova em relação aos
materiais dúcteis e frágeis.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
As propriedades mecânicas mais avaliadas por meio desse
ensaio são: limite de escoamento, limite de resistência, limite
de proporcionalidade e módulo de elasticidade.
64
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Em materiais frágeis, a fase elástica é muito pequena, tornando
difícil de determinar com precisão as propriedades relativas a
esta fase.
65
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Os materiais extremamente dúcteis raramente são submetidos
ao ensaio de compressão, pois a amostra é submetida a esforços
de atrito junto às placas da máquina na tentativa de
deformação, dando origem a um complicado estado de tensões.
66
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Durante a realização do ensaio, devemos monitorar
continuamente a aplicação da carga e o deslocamento das
placas ou deformação do corpo de prova.
68
ENSAIOS DE COMPRESSÃO
O ensaio de compressão pode ocorrer também em produtos
acabados, como tubos e molas.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
• Os corpos de prova deverão ser preferencialmente
confeccionados na forma cilíndrica e divididos em três
categorias, para o caso de materiais metálicos: curtos,
médios e longos, conforme suas dimensões, apresentadas na
a seguir. No caso de chapas, podem-se utilizar corpos de
prova com dimensões retangulares e/ou quadradas.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Para materiais dúcteis, como o cobre, por exemplo, em relação
ao aspecto da fratura, apresentam uma deformação excessiva,
que resulta em uma dilatação transversal pronunciada,
causando um aumento irregular no seu diâmetro, maior na
região central e menor na região em contato com as placas da
máquina de ensaio, conferindo-lhes a forma de barril, como
verificada anteriormente.
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ENSAIOS DE COMPRESSÃO
Abaixo temos um diagrama tensão x deformação comparativo
de ferro fundido em tração e compressão.
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ENSAIO DE DOBRAMENTO /
FLEXÃO
COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
ENSAIOS DE DOBRAMENTO - FLEXÃO
Esses dois corpos estão sofrendo a ação de uma força F, que age
na direção perpendicular aos eixos dos corpos.
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO - FLEXÃO
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO - FLEXÃO
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO - FLEXÃO
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO - FLEXÃO
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO - FLEXÃO
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO
O ensaio de dobramento consiste em dobrar o corpo de prova,
que normalmente se encontra no formato de eixo retilíneo e
com seção circular (sendo maciça ou tubular), retangular ou
quadrada, assentado em dois apoios – como visto
anteriormente – afastados a uma distância especificada, de
acordo com o tamanho do corpo de prova.
82
ENSAIOS DE DOBRAMENTO
Neste ensaio, na maioria das vezes, o valor da carga não
importa.
A severidade do ensaio aumenta com a redução do diâmetro do
cutelo. Geralmente esse diâmetro é função do diâmetro do
corpo de prova ou da espessura dele. O ângulo de dobramento
também determina a severidade do ensaio. Geralmente
trabalha-se com ângulos de 90, 120 ou 180°.
84
ENSAIOS DE DOBRAMENTO
Para a construção civil, esse ensaio é de extrema importância
para as barras de aço, pois elas devem suportar a dobramentos
severos durante a sua utilização e também devem apresentar a
resistência mecânica necessária. Essas informações são
importantes e são normalizadas e classificadas conforme
normas técnicas.
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO
Em corpos de prova soldados, retirados de chapas ou tubos
soldados, é realizado geralmente para a qualificação do
soldador e para avaliação do processo de solda.
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO
A avaliação dos resultados é feita por meio de normas técnicas.
Por exemplo, a norma ASME, seção IX, Item QW-163 irá
especificar que o ensaio é aceitável se não ocorrer trincas e
descontinuidades maiores que 3,2mm na solda ou entre a zona
de ligação, medidos em qualquer direção.
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO
Embora o ensaio de dobramento forneça apenas resultados
qualitativos (verificar o comportamento ao invés de medir os
valores), o ensaio é um meio bastante simples e eficaz para
detectar problemas metalúrgicos e de compacidade que podem
afetar o comportamento dos materiais em serviço.
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO
Os parâmetros do ensaio, tais como dimensões do corpo de
prova, distância dos apoios, diâmetro do cutelo, ângulo de
dobramento e os critérios de aceitação do material são
definidos por normas ou códigos de fabricação.
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ENSAIOS DE DOBRAMENTO
Quando fazemos o ensaio de dobramento em materiais frágeis,
encontramos uma dispersão muito elevada de resultados.
90
ENSAIOS DE DOBRAMENTO
É normal aplicar o teste para materiais como ferro fundido
cinzento, aços ferramenta e carbonetos sinterizados.
91
ENSAIOS DE FLEXÃO
O ensaio de flexão pode ser realizado em materiais frágeis e em
materiais resistentes, como o caso do ferro fundido, aços,
estruturas de concreto e outros materiais, que em seu uso são
submetidos a situações onde o principal esforço é a flexão.
92
ENSAIOS DE FLEXÃO
Nos materiais frágeis, as flechas medidas são muito pequenas.
Consequentemente, para determinar a tensão de flexão,
utilizamos a carga que provoca a fatura do corpo de prova.
93
ENSAIOS DE FLEXÃO
Mas antes, precisamos entender como é calculada a tensão de
flexão. Ela é baseada no momento fletor. Vamos ao exemplo
94
ENSAIOS DE FLEXÃO
Logo, a flexão da barra não depende somente da força, mas
também da distância onde a força é aplicada em relação ao
ponto de apoio.
96
ENSAIOS DE FLEXÃO
Imagine a seguinte experiência:
97
ENSAIOS DE FLEXÃO
Agora com a mesma régua, faça a mesma experiência, porém
apoiando-a em pé, como mostra a figura abaixo.
98
ENSAIOS DE FLEXÃO
No primeiro caso, tivemos uma grande flexão, porém no
segundo, a flexão foi quase nula.
•Para seção retangular:
99
ENSAIOS DE FLEXÃO
Agora precisamos compreender o módulo de resistência da
seção transversal (W). É uma medida de resistência em relação a
um momento. Esse módulo significa para a flexão o mesmo que
a área da seção transversal significa para a tração.
101
ENSAIOS DE FLEXÃO
O valor da carga obtida no ensaio varia conforme o material seja
dúctil ou frágil.
102
ENSAIOS DE FLEXÃO
Outras informações que conseguimos obter no ensaio de flexão
é a flexa máxima e o módulo de elasticidade.
103
ENSAIOS DE FLEXÃO
Exemplo:
104
ENSAIOS DE FLEXÃO
Vamos iniciar determinando a tensão de flexão. Para isso,
precisamos analisar a fórmula:
105
ENSAIOS DE FLEXÃO
Agora podemos calcular a tensão de flexão. Basta substituir as
variáveis pelos valores que conhecemos.
106
ENSAIOS DE FLEXÃO
Já calculamos o valor da tensão de flexão. Agora precisamos
calcular o módulo de elasticidade (E). Uma vez que já
conhecemos todos os valore, agora é somente a fórmula.
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ENSAIO DE CISALHAMENTO
COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
ENSAIO DE CISALHAMENTO
O ensaio de cisalhamento é feito para identificar a resistência do
material à cortes. Para esse ensaio, as forças são aplicadas no
eixo perpendicular do corpo de prova, diferentemente do visto
no ensaio de tração e compressão.
109
ENSAIO DE CISALHAMENTO
A forma em que o produto se encontra afeta diretamente o
resultado do ensaio. Devido a esta razão, frequentemente o
ensaio de cisalhamento é feito em produtos acabados, como
rebites, parafusos, pinos, cordões de solda, barras e chapas.
Esse é um motivo pelo qual não existe um padrão para o seu
corpo de prova.
112
ENSAIO DE CISALHAMENTO
Para determinar a tensão de cisalhamento, ou seja, o valor da
força que provoca a ruptura da seção transversal do corpo de
prova, usaremos a fórmula a seguir:
Onde:
TC → tensão de cisalhamento
F → força cortante
S → seção transversal (área do corpo).
113
ENSAIO DE CISALHAMENTO
Exercício:
114
ENSAIO DE CISALHAMENTO
Uma curiosidade. Ao realizar sucessivos ensaios de
cisalhamento, mostrou-se que existe uma relação constante
entre a tensão de cisalhamento e a tensão de tração.
115
ENSAIO DE CISALHAMENTO
Em inúmeras ocasiões, precisaremos resolver a quantidade de
rebites, parafusos ou pinos que utilizaremos nos projetos para
unir duas chapas sem que ocorra o cisalhamento do material.
116
ENSAIO DE CISALHAMENTO
Isolando o n, que é a variável que queremos descobrir,
chegamos a fórmula para o cálculo do número de rebites:
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ENSAIO DE CISALHAMENTO
Sabendo que para a montagem abaixo, sabemos que:
•As chapas suportarão uma força cortante (F) de 20 kN;
•O diâmetro (D) de cada rebite é de 4 mm
•A tensão de tração (T) suportada por cada rebite é de 650 MPa;
118
ENSAIO DE CISALHAMENTO
119
ENSAIO DE CISALHAMENTO
Exercício:
120
ENSAIO DE EMBUTIMENTO
COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
O ensaio de embutimento é feito antes do processo de
estamparia com a finalidade de validar a matéria prima e
verificar se será possível conformar o material para chegar na
dimensão solicitada através das propriedades mecânicas e
estruturais das peças.
122
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
A ductilidade (capacidade de estirar-se sem se romper, flexível,
elástico) é uma característica básica para que o produto possa
ser estampado. Mas a chapa pode apresentar diversas
pequenas heterogeneidades que podem afetar o resultado do
ensaio, diferente de outros ensaios como o de tração ou de
compressão. Ao se deformar a frio, a chapa pode apresentar
pequenas trincas devido a essa heterogeneidade.
Enrugamento
Distorção
126
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
Porém antes de começarmos a falar do ensaio de embutimento,
precisamos compreender como funciona o processo de
estampagem.
Estiramento Embutimento
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ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
Agora, iremos ver a diferença entre o estiramento e o
embutimento.
128
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
Existem alguns ensaios padronizados para avaliar a capacidade
de estampagem de chapas.
129
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
O ensaio é realizado por meio de dispositivos acoplados a um
equipamento que transmitirá força. Pode ser feito na máquina
universal, adaptada com os dispositivos próprios, ou em uma
máquina específica para este ensaio.
131
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
No ensaio de Erichsen, o punção tem cabeça esférica de 20mm
de diâmetro e a carga aplicada no anel de fixação é de
aproximadamente 1.000 kgf.
133
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
O ensaio Olsen utiliza um punção esférico de 22,2mm de
diâmetro, diferente do ensaio Erichsen, e usam discos de 76mm
de diâmetro.
134
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
Para Olsen é necessário medir o valor da carga no instante da
trinca.
135
ENSAIOS DE EMBUTIMENTO
Abaixo temos uma figura ilustrando as principais diferenças
entre o ensaio Erichsen e Olsen.
136
ENSAIO DE TORÇÃO
COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
ENSAIOS DE TORÇÃO
Como o próprio nome já diz, neste ensaio, iremos estudar o
comportamento do material quando submetido ao esforço de
torção.
138
ENSAIOS DE TORÇÃO
Outro caso que pode aparecer bastante o esforço de torção é
em um virabrequim de automóvel, em eixos de máquinas,
polias, molas helicoidais e brocas.
139
ENSAIOS DE TORÇÃO
A torção é diferente da compressão, tração e do cisalhamento,
porque nestes casos, o esforço aplicado é no sentido
longitudinal ou transversal. Na torção, o esforço é aplicado no
sentido de rotação.
140
ENSAIOS DE TORÇÃO
Agora vamos ao conceito de torção e rotação. Pensemos num
corpo cilíndrico, preso por uma das suas extremidades.
141
ENSAIOS DE TORÇÃO
O corpo tenderá a girar no sentido da força e, como a outra
extremidade está engastada (presa / apoiada), ela sofrerá uma
torção sobre seu próprio eixo. Se um certo limite de torção for
ultrapassado, esse corpo de prova se romperá.
142
ENSAIOS DE TORÇÃO
Uma ponta do eixo está ligada à roda, por meio do diferencial
traseiro. A outra ponta está ligada ao motor, por intermédio da
caixa de câmbio.
144
ENSAIOS DE TORÇÃO
Analisando com atenção a figura anterior, observamos:
• D é o diâmetro do eixo
• L é o comprimento do eixo
146
ENSAIOS DE TORÇÃO
Um artifício simples ajuda a reduzir bastante a dificuldade em
realizar essa tarefa. Basta encaixar um cano na haste da chave,
de modo que a alongar o comprimento do braço (c).
147
ENSAIOS DE TORÇÃO
Momento de uma força é o produto da intensidade da força (F)
pela distância do ponto de aplicação ao eixo do corpo sobre o
qual a força está sendo aplicada (C) como vimos também no
momento fletor.
149
ENSAIOS DE TORÇÃO
Estas propriedades são determinadas do mesmo modo que no
ensaio de tração e tem a mesma importância, só que são
relativas aos esforços de torção.
150
ENSAIOS DE TORÇÃO
Exemplo:
151
ENSAIOS DE TORÇÃO
Este ensaio é bastante utilizado para verificar o comportamento
de eixos de transmissão, barras de torção, partes de motor e
outros sistemas sujeitos a esforços de torção. Nesses casos,
ensaiam-se os próprios produtos.
152
ENSAIOS DE TORÇÃO
Em casos especiais podemos utilizar outros tipos de seções.
153
ENSAIOS DE TORÇÃO
Entretanto, o comprimento e o diâmetro do corpo de prova
devem ser tais que permitam as medições de momentos e
ângulos de torção com precisão e também que não dificultem o
engastamento nas garras da máquina de ensaio.
154
ENSAIOS DE TORÇÃO
O ensaio de torção é realizado em equipamento específico, a
máquina de torção.
155
ENSAIOS DE TORÇÃO
Já as fraturas, elas variam de acordo com o corpo de prova. Caso
seja dúctil ou frágil.
COTIL/UNICAMP
Prof. Maicon Carlos Barbosa
ENSAIO DE DUREZA
A dureza de um material é um conceito relativamente complexo
para se definir, originando diversos tipos de interpretação.
158
ENSAIO DE DUREZA
Na área da metalurgia, considera-se dureza como a resistência
à deformação plástica permanente. Isso porque uma grande
parte da metalurgia consiste em deformar plasticamente os
metais.
159
ENSAIO DE DUREZA
Para um técnico em usinagem, dureza é a resistência ao corte
do metal, pois este profissional atua com o corte de metais, e a
maior ou menor dificuldade de usinar um metal é caracterizada
como a maior ou menor dureza.
160
ENSAIO DE DUREZA
É importante destacar que, apesar das diversas definições, um
material com grande resistência à deformação plástica
permanente também terá alta resistência ao desgaste, alta
resistência ao corte e será difícil de ser riscado, ou seja, será
duro em qualquer uma dessas situações.
161
ENSAIO DE DUREZA
Há registros de que no século XVII já se avaliava a dureza de
pedras preciosas, esfregando-as com uma lima.
162
ENSAIO DE DUREZA
Este método iniciou com um teste com 10 minerais de
diferentes durezas presentes na crosta terrestre.
163
ENSAIO DE DUREZA
Curiosidade
Escala Mohs (1822)
1 - Talco
2 - Gipsita
3 - Calcita
4 - Fluorita
5 - Apatita
6 - Feldspato (Ortóssio)
7 - Quartzo
8 - Topázio
9 - Safira e Corindo
10 - Diamante
164
ENSAIO DE DUREZA
165
ENSAIO DE DUREZA
Como podemos observar, o diamante é o mineral mais duro
existente na natureza e com isso, ele risca (retira material da
superfície) os demais minerais.
166
ENSAIO DE DUREZA
Esta escala não é conveniente para os metais, porque a maioria
deles apresenta dureza Mohs 4 e 8, e pequenas diferenças de
dureza não são acusadas por este método. Por exemplo, um aço
dúctil corresponde a uma dureza de 6 Mohs, a mesma dureza
Mohs de um aço temperado.
167
ENSAIO DE DUREZA
A dureza não é uma propriedade intrínseca do material, ditada
por definições precisa em termos de unidades fundamentais de
massa, comprimento e tempo. Esse valor da propriedade é o
resultado de um procedimento específico de medição, ou seja,
baseado no método que vamos fazer para conseguir o
resultado.
168
ENSAIO DE DUREZA
O método mais comum de se encontrar a dureza de um material
é através da impressão de um endentador (ponta) sobre a
superfície do material com uma carga conhecida e um tempo
específico .