Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os materiais possuem uma ampla gama de propriedades mecânicas que desempenham um papel
fundamental na sua utilização em diversas aplicações industriais. Neste artigo, iremos explorar de forma
detalhada algumas das propriedades mecânicas mais importantes dos materiais, abordando conceitos
como dureza, tenacidade, resiliência, elasticidade, plasticidade, maleabilidade, ductilidade, fragilidade,
fadiga, fratura, fluência e rigidez. Vamos adentrar esse fascinante campo da ciência dos materiais!
Dureza
Existem vários métodos para medir a dureza dos materiais, como o teste de dureza Rockwell, Brinell,
Vickers e Knoop. Cada um desses testes utiliza diferentes técnicas para avaliar a resistência do material à
penetração de uma indenter específica, resultando em uma escala de dureza.
A dureza dos materiais é influenciada por uma variedade de fatores, incluindo a estrutura cristalina, a
densidade da rede atômica, a presença de impurezas e a temperatura. Materiais com ligações fortes e
uma estrutura cristalina ordenada tendem a apresentar maior dureza.
Tenacidade
Os testes de tenacidade, como o ensaio de impacto Charpy e Izod, são realizados para determinar a
quantidade de energia que um material pode absorver antes de fraturar. Esses testes envolvem a
aplicação de uma carga súbita em uma amostra padronizada, medindo a quantidade de energia
absorvida durante a fratura.
A relação entre a tenacidade e a resistência à fratura é importante, pois um material pode ser resistente
à fratura, mas não necessariamente tenaz. A resistência à fratura é mais relacionada com a capacidade
do material de resistir à propagação de uma trinca, enquanto a tenacidade mede a capacidade de
absorver energia.
Resiliência
A resiliência está intimamente relacionada com a elasticidade dos materiais. Quando um material é
submetido a uma carga, ele se deforma elasticamente, ou seja, temporariamente, sem sofrer
deformação permanente. Durante essa deformação elástica, o material armazena energia potencial.
Quando a carga é removida, o material retorna à sua forma original, liberando a energia armazenada.
Os testes de resiliência, como o ensaio de impacto Charpy e Izod, são utilizados para avaliar a resiliência
de um material. Esses testes medem a quantidade de energia absorvida pelo material durante um
impacto antes da fratura ocorrer. A resiliência é particularmente importante em aplicações onde
ocorrem deformações elásticas significativas, como em molas e estruturas que estão sujeitas a cargas
variáveis.
Elasticidade
A elasticidade é a capacidade de um material retornar à sua forma original após a remoção de uma carga
ou estresse. É uma propriedade que permite que os materiais se deformem temporariamente e depois
retornem à sua forma original quando a força é removida.
Quando um material é submetido a uma carga, ele sofre deformação elástica, que é reversível. Isso
significa que o material retorna à sua forma original assim que a carga é removida. Dentro do limite
elástico de um material, a deformação é totalmente reversível, ou seja, não há deformação permanente.
A elasticidade dos materiais é regida pela Lei de Hooke, que estabelece que a deformação é diretamente
proporcional à tensão aplicada. No entanto, essa relação é válida apenas dentro do limite elástico do
material. Se a tensão aplicada exceder o limite elástico, a deformação se tornará plástica e irreversível.
A elasticidade dos materiais é influenciada por sua estrutura cristalina, ligações atômicas e
características microestruturais. Materiais com ligações fortes e uma estrutura cristalina ordenada
tendem a apresentar maior elasticidade.
Plasticidade
Quando um material é submetido a uma carga além do limite elástico, a deformação se torna plástica.
Isso significa que o material sofre uma deformação permanente que não pode ser revertida apenas
removendo a carga. Em vez disso, o material mantém sua nova forma mesmo após a carga ser removida.
Maleabilidade
A maleabilidade é a capacidade de um material ser deformado por compressão sem fraturar, resultando
em uma mudança permanente em sua forma. Materiais maleáveis podem ser facilmente laminados ou
martelados em chapas finas sem quebrar.
Ductilidade
A ductilidade é a capacidade de um material sofrer deformação plástica sem fraturar quando submetido
a tensão. Materiais ducteis podem ser esticados ou alongados em fios finos sem quebrar.
A ductilidade de um material está relacionada à sua capacidade de deformação plástica antes da fratura
ocorrer. Materiais com uma estrutura cristalina mais complexa ou com mecanismos de deformação mais
eficientes tendem a ser mais ducteis.
Fragilidade
Diferentemente dos materiais ducteis, os materiais frágeis possuem uma baixa capacidade de absorver
energia antes de fraturar. A fragilidade está relacionada à tendência de um material formar e propagar
trincas rapidamente.
Vidro, cerâmica e alguns metais com estrutura cristalina cúbica de corpo centrado são exemplos de
materiais frágeis. Esses materiais possuem uma estrutura cristalina que dificulta a deformação plástica e
favorece a propagação rápida de trincas.
A fragilidade de um material é influenciada por sua estrutura cristalina, tamanho de grão, presença de
impurezas e temperatura. Materiais com uma estrutura cristalina mais regular e com menor tamanho de
grão tendem a ser mais frágeis.
Fadiga
A fadiga é a falha de um material devido à aplicação repetida de tensões abaixo do limite de resistência à
tração. Ela ocorre quando um material é submetido a ciclos alternados de carga e descarga, resultando
em fraturas graduais e acumulativas.
A falha por fadiga é um problema comum em muitas aplicações, especialmente aquelas que envolvem
carregamento cíclico, como estruturas aeroespaciais, veículos automotores e componentes sujeitos a
vibrações.
A fadiga é causada pela propagação de trincas microscópicas presentes no material. Cada ciclo de carga e
descarga promove o crescimento dessas trincas, até que a fratura finalmente ocorra.
Para evitar a falha por fadiga dos materiais, é importante considerar fatores como o projeto adequado
do componente, a seleção de materiais com alta resistência à fadiga, a redução de concentração de
tensões, o alívio de tensões residuais e a aplicação de tratamentos térmicos e superficiais adequados. A
manutenção preventiva e a inspeção regular também são essenciais para identificar e substituir
componentes desgastados antes da falha.
Fratura
A fratura é a separação de um material em duas ou mais partes devido à aplicação de tensão. Existem
diferentes tipos de fratura, incluindo fratura dúctil, fratura frágil, fratura intergranular e fratura
transgranular.
A fratura dúctil é caracterizada pela deformação plástica significativa que ocorre antes da fratura. Nesse
caso, o material se deforma consideravelmente antes de se romper. A fratura dúctil geralmente ocorre
em materiais que possuem alta ductilidade.
Por outro lado, a fratura frágil ocorre sem deformação plástica visível. O material se rompe
repentinamente, sem dar sinais prévios de falha iminente. A fratura frágil é característica de materiais
frágeis, que possuem pouca capacidade de deformação plástica.
A fratura intergranular ocorre ao longo dos contornos de grão do material. Isso ocorre devido a
fenômenos de corrosão intergranular ou à presença de impurezas ou inclusões nos contornos de grão.
Já a fratura transgranular ocorre através dos grãos do material. A trinca de fratura propaga-se
diretamente através dos grãos, geralmente seguindo o caminho de menor resistência.
Vários mecanismos podem causar fratura, como a nucleação e propagação de trincas, falhas em pontos
de alta tensão e processos de corrosão. A fratura de um material pode ser influenciada por fatores como
a temperatura, a taxa de deformação, a presença de tensões residuais e a presença de defeitos ou
inclusões.
Fluência
A fluência é a deformação lenta e progressiva de um material sob carga constante e temperatura elevada
ao longo do tempo. É uma propriedade que afeta materiais submetidos a altas temperaturas e tensões
constantes.
Quando um material está submetido a tensões constantes e elevadas em altas temperaturas, ele pode
sofrer deformação plástica gradual ao longo do tempo. Isso ocorre devido a mecanismos de difusão
atômica dentro da estrutura do material, que resultam em um rearranjo gradual de átomos e
consequente deformação.
A taxa de fluência de um material depende de sua temperatura, tensão aplicada, tempo de exposição e
características microestruturais. Materiais com uma estrutura cristalina mais compacta e forte tendem a
ser mais resistentes à fluência.
A fluência é um fenômeno que pode levar à falha de componentes estruturais ao longo do tempo.
Portanto, é essencial considerar a fluência ao selecionar materiais para aplicações em altas temperaturas
e tensões constantes.
Rigidez
A rigidez é a capacidade de um material resistir à deformação elástica quando submetido a uma carga ou
estresse. Materiais rígidos apresentam uma resposta elástica rápida e mínima deformação sob tensão.
Materiais com alto módulo de elasticidade são considerados rígidos, enquanto materiais com baixo
módulo de elasticidade são mais flexíveis. Por exemplo, os metais tendem a ser mais rígidos em
comparação com os polímeros, que apresentam uma maior capacidade de deformação elástica.
Análise de falhas: O entendimento das propriedades mecânicas é fundamental para analisar e investigar
falhas em componentes ou estruturas. Ao examinar uma falha, é necessário entender como o material
se comportou sob tensão, como ocorreu a deformação e se houve fratura ou fadiga. Essas informações
ajudam a identificar a causa da falha e implementar medidas corretivas para evitar recorrências no
futuro.
Processos de fabricação: As propriedades mecânicas dos materiais também são importantes nos
processos de fabricação. Ao moldar, fundir, laminar ou conformar materiais, é necessário compreender
como eles respondem a esses processos. As propriedades mecânicas afetam a maleabilidade, a
ductilidade e a resistência à deformação do material, influenciando o processo de fabricação e a
qualidade do produto final.
Segurança e confiabilidade: Entender as propriedades mecânicas dos materiais é essencial para garantir
a segurança e a confiabilidade dos produtos e estruturas. Materiais inadequados ou com propriedades
mecânicas insuficientes podem levar a falhas catastróficas, acidentes e perda de vidas. Compreender as
propriedades mecânicas permite projetar e selecionar materiais que sejam capazes de suportar as cargas
e condições de operação de forma segura e confiável.
Em resumo, o conhecimento das propriedades mecânicas dos materiais é essencial em diversas áreas,
desde a seleção e o projeto de materiais até a análise de falhas e a garantia de segurança e
confiabilidade. Compreender como os materiais se comportam sob diferentes condições de estresse e
tensão permite tomar decisões informadas e otimizar o desempenho dos produtos e estruturas.
Conclusão
Compreender essas propriedades e suas interações é essencial para garantir a segurança, confiabilidade
e desempenho dos materiais em diversas condições de operação.
FAQs
A dureza dos materiais é medida por meio de testes específicos, como o teste de dureza Rockwell,
Brinell, Vickers e Knoop. Esses testes envolvem a aplicação de uma carga controlada e a medição da
profundidade ou área de indentação resultante. Esses valores são então convertidos em uma escala de
dureza específica.
A elasticidade dos materiais é afetada por diversos fatores, incluindo a estrutura cristalina, as ligações
atômicas, a presença de impurezas e defeitos, a temperatura e o tratamento térmico do material.
Materiais com ligações mais fortes e uma estrutura cristalina mais ordenada tendem a apresentar maior
elasticidade.
Alguns exemplos de materiais maleáveis comuns são o ouro, a prata, o alumínio e o cobre. Esses
materiais possuem uma estrutura cristalina e ligações que permitem a deformação plástica sem fraturar,
possibilitando a fabricação de diferentes produtos e componentes.
Para evitar a falha por fadiga dos materiais, é importante considerar fatores como o projeto adequado
do componente, a seleção de materiais com alta resistência à fadiga, a redução de concentração de
tensões, o alívio de tensões residuais e a aplicação de tratamentos térmicos e superficiais adequados. A
manutenção preventiva e a inspeção regular também são essenciais para identificar e substituir
componentes desgastados antes da falha ocorrer.
Entenda sobre resistência dos materiais. Quais são suas classificações, conceitos e como é aplicada!
Principalmente nos cursos de Engenharia Mecânica e Civil, a disciplina de resistência dos materiais é
uma das mais complexas e difíceis. E é uma matéria tão importante quanto difícil.
Neste post, trouxemos tudo o que você precisa saber sobre resistência dos materiais antes de escolher o
seu curso no Enem. Confira!
Alguns livros, de tão importantes, acabam se tornando “bíblias” para os estudantes. O curso de Direito
tem o seu Vade Mecum, que reúne as obras básicas para fácil consulta. Cursos de Farmácia e Medicina
também apresentam volumes semelhantes.
No caso dos cursos de Engenharia, alguns livros se comportam da mesma maneira. O livro Resistência
dos materiais (Hibbeler) é referência quando se trata do tema.
Essa obra aborda teorias e princípios essenciais sobre a resistência dos materiais de maneira clara e
concisa. Já na sétima edição, publicada em 2009, o livro consolidou Hibbeler como uma referência na
área, trazendo, além das teorias, propostas práticas de exercícios e problemas a serem solucionados.
Para os estudantes de Engenharia, é praticamente uma obrigação adquirir esse livro.
Na Engenharia dos Materiais, a resistência dos mesmos é a capacidade de resistir a uma determinada
força sobre ele aplicada, em função do processo de fabricação do material, de modo que os cientistas
envolvidos aplicam vários processos para alterá-la.
Devido ao profundo conhecimento sobre o assunto, a manipulação da resistência dos materiais pode ser
feita de maneira perfeitamente quantificável e qualificada. Apesar disso, alterar essa resistência pode
significar perder alguma outra propriedade mecânica.
O maior objetivo da área de estudo da resistência dos materiais é aplicar os conhecimentos na produção
e utilização de peças com um determinado papel a cumprir. Para tanto, é fundamental conhecer os
limites de cada tipo de material, descobrindo assim até onde é possível manipulá-los.
A ciência da resistência dos materiais depende muito de uma total certeza na obtenção de seus
resultados, uma vez que qualquer erro, por menor que seja, pode significar prejuízos gigantescos depois.
E isso é ainda mais sério se considerarmos que vidas podem ser colocadas em risco por cálculos mal
feitos.
Além de toda essa responsabilidade, o estudo da resistência dos materiais é essencial para que se
evitem prejuízos com gastos desnecessários de recursos. Ainda pode impedir o excesso de peso nas
estruturas, facilitando a criação de projetos sustentáveis e com melhor rendimento.
Esse tipo de conhecimento vem desde a Antiguidade. Os egípcios, por exemplo, detinham grande
domínio sobre a resistência dos materiais, uma vez que sem ele seria impossível construir estruturas tão
grandiosas quanto as pirâmides do Egito.
Outra civilização que se destaca nesse sentido é a Grécia, principalmente na aplicação dos conceitos de
estática, básica para a resistência dos materiais. Arquimedes deu grandes contribuições nesse sentido,
utilizando alavancas, verificando o centro de gravidade dos corpos e aplicando a teoria na construção de
grandes dispositivos, como guinchos e guindastes.
Séculos depois, todo esse conhecimento que tinha se perdido durante a Idade Média foi recuperado no
Renascimento. Grandes estudiosos, como Leonardo da Vinci e Galileu Galilei, ajudaram a enriquecer as
teorias sobre mecânica e os materiais. Notavelmente, Galileu foi o responsável pela elevação dos
estudos sobre a resistência dos materiais ao nível de ciência, em seu livro Duas novas ciências.
Torção é a tensão que ocorre em um elemento construtivo ou um prisma mecânico, quando aplica-se
momento sobre seu eixo longitudinal. Podem tanto ser eixos quanto elementos nos quais uma dimensão
é predominante a outras duas.
Geometricamente, a torção é caracterizada por toda e qualquer curva paralela ao eixo da peça, sem
estar contida no plano formado pelas duas curvas iniciais. Ou seja, uma curva paralela ao eixo da peça se
retorce ao redor desse.
O estudo geral do movimento de torção é bastante complicado, uma vez que leva ao acontecimento de
dois fenômenos: tensões tangenciais e deformações seccionais. E é essa deformação que complica muito
o cálculo da tensão de resistência dos materiais, fazendo com que o momento torsor seja decomposto.
Na mecânica, o esforço físico da flexão ocorre quando há deformação perpendicular ao eixo do corpo do
objeto, de forma paralela à força atuante. A linha que une o centro de gravidade de todas as seções
transversais do objeto constitui-se no eixo longitudinal, o qual está submetido a cargas perpendiculares
ao eixo.
Em Engenharia, flexão é o tipo da deformação apresentada por uma estrutura alongada em uma direção
perpendicular a esse eixo longitudinal. Denomina-se estrutura alongada quando uma das dimensões é
dominante às outras. Vigas, placas e lâminas são exemplos desse tipo de objeto.
Quando um objeto é submetido à flexão, é a formação de uma curva paralela ao eixo neutro da
estrutura, sendo que sua distância não varia em relação ao valor antes do processo de deformação.
A flambagem, também conhecida como encurvadura, consiste em um fenômeno que ocorre nas peças
denominadas esbeltas, ou seja, aquelas nas quais a área da seção transversal é bastante pequena se
comparada ao seu comprimento. Esse fenômeno se inicia quando as peças são submetidas a um esforço
de compressão axial.
É considerada uma instabilidade elástica, de modo que a peça pode perder a estabilidade antes mesmo
que o material atinja sua tensão de escoamento. O colapso sempre se dará ao redor do eixo de menor
momento de inércia da seção transversal.
Como você já deve ter percebido, tensão e deformação são dois conceitos muito importantes para a
Física e a Engenharia. O conceito de tensão mecânica se refere ao valor da distribuição das forças por
unidade de área.
A unidade oficial para tensão é o pascal (Pa), que se refere à medida de força por unidade de área.
Importante não confundir tensão com pressão, já que são expressas com a mesma unidade de medida.
Deformações por tensão são classificadas em três categorias diferentes, sendo elas:
ruptura.
A deformação elástica resulta no retorno da estrutura ao estado original, após a aplicação da tensão ter
sido finalizada. Isso acontece quando a força à qual a estrutura é submetida não consegue superar sua
tensão de elasticidade.
Já a deformação plástica consiste na permanente alteração do estado da estrutura, de modo que ela não
consegue retornar à sua forma original. Isso ocorre quando a mesma é submetida à chamada tensão de
plasticidade, maior do que aquela aplicada na deformação elástica. Assim, há transição da fase elástica
para a plástica.
Por fim, a deformação por ruptura resulta no rompimento da estrutura em múltiplas partes. Esse
processo ocorre quando a mesma recebe tensão inicialmente maior que a responsável pela deformação
plástica. Tende a diminuir após o processo ter início.
A Física é regida por leis muito específicas e facilmente aplicadas. Na resistência dos materiais, uma das
leis mais importantes é a Lei de Hooke. Ela diz respeito à elasticidade dos corpos, sendo usada para os
cálculos de deformações causadas pelas forças exercidas em um determinado corpo ou estrutura.
Assim, a força é igual ao deslocamento de massa a partir do ponto de equilíbrio, multiplicada pela
constante da mola ou do corpo que sofrerá a deformação. Assim, F = K .Δl, sendo que:
F está em newtons;
K está em newton/metro;
Δl está em metros.
Na Lei de Hooke está uma grande variedade de forças em interação, de modo que a caracterização se dá
como um trabalho experimental. Entre essas forças, podemos destacar as elásticas, exercidas pelos
sistemas elásticos quando os mesmos sofrem deformação.
Ela pode ser utilizada sempre, desde que o limite elástico da estrutura a receber a tensão não seja
excedido. Assim, o comportamento elástico dos materiais acaba por seguir o regime elástico proposto na
Lei de Hooke, mas apenas até um certo valor da força. Após esse ser ultrapassado, a relação de
proporção não é mais definida, mesmo que o corpo retorne à forma inicial após remover-se a tensão.
Se a força continuar a ser aumentada, o limite elástico é rompido e a deformação segue para uma
característica plástica, ou permanente, podendo resultar até mesmo na ruptura da estrutura. O
instrumento utilizado para medir forças e que se utiliza da Lei de Hooke é chamado de dinamômetro.
É possível aplicar a Lei de Hooke também após a realização do ensaio de tração, a partir do qual se
obtém o gráfico de comparação “Tensão versus Extensão”. Um padrão linear na porção inicial do gráfico
significa que a tensão é proporcional à extensão, de modo que se observe uma constante de
proporcionalidade entre ambas, de modo que:
σ=ε.E
E é o Módulo de Young.
Aqui, cabe destacar que o Módulo de Young (também conhecido como módulo de elasticidade) é um
parâmetro mecânico que busca proporcionar a medida da rigidez de um determinado material sólido. É
fundamental para as aplicações que envolvem a resistência dos materiais e mais ainda para a
Engenharia, uma vez que se associa à descrição de várias propriedades mecânicas.
Essa é uma propriedade intrínseca aos materiais, de modo que depende da composição química e da
estrutura física dos mesmos. Pode ser obtida pela razão entre a tensão exercida no objeto e a
deformação causada em decorrência disso.
Quando falamos sobre a resistência e o comportamento dos materiais, a Lei de Hooke é uma das mais
importantes. Ela é estudada em praticamente todo e qualquer curso de Engenharia, apesar de ter mais
ênfase na Engenharia Civil e na Engenharia Mecânica.
É fundamental que todo e qualquer material seja testado exaustivamente, analisando as reações dos
mesmos aos mais variados fenômenos. E isso é essencial para se fazer com a mais variada sorte de
materiais, de uma viga a uma estrutura complexa de construção.
Entender quanto de tensão um determinado material suporta é essencial para descobrir em qual tipo de
função é possível aplicá-lo. Como citamos anteriormente, não apenas a segurança das pessoas que
usufruirão daquela estrutura é importante, mas também as possibilidades de melhor aproveitamento
dos mais diversos recursos.
Segundo Hibbeler, a resistência dos materiais é um nicho da mecânica que estuda as relações existentes
entre cargas que são aplicadas a um objeto externamente passível de deformação, além da intensidade
que as forças internas podem atuar. Abrange o cálculo dessa deformação do material e o estudo da sua
estabilidade, principalmente quando sujeito a tensões externas.
Curtiu este post? Então não deixe de conferir também nosso artigo sobre Eletrodinâmica e o post sobre
Arquitetura! Aproveite para testar seus conhecimentos com nossos exercícios de Física.