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A fluência é uma deformação ao longo do tempo de um material submetido a uma

carga ou tensão constante. A velocidade de fluência aumenta com as tensões e


temperaturas elevadas.

Exemplo: A fluência é capacidade que um metal tem de alterar o seu tamanho e sua
resistência mecânica ao longo do tempo quando apenas sujeito à uma força constante e
uma temperatura de 40% da sua temperatura de fusão. O estudo da fluência é
importante nos cálculos de engenharia, para se projectar peças que resistam à uma alta
força, como turbinas, pontes metálicas e gruas.

Verificou-se que pequenas variações de temperatura podem causar significativas


alterações na velocidade de fluência. Exemplo disso é o aço carbono submetido ao ensaio de
fluência, a uma tensão de 3,5 kgf/mm2, durante 1.000 horas: à temperatura de 500ºC, apresentou
uma deformação de 0,04% e à temperatura de 540ºC apresentou uma deformação de 4%.
Propriedades Mecânicas

RESISTÊNCIA MECÂNICA - FORÇA


3.1 – Limite de Escoamento
É a propriedade dos corpos de voltarem à forma inicial após a retirada da carga. É
o valor máximo da tensão, para o qual descarrega a amostra e não se verifica
deformação permanente, ou seja o corpo volta à sua forma original.

O Limite Elástico, de Elasticidade, ou de Escoamento (LE), está entre a


deformação elástica e a deformação plástica. O Escoamento caracteriza-se por
uma deformação permanente do material sem que haja aumento de carga. Em
outras palavras, Limite de escoamento (yield strength) => define a transição entre
região elástica e plástica => tensão que, liberada, gera uma deformação residual
de 0.2%.

Materiais perfeitamente elásticos, recuperam completamente sua forma original,


depois da retirada da carga. Enquanto que em materiais parcialmente elásticos, a
deformação produzida pelas forças exteriores não desaparece completamente
após a retirada da carga.

3.2 – Limite de Resistência (LRE)


Resistência - É a propriedade dos metais de absorverem energia.

É a maior tensão que o material suporta. Característica, muito usada para


especificar materiais, embora tem pouca significação para materiais dúcteis.
Materiais mais resistentes, têm altos limites de escoamento.
Limite de resistência (tensile strength) => tensão máxima na curva de engenharia.

3.3 – Limite de Fratura


É o limite onde ocorre a separação de um sólido sob tensão em duas ou mais
partes. O processo de fratura é normalmente súbito e catastrófico, podendo gerar
grandes acidentes. Envolve duas etapas; formação de trinca e propagação.

Nos materiais metálicos, pode assumir dois modos: dúctil e frágil.


Fratura dúctil

 O material se deforma substancialmente antes de fraturar. O processo se


desenvolve de forma relativamente lenta à medida que a trinca propaga. Este
tipo de trinca é denominado estável porque ela para de se propagar a menos
que haja uma aumento da tensão aplicada no material (caracterizam-se pela
aparência fibrosa).
Fratura frágil

 O material se deforma pouco, antes de fraturar. O processo de propagação de


trinca pode ser muito veloz, gerando situações catastróficas. A partir de um
certo ponto, a trinca é dita instável porque se propagará mesmo sem aumento
da tensão aplicada sobre o material (caracterizam-se pelo aspecto cristalino).
3.4 - Degradação Física
É a destituição das características físicas de um material com base na sua
resposta as agressões externas submetidas (temperatura, umidade, etc.).

RESISTÊNCIA MECÂNICA – CONDIÇÃO DE USO


3.5 – Tenacidade à Fratura
(Toughness) Propriedade dos materiais de resistirem a esforços e ao mesmo
tempo absorver energia mecânica até a fratura, ou seja, sem se romperem (Região
Plástica). É a área sob a curva até a fratura, no gráfico de Tensão x Deformação.
Propriedade que normalmente é medida pelo ensaio de Charpy.

A tenacidade é diretamente proporcional à resistência dos materiais e à


ductilidade, ou seja quanto maior a resistência e a ductilidade, maior é a
tenacidade.

A energia absorvida antes da fratura, é uma combinação de resistência e


ductilidade.

Materiais frágeis, têm maior limite de escoamento e maior limite de resistência, no


entanto, tem menor Tenacidade devido à falta de Ductilidade, conseqüentemente,
a área sob a curva correspondente nestes materiais é bem menor.

3.6 – Resitência à Fadiga


É a resistência dos materiais à cargas cíclicas (oscilantes e alternadas). A falha por
fadiga é do tipo frágil e pode ocorrer a níveis de tensão substancialmente mais
baixo do que o limite de resistência do material (iniciado através de uma
microtrinca).

A fadiga é responsável pela maioria das falhas de metais, afetando também


polímeros e cerâmicas. Ocorre subitamente e sem aviso prévio.

Fatores que afetam a vida de fadiga:

 Nível médio de tensão:


Quanto maior o valor médio da tensão, menor é a vida.

 Efeitos de superfície:
A maior parte das trincas que iniciam o processo de falha se origina na
superfície do material. Isto implica que as condições da superfície afetam
fortemente a vida de fadiga.

Projeto da superfície: evitar cantos vivos.

3.7 - Resistência ao Cisalhamento


No cisalhamento, a força é aplicada ao corpo na direção perpendicular ao seu eixo
longitudinal. Esta força cortante, aplicada no plano da seção transversal (plano de
tensão), provoca o cisalhamento. Resistência ao cisalhamento é a reação ao
esforço cortante, que cada material desenvolve em cada um dos pontos de sua
seção transversal.

3.8 - Resistência a Flexo – Tração


É a “resistência mecânica” usada para fins de projeto. É a tensão nominal máxima do
diagrama tensão- deformação no regime elástico de um ensaio de tração uniaxial ou
flexão pura.

3.9 - Resistência à Fluência

A fluência é a deformação plástica que ocorre num material, sob tensão constante ou
quase constante, em função do tempo. A temperatura tem um papel importantíssimo
nesse fenômeno. A fluência ocorre devido à movimentação de falhas, que sempre
existem na estrutura cristalina dos metais.

4 – Rigidez
Rigidez é .......

Na fase elástica, se dividirmos a tensão pela deformação, em qualquer ponto,


obteremos sempre um valor constante, ou Módulo de Elasticidade (E). Quanto
maior for o módulo, menor será a deformação elástica resultante da aplicação de
uma tensão e mais rígido será o material. Portanto o módulo de elasticidade mede
a rigidez do material

5 – Dureza
Propriedade dos materiais de resistir à penetração, ou seja é a resistência da
superfície do material à penetração (mecânica); resistência à deformação plástica
(metalurgia); resistência ao risco (mineralogia); resistência ao desgaste –
tratamento térmico (projetista); resistência ao corte (usinagem) . A dureza do
material é determinada de acordo com o tipo de ensaio que é feito no material,
podendo ser expressa em “Mohs” (por risco), “Brinell” (esfera de aço), “Vickers”
(pirâmide de diamante), “Rockwell” (cone de diamante e esfera de aço) e “Shore”.

6 – Ductilidade
Ductilidade é a deformação plástica total até o ponto imediatamente antes da
ruptura.

A Ductilidade é a medida da deformabilidade do material, medida através da


estricção (redução da área), ou pela porcentagem de alongamento, podendo ser
considerada como a capacidade do material em deformar-se plasticamente sem se
romper.

Quanto maior a percentagem da estricção, mais dúctil é o metal. Nos materiais


dúcteis, a ruptura é anunciada por intermédio de grandes deformações (aço, Al).
Enquanto nos materiais frágeis a ruptura ocorre com deformações próximo a zero
(vidro, fºfº, etc.).

A ductilidade dos materiais é função da temperatura e da presença de impurezas.


Materiais dúcteis se tornam frágeis a temperaturas mais baixas. Isto pode gerar
situações desastrosas caso a temperatura de teste do material não corresponda à
temperatura efetiva de trabalho.

Consiste em aplicar um esforço de Metais / ligas não ferrosos,


penetração através de um penetrador em ferro fundido, aço, produtos
forma de esfera (ensaio Brinell – HB ou siderúrgicos, peças
Rockwell HR), pirâmide de diamante (ensaio temperadas (engrenagens,
Vickers – HV) ou cone de diamante (ensaio eixos, parafusos, rolamentos
Rockwell – HR). Permite determinar a etc). Dureza de
Dureza
resistência à deformação plástica microestrutura (Micro-dureza
permanente (metalurgia), resistência à Vickers).
penetração (mecânica), resistência ao risco
(mineralogia), resistência ao desgaste –
tratamento térmico (projetista), resistência
ao corte (usinagem ), etc.

Consiste em submeter um corpo de prova Foguetes, aviões à jato,


(semelhante ao do ensaio de tração) a uma instalações de refinarias de
tensão constante, temperatura constante e petróleo, equipamento de
controlada durante um determinado tempo. indústria química, instalações
É utilizado extrapolações (variações de nucleares, cabos de alta
Fluência velocidades de duração) para encurtar o tensão etc.
tempo do ensaio. Permite determinar a vida
útil e a máxima condição de uso do produto,
através do tempo para ruptura do corpo de
prova, medida da deformação e medida da
estricção.

Fadiga Consiste em submeter o corpo de prova (de Molas, barras de torção,


diferentes formas) à tensões cíclicas, rodas de automóveis,
através de solicitações de diversas tanques de automóveis,
maneiras: torção, tração-compressão, pontas de eixo,
flexão, flexão rotativa. Variáveis como acionamentos diversos de
tratamento térmico e superficial, detalhes na componentes
forma da peça, condições de conformação eletromecânicos, etc
mecânica, defeitos metalúrgicos como
inclusões, poros, pontos moles etc,
influenciam na resistência da peça à fadiga.
Permite especificar limites de tensão e
tempo de uso de um elemento de máquina.

Consiste em medir a quantidade de energia Materiais diversos: ferro


absorvida pelo corpo de prova (ao fraturar- fundido, aço, ligas não
se), quando submetido à ação de um ferrosas etc. Órgãos de
Impacto (Flexão esforço dinâmico (golpe de martelo). Mede máquinas (eixos, bielas etc),
Dinâmica) a tendência do material de se comportar de motores, etc.
maneira frágil. Permite determinar um valor
relativo de energia absorvida pelo corpo de
prova (não quantifica a tenacidade).

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