dos Materiais
Introdução
Fadiga mecânica é a degradação das propriedades mecânicas levando à falha do material ou
de um componente sob carregamento cíclico.
No geral, fadiga é um problema que afeta qualquer componente estrutural ou parte que move.
Exemplos: automóveis nas ruas, aviões (principalmente nas asas) no ar, navios em alto mar,
constantemente em choque com as ondas, reatores nucleares, sendo assim um assunto de
extrema importância para os estudos dos materiais para construção mecânica.
Teoria
Um eixo por exemplo que é submetido, a uma rotação, e uma carga perpendicular ao seu eixo,
vai apresentar uma força de tração repetitiva, ou seja, cíclico. Isso faz com que o material sofra
por fadiga.
Nucleação da Falha
A nucleação da falha pode se dar por uma descontinuidade interna ou externam, sendo
esta ultima mais freqüente. Pode também ser acidental (riscos de usinagem, falhas de
fundição), ou intencional (rasgo de chaveta, escalonamento).
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Propagação da Falha
Fratura Catastrófica
As rupturas promovidas por processos de fadiga distinguem-se por apresentarem três estágios
conhecidos. O primeiro estágio é o que abrange o período de nucleação da falha, onde a
iniciação ocorre devido à máxima tensão principal de cisalhamento a 45o com a tensão
principal de tração aplicada. O segundo estágio compreende a propagação de uma trinca, na
direção ortogonal à tensão de tração. Finalmente, ocorre a ruptura catastrófica, que é o terceiro
estágio, no momento em que a seção resistente diminui o suficiente para que não mais suporte
um ciclo de carga e rompa por sobrecarga.
Trincas de fadiga nucleiam em singularidades ou descontinuidades na maioria dos materiais.
Descontinuidades podem estar na superfície ou no interior do material. As singularidades
podem ser estruturais (tais como inclusões ou partículas de segunda fase) ou geométricas (tais
como riscos). Uma explicação para a nucleação preferencial de trincas de fadiga na superfície
pode ser devido ao fato que a deformação plástica é mais fácil na superfície e que os degraus
de escorregamento ocorrem também na superfície, além do fato que a máxima tensão estará
sempre posicionada em algum ponto da superfície. Contudo, trincas de fadiga também podem
iniciar no interior do corpo de prova (em descontinuidades ou defeitos internos). Degraus de
escorregamento sozinhos podem ser responsáveis pela nucleação de trincas ou estes podem
interagir com defeitos estruturais ou geométricos para formar as trincas. Singularidades
superficiais podem estar presentes desde o começo ou podem se desenvolver durante a
deformação Cíclica, como por exemplo, a formação de intrusões e extrusões, as quais são
chamadas de bandas de escorregamento persistentes em metais.
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Propagação da trinca
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Efeito das condições superficiais – Quanto melhor o grau de acabamento superficial maior
será a resistência à fadiga da peça.
Tratamento superficial – Vários métodos vem sendo utilizada para melhorar a resistência a
fadiga dos metais. Entre eles destacam-se os tratamentos superficiais que podem ser divididos
em dois grupos:
Os que envolvem modificações químicas: cementação, nitretação e endurecimento por chama
ou indução.
Os que envolvem modificações estruturais superficiais como o encruamento e jatopercussão.
Efeito do chumbo – Este elemento do mesmo modo que o enxofre, é adicionado nos aços
para melhorar a usinabilidade. Para tensões de até 13000 psi o seu efeito nesta característica
é tão pequeno que se pode mesmo dizer ser inexistente.
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Acima deste valor os teores de chumbo passam a ser significativos, diminuindo sensivelmente
a tensão de resistência à fadiga. O efeito do chumbo foi estudado em aços que continham
0,20%.
Microtextura
Austêmpera – Testes em serviço tem mostrado que peças que foram tratadas desta forma,
são melhores do ponto de vista ao choque a fadiga do que as que foram temperadas. Com a
austêmpera, obtemos a Bainita com as seguintes vantagens:
• Ausência de tensões;
• Textura bainita – dureza elevada com certa ductilidade;
• Ausência do revenimento;
Direcionalidade – As peças laminadas têm propriedades à fadiga favorável com a direção que
se considera. As resistências à fadiga de aços transversais à laminação, são menores que as
longitudinais. Essa diferença persiste mesmo após o tratamento térmico de têmpera mais
revenido.
Equipamentos
• Máquina para ensaio de fadiga
• 04 cabeçotes
• Flexo - torção
Materiais
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Dados
• P: 270 N / 27 kgf
• Tensão de flexão
Procedimento:
A máquina apresenta um “contador de ciclos” que vai computando o número de ciclos que o
corpo de prova está sendo submetido.
Conclusão
O estudo da fadiga dos materiais é de grande importância para que se possa fazer a escolha
correta do material a ser usado, visto que a maioria das fraturas ocorridas em elementos de
maquinas ocorre por fadiga, e essas fraturas podem ocasionar danos maiores como acidentes
e mortes. No ensaio do laboratório verificamos o rompimento de um corpo de prova,
rompimento este, que se iniciou em um risco de usinagem. Isto no leva a constatar que
superfície rugosa se comporta como um concentrador de tensões, assim, a superfície polida
seria o indicado para elementos que sofrerão esforços cíclicos e conseqüentemente fadiga.