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3.8.1 - Fluência
Com freqüência, os materiais são colocados em operação sob altas temperaturas e ficam
expostos a tensões mecânicas estáticas, como por exemplo, os rotores de turbinas em motores a
jato e em geradores a vapor que suportam tensões centrífugas. A deformação sob tais
circunstâncias é denominada fluência, definida como a deformação permanente e dependente do
tempo dos materiais quando eles são submetidos a uma tensão constante. Geralmente a fluência é
um fenômeno indesejável e, com freqüência, é o fator que limita a vida útil de uma peça.
Comportamento da Fluência
Figura X. Curva ԑ x t, mostrando a deformação em função do tempo sob tensão e temperatura elevada
constantes. Fonte: Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução - William D. Callister, Jr. [X]
3.8.2 – Fadiga
A fadiga é uma forma de falha que ocorre em estruturas que estão sujeitas a tensões
dinâmicas e oscilantes, tais como pontes, aeronaves e componentes de maquinas. Sob essas
circunstancias, é possível que uma falha ocorra em um nível de tensão menor que o limite de
resistência a tração ou limite de escoamento para uma carga estática. O termo fadiga é usado,
pois este tipo de falha acontece normalmente após um longo período de tensões repetidas ou
ciclos de deformação. A fadiga é a maior causa individual de falha em metais, representando 90%
dos casos. Os polímeros e cerâmicos (com exceção do vidro) também são suscetíveis a este tipo
de falha.
Curva -N (Tensão-Ciclo)
A maioria das ligas não-ferrosas (ex: as ligas de cobre, magnésio, alumínio) não possui
limite de resistência a fadiga definido, isto porque a curva -N (Fig. Xb) tende a decrescer para
maiores valores do número de N. Dessa forma, a fadiga irá ocorrer independente da magnitude da
tensão. Para esses materiais a resposta à fadiga é dita como uma resistência à fadiga, definida
como o nível de tensão no qual a falha irá ocorrer para um número de ciclos específico (ex: 10 7
ciclos).
Efeitos do ambiente
Fadiga Térmica
Térmica = α E ∆T (I)
Fadiga associada à corrosão
A falha que ocorre pela ação simultânea de uma tensão cíclica e de um ataque químico é
denominada fadiga associada à corrosão. Os ambientes corrosivos possuem uma influência
negativa e produzem vidas em fadigas mais curtas. Pequenos orifícios podem se formar como
resultado de reações químicas entre o ambiente e o material, os quais irão servir como pontos de
concentração de tensão e, portanto, como locais propícios para formação de trincas. Além disso, a
taxa de propagação das trincas é aumentada como resultado do ambiente corrosivo.
4 - Bibliografia
[X] CALLISTER JUNIOR, William D.. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução.
7. ed. [s.l.]: Ltc, 2008. 724 p.
[X] HIBBELER, R. C.. Resistência dos Materiais. 5. ed. [s.l.]: Prentice-hall, 2004. 688 p.