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TUBULAÇÃO INDUSTRIAL

TUBULAÇÃO INDUSTRIAL
TUBULAÇÃO
Conjunto de tubos e seus acessórios
- Representa 50 a 70% do valor de todos
equipamentos na industria de
processamento.
- 15 a 20% do custo total da obra.
- Tubo: conduto fechado utilizado,
principalmente, para o transporte de fluidos.
- Rígido = tubo
- Flexível = mangueira ou mangote
PRINCIPAIS MATERIAIS DE TUBOS
METÁLICOS
Ferrosos: Aços (Carbono, Liga e Inox) e Ferro (Fundido,
Forjado, Ligado, Nodular)
Não Ferrosos: Alumínio, Cobre, Latões, Cupro-níquel, Níquel e
ligas, Metal Monel, Chumbo, Titânio, Zircônio.

NÃO METÁLICOS
PLÁSTICOS: PVC, Polietileno, Acrílicos, Acetato de Celulose,
Epoxi, Poliésteres, Fenólicos, etc.
CIMENTO AMIANTO, CONCRETO ARMADO, BARRO VIDRADO,
BORRACHAS, VIDRO, CERÂMICA, PORCELANA, ETC.

FERROSOS C/ REVESTIMENTO DE
Materiais Plásticos, Borrachas, Asfalto, Concreto, Chumbo,
Porcelana, Grafita, etc.
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
TUBOS S/ COSTURA TUBOS C/ COSTURA
EXTRUSÃO FABRICAÇÃO POR SOLDA
FUNDIÇÃO
LAMINAÇÃO
LAMINAÇÃO
Mais importante para fabricação de tubos de aço sem costura
desde 8cm até 65 cm de diâmetro.
EXTRUSÃO
Tubos de pequenos diâmetros de aço ( < 8cm ) e tubos de alumínio,
latão, cobre, chumbo, outros metais não ferrosos, e plásticos.

FUNDIÇÃO
Tubos de ferro fundido, alguns aços não forjáveis, e a maioria dos
não-metálicos (barro vidrado, concreto, borrachas, etc.).
Processo de centrifugação resulta um tubo com textura mais
homogênea , compacta e paredes c/ espessuras uniformes.
SOLDA
Fabricam-se tubos de aço e ferro forjado em toda faixa de diâmetros.
As costuras da solda podes ser espiral e longitudinal (mais usada)
SOLDA
Tubos de Aço Carbono - Propriedades
- Baixo custo, excelentes qualidades mecânicas, conformação e
soldagem fácil.
- Abrange 80% dos tubos na indústrias, sendo usado em muitos
fluidos poucos corrosivos, em temperatura desde –45ºC e qualquer
pressão.
- Resistência mecânica sofre forte redução em temperaturas > 400ºC
- Fenômeno de fluência observado a partir de 370º C.
- Acima de 530ºC sofre intensa oxidação superficial (scaling), quando
exposto ao ar, formando grossas crostas de óxido – em outros meios
pode ocorrer em temperaturas mais baixas.
- Em exposições prolongadas a temp > 440ºC causa precipitação do
carbono (grafitização) tornando-o quebradiço.
- Não recomendado trabalho permanente a temp > 450ºC , admitindo-se
picos de curta duração até 550ºC, sem grandes esforços mecânicos.
- Maior C: maior dureza, limites de resistência e escoamento, porém
menor ductilidade e soldabilidade.
Tubos de Aço Carbono - Propriedades
- C limitado até 0,35%, sendo 0,30% solda relativamente fácil e 0,25%
podem ser dobrados a frio.
- Acalmados: 0,1% Si para eliminar gases, estrutura cristalina fina e
uniforme, recomendado para trabalhos com temperatura < 0ºC ou
onde possa ocorrer > 400ºC (mesmo que por pouco tempo).
- Efervecentes: que não contém Si
- Baixo C: até 0,25%, limite de ruptura 31 a 37 Kg/mm2, escoamento 15 a
22 Kg/mm2.
- Médio C: até 0,35%, limite de ruptura 37 a 54 Kg/mm2, escoamento 22 a
28 Kg/mm2.
- Quebradiço – fratura frágil – a temperaturas muito baixas,
melhorando a resistência baixando-se o C e normalizando para uma
granulação fina (aço acalmado), com exigência do ensaio Charpy, para
verificar ductiliade. A ANSI B31 permite o uso até –50ºC (raramente é
empregado)
- Corrosão uniforme quando exposto a atmosfera, sendo mais intensa
quanto maior a umidade e poluição.
Tubos de Aço Carbono - Propriedades
- Em contato com o solo, apresenta corrosão alveolar, sendo mais
severa em solos úmidos ou ácidos.
- Ácidos minerais atacam violentamente, principalmente diluídos ou
quentes.
- Pode ser utilizado em serviço com álcalis até 70ºC, devendo serem
tratados termicamente (alívio de tensões) p/ trabalhos > 40ºC.
Temperaturas mais elevadas causam corrosão sob tensão.
Tubos de Aço Carbono- Especificações
Com e Sem Costura
- ASTM- A-106: Sem costura, Ø 1/8” a 24”, alta qualidade, acalmado, uso
em temperaturas elevadas (quando ocorrer > 400ºC). Abrange 3 graus,
o Grau C limitado à uso até 200ºC. Para encurvamento à frio usar Grau
A.

- ASTM- A-53: Com ou sem costura, Ø 1/8” a 24”, média qualidade, não
sempre acalmado, embora ANSI B.31 permita, não usar em serviço
permanente > 400ºC. Abrange 2 graus, A e B. Mais baratos que o
ASTM-A-106; com acabamento (galvanizado) ou sem (preto).
- ASTM- A-120: Com ou sem, baixa qualidade, Ø 18” a 16”, só permitido
o uso para fluidos não tóxicos, não inflamáveis até 10 Kg/cm2 e 180ºC.
Tubos de Aço Carbono- Especificações
- ASTM- A-333 (Gr 6): Sem costura, especiais para baixa temperatura.
Taxa de C até 0,3% e Mn 0,4 a 1,0%; normalizado para refinamento do
grão e ensaio Charpy a –46ºC.
- API-5L: Com ou sem costura, qualidade média, Ø 1/8” a 64”,
composição química e propriedades mecânicas, semelhantes ao
ASTM-A-53.
- API-5LX: Com ou sem costura, alta resistência, especiais para
oleodutos. Abrange 6 classes, com limites de ruptura de 42 a
58Kg/cm2. Não devem ser usados para >200ºC.
Com Costura
- ASTM-A-134: Ø > 16”, espessura de parede até ¾” , solda longitudinal
ou espiral.
- ASTM-A-135: Ø até 30”, Graus A e B.
- ASTM-A-671: uso p/ temperatura ambiente e mais baixas. Abrange 9
classes, Ø > 12”; Exige TTAT, normalização Radiografia 100% e TP.
Fabricados a partir de chapas ASTM-A-515 ou A-516 (acalmado) e
ASTM-A-285 Gr C (não-acalmado).
- ASTM-A-672: para temperaturas moderadas, matéria prima e faixa de Ø
os mesmos para o A-671
Tubos de Aço Liga e Inoxidáveis
- Aços que possuem qualquer quantidade de elementos, além dos que
entram na composição dos aços-carbono.
- Baixa liga até 5% de elementos liga, liga intermediária entre 5 e 10%, e
alta liga com mais de 10%.
- Os inox são os que contém pelo menos 12% de Cr, que lhe confere a
propriedade de não oxidar mesmo em exposição prolongada a atmosfera
normal.
- São mais caros, montagem e soldagem mais difícil, exigindo
tratamentos térmicos.
Justificativa para o emprego
Altas temperaturas: acima do limite do aço carbono
Baixas temperaturas: inferiores a –45ºC ao do aço carbono
Alta corrosão
Necessidade de não contaminação: produtos alimentares, farmáceuticos
Segurança: fluidos muito quentes, inflamáveis, tóxicos, explosivos etc.
Tubos de Aço Liga-Propriedades
- Duas classes : Aços-liga Molibidênio e Cromo-Molibidênio e aços-liga
de Níquel.
- Os aços-liga Mo e Cr-Mo contêm até 1% de Mo e até 9% de Cr, são
ferríticos, e utilizados para temperaturas elevadas.
- O Cr melhora resistência a oxidação em altas temperatura e resistência
a corrosão em geral, principalmente em meios oxidantes.
- Mo melhora resistência a fluência do aço e aumenta a resistência a
corrosão alveolar
Tubos de Aço Liga-Propriedades e Especificações
- Até 2,5% de Cr ligeiro aumento na resistência à fluência, percentuais
maiores reduzem essa resitência (exceto no inox austenítico - Ni).
- Até 2,5% de Cr alta temperatura, grandes eforços meânicos e baixa
corrosão – resistência a fluência.
- Maior % de Cr alta temperatura, reduzidos eforços meânicos e alta
corrosão – resistência à oxidação ou a corrosão, hidrocarbonetos
quentes e serviços com hidrogênio.
- Sofrem fratura frágil repentina se utilizados em temperatura abaixo de
0ºC
- Os aços-liga contendo Ni são especiais p/ baixas temperaturas; quanto
maior o % de Ni mais baixa é a temperatura de utilização.
Principais especificações ASTM
- Tubos s/ costura: A-335 (aços-liga Mo e Cr-Mo) A-333 (aços-liga Ni)

- Tubos c/ costura: A-671 (aços-liga 2 ½ Ni e 3 ½ Ni ) A-672 (aço-liga ½


Mo ) e A-691 (aços-liga Cr-Mo).
Tubos de Aço Inoxidável-Propriedades
- Austeníticos: não magnéticos, 16 a 26% Cr e 6 a 22% Ni
- Extraordinária resistência a fluência e a oxidação, exceto os de baixo C
(304L e 316L – limite de 400ºC, menor resistência mecânica), mantém-
se dúctil mesmo em temperaturas extremamente baixas.
- O 304 e 316 e outros não estabilizados estão sujeitos a precipitação de
carbonetos de Cr (sensitização) entre 450 e 850ºC, diminuindo a
resistência a corrosão e sujeito a corrosão intergranular em meios
ácidos. Pode ser controlado pela adição de Ti e Cb (aços estabilizados
321 e 347) ou diminuindo o C (série L).
- Presença de íons de Cl em geral pode causar severa corrosão alveolar
e sob-tensão
- Utilizado em serviços para temperaturas elevadas, temperaturas muito
baixas (criogênicos), meios corrosivos oxidantes, produtos
alimentícios e farmaceutícos, hidrogênio em pressões e temperaturas
elevadas
Tubos de Aço Inoxidável-Propriedades
- Ferríticos e Martensíticos: menor resistência fluência e a
corrosão, menor temperatura de início de oxidação,
temperaturas limites de uso mais baixas.
- Mais baratos, menos sujeitos a corrosão alveolar e sob-tensão,
difíceis de soldar e não adequado p/ baixas temperatura.
- Principal especificação ASTM: A-312, tubos com e sem costura.
Tubos de Aço – Diâmetros e Espessuras
- Definidos pela ANSI B36.10 (AC e Alig) e B36.19 (Inox)
- São designados por um número chamado Diâmetro Nominal, de
1/8”até 12” não corresponde a nenhuma dimensão física do
tubo, porém entre 14”e 36” corresponde.
- Para cada Ø nominal fabricam-se tubos com várias espessuras,
o diâmatro externo é conservado variando-se apenas interno.
- Os tubos eram fabricados em tres espessuras conhecidas,
como: S-standard, XS-Extraforte e XXS-Duplo Extraforte.
- A B36.10 adotou as séries “Schedule Number” para designar a
espessura dos tubos (10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120, 140 e 160)
Tubos de Aço – Diâmetros e Espessuras
Tubos de Aço – Diâmetros e Espessuras
- Os tubos de Ø >36” não são padronizados, fabricando-se apenas
por encomenda e com costura.
- Os tubos s/ costura variam entre 6 e 10m podendo chegar a 16m,
dependendo do peso do lingote.
- Os c/ costura podem ser fabricados em comprimentos
préderteminados.
- Os tubos são fabricados em com três extremidades (pontas), de
acordo com o meio de ligação a ser usado: Lisa, Chanfrada e
Rosqueada.
Tubos de Metais Não-Ferrosos
- Cobre e suas Ligas: excelente resistência ao ataque atmosférico,
álcalis, ácidos diluídos. Sujeitas a CST em contato com a
amônia, aminas e compostos nitrados. Faixa de trabalho –180º a
200ºC. Pincipais especificações: B-88 (cobre), B-111 (latão) e B-
466 (cupro-níquel).
- Alumínio e suas Ligas: leves (1/3 do peso dos aços) boa
resistência aatmosfera, água e compostos orgânicos inclusive
ácidos orgânicos. Baixa resistência mecânica, sendo melhorada
com a adição de Fe, Si, Mg. Excelentes para serviços
criogênicos (-270ºC). Principal especificação: B-241.

- Níquel e suas Ligas: Ni comercial, metal Monel (67% Ni, 30% Cu),
Inconel (80%Ni e 13% Cr). Excelente resistência a corrosão, boa
qualidade mecânica, resistência a temperatura elevada e baixa.
Monel: água slagada, H2SO4 diluído, HCl diluído. Temp de 550ºC.
Níquel: 1050ºC e 1100ºC Incoloy.
MEIOS DE LIGAÇÃO
- São utilizados p/ ligar os tubos, como também às válvulas, os
acessórios, e a outros equipamentos.
- Principais: Rosqueadas, Soldadas, Flangeadas, ponta e bolsa,
de compressão, patenteadas e etc.
- A escolha depende do material, Ø do tubo, finalidade da ligação,
custo e grau de segurança, pressão, temperatura, fluido,
necessidade ou não de desmontagem etc.
ROSQUEADA
- Baixo custo e fácil execução em Ø pequeno, embora seja
utilizada p/ Ø até 4” ou maiores.
- As roscas são cônicas, e utiliza-se uma massa vedante, para
garantir estanqueidade.
- São utilizados tubos de paredes grossas, porque o
rosqueamento enfraquece a parede dos tubos .
- São as únicas usadas em tubos galvanizados.
- ANSI B2.1 e API 5.B são as normas para roscas de tubos.
- ANSI B31 limita Ø em 2” p/ as ligações rosqueadas e somente p/
serviços não fortemente cíclicos, recomenda rosca cônica,
soldas de vedação nas roscas dos tubos p/ fluidos inflamáveis,
tóxicos, e em outros que deva ter maior segurança contra
vazamentos.
SOLDADA
- Tipos principais: topo e encaixe
- Vantagens: Boa resistência mecânica, estanqueidade perfeita,
boa aparência, facilidades na aplicação da pintura e isolamento,
nenhuma necessidade de manutenção.
- Desvantagens: dificuldade de desmontagem e mão de obra
especializada.
- TOPO: Ø > 1 ½”, qualquer temperatura e pressão.
- Encaixe ou soquete: Ø até 2”, qualquer temperatura e pressão;
ANSI B31.3 recomenda não utilização, em serviços de alta
corrosão ou erosão.
FLANGEADA
- É composta de 2 flanges, parafusos, porcas e junta de vedação
- Fácil desmontagem, uso para ligar tubos a equipamentos ou
válvulas, e ligação entre varas de tubo.
- ANSI B16.5 abrange tamanhos de ½”até 24”, embora tamanhos
menores que 1 ½” sejam poucos usados.
TIPOS DE FLANGES -Construção
- Integral: vem incorporado ao tubo, mais antigo e resistente
- Pescoço: mais usado, mais resistente, melhor aperto, menores
tensões residuais devido a soldadegm, ligado por solda de topo
– não facilita concentração de esforços ou corrosão, montagem
cara, chanfros.
- Sobreposto: mais barato, fácil de instalar, ponta do tubo encaixa
no flange, fácil alinhamento, duas soldas em ângulo (interna e
externa), uso para serviço não severos, aperto menor, tensões
residuais elevadas, descontinuidades na seção originam
concentração de esforços e facilitam erosão e corrosão,
resistência mecânica inferior ao tubo, desaconselhável para:
serviços cíclicos, grandes variações de temperatura, corrosão
sob contato, serviços com hidrogênio.
- Rosqueado: para tubos de metais não soldáveis; ANSI B31
recomenda solda de selagem para trabalho com fluidos
inflamáveis, tóxico, ou perigosos de um modo geral.
TIPOS DE FLANGES - Construção
- Encaixe: semelhante ao sobreposto, mais resistente, encaixe
completo, dispensa solda interna, usado p/ maioria de Ø < 2”,
não recomendado p/ serviços sujeitos a corrosão sob contato.
- Solto: não ficam presos a tubulação e sim solto, desliza pelo
tubo. Solda-se na extremidade do tubo uma peça de nome virola,
que servirá de batente p/ o flange. Vantagem de ficar
completamente fora de contato c/ o fluido circulante. Muito
empregado p/ materiais caros especiais (Ligas de Ni, Inox etc), e
tubos com revestimento interno.
- Cego: são flanges fechados,
usados para fechar as
extremidades de linhas e
bocais flangeados.
TIPOS DE FLANGES - Faces
- C/ ressalto: mais comum, p/ qualquer temperatura e pressão,
1/16” de altura p/ classes de pressão 150 e 300#) e ¼” p/ classes
mais elevadas, superfície lisa ou ranhurada (espiralada ou
concêntricas). Ranhuras devem ter profundidade de até 0,15mm,
e o ressalto liso pode ter vários graus de acabamento de acordo
c/ o serviço ou tipo da junta.
- Plana: usual p/ Fefo e materiais frágeis; aperto da junta é inferior
ao do face c/ ressalto. Só acoplar face plana c/ face plana.
- Para junta c/ Anel: usado p/ serviços severos, altas pressões e
temperaturas (vapor >600#, hidrocarbonetos > 900#), fluidos
perigosos, toxicos etc. Rasgo circular profundo p/ encaixe do
anel. Vedação pela ação de cunha do anel e pela dilatação deste
devido a pressão interna. Dureza da face maior que o anel (A/C –
120 HB, Inox –304, 316, 347 e 321–160HB e 120HB p/ 304L e 316L
- Macho e Fêmea: face de lingueta e ranhura, mais raros, usados
p/ serviços especiais; junta fica confinada não tendo contato
com o fluido circulante.
FLANGES
- Forjados < 20”; >20” Anel rolado laminado a quente ou feitos de
chapas ou barra calandrada
- Principais Especificações ASTM p/ forjados:
A-181: aço carbono uso geral
A-105: aço carbono acalmado c/ Si, p/ temperaturas elevadas
A-182: aço-liga Mo, Cr-Mo e de aços inoxidáveis
A-351: aço carbono e aço-liga Ni p/ baixas temperatura
- ANSI B16.5 define 7 classes de flanges cujas pressões nominais
são (#): 150, 300, 400, 600, 900, 1500, 2500. Estas pressões são
as admissíveis de trabalho p/ uma determinada temperatura. P/ o
A/C são 260ºC p/ 150# em 455ºC p/ as demais. P/ os de aços-liga
e inox variam conforme o material sendo mais altas do que as
correspondentes ao A/C.
- O número da pressão nominal não significa a pressão admissível
de trabalho do flange, esta depende da temperatura de trabalho.
FLANGES
- ANSI B16.5 as 7 classes abrangem todos os tipos de flanges, Ø
de ½” a 24”,com as seguintes exceções:
- 2500# só até ø 12”
- Flanges de encaixe só nas classes de 150# e 600#
- 1500# flanges rosqueados até ø 12”
- Ø < 3” os da classe 400# são iguais aos 600#
- Ø < 2 1/2” os da classe 900# são iguais aos 1500#

JUNTAS
- Elemento de vedação, submetida a forte compressão pelo aperto
dos parafusos, e a esforço de cisalhamento pelo fluido
circulante.
- Deve ser suficientemente deformável e elástica, p/ amoldar nas
irregularidades da superfície dos flanges, e dura e resistente
quanto maior for a pressão do fluido.
- Cobrem somente a face do ressalto p/ FFR e toda a face do
flange se for FFP.
JUNTAS- Tipos
- Não metálicas: juntas planas, p/ FFR e FFP, espessuras de 0,7 a
3mm, sendo 1,5mm mais comum. Borracha natural, sintética,
materiais plásticos e papelão hidráulico (material aglutinante c/
amianto comprimido.
- Semi-metálicas em espiral: lâmina metálica (geralmente inox),
torcida em espiral, c/ enchimento de amianto em volta. P/ FFR,
serviços acima dos p/ Junta papelão hidráulico, e classes >
600#. Acabamento dos flanges deve ser liso.
- Metálicas foleadas: possuem; espessura da junta: 2 a 3mm.
Mesmo emprego das semi-metálicas espiral; Flange com
acabamento liso ou ranhura concêntrica.
- Metálicas maciças: faces planas ou ranhuradas, p/ FFR (altas
pressões), e FF Macho-Fêmea.
- Metálicas de anel (JTA): anéis metálicos maciços de seção
octogonal ou ovalada (mais comum). Empregadas em vapor e
hidrogênio (>600#) e hidrocarbonetos (>900#). Usadas em
temperaturas acima de 550ºC
PARAFUSOS
Máquina
- Cabeça intergal sextavada ou quadrada, rosca nuca abrange
todo o corpo.
- ANSI B18.2 padroniza dimensões, ANSI B1.1 padroniza
dimensões dos filetes.
- Designados pelo comprimento e Ø nominal da rosca.
- ANSI B21 permite o uso de A/C p/ FLG até 300#, juntas não
metálicas e até 260ºC. Só costumam ser empregados até 150#.

Estojo
- Barras cilíndricas rosqueadas (pode ou não abranger todo o
comprimento) c/ porcas e contra porcas independentes. Melhor
aperto; filetes devem ser obtidos por rolamente e não por corte
(usinagem).
- ANSI B18.2 padroniza dimensões, ANSI B1.1 padroniza
dimensões dos filetes.
- ANSI B31.3 possui tabelas indicando as tensões admissívies e
temperatura de trabalho p/ os diversos materiais de uso p/ os
estojos.
PARAFUSOS
Estojo
A-193 Gr B7 (1%Cr 0,2% Mo) – até 480ºC
A-193 Gr B5 (5%Cr 1/2% Mo) – até 600ºC
A-320 (aço-liga Ni) – temperaturas abaixo de 0ºC
Aços Inox, devido a baixa resistência mecânica, não devem ser
usados em serviços severos. ANSI B31 limita a FLG até 400#.

Apertos Inicial e Residual


Inicial: adaptar a junta nas faces do flange, suficiente p/ causar
escoamento do material da junta.
Juntas Borracha macia : 25 a 40Kg/cm2
Juntas de Papelão hidráulico: 80 a 120 Kg/cm2
Juntas metálica: 200 a 400 Kg/cm2
Residual: combater o efeito da pressão interna que tende a
separar os flanges. Na prática é 1 ½ a 2 vezes a pressão interna. O
aperto residual deve ser somado ao inicial.
Em tubulações sujeitas a temperaturas elevadas, os parafusos
tendem a afrouxarem-se devido a sua dilatação ou deformação
por fluência. Sendo necessário aperto adicional a quente.
OUTRA LIGAÇÕES
- Ponta e Bolsa: muito antigo, mais usado p/ tubos de Fefo, Barro
vidrado, Concreto simples e armado
OUTRA LIGAÇÕES
- Para tubo reforçados c/ fibra de vidro (FRP
OUTRA LIGAÇÕES
- De compressão: usado em tubos de metais não-ferrosos e acó
inoxidável, de Ø pequeno (até 1”)
OUTRA LIGAÇÕES
- Patenteadas (Dresser, Vitauli, Flexilock ect): são todas não
rígidas, permitindo um razoável movimento angular e pequeno
axial entre as duas varas de tubo. São também usadas como
juntas de expansão em tubulações frias de grande diâmetro.
VÁLVULAS
- Dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o
fluxo em uma tubulação. São elas:
- Bloqueio: gaveta, macho esfera, comporta.
- Regulagem: globo, agulha, controle, borboleta, diafragma.
- Fluxo em um só sentido: retenção, retenção e fechamento, de
pé, contra-pressão.
- Controlam a pressão de jusante: redutoras e reguladoras de
pressão.

Construção das Válvulas


- Copro: parte principal da carcaça onde localizam-se o orifício de
passagem do fluido e as extremidades (roscada, c/ FLG,
soldada)
- Castelo: parte superior da carcaça, que se desmonta p/ acesso
a válvula. Pode ser rosqueado direto ao corpo, preso ao corpo
por uma porca solta de união, ou castelo aparafusado.
VÁLVULAS
- Mecanismo Interno : haste, peças de fechamento e as sedes, no
orifício da válvula, onde esta se assenta na válvula é chamado
de “Trim”. São as peças mais importantes, submetidas a
grandes esforços mecânicos, devendo ter usinagem cuidadosa
para que haja fechamento estanque. É feito de material diferente
e melhor que a carcaça, para evitar desgaste por corrosão ou
erosão e fluência, que comprometeria a estanqueidade.

- Gaxeta : Sistema de vedação p/ evitar vazamentos pela haste,


quando o mesmo atravessa o castelo, saindo para fora da
válvula. Consiste de uma caixa de gaxeta convencional c/
sobreposta e parafusos de aperto.

- Extremidades : podem ser flangeadas, soldadas, roscadas e sem


flanges (wafer) p/ serem colocadas entre dois flanges.
VÁLVULAS - Acionamentos
VÁLVULAS - Acionamentos
VÁLVULAS GAVETA
- Mais importante e uso mais generalizado, não adequadas para
velocidades de escoamento muito altas, só devem trabalhar
totalmente abertas ou fechadas.
- Gaveta pode ser em cunha ou paralela.
- As de tamanho grande p/ altas pressões possuem um by-pass p/
equilibrar as pressões nos dois lados da gaveta.
- Haste ascendente c/ rosca externa (volante movimento de
rotação e haste apenas movimeto de translação, dando
indicação de aberta ou fechada).

- Haste ascendente c/ rosca interna (haste e volante com


movimento de rotação e translação).

- Haste não ascendente (haste e volante c/ apenas movimento de


rotação, somente a gaveta possue movimento de translação
VÁLVULAS DE MACHO
- Representa cerca de 10% das
válvulas usadas, aplicadas p/
bloqueio de gases, bloqueio
rápido de água, vapor e
líquidos em geral.
- Uso p/ fluidos que deixem
sedimentos ou tenham
sólidos em suspensão.
- Ocupa menor espaço que a
gaveta, o fechamento é feito
pela rotação de uma peça
onde há um orifício no
interior do corpo da válvula.
São de fecho rápido (1/4 de
volta).
- O macho é quase sempre
tronco-cônico, existe o
modelo esfera e tres vias.
Válvula Tres Vias

Válvula Esfera
VÁLVULAS GLOBO
- O fechamento é feito por meio de um tampão que se ajusta
na sede, cujo orifício está geralmente em posição paralela
ao sentido de escoamento do fluido.
- São de regulagem, podendo trabalhar em qualquer posição
de fechamento. Produzem fortes perda de carga.
- Devem ser instaladas de mod que o fluido entre pela face
inferior do tampão. Para vapor e outros fluidos de
temperatura elevada o fluido entra por cima, para evitar
dilatação diferencial entre corpo e haste, que tenderia a
afrouxar o aperto do tampão c/ a sede.
- Só empregadas até 8”, acima disto custo muito alto e
vedação deficiente.
- Válvula angular, bocal de entrada e saída a 90º, um com o
outro.
- Válvula em “Y”, haste a 45º,usadas em vapor e p/ serviços
corrosivos e erosivos.
Válvula Globo
VÁLVULAS DE RETENÇÃO
- Permitem a passagem em um só sentido, fechando-se
automaticamente por diferença de pressões, exercidas pelo
fluido em consequencia do próprio escoamento, se houver
tendência à inversão no sentido do fluxo.
- Devem ser instaladas p/ que a ação da gravidade tenda a
fechar a válvula. Quase todas estas só podem ser colocadas
em tubos verticias(exceção das portinholas dupla c/ mola)
c/ o fluxo ascendente.
- Tipos: Levantamento, portinhola, esfera, de pé, retenção e
fechamento.
- Válvula de retenção portinhola é o tipo mais usual; podendo
trabalhar em posição horizontal (mais comum) ou vertical.
VÁLVULAS DE SEGURANÇA E ALÍVIO
- Controlam a pressão a montante abrindo-se
automaticamente quando a pressão ultrapassar um valor
determinado p/ o qual a válvula foi ajustada (set-pressure).
A válvula fecha-se em seguida, automaticamente, quando a
pressão cair abaixo da pressão de abertura.
- A construção é semelhante a válvula globo angular.
- Chamadas de segurança quando trabalha com fluídos
elásticos (vapor, ar, gases), e de alívio quando c/ fluidos
incompressíveis (líquidos).

- As válvulas de quebra de vácuo (ou ventosas) destinadas a


evitar formação de vácuo em tubulações, também são
semelhantes às de segurança, c/ diferença que abrem de
fora p/ dentro admitindo ar, quando há um vácuo.
VÁLVULAS DE CONTROLE

- São usadas em
combinação c/
instrumentos
automáticos, e
comandadas à distância
por instrumentos, para
controlar a vazão ou
pressão de um fluido.
- Possui um atuador
(pneumático, hidráulico
ou elétrico) que faz
movimentar a peça de
fechamento em qualquer
posição

- É quase semelhante a
uma válvula globo.
OUTROS TIPOS DE VÁLVULAS
- Borboleta: válvula de regulagem.
OUTROS TIPOS DE VÁLVULAS
- Válvulas redutoras de pressão: regulam a pressão a jusante
da válvula, fazendo com que essa pressão mantenha-se
dentro de limites preestabelecidos.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
- Para Carcaça
- ASTM-A-216: A/C fundido
- ASTM-A-105 e –181: A/C forjado
- Aços Liga e Inox diversos, Aço laminado (SAE-1020), Fefo (ASTM-
A-126), Ferro maleável (ASTM-A-197), Ferros fundidos especiais
(adição de Cr, Ni, Si etc), Bronze (ASTM-B-61), Latões, metal Monel,
Ni etc.
- Para mecanismo interno
- AISI-410 (11-13%Cr), AISI-304 (18% Cr, 8%Ni), AISI-316 (18% Cr, 8%
Ni , 2 ½% Mo), Bronze (ASTM-B-62)
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO (PIPE-FITTINGS)
- Fazer mudanças de direção em tubos
Curvas: de raio longo, curto, redução; joelhos, joelhos de
redução (22 ½º, 45º, 90º e 180º),
- Fazer derivações em tubos
“T”normais (90º), “T” de 45º, “T” de redução, “Y”, Cruzetas,
Cruzetas de Redução, Selas, Colares (Sockolets, weldolets
etc), Anéis de reforço.
- Fazer mudanças de tubos
Reduções concêntricas, excêntricas ebucha
- Fazer ligações de tubos entre si
Luvas, Uniões, Falnges, Niples, Virolas
- Fazer fechamento da extremidade de um tubo
Tampões (caps), Bujões (plugs), Flanges cegos
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO (PIPE-FITTINGS)
Para solda de topo: ASTM-A-234 (A/C e Aços-Liga), ASTM-A-403
(Aço Inox). ½ a 24”; até 8” s/ costura; > 8” c/ e s/ costura.
ANSI B16.9 padroniza dimensões
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO (PIPE-FITTINGS)
Para solda de encaixe: ASTM-A-105 e 181 (A/C forjado) ASTM-A-
182 (Aços-liga e Inox). Fabricados nos Ø 1/8” a 4” nas classes
3000#, 6000# e 9000# .
ANSI B16.11 padroniza dimensões
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO (PIPE-FITTINGS)
Rosqueados: ASTM-A-197(ferro maleável) e ASTM-A-126 (Fefo)
ASTM-A-105 e 181 (A/C forjado), Latão e PVC. nas classes 2000#,
3000# e 6000# .
ANSI B2.1 e API 6A padroniza dimensões
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO (PIPE-FITTINGS)
Flangeados: São fabricados principalmente de Fefo e Aço
fundido, são de uso mais raro.
ANSI B16.1 epsecifica dimensões e pressões p/ trabalho
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO
Niples: São pedaços curtos de tubos preparados especialmente
p/ permitir a ligação de ois acessórios entre si, ou de uma válvula
c/ um acessório, em tubulações onde se empregam ligações
rosqueadas ou p/ solda de encaixe.
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO
Curvas em Gomo: Usadas exclusivamente em tubulações de aço;
são feitas de pedaços de tubos e soldados de topo; podem ter 2,
3 ou 4 gomos.
São usadas em Ø acima de 20”, pressões e temperaturas
moderadas.
Derivações soldadas: Para ramais pequenos, até Ø 2”, é usual o
emprego de uma luva, soldada diretamente no tubo-tronco, desde
que este último tenha pelo menos Ø 4”.
Os ramais de quais quer Ø, acima de 1”, podem ser feitos c/ uso
de “selas” ou “colares”.
Para ramais de 2”ou mais, desde que o Ø do tubo-tronco seja
maior do que o Ø do ramal, o mais usual é a solda direta de um
tubo no outro (boca de lobo). Estas podem ser sobrepostas
(menores tensões residuais) ou penetrantes (maiores tensões
residuais). A ANSI B31 aceita esse tipo de derivação indicando
detalhadamente casos onde seja necessário reforços locais.
Estes reforços consistem em um anelde chapa envolvendo a
derivação e soldado no tubo tronco e na derivação.
ACESSÓRIOS DE TUBULAÇÃO
Discos de Ruptura: São peças muito simples destinadas a
proteger uma tubulação contra sobrepressões internas, fazendo,
portanto, o mesmo serviço das válvulas de segurança. Consiste
de uma chapa fina inoxidável, imprensados entre dois flanges.
Fig 8 e Raquete: São peças instaladas em uma tubulação quando
se deseja bloqueio rigoroso.

Lado cheio
Lado vazado

Raquete Figura 8
JUNTAS DE EXPANSÃO
Finalidade: absorver total ou parcialmente as dilatações
provenientes das variações de temperatura e também de impedir
a propagação de vibrações.
- São raramente usadas, na maioria dos casos o controle de
dilatação é feito simplesmente por um traçado conveniente da
tubulação, p/ que esta tenha flexibilidade própria suficiente.

Justificativa p/ uso: espaço disponível insuficiente, material caro


onde o traçado mais curto é econômico, tubulações onde a perda
de carga tenha de ser mínima (reduz em até 30%), tubulações
sujeitas a vibração e grande amplitude, tubulações ligadas a
equipamentos delicados.

Desvantagens: São mais caras, ponto fraco da tubulação, sujeita


a defeitos, vazamentos e maior desgaste, pode originar sérios
acidentes, necessário manutenção e inspeção constante.

Movimentos : podem ser axial, angular e lateral (off-set)


JUNTAS DE EXPANSÃO
Movimentos
Axial (compressão, de distensão ou ambos), mais comum da
dilatação de trechos de tubos ligados à juntas de expansão.
Os movimentos angulares e laterais são característicos de juntas
de expansão situadas em tubulações curtas entre dois vasos ou
equipamentos.
A exceção das jutas articuladas, destinadas a movimentos
angulares, qualquer outro tipo de junta de expansão deve
obrigatoriamente ser colocada entre dois pontos fíxos do sistema
(ancoragens e bocais de equipamentos)

Junta de Telescópio: consistem de dois pedaços de tubo


concêntricos, que deslizam um sobre o outro, cada um ligado a
um dos extremos da junta. Só podem absorver movimento axial,
sendo danificada em pouco tempo se receberem movimentos
laterais ou de rotação. Possuem um limitador de curso. São
empregadas em tubulação de vapor de baixa pressão,
condensado, em locais onde não é possível a colocação de
curvas de expansão.
JUNTAS DE EXPANSÃO
Junta de Fole
Consiste de uma série de gomos sucessivos feitos de uma chapa
fina flexível, não há risco de vazamentos por não possuírem
gaxetas. Podem ser usadas em serviços severos, com fluidos
inflamáveis, tóxicos etc.
Estão sujeitas à fadiga por serviços cíclicos e a maiores
desgastes por corrosão e erosão (fole está sujeito a deformações
onde as tensões são elevadas ).
Tipos
Simples: p/ serviços não severos, fole de chapa fina soldado
diretamente aos extremos, geralmente flanges. Podem possuir
limitador de curso a fim de evitar distensão excessiva do fole e
consequente ruptura do mesmo. Permitem movimentos axial,
angular e pequeno lateral.
Com anéis de equalização: p/ serviços severos, altas pressões,
quando exigido maiores condições de segurança. Os anéis são
bi-partidos, colocados externamente em cada gomo, c/ a
finalidade de aumentar a resistência do fole a pressão interna e p/
distribuir igualmente os esforços por todos os gomos. Possuem
sempre limitadores de curso e camisa interna p/ proteger o fole
da corrosão e erosão. Movimentos axial, angular e pequeno
lateral.
JUNTAS DE EXPANSÃO

Junta Articulada: quando o movimento é apenas angular; possui


uma articulação presa aos extremos onde se liga a tubulação.
Possuem um limitador de movimento angular (batentes na
articulação ou tirantes limitadores).
Para movimentos axiais e laterais combinados, ou grandes
laterais, usam-se juntas duplas.
Os foles são de aços inoxidável, cobre, metal Monel, ligas de Ni
etc, de acordo com o tipo de serviço.
O curso axial pode chegar a 20cm e a defelxão angular nos
pequenos diâmetros pode ir até 50º. São geralmente flangeadas,
ou mais raramente soldadas (topo).
São usadas p/ tubulações quentes de grande Ø, > 20”, por não ser
econômico o emprego de curvas de expansão.
PURGADORES DE VAPOR
- Dispositivos automáticos que separam e eliminam o
condensado formado nas tubulações de vapor e nos aparelhos de
aquecimento, sem deixar escapar o vapor.
- Também eliminam o ar e outros gases incondensáveis (CO2)
que possam estar presentes.
- O condensado aparece por: Precipitação da própria umidade do
vapor, perda de calor por irradiação ao longo da linha, arraste
de água de caldeira nos vapor saturado ou superaquecido,
entrada de operação de um sistema (tubos frio -warm-up)
- A remoção deve ser feita porque: p/ conservar a energia do
vapor, evitar vibrações e martelo hidráulico, evitar erosão das
paletas das turbinas, diminuir efeitos da corrosão (CO2 pode
formar ácido carbônico), evitar redução de seção útil do tubo,
evitar resfriamento do vapor.
- Onde empregado: pontos baixos e de aumento de elevação, nos
trechos de tubulação em nível (cada 100 ou 250m), todos
pontos extremo, antes de todas válvulas de bloqueio, próximo a
entrada de qualquer máquina a vapor.
- Principais tipos: mecânicos (bóia, panela aberta e invertida),
Termostáticos (expansão metálica, líquida, balanceada),
especiais (termodinâmicos e de impulso)
FILTROS PRARA TUBULAÇÕES
- Aparelhos destinados a reter poeiras, sólidos em suspensão e corpos
estranhos, em correntes de líquidos ou gases. São de uso comum em
tubulações industriais: provisório e permanente.
TRAÇADO E DETALHAMENTO
- Deve sempre levar em conta: Condições de serviço, flexibilidade
(absorver esforços das dilatações térmicas), transmissão de esforços e
vibrações, acessabilidade, construção e manutenção, segurança,
economia, aparência.
- Em tubulações longas colocar curvas de expansão, cada trecho
contendo uma curva de expansão deve ficar entre duas ancoragens
TRAÇADO E DETALHAMENTO
- Vão entre suportes p/ grupos de tubos: será fixado, geralmente em
função do diâmetro médio ou diâmetro correspondente ao maior
número de tubos.
TRAÇADO E DETALHAMENTO
- Tubovia: áreas destinadas a passagem de tubulações, sempre que
houver cruzamentos de ruas, avenidas ou outras pistas de veículos.
Consiste em colocar o grupo paralelo abaixo do nível do solo, dentro de
uma trincheira (pipe-way)
TRAÇADO E DETALHAMENTO
SUPORTES DE TUBULAÇÕES
- Dispositivos destinados a suportar os pesos e os demais esforços
exercidos pelso tubos ou sobre os tubos, transmitindo esses esforços
diretamente ao solo, às estruturas vizinhas, a equipamentos ou, ainda a
outros tubos próximos.
- P/ sustentar pesos: Imóveis(apoiados e pendurados), Semi-móveis
(pipe-rangers), Móveis (mola e contrapeso)
- P/ limitar movimentos: ancoragens (fixação total), guias (permite
movimento em apenas uma direção, batentes (impedem o movimento
em um sentido, contraventos (impedem movimentos laterais).
- Absorve vibrações: amortecedores.

- Cargas que atuam sobre os suportes: Peso, forças de atrito,


dilatações térmicas, ações dinâmicas diversas (golpes de aríete,
acelerações do fluido, vibrações, ação do vento etc).

- SUPORTES IMÓVEIS: não se deslocam verticalmente, não permitem


movimentos verticais aos tubos. Podem ser apoiados ou pendurados,
conforme transmitam os pesos p/ baixo ou p/ cima.
SUPORTES DE TUBULAÇÕES – Contato entre tubo/suporte
- Evitar contato direto, para permitir pintura das duas superfícies.
Utiliza-se um vergalhão de aço (ø ¾”) transversalmente aos tubos p/
evitar esse contato.
- Para tubos pesados ou c/ paredes muito finas, adota-se chapas de
reforço ou berços construídos de chapas, para evitar danos na
tubulação. Em trechos longos de tubulação pesada as vezes
empregam-se dispositivos especiais p/ reduzir o atrito do tubo nos
suportes, facilitando os movimentos de dilatação.
- Para tubos isolados são empregados os suportes tipo “Patins” (pipe-
shoes) a fim de evitar danos no isolamento.

- Para tubos de aços-liga ou aços inoxidáveis, é comum o uso de patins


e berços c/ braçadeiras aparafusadas, p/ evitar execução de soldas de
campo na tubulação.
SUPORTES DE TUBULAÇÕES - Semimóveis e p/ Tubos Verticais
- Pendurais: São suportes que transmitem os pesos p/ cima. Dão
grande liberdade de movimentos aos tubos; empregados p/ tubos
sujeitos a vibrações, choques dinâmicos, golpes de aríete etc.
Costumam ser feitos de vergalhões de aço dobrado, presos ao tubo por
meio de orelhas soldadas ou de braçadeiras, e pendurados em vigas de
aço, concreto ou em outros tubos. Devem ter mum sistema p/ ajuste do
comprimento na montagem (esticador).
SUPORTES DE TUBULAÇÕES - Semimóveis e p/ Tubos Verticais
- P/ Tubos verticias: orelhas soldadas às paredes dos tubos,
descansando em vigas horizontais, ou presas por parafusos.
Utiliza-se braçadeiras p/ tubos leves e saias e reforços soldados
abraçando todo o tubo quando estes são pesados. Outros suportes são
distribuídos ao longo do tubo p/ evitar vibrações e deflexões laterais
nestes.
SUPORTES DE TUBULAÇÕES - Móveis
- São dispositivos capazes de se deslocar verticalmente, dando cetra
liberdade de movimento vertical às tubulações, ao mesmo tempo que
sustentam o seu peso. Empregado p/ tubulações sujeitas a movimentos
verticais e de certa amplitude.
Existem tres tipos: Mola carga variável, Mola carga constante e
Contrapeso
SUPORTES DE TUBULAÇÕES - Móveis
SUPORTES DE TUBULAÇÕES - Móveis
- Mola Carga variável:Consiste de uma mola helicoidal de aço, dentro
de uma caixa de aço de maneira que o peso dos tubos seja suportado
diretamente pela mola, tendendo a comprimi-la.
- São chamados variável porque a força necessária p/ comprimir a mola
aumenta à medida que a deflexão aumenta. A variação da carga será
tanto maior quanto menor for o comprimento da mola e vice-versa.
- Mola Carga constante: são aparelhos c/ molas de aço, nos quais o
peso dos tubos age através de um jogo de alavancas e articulações
colocadas de tal maneira que o braço de alavanca que atua sobre a mola
aumenta à medida que a deflexão aumenta, exigindo maior esforço p/
comprimir a mola.
- A capacidade de suporte do aparelho fica praticamente constante ao
longo do curso de deflexão da mola. Empregados quando:
Os deslocamentos verticais forem muito grandes ( >15 cm)
- A carga suportada for muito grande
- A tubulação estiver ligada a algum equipamento sensível, de modo
que não possa permitir transmissão de esforços da tubulação p/ o
equipamento.
- Na maioria dos casos trabalham pendurados.
SUPORTES DE TUBULAÇÕES - Móveis
- Todos os suportes de mola costuma ter um índice, por fora da caixa,
dando indicação visual imediata da deflexão da mola. Quando
instalados, com a tubulação fria não dilatada, a mola deve ficar
comprimida entre o zero e um quarto do curso total.
- Podem possuir um dispositivo que permite uma regulagem local
dentro de certos limites, para compensar possíveis erros no cálculo dos
pesos ou na posição exata do aparelho.
Fabricação
- Carga variável: cargas até 15.000 Kg e deflexões até 20 cm
- Carga constante: cargas até 30.000 Kg e deflexões até 40cm

- Suportes de contra-peso: constitui-se de um contrapeso


associado a um conjunto de roldanas e cabo de aço ou uma alavanca.
Usados principalmente quando se tem grandes cargas
simultaneamente com grandes deslocamentos verticais.
- Devem ter dispositivos de segurança contra quedas e também
limitadores de curso.
- Desvantagens: Carga sustentada pela estrutura é o dobro do peso da
tubulação, tendência a vibrações, considerável espaço ocupado e
atravancamento, principalmente em locais congestionados.
SUPORTES QUE LIMITAM OS MOVIMENTOS DOS TUBOS
-São quatro os tipos mais importantes:
- Ancoragens: são os pontos de fixação total, restringindo
completamente todos os movimentos dos tubos. Por meio de barras
chatas, perfis ou estruturas é feito a soldagem firme dos tubos na chapa
ou viga de apoio.
- Guias: as mais empregadas permitem apenas deslocamentos axiais
dos tubos. Existem guias que permitem movimentos transversais dos
tubos e as guias de pino que permitem somente movimento angular
horizontal. As guias horizontais consistem de barras chatas ou perfis
soldados na viga ou chapa de apoio c/ uma pequena folga em cada lado
do tubo (1,5 a 3 mm).

- Batentes: impedem apenas os deslocamentos axiais em um ou em


ambos os sentidos.
- Contraventos: não suportam pesos exercidos pelos tubos, apenas
limitam os movimentos laterais do mesmo, quando suportados por
pendurais ou SM. Vergalhões de aço engatados em braçadeiras.

- Quanto mais pesada for a tubulação mais robusto tem de ser os


dispositivos.
SUPORTES QUE LIMITAM OS MOVIMENTOS DOS TUBOS
-Finalidades
- Limitar e dirigir os movimentos causados pelas dilatações térmicas.
- Proteger os equipamentos ligados à tubulação.
- Subdividir sistemas complexos
- Aumentar a capacidade de auto-suporte da linha
- Isolar as vibrações ou aumentar a frequencia natural das mesmas

- Fazer c/ que as dilatações se deem como previsto e não de forma


aleatória.
- Evitar interferências
- Evitar flechas exageradas

- Evitar deformações exageradas em ramais finos ligados ao tubo

- Evitar movimentos laterais, angulares e de torção em juntas de


expansão que não admitam estes movimentos.
SUPORTES QUE LIMITAM OS MOVIMENTOS DOS TUBOS
EXEMPLOS DE EMPREGOS
- Ancoragem
- Subdivisão de linhas longas, evitando dilatações totais de grande
amplitude (A1)
- Tubulações c/ juntas de expansão; uma junta entre duas ancoragens
(A-2)
- Limites de áreas, evitar transmissão de esforços (A3)
- Subdivisão de tubulações complexas (A4)
- Estações de válvula de controle (A-5)
- Tubulações de ponta e bolsa
- Isolar vibrações
- Válvulas de segurança
- Nunca usar próximas a bocais de vasos ou de equipamentos , a
dilatação pode criar tensões perigosas no bocal.
- Guias
- Trechos retos longos (G1)
- Proteção de equipamentos e orientação de dilatações (G2)
- Tubulação c/ juntas de expansão (G4)
- Tubulações verticais (G5)
- Estações de válvulas de controle (G6)
- A guias não devem em princípio serem colocadas próximo de
qualquer ponto de mudança de direção dos tubos.
- Batentes: Proteção de equipamentos e orientação de dilatações (B1)
Suportes p/ tubos sujeitos a vibração
- Tubos sujeitos a vibrações fortes devem ter suportes e fixações
independentes, para que suas vibrações não se transmitam às
estruturas e aos outros tubos.
- Para vibrações e grande amplitude, são necessários dispositivos
especiais como amortecedores, suportes de mola ou juntas de
expansão.
- Vibrações de alta frequencia e pequena amplitude a solução é,
geralmente,a fixação rígida dos tubos por meio de ancoragens em
vários pontos.
SUPORTES DE TUBULAÇÕES
- Localizações
- Recomendável nas curvas situadas no plano horizontal, p/ evitar que
o peso da curva não suportada introduza esforços de torção no tubo.
- Próximos às cargas concentradas, tais como válvulas, derivações etc.
- Tubos verticais ao longo dos vasos devem estar presos ao próprio
vaso p/ diminuir o efeito de dilatações diferenciais entre o vaso e os
tubos.
- Projeto
- A maioria dos dispositivos de suportes e de fixação é fabricada de
aço estrutural por meio de chapas, perfilados, vergalhões ou pedaços
de tubos de aço.
- Como via de regra geral recomenda-se que a solda de qualquer
elemento na parede do tubo (patins, reforços, berços, ancoragens etc)
tenham um cordão contínuo de solda de selagem em toda volta, p/
evitar penetração de umidade e a corrosão.
- Tubulações quentes, deve ser lembrado o problema de dilatação
diferencial entre tubo e elemento soldado (mais frio) que pode dar
origens a elevadas tensões. Recomenda-se evitar peças soldadas na
parede de tubos superior a 400ºC, preferíveis nestes casos os patins,
berços etc., presos por braçadeiras aparafusadas ou outros recursos
que dispensem a solda.
MONTAGENS E TESTES DE TUBULAÇÕES

Encurvamento de tubos: não causar enrugamento da face


interna da curva, nem adelgamento das paredes ou
ovalização excessiva do tubo. ANSI B31 permite máxima de
8% p/ tubos sujeitos a pressão interna e 3% p/ tubos
sujeitos à pressão externa.
Vantagens: economia de solda e acessórios, menor perda
de carga, menor risco de vazamento, corrosão e erosão.
-Até 1”são geralmente curvados a frio em prensa manuais.
Em tubos maiores de 4” é empregado o encurvamento a
quente.
- ANSI B31 exige: TTA P/ tubos de A/C encurvados a frio c/
esp > 19 mm, e aço-liga ferríticos c/ esp >12mm;
conformação a quente p/ esses aços seja feita em
temperatura superior à respectiva temperatura de
transformação (ponto crítico superior).
- Não recomendado dobramento de tubos c/ costura; se
indispensável, a costura deverá estar localizada na linha
média da curva, longe das regiões de tensões
MONTAGENS DE TUBULAÇÕES
Encurvamento de tubos- etapas: enchimento c/ areia fina e
vibração do tubo p/ evitar vazios – tamponar extremidades;
aquecimento do local a ser curvado (700ºC p/ A/C) através
de maçarico ou forno; aquecimento a temperatura mais
baixa em todo o tubo p/ aquecer a areia a fim de evitar
resfriamento rápido; encurvamento na bancada.
Posição dos Flanges: as projeções horizontal e vertical da
linha de centro do tubo passem sempre pelo meio do
intervalo entre dois furos – a furação dos flanges deve ficar
simétrica em relação às linhas de centro.
Aperto dos flanges: devem sempre ser feito por igual e até
a tensão recomendada, devendo-se começar o aperto pelos
parafusos diametralmente opostos e depois igualmente
distribuídos na circunferência do flange.
EPECIFICAÇÃO DE MATERIAL:
As normas específicas detalhando todos os materiais p/ as tubulações
de classe de serviços, em um determinado projeto ou instalação.

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