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Centro de Formação Profissional “Aloysio Ribeiro de Almeida”

SOLDAGEM
MIG - MAG
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Alexandre Magno Leão dos Santos

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara

Elaboração
Hernani da Silva Carvalho

Unidade Operacional

Centro de Formação Profissional “Aloysio Ribeiro de Almeida”


Varginha – MG
2004
Sumário

PRESIDENTE DA FIEMG ............................................................................................................................2

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ 4

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 6

2. VANTAGENS DO MÉTODO MIG/MAG...................................................................................... 7

3. DESCRIÇÃO DO PROCESSO.................................................................................................... 8

4. EQUIPAMENTOS ............................................................................................................................. 9

5. PARÂMETROS DA SOLDAGEM .................................................................................................. 15

6. O QUE ACONTECE NO ARCO ELÉTRICO ................................................................................. 16

7. SAÚDE E SEGURANÇA ................................................................................................................ 19

MÁSCARA DE SOLDA COM LENTE FILTRANTE ..............................................................................................21

8. ESCOLHA DO ARAME .................................................................................................................. 25

9. ESCOLHA DO GÁS DE PROTEÇÃO ........................................................................................... 28

10. PREPARO DO EQUIPAMENTO DE SOLDAGEM ..................................................................... 29

11. AJUSTE DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM........................................................................ 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 40


Soldagem Pelo Processo MIG - MAG
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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade


do conhecimento. “
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em


todos os perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente
envolvidos na produção, coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso ,


e ,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do
conceito da competência:” formar o profissional com responsabilidade no
processo produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com
conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade,
empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante
atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo
bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas à rede mundial de
informações – internet- é tão importante quanto zelar pela produção de
material didático.

Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas


oficinas e laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas
nos materiais didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos
conhecimentos.

O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links
entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação
continuada !

Gerência de Educação e Tecnologia

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Soldagem Pelo Processo MIG - MAG
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Soldagem Pelo Processo MIG - MAG
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1. Introdução
Existem muitos métodos de soldagem. Os mais utilizados são a soldagem
MIG/MAG, a soldagem com eletrodo revestido, a soldagem a gás e, a
soldagem a arco submerso.

O método mais popular hoje em dia é o MIG/MAG. Em muitos países, há


muitos anos, este é o método mais utilizado. Nesta apostila, descrevemos a
soldagem MIG/MAG. A apostila está dividido em uma parte teórica e outra
prática.

Na parte teórica, está descrito o princípio da soldagem MIG/MAG, suas


aplicações e o equipamento necessário. Além disso, tratamos dos arames e
gases de proteção e descrevemos o que ocorre no arco elétrico. Outro
capítulo importante trata da saúde e segurança no processo de soldagem.

A parte prática explica como você deve se preparar, preparar seu


equipamento e regulá-lo para obter boas soldas. Um capítulo descreve os
defeitos de soldagem e como evitá-los.

Também há um capítulo que trata dos cuidados e da manutenção do


equipamento de soldagem.

Ao final do livro encontra-se um índice alfabético para facilitar a localização


de informações sobre qualquer assunto específico.

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2. Vantagens do Método MIG/MAG

O método de soldagem MIG / MAG é muito flexível e permite soldar:

• todos os metais normalmente utilizados em construções soldadas


tais como aços carbono e de baixa liga, aços inoxidáveis, alumínio e
cobre;
• materiais com espessura igual ou superior a 0,5 mm;
todas as posições de soldagem.

O método MIG/MAG oferece uma alta produtividade, já que:

• não é necessário fazer interrupções para trocar os eletrodos;


• quase não requer remoção de escoria;

A soldagem MIG/MAG implica em baixa geração de calor sobre a peça de


trabalho, o que significa:

• poucas ou pequenas deformações, isto é, a chapa quase não


empena;
• uma poça de fusão reduzida e fácil de controlar.

O método MIG/MAG é de fácil automação.

O método MIG/MAG é limpo e não agride o meio ambiente.

Estas vantagens, dentre outras, fazem com que muitos troquem de método
de soldagem e escolham o processo MIG/MAG. O mais comum é trocar o
eletrodo revestido pelo processo MIG/MAG.

Vantagem do processo MIG/MAG: a solda pode ser feita em qualquer


posição.

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3. Descrição do Processo

Na soldagem MIG/MAG, um arame metálico (eletrodo) é alimentado de


forma continua em uma pistola de soldagem, por meio de um alimentador.

A energia elétrica é transferida de uma fonte para o eletrodo por meio de


um bico de contato. Quando o arame, que passa pelo bico, entra em
contato com a peça de trabalho, um arco elétrico se acende entre eles.

O arco elétrico produz calor que, por um lado, funde o arame e, por outro,
aquece e funde a superfície da peça de trabalho.
Para proteger a poça de fusão e o metal fundido do contato com o ar, usa--
se um gás de proteção.

Princípio da Soldagem
1. Carretel
2. Arame
3. Roletes
alimentadores
4. Guia do arame
5. Conjunto de
mangueiras
6. Pistola de soldagem
7. Bico de contato
8. Gás de proteção
9. Difusor de gás
10. Arco elétrico
11. Poça de fusão
12. Fonte de energia

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4. Equipamentos

4.1 Fonte de Energia


A missão da fonte de energia é fornecer energia elétrica para o arco
elétrico. A fonte de energia converte a corrente alternada da rede em
corrente continua em um nível adequado para a soldagem.

Existem diversos tipos de fontes de energia. A figura abaixo mostra um


exemplo.

Exemplo de fonte de
Energia para MIG/MAG
A capacidade da fonte de energia pode ser expressa de duas formas:

1.A intensidade máxima de corrente que o grupo pode fornecer a uma


determinada tensão.

2.O fator de trabalho, isto é, o tempo máximo que a fonte de energia pode
ser usada durante um período de 10 minutos (expresso em porcentagem)
para uma certa intensidade de energia.

Estes dados são importantes para que se determine se a capacidade da


fonte de energia é suficiente para o trabalho a ser realizado.

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4.2 Cabeçote de Alimentação do Arame


A unidade consiste de um mecanismo alimentador de arame e uma haste
para o carretel.

A função do cabeçote alimentador é fazer avançar o arame até a pistola de


soldagem. Dentro do cabeçote alimentador há dois ou mais roletes
alimentadores que fazem o arame avançar pela guia do arame. Em certos
casos, para a soldagem de alumínio, por exemplo, torna-se necessário
completar o cabeçote de alimentação com um mecanismo que puxe o
arame, montado mais adiante, junto da pistola. Este sistema é conhecido
como alimentação “push-pull”.

Na haste da bobina existe um freio, que permite regular a pressão de


frenagem para que a bobina de arame pare no exato que a alimentação
seja momento em interrompida.

A unidade de avanço consiste de um cabeçote alimentador de arame e uma


haste para bobina.

4.3 Pistola de Soldagem e Conjunto de Mangueiras


A figura a baixo é um exemplo da pistola de soldagem e conjunto de
mangueiras.
As partes mais importantes da pistola de soldagem são o bico de contato e
o duto de gás.

No bico de contato ocorre a transferência da corrente para o eletrodo. O


bico de contato pode ser trocado para adaptar-se aos diversos tipos e
diâmetros de arame.
O difusor de gás fica em torno do bico de contato. Sua missão é proteger o
arame, o arco elétrico e o metal fundido contra os efeitos nocivos do ar
atmosférico. Para não reduzir a proteção do gás, e necessário limpar
periodicamente o duto de gás para retirar os respingos de solda. O duto de
gás pode ser trocado e é comercializado em diversos tamanhos.

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A pistola de soldagem pode ser refrigerada a ar ou a água. A refrigeração a


ar é a mais comum e significa que a pistola é resfriada pelo ar atmosférico e
o gás de proteção que flui pela pistola. A refrigeração a água é mais eficaz,
sendo necessária quando são usadas correntes muito elevadas de
soldagem, ou seja, acima de 400 A.

O conjunto de mangueiras é composto por uma cobertura, que contém os


condutores de corrente, gás protetor, arame e quando aplicável, a água
para resfriar a pistola.

As guias de arame podem ser feitas de diversos materiais. Para os arames


normais de aço, usa-se uma guia de aço, e para os arames de aço
inoxidável e alumínio, a guia é de plástico.

Pistola para soldagem MIG/MAG


1. Arame
2. Guia flexível de arame
3. Mangueira para gás de proteção
4. Cabo de energia elétrica
5. Cobertura da mangueira
6. Microinterruptor
7. Mangueira para gás de proteção
8. Bico de contato

4.4 Fornecimento de Gás


O gás de proteção para soldagem MIG/MAG pode ser suprido por uma
instalação centralizada ou por cilindros individuais de gás, geralmente
montados no equipamento de solda.

O gás é conduzido até o duto de gás pelo conjunto de mangueiras. Uma


válvula solenóide, incorporada ao equipamento de solda, faz com que o gás
saia no momento em que o gatilho da pistola é pressionado. Da mesma
forma, o fluxo de gás é interrompido quando se solta o gatilho da pistola.
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Cilindro de gás preso à fonte de energia

A pressão dentro de um cilindro cheio de gás de proteção é muito elevada


(150 ou 200 bar). Para reduzir esta pressão a uma pressão de trabalho
adequada, é necessário acoplar um regulador ao cilindro de gás. O
regulador mantém a pressão constante durante o processo de soldagem,
apesar da pressão dentro do cilindro ir baixando na medida em que o gás
vai sendo consumido.

Com o auxilio da válvula reguladora e do manômetro de fluxo, pode-se


ajustar o fluxo desejado de gás. Observe que cada regulador serve para um
gás especifico, devendo ser utilizado somente com o gás a que se destina.
De outra forma, o fluxo de gás será incorreto.

Regulador com fluxômetro

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4.5 Arame
O arame para a soldagem MIG/MAG tem duas
funções. De um lado, age como pólo positivo do
circuito e de outro, como material de adição quando
recebe a corrente e se funde.

Existem arames de 0,6 até 2,4 mm. Os mais finos


servem para soldar materiais finos e para soldar em
posições específicas.

É importante escolher o arame adequado para o


material a ser soldado. As tabelas das páginas 26,
27 e 28 contêm as diretrizes básicas.

Recomendações mais detalhadas podem ser obtidas


junto ao fabricante.

Os arames podem ser sólidos ou tubulares. Neste


Bobina de arame
manual trataremos apenas dos arames sólidos, uma
vez que são os mais utilizados.

4.6 Gases de Proteção


A função principal do gás é proteger o metal fundido, o arame e o arco
elétrico contra os efeitos negativos do ar atmosférico. Se o ar entrar em
contato com o metal fundido ou com o material aquecido, a resistência da
solda ficará prejudicada.

A escolha do gás de proteção é importante. O gás de proteção afeta a


transferência do material no arco elétrico, a velocidade de soldagem, as
propriedades e o aspecto da solda.

Os gases de proteção para soldagem podem ser inertes ou ativos. Os


gases inertes, ao contrário dos ativos, não participam das reações que
ocorrem no arco elétrico e no metal fundido. O Argônio e o Hélio são
exemplos de gases inertes.
O Oxigênio, o Dióxido de Carbono e o Hidrogênio são exemplos de gases
ativos.

A solda MIG utiliza um gás de proteção inerte. A solda MAG utiliza um gás
de proteção ativo.

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O gás protege o arame, o metal fundido e o arco elétrico

Para escolher o gás de proteção adequado consulte a tabela da pág. 21.


Em princípio, usa-se o seguinte:

Aços baixo carbono e de baixa liga: misturas de Argônio com Dióxido de


Carbono ou Oxigênio.
Exemplos: AGA-MIX 28, AGAMIX 20, AGA- MIX T-55. Em certos casos,
usa-se o Dióxido de Carbono puro como gás protetor, embora somente
utilizado para soldagem por curto-circuito.

Aços inoxidáveis: Misturas de Argônio com baixo teor de Dióxido de


Carbono ou Oxigênio.
Exemplos: AGA-MIX 22 e AGA-MIX 12.

Alumínio: os gases inertes Argônio ou Hélio, ou misturas dos dois.


Exemplos: Ar, AGA-MIX 430, AGA-MIX 470, He.

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5. Parâmetros da Soldagem
Na soldagem MIG/MAG, há uma série de parâmetros que afetam o
processo de soldagem e a solda final.

Estes parâmetros são classificados como pré-determinados, dependentes


do equipamento e dependentes do operador.

5.1 Pré-Determinados:
• Tipo do eletrodo.
• Diâmetro do eletrodo.
• Tipo do gás de proteção.
• Fluxo do gás de proteção.

Estes parâmetros são escolhidos antes do início da soldagem e são


determinados de acordo com o material a ser soldado, o tipo de junta e a
posição da solda.

5.2 Dependentes do Equipamento:


• Velocidade de alimentação do arame.
• Tensão.
• Indutância.

Estes parâmetros são ajustados no equipamento de soldagem.

5.3 Dependentes do Operador:


• Velocidade da soldagem.
• Distância do bico de contato em relação à peça.
• Inclinação da pistola.

Estes parâmetros dependem da habilidade do soldador no manuseio da


pistola.

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6. O Que Acontece No Arco Elétrico


No arco elétrico o material do eletrodo é transferido para o banho de fusão
em forma de gotas fundidas. Dependendo de como esta transferência é
efetuada, pode-se obter um arco por curto-circuito ou um arco spray.

O arco por curto-circuito ou o arco spray dependerão de como os


parâmetros de soldagem tenham sido ajustados (tensão e velocidade de
alimentação do arame) com relação ao diâmetro do eletrodo e ao tipo de
gás de proteção.

6.1 Soldagem Por Curto-Circuito

A soldagem por curto-circuito é utilizada para soldagem de materiais finos,


cordões de raiz ou em soldas em posição. Isso significa a escolha de uma
tensão baixa e de uma menor velocidade de alimentação do arame. Desta
forma, aplica-se menos calor à peça de trabalho e produz-se unia poça de
fusão pequena, fácil de controlar e de resfriamento rápido.

Material fino Cordões de raiz

Solda em posição

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6.1.1 Aplicações da Soldagem por Curto-Circuito

A denominação curto-circuito deve-se ao fato de que as gotas fundidas


fazem um curto-circuito no arco elétrico no momento da transferência.

Quando o arco está ajustado corretamente, ouve-se tini ruído regular.

Arco curto
Tensão de arco* 15-25 V
Corrente* 40-200 A
Gás de proteção Mistura de Argônio ou CO2

*Os valores exatos dependem do diâmetro do arame e do gás de proteção.

Princípio da soldagem por curto-circuito. O número de curtos-circuitos


é de 30 a 200 por segundo.

6.2 Arco Spray

Quando se deseja obter uma alta produtividade na soldagem de materiais


grossos, utiliza-se o arco spray. Nesse caso, a tensão e a velocidade de
alimentação do arame são mais elevadas do que no curto-circuito. Assim, a
peça de trabalho é submetida a um calor mais intenso, o que resulta numa
produtividade mais alta. A poça de fusão é maior; por isto, a soldagem com
arco spray só é adequada na posição plana e horizontal.

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Cordões de enchimento em material de grande espessura

Somente em posição plana horizontal

6.2.1 Aplicações da Soldagem por Arco Spray

O nome arco spray deve-se ao fato de que as gotas fundidas procedentes


do eletrodo são pulverizadas no momento da transferência. Este processo
não produz nenhum curto-circuito no arco elétrico que, por este motivo, é
muito estável.

Na soldagem por arco spray, o Dióxido de Carbono puro não pode ser
usado como gás de proteção.

Arco spray
Tensão do arco* 20-40V
Corrente* 200-600A
Gás de proteção Mistura de Argônio

Arco spray

*Os valores exatos dependem do diâmetro do arame e do gás de proteção.

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7. Saúde e Segurança

Como em qualquer outro processo, na soldagem MIG/MAG alguns riscos


para a saúde devem ser evitados, tais como:

• Fumos e gases.
• Radiação ultravioleta.
• Riscos relacionados à eletricidade. Para evitar esses riscos,
recomendamos adotar as medidas de segurança conforme indicadas
nas seções seguintes.

Fumos e Gases

Toda operação de soldagem produz fumos e gases em maior ou menor


quantidade. Esses riscos podem ser bastante reduzidos através de:

• Uma boa ventilação geral.


• Uso de exaustores.
• Evitando manter a cabeça na coluna de fumos
e gases que exalam da solda.
• Usando algum tipo de proteção respiratória
quando a solda é feita em espaços confinados
ou de difícil circulação de ar.
• Trocando o gás de proteção, de CO2 para
misturas de Argônio. Assim, a quantidade de
fumos será menor.

ASSIM NÃO! Evite a coluna de


fumaça.

Radiação Ultravioleta

O arco elétrico emite radiações ultravioletas, que pode afetar os olhos e a


pele se não forem adotadas medidas de proteção adequadas. Por isto, é
obrigatório o uso de uma máscara de solda com lentes filtrantes. Quanto
mais intensa for a corrente, mais escura deverá ser a lente filtrante.

A máscara não protege apenas os olhos, mas também o rosto e o pescoço


contra a radiação ultravioleta, o calor e os respingos.

Não se esqueça de proteger também o resto do corpo. Abotoe a roupa até o


pescoço, use mangas compridas e luvas protetoras.
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Riscos Relacionados com Eletricidade

Em toda soldagem com arco elétrico, a corrente elétrica constitui um risco.


A passagem da corrente pelo corpo humano causa danos diretos. Um
choque elétrico também pode causar danos indiretos, como por exemplo
uma queda.

Em resumo:

• Corrente alternada Maior risco


• Corrente contínua Menor risco
• Alta tensão Maior risco
• Baixa tensão Menor risco
• Roupa úmida Maior risco
• Roupa seca Menor risco

Na soldagem MIG/MAG, os riscos são menores do que na soldagem com


eletrodo revestido, com o uso de uma corrente contínua ao invés da
alternada. Além disso, a tensão em vazio e menor, 15-40 V na soldagem
MIG/MAG, comparada com 55-80 V na soldagem com eletrodo revestido.

Para evitar os riscos da corrente elétrica, lembre-se do seguinte:

• A fonte de energia deve estar instalada e aterrada corretamente. Os


cabos e as conexões não devem estar desgastados nem danificados.
• Cuidado com o local onde colocara o cabo terra.
• Troque de roupa se ela estiver úmida devido, por exemplo, ao suor.
• Use luvas de couro secas e sem furos.
• Mantenha-se em uma plataforma seca e isolada.
• Tome mais cuidado ao soldar em espaços úmidos, estreitos e/ ou
quentes.

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Equipamento de Proteção Individual (EPI)

Para se proteger durante a soldagem, use o equipamento de proteção


individual indicado na figura abaixo.

Proteção para os ouvidos auriculares ou tampões


Máscara de solda com lente filtrante

Protetor removível da máscara que protege o


c contra respingos

Luvas de couro e mangas compridas

Sapatos com biqueira de aço.

Proteja o Seu Ambiente de Trabalho

Lembre-se de que você também tem que proteger seus colegas.

Não deixe que os fumos e gases produzidos pela soldagem se espalhem


por todo o local. Use um exaustor. Não exponha os seus companheiros à
radiação ultravioleta. Isole o seu local de trabalho com cortinas ou
divisórias.

Não se Esqueça do Perigo de Incêndio!

• O local de trabalho deve estar isento de lixo, poeira e materiais


inflamáveis.
• Certifique-se da existência de um extintor de incêndio no local.

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O local de trabalho pode ser equipado com um exaustor, uma


cortina filtrante e um extintor de incêndios.

Escolha da Fonte de Energia e Acessórios


A capacidade da fonte de energia é expressa pela intensidade máxima de
energia e o fator de intermitência.

Para poder decidir qual é a intensidade de corrente necessária para o seu


equipamento de solda, considere o seguinte:

1. Espessura do material
2. Tipo de material
3. Tipo de junta
4. Tipo de transferência (curto-circuito ou spray)

O fator de intermitência determina quanto tempo a soldagem pode ser feita


sem interrupções. Isto depende do tipo de solda.

Além do equipamento de proteção individual, o exaustor e o equipamento


de soldagem propriamente dito, outros equipamentos são necessários para
que a solda seja bem sucedida.

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Exemplos:

• Alicate de corte, se possível do tipo combinado, utilizado para cortar


a extremidade do arame. O alicate do tipo combinado também pode
ser utilizado para trocar o difusor de gás e o bico de contato, além de
servir para movimentar pequenas chapas quentes.

• Lima para arredondar a ponta do arame antes de introduzi-lo na guia


de arame. Isto é importante se a guia do arame for de material
brando como por exemplo, o plástico, que pode ser arranhado.

• Escova de aço para limpar as jantas soldadas.

• Spray ou pasta anti-respingos. Aplica-se no difusor de gás para evitar


a aderência de respingos da soldagem.

• Chaves fixas para montar o regalador e a mangueira de gás no


momento da troca do cilindro.

Alicate de corte para


ajustar o comprimento
do arame

Escova de aço para


limpar as juntas soldadas

Lima para arredondar


a ponta do arame

Utilize uma chave fixa para


montar o regulador

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Spray antiaderente

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8. Escolha do Arame

Escolha o arame correto para a aplicação da solda. Consulte as tabelas a


seguir.

Escolha o diâmetro do arame, que dependerá da espessura do material e


do tipo de junta.

Consulte as tabelas das páginas 26, 27 e 28.

Inspecione o estado da superfície do arame. Ele não deverá estar oxidado,


úmido nem coberto de óleo ou graxa. Lembre-se de guardar sempre a
bobina de arame em sua embalagem original, até o momento de utilizá-la.

Arames para soldagem MIG/MAG em aço carbono, conforme


AWS A5. 18
Classificação Características Aplicações
AWS ER7OS-3 Para soldagens com um ou vários Fabricação em
(DIN 8559:SG 1) cordões de aço acalmados, semi- geral, equipamentos
acalmados e efervescentes. Gás de pesados, móveis de
proteção: Argônio + CO2 e / ou O2 ou metal, chassis de
CO2. Diâmetros reduzidos para solda fora veículos, cordão de
de posição, transferência por curto- raiz em tubos e
circuito com proteção de Ar + CO2 ou recipientes.
CO2. A combinação de alta temperatura
com CO2 degrada as propriedades
mecânicas.
ER7OS-6 Teor mais elevado de Mn-Si, para Estruturas de aço,
(DIN 8559:SG 2) soldagem com CO2 ou misturas de contêineres,
Argônio em aço desoxidado ou equipamentos
parcialmente desoxidado com quantidade pesados.
moderada de carepas superficiais.
Soldagem fora de posição, transferência
por curto-circuito. Soldas lisas em chapas
de metal. Recomendado para juntas de
topo. Curto-circuito com Ar+ CO2 ou CO2.
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Arames para soldagem MIG/MAG em aço inoxidável conforme


AWS AS.9

Classificação Características e Aplicações


AWS ER308 Para unir materiais básicos de composição
semelhante, tipos 301, 302 e 304. Para uma boa
resistência à corrosão.
AWS ER3O8L O baixo teor de carbono impede a precipitação
(DIN 8556 X2OrNi 19 9) intergranular de carboneto para os tipos 304 e 304L.
Para soldagem de transição em aço revestido.
AWS ER309 Para ligas termo-resistentes de composição
semelhante: juntas de metais dissimilares, por
exemplo, aço carbono com aço inoxidável tipo 304;
revestimento de aços carbonos com uma única
camada.
AWS ER31O Para metais básicos de composição semelhante,
(DIN 8556 12CrNi 26 20) revestimento de aços carbonos.
AWS ER312 Para ligas de composição semelhante, metais
dissimilares, aço inoxidável com aço baixo carbono e
juntas de aço de alta resistência. Alto teor de ferrita
para resistência ao gretamento e alta resistência.
AWS ER316 Para composições semelhantes. A adição do
molibdênio melhora a resistência à deformação e à
corrosão por pitting em soluções de cloreto.
AWS ERl316L O baixo teor de carbono impede a precipitação
(DIN 8556 X2CrNi 19 12) intergranular de carboneto. Usado para aços
inoxidáveis austeníticos com baixo teor de carbono e
ligas com molibdênio.

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Arames para soldagem MIG em alumínio conforme AWS A5.lO

Classificação Características e Aplicações


AWS ER1100 Arames de alumínio puro (99,5% AI) para solda MIG em
(DIN 1732: S-AI 99.5) alumínio sem ligas.
AWS ER4043 Arame com liga de silício que contém 5% de Si para
(DIN 1732: S-Al Si 5) soldagem MIG em ligas de AI-Si e ligas de Al-Mg-Si que
contenham até 7% de silício.
AWS ER5356 Arame com liga de magnésio que contém 5% de Mg para
(DIN 1732: 8-AI Mg 5) soldagem MIG em ligas de Al-Mg resistentes á corrosão.

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9. Escolha do Gás de Proteção

Escolha o gás de proteção adequado para sua aplicação de solda. Consulte


a tabela abaixo.

Gases protetores para soldagem MIG/MAG em diferentes materiais

Aplicação Gás protetor


Aço não ligado AGA-MIX 15, AGA-MIX 20, AGA-MlX 28, AGA-MIX T-55,
CO2.
Aço de baixa liga AGA-MIX 28, AGA-MIX 20, AGA-MIX T-55.
Aço inoxidável AGAMIX 22, AGA-MIX 12.
Alumínio e ligas de Argônio, AGA-MIX 430, AGA-MIX 470, Hélio.
alumínio

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Aperfeiçoamento
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10. Preparo do Equipamento de Soldagem

Cilindro de gás

Fixe o cilindro ao equipamento, que normalmente, possui um local especial


para ele.

Limpe a válvula, liberando o gás antes de acoplar o regulador. Proceda da


seguinte forma:

• Abra a válvula, girando-a meia volta.


• Nunca fique na frente da válvula.
• Não ponha a mão na frente da abertura da
válvula.
• Purgue sempre em direção a um espaço livre.
• Feche a válvula.

Regulador

Instale o regulador. Verifique se corresponde ao gás de proteção que vai


utilizar e que as juntas do regulador estejam intactas.

Fonte de Energia

1. Conecte a fonte de energia de acordo com as instruções do fabricante.


Normalmente, se conecta o arame, ou seja, a pistola de solda, com o
conjunto de mangueira ao pólo positivo (+) e o cabo terra ao pólo negativo (-
).

2. Fixe o cabo terra na bancada ou no dispositivo de fixação para soldagem,


ou ainda diretamente na peça. Certifique-se de que o ponto de contato
esteja livre de oxidação ou sujeira que possa prejudicar o contato elétrico.

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Fixe o cabo terra corretamente

Montagem do Carretel de Arame

1. Verifique primeiro se os roletes alimentadores, a guia de arame e o bico


de contato são adequados para o diâmetro de arame que foi escolhido.

2. Libere a alavanca de pressão.

3. Monte o carretel de arame.

4. Arredonde a ponta do arame com uma lima para não danificar a guia.

5. Introduza o arame na guia.

6. Faça avançar o arame pressionando o botão de arranque da pistola.


Mantenha o conjunto de mangueiras o mais esticado possível.

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Ajuste a pressão dos roletes alimentadores

Se a pressão estiver muito alta, o arame poderá dobrar ou quebrar ao entrar


na guia, principalmente se a resistência for muito alta por motivo de
obstrução da guia.

Proceda da seguinte forma: faça o arame avançar. Pegue o arame com os


dedos e empurre-o. Se a pressão da bobina estiver ajustada corretamente,
o arame vai parar porque os roletes alimentadores vão patinar.

Ajuste a força de frenagem

Se a potência de frenagem for muito baixa, o carretel de arame continuará


girando quando você parar de soldar. Neste caso, há um risco de que se
forme um rolo de arame fora do carretel, que o travará da próxima vez que
for iniciada a soldagem.
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Se a potência de frenagem for muito alta, a alimentação do arame pode ser


desigual (os roletes alimentadores patinam).

Proceda da seguinte forma: ajuste a velocidade de alimentação da melhor


maneira possível. Faça o arame avançar. Ajuste o freio se o carretel
continuar girando depois da parada.

Freio muito solto

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11. Ajuste dos Parâmetros de Soldagem

Já falamos sobre os parâmetros de soldagem pré-determinados: diâmetro


do arame, tipo de arame e tipo de gás de proteção. Para fazer a escolha
correta, consulte as tabelas das páginas 13-14 e 17-18.

Nas páginas seguintes, descrevemos como o fluxo de gás, a velocidade de


avanço do arame, a tensão, a indutância, a velocidade da soldagem, a
inclinação da pistola e a distância do bico de contato da peça devem ser
ajustados.

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Ajuste do Fluxo de Gás


O ajuste correto do fluxo do gás de proteção é importante. O fluxo de gás
não pode ser nem alto nem baixo demais. Ambos os casos podem produzir
porosidade no metal depositado.

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O fluxo de gás adequado depende do tipo de material que vai ser soldado e
da intensidade da corrente utilizada. Os materiais mais sensíveis, como o
cobre e o alumínio, exigem um fluxo de gás mais elevado.

Uma regra empírica para obter o fluxo de gás correto: parta do diâmetro do
duto de gás (que deverá se adaptar à intensidade da corrente e ao
material). Utilize o mesmo fluxo de gás, em litros por minuto, que o diâmetro
do bocal em milímetros.

Fluxo do gás de proteção demasiada-mente baixo

Fluxo do gás de proteção demasiada-mente alto

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Às vezes, é necessário usar um fluxo de gás mais alto do que o normal. Um


exemplo é quando a soldagem é feita em posição ascendente com alta
velocidade, ou ao ar livre, onde há uma forte corrente de ar. Outro exemplo, é
quando a soldagem é feita com Hélio, como gás de proteção.

O fluxo de gás é ajustado com o regulador do cilindro. Para que o fluxo real dentro
do bocal de gás corresponda ao fluxo ajustado, é preciso utilizar um regulador
específico para o tipo de gás que está sendo utilizado.

Além disso, não pode haver nenhum vazamento nas mangueiras nem nas
conexões. Para verificar se não há vazamentos, meça o fluxo de gás na pistola de
solda com um calibrador de fluxo e compare com o valor ajustado no regulador.

Ajuste o fluxo de gás no regulador

Medição do fluxo no bocal da pistola

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Velocidade de Avanço do Arame

A velocidade de avanço do arame é regulada na unidade de avanço e é medida


em m/min.

Quando se aumenta a velocidade, a amperagem também aumenta. O comando


da unidade de avanço pode estar graduado em m/min ou em outra escala.

Se você não tiver certeza da velocidade de avanço do arame, faça o seguinte:

• Faça o arame avançar durante 30 segundos.


• Meça o comprimento do arame avançado.
• Multiplique o comprimento por 2 e você terá a velocidade de avanço por
minuto.

Ajuste da
Tensão

Tensão Elétrica

Utilize a tabela para obter os valores de ponto de partida para o ajuste da


velocidade de avanço do arame. Em seguida, ajuste a tensão, que pode ser
regulada na fonte de energia elétrica (veja a página anterior).

O intervalo de tensão é de 15 a 20 V para o curto-circuito e de 24 a 30 V para o


arco spray.

Se a tensão for muito baixa, em relação à velocidade de avanço do arame, pode


ocorrer o seguinte:

O arame não chegará a fundir e o resultado será um arco curto onde o arame
entra em contato com o metal base. Você terá a sensação de que a pistola quer
se levantar.

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O material fundido não flui como deveria e o resultado é um cordão de solda


volumoso e com penetração deficiente.

Se a tensão for muito alta, em relação à velocidade de avanço do arame, a


unidade de avanço não poderá fazer o arame avançar no ritmo em que deve ser
fundido.

O arco será longo e oscilante, tendo como resultado respingos e um cordão de


solda baixo e com mordeduras nas bordas.

Tensão muito baixa Tensão muito alta

Indutância

Na maioria das fontes de energia, também é possível regular a indutância. Pode


haver duas ou mais tomadas fixas para ajustar a indutância ou então um
interruptor para o ajuste continuo.

A indutância afeta a soldagem da seguinte forma:

• Baixa indutância significa que menos calor é transmitido para à peça de


trabalho. Por isso, convém escolher uma baixa indutância para soldar
chapas finas.

• Alta indutância significa um maior aporte de calor para peças de trabalho,


razão pela qual é mais adequada para soldas em chapas mais grossas.

O ajuste incorreto da indutância implica em muitos respingos. A indutância é um


fator mais relevante na soldagem por curto-circuito.

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Tomadas fixas para indutância na fonte de energia

Velocidade da Soldagem

A velocidade da soldagem, ou seja, a rapidez com que você desloca a pistola ao


longo da junta, tem que ser adaptada à situação real de solda.

Se a velocidade da soldagem for muito alta, em relação à velocidade de avanço


do arame, o aporte de calor por unidade de comprimento será muito pequeno. O
cordão será estreito e com pouca penetração, o que pode causar uma falta de
penetração.

Se a velocidade da soldagem for muito baixa, o aporte de calor por unidade de


comprimento será muito grande. O resultado será uma poça de fusão
excessivamente grande. Corre-se o risco de obter um excesso de penetração.

Velocidade de solda muito alta. Velocidade de solda muito baixa.

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Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 14724.
Informação e documentação, trabalhos acadêmicos, apresentação. Rio de
Janeiro, 2002.

Telecurso 2000 – Curso Profissionalizante – Mecânica – Processos de


Fabricação - Volume 1 – Fundação Roberto Marinho - Editora Globo - São
Paulo S. P.

ALCAN – Manual de Soldagem, 1993.

MARQUES, Paulo V. Tecnologia da Soldagem. Belo Horizonte, ESAB, 1991.

SANTOS, J. F. e QUINTINO, L. Processos de Soldadura. Lisboa (Portugal),


Edições Técnicas do Instituto de Soldadura e Qualidade, 1993.

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