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Traçagem e Planificação
de Chapas
CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Elaboração
Equipe Técnica do CFP/ACR
Unidade Operacional
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Sumário
APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 6
1.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................7
1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS.............................................................................7
1.3. MATERIAIS - CONCEITOS ...........................................................................................8
1.4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS METAIS...............................................................8
1.5. LIGAS METÁLICAS .......................................................................................................8
1.6. PROPRIEDADES DOS METAIS....................................................................................8
1.6.1. PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS..........................................................................9
1.6.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS.................................................................................9
1.7. METAIS FERROSOS ...................................................................................................10
1.7.1. AÇOS ........................................................................................................................10
1.7.2. FERROS FUNDIDOS................................................................................................10
1.8. OBTENÇÃO DOS METAIS FERROSOS ....................................................................10
1.8.1. MINÉRIO DE FERRO ...............................................................................................10
1.8.2. TRATAMENTO OU BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO ..........................................11
1.8.3. COMBUSTÍVEL ........................................................................................................11
1.8.4. FUNDENTE ...............................................................................................................12
1.8.5. ALTO FORNO...........................................................................................................12
1.8.6. PRODUTOS DO ALTO FORNO...............................................................................13
1.8.7. FERROS FUNDIDOS................................................................................................14
4. A TÊMPERA ................................................................................................... 26
5. REVENIMENTO .............................................................................................. 29
6.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................31
6.2. NORMAS A SEREM OBSERVADAS..........................................................................31
6.3. CUIDADOS NA TRAÇAGEM EM SÉRIE ....................................................................32
6.4. SIMBOLOGIA CONVENCIONAL DE TRAÇAGEM ....................................................32
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9.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................48
9.2. DESENVOLVIMENTO PARA A EXECUÇÃO DA PRIMEIRA PARTE .......................48
9.3. EXPLICAÇÃO DA SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DOS
PROBLEMAS GEOMÉTRICOS...................................................................................48
9.4. PROBLEMAS GEOMÉTRICOS...................................................................................49
9.5. DIVISÃO DA CIRCUNFERÊNCIA - PROCESSO POR CONSTANTES.....................60
9.6. DESENVOLVIMENTO..................................................................................................63
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 90
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Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links
entre os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação
continuada !
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1. Tecnologia Mecânica
1.1. Introdução
Nos dias de hoje, uma gama enorme de materiais é utilizada na Construção
Mecânica, desde os metálicos ferrosos e não ferrosos aos não-metálicos,
polímeros, plásticos e resinas. Isto nos coloca, a cada dia, diante de novos
materiais ou aplicações de propriedades às vezes surpreendentes para nossos
conhecimentos anteriores.
• Materiais metálicos
- ferrosos
- não-ferrosos
• Materiais não-metálicos
- naturais
- sintéticos
METÁLICOS NÃO-METÁLICOS
Além desta classificação geral, existem outras, como por exemplo a que
agrupa os materiais de acordo com a utilização. Nesta, tem-se:
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1.7.1. Aços
São ligas de ferro e carbono, com teores de carbono entre 0,008 e 2,11%,
contendo certos elementos residuais como enxofre, silício, fósforo e manganês,
provenientes dos processos de obtenção.
Basicamente são de dois tipos: aços carbono, definido acima, e aços ligas, em
que, além do carbono, há a presença de outros elementos químicos.
São ligas de ferro e carbono, com teores de carbono entre 2,11 e 6,67%
(comercialmente 2,5 a 4,5%), contendo, ainda, certos elementos residuais
como enxofre, silício, fósforo e manganês, provenientes dos processos de
obtenção.
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1.8.3. Combustível
1.8.4. Fundente
Os fundentes são substâncias que têm como função facilitar a eliminação das
impurezas do processo e o fazem combinando-se e tornando-as mais fluidas,
mais líquidas, de forma a sobrenadar o banho no alto forno. A escolha do
fundente depende de vários fatores, entre eles:
altura (daí o seu nome), é composto de, basicamente, dois troncos de cone
unidos pela parte mais larga, tendo no topo a goela ou tragante (boca) por
onde se processa o carregamento (por esteira ou skip). Para se proceder ao
carregamento no forno, temos um sistema chamado grande sino e pequeno
sino ou grande cone e pequeno cone, que promovem o fechamento do forno,
de forma que nunca se abrem os dois juntos. Também aí se dispõem o sistema
de captação de gases e o distribuidor, que tem como função uniformizar a
distribuição da carga do forno.
Logo abaixo vem a região formada pelo maior tronco de cone, chamada de
cuba. Nesta região, à medida que a carga desce, vai aumentando a
temperatura e sofrendo várias reações químicas, até chegar a região da junção
dos cones, chamada ventre, onde existem as ventaneiras, equipamentos que
injetam ar dentro do alto forno. Esse ar é previamente aquecido (nos
recuperadores) e sua injeção produz a queima intensa do carvão ou coque,
elevando a temperatura e provocando a fusão da carga, que desce pela região
chamada de rampa e “goteja” no cadinho, de onde, de tempos em tempos, é
vazado pelas canaletas.
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Cubilô ou Cubilot - O nome vem do francês e quer dizer cuba pequena, uma
referência à região do alto forno. Nesse equipamento, muito semelhante ao alto
forno, a carga também é feita por cima, normalmente com skip, e é composta
de fundente, gusa sólido, sucata e coque. O ar insuflado pelas ventaneiras
promove a queima do coque e as reações químicas do enxofre, silício, fósforo
e manganês, até atingir os teores desejados, quando, então, é vazado em
panelas, onde se processa a remoção da escória e a adição de elementos de
liga (e a inoculação para se produzir a nodulização nos fofos nodulares) e,
posteriormente, é vazado em moldes.
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TENSÃO DE RUPTURA
% CARBONO
(Kg/mm2)
AÇO EXTRA DOCE < 0,15% 35 / 45
AÇO DOCE 0,15 - 0,30% 45 / 55
AÇO MEIO DOCE 0,30 - 0,40% 55 / 65
AÇO MEIO DURO 0,40 - 0,60% 65 / 75
AÇO DURO 0,60 - 0,70% 75 / 100
AÇO EXTRA DURO 0,70 - 1,20% 75 / 100
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pertence o aço e os dois ou três últimos algarismos, divididos por 100, indicam
o teor médio de carbono no aço.
 Exemplo:
Indicam o grupo a que pertence o aço
S.A.E. XX XX
Esses dois algarismos divididos por 100, dão-nos a percentagem de carbono no aço
 Exemplos:
ABNT D 5116 = D.I.N. 16 Mn Cr 5
ABNT 1040 = aço carbono (classe 10XX), com 0,40% C médio
ABNT 4340 = aço níquel-cromo-molibidênio (classe 43XX), com 0,40%C médio
ABNT 50100 = aço cromo (classe 50XX), com 1,00% C médio
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ABNT 8645 = aço cromo (classe 86XX), com adição de boro e 0,45% C médio
Aços Carbono
10XX - Aços carbono com 1,00% Mn máximo
11XX - Aços ressulfaturados
12XX - Aços ressulfaturados e refosforados
14XX - Aços ao nióbio
10XX - Aços ao carbono com Mn de 1,00 a 1,65%
Aços Manganês
13XX - Aços com 1,75% Mn
Aços Níquel
23XX - Aços com 3,50% Ni
25XX - Aços com 5,00% Ni
Aços Cromo
50XX - Aços COM 0,27 / 0,40 / 0,50 / 0,65% Cr
51XX - Aços com 0,80 / 0,87 / 0,92 / 0,95 / 1,0 / 1,05 / 1,15 / 1,25% Cr
50XXX - Aços com 0,50% Cr
51XXX - Aços com 1,02% Cr
52XXX - Aços com 1,45% Cr
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Aços de baixa qualidade - São tipos de aço de baixa pureza, sem ligas e que
não podem ser tratados termicamente. São designados através das letras St
(aço) e da resistência mínima à ruptura.
aço
St 37
k - Aço fino com teor de enxofre mais fósforo, menor do que 0,01%
f - Aço para têmpera a chama e por indução
q - Aço para comentação e beneficiamento, adequado para deformação a frio
C 10 CK 20 Cq 45
0,1% teor de carbono 0,2% teor de carbono 0,45%C
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0,48% C
6
= 1,5% Cr
4
48 Cr Mo V 67
7
= 0,7% Mo
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baixo teor de V
Para designar o teor dos elementos de liga, os números da norma devem ser
divididos pelos fatores correspondentes ao elemento químico. Os fatores são
apresentados na tabela a seguir.
São aços com um teor de liga acima de 5%. Para designá-los, coloca-se um X
em frente do teor de carbono. Todos os elementos, exceto o carbono, têm o
fator 1, ou seja, os números apresentam o valor de teor real.
S6-5-2-5
Coloca-se S (aço rápido) no início e os teores das ligas. O teor de carbono só
pode ser determinado através da especificação do produtor.
2,1% C 18% Cr
X 5 Cr 18
X 210 Ni Mo 13
Cr 12
13% Ni
12% Cr baixo teor de Mo
S 6 - 5 - 2 - 5 S 12 - 1 - 4 - 5
5% Co 5% Co
2% V 4% V
5% Mo 1% Mo
6% W 12% W
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1. Aquecimento
2. Manutenção numa temperatura determinada
3. Resfriamento
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3.4.1. Têmpera
3.4.2. Revenimento
3.4.3. Recozimento
3.4.4. Cementação
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3.4.5. Nitretação
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4. A Têmpera
4.1. Passos da operação
1º) Aquecimento lento e uniforme até que o aço adquira por completo a
temperatura de têmpera (aproximadamente 50º acima do ponto de
transformação). De um modo geral, como exemplo, a temperatura de têmpera
pode atingir aproximadamente os valores a seguir:
Esse método de avaliação pelas cores, ainda que muito usado, conduz a erros
até 150°C, aproximadamente, pois depende de apreciações pessoais pouco
rigorosas. Não é aconselhável em têmperas de responsabilidade, dos quais
devam resultar propriedades muito especiais do aço.
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Figura 7 – Aquecimento no
Figura 5 – Aquecimento na Forja Forno Elétrico
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5. Revenimento
O revenimento do aço tem a importante finalidade de anular praticamente a
fragilidade que resulta da têmpera do metal, à custa de pequena diminuição da
dureza. Assim, pois, o revenimento é um tratamento térmico que só se aplica
ao aço temperado.
Se uma barra temperada for bem polida e depois submetida ao calor, nota-se
que adquire sucessivamente diversas cores, à medida que aumenta a
temperatura. São as chamadas cores do revenimento. Resultam das diferentes
camadas de óxido que se vão formando em virtude do aquecimento. As cores
do revenimento são úteis para indicar as temperaturas aproximadas, à simples
vista, quando o operário ou o técnico adquire bastante prática. Eis a tabela das
cores:
5.5. Resfriamento
Alcançada a temperatura adequada, faz-se cessar a exposição ao calor e, em
geral, se deixa a peça resfriar naturalmente ao ar. É este um meio de
resfriamento lento, que evita a criação de tensões internas.
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6. Cuidados na Traçagem
6.1. Introdução
Nas operações de traçagem, é necessário agir com os devidos cuidados para
se obter a maior eficácia das ferramentas de traçagem, evitar o desgaste do
material e deixar consignadas para eventuais sucessores no trabalho,
indicações que possibilitem evitar erros no prosseguimento de traçagem.
Exemplos de burilagem
(A) Pontos pra burilagem ao longo de uma reta.
(B) Burilagem do centro de um furo, ∅ 5mm
(C) Burilagem do centro de um rufo, 5 ∅ 10mm
(D) Burilagem de um furo ∅ 10mm (fig. 2)
Figura 11 –Exemplos de
Burilagem
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= Furo
= Esquema
= Corte de chapas
= Corte de perfil
OBS: Estes símbolos são marcados diretamente nas peças com tintas apropriadas.
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8. Noções de Geometria
8.1. Linha
8.1.1. Linhas - É o limite de uma superfície; é formada de infinitos pontos e só
tem uma dimensão: o comprimento.
8.1.3. Ponto - Apesar de o ponto não ter definição nem dimensão, podemos
dizer que é o limite de uma linha. Também é chamado de ponto o centro de
uma circunferência.
Centro da
ponto circunferência
• • •
(ponto)
ponto
8.1.4. Linha reta - É a menor distância entre dois pontos; não possui ângulos
nem raios e possui a mesma direção.
8.1.6. Linha curva - É a linha que não é reta em nenhuma de suas partes e
cada ponto dessa linha tem uma direção.
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8.1.7. Linha mista - É a linha que possui partes curvas e partes retas
formando ângulos.
8.1.8. Linha horizontal - É a linha que está situada no mesmo plano das
águas, quando estas estão em repouso.
LINHA HORIZONTAL
ÁGUAS EM REPOUSO
8.1.10. Linha inclinada - É a linha que forma ângulos diferentes de 90° com
uma horizontal.
β > 90°
α < 90°
LINHA INCLINADA
β LINHA HORIZONTAL
α α β
8.1.11. Linhas paralelas - São linhas cujos pontos permanecem com uma
mesma abertura, na sua trajetória.
8.1.12. Linhas oblíquas - São linhas que interceptam outra linha, formando
ângulos diferentes de 90°.
β β > 90°
β
α α < 90°
α
β α
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A B
Reta R
Segmento de reta
“AB ou “BA”
A C H K
E J
G
8.2. Ângulos
8.2.1. Ângulo - É o espaço compreendido por dois segmentos de reta que têm
origem comum. Os dois segmentos que formam o ângulo são chamados lados
do ângulo, e a origem com de vértice.
A - Vértice
ONDE AB e BC são os lados
α - Abertura do ângulo
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AB = CD = CORDAS
CD AB
Centro da circunferência • é o vértice
dos ângulos
γ = α = β = Ө = 90°
α = ângulo central
α é o complemento de β
β é o complemento de α
α + β = 90°
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α é o suplemento de β
β é o suplemento de α
α + β = 180°
8.2.10. Ângulos replementares - Dois ângulos são replementares quando a
soma de seus ângulos for 360°.
α é o replemento de β
β é o replemento de α
α + β = 360°
A = vértice
AB e AC são os lados
AD = bissetriz
α=β
AB = mediatriz
CD = segmento de reta
C) = DO = partes do segmento
8.3. Polígonos
8.3.1. Polígono - É uma figura plana formada por uma linha poligonal fechada
e pode ser regular ou irregular.
Polígono de 8 lados
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Polígono regular
6 lados iguais
6 ângulos iguais
Polígono irregular
5 lados diferentes
5 ângulos diferentes
8.4. Triângulos
8.4.1. Triângulo eqüilátero - É um polígono regular de três lados e três
ângulos iguais.
8.4.2. Triângulo isósceles - É um polígono irregular que tem dois lados e dois
ângulos iguais e um lado e um ângulo diferente.
8.4.3. Triângulo escaleno - É um polígono irregular que tem três lados e três
ângulos desiguais.
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8.4.4. Triângulo retângulo - É um polígono irregular que tem três lados e três
ângulos desiguais. Um dos ângulos é reto, ou seja, de 90°. Pode haver um
caso especial em que os ângulos agudos sejam iguais a 45°, fazendo com que
os catetos também sejam iguais.
O lado maior oposto ao ângulo é chamado de hipotenusa e os outros dois
lados, chamados de cateto maior e cateto menor.
ABC = RETÂNGULO
^ = hipotenusa
Lado “a” oposto ao “ A”
^ = cateto menor
Lado “b” oposto ao “ B”
^ = cateto maior
Lado “c” oposto ao “ C”
“ A = 90°” B + C = 90°
A + B + C = 180°
8.5. Quadriláteros
A B
A B
A B A B A B
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A B
A B
1 2
Polígono regular Polígono irregular
5 3
5 3
4
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1 2
8 3
Polígono regular Polígono irregular
7 4
6 5
8.7. Círculo
D = Diâmetro do círculo
D r = Raio do círculo
r
Circunferência
d
D
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. ......................
................................
...............
. .. . .. r = Raio menor (interno)
R = Raio maior (externo)
α
r R D d = Diâmetro menor (interno)
D = Diâmetro maior (externo)
α = Ângulo do setor
d
8.7.5. Circunferência - É a linha curva, plana, fechada, que tem todos os seus
pontos eqüidistantes a um ponto interior fixo, chamado centro.
r r
Centro da circunferência
r r
r r Circunferência
Considerando:
R
r
R = 20
r = 16 d<R-r
d
d < 20
d<4
8.7.8. Circunferências Exteriores - São aquelas na qual a distância entre
seus centros é maior que a soma de seus raios.
Considerando:
R
r
R = 20
r = 16 d>R+r
d < 20 + 16
d < 36
d
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Considerando:
R r R = 20
r = 16 d<R+r>R-r
d<R+r>R-r
d > 36 d = 5 a 35
d
Considerando:
R
r R = 20
r = 16
d=R+r> d=R+r
d = 20 + 16
d = 36
d
TANGENTE
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4 - Flecha: É o segmento de reta que liga o ponto médio da corda perpendicular à mesma até
o arco compreendido pela corda.
FLECHA - FE
RAIO – R
6 - Diâmetro: É a reta que, passando pelo centro, liga dois pontos na circunferência.
OBS: O diâmetro é a maior corda da circunferência.
. .
DIÂMETRO – D
A D
A B
A D
F E
F B
A C A B
E C
D C D
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9.1. Introdução
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Exemplo nº 0 - Levantar uma perpendicular que passe pelo ponto “C” na reta
“AB”.
2ª fase: Abrir o compasso com a abertura “r” qualquer, colocar a ponta seca
em “C” e determinar o ponto “D” e “E”.
3ª fase: Com a ponta seca em “D” e abertura “R” maior que “DC”, traçar um
arco de circunferência acima ou abaixo de “C” (neste caso acima).
Com a mesma abertura “R”, colocar ponta seca em “E”, traçando um
arco de circunferência que cruze o outro já traçado, determinado assim
o ponto “F”.
Produto: Ligar os pontos “C” e “F” com uma reta (perpendicular ao segmento
“AB”).
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6. Traçar uma paralela à reta “AB”, que passe pelo ponto “P”.
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10. Num ângulo reto “ABC”, traçar ângulos de 15º, 30º, 60º e 75º.
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27. Desenvolver um arco de circunferência “AC” maior que 90°, maior que 180°.
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36. Concordar uma semicircunferência com duas retas paralelas “AB” e “CD”.
37. Concordar uma semicircunferência de raio “R” dado com duas retas
perpendiculares entre si.
38. Concordar um arco de circunferência de raio “R” dado com duas retas que
se encontram, formando um ângulo agudo “ABC” (< 90°).
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39. Concordar um arco de circunferência de raio “R” dado com duas retas que se
encontram, formando um ângulo obtuso “ABC” (> 90°).
40. Traçar um arco de circunferência que partindo de um ponto “P” sobre uma
reta, concorde com uma reta “CD” dada.
41. Concordar um arco de circunferência de raio dado “R” com uma reta “AB”
dada, partindo do ponto “P” dado sobre a reta “AB”.
42. Concordar um arco de circunferência de raio “R” dado, com uma reta “AB”
dada, e que passe por um ponto “P” dado fora da reta.
43. Concordar um arco de circunferência com uma reta “AB” dada, partindo de
um ponto “P” sobre a reta e que passe por um ponto “C”.
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44. Concordar um arco de circunferência de raio “R” dado, com uma reta “AB” e
uma circunferência dadas (Concordância externa).
45. Concordar um arco de circunferência de raio “r” dado com uma reta “AB” e
um arco de circunferência “R” dados (concordância interna).
46. Traçar um arco de circunferência de raio “R1” dado, concordando com duas
circunferências de raios “R” e “r” conhecidos (1º caso - externa).
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50. Traçar uma curva reversa de raios iguais, concordado duas retas “AB” e
”CD” paralelas dadas.
51. Construir uma falsa ELIPSE, dados dois eixos “AB” “CD”.
52. Construir uma ELIPSE verdadeira, conhecendo os dois eixos “AB” e “CD”.
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55. Construir uma OVAL IRREGULAR sendo dado o eixo menor “AB”.
A=? A=DxC
C = 0,433 (consultar tabela) A = 25 x 0,433
D = 25mm A = 10,82mm
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A
Multiplicam-se as distâncias entre faces (A) pelas cons-
tantes correspondentes.
Fig19
A = 26
D D D
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30°
C
A B
120° 90°
F
D E
I
L
M
K + J
G H N
O P Q R
Questionário
A ____________________________ J ____________________________
B ____________________________ K ____________________________
C ____________________________ L ____________________________
D ____________________________ M ____________________________
E ____________________________ N ____________________________
F ____________________________ O ____________________________
G ____________________________ P ____________________________
H ____________________________ Q ____________________________
I ____________________________ R ____________________________
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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9.6. Desenvolvimento
Desenhar,no seu caderno de desenho, na escala natural a vista de frente dos
desenhos nº 01 a 06.
OBS: 1. Para uma distribuição mais rápida, usar os valores “X/Y” para locar o
ponto “A”.
sendo: Y - A distância da margem inferior ao ponto “A”
X - A distância da margem esquerda ao ponto “A”;
2. Iniciar o desenho pelo ponto “A”;
3. Usar apenas régua e compasso;
4. Deixar todas as construções geométricas e reforçar apenas o que
interessar;
5. Não é necessário cotar;
6. Se necessário, consultar os problemas geométricos correspondentes.
92 30 25
01 30 02
40 x 45°
5 Furos ∅ 21
41
120
132
41
26
50
41
44
35
X = 45 O O
190 A X = 30 197 A
Y = 45 Y = 40
03 04
45° 15°
75° 75°
3x20=60 64 3x20=60
=
120
25
90
25
=
75
8 Furos ∅ 13 30°
57
45° A
6 Furos ∅ 14
30
60°
O o
X = 30 210 A X = 135 220
Y = 40 Y = 45
05 06 30
•
20 37 30
15°
6 Furos ∅ 18 equidist
40
25
o 0
0=9
3 x3
150
A
150
30 4 Furos ∅18
95
52
177 A
X = 205
Y = 100 O
X = 45 200
Y = 25
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10. Planificação
10.1. Desenvolvimento lateral de um cilindro
Figura - 23
Figura - 25
Figura - 24
DM DM x 3,142
Observação:
- Está pronta a vista de frente.
- A medida LD poderá ser calculada
trigonometricamente, sendo a medida AD =
BC + LD.
Figura – 27
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 29
Figura - 28
Figura - 30
Figura - 31
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 33
Figura – 33
Figura - 34
Figura – 34
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Figura - 36
Figura - 35
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 37
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 38
Figura - 39
70
CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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FOMULÁRIO:
Corda = seno α G2
2
D = Diâmetro maior
d = Diâmetro menor
B = Base maior = D - d .
2
b = Base menor = D - d .
2
H = Altura do vértice
H= hxB.
b
2 2
G = Geratriz = B + H
α = O ângulo do arco do
desenvolvimento do cone.
α = B2.π : G2 - π )
360
ou
α = D . 180 .
Figura - 41 G
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 42
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 45
Figura - 44
Figura - 43 Figura - 46
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 47
2. A medida H será a altura e a K será
executada após o término da planificação
da peça (usar medidas internas).
H
4 Z 3
D W C
X Y E
5
X-Y
Z-W
E •
5
Figura - 49
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Figura - 54
Figura - 53
Figura - 52
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Figura - 55
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 57
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Figura - 58
Figura - 59
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Figura - 61
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Figura - 62
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Figura - 63
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Figura - 64
Figura - 66
Figura - 65
Figura - 67
Figura - 66
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 68
Figura 69
4. Dividimos o ∅ D1 em 12 partes iguais obtendo os pontos de 1 a 12.
5. Unimos os pontos 2-12, 3-11, 4-10, 5-9 e 6-8, determinando no ∅ D1 os
pontos a, b, c, d, e.
6. Unimos os pontos 1”-1 e 7”-7, da parte cônica (peça 2), prolongando até
determinar o ponto de convergência V (vértice) na (linha de centro).
7. Ligamos V aos pontos a, b, c, d, e, prolongando.
8. Prolongando a base da peça 1, projetamos o ponto V, obtendo o ponto X.
9. Centro em O’, traçamos uma visita auxiliar.
10. Dos pontos a, b, c, d, e, marcados no ∅ D1, baixamos perpendiculares na
linha X, obtendo 1, a, b, c, d, e, 7.
11. Transportamos as distâncias (∅ D1) a-2, b-3, c-4, d-5, e-6, para a linha X,
obtendo os pontos 2,3,4,5,6, nas perpendiculares baixadas.
12. Unimos o ponto X aos pontos 1,2,3,4,5,6,7, obtendo na vista auxiliar os
pontos 1’,2’,3’,4’,5’,6’,7’.
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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L
C
Figura - 69
Figura 70
13. Dos pontos 2’,3’,4’,5’,6’, marcados na vista auxiliar, levantar os
perpendiculares que determinam com os prolongamentos do ponto V, os
pontos 2”,3”,4”,5”6”.
Atenção: para cada ponto prolongado, existe um respectivo com o mesmo L
C
número.
14. Ligando-se os pontos 1”,2”,3”,4”5”,6”,7”, teremos a interseção das duas peças.
Observação: conforme o ângulo α da peça 2, a posição do ponto 6” poderá
dar abaixo do ponto 7”. Observar os ∅ também.
15. Dos pontos 1”,2”,3”,4”,5”,6”, traçamos perpendiculares em relação a . (linha
do centro) da peça 2, pegando toda a parte cônica.
16. Centro em V, raios V-1, V-2, V-3, V-4, V-5, V-6, V-7 (marcados na parte cônica
da peça 2), traçamos arcos.
17. Marcamos no arco V-7’, a partir de um ponto qualquer, o perímetro do ∅ D1
(médio) da parte cônica (menor). Dividimos esse perímetro (neste caso) em 12
partes iguais (pontos: 1,2,3,4,5,6,7).
18. Ligamos o ponto V aos pontos da divisão do perímetro, que determina com os
arcos, os pontos 1”,2”,3”,4”,5”,6”,7”.
19. Ligando os pontos (curva francesa), obtemos a planificação da peça 2.
20. Para traçarmos o furo na peça 1, traçamos perpendiculares em relação à linha
de centro da mesma, nos pontos 1”,2”,3”,4”,5”,6”,7”.
21. Os pontos são marcados da seguinte maneira: 1’ e 7’ são projetados
diretamente. Os demais, 2’,3’,4’,5’,6’, são transportados da vista auxiliar.
22. Ligamos os pontos e obtemos o furo (curva francesa).
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Figura - 70
Figura 71
23. Para planificar a peça 1, marcamos o cálculo do perímetro ∅Dmédio vezes π,
bem como a altura H.
24. Por uma (linha de centro), transportamos o furo obtido no traçado anterior.
Figura - 71
Figura – 71
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Dados
U = 60
X = 40
Y = 30
∅ = 60
T=8
U = 155
Figura - 73
Figura - 72
Figura - 75
Figura - 77
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CALDEIRARIA / Traçagem e Planificação de Chapas
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Bibliografia
ARAUJO, Etevaldo S., Curso Técnico de Caldeiraria 1a ed., São Paulo:
Hemus, 1976.
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