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PROJETOS
MECÂNICOS
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INDICE
5. Parafusos ............................................................................................pg. 49
5.1 Parafusos de Movimento
5.2 Parafusos de fixação
1. TRANSMISSÃO MECANICA
Seja qual for o tipo de variador, sua função está ligada a eixos.
A transmissão de força e movimento pode ser pela forma e por atrito. A transmissão
pela forma é assim chamada porque a forma dos elementos transmissores é adequada para
encaixamento desses elementos entre si. Essa maneira de transmissão é a mais usada,
principalmente com os elementos chavetados, eixos-árvore entalhados e eixos-árvore
estriados.
A transmissão por atrito possibilita uma boa centralização das peças ligadas aos eixos.
Entretanto, não possibilita transmissão de grandes esforços quanto os transmitidos pela forma.
Os principais elementos de transmissão por atrito são elementos anelares e arruelas
estreladas.
Assim como o homem, as máquinas contam com sua coluna vertebral. Como um dos
principais elementos de sua estrutura física: eixos e árvores, que podem ter perfis lisos ou
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compostos, em que são montadas as engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manípulos etc.
Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os materiais metálicos
apresentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais. Por isso, são mais
adequados para a fabricação de elementos de transmissão:
- eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço ao carbono;
- eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel;
- eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço
cromo-níquel;
- eixo para vagões são fabricados em aço-manganês.
Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser fabricados em
cobre, alumínio ou latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos
eixos e árvores. Quanto ao tipo, os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, maciços,
vazados, flexíveis, cônicos, cujas características estão descritas a seguir.
A maioria dos eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com degraus ou
apoios para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada para
evitar rebarbas. As arestas são arredondadas para aliviar a concentração de esforços.
O eixo abaixo e chamado de eixo roscado. Esse tipo de eixo é composto de rebaixos
e furos roscados, o que permite sua utilização como elemento de transmissão e também como
eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para retificação interna e de ferramentas para
transmitir grande força.
O eixo abaixo e chamado de eixo arvore ranhurado. Esse tipo de eixo apresenta uma
série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com
os sulcos correspondentes de peças que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são
utilizados para transmitir grande força.
Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa
concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são utilizados para evitar
rotação relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de máquinas, etc.
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O alinhamento com régua, calibrador de folga e paquímetro são menos preciso e deve
ser executados em equipamentos de pouca responsabilidade, equipamentos de baixa rotação ou
em casos que exijam urgência de manutenção.
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Devemos lembrar que, para os acoplamentos diretos e os diretos flexíveis, não existe a
possibilidade de relações de velocidades entre motor e maquina.
As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela rotação do eixo do motor e pelas
correias. Para aumentar o ângulo de abraçamento é recomendado colocar o ramal t na parte
superior. A relação de transmissão máxima recomendada para correias trapezoidais é de 1:6, isto
é, 1 para polia motora e 6 para a polia movida.
Uma polia é constituída de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face é
ligada a um cubo de roda mediante disco ou braços. Os acionamentos por correias se classificam
pela secção transversal, pela construção e material de fabricação. O item mais importante que
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A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfície abaulada guia
melhor as correias. As polias apresentam braços a partir de 200 mm de diâmetro. Abaixo desse
valor, a coroa é ligada ao cubo por meio de discos. As correias planas devem ser evitadas por
ser o tipo de transmissão que caixa maior força radial sob os rolamentos, devido a necessidade
de estar perfeitamente tencionada para não ocorrer deslizamentos.
Essas dimensões são obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo
que pode explicar como consultar tabela. Imaginemos que se vai executar um projeto de
fabricação de polia, cujo diâmetro é de 250 mm, perfil padrão da correia C e ângulo do canal de
34º. Como determinar as demais dimensões da polia? Com os dados conhecidos, consultamos a
tabela e vamos encontrar essas dimensões:
Além das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabos de
aço, para correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e para correias
dentadas. Algumas vezes, as palavras roda e polia são utilizadas como sinônimos.
Os materiais que se empregam para a construção das polias são ferro fundido (o mais
utilizado), aços, ligas leves e materiais sintéticos. A superfície da polia não deve apresentar
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Outra correia utilizada é a correia dentada, para casos em que não se pode ter nenhum
deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel.
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Os materiais empregados para fabricação das correias são couro; materiais fibrosos e
sintéticos (à base de algodão, pêlo de camelo, viscose, perlon e náilon) e material combinado
(couro e sintéticos).
Na transmissão por polias e correias, a polia que transmite movimento e força é
chamada polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e força é a polia movida ou
conduzida. A maneira como a correia é colocada determina o sentido de rotação das polias.
Assim, temos:
- sentido direto de rotação - a correia fica reta e as polias têm o mesmo sentido de
rotação;
- sentido de rotação inverso - a correia fica cruzada e o sentido de rotação das polias
inverte-se;
Para ajustar as correias nas polias, mantendo tensão correta, utiliza-se o esticador de
correia.
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A velocidade tangencial (V) é a mesma para as duas polias, e é calculada pela fórmula:
V=π.D.n
n1 * D1 = n2*D2
Importante: na transmissão por correia plana, a relação de transmissão (i) não deve
ser maior do que 6 (seis), e na transmissão por correia trapezoidal esse valor não deve ser maior
do que 10 (dez).
Exemplo 2: Calcular o diâmetro da polia B2 para que sua RPM seja igual a 1.400
RPM. Dados: B1 = 300 mm e n1 = 2800 rpm.
n2 = 1400 rpm
i = n1/n2 = 1400 / 2800 = 0,5
i = 0,5 = B2/B1 = B2/300
B2 = 0,5 * 300 = 150 mm
Portanto B2 = 150 mm
c) Comprimento da correia:
L = 2 * C + 1,57 (D + d) + [(D-d)2 / 4 * C]
L = 2 * 1000 + 1,57 (364 + 270) + [(364 - 270)2 / 4 * 1000]
L = 2997,59 mm
(tabela 5V: 3175 mm): 5V 1250
d) Potencia da Correia:
Ppc = (Pb + Pa) * Fcc * Fcac
(tabela 5V: rotação Max 1750 rpm / d = 270 mm) Pb = 30,5 cv e Pa = 1,57 cv
(tabela 5V): Fcc = 1,0
(tabela 5V): (D-d)/C = (364 – 270) / 1000 = 0,09, portanto Fcac = 1,0
Ppc = (30,5+1,57) * 1,0 * 1,0
Portanto Ppc = 32,07 cv
e) Numero de correias:
Nc = Pp / Ppc = 180 / 32,07 = 5,6 correias
Portanto:
6 correias 5V 1250
Bomba centrifuga: Polia com diâmetro de 364 mm com 6 canais 5V
Motor elétrico: Polia com diâmetro de 270 mm com 6 canais 5V
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Enquanto que nas correias o ramal mais tenso é colocado na parte inferior da
transmissão, para aumentar o ângulo de abraçamento, na transmissão por correntes o ramal mais
tenso é colocado em cima. Assim, a parte superior da transmissão ficará retilínea e a parte
inferior da transmissão ficará com barriga.
Quando temos um desalinhamento na transmissão por correntes, pode-se observar um
aquecimento da corrente e um ruído acima do normal.
Os Tipos de corrente (corrente tipo galle) podem ser correntes de rolo simples,
duplas e triplas. Fabricadas em aço temperado, as correntes de rolo são constituídas de pinos,
talas externa e interna, bucha remachada na tala interna. Os rolos ficam sobre as buchas. O
fechamento das correntes de rolo pode ser feito por cupilhas ou travas elásticas, conforme o
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As Correntes de bucha (corrente tipo zobel) não têm rolo. Por isso, os pinos e as
buchas são feitos com diâmetros maiores, o que confere mais resistência a esse tipo de corrente
do que à corrente de rolo. Entretanto, a corrente de bucha se desgasta mais rapidamente e
provoca mais ruído. Velocidade máxima de 3,5 m/s.
Existem vários tipos de distribuição de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os
principais tipos de distribuição que vamos estudar são: normal, seale, filler e warrington.
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Distribuição filler: As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como
Enchimento dos vãos dos fios grossos.
Distribuição warrington: Os fios das pernas têm diâmetros diferentes numa mesma
camada.
Tipos de alma de cabos de aço: As almas de cabos de aço podem ser feitas de vários
materiais, de acordo com a aplicação desejada. Existem, portanto, diversos tipos de alma.
Veremos os mais comuns: alma de fibra, de algodão, de asbesto, de aço.
Alma de fibra: É o tipo mais utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem
ser naturais (AF) ou artificiais (AFA).
As fibras naturais utilizadas normalmente são o sisal ou o rami. Já a fibra artificial mais
usada é o polipropileno (plástico). Vantagens das fibras artificiais:
- não se deterioram em contato com agentes agressivos;
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Torção lang ou em paralelo: Os fios de cada perna são torcidos no mesmo sentido
das pernas que ficam ao redor da alma. As torções podem ser à esquerda ou à direita. Esse tipo
de torção aumenta a resistência ao atrito (abrasão) e dá mais flexibilidade.
São os tipos mais usuais de transmissão de, tanto para eixos paralelos como para
eixos reversos de correntes. São muitos empregados devido a possibilidade de transmissões de
forças sem escorregamento, possuem relação de transmissão constante e independente do
carregamento. Distinguem-se pela segurança de funcionamento, pela vida útil, apresentam
resistência a sobrecargas, podem ser fabricados em dimensões reduzidas e em geral possuem
alto rendimento.
As transmissões de forças podem ser:
- Eixos paralelos: engrenagens cilíndricas de dentes retos (ECDR), engrenagens
cilíndricas de dentes helicoidais (ECDH) e engrenagens cilíndricas duplas de dentes
helicoidais (ECDDH);
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ECDR:
Relação de transmissão: até 10:1
Potências: até 10.000 KW
Velocidades tangenciais: até 100 m/s
Rendimento: 95 a 97%
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São modificações das engrenagens retas, tendo seus dentes em ângulos com o eixo.
Esta configuração permite que um maior número de dentes esteja simultaneamente em contato, o
que aumenta a capacidade de carga das engrenagens e torna o funcionamento mais silencioso.
As ECDH são principalmente usadas para transmissão de alta velocidade entre eixos paralelos.
Possuem um custo maior que as ECDR e geram cargas axiais que devem ser
absorvidas pelos mancais. São muito utilizadas em redutores de velocidade.
ECDH:
Relação de transmissão: até 8:1
Potências: até 18.000 KW
Velocidades tangenciais: até 150 m/s
Rendimento: 96 a 98%
São também conhecidas como espinha de peixe, devido a seu aspecto. É fabricada em
hélices opostas para balancear o esforço axial produzido pelas engrenagens helicoidais (ECDH).
Embora caras, as ECDDH tem grande capacidade de carga (maior torque), trabalham em altas
velocidades, possibilitando um trabalho suave e silencioso. Este tipo de engrenagem pode ser
fabricada com espaçamento entre os dentes opostos.
ECDDH:
Relação de transmissão: até 8:1
Potências: até 23.000 KW
Velocidades tangenciais: até 200 m/s
Rendimento: 98 a 99%
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São utilizadas para transmissão de movimento entre eixos cujas linhas de centro se
cruzam. As EC são cortadas numa superfície angular tal como a de um tronco de cone.
Apresentam desvantagens para altas velocidades, pois somente um dente possui contato, como
no caso das ECDR. Possui ruído e funcionamento sem suavidade.
EC:
Relação de transmissão: até 6:1
Potências: até 1.000 KW
Velocidades tangenciais: até 50 m/s
Rendimento: 96 a 98%
São engrenagens que tem dentes curvos em ângulos com as linhas radiais. Essa
configuração resulta em um engrenamento gradual, com mais de um dente em contato. Assim,
as ECE podem suportar maiores cargas, funcionamento suave e silencioso e velocidades mais
altas. Porém o custo é maior que as EC.
ECE:
Relação de transmissão: até 6:1
Potências: até 3.700 KW
Velocidades tangenciais: até 150 m/s
Rendimento: 97 a 99%
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Para montagem do sistema de transmissão, deve fazer contato pinhão coroa, fazer
amaciamento de 40 horas de trabalho e trocar o óleo. Após 250 horas de trabalho, trocar
novamente o óleo.
ERCSF:
Relação de transmissão: até 100:1
Potências: até 750 KW
Velocidades tangenciais: até 70 m/s
Rendimento: 45 a 90%
Parafuso com rosca sem-fim: Esse parafuso pode ter uma ou mais entradas. Veja,
por exemplo, a ilustração de um parafuso com rosca sem-fim com 4 entradas.
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Zc = 80 dentes
Nc = (3200 x 4) / 80
Nc = 160 rpm
ECD:
Relação de transmissão: até 20:1
Potências: até 750 KW
Velocidades tangenciais: até 75 m/s
Rendimento: 60 a 90%
São engrenagens cilíndricas com engrenamento inclinado, cujos eixos não são
paralelos, mas se cruzam com um determinado ângulo. Utilizados para pequenas relações de
transmissão e baixas potências.
ECH:
Relação de transmissão: até 5:1
Potências: até 75 KW
Velocidades tangenciais: de 25 a 50 m/s
Rendimento: até 90%
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a) Desgaste:
cilíndricas de dentes retos. Para compensar o maior arco percorrido pelo dente da engrenagem
conduzida na fase inicial do engrenamento sobre o dente da engrenagem motora, além do
rolamento há também um deslizamento do primeiro sobre o ultimo dente (ponto A até o ponto B).
No engrenamento sobre as circunferências primitivas há rolamento puro. A partir do ponto B a
situação se inverte, com o dente da motora tendo que deslizar sobre o dente da conduzida, para
compensar o maior arco a percorrer (ponto B até o ponto C). Assim, há uma inversão do sentido
das forças de atrito de deslizamento nas circunferências primitivas, sendo que os dentes motores,
os sentidos são da circunferência primitiva para fora, e nos dentes conduzidos os sentidos
convergem para ela.
b) Fadiga de Superfície:
Não existem regras simples quanto aos tamanhos e quantidades de pits. Eles
começam pequenos podendo aumentar suas dimensões e se propagarem, podem parar a
qualquer momento ou continuar até inutilizar as engrenagens.
O pitting inicial é o tipo de falha da superfície que ocorre no inicio da operação e
continua somente enquanto a sobre tensão local é reduzida pelo melhor contato após o
amaciamento. Normalmente aparece em uma fina faixa próxima ao diâmetro de rolamento, nas
proximidades do circulo primitivo, onde o deslizamento é mínimo. Este pitting não é sério desde
que não seja progressivo. Há um desgaste dos pontos elevados dos dentes das engrenagens no
processo de amaciamento. Uma vez amaciado e eliminado os pontos altos, há o aumento da área
de contato, a pressão de compressão diminui para valores normais e cessa o pitting. Observa-se
que o pitting inicial é uniforme ao longo do dente da engrenagem.
Nas durezas maiores (> 350 HB), onde o amaciamento natural se torna difícil, verifica-
se que o pitting inicial passa comumente a destrutivo. O pitting destrutivo normalmente começa
próximo ao diâmetro de rolamento, aumentando progressivamente em tamanho e número de
cavidades. A superfície restante do dente irá falhar de maneira similar e finalmente a forma do
dente estará destruída. O pitting ou cavidade constituem uma concentração de tensão que leva a
uma falha ou fadiga.
possível. A troca de óleo por outro de maior viscosidade pode retardar o agravamento do pitting.
c) Deformações Plásticas:
d) Quebra ou Ruptura:
rolamento (mancal), flexão dos eixos ou grandes peças de materiais estranhos que passam pelo
engrenamento.
Temos também as falhas associadas. Embora tais falhas sejam de modo algum
relacionadas aos lubrificantes, elas ocorrem freqüentemente e devem ser abordadas. Geralmente
decorrem de fabricação inadequada, ambiente agressivo e manuseio incorreto. Trincas oriundas
de tempera ou retificação inadequadas são freqüentemente visíveis a olho nu.
As trincas de tempera são conseqüência de tensões internas geradas pelo tratamento
térmico e podem ser a origem de pontos de quebra por fadiga. Tais trincas podem ocorrer através
do topo do dente, radiais na região dos filetes ou terem qualquer direção no fim dos dentes.
Quando são grandes, as trincas levarão a uma falha similar a quebra por sobrecarga após poucos
ciclos. Em qualquer caso a parte inicial da quebra estará descolorida por corrosão ou oxidação.
As trincas de retifica são finas trincas superficiais geradas na operação de retifica dos
dentes, gerados por técnicas incorretas de retifica ou tratamento térmico, ou ambos. Às vezes,
tais trincas não aparecem até que a superfície seja submetida a carga, o que gera a necessidade
de inspeção por líquidos penetrantes ou partículas magnéticas após a retifica. As trincas de
retifica podem ser a origem de pontos de quebra por fadiga, e as vezes a falha poderá se de
superfície, com grandes áreas de spalling.
5. PARAFUSOS
Essas roscas são utilizadas em conjuntos (fuso e porca) sempre que houver
necessidade de se obter mais impacto (balancim) ou grande esforço (prensa).
A rosca com perfil trapezoidal resiste a grandes esforços e é empregada na
construção de fusos e porcas, os quais transmitem movimento a alguns componentes de
máquinas-ferramenta como, por exemplo, torno, plaina e fresadora.
A rosca com perfil misto é muito utilizada na construção de conjuntos fuso e porca
com esferas recirculantes. Os fusos de esferas são elementos de transmissão de alta eficiência,
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Os parafusos podem ser de diversos tipos, como: cabeça sextavada, quadrada, chata,
redonda (fenda), escareada (philips), cônica, lentilha, cilíndrica e allen. Além do diâmetro e do
comprimento precisamos saber também do passo da rosca, representado na figura abaixo.
As porcas também possuem diversos tipos, como: sextavada, quadrada, com assento
cônico ou esférico, com furo de fixação, com castelo ou com entalhes radiais. Os parafusos e
porcas são feitos em uma larga gama de materiais, com muitas variedades de aço que são talvez
os mais comuns. Onde é necessário resistência ao tempo e a corrosão, o aço inoxidável, o cobre,
o titânio e o bronze são os materiais mais utilizados. Alguns tipos de plástico, tais como o nylon
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ou Teflon, podem ser aplicados para uma sustentação que requer uma força moderada e grande
resistência à corrosão ou isolação elétrica. Mesmo a porcelana e o vidro podem ser moldados as
linhas de parafusos que são usadas nas aplicações tais como isoladores elétricos.
Para aplicações críticas de elevada tensão/força, utiliza-se parafusos de aços liga, pois
possuem maior resistência mecânica. Os materiais dos parafusos e porcas, além de satisfazer as
propriedades mecânicas, devem também apresentar propriedades compatíveis ao processo de
fabricação, que pode ser a usinagem em tornos e fresas ou por conformação como forjamento ou
laminação.
6. EIXOS E MANCAIS
6.1 Eixos
Os eixos geralmente são peças que servem para apoiar peças de maquinas que
podem ser fixadas a eles ou serem moveis (giratórias ou oscilantes). Os eixos podem ser fixos
ou moveis (giratórios ou oscilantes). Os eixos não transmitem momento de torção e são
solicitados principalmente a flexão. Eixos curtos são também chamados de pinos. As partes dos
eixos onde se apóiam são chamadas ”apoios”e quando moveis (apoiados sobre mancais)
”moentes”.
Eixos- arvore são aqueles que transmitem momento de torção e portanto, podem ser
solicitados a torção ou a flexão e torção. Quanto a sua seção transversal, eixos e eixos - arvore
podem ser maciços ou ocos. Podem ser redondos (circulares), quadrados, sextavados,
ranhurados, etc.).
Os eixos podem ser fabricados em aços carbono (SAE 1030, SAE 1045), aços ao Ni e
Cr (SAE 3140, SAE 3150), aços ao Cr (SAE 5140, aços ao Ni e Mo (SAE 4640) ou aços ,Ni-Cr-
Mo (SAE 8640).e outros.
Os eixos quando em trabalho podem estar sujeitos, principalmente, as seguintes
solicitações: Flexão simples, torção simples ou flexão - torção.
Flexão simples: No dimensionamento pela flexão simples, devemos calcular a seção
do eixo para resistir a máxima tensão de flexão. Para um eixo de seção homogênea a tensão de
flexão será máxima onde for Maximo o momento fletor.
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σf = Mf / Wf
Onde :
σf ⇒ Tensão de flexão
Mf ⇒ Momento de flexão
Wf ⇒ Modulo de resistência a flexão
τt = Mt / Wt
Onde :
τt ⇒ Tensão de torção
Mt ⇒ Momento de torção
Wt ⇒ Modulo de resistência a torção
Nas equações acima, vale lembrar que o valor das tensões de flexão e torção deve ser
limitado a tensão admissível do material. Rasgos de chaveta, canais, furos, etc., introduzem
concentrações de tensão que devem ser considerados na avaliação do coeficiente de segurança.
6.2 Mancais
Os elementos de apoio aqui estudados referem-se aqueles usados em eixos. Os
elementos de apoio são: Mancais (deslizamento ou rolamento) e Guias (deslizamento ou
rolamento).
Os mancais são elementos de maquinas usados como apoio para os eixos e arvores.
A parte do eixo que e introduzida no mancal e denominada de munhão. Devido ao atrito existente
entre as superfícies de contato existe no mancal um elemento que tem como função reduzir o
atrito e também facilitar a manutenção. Este elemento pode ser Bucha ou Rolamento. Quando o
mancal possui uma bucha é denominado de mancal de deslizamento devido ao tipo de atrito que,
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7. DIMENSIONAMENTO DE REDUTORES
Os redutores variam sua construção conforme a potência motor (até 3000 hp),
rotações (1750 rpm) e relações de transmissão (1:1 até 1:1200). A transmissão pode ser utilizada
com eixos concêntricos, paralelos ou perpendiculares, tanto na horizontal como na vertical. Para
a seleção adequada do redutor, devemos antes conhecer algumas informações do sistema:
- Tipo de máquina movida;
- Tipo de máquina motora;
- Potencia efetiva requerida pela máquina movida (Pc);
- Rotação de entrada (Ne);
- Rotação de saída (Ns);
- Regime de trabalho (horas de trabalho e número de partidas e paradas por dia);
- Relação de redução (I);
- Fator de serviço (fs);
- Torque (T);
- Cargas aplicadas, principalmente cargas radiais (Cr).
Abaixo temos uma tabela com o fator de serviço (redutores), levando em consideração
o regime de trabalho e o tipo de carga do equipamento, uniforme, moderada ou forte.
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.
Para o cálculo do redutor, lembrar que a sua potência deve sempre ser maior que a do
motor de acionamento, pois se houver um esforço anormal na máquina o motor irá desarmar e
não irá comprometer a integridade física do redutor. Na tabela abaixo, temos um exemplo de
tabela de seleção para calculo dimensional e especificação de redutor.
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8. DIMENSIONAMENTO DE TRANSPORTADORES
Dados:
D = 130 kg/m3 (densidade do bagaço)
B = 60” (largura)
L = 37 metros (comprimento)
ɣ = 26 graus (inclinação)
H = 16,5 metros (altura)
Q = 230 ton/h = 230.000 kg/h (capacidade)
g) Rendimento da transmissão:
l) Tamanho do redutor:
Tabela (redução 1:20, potencia saída > 75 cv) tamanho 34
m) Dados do redutor: tamanho 34 Ps = 84,3 cv, torque de 700 kgf x m, carga radial
de saída de 3660 kgf, rendimento de 90%.
Dados:
D = 900 kg/m3 ou 0,9 ton/ m3 (densidade do açúcar seco)
E = 0,3048 metros (passo entre canecas)
X = 0,0079 m3 (volume das canecas)
N = 44 (número de canecas)
Dt = 0,65 metros (diâmetro tambores)
H = 10,0 metros (altura)
Q = 85 ton/h = 85.000 kg/h (capacidade)
V = 1,05 m/s ou 63 m/min (velocidade do elevador de canecas)
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h) Tamanho do redutor:
Tabela (redução 1:25, potencia saída > 15 cv) tamanho 17