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Edições da-ABM
1 a - 1959
2 a - 1965
3 a - 1971
4 a - 1977
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 9 7 9 (2- i m p r e s s ã o )
1981 (3-impressão)
5 a - 1982
1 9 8 4 ( 2 impressão)
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1987 ( 3 impressão)
a
6 a - 1988
1 9 9 0 ( 2 impressão)
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7 a - 1996
1998 ( 2 impressão)
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2 0 0 2 ( 3 impressão)
a
2 0 0 5 ( 4 impressão)
a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
Chiaveririi, Vicente
Aços e Ferros Fundidos : características gerais, tratamentos térmicas,
principais tipos / Vicente Chiaverini. — 7.ed.ampl e rev. — São Paulo,
Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2005.
Bibliografia.
CDD - 669.1
ASSOCA
I ÇÃO JRAS1UIM
5 h#
I m p r e s s o no B r a s i l
2005
ISBN 83-36778-48-6
HGFEDCBA
AG R AD EC IM EN TO S
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais - ABM
agradece o importante apoio cultural, oferecido pelas empresas
" zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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Estúdio Jl de Artes Gráficas S/C Ltda
Rua Camanducaia, 100 - C a m p o Belo
Tel.: (011) 530-5589/530-2953/530-7321 - São Paulo - SP
VICENTE.CHIAVERINI
E n g e n h e i r o Civil e M e t a l u r g i s t a ; S ó c i o H o n o r á r i o d a A B M ;
Professor Titular da Escola Politécnica d a
Universidade de São Paulo
OS E FERROS FUNDI!
CARACTERÍSTICAS GERAIS
TRATAMENTOS TÉRMICOS
PRINCIPAIS TIPOS
cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 7 a Edição
a m p l i a d a e revista
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE METALURGIA
ABM 1 MATERIAIS
SÃO PAULO
2005
1 3 edição e m "Geologia e Metalurgia" n a 11,1955
Edições da-ABM
1 a - 1959
2 a - 1965
3 a - 1971
4 a - 1977
1979 (2 a impressão)
1981 ( 3 a impressão)
5 a - 1982
1984 ( 2 a impressão)
1987 (3 a impressão)
6 a - 1988
1990 (2 a impressão)
1992 (3 a impressão)
7 a - 1996
1998 (2 a impressão)
2002 (3 a impressão)
2005 (4 a impressão) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
Chiaveririi, Vicente
Aços e Ferros Fundidos : características gerais, tratamentos térmicos,
principais tipos / Vicente Chiaverini. — 7.ed.ampl e rev. — São Paulo,
Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2005.
Bibliografia.
CDO-669.1
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A B M zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
1 M AT E i I A 1 5
I m p r e s s o no B r a s i l
20.05
ISBN 85-a6778-4a-6
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FUNDIDOS zyxwvu
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Aços E FERROS
ÍNDICE
PREFÁCIO DA P R I M E I R A EDIÇÃO 15
PREFÁCIO DA S É T I M A EDIÇÃO 17
INTRODUÇÃO : 19
I - D E F I N I Ç Õ E S , D I A G R A M A DE E Q U I L Í B R I O F E R R O - C A R B O N O . EFEITO DOS
ELEMENTOS D E L I G A S O B R E A S LINHAS DETRANSFORMAÇÃO 21
1. Definições 22
2. A l o t r o p i a d o ferro puro 22
3. D i a g r a m a d e equilíbrio Fe-C 23
3 . 1 . Transformações que ocorrem entre 0 e 2,11 % de carbono 26
3.2. A l g u n s aspectos do f e n ó m e n o de solidificação dos aços 30
4. Propriedades dos constituintes do aço e s u a influência sobre os característicos
m e c â n i c o s destes 32
5. Efeito d o esfriamento e do a q u e c i m e n t o sobre a posição das linhas de
transformação 35
6. Efeito d o s elementos de liga sobre o diagrama de equilíbrio Fe-C 36
II - E F E I T O D A V E L O C I D A D E DE E S F R I A M E N T O S O B R E A T R A N S F O R M A Ç Ã O DA
AUSTENITA. DIAGRAMA'TRANSFORMAÇÃO-TEMPO-TEMPERATURA" . 41
1. Efeito d a velocidade de esfriamento sobre a transformação d a austenita 42
2. T r a n s f o r m a ç ã o isotérmica. C u r v a T T T ou e m C (também c h a m a d a em S) 42
3. Constituintes resultantes da transformação d a austenita e s e u s característicos 46
4. C u r v a s T T T p a r a a ç o s h i p o e u t e t ó i d e s e h i p e r e u t e t ó i d e s 47
5. T r a n s f o r m a ç ã o em resfriamento contínuo 47
6. Efeito d a secção da peça 51
IV - T R A T A M E N T O T É R M I C O DOS A Ç O S : R E C O Z I M E N T O , N O R M A L I Z A Ç Ã O ,
T Ê M P E R A E REVENIDO; COALESCIMENTO 81
1. introdução 82
2. Fatores de influência nos tratamentos térmicos 82
2 . 1 . Aquecimento 83
2iTempodepermanênciaàtemperaturadeaquecimento 83
2.3. Resfriamento 83
2.4. A t m o s f e r a do forno 86
3. Recozimento 87
3 . 1 . Recozimento total ou pleno 87
3.2. Recozimento isotérmico o u cíclico : 91
3.3. Recozimento para alívio de tensões ou sub-critico 93
3.4. Esferoidização 93
3.5. Recozimento em caixa 96
7
Aços FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
EzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
4. Normalização - *
5. T ê m p e r a - ?j
6. Revenido —- 1 0 3
VI-TÊMPERASUPERFICIAL . 117
1. Introdução 118
2. T ê m p e r a por chama - 120
3. T ê m p e r a por indução : 122
4. T ê m p e r a p o r l a s e r 126
5. T ê m p e r a porfeixe eletrõnico 126
.6. Revenido dos aços temperados superficialmente 126
7. A ç o s recomendados na t ê m p e r a superficial 127
8. Conclusões 127
VII - T R A T A M E M T O S T E R M O - Q U Í M I C O S 129
1. Definições .'. 130
2. Cementação 130
2 . 1 . Considerações gerais s o b r e a cementação 132
2.2. Cementação a alta t e m p e r a t u r a •. 132
2.3. Reações fundamentais d a cementação 133
2.4. Processos de c e m e n t a ç ã o 134
2 . 4 . 1 . Cementação s ó l i d a o u e m caixa 134
2.4.2. Cementação a g á s 137
2.4.3. Cementação líquida 140
2.5. Cementação sob vácuo 142
2.6. Cementação a i o n p l a s m a 142
2.7. Tratamentos térmicos d a cementação 143
3. Nitretação 144
3.1. Nitretaçãoagás 144
3.2. Nitretação líquida o u e m b a n h o de sal .„ 147
3.3. Nitretação liquida sob p r e s s ã o 150
3.4. lonitretação ou plasmanitretação 150
4. Cianetação 152
5. Carbonitretação : 153
5 . 1 . Carbonitretação a p l a s m a - - 154
5 . 2 . Carbonitretação ferrítica 154
5.3. Sulfocarbonitretação g a s o s a 154
6. Boreiação 155
VIII - P R Á T I C A D O S T R A T A M E N T O S T É R M I C O S 157
1. Generalidades _ — 158
2. Equipamentos e acessórios 158
2 . 1 . Ferramentas e dispositivos manuais 158
2.2. F o m o s 158
2.3. Condições de aquecimento "rô4
2.4. Avaliação da temperatura ~ 164
2.5. Preservação d a superfície _ 165
3. A t m o s f e r a s controladas 165
3 . 1 . Potencial de carbono e s e u controle 168
4. M e i o s de resfriamento 17-1
5. Defeitos e distorções durante o tratamento térmico 172
5 . 1 . Mudanças dimensionais 172
5.2. Falhas 173
6. S e g u r a n ç a 173
7. Conclusões 174
Aços E FERROS FUNDIDOS
K - A Ç O S - C A R B O N O E A Ç O S - L I G A . C L A S S I F I C A Ç Ã O E P R O P R I E D A D E S M E C Â N I C A S .... 175
1 . S i s t e m a de classificação dos a ç o s 176
2. Inclusões não-metálicas 177
3. Propriedades_mecânicasdosaços-carbono 182
4. Importância e limitações dos a ç o s - c a r b o n o 185
5. Aços-liga; efeitos dos elementos d e liga; propriedades m e c â n i c a s 187
5 . 1 . Tendência d a distribuição d o s elementos de liga nos a ç o s recozidos 188
5.2. Efeito dos elementos d e liga s o b r e a ferrita 188
5.3. Efeito dos elementos de liga nos carbonetos 188
5.4. Efeito d o s elementos de liga n a forma de inclusões não-metálicas 189
5.5. Efeito dos elementos d e liga n a forma de compostos intermetálicos 190
5.6. Efeito dos elementos de liga n a f o r m a de partículas metálicas dispersas 190
6. Efeito d o s elementos de liga n a f o r m a ç ã o d a austenita e na s u a transformação 190
7. Efeito d o s elementos de liga n a f a i x a de temperaturas de f o r m a ç ã o da martensita 191
8. Efeito d o s elementos de liga no revenido 192
9. Recapitulação dos efeitos dos e l e m e n t o s de liga nos aços 192
10. Classificação dos aços-carbono e d o s aços-liga 200
1 0 . 1 . Classificação de acordo c o m a composição química 200
10.2. Classificação de acordo c o m a estrutura 201
10.3. Classificação de acordo c o m a aplicação 201
X - A Ç O S PARA F U N D I Ç Ã O 203
1. Introdução ; 204
2. C o n s i d e r a ç õ e s a respeito d o projeto 204
2 . 1 . F o r m a d a peça 204
2.2. E s c o l h a das espessuras d a s paredes 205
.2.3. E s p e s s u r a s de membros e nervuras 205
2.4. Prevenção de defeitos c a u s a d o s pela contração 205
2.5. Condições de vazamento e m o l d a g e m 206
3. Tipos d e aço para fundição 206
3 . 1 . Aços-carbono para fundição 207
3.2. Aços-liga para fundição 211
3.3. Aços-ligas para fundição c o m mais de um elemento de liga 213
4. T r a t a m e n t o térmico das aços p a r a fundição 214
5. Soldabilidade dos aças para fundição 215
XI - A Ç O S E S T R U T U R A I S 217
1. Introdução 218
2. A ç o s - c a r b o n o para estruturas 218
3. A ç o s d e alta resistência e baixo teor e m ligas 220
3 . 1 . Tipos de aços de alta resistência e baixo teor em ligas 223
3.2. Aplicações •' 232
4. Conclusões 233
XII - A Ç O S P A R A T R I L H O S 235
XIV - A Ç O S P A R A T U B O S 253
1. Introdução 254
2. Tipos d e tubos e de aços para t u b o s 255
XV - A Ç O S P A R A B A R R A S , A R A M E S E F i O S 261
1 . Introdução 262
2. Barras '. 262
3. Fios e a r a m e s 263
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A ç y E FERROS FU NDIDOS
vutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
4. T i p o s de arames; aços e t r a t a m e n t o s correspondentes 265
5. Aplicações
XVI - A Ç O S P A R A MOLAS
. 1 . Introdução zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
pz
2. Fabricação e composição q u í m i c a
3. M o l a s helicoidais 276
4. Molas "semi-elípticas" 2 8 8
5. Conclusões - t ^
3
6. A ç o s alternativos para m o l a s 2 8 8
XVII - A Ç O S DE USINAGEM F Á C I L 2 8 9
1 . Introdução 2 9 9
XVIII - A Ç O S PARA C E M E N T A Ç Ã O 2 9 9
1. Seleçãodoaço 3 0 0
2. A ç o s para cementação 3 9 2
2. A ç o s para nitretação 3 9 6
XX - A Ç O S P A R A MANCAIS 3 9 9
1. Introdução 3 1 9
10
A zyxwvutsrqponmlk
Aços E FERROS FU ND ID O S
XXII - A Ç O S R E S I S T E N T E S A O D E S G A S T E 373
1. Introdução 374
2. Aços-manganêsausteníticos 376
2 . 1 . Tratamento térmico dos aços Hadfield 377
2.2. A d i ç ã o de outros elementos de liga no aço Hadfield 378
2.3. Características gerais dos aços-manganês tipo Hadfield 378
XXIII - A Ç O S R E S I S T E N T E S À C O R R O S Ã O 381
1. Introdução 382
.1.1. Corrosão atmosférica 382
1.2. Corrosão no solo 382
1.3. Corrosão è m água doce 384
1.4. Corrosão e m água salgada^ 384
2. Princípios d e proteção à corrosão 386
3. Contribuição do cromo 386
4. Fatores de que depende a passividade dos aços resistentes à corrosão 388
4 . 1 . Composição química 388
4.2. Condições de oxidação 389
4.3. Suscetibilidade à corrosão localizada 389
4.4. Suscetibilidade à corrosão intergranular 389
4.5. Outros fatores 392
5. Classificação e constituição dos a ç o s inoxidáveis 394
5 . 1 . Efeito do cromo 394
5.2. Efeito do níquel 396
6. A ç o s inoxidáveis martensíticos 397
6 . 1 . Propriedades e aplicações d o s aços inoxidáveis martensíticos 401
6.2. Tratamentos térmicos dos a ç o s inoxidáveis martensíticos 401
7. A ç o s inoxidáveis terríficos 403
7 . 1 . Propriedades e aplicações d o s aços inoxidáveis ferríticos 406
7.2. Tratamentos térmicos dos a ç o s inoxidáveis ferríticos 407
8. A ç o s inoxidáveis austeníticos 409
8 . 1 . Propriedades e empregos d o s aços inoxidáveis austeníticos 409
8.2. Tratamento térmico dos aços inoxidáveis austeníticos 413
8 . 2 . 1 . Solubilização 413
8.2.2. Alívio de tensões 413
8.2.3. Estabilização 415
8.2.4. Tratamentos termo-químicos 415
9. A ç o s inoxidáveis duplex 415
10. A ç o s inoxidáveis endurecíveis p o r precipitação 417
11. A ç o s nitrônicos .'. 418
12. Peças fundidas de aço resistente à corrosão 419
13. Novos desenvolvimentos no c a m p o dos aços inoxidáveis 421
14. Usinabilidade dos aços inoxidáveis 423
15. Conclusões 423
XXIV - A Ç O S R E S I S T E N T E S AO C A L O R : 425
1. Introdução 426
1.1. R e s i s t ê n c i a à c o r r o s ã o e à o x i d a ç ã o a a l t a s t e m p e r a t u r a s 426
1.2. Resistência à fluência 428
11
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5. Conclusões 4 3 8
2. Magnetismo 4 4 2
2.3. Permeabilidade 4 4 3
2.4. Suscetibilidade 4 4 3
3 . 1 . Domínios ferromagnéticos 4 4 6
3.2. C u r v a de magnetização 4 4 8
XXVI - A Ç O S U L T R A - R E S I S T E N T E S E A Ç O S C R I O G Ê N I C O S 463
1. Introdução 4 6 4
2. A ç o s ultra-resistentes 464
2 . 1 . A ç o s "maraging" 4 6 7
2 . 1 . Seleção da matéria p r i m a 4 7 8
2.2. Compressão 4 7 9
2.3. Sinterização *. ~ 4 7 9
2.5. Acabamento — 9
4 7
XXX - F E R R O S F U N D I D O S C I N Z E N T O S 515
1. Introdução 516
2. Classificação dos ferros fundidos cinzentos 516
3. Propriedades dos ferras fundidos cinzentos 519
4 . A p l i c a ç õ e s do-ferro fundido cinzento 526
5. E l e m e n t o s d e liga nos ferros fundidos cinzentos 526
5 . 1 . Efeitos dos elementos de liga 526
5.2. F e r r o s fundidos cinzentos d e baixo teor de liga ... 528
5.3. Ferros fundidos de alto teor e m liga 530
6. T r a t a m e n t o s térmicos dos ferros fundidos cinzentos ... 534
6 . 1 . A l i v i o d e tensões o u envelhecimento artificial 534
6.2. Recozimento 537
6.3. Normalização 538
6.4. T ê m p e r a e Revenido 538
6.5. Tratamentos isotérmicos 541
6.6. Endurecimento superficial 541
BIBLIOGRAFIA 575
ÍNDICEANALÍTICO _ 583
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
Aços zyxwvutsrqponmlkjihgf
FU ND ÍD OS zyxwvu
FERROSzyxwvutsrqponmlk
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15
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A ç o s E FERROS
FUNDIDOS
16
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O
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
S ã o P a u l o , o u t u b r o de 1 9 9 5
André Musetti
PRESIDENTE DA A B M
FUNDIDOS zyxwvut
zyxwvutsrqpon
zyxwvutsrqponmlkj
A ç o s E FERROS
IN TR O D U Ç ÃO
19
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A ç o s E PERROS FUNDIDOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 . Definições-O aço é u m a liga de n a t u r e z a r e l a t i v a m e n t e c o m p l e x a e s u a definição não
é s i m p l e s , v i s t o q u e , a rigor o s a ç o s c o m e r c i a i s n ã o s ã o l i g a s b i n á r i a s : d e f a t o , a p e s a r d o s
s e u s principais elementos d e liga s e r e m o ferro e o c a r b o n o , eles c o n t ê m s e m p r e outros
e l e m e n t o s secundários, presentes devido aos processos de fabricação. Nestas condições, a
definição adotada nesta o b r a é a seguinte:
O l i m i t e inferior a 0 , 0 0 8 % c o r r e s p o n d e à m á x i m a s o l u b i l i d a d e d o c a r b o n o n o f e r r o à t e m -
p e r a t u r a ambiente e o limite superior 2 , 1 1 % c o r r e s p o n d e à m á x i m a q u a n t i d a d e de carbo-
no q u e s e dissolve no ferro e q u e ocorre a 1148°C(*).
E s s a q u a n t i d a d e m á x i m a d e 2 , 0 % (ou 2 , 1 1 % c o n f o r m e s e v e r i f i c a n o d i a g r a m a d e equilí-
brio) d e p e n d e , por outro l a d o , d a p r e s e n ç a ou n ã o n o s a ç o s de e l e m e n t o s d e liga ou d a
p r e s e n ç a dos elementos residuais e m teores superiores aos normais. Nessas condições será
n e c e s s á r i o , p a r a s e t e r u m a d e f i n i ç ã o m a i s p r e c i s a , c o n s i d e r a r dois t i p o s f u n d a m e n t a i s d e a ç o :
(') O valor de 2,11% adotado para limite de solubilidade do carbono no ferro ê de conformidade com o
diagrama de equilíbrio Fe-C da abra "Metallography, Structure and Phase Diagrams" volume 8, do Metais
Handbook.
(**) Os elétrons possuem um movimento magnético e podem ser visualizados com piões girando em tomo de
~um eixo que passa pelo seu centro. Visto que uma carga elétrica girante cria um campo eletromagnético,
os elétrons podem ser imaginados como pequenos ímãs e concebidos como piões que giram; eles podem
girar para a esquerda ou para a direita: dlz-se então que possuem "spin"positivo ou negativo.
22
DEFINIÇÕES. DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO-CARBONO
DCBA
CBA
A c a d a t r a n s f o r m a ç ã o alotrópica c o r r e s p o n d e um d e s p r e n d i m e n t o de calor latente de
fusão, c o m o aliás o c o r r e quando o f e r r o líquido solidifica. A s s i m , durante a solidificação e por
ocasião d a s transformações alotrópicas, verificam-se m u d a n ç a s de energia que causam
descontinuidade nas curvas de resfriamento e aquecimento, q u e s ã o traduzidas g r a f i c a m e n -
te q u e r c o m o u m a "parada" a u m a temperatura constante, q u e r como u m a modificação na
inclinação d a c u r v a (fig. 1). C o m o e s s a s p a r a d a s f o r a m d e t e r m i n a d a s pelo f r a n c ê s Le
C h a t e l i e r e m p r i m e i r o lugar, a t e r m i n o l o g i a o r i g i n a l c o n t i n u a s e n d o u s a d a p a r a i n d i c á - l a s . A
o c o r r ê n c i a d e u m a p a r a d a é i n d i c a d a p e l a l e t r a " A " (do f r a n c ê s " a r r ê f ) . S e a t r a n s f o r m a ç ã o
ocorrer no r e s f r i a m e n t o utiliza-se c o m o índice a letra Y ( " r e f r o i d i s s e m e n t " ) ; s e o c o r r e r d u r a n -
te o a q u e c i m e n t o , o índice é a letra "c" ("chauffage"). A rigor o s p o n t o s A c e A r n ã o c o i n c i d e m
exatamente, a n ã o s e r que as v e l o c i d a d e s de resfriamento e a q u e c i m e n t o sejam e x t r e m a -
mente o u i n f i n i t a m e n t e lentas, e n t ã o , t e r - s e - i a u m a única t e m p e r a t u r a de equilíbrio e A c e A r
c o i n c i d i r i a m c o m A e (fig. 1 ) .
TEMPO
A f i g u r a 1 i n d i c a t a m b é m a s t r a n s f o r m a ç õ e s c o r r e s p o n d e n t e s a o "ponto Curie".
É i m p o r t a n t e assinalar, d e s d e j á , q u e a f o r m a alotrópica g a m a de ferro t e m capacidade
de dissolver u m a apreciável q u a n t i d a d e d e c a r b o n o , ao p a s s o q u e o m e s m o não o c o r r e c o m
a f o r m a alotrópica alfa, que só p o d e m a n t e r e m solução q u a n t i d a d e s mínimas ou d e s p r e z í -
v e i s d e c a r b o n o , c o m o aliás s e v e r á m a i s a d i a n t e .
23
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s £ FERROS FUNDIDOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedc 0'
J zyxwvutsrqponmlkjihgfe
t 600
1 r
v^Llquido + F«o
[ 536
[ 5 ^ / , - 0 , 5 3 % C
/
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF / /
0,0 9 % /
^ Fíd N^ .
, Auai e n iiò"-^ . Líq ui lo zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
/ L í q u i d a
+•
\ F « r r o J \ / G r a f i t a
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
/
1
í \u atónita
:' - 4 , 2 6 % c __ —• zyxwvutsrqpon
\ £ - 2 . 0 8 %' " 5 4 ° — — " " " L í g u i d o * Fo.fi
^ E - Z, M % C J 14 3 C - 4 , 3 0 /oC
Cf» Ir) //
a
//
//
1 000 //
Ferríta
O Austenita + F « j C '
Austenita
9i a
2
K '/3' - o , s a % c
d)
\
0 77 % c » 7 J 7 »
O. % 0
£ i v p
x o,o2ta
i *
i Ferri ta
1 (Fa*)
C(Í Fl C
— — • E q u i l í b r i o Farra - F33C
Q
1
3,0 4,0
% Carbono
d i r e i t a d o m e s m o c o r r e s p o n d e a 6 , 7 % de c a r b o n o q u e é a c o m p o s i ç ã o do c a r b o n e t o de ferro
F e C . P o r o u t r o l a d o , n ã o s e t r a t a a rigor d e d i a g r a m a d é e q u i l í b r i o e s t á v e l . D e f a t o , s e a s s i m
3
24
DCBA
DCBA DEFINIÇÕES, DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO-CARBQNO C-^
" o
fosse, não d e v e r i a ocorrer qualquer m u d a n ç a de fase c o m o t e m p o ; verificou-se, entretanto, -
que, m e s m o e m l i g a s F e - C r e l a t i v a m e n t e p u r a s (isto é, c o m b a i x o t e o r d e e l e m e n t o s r e s i d u - C )
ais) m a n t i d a s d u r a n t e a n o s a t e m p e r a t u r a s e l e v a d a s ( d a o r d e m d e 7 0 0 ° C ) o F e C p o d e s e
3 f \
decompor e m f e r r o - e carbono, este último na forma de grafita' . Rigorosamente, pois, o 2 1 ^
d i a g r a m a d a f i g u r a 2 d e v e s e r c o n s i d e r a d o d e e q u i l í b r i o m e t a e s t á v e l ; o equilíbrio estável Fe- (~'\
grafita no d i a g r a m a d a figura 2 é r e p r e s e n t a d o pelas linhas p o n t i l h a d a s , logo a c i m a das
linhas P S K , S E e ECF. 0
- O p o n t o A c o r r e s p o n d e a o p o n t o d e f u s ã o d o f e r r o p u r o , i s t o é, 1 5 3 8 ° C e o p o n t o D,
ainda impreciso, ao ponto de fusão d o F e C . 3 C. )
- A parte s u p e r i o r d o d i a g r a m a , c o n s t i t u í d a pelas linhas A C , A D , A E e ECF, c o r r e s p o n d e , ^
kjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
às r e a ç õ e s q u e o c o r r e m na p a s s a g e m d o e s t a d o líquido a o s ó l i d o ; e x a m i n a n d o - s e a g o r a a ^ '
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
parte i n f e r i o r d o d i a g r a m a , c o n s t i t u í d a p e l a s l i n h a s G S , S E e P S K , v e r i f i c a - s e s u a s e m e l h a n - Ç \
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- 0 ponto C, na porção s u p e r i o r d o d i a g r a m a , a 1 1 4 8 ° C , i n d i c a a p r e s e n ç a d e u m liga ^.
eutética, com 4 , 3 % de carbono q u e é, p o r t a n t o , a d e m a i s baixo ponto de fusão ou ( )
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
solidificação.
- Existe correspondência visível entre os pontos C e S, este último da porção inferior do \
utsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
d i a g r a m a . P o r e s s e m o t i v o , o p o n t o S e c h a m a d o ponto eutetóide. Como se vê, S f\
corresponde a 0,77% de c a r b o n o ; as ligas c o m essa composição são chamadas ^
eutetóides. £~J'
- O ferro p u r o , c o m o se s a b e , a p r e s e n t a - s e até 9 1 2 ° C s o b a f o r m a alotrópica alfa (a) ;'
e à p a r t i r d e 9 1 2 ° C a t é 1 3 9 4 ° C n o e s t a d o a l o t r ó p i c o g a m a (y). Essas formas alotrópicas \ }
se c a r a c t e r i z a m por p o s s u í r e m reticulados cristalinos d i f e r e n t e s : o ferro a, reticulado .
cúbico de c o r p o centrado e o ferro y, reticulado cúbico de face centrada. A principal C .'
consequência d e s s e fato, de grande importância prática nos tratamentos térmicos das /- ^ .
l i g a s f e r r o - c a r b o n o , é a s e g u i n t e : o ferro gama pode manter em solução o carbono, ao ^ •
DCBA
passo que o ferro alfa não(*). A s o l u ç ã o sólida do c a r b o n o do ferro y é c h a m a d a r^>.
austenita. E s s e constituinte, p o r t a n t o , no d i a g r a m a de equilíbrio Fe-C, s o m e n t e aparece
a temperaturas elevadas. /-
- E n t r e t a n t o , a solubilidade d o c a r b o n o no ferro g a m a n ã o é ilimitada. Ela é m á x i m a a
1148°C e c o r r e s p o n d e a 2 , 1 1 % de c a r b o n o . À m e d i d a que c a i a temperatura a partir de O
1148°C, a q u a n t i d a d e de carbono s o l ú v e l no ferro g a m a t o m a - s e c a d a vez menor, até q u e a s' \
7 2 7 ° C ela é a p e n a s 0 , 7 7 % . N o d i a g r a m a d a f i g u r a 2 esse fato é indicado pela l i n h a S E C F . >-'*
Assim, n a faixa c o m p r e e n d i d a entre a linha S E C F e a linha S K estão presentes d u a s f a s e s : f\
ferro g a m a e c a r b o n o , o primeiro s o b a f o r m a de austenita e o segundo sob a f o r m a de •
c a r b o n e t o d e f e r r o ( c h a m a d o d e cementita). ( _)
- Por outro lado, o carbono afeta a temperatura de transformação alotrópica gama-
alfa no r e s f r i a m e n t o (e, p o r t a n t o , a t e m p e r a t u r a d e e x i s t ê n c i a d a a u s t e n i t a ) : o a u m e n t o /
de c a r b o n o , a partir de 0%, a b a i x a p a u l a t i n a m e n t e a t e m p e r a t u r a d e s s a t r a n s f o r m a ç ã o ^
até q u e , p a r a 0,77 de c a r b o n o , ela é d e 7 2 7 ° C . A b a i x o d e 7 2 7 ° C , nas c o n d i ç õ e s de ^ >'
esfriamento m u i t o lento' para o d i a g r a m a n o r m a l Fe-C, e m n e n h u m a hipótese, existirá r'\
ferro g a m a o u a u s t e n i t a . No d i a g r a m a d a figura 2, tal fato é i n d i c a d o pela l i n h a P S K . ^
Entre t e o r e s de carbono muito baixos e 0 , 7 7 % de c a r b o n o ( p o n t o S) n ã o s ó o c o r r e ( \
abaixamento d a temperatura de transformação alotrópica gama-alfa, como t a m b é m se
verifica a e x i s t ê n c i a s i m u l t â n e a das d u a s f a s e s - g a m a ou a u s t e n i t a e alfa. Isso significa ( J Ê
que, para os teores de carbono muito baixos até 0 , 7 7 % d e carbono, a t r a n s f o r m a ç ã o J „
gama-alfa, c o m a q u e d a de t e m p e r a t u r a , é paulatina e n ã o instantânea e s o m e n t e a
7 2 7 ° C ela s e p r o c e s s a i n s t a n t a n e a m e n t e . A linha G S m a r c a , p o r t a n t o , o início d a t r a n s -
formação d o ferro g a m a em ferro-alfa e a linha PS o s e u f i m : entre G S e PS existem O"
s i m u l t a n e a m e n t e as duas fases g a m a e alfa. • Ç^f.
(*) Na realidade, o ferro alfa pode manter em solução uma pequena quantidade de carbono (0,008% à O
temperatura ambiente), tão pequena, que pode ser desprezada ém primeira aproximação.
O
25
Aços zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROS FUNDIDOS .
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- O t e o r d e 2 , 1 1 % d e c a r b o n o , c o r r e s p o n d e n t e a o p o n t o E, é a d o t a d o c o m o separação
t e ó r i c a entre os dois principais produtos siderúrgicos:
t a r á n a f o r m a d e cristais c o m r e t i c u l a d o s c ú b i c o d e f a c e c e n t r a d a . S e f o s s e p o s s í v e l s e u e x a m e
a o m i c r o s c ó p i o , este constituinte s e mostraria p a r e c i d o c o m o ferro puro. A o atingir o ponto x 3
(") A maioria das obras da metalurgia faz distinção entre as linhas de transformação para esfriamento lento
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
a p a r a aquecimento lento porque de fato, sobretudo em tomo da "transformação eutetóide", verifica-sa
um deslocamento das linhasA eA para cima da posição média de equilíbrio no caso de aquecimen-
1 m
to, e para baixo no caso de esfriamento, como está indicado na figura 12.
26
CBA DEFINIÇÕES. DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO-CARBQNO
I too qujdo
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I 33»
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O* i 0,4 O,» 0,9 1,0 1,3 I 1,4 1,« M *•* *' S
X ( 0 , 3 % ) Y li. i- 1
% Carbono
27
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o u t r o a u s t e n i t a c o m c o m p o s i ç ã o equivalente a o p o n t o e u t e t ó i d e , isto é, 0 , 7 7 % d e c a r b o n o .
N e s s e m o m e n t o , todo o ferro g a m a passa brusca e repentinamente a aifa e a austenita
r e s t a n t e adquire a f o r m a l a m e l a r d a perlita. A s s i m , a b a i x o de 7 2 7 ° C , a t é a temperatura
a m b i e n t e , os aços hipereutetóides serão constituídos d e periita e cementita (fig. 6).
T a m b é m a q u i , a p l i c a n d o - s e a "regra da alavanca", ter-se-á a composição estrutural seguinte:
28
A
CBA DEHMÇÕES. DIAGRAMA DE EQUCLIBRIO FERRO-CARBONO
Fig. 4 -Aspecto micrográfico da perlita.Ataque c o m reativo de nital em aço eutetóide esfriado lentamente.
Ampliação: 1.000 v e z e s . Nota-se a estrutura lamelar, as linhas escuras representando a cementita e as
linhas brancas a ferrita, a qual, na realidade, é u m a fase contínua no f u n d o . C o m pequenas ampliações,
da ordem de 1 0 0 o u 200 vezes, a presença do constituinte perlita é evidenciada por uma área escura,
visto que a constituição lamelar não é visível c o m e s s e s aumentos.
nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
29
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m e n t e à d o p o n t o e u t e t ó i d e s e r á - c o n s t i t u í d o à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e e x c l u s i v a m e n t e d e perlita
(fig. 4 ) . A c o m p o s i ç ã o e s t r u t u r a l d a periita, d e t e r m i n a d a p e l a "regra da alavanca" é a seguinte:
6,67 - 0,77 .
% d e ferrita = 1 0 0 X 6,67- 0 = 8 8 l 5 / °
, q u a n t i d a d e de cristais m i s t o s _ M,!,
quantidade de m a s s a líquida ~MjS|~
30 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
A
CBA DEFINIÇÕES. DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO-CARBQNO
N e s s e p o n t o i n t e r v é m u m f e n ó m e n o c o m p l e x o de d i f u s ã o e s t u d a d o , entre o u t r o s , p o r
R o p z e b o o m , Giolitti, Fick, M e h l , K i r k w o o d , Kirkaldy.
A difusão d e p e n d e da mobilidade a t ó m i c a , sendo pois, m u i t o mais rápida nas s o l u ç õ e s
líquidas do q u e n a s sólidas, pois e n q u a n t o n a s primeiras ela s e d á e m u m período d e t e m p o
curto, n a s s o l u ç õ e s sólidas ela e x i g e u m t e m p o muito m a i o r e o s s e u s efeitos s ã o , n a reali-
d a d e , l i m i t a d o s a p e q u e n a s d i s t â n c i a s . P o r o u t r o l a d o , a m o b i l i d a d e a t ó m i c a e, p o r t a n t o , a
difusão s ã o f u n ç õ e s da t e m p e r a t u r a .
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 31
Aços FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
EzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m a i o r ( p o n t o L' ). n
4 . Propriedades dos constituintes dos aços e sua influência sobre os característicos mecâni-
cos destes - O s c o n s t i t u i n t e s b á s i c o s d o s a ç o s s ã o , p o i s , a u s t e n i t a , ferrita, c e m e n t i t a e perlita.
A austenita (do n o m e d o m e t a l u r g i s t a inglês R o b e r t s - A u s t e n ) , n o s a ç o s - c a r b o n o co-
m u n s , s ó é.estável a c i m a d e 7 2 7 ° C ; consta de u m a s o l u ç ã o sólida de c a r b o n o n o f e r r o g a m a
32
ACBA DEFINIÇÕES. DIAGRAMA DE 'Eojmiwmo FEXRO-CASBCNO O
zyxwvuts
cia a o c h o q u e e e l e v a d o a l o n g a m e n t o .
A cementita ( d o latim "caementum") é o carboneto de ferro F e C contendo 6 , 5 7 %
3 de
carbono; muito dura (na escala Moh's ocuparia a p r o x i m a d a m e n t e o lugar do feldspato),
quebradiça, é responsável pela e l e v a d a dureza e resistência d o s aços de a t o carbono,
assim c o m o p e l a s u a m e n o r d u c t i l i d a d e . P o s s u i estrutura c r i s t a l i n a o r t o r õ m b i c a
A perlita ( n o m e devido à "nuance" de cores de m a d r e p é r o l a que esse constituinte
frequentemente a p r e s e n t a ao m i c r o s c ó p i o ) é a mistura m e c â n i c a de 8 8 , 5 % d e ferrita e
11,5% d e c e m e n t i t a , n a f o r m a d e l â m i n a s finas (de e s p e s s u r a r a r a m e n t e s u p e r i o r a um
milésimo de milímetro) dispostas a l t e r n a d a m e n t e . A s p r o p r i e d a d e s mecânicas d a periita são,
portanto, i n t e r m e d i á r i a s entre as d a ferrita e d a cementita, d e p e n d e n d o , entretanto, d o t a m a -
nho d a s p a r t í c u l a s d è c e m e n t i t a . S u a resistência à t r a ç ã o é, e m m é d i a , 7 5 k g f / m m 2 (740
MPa). A p r o p o r ç ã o d e periita n u m a ç o c r e s c e de 0 % p a r a ferro a t é 1 0 0 % para a ç o e u t e t ó i d e
(0,77% de carbono), de modo que u m a ç o c o m 0,5% de c a r b o n o , por exemplo, a p r e s e n t a r á
cerca de 6 5 , 0 % d e perlita.
A t r a n s f o r m a ç ã o d a austenita e m perlita contendo ferrita e c e m e n t i t a é típica d e m u i t a s
reações no interior de sólidos, o u s e j a c o m e ç a nos contornos d o s grãos e p r o s s e g u e em
direção ao s e u c e n t r o , o q u e é d e s e e s p e r a r pois os á t o m o s n o s c o n t o r n o s d o s grãos
apresentam m a i o r e s energias que os á t o m o s dentro dos g r ã o s .
D i g a - s e d e p a s s a g e m , q u e o s c o n t o r n o s d o s g r ã o s não s ã o a s ú n i c a s localizações d e á t o m o s
de e n e r g i a m a i s e l e v a d a , pois os á t o m o s e m t o m o d o s d e f e i t o s " e m p o n t o " o u " e m l i n h a " a p r e -
s e n t a m t a m b é m e n e r g i a extra e p o d e m s e r v i r d e localização p a r a a n u c l e a ç ã o d e r e a ç õ e s (*).
Por outro l a d o ; as p r o p r i e d a d e s d a p e r l i t a d e p e n d e m m u i t o d a e s p e s s u r a de s u a s l a m e l a s
e e s t a , p o r s u a v e z , d a v e l o c i d a d e d e s u a f o r m a ç ã o . A s u a e s p e s s u r a é, e n t r e t a n t o , l i m i t a d a
pela d i s t â n c i a a t r a v é s d a qual o c a r b o n o , n o t e m p o d i s p o n í v e l , s e d i f u n d e .
O u t r o f a t o i m p o r t a n t e a ressaltar é o s e g u i n t e : n u m a ç o h i p o e u t e t ó i d e , c o m t e o r d e c a r b o n o ,
portanto, i n f e r i o r a 0 , 7 7 % , o r e s u l t a d o d o r e s f r i a m e n t o lento é, c o m o s e v i u , a f o r m a ç ã o d e u m a
certa q u a n t i d a d e d e ferrita ( c h a m a d a p r i m á r i a o u proeutetóide) a t é q u e a a u s t e n i t a r e m a n e s c e n -
te se t r a n s f o r m e e m perlita. A s s i m a e s t r u t u r a resultante c o n t é m q u a n t i d a d e s d e ferrita e p e r i i t a
que p o d e m s e r p r e v i s t a s . A d i s t r i b u i ç ã o d e s s e s m i c r o c o n s t i t u i n t e s d e p e n d e d o t a m a n h o d e g r ã o
de a u s t e n i t a , p o r q u e a n u c l e a ç ã o d a f e r r i t a p r i m á r i a ocorre n o s c o n t o r n o s d o s g r ã o s .
O m e s m o p o d e s e r dito e m r e l a ç ã o à c e m e n t i t a p r i m á r i a , s e o a ç o f o r h i p e r e u í e t ó i d e .
A ferrita f o r m a u m "rendilhado" n o s c o n t o r n o s de g r ã o s d e a u s t e n i t a , e m cujo i n t e r i o r s e
forma a perlita.
Se o resfriamento, entretanto, s e acelerar, de modo a s e atingir u m a temperatura mais
baixa antes q u e o c o r r a nucleação d a ferrita primária, a periita p o d e s e f o r m a r até c o m t e o r e s
de c a r b o n o d a o r d e m de 0 , 4 % , o q u e p o d e s e r c o m p r e e n d i d o p e l o e x a m e d a f i g . 1 0 .
D e f a t o , c o n s i d e r e - s e u m a ç o c o m t e o r d e c a r b o n o d a d o p e l a r e t a S, s e n d o n a f i g u r a , E
o p o n t o e u t e t ó i d e . A c i m a d e 7" , a f a s e e s t á v e l é a a u s t e n i t a ; d e 7" a T e x i s t e e q u i l í b r i o e n t r e
A A a
não p o d e n u c l e a r a p a r t i r d e l a ; a s s i m , f o r m a - s e f e r r i t a a t é q u e a c o m p o s i ç ã o d a a u s t e n i t a
c r u z e a l i n h a EC, l i n h a e s s a q u e d e f i n e a s c o n d i ç õ e s p a r a a c s m e n H a e s t a r su eguffibrio
c o m a a u s t e n i t a . S e a t e m p e r a t u r a e s t i v e r a b a i x o d e 7" , a c e m e n í n a p e d e r u c e s r
c raecã^s-
mente e e n t ã o s e f o r m a a perlita, a q u a l , d e s s e m o d o , terá m a i s ferrita e m e n o s c e m e n t f t a d o
que rigorosamente d e v e r i a ter (ou s e j a d o q u e a periita e u t e t ó i d e q u e t e o r i c a m e n t e d e v e r i a
ter-se f o r m a d o ) e s e r á mais m o l e .
(*) Pornucleação designa-se o fenómeno correspondente ao início de formação de núcleos, ou seja das
primeiras partículas estáveis capazes de iniciara recrístalização de uma fase ou o crescimento de uma
nova fase.
33
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA 1
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de a ç o s e s f r i a d o s l e n t a m e n t e e m f u n ç ã o d o t e o r d e c a r b o n o
Limite d e
Limite de
resistência Alongamento Dureza
Carbono escoamento Estricção
à tração em 2 " Brinell
%
kgf/mm 2 MPa kgf/mm 2 MPa %
0,01 12,5 125 28,5 275 47 71 90
0,20 25,0 250 41,5 405 37 64 115
0,40 31,0 300 52,5 515 30 48 145
0,60 35,0 340 67,0 660 23 33 190
0,80 36,5 355 80,5 785 15 22 220
1,00 36,5 355 75,5 745 22 26 195
* 1,20 36,0 350 71,5 705 24 39 200
1,40 35,0 340 69,5 685 19 25 215
34
A
DCBA DEFINIÇÕES. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
D IAG RAMA DE EQUHJERIO FERRO-CAKBONO
os a e s t r u t u r a p e r l í t i c a é a m a i s r e s i s t e n t e d a s q u e o s a ç o s e s f r i a d o s l e n t a m e n t e a p r e s e n -
tam; h a v e n d o c e m e n t i t a e n v o l v e n d o g r ã o s d e periita e s e n d o a c e m e n t i t a u m constituinte d e
grande d u r e z a , é de esperar que haja u m a u m e n t o d a resistência nos aços hipereutetóides;
esse a u m e n t o , e n t r e t a n t o , não é m u i t o s e n s í v e l , c o m o a c u r v a m o s t r a , visto q u e a p r ó p r i a
alta d u r e z a e c o n s e q u e n t e m e n t e e x c e s s i v a f r a g i l i d a d e d e c e m e n t i t a p o d e m , a p ó s u m a c e r t a
quantidade, afetar desfavoravelmente a resistência mecânica do aço.
D e v i d o à i n f l u ê n c i a d o c a r b o n o s o b r e a d u r e z a do a ç o , c o s t u m a - s e c o n s i d e r a r o s s e g u i n -
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
tes tipos d e a ç o s - c a r b o n o :
35
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
6 . Efeito dos elementos de liga sobre o diagrama de equilíbrio Fe-C- C o m o s e viu, o ferro
e x i s t e e m d u a s f o r m a s a l o t r ó p i c a s - alfa e g a m a - e s t á v e i s e m d i f e r e n t e s f a i x a s d e t e m p e r a -
t u r a s . Essas formas s e caracterizam por p o d e r e m manter em solução sólida, dentro de
a m p l a f a i x a de teores, v á r i o s e l e m e n t o s de liga q u e p o d e m participar d a c o m p o s i ç ã o dos
aços. A s diferentes solubilidades dos vários elementos de liga n e s s a s duas formas
a l o t r ó p i c a s d o ferro l e v a m a m o d i f i c a ç õ e s n a s f a i x a s d e t e m p e r a t u r a s e m q u e a c o r r e m a s
t r a n s f o r m a ç õ e s estruturais d o s a ç o s . Se no ferro puro, a m u d a n ç a de alfa à g a m a ocorre e m
u m a ú n i c a t e m p e r a t u r a ( 9 1 2 ° C ) , a p r e s e n ç a d e q u a l q u e r e l e m e n t o a d i c i o n a l - c o m o , aliás, j á
s e v i u p a r a o caso do c a r b o n o - cria u m a faixa de t e m p e r a t u r a mais ou m e n o s estreita, n a
q u a l a m b a s as formas a l o t r ó p i c a s p o d e m coexistir e m equilíbrio. Esta c i r c u n s t â n c i a origina
tipos característicos de m o d i f i c a ç õ e s nas t e m p e r a t u r a s de transformação d a s ligas de ferro,
o q u e e s t á i l u s t r a d o n a fig. 1 3 q u e m o s t r a o s p o s s í v e i s t i p o s d e d i a g r a m a s d e e q u i l í b r i o d a s
ligas d e ferro B .
O s diagramas da f i g u r a d i v i d e m os elementos de liga e m dois g r u p o s : tipo A, correspon-
d e n t e s a o s eiemerrtos estabilizadores da austenita e o t i p o B, c o r r e s p o n d e n t e s aos
e s t a b i l i z a d o r e s da ferriia. F o r e x e m p l o , u m e l e m e n t o d e liga estabilizador d a a u s t e n i t a tende-
rá a a u m e n t a r a faixa d e te-mperaturas na qual a austenita é estável.
D e r i r c d o s fccs A = EL p c d e - s e c o n s i d e r a r a s e g u i n t e c l a s s i f i c a ç ã o d o s e l e m e n t o s d e l i g a :
Tipo-A-1 - cs d e m e n t e s d e liga alargam a faixa d e temperaturas para austenita estável,
abaixando a transformação aifa-gama e aumentando a temperatura de transformação
g a m a - d e l t a . Exemplos: m a n g a n ê s , níquel, cobalto.
Tipo-A-ll - m e s m o q u e a d i v i s ã o I, p o r é m o s c o m p o s t o s ricos em ferro (ou as soluções
s ó l i d a s no elemento de liga) t o m a m - s e estáveis, a c o m p o s i ç ã o a v a n ç a n d o s o b r e as fases
alfa o u delta. Exemplos: c a r b o n o , cobre, zinco, nitrogénio.
Tipo-B-I-as elementos d e liga estreitam a faixa d e temperaturas da a u s t e n i t a estável até
36 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
BA
DCBA DEFINIÇÕES. DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO-CARBQNO
Liquido L
P.F — , +L
A 4
cr
A 3 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\ \
TIPO A-l
TIPO B -1
("/'Composto intermetálico" e' "um composto de dois ou mais metais com estrutura cristalina característica
e que pode apresentar uma composição definida ou uma faixa de composições correspondente a uma "V**
solução sólida". O
XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 37
A ç o s E FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
(") A análise dos diagramas apresentados na Fig. 13 deve ser feita com grande cuidado, principalmente
porque a maioria dos aços, quando aqpecidos e esfriados, de fato se transformam a temperaturas muito
afastadas das de equilíbrio, devido a suas velocidades de reação muito lentas nas proximidades dessas
temperaturas. Além disso, é difícil predizer, a partir de qualquer diagrama de equilíbrio, as estruturas
resultantes, o que é um inconveniente pois o conhecimento realmente valioso em relação aos sistemas
de ligas é o relacionado com suas estruturas.
38
DCBA
DCBA DEFINIÇÕES. DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO FERRO-CARBQNO zyxwvu
1600
y
1400
1300
y
1200
? ~ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
/ 1 í? Jí
'
1100
- 0 3fi% M N / f - /
1000
A
y
300
• 4Jfíf
Mn
— 6,5%Mn
f - li ' / o- A Cf".
-9,6% y ú r y*"
800
& y zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
^ 600
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
1
1,2 1,4 1,6 1,8 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,í
% de carbono
A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
• /
1? V --- i
A? / \ /
zyxwvutsrqponmlkjihgfed
A
i > y
• ^y y -
€*
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
r
1,2 1,4 1.6 1,8 0 0,2 0,4 0,6
'
0,8 1,0
1
1,2 1,4 1,6 1,£
% de carbono
39
EFEITO DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DA AUSTENTTA zyxwvu
EFEITO D A VELOCID AD E DE
ESFRIAMENTO SOBRE A
TRANSFORMAÇÃO D A
AUSTENITA. D IAG RAM A
TRANSFORMAÇÃO - TEMPO -
TEMPERATU RA"
41
Aços FU NDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
g r a m a s d e t r a n s f o r m a ç ã o i s o t é r m i c a , de g r a n d e v a l o r prático p a r a a c o m p r e e n s ã o e a realização
d o s t r a t a m e n t o s t é r m i c o s n o s a ç o s . O estudo e x p e r i m e n t a l consiste no s e g u i n t e : c o r p o s de p r o v a
d e a ç o d e p e q u e n a s d i m e n s õ e s (para que, q u a n d o e s f r i a d o s r a p i d a m e n t e , o e s f r i a m e n t o s e d ê a o
42
DCBA
DCBA EFELTO DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DA AUSTENTTA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
/
500 "C
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
0,1 1 10 100
Tempo, em seg.
T=Transforrnação
A=Austeníta
M=Martensita
100% E= Esfriamento
A PT=Praduto da
transformação
(A,)
0%T 25 % T 50 % T 75 % T 100 % T
t Temperatura
{ ambiente
100%M 75%M 50%M 25% M 0%M
0%PT 25% PT 50%PT 75% P T 100%PT
T e m p o a u m a temperatura c o n s t a n t e
43
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s e FERROS
FUNDIDOS
P a r a facilitar o e s t u d o , p o d e - s e c o n s i d e r a r i n i c i a l m e n t e u m aço e u t e t ó i d e , v i s t o q u e p a r a
ele s ó existe u m a t e m p e r a t u r a de transformação - 7 2 7 " C - e resulta s o m e n t e u m produto de
t r a n s f o r m a ç ã o - a perlita.
Tomando corpos de prova desse aço, depois de convenientemente austenizados são
eles mergulhados n u m b a n h o de chumbo a u m a t e m p e r a t u r a de, por e x e m p l o , 680°C e aí
m a n t i d o s durante t e m p o d e t e r m i n a d o , 10, 1 0 0 , 2 0 0 , 5 0 0 , etc. s e g u n d o s . C o m o houve um
esfriamento brusco da t e m p e r a t u r a de austenização a 680°C, a austenita p e r m a n e c e u está-
vel, m a s ela t e n d e r á a t r a n s f o r m a r - s e no s e u p r o d u t o d e t r a n s f o r m a ç ã o - perlita, no caso e m
estudo - com o tempo.
Decorrido o tempo d e s e j a d o , os corpos de p r o v a s ã o mergulhados e m á g u a ou salmoura
e as propriedades são m e d i d a s ou a estrutura o b s e r v a d a para verificar o andamento da
t r a n s f o r m a ç ã o . No caso d o e x a m e de estrutura, a transformação é a c o m p a n h a d a ao micros-
c ó p i o p e l a a v a l i a ç ã o d o p r o d u t o r e s u l t a n t e d a t r a n s f o r m a ç ã o n o r m a l d a a u s t e n i t a , i s t o é, p e l a
avaliação da quantidade d e perlita presente, Verifica-se q u e a formação d a perlita à tempe-
r a t u r a c o n s i d e r a d a é p r o g r e s s i v a , i s t o é, as a m o s t r a s e s f r i a d a s e m á g u a d e p o i s d e m a n t i d a s
a 6 8 0 ° C , durante t e m p o s diferentes, mostram quantidades crescentes de perlita para tem-
p o s crescentes de p e r m a n ê n c i a a essa temperatura.
R e p e t i n d o - s e a e x p e r i ê n c i a , i s t o é, m e r g u l h a n d o - s e n o v a s a m o s t r a s d o m e s m o a ç o d e -
pois de c o n v e n i e n t e m e n t e austenizados, e m b a n h o s d e c h u m b o fundido m a n t i d o s a outras
t e m p e r a t u r a , t e m - s e u m a s é r i e de t e m p o s os q u a i s m a r c a m , para as várias t e m p e r a t u r a s , o
início e o fim da t r a n s f o r m a ç ã o .
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
P o d e - s e a s s i m c o n s t r u i r u m d i a g r a m a "temperatura-tempo"
onde, para c a d a temperatu-
ra, s e t e m u m a i n d i c a ç ã o d a p o r c e n t a g e m d e t r a n s f o r m a ç ã o e m f u n ç ã o d o t e m p o . Esse
d i a g r a m a é c h a m a d o d e "transformação isotérmica" ou "a temperatura constante".
. N e s s e diagrama, e m q u e o tempo é levado e m e s c a l a logarítmica, m a r c a - s e para cada
t e m p e r a t u r a o s p o n t o s d e i n í c i o d e t r a n s f o r m a ç ã o d a a u s t e n i t a (isto é, q u a n d o c o m e ç a a s e
f o r m a r perlita) e os p o n t o s d e f i m de t r a n s f o r m a ç ã o ( q u a n d o se tem t o d a a a u s t e n i t a t r a n s -
f o r m a d a e m perlita). P a r a facilitar o e x a m e m i c r o g r á f i c o , c o n v e n c i o n o u - s e a d o t a r p a r a início
d e t r a n s f o r m a ç ã o o p o n t o c o r r e s p o n d e n t e à f o r m a ç ã o de 0 , 5 % de periita e p a r a fim d e
t r a n s f o r m a ç ã o o ponto c o r r e s p o n d e n t e à f o r m a ç ã o d e 9 9 , 5 % de perlita.
T e m - s e assim no d i a g r a m a u m a série de p o n t o s d e j n í c i o e de fim d e t r a n s f o r m a ç ã o , os
q u a i s l i g a d o s e n t r e s i o r i g i n a m d u a s c u r v a s c o m a f o r m a C (fig. 1 8 ) . E s s a s c u r v a s são
chamadas "em C" o u "TTT" (tempo-temperatura-transformação). São t a m b é m chamadas
"em S", d e v i d o à f o r m a q u e a s p r i m e i r a s c u r v a s d e t e r m i n a d a s p . o r D a v e n p o r t e B a i n a p r e s e n -
t a v a m . Estudos posteriores modificaram sua forma, q u e se aproxima mais d e u m C,
O e x a m e dessas c u r v a s , p a r a o aço eutetóide e m estudo, revela o s e g u i n t e :
44 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
EFEITO DA VELOODADE DE ESFRIAMENTO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DAAUSTENTTA
EDCBA
A s s i m , a c e r c a d e 2 0 0 ° C , u m n o v o c o n s t i t u i n t e , c h a m a d o martensita e cujos caracterís-
ticos s e r ã o v i s t a s m a i s a d i a n t e , a p a r e c e i n s t a n t a n e a m e n t e , e m p o r c e n t a g e n s crescen-
tes, a partir d e M até constituir, à t e m p e r a t u r a c o r r e s p o n d e n t e a M
t r a totalidade do
produto de t r a n s f o j m a ç ã o O - A f o r m a ç ã o de martensita, e m f o r m a de agulhas, c o m o s e
verá posteriormente, através de uma reação c h a m a d a comumente de "reação
martensítica" d á - s e por cisalhamento e m certas regiões do cristal do constituinte original
e não d e p e n d e d e u m movimento extenso de átomos, c o m o nos fenómenos de difusão. zyxwvut
QPONMLKJIHGFEDCBA
1 2 4 8 15 30 1 2 4 8 15 30 1 2 4 3 15
T e m p c e m escala logarítmica
[') A rigor, a formação da martensita não deveria ser representada no diagrama de transformação
isotérmica, pois independe do tempo, isto é, essa formação se dá com a queda da temperatura, prosse-
gue à medida que esta cai, mas estaciona se ela á mantida constantemente.
45
XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
a ) L o g o a b a i x o d e A,, z o n a e m q u e a v e l o c i d a d e d e t r a n s f o r m a ç ã o é m u i t o b a i x a , f o r m a -
s e perlita lamelar, de granulação grosseira e de baixa dureza (Rockwell C de 5 a 20);
b) à m e d i d a q u e a t e m p e r a t u r a c a i , n a s p r o x i m i d a d e s d o c o t o v e l o d a c u r v a , e m t o m o d e
5 5 0 ° C , a periita q u e s e f o r m a adquire t e x t u r a c a d a v e z mais fina e d u r e z a c a d a vez mais
e l e v a d a , Rockwell C d e 3 0 a 40, o u c e r c a d e 4 0 0 Brinell. P a r a d i f e r e n c i á - l o de perlita
l a m e l a r n o r m a l , e s s e c o n s t i t u i n t e é c h a m a d o d e perlita fina (o t e r m o a n t i g o u s a d o p a r a
designá-lo é troostita). É a forma mais dura da perlita e a que apresenta as lamelas mais
finas. A espessura d a s l a m e l a s é tão p e q u e n a , q u e dificilmente elas s ã o perceptíveis áo
microscópio;
c) à temperatura entre 5 5 0 ° C e 2 0 0 ° C , n o v a m e n t e há n e c e s s i d a d e d e u m t e m p o mais
longo para se iniciar a transformação d a austenita. N e s s a faixa de t e m p e r a t u r a s o produ-
to de transformação resultante varia de aspecto, d e s d e um a g r e g a d o d e ferrita e m forma
d e p e n a e carboneto d e ferro muito fino, e m t o r n o d e 4 5 0 ° C , até u m c o n s t i t u i n t e em f o r m a
de agulhas c o m coloração escura (em t o m o d e 2 0 0 ° C ) . Todas essas estruturas são hoje
d e s i g n a d a s c o m o n o m e d e bainita(*) e s u a d u r e z a v a r i a d e 4 0 a 6 0 R o c k w e l l C;
d) finalmente, na f a i x a d e t e m p e r a t u r a s d e M, ( e m t o m o de 2 0 0 ° C ) a M (em t o m o de
100°C) forma-se u m constituinte novo, totalmente diverso dos anteriores, cuja formação
d e p e n d e e x c l u s i v a m e n t e d a t e m p e r a t u r a - a martensita. Sua aparência e f o r m a são se-
m e l h a n t e s à s d a b a i n i t a , i s t o é, a p r e s e n t a - s e e m a g u l h a s , m a s c o m c o l o r a ç ã o m a i s c l a r a .
Devido a esse aspecto é frequentemente c h a m a d a acicular.
46 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
BA
DCBA EFEITO DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DA AUSTENTTA
ção inicial d a c e m e n t i t a q u a n d o e s s e a ç o p e n e t r a , n o e s f r i a m e n t o , n a z o n a c r í t i c a .
1000
700
o
SS 600
S. 500
£
• (2
400
aoo
j l i I_ j i i L
1 2 4 8 15 30 1 2 4 8 15 30 1 2 4 8 15
Segundos Minutos
Tempo e m escala logarítmica
C o m p a r a n d o a s f i g u r a s 19 e 2 0 , v e r i f i c a - s e m a i s o s e g u i n t e : o a u m e n t o d o t e o r d e c a r b o -
no t e n d e a d e s l o c a r a c u r v a e m C p a r a a d i r e i t a , isto é, r e t a r d a o i n í c i o e o fim d a r e a ç ã o p a r a
formação d a perlita; a l é m disso, a t e m p e r a t u r a de reação da- m a r t e n s i t a é g r a n d e m e n t e
rebaixada c o m o a u m e n t o do t e o r . d e c a r b o n o c o m o a figura 2 1 m o s t r a .
F i n a l m e n t e , u m a ú l t i m a o b s e r v a ç ã o p o d e s e r feita, a q u a l d i z r e s p e i t o à t e n d ê n c i a g e r a l
d a s curvas em C s e a p r o x i m a r e m t a n t o m a i s d o e i x o d a s o r d e n a d a s q u a n t o m e n o r o t e o r d e
c a r b o n o , o q u e s i g n i f i c a q u e . q u a n t o m e n o r o c a r b o n o , t a n t o m a i s difícil d e s e o b t e r p o r
esfriamento, a i n d a q u e muâo rápido, esírutura unicamente martensítica.
XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 47
Aços zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROS FUNDIDOS
Austenita k
900 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Cl
A3
800
700
Pi
PI
600 "A
+ P(F+C)
F
500 +
\
e
400
300
I
200 Mi zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
100 - Mf
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
J I
L...1I i I I I
I i
I i i i
1 I 1
2 4 8 15 30 1 2 4 8 15 30 1 2 4 8 15
Teor d e C, %
r e s f r i a m e n t o c o n t í n u o e m d e t e r m i n a d a s v e l o c i d a d e s . É, c o n t u d o , p o s s í v e l , p e l o e m p r e g o d e
técnicas semelhantes às utilizadas para a determinação dos diagramas de transformação
i s o t é r m i c a , obter u m d i a g r a m a c o m o o r e p r e s e n t a d o n a Fig. 2 2 . Essa d e t e r m i n a ç ã o leva a u m
d e s l o c a m e n t o p a r a d i r e i t a e p a r a b a i x o d a s p a r t e s s u p e r i o r e s d a s c u r v a s d e i n í c i o e d e fim d e
transformação, e m relação às curvas isotérmicas, c o m o se pode observar n a figura.
48
DCBA EFEITO DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DA AUSTENITA
k
CBA
I
RQPONMLKJIHGFEDCBA
CBAI
49
Aços FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Tempo em s e g u n d o s ( e s c o l a logarítimo)
50
BA
FEDCBA
EDCBA Eemo DA VELOCIDADE DE ESFRIAMENTO SOBRE A TRANSFORMAÇÃO DA AUSTENTTA
6. Efeitos da seção da p e ç a - A v e l o c i d a d e d e e s f r i a m e n t o é a f e t a d a p e l a s e c ç ã o d a p e ç a ,
pois é ó b v i o q u e o i n t e r i o r d a s p e ç a s s e e s f r i a m a i s l e n t a m e n t e q u e a s u a s u p e r f í c i e . A
d i f e r e n ç a ê t a n t o m a i o r q u a n t o m a i o r a v e l o c i d a d e d e e s f r i a m e n t o e, e v i d e n t e m e n t e , q u a n t o
maior a s e c ç ã o d a p e ç a . Esse fato é m e l h o r evidenciado através d o s exemplos d a f i g u r a 2 4 ,
onde estão r e p r e s e n t a d o s e s q u e m a t i c a m e n t e o esfriamento do centro e o da superfície de
uma peça e m três meios de esfriamento diferentes.
Em á g u a o u salmoura (meios m a i s drásticos), a superfície esfriou com velocidade
superior à v e l o c i d a d e crítica de e s f r i a m e n t o , ou seja, a superfície adquiriu inteiramente
a e s t r u t u r a m a r t e n s í t i c a e, p o r t a n t o , a m á x i m a d u r e z a . O c e n t r o d a p e ç a s o f r e u parci-
almente a t r a n s f o r m a ç ã o da austenita e m perlita, tendo a parte não t r a n s f o r m a d a pas-
sado a m a r t e n s i t a , ou seja, o centro a d q u i r i u , em parte, d u r e z a m á x i m a , em óleo, s ó a
superfície p a s s o u parcialmente a m a r t e n s i t a e no a r n e m mesmo a superfície. Se a
secção d a p e ç a for maior, a d i f e r e n ç a é m a i s a c e n t u a d a e o a s p e c t o , c o m esfriamento
em á g u a , p o d e r á ser o da f i g u r a 2 5 , isto é, m e s m o e m á g u a o centro não endureceu
nem parcialmente.
51
52 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
FATORES QUE AFEOM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA zyxwvutsrqponm
TTT
TSRQPONMLKJIHGFEDCBA 53
qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
•ACOSE zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FERROS FU ND ID OS
1 . Fatores que influem na posição das curvas TTT - Viu-se que o t e o r d e carbono pode
modificar s e n s i v e l m e n t e a posição das linhas d e início e de fim de t r a n s f o r m a ç ã o das curvas
TTT. A l é m do carbono, o s elementos de liga q u e p o d e m ser adicionados nos aços afeiam
qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
grandemente a posição d a s curvas isotérmicas. Outros fatores d e influência são o tamanho
d e g r ã o s e a h o m o g e n e i d a d e da austenita. Portanto, os principais f a t o r e s q u e p o d e m m o d i -
rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ficar a posição das c u r v a s T T T são:
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- composição química;
- tamanho de grão d e ausíenfta;
• homogeneidade d a austenita.
II! í.
•Ih )! E n t r e os p r i m e i r o s c o n t a m - s e o a l u m í n i o , o s i l í c i o e o n í q u e l ; e n t r e o s s e g u n d o s , os q u e
a p r e s e n t a m a t e n d ê n c i a m a i s forte de f o r m a ç ã o d e c a r b o n e t o s s ã o o t i t â n i o , o nióbio e o
vanádio; o tungsténio e o molibdênio, a p r e s e n t a m igualmente t e n d ê n c i a forte, embora
ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m e n o r que os a n t e r i o r e s ; finalmente, o c r o m o t e m tendência m o d e r a d a par formar
carbonetos e o m a n g a n ê s apresenta t e n d ê n c i a fraca, a maior parte dele s e dissolvendo
n a ferrita.
D e q u a l q u e r m o d o , o s e l e m e n t o s de liga, n o e s f r i a m e n t o ao e n t r a r e m n a z o n a crítica,
p r o c u r a m se dispor d e a c o r d o c o m sua t e n d ê n c i a , q u e r se dissolvendo n a ferrita, quer for-
m a n d o carbonetos. E s s a s reações, tanto m a i s n u m e r o s a s e c o m p l e x a s quanto maior o
n ú m e r o d e e l e m e n t o s d e l i g a p r e s e n t e s r e q u e r e m , a s s i m , a p r e c i á v e l t e m p o p a r a s e iniciar e
t a m b é m p a r a s e c o m p l e t a r , f a t o e s s e q u e o c a s i o n a r á o d e s l o c a m e n t o d a s c u r v a s d e início e
qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA2
Distribuição dos elementos de liga n o s aços esfriados lentamente
D i s s o l v i d o na
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
I H : Ferrita
C o m b i n a d o na
f o r m a de
Na f o r m a de Na f o r m a de
Inclusões Compostas
Carboneto Não-Metálicas Intermetállcos
Ni
líi: Si Si0 .MO
[M! I:
2
Al AIA AI„N
Zr ZrtD 2 Zr N
x y
Cu
P
M n (forte) Mn (fraca) MnS, MnO.Si0 2 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
Cr (forte)
W (fraca)
Cr (moderada)
W (moderada)
Cf A
M o (fraca) Mo (moderada)
V (muito fraca) V (forte) V A
Ti (muito fraca) Ti (forte)
Nb (muito fraca) Nb (forte)
54
FATORES QUE AJETAM A POSIÇÃO DAS CURWS DO DIAGRAMA TTT
de fim de t r a n s f o r m a ç ã o p a r a a d i r e i t a , a t r a s a n d o o início e o f i m d a t r a n s f o r m a ç ã o da
austenita.
• A c o n s e q u ê n c i a m a i s i m p o r t a n t e d e s s e d e s l o c a m e n t o e, p o r t a n t o , d o retardamento nas
transformações, consiste na m a i o r facilidade de obter, por esfriamento, a estrutura
martensítica'. N a r e a l i d a d e , c o n f o r m e o s e l e m e n t o s d e l i g a p r e s e n t e s , p o d e - s e t e r f o r m a ç ã o
quase que s o m e n t e de martensita m e s m o c o m esfriamento lento.
A
-A 3
A —rz\
1 A
J11 O
- 21
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
g
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
A+F+C \ F+C -
\
07 tD
E \
X \ J6 Q
ML —
_... i L ^
-Mg - 0
rl
I ; MANHODEGRÃO
N>7-B -
1n
i ! \\
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA In i Ih 1dia
1 10 10' 10' 10
- 10' 10'
Tempo em segundas
( E s c a l a logarítmica)
Fig. 2 7 - Curva T T T para aço AISI 2340 com 0,37% C, 0 , 6 8 % Mn e 3,41 % Ni.
55'
Aços E FERROSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FUNDIDOS
1 . I —A •
: 1
- a i
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
1
A
J^-^yyy- :
"T : i -
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
1zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i • i i \ \
í -
i. E
— i i \ -
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
- 1
TA EGRÃO
vA
l NHO D
II -
n ín h 1aSa
1 10 10" 10' 10' 10' 10'
Tempo em s e g u n d o s
(Escala l o g a r í t m i c a )
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E
Tempo e m segundos
l'
(Escala tegsríirnica)
pi
Fig. 29 - Cun/a T T T p a r a a ç o A I S I 4340 com 0,42% C, 0 , 7 8 % Mn, 1,79% Ni, 0 , 8 0 % e C r e 0,33% Mo.
wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Os elementos de liga a f e t a m n ã o somente a parte isotérmica dos d i a g r a m a s d e transfor-
mação, como também a reação de fcrrnação d a m a r t e n s i t a . A figura 30<' ' p e r m i t e ver as
1
l i n h a s M j e M, p o d e m s e r s e r s í v s r r i e n ^ .,- T - TC T^ - V ^ = p o n i o ria. a s c a r t e s c a s o s , c o m o e m
a ç o s cementados c o m alto t e o r d e carbono e níquei G U cromo em teores variáveis, não se ter
f o r m a ç ã o completa d a m a r t e n s i t a à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e pelo r e s f r i a m e n t o c o m u m , em
v i r t u d e d a l i n h a M, ficar l o c a l i z a d a a b a i x o d e s s a t e m p e r a t u r a . N e s s a s c o n d i ç õ e s , . t e m - s e à
t e m p e r a t u r a a m b i e n t e u m a c e r t a q u a n t i d a d e d e "austenita retida" o u "austenita residual".
A s f i g u r a s 3 1 e 32< ' p e r m i t e m n o t a r o s e f e i t o s d o m a n g a n ê s e d o c a r b o n o ( f i g . 3 1 ) e d o
11
c r o m o e d o c a r b o n o ( f i g . 3 2 ) s o b r e a t e m p e r a t u r a M, d e início d e f o r m a ç ã o d a m a r t e n s i t a .
E v i d e n c i a - s e mais u m a v e z a a ç ã o q u e os e l e m e n t o s d e liga p o d e m exercer s o b r e as t e m p e -
56
EDCBA
EDCBA FATORES QUE AEETAMA POSÍÇÃO DAS Custas a o DIAGRAMA TTT
A
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-
(
30
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 39 O
35
41 rr
rd
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA \
« s
edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA rS
[\ 53
56
61
• Ml - TAMANhODE GRÃ D 7 - 8
\A . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
_
1
1 10
'" au ímin
10' 10'
Ih 10' lia
10' 10'
Tempo em segundos
( E s c a l a logarítmica)
400
300
O
2_»
£J 200
100
CL
Ê \
0
\
-100 o
-200
\ \
Manganês (%)
57
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s £ FERROS FU NDIDOS
I i zyxwvutsrqponmlkjihg
0 2 4 6 a 10 12 14 16
C r o m o (%)
TABELA3
Efeito d o t a m a n h o d e g r ã o a u s t e n í t i c o s o b r e c e r t a s c a r a c t e r í s t i c a s d o s a ç o s
T E N D Ê N C I A S NOS A Ç O S T E M P E R A D O S
PROPRIEDADE Aços deAustenlta A ç o s deAustenita
Grosseira Fina
(n 5 e acima)
a ( m a i s f i n a d o que
n 2 5; d e 5 a 8 )
Endurecibilidade Endurecimento Endurecimento
mais profundo m e n o s profundo
Tenacidade ã m e s m a dureza Menos tenazes Mais tenazes
Empenamento Maior Menor
Fissuras de têmpera Mais frequentes Geralmente ausentes
Fissuras de retificação Mais susceptíveis M e n o s susceptíveis
Tensões residuais Maiores Menores
Austenita retida Mais Menos
N O S AÇOS R E C O Z I D O S E NORMALIZADOS
Usinabilidade (Desbaste) melhor (Desbaste) inferior
Usinabilidade (casos especiais) (Acabamento fino) (Acabamento fina)
inferior melhar
Trabalhabilidade (casos especiais) superior inferior
Fig. 33 - Efeito do tamanho de grão sobre a reação d e transformação d a austenita; nota-se que o grão
menor apresenta reação completa, ao passo que no maior, cujo início d a reação coincidiu com o do
menor, a mesma não se completou.
58
FEDCBA FATORES QUE AFETAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA TTT
D e v i d o à i n f l u ê n c i a d o t a m a n h o d e g r ã o a u s t e n í t i c o s o b r e a s c u r v a s e m "C", r e s u l t a n d o ,
à m e d i d a q u e e l e c r e s c e , n a m a i o r f a c i l i d a d e d e s e o b t e r p e l o e s f r i a m e n t o e s t r u t u r a inteira-^
mente martensítica, é conveniente especificar-se s e m p r e o t a m a n h o de grão d o s a ç o s , a o
ser feita r e f e r ê n c i a às curvas TTT, c o m o aliás está i n d i c a d o e m vários dos diagramas
isotérmicos j á a p r e s e n t a d o s " .
nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Tudo isso l e v a à conclusão de que o c o n h e c i m e n t o do t a m a n h o de grão austenítico do
aço a p r e s e n t a c o n s i d e r á v e l i m p o r t â n c i a . H á v á r i o s m é t o d o s p a r a d e t e r m i n a ç ã o d o t a m a n h o
de g r ã o a u s t e n í t i c o , o s q u a i s n ã o s e r ã o , c o n t u d o , a b o r d a d o s n a p r e s e n t e o b r a . U m a vez
determinado, é ele comparado c o m os " p a d r õ e s " estabelecidos p e l a A . S . T . M . n que os clas-
sificou e m 8 g r u p o s , c o n f o r m e i n d i c a a f i g u r a 3 4 .
D a d a a i n f l u ê n c i a do t a m a n h o de g r ã o s o b r e o c o m p o r t a m e n t o do aço nos t r a t a m e n t o s
térmicos, é i m p o r t a n t e que s e p o s s a controlá-lo. Esse controle é realizado de maneira
relativamente fácil, pela adição de d e t e r m i n a d o s elementos d e liga em teores baixos. O s
elementos q u e p o d e m controlar o c r e s c i m e n t o de grão d a a u s t e n i t a são o a l u m í n i o , o
titânio, o z i r c ô n i o , o v a n á d i o ' ' e o n i ó b i o . A d m i t e - s e , g e r a l m e n t e , q u e o e f e i t o d o a l u m í n i o
1 4
" Esse fato é expresso por "endurecibilidade" ou "temperabilidade", como se verá mais adiante, isto á,
tendência à produção de endurecimento a uma maior profundidade.
n "American Society for Testing Materials".
O crescimento da austenita é tanto maior quanto mais alta a temperatura ou quanto mais longo o tempo
de permanência às temperaturas de austenização.
59
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Q u a n t o m a i o r f ô r a m e s m a , t a n t o m a i s p a r a b a i x o é d e s l o c a d a a l i n h a M,, e m r a z ã o d e s e
dissolver uma m a i o r q u a n t i d a d e dos e x c e s s o s de carbonetos na austenita, antes do
resfriamento.
A l é m da influência d a composição e d a t e m p e r a t u r a de austenitização na posição da
l i n h a M, e s o b r e a q u a n t i d a d e d e a u s t e n i t a r e t i d a , p o d e o c o r r e r u m f e n ó m e n o conhecido
c o m o "estabilização d a austenita", quer d u r a n t e o processo de resfriamento (têmpera) do
aço, quer durante o r e a q u e c i m e n t o após e s s e resfriamento (revenido), f e n ó m e n o esse que
afeta igualmente a q u a n t i d a d e de austenita retida.
N o caso do r e s f r i a m e n t o , e s s a e s t a b i l i z a ç ã o d e p e n d e de dois f a t o r e s :
- velocidade de resfriamento
- interrupção do resfriamento, antes de s e c o m p l e t a r a transformação d a austenita.
C o m o se m e n c i o n o u , n o s a ç o s c o m u n s n ã o - l i g a d o s , o c a r b o n o t e m g r a n d e influência
s o b r e a l i n h a M,: e s t a é r e b a i x a d a d e 2 8 ° C a 3 3 ° C p a r a c a d a 0 , 1 0 % d e c a r b o n o a d i c i o n a d o .
O s e l e m e n t o s m a n g a n ê s e níquel e x e r c e m o s e g u i n t e efeito: p a r a c a d a 1 % d e m a n g a n ê s
a d i c i o n a d o a l i n h a M, é r e b a i x a d a d e c e r c a d e 3 9 ° C e p a r a c a d a 1 % d e n í q u e l a d i c i o n a d o , o
rebaixamento é de 2 0 ° C .
Os elementos de liga (com exceção do cobalto), quando inteiramente dissolvidos na
austenita, tendem a a u m e n t a r a quantidade d e austenita residual por a m b o s os m e c a n i s -
mos: d e r e b a i x a m e n t o d a l i n h a M, e d a e s t a b i l i z a ç ã o d a a u s t e n i t a ' 171 .
C o n t u d o , os e l e m e n t o s de liga que p o s s u e m forte tendência a f o r m a r c a r b o n e t o s p o d e m
complicar a reação d e início de formação d a martensita, porque esses carbonetos comple-
xos formados podem permanecer não dissolvidos na austenita à temperatura de
a u s t e n i t i z a ç ã o , p r o v o c a n d o e f e i t o i n v e r s o , o u s e j a , e l e v a r a t e m p e r a t u r a M. , p e l o f a t o d e s e
t
TABELA 4
Efeito d a v e l o c i d a d e de r e s f r i a m e n t o e d o r e s f r i a m e n t o I n t e r r o m p i d o
s o b r e a q u a n t i d a d e d e a u s t e n i t a retida
Austenita
Tratamento
retida, %
Resfriamento em água a 2 0 ° C 5,8
Resfriamento em óleo a 2 0 ° C 7,0
Resfriamento e m ó l e o a 4 9 ° C ; resfriamento ao ar a 2 0 ° C 9,0
Resfriamento em óleo a 121 ° C ; resfriamento ao ar a 2 0 ° C 9,5
Resfriamento em banho d e sal a 232°C; resfriamento ao ar a 20°C 10,6
Resfriamento em banho d e sal a 232°C; resfriamento n a água a 20°C 6,1
62
EDCBA
EDCBA FATORES QUE AFEIAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMAzyxwvutsrqponmlkjihgfedc
TTT
Em r e s u m o :
• - os a ç o s - c a r b o n o c o m u n s , à m e d i d a q u e a u m e n t a o teor d e c a r b o n o , mostram t e n d ê n c i a
pronunciada à retenção da austenita;
- do m e s m o m o d o " a t u a m o s e l e m e n t o s d e liga, c o m e x c e ç ã o d o c o b a l t o ;
- outro fator que pode provocar a retenção da austenita é a temperatura de
austenitização; q u a n t o mais alta f ô r a m e s m a , maior a q u a n t i d a d e de austenita residual;
- no q u e s e r e f e r e a o f e n ó m e n o d e e s t a b i l i z a ç ã o d e a u s t e n i t a , o s e l e m e n t o s d e l i g a m o s -
tram u m a t e n d ê n c i a v a r i á v e l . A s s i m , o s e l e m e n t o s m a n g a n ê s e n í q u e l t e n d e m a d i m i n u i r
esse efeito. P o r e x e m p l o , n u m a ç o c o m 1 % de carbono, a t e n d ê n c i a para e s t a b i l i z a ç ã o é
quase p r a t i c a m e n t e eliminada a c e r c a d e 2 , 5 % de m a n g a n ê s ou será diminuída d e dois
terços p e l a a d i ç ã o d e 4 , 5 % d e n í q u e l ;
- outros e l e m e n t o s f o r m a d o r e s d e c a r b o n e t o s c o m o t u n g s t é n i o e vanádio, p o d e m i g u a l -
mente a u m e n t a r a tendência à estabilização c o m temperaturas suficientemente e l e v a d a s
para dissolvê-los n a austenita.
63
Aços FU ND ID OS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
t 1 1 1
Ãci
Temper itura da Aus tsnização
1
L ^ 2 - ^ — zyxwvutsrqponmlkjihgfedcba
O - Y \ % zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
O
„ I *5
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
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\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
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1 / Aust snita->- Mart ansfta ';')
1 : i
/ i/ 'zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
/ [/ / „ 7 \
i - — -----zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
;
i i
r M artensita— \ artensii 3 •
ti artens íta
FeiTrtE
-pwianensiia*
\a
i Periita í
1
Ferrita
Bainita Baínrbs - Periita -
• ~~ Bainita
1
64
EDCBA
EDCBA FATORES QUE AFETAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA TTT O
5 Medida da temperabilidade - O s dois métodos mais conhecidos para medir a
t e m p e r a b i l i d a d e d e u m a ç o s ã o o "método de Grossmann" e o "método de Jominy".
yxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5 1 Método de G/ossmann c o n s i s t e * ' e m resfriar a partir d o e s t a d o austenítico,
1 3 uma
série de b a r r a s cilíndricas de diâmetros crescentes, em condições controiadas de
esfriamento. A s b a r r a s s ã o e m s e g u i d a q u e b r a d a s , m e d i n d o - s e a d u r e z a através d e t o d a a
sua secção t r a n s v e r s a l . Esse ensaio p e r m i t e , pois, d e t e r m i n a r a profundidade a q u e o a ç o
endurece, não s ó pela medida de d u r e z a c o m o t a m b é m p e l a observação das estruturas
resultantes. S e s e r e p r e s e n t a r n u m g r á f i c o , e m abcissas, a s e c ç ã o transversal d e u m a b a r r a
cilíndrica, o u s e j a , a d i s t â n c i a d o s e u c e n t r o à s e x t r e m i d a d e s e , e m o r d e n a d a s a d u r e z a n a
e s c a l a R o c k w e l l C , p o r e x e m p l o , p o d e r - s e - i a t e r os a s p e c t o s d a s f i g u r a s 3 6 e 3 7 , o n d e s e
nota t a m b é m a i n f l u ê n c i a d o m e i o d e e s f r i a m e n t o e d a c o m p o s i ç ã o d o a ç o s o b r e a p r o f u n d i -
dade do e n d u r e c i m e n t o .
No m é t o d o d e G r o s s m a n n , c o s t u m a - s e d e f i n i r o diâmetro crítico O., q u e c o r r e s p o n d e a o
I
diâmetro d a b a r r a que, esfriada d a t e m p e r a t u r a austenítica, m o s t r a r á no centro 5 0 % de
m a r t e n s i t a . P o r t a n t o , u m a b a r r a c u j o d i â m e t r o c o r r e s p o n d e a o d i â m e t r o crítico t e r á o s e u
núcleo central c o m 5 0 % de m a r t e n s i t a ; q u a l q u e r diâmetro s u p e r i o r a p r e s e n t a r á n a t u r a l m e n -
te u m c e n t r o c o m m e n o r q u a n t i d a d e d e m a r t e n s i t a , o u s e j a i n c o m p l e t a m e n t e e n d u r e c i d o e
qualquer d i â m e t r o inferior apresentará o centro c o m p l e t a m e n t e martensítico ou e n d u r e c i d o .
A separação d a z o n a em que p r e d o m i n a a estrutura martensítica d a z o n a em que p r e d o m i n a
a estrutura perlítica é p e r c e b i d a p o r u m a q u e d a brusca n a d u r e z a ; p o d e - s e , a s s i m , f a c i l m e n -
te d e t e r m i n a r o d i â m e t r o crítico p a r a u m d e t e r m i n a d o a ç o . S u p o n h a - s e , por e x e m p l o , um
aço c o m c o m p o s i ç ã o p r ó x i m a d a do e u t e t ó i d e , cujo d i â m e t r o c r í t i c o s e queira c o n h e c e r . Uma
série d e d i â m e t r o s d i f e r e n t e s s ã o a n a l i s a d o s p e l o m é t o d o G r o s s m a n n , c o m r e s f r i a m e n t o e m
água, r e s u l t a n d o u m a série de c u r v a s d e d u r e z a c o m o a f i g u r a 3 8 indica. Os d i â m e t r o s d a s
barras n o e x e m p l o c o n s i d e r a d o v a r i a m d e 1 1 / 1 6 " a 2 - 1 / 1 2 " .
Para a c h a r o d i â m e t r o crítico, f a z - s e u m gráfico e m q u e a b c i s s a s são r e p r e s e n t a d o s os
diâmetros d a s b a r r a s e e m o r d e n a d a s a d u r e z a Rockwell C d o s centros das barras (fig. 3 9 ) .
Verifica-se q u e a m a i s b r u s c a q u e d a d e d u r e z a no centro t e m - s e p a r a a barra e m q u e o
d i â m e t r o f i c a e n t r e 1 " e 1-1/8" o u a p r o x i m a d a m e n t e 1,05", o q u a l a s s i m c o r r e s p o n d e ao
diâmetro crítico. Tal fato poderia ser p e r f e i t a m e n t e c o m p r o v a d o pelo e x a m e das t e x t u r a s . A
dureza crítica é a d u r e z a do centro d a b a r r a d e diâmetro c r í t i c o . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
hgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QPONMLKJIHGFEDCBA
\ /
NMLKJIHGFEDCBA
Thi
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QPONMLKJIHGFEDCBA
f
65
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçosE FERROS FUNDIDOS
35 ' zyxwvutsrqponm
zyxwvutsrqponml
1 1 1 1 1 1
66
FEDCBA FATORES QUE AREIAM A POSIÇÃO zyxwvutsrqponmlkjihgf
DAS CÚRIAS DO DIAGRAMA
TTT
Este m é t o d o f o i d e s e n v o l v i d o p o r J o m i n y e B o e g e h o l d é a t u a l m e n t e o m a i s u s a d o , t e n d o
sido m e s m o p a d r o n i z a d o p e l a A S T M , S A E e A I S I e n o B r a s i l p e i a A B N T . C o n s i s t e
n no
seguinte: u m c o r p o d e prova cilíndrico, d e 1 " de diâmetro por 4 " d e comprimento é a q u e c i -
d o até a t e m p e r a t u r a a u s t e n í t i c a e, e m s e g u i d a , p o r m e i o d e u m d i s p o s i t i v o adequado
(fig. 4 0 ) d i r i g e - s e u m j a t o d e á g u a , s o b c o n d i ç õ e s c o n t r o l a d a s d e q u a n t i d a d e , p r e s s ã o e
t e m p e r a t u r a , c o n t r a u m a de s u a s e x t r e m i d a d e s . Depois d e e s f r i a d o , faz-se u m c o r t e l o n g i -
tudinal no c o r p o d e p r o v a , retifica-se a s d u a s s u p e r f í c i e s p a r a l e l a s e o p o s t a s e m e d e - s e
sua d u r e z a a distâncias variáveis ( g e r a l m e n t e intervalos 1/16") a partir da e x t r e m i d a d e q u e
recebeu o jato de á g u a . Os valores o b t i d o s são lançados n u m gráfico, resultando numa
curva cujo a s p e c t o é o d a figura 4 1 . E s s a curva permite t a m b é m especificar a d i s t â n c i a d a
extremidade e s f r i a d a à zona de m e i a d u r e z a (ou 5 0 % de m a r t e n s i t a ) c o m o sendo a p r o f u n -
didade de e n d u r e c i m e n t o J o m i n y .
70
rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
"End-quench tesf.
' ASTM-American Society for Testing Materials.
SAE-Society ofAutomotive Engineers.
AISI -American Iron and Steel instltute.
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas.
67
FATORES QUE AÍETAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA TTT zyxwv
gráficos, c o m o o r e p r e s e n t a d o n a f i g u r a 4 2 .
• zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
N e s s e g r á f i c o , n o t a - s e à d i r e i t a , v a l o r e s i n d i c a d o s p o r H, q u e r e p r e s e n t a m a
"severidade C
de resfriamento", expressão utilizada p a r a definir q u a n t i t a t i v a m e n t e as c o n d i ç õ e s de
resfriamento' 201 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
-
0,20 % zyxwvutsrqpon
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0
Valores D, (pol.)
Fig. 4 2 - Curvas representativas das relações entre valores d e diâmetro crítico, diâmetro .
ideal e severidade de resfriamento.
TABELAS
Estado d e a g i t a ç ã o d o
meio de r e s f r i a m e n t o Óleo Água Salmoura
c o m u m v a l o r d e H e q u i v a l e n t e a 1 , p o s s i b i l i t a r á e n d u r e c i m e n t o e m b a r r a d e 1,7 p o l e g a d a s
( p a r a d i â m e t r o i d e a i 2 , 6 p o l e g a d a s ) , a o p a s s o q u e e s f r i a m e n t o a o ar, c o m v a l o r d e H e q u i v a -
l e n t e a 0 , 0 2 p o s s i b i l i t a r á e n d u r e c i m e n t o s o m e n t e e m b a r r a d e a p r o x i m a d a m e n t e 1/4 de
p o l e g a d a de d i â m e t r o * 1 3 1 .
A A m e r i c a n S o c i e t y of A u t o m o t i v e E n g i n e e r s - S A E ' 2 2 1 estabeleceu u m a correlação entre
a endureaDífídade J o m i n y e diâmetros de b a r r a s . Essa correlação está indicada na figura
n a 4 3 para os m e i o s d e resfriamento á g u a e óleo m e d i a n a m e n t e a g i t a d o s . Desse m o d o ,
pode-se relacionar a endurecibilidade c o m o definida por método J o m i n y (extremidade res-
f r i a d a ) c o m a e n d u r e c i b i l i d a d e c o m o d e f i n i d a p e l o m é t o d o G r o s s m a n n ( d i â m e t r o crítico).
O s fatores do g r u p o A a s s i m a g e m p o r q u e a c e l e r a m a n u c l e a ç ã o e o s f a t o r e s do grupo B
1
70
FATORES QUE AFETAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA TTT zyxwvu
BA
GFEDCBA
Diâmetro equivalente da barra (poi.)
Diâmetro equivalente da barra (mm)
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
â
\
— \
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\ •o
, A
A 1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\
\'
\, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
í £
5 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
X _3
\
, \
kA
N A
N A
\ \
—
\ \\ C
l
S
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-a
1
\\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\
1
D)
\
\
\ 3
s
\
O,
k
X zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA \ q,
%
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
tn
r \
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA >
°K zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG V
rA
N k A
k K
l n 1
71
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
Mi'
Diâmetro 17«"
\ - N i ^zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
^^^ ^1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
h
0 ° u
1
o
5 5
\
cc
S 50
\
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJI
1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
Figura 4 4 - Curvas de distribuição de dureza em barra de 1,5/8" de diâmetro, mostrando o efeito dos
elementos de liga C r e Ni sobre a temperabilidade, e m comparação com u m aço-carbono comum.
to-
f.
1045-H
0,42 -0,S 1 c
s zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 0,50 -1,00Mn
\ N - S7T-C
q
rc so \ I zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
\\ 1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
\ I !
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\ \ j ! ! zyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
\ I i I 1 í i ! i i
I I I
0 2 4 6 3 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
Distância da Extremidade resfriada, em 1/16"
72
EDCBA
FEDCBA FATORES QUE AFE IAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO D IAG RAM A zyxwvutsrqpo
rir
Mi'
MLKJIHGFEDCBA
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
NMLKJIHGFEDCBA
10 12 14 16 18 20 22 24 26 2a 30 32
f: zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
51410 - H
0,3" -0.44C
0,6C -1,00 Mn
0,6C - 1,00 Cr
\
zyxwvutsrqponmlkjihgfed
to-
\ A -843 C
f. \
\
BA \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
\zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA\
CBA
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i
i I
lkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
S 1D 12 1-1 16 18 20 22 24 26 28 30 32
73
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçosE FERROS FUNDIDOS
1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
|
11 ! zyxwvutsrqponm
9260-H
0,55 - O ^ C !
1
1
0,65 - 1 , 1 0 M n
1
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\ N - 89S"C
- at zyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
i \
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
\ \zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
£ 50
\
Q \
,:.li;-.£i zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i !»:-:*'i zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
!•! zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fig. 48 - Faixa de endurecibilidade de aço 9260H
líllíiii 6150 - H
II K f. 0,47 - 0.54C
0,60 - 1,0OMn
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 0,75 - 1,20Cr
az - 0,15 - V min
g 50 N N - 899"C
A - H 7 1 ° r.
zyxwvutsrqponmlkjih
\
Q \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i EM
I != \
i i I ! i
0 2 4
II; t zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fig. 49 - Faixa de endurecibilidade de aço 61S0H
1 <ii
I II :'•
74
FEDCBA FATORES QUE AFEIAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA TTT
Nos g r á f i c o s , N é a t e m p e r a t u r a d e n o r m a l i z a ç ã o p a r a o s a ç o s l a m i n a d o s ou f o r j a d o s e A
é a temperatura de austenitização.
Os a c c s - c a r b o n o e c o m boro c o n t é m t a m b é m 0,040 P m a x , 0,050 S m a x e 0,15 a 0 , 3 0 %
Si com e x c e ç ã o do tipo 1 5 B 6 2 H q u e c o n t é m 0,40 a 0 , 6 0 % S i . O t e o r d e boro p r e s e n t e v a r i a
de 0,0005% a 0 , 0 0 3 % .
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Cs fabricantes de aço fornecem os a ç o s tipo H sob p e d i d o , para faixas específicas de
rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i m p o s i ç ã o q u í m i c a . Não há muita d i f e r e n ç a entre os aços tipo H e os aços n o r m a i s de
compcsiçã 0 q u í m i c a idêntica; quanto m u i t o , nestes últimos a ç o s , a faixa de endurecimento
lkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
é maior.
NMLKJIHGFEDCBA
CBA 70
A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
d 50 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
\
\\
rr
\
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
\ c
30 \ A
0 *
20
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
75
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Êí
3fc
70 70
13 (XH
41XXH
1,45 IV m min. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
0,95 Cr min.
60 60 0,15 Mo min.
O
rr 50 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
50
JZ 0,60 C
N
to" \A 0,45 C
2 40 40
rã
O
40 C 0,35 O
30 30
o,; I 5 C *
^A
20 20,
C 4 8 12 16 20 24 0 4 8 12 16 20 24
a) D i s t â n c i a d a e x t r e m i d a d e b) D i s t â n c i a d a e x t r e m i d a d e
r e s f r i a d a , Vi6" resfriada, Vie"
70
51XXH
0,60 a 0,75 Cr min.
60
O
rr \
A
50
X
CO
N
N
ÇD 40
=3 ),50C
Q
30 A"-
\l0j4t
o,: s r y "
20
4 8 12 16 20 24
0 4 8 12 16 20 24
c) D i s t â n c i a d a e x t r e m i d a d e
d) D i s t â n c i a d a e x t r e m i d a d e
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
r e s f r i a d a , V IB "
resfriada, Vi6"
O efeito d o c a r b o n o s o b r e a e n d u r e c i b i l i d a d e é lido n o e i x o h o r i z o n t a l .
Para ter-se u m a ideia do efeito d o c a r b o n o , s u p o n h a - s e u m a d u r e z a de 45 R C . C o n s i d e -
rando o s a ç o s 4 1 X X H e 5 1 X X H , v e r i f i c a - s e q u e o e f e i t o d o c a r b o n o , e n t r e 0 , 3 5 % e 0 , 5 0 % é
3fc
muito m e n o r n a s é r i e 5 1 X X e m u i t o m a i o r n a s é r i e 4 1 X X . D a í a i m p o r t â n c i a d e c e r t o s e l e -
mentos de liga.
em o r d e n a d a s , s ã o l a n ç a d a s as t e m p e r a t u r a s de t r a n s f o r m a ç ã o e, e m abcissas, d i â m e t r o s
de b a r r a s p a r a o s t r ê s m e i o s d e r e s f r i a m e n t o m a i s u s u a i s : ar, ó l e o e á g u a . As curvas do
diagrama, portanto, não devem ser comparadas com as que são mostradas nos diagramas
isotérmicos ou TTT comuns.
O e s t u d o q u e r e s u l t o u n e s s a c u r v a s n ã o c o n s i d e r o u o r e s f r i a m e n t o e m s a l m o u r a e, n o
caso do ó l e o , f o i e m p r e g a d o u m ó l e o p a d r o n i z a d o de t ê m p e r a d e m é d i a v e l o c i d a d e de
resfriamento.
A figura p e r m i t e perceber a c a p a c i d a d e de endurecimento d o s aços, de acordo c o m o
4
meio d e r e s f r i a m e n t o utilizado. P o r e x e m p l o , no c a s o de r e s f r i a m e n t o ao ar (utilizar os
diâmetros d e b a r r a s p a r a esse m e i o ) , n o t a - s e que, para o b t e r - s e martensita, a b a r r a n ã o
deve a p r e s e n t a r s e c ç ã o s u p e r i o r a c e r c a d e 0,18 m m . No c a s o d e resfriamento e m óleo
(utilizar o s d i â m e t r o s d e b a r r a s p a r a e s s e m e i o ) , a b a r r a p o d e r á a p r e s e n t a r d i â m e t r o em
tomo de 7 a 8 m m ; e no caso de resfriamento em água, a b a r r a p o d e r á possuir d i â m e t r o
em torno de 1 2 m m .
N o r e s f r i a m e n t o a o ar, a c i m a d e 0 , 1 8 m m d e d i â m e t r o d e b a r r a , a t é c e r c a d e 2 mm,
forma-se bainita e a c i m a desse d i â m e t r o , quantidades p r o g r e s s i v a m e n t e maiores de ferrita e
perlita s ã o f o r m a d a s .
Tomando c o m o referência um determinado diâmetro de barra, por exemplo 10 mm,
p o d e - s e e x t r a i r o s s e g u i n t e s d a d o s : n o r e s f r i a m e n t o a o ar, a t r a n s f o r m a ç ã o c o m e ç a em
t o m o d e 70CPC c o m a f o r m a ç ã o d e f e r r i t a a t é 6 4 0 ° C , q u a n d o s e t e m 5 0 % d e f e r r i t a , m o m e n -
to e m q u e a p e r i i t a c o m e ç a a f o r m a r - s e . A 5 8 0 ° C a p a r e c e m traços de bainita. No
resfriamento e m óleo, bainita c o m e ç a a formar-se mais ou m e n o s a 560°C; a c e r c a de
3 4 0 ° C , a p ó s E ç r n x a ã E á s i n e n í e 4CT5> d e t r a n s f o r m a ç ã o , a a u s t e n i t a r e m a n e s c e n t e s e t r a n s -
forma em m a r t e n s i t a , até 150°C, q u a n d o a reação se c o m p l e t a . F i n a l m e n t e , para a b a r r a d e
4 10 m m , n o r e s f r i a m e n t o e m á g u a , c o m e ç a a f o r m a r - s e m a r t e n s i t a a c e r c a d e 3 6 0 ° C , t e r m i -
nando a 1 5 0 ° C .
QPONMLKJIHGFEDCBA
Na figura n s 5 3 , estão representadas superpostas as c u r v a s d e dois aços: ao c a r b o n o
(0,28%) r e p r e s e n t a d o na figura n 2 5 2 e a ç o - l i g a a o m a n g a n ê s - m o i i b d ê n i o ( 0 , 3 0 C, 1,55 Mn
e 0,28 M o ) , o q u e p e r m i t e c o m p a r a r a c a p a c i d a d e d e e n d u r e c i m e n t o d o s d o i s m a t e r i a i s . P a r a
simplificar, e m a b c i s s a s f o r a m i n d i c a d o s d i â m e t r o s de b a r r a a p e n a s p a r a e s f r i a m e n t o a o ar.
JÓ..*;.:
: 77
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
0 , 2 a 0,7 m m p a r a r e s f r i a m e n t o a o a r
9 a 15 m m p a r a r e s f r i a m e n t o e m ó l e o
14 a 24 m m para resfriamento em água
Ao
n leitor que desejar aprofundar-se na matéria, recomenda-se a consulta à obra indicada na bibliografia.
78 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
EDCBA
EDCBA FATORES QUE AFETAM A POSIÇÃO DAS CURVAS DO DIAGRAMA TTT '
I i i i_
RESFRIAMENTO AO A R
- RESF. EM ÓLEO
— RESF. EM ÁGUA
DIÂMETRO DA B A R R A , m m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
Fig. 52 - Diagrama para resfriamento contínuo para aço com 0,38% C, ilustrando o comportamento de
transformação e m várias velocidades de resfriamento.
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 79
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçosE FERROS FUNDIDOS
D i â m e t r o d a barra, mm
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
H g . 5 3 - Superposição de curvas de resfriamento para aço-carbono e a ç o liga
Mn-Mo de baixo teor e m liga
80
EDCBA TRATAMENTO TÉRMICO DOS AÇOS zyxwvutsrq
81
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- r e m o ç ã o d e t e n s õ e s ( o r i u n d a s d e e s f r i a m e n t o , t r a b a l h o m e c â n i c o o u outra causa);
- aumento ou diminuição da dureza;
- aumento da resistência mecânica;
- melhora da ductibilidade;
- melhora da usinabilidade;
- m e l h o r a d a r e s i s t ê n c i a ao d e s g a s t e ;
- m e l h o r a d a s p r o p r i e d a d e s de corte;
- melhora da resistência à corrosão;
- m e l h o r a d a r e s i s t ê n c i a ao calor;
- modificação d a s propriedades elétricas e m a g n é t i c a s .
32
EDCBA
FEDCBA TRATAMENTO TÉRMICO DOS AÇOS
,
a 2.2. Tempo de permanência à temperatura de aquecimento - A influência do t e m p o de
o permanência d o aço à temperatura escolhida de aquecimento é mais ou m e n o s idêntica à d e
s máxima t e m p e r a t u r a de a q u e c i m e n t o , isto é, quanto m a i s l o n g o o t e m p o à t e m p e r a t u r a
e considerada de austenitização, tanto mais completa a dissolução do carboneto de ferro o u
m outras f a s e s p r e s e n t e s ( e l e m e n t o s d e l i g a ) n o f e r r o g a m a , e n t r e t a n t o m a i o r o t a m a n h o de
s grão r e s u l t a n t e .
- P r o c u r a - s e evitar, pois, p e r m a n ê n c i a à t e m p e r a t u r a a l é m d o e s t r i t a m e n t e necessário
- para q u e s e c o n s i g a m a s m o d i f i c a ç õ e s e s t r u t u r a i s m a i s c o n v e n i e n t e s . T e m p o m u i t o l o n g o
pode t a m b é m a u m e n t a r a o x i d a ç ã o o u d e s c a r b o n e t a ç ã o do m a t e r i a l . S o b o p o n t o d e v i s t a d e
modificação estrutural, admite-se q u e u m a temperatura ligeiramente mais a e i í a c a s e j a snsis
s vantajosa q u e u m t e m p o m a i s l o n g o a u m a t e m p e r a t u r a inferior, d e v i d o à m a i o r m o b i l i d a d e
e atómica. De q u a l q u e r modo, o t e m p o à t e m p e r a t u r a deve s e r p e l o m e n o s o suficiente a s e t e r
m sua uniformização através de toda a s e c ç ã o .
-
e 2.3. Resfriamento - Este é o f a t o r m a i s i m p o r t a n t e , p o i s ele q u e d e t e r m i n a r á e f e t i v a m e n t e a
e estrutura e, e m c o n s e q u ê n c i a , as p r o p r i e d a d e s finais d o s a ç o s . V i u - s e (fig. 23) c o m o p e i a v a r i a -
ção d a v e l o c i d a d e d e resfriamento p o d e - s e o b t e r d e s d e a periita g r o s s e i r a d e b a i x a r e s i s t ê n c i a
83
Aços E FEEXOS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA 6
V e l o c i d a d e s relativas d e r e s f r i a m e n t o de d i v e r s o s m e i o s
V e l o c i d a d e R e l a t i v a de
Melo d e r e s f r i a m e n t o R e s f r i a m e n t o para D i â m e t r o s d e :
1" 2" 3"
0 mais drástico (teórico) 1,23 0,30 0,14
Á g u a em agitação 1,00 0,27 ,0,13
Óleo em agitação 0,40 0,18 ''0,093
Corrente de ar 0,032 0,0157 .0,0102
Artranquilo 0,0152 0,0075 |0,0048
n Essas velocidades são indicadas para o centro de cilindros longos de uma liga austenítíca Te-Ni, quando
a temperatura do centro é 550°C, comparadas com a velocidade de resfriamento de um cilindro de 1" de
diâmetro, resfriado em água em agitação a uma velocidade de 38"C/seg.
n O material quente transforma o líquido com o qual entra em contato imediato em vapor, de modo que se
fornia uma camada gasosa, a qual isola o aço e pode tornar mais lento o resfriamento.
84
GFEDCBA
FEDCBA TRATAAIENTO zyxwvutsrqponmlkjihgfe
TÉRMICO DOS AÇ O S C_J
n- c) A á g u a , à m e d i d a q u e s e a q u e c e , p e r d e s u a e f i c á c i a , f a t o e s s e q u e n ã o d e v e ser
e mt... zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ecido , - - e esse líquido c o m o meio de resfriamento, p o i s s e o seu v o l u m e n ã o
a o U s a S for
e suficiente e l e s e a q u e c e r á e x c e s s i v a m e n t e , p e r d e n d o r a p i d a m e n t e a s u a e f i c á c i a : e v i i a - s e
esse i n c o n v e n i e n t e p e i o u s o d e á g u a c o r r e n t e e m v e z d e á g u a e m r e p o u s o , o u p e l o s e u
O resfriamento contínuo.
e Nos c a s o d o s ó l e o s , o efeito d a t e m p e r a t u r a não é tão s e n s í v e l , m a s c o m o m e d i d a d e
a segurança, deve-se evitar que s u a temperatura s u b a muito, para o que se utiliza
frequentemente u m sistema apropriado de circulação.
a A maior eficácia das soluções a q u o s a s é atribuída à s u a a ç ã o em remover a c a s a de
a óxido s u p e r f i c i a l e à m e n o r t e n d ê n c i a d e f o r m a r v a p o r n a s u p e r f í c i e d o a ç o , e v i t a n d o - s e
l i
r assim o i n c o n v e n i e n t e d o s c h a m a d o s " p o n t o s m o l e s " " , m u i t o c o m u n s n a t ê m p e r a d o s a ç o s .
- Finalmente, outro fator que deve s e r levado e m conta é o d a circulação do meio de
r e s f r i a m e n t o o u a a g i t a ç ã o d a p e ç a n o i n t e r i o r d e s s e m e i o . A T a b e l a 6 j á v i s t a e a T a b e l a 8< 2a)
TABELA7
V e l o c i d a d e d e r e s f r i a m e n t o n o c e n t r o d e u m a esfera de 4 " m m d e d i â m e t r o Ni-Cr
a t r a v é s da f a i x a de t e m p e r a t u r a 7 2 0 ° C - 5 5 0 ° C d u r a n t e o r e s f r i a m e n t o
e m v á r i o s m e i o s a p a r t i r de 860°C
Velocidade de Resfriamento
R e l a t i v a s à d a Á g u a a 18°C
M e i o de R e s f r i a m e n t o
na Faixa d e T e m p e r a t u r a de
7 2 0 ° C a 550"C
Solução a q u o s a a 10% NaOH 2,06
Solução a q u o s a a 1 0 % NaCI 1,96
Solução a q u o s a a 1 0 % Na CO., 2 1,38
Águaa0°C 1,06
Águaa18°C 1,00
Águaa25°C 0,72
Óleo 1 0,30
Óleo 2 0,22
Óleo 3 0,20
Águaa50°C 0,17
Óleo 4 0,16
Óleo 5 0.14
Tetracloreto de carbono 0,055
Água a 7 5 " C 0,047
Águaa100°C 0,044
Ar líquido 0,039
Ar 0,028
Vácuo 0,011
n "Softsports"
85
Aços zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
E FERROS FUNDIDOS
TABELA 8
Efeito d o m o v i m e n t o d o meio de r e s f r i a m e n t o s o b r e a v e l o c i d a d e d e r e s f r i a m e n t o
2Fe + 0 2 = 2 F e O , p r o v o c a d a pelo o x i g é n i o ;
Fe + C 0 2 = F e O + C O , provocada pelo anidrido carbónico;
Fe + H 0 2 = F e O + H , provocada pelo v a p o r de água.
2 .
2C + 0 2 =2CO
C +C0 2 = 2C0
C +2H =CH4 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
FEDCBA TRATAMENTO zyxwvuts
zyxwvutsrqponm
TÉRMICO DOS AÇ O S
Tais f e n ó m e n o s , d e o x i d a ç ã o e d e d e s c a r b o n e t a ç ã o , s ã o e v i t a d o s p e l o u s o d e uma
atmosfera protetora, ou controlada no interior do forno, a q u a l , ao prevenir a f o r m a ç ã o da
" c a s c a d e ó x i d o " , t r o n a d e s n e c e s s á r i o o e m p r e g o d e m é t o d o s d e l i m p e z a e, a o e l i m i n a r a
descarbonetação, garante u m a superfície uniformemente d u r a e resistente ao d e s g a s t e .
Escapa à finalidade desta obra u m a descrição dos vários tipos de atmosferas proteto-
ras u s a d a s n o s t r a t a m e n t o s t é r m i c o s d o s a ç o s . P o r o u t r o l a d o , n o c a p í t u l o d e d i c a d o à
lkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
"Prática d o T r a t a m e n t o T é r m i c o " , a l g u n s n o v o s p o r m e n o r e s s e r ã o m e n c i o n a d o s . N u m r á -
pido a p a n h a d o , e n t r e t a n t o , c o n v é m m e n c i o n a r q u e a s a t m o s f e r a s m a i s c o m u n s s ã o obti-
das pela c o m b u s t ã o total ou parcial d e c a r v ã o , óleo ou g á s . Tais a t m o s f e r a s p o d e m a p r e -
sentar o x i g é n i o , n i t r o g é n i o , a n i d r i d o c a r b ó n i c o , v a p o r d e á g u a , ó x i d o d e c a r b o n o , h i d r o g é -
be nio h i d r o c a r b o n e t o s , etc. O h i d r o g é n i o e a amónia dissociada, esta última c o m o fonte
b- económica de hidrogénio, também pode ser usadas, se bem que não tanto
co frequentemente.
m O h i d r o g é n i o a t u a c o m o a t m o s f e r a r e d u t o r a e do m e s m o m o d o a a m ó n i a d i s s o c i a d a . O
é óxido d e c a r b o n o a t u a t a m b é m , n o t r a t a m e n t o t é r m i c o d o s a ç o s , c o m o a t m o s f e r a r e d u t o r a .
-i -
É d e notar, c o n t u d o , q u e o h i d r o g é n i o e o ó x i d o d e c a r b o n o n ã o s ã o a p e n a s a g e n t e s r e d u t o -
te res. O h i d r o g é n i o s e m p r e e o ó x i d o d e c a r b o n o , s o b c e r t a s c o n d i ç õ e s , p o d e m provocar
descarbonetação, de modo que seu uso deve ser estudado adequadamente para q u e um
", objetivo n ã o s e j a a t i n g i d o c o m s a c r i f í c i o d e o u t r o - p o r e x e m p l o , e v i t a r a c a s c a d e ó x i d o s e m
às impedir a d e s c a r b o n e t a ç ã o .
na De o u t r o l a d o , o s h i d r o c a r b o n e t o s sempre e o CO também sob certas condições
de podem carbonetar o aço. Em r e s u m o , é preciso sempre u m estudo cuidadoso d a s pro-
e porções c o r r e i a s d o s vários c o n s t i t u i n t e s d e u m a a t m o s f e r a p r o t e t o r a para q u e , n o t r a t a -
as mento térmico n o r m a l dos a ç o s , s e j a m evitadas a o x i d a ç ã o e tanto a descarbonetação
", como a c a r b o n e t a ç ã o . A Tabela 9 adaptada da p u b l i c a ç ã o "Metal Progress Data
. Sheets"i '>3 r e s u m e a s r e a ç õ e s q u e o c o r r e m no interior d o s f o r n o s , d e v i d o às atmosferas
comuns presentes, apontando e s q u e m a t i c a m e n t e o tipo de reação, a p o r c e n t a g e m de-
os sejada p a r a q u e n ã o ocorra d e s c a r b o n e t a ç ã o , além de s u g e r i r q u a i s as a t m o s f e r a s mais
indicadas p a r a c a d a fim.
A t m o s f e r a s a b a s e d e n i t r o g é n i o , s o b r e t u d o as n i t r o g é n i o / á l c o o l , e s t ã o s e n d o e m p r e g a -
ó- das d e m o d o c r e s c e n t e . P o r e x e m p l o , a a d i ç ã o d e m e t a n o l n o n i t r o g é n i o c o n s t i t u i n u m m e i o
a protetor q u e s u b s t i t u i u m a a t m o s f e r a e n d o t é r m i c a . U m a c o m p o s i ç ã o t í p i c a é a s e g u i n t e ' ' : 3 2
a- CO - 1 8 a 2 0 % , H 2 - 32 a 40%, N 2 - 36 a 49%, C H - 1 a 4 % , C 0
4 2 + H 2 - 0,10 a 0 , 3 0 % .
À s v e z e s , p a r a o b t e r os m e s m o s r e s u l t a d o s p r o p o r c i o n a d o s p e l a s a t m o s f e r a s p r o t e t o -
ras, u s a - s e c o m o m e i o d e a q u e c i m e n t o b a n h o s d e s a l f u n d i d o ; o t r a t a m e n t o t é r m i c o dos
aços r á p i d a s c o n s t i t u i o e x e m p l o m a i s i m p o r t a n t e .
Os tratamentos térmicos usuais dos aços são: recozimento, normalização, têmpera,
revenido, c o a l e s c i m e n t o e os t r a t a m e n t o s isotérmicos.
C u r v a de Resfriamento
M;
Mf
PRODUTO: PERLITA (OU PERLITA E \
FERRITA OU PERLITA E CEMENTITA)
T e m p o , esc. l o g .
Fig. 5 4 - Diagrama esquemático de transformação para recozimento pleno
/
1150
1100
(Fay)
Austenita (A) /
1050
1000
Acm zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
950
*\
900
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
/\usten ta (A)
+
850
V\ Cemen ttta(C) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcba
I
800
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
N
l \
f r
750 / Ftecozímenfo Plano
"1
700
^ (Fea)
Ferrita (F)
650
600
Ce mentít a(C)
550 +
F+ P =erllta (P)
500
450 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
% C
91
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
&
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
4 7
&
•tterwà zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
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T> 22
E PERLITA O U PERLITA E C E M E N T I T A )
T e m p o , esc. log.
92
DCBA
FEDCBA
EDCBA TRATAMENTO TÉRMICO DOS Aços
KJIHGFEDCBA
4130-815 a871°C
4135, 4137, 4 1 4 0, 4142 - 843 a 8 7 1 ° C
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
4145, 4147, 4150, 4 1 6 1 , 4337, 4340 - 815 a 843°C
50B40, 50B44, 5046, 50646 - 815 a 843°C
50B50, 5 0 B 6 0 - 802 a S43°C
5130, 5 1 3 2 - 8 2 9 a 857°C
5135, 5 1 4 0 , 5 1 4 5 - 815 a 8 4 3 ° C
5147, 5 1 5 0 , 5 1 5 5 , 5160 - 8 0 2 a 8 4 3 ° C
50100, 51100, 52100 - 774 a 802°C - para têmpera em á g u a
50100, 51100, 52100 - 815 a 871 ° C - para têmpera em óleo
6150 - 843 a 8 8 5 " C
81B45 - 815 a 857°C
8 6 3 0 - 8 2 9 a 871 ° C
8637, 8640 - 829 a 857°C
8642, 8645, 8 6 B 4 5 , 8650 - 815 a 8 5 7 ° C
8655, 8660 - 8 0 2 a 843°C
8740, 8 7 4 2 - 829 a 857°C
9254, 9255, 9260 - 815 a 900°C
94B30, 9 4 B 4 0 - 843 a 855°C
9840 - 829 a 857°C
93
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçosE FERROS FUNDIDOS
115a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
1100
/
(Fea)
Austenita (A) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
1050
1000
/
950
900 / zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP
850 \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\
p zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
3
<" 800
/
rr
D /
rr
750
; — zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
/
2
UJ
1- \
\
B50
Fea)
600
Fe rita (F
1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
CE menti a ( C )
550 +
3 erlita (P)
500
450
400 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
% C
T A B E L A 10
T r a t a m e n t o s t í p i c o s de alívio d e t e n s õ e s e m d i v e r s o s t i p o s d e a ç o s
T e m p o , horas
T i p o de a ç o Temperatura p o r polegada
de s e c ç ã o
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA T A B E L A 11
E s t r u t u r a s r e c o z l d a s para u s i n a b i l i d a d e
DCBA
Teor de c a r b o n o % Estrutura ótima
DCBA
RQPONMLKJIHGFEDCBA
NMLKJIHGFEDCBA 0,06-0,20 No estado laminado (mais económico)
0,20-0,30 Abaixo de 75 mm de diâmetro: normalizada •
A c i m a d e 75 mm de diâmetro: no estado laminado
NMLKJIHGFEDCBA 0,30-0,40 R e c o z i d a de modo a produzir perlita grosseira
0,40-0,60 Perlita grosseira lamelar a carbonetos
grosseiros esferoidizados
0,60-1,00 1 0 0 % de carbonetos esferoidizados,
grosseiros a finos
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
GFEDCBA
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
% c
Fig. 59 - Diagrama de equilíbrio Fe-C, mostrando as faixas para esferoidização
Aços FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
I
m a s s e j a a f e t a d a p o r o x i d a ç ã o ou outro efeito t í p i c o d e t r a t a m e n t o t é r m i c o .
1
No caso de c h a p a s e tiras d e aço, o n d e o p r o c e s s o é muito utilizado, o seu objetivo é
produzir u m a estrutura ferrítica recristaiizada d e p o i s d a laminação a frio. O equipamento de
a q u e c i m e n t o e m p r e g a d o p o d e ser intermitente o u contínuo. Nos f o m o s intermitentes, diver-
s a s bobinas de c h a p a s são colocadas nas soleiras dos fornos e cobertas por u m a capa,
s e n d o aquecidas c o m a t m o s f e r a controlada, n u m período de t e m p o , q u e p o d e durar diver-
s o s dias.
A o contrário, no r e c o z i m e n t o contínuo, as c h a p a s desbobinadas p a s s a m através de c â -
m a r a s de aquecimento e resfriamento, em t e m p o s muito mais curtos: p o u c o s minutos. A li'
t
temperatura de aquecimento é da ordem de 7 5 0 ° C a 850°C, em cerca de 2 minutos. Segue-
s e resfriamento rápido até a temperatura de aproximadamente 4 0 0 ° C . E m seguida, num
t e m p o de 3 a 5 minutos, as chapas são s u b m e t i d a s a u m superenvelhecimento (uma espécie
d e revenido). O estágio d e superenvelhecimento reduz a concentração d e carbono dissolvi-
d o a m e n o s que 10 p p m , nos aços ferríticos e ferrítico-perifticos, d e m o d o a melhorar a
ductilidade e à resistência ao envelhecimento' 3 3 1 .
A seguir, p r o m o v e - s e resfriamento até a t e m p e r a t u r a a m b i e n t e a u m a v e l o c i d a d e de 2 ° C
a 1 0 ° C por s e g u n d o , c o m o q u e se obtém as m e l h o r e s propriedades. A n t e s d o tratamento, as
c h a p a s de aço s ã o s u b m e t i d a s a limpeza q u í m i c a o u eletrolítica. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
4 . Normalização - E s s e tratamento, e s q u e m a t i z a d o na figura 6 0 ( 3 6 ) consiste no aqueci-
m e n t o do aço a u m a t e m p e r a t u r a acima d a z o n a crítica, seguido d e resfriamento ao ar
tranquilo.
/ I
Faixa tf| ica de
normal zação ^. zyxw
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcba
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
/
E
l/y
t zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
/
96
CBA
FEDCBA
EDCBA TRATAMENTO TÉSMCO DOS AÇOS
S ff zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
C u r v a de Resfriamento
I Aa„
1
li' E
t
Mf
P R O D U T O : ( PERLITA FINA O U P E R L I T A
FERRITA O U PERLITA E CEMENTITA)
Tempo, esc. l o g .
ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fig. 61 - Diagrama esquemático de transformação para normalização
1015, 1 0 2 0 , 1 0 2 2 915°C
1025, 1030 900°C
I
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1035
hgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1040, 1045, 1050
885°C
860°C
1060, 1080, 1090 830°C
1095 845°C
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1117 900°C
1137 885°C
1141, 1144 860"C
1330 , 900°C
1335, 1340, 3 1 3 5 , 3140 870°C
BA 3310 925°C
4027, 4028, 4 0 3 2 900°C
4037, 4042, 4 0 4 7 , 4063 87Q°C
4118 925°C
4130 90G°C
4135, 4 1 3 7 , 4 1 4 0 , 4142, 4145, 4 1 4 7 , 4150 870*0
4320 935°C
4337, 4340 870°C
4520, 4620, 4 6 2 1 , 4718, 4720, 4815, 4817, 4820 925°C
5120 925°C
ie-
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Existem, como s e verá mais adiante, aços de composição tal que podem endurecer quando, após o
aquecimento, são resfriados ao ar. Esses aços não são considerados normalizáveis.
• 97
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS
FUNDIDOS
//
1150
1100
1050
(Fea)
Austenita (A) / /
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
1000
/ / zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
950
/
A 3
900
850 V
p
N zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
800
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rr
Z> zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
<< 750
. A i
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700 A • ; eáfdroidízi içãa A 1
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UJ
1-
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S50
800 \ Faa)
Fa rita (F
1 Ce menti a(C )
550 +
=>erlita (P)
500
450
400 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
% C
TABELA 10
Tratamentos típicos de alívio de tensões em diversos tipos de aços
Tempo, horas
Tipo de aço Temperatura por polegada
°C de secção
TABELA 11
Estruturas recozidas para usinabilidade
ALKJIHGFEDCBA
Teor de carbono % Estrutura ótíma
0,06-0,20 No estado laminado (mais económico)
0,20-0,30 Abaixo de 75 mm de diâmetro: normalizada .
EDCBA Acima de 75 mm de diâmetro: no estado laminado
0,30-0,40 Recozida de modo a produzir perlita grosseira
0,40-0,60 Perlita grosseira lamelar a carbonetos
grosseiros esferoidizados
0,60-1,00 100% de carbonetos esferoidizados,
grosseiros a finos
1150
1100 (Fe ) T
950 - - ..... —
- 850 \ \
i i
I /
/ C emen ita (C)
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. . Recoám mto : . , .( • - .- '•-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
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700
:
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650 - -zyxwvutsrqponmlkjihgfe
600 \ Ferrita (F) i
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(Feo) : .Cementita (C)
550 +
Perlita (P)
500
;
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450
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400 i
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
% c
vutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fig. 59 - Diagrama de equilíbrio Fe-C, mostrando as faixas para esferoidização
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aç o s £ FERROSFUNDIDOS
T ABE L A 12
Pr opr i edades me c â ni c a s dos a ç os n o s e s t a dos nor mal i z ado e r ecoz i do
NORMAL I Z ADO
Li mi t e da Li mi t e de r esi s- Al onga- Est rl c- Dur eza Li mi t a de Li mi t a de r esi s- Al onga- Est ri c- Dur eza
escoament o t ênci a à t r ação ment o ção Br i nel l escoament o t ênci a à t r ação ment o ção Bri nel l
e m 50 % e m 50 %
Kgf / mm1 Kgf / mm» MPa Kgf / mm1 Kgf / mm1
mm, % mm, %
0, 01 18, 0 180 31, 5 305 45 71 90 12, 5 29, 0 47 71
0. 20 31, 5 305 45, 0 440 35 60 120 25, 0 41, 0 37 54
0, 40 35, 5 345 59, 5 585 27 43 165 31, 0 52, 5 30 48
0, 60 42, 0 410 76, 5 755 19 28 220 34, 5 87, 0 23 33
0, 80 49, 0 480 94. 0 920 13 18 260 36, 5 80, 5 15 22
1, 00 70, 0 890 106, 5 1045 7 11 295 36, 5 75, 5 22 26
1, 20 70, 0 690 107, 0 1050 3 6 315 35, 5 71, 5 24 39
1, 40 67, 0 660 103, 5 1015 1 3 300 35, 0 69, 0 19 25
T e mp o , e s c . l og.
98
A TRATAMENTO TÉRMI CO DOS AÇOS
T e mp o , e s c . l og.
99
Os me i o s d e r es f r i ament o ut i l i zados d e p e n d e m d a endur eci bi l i dade d o s a ç o s ( t eor d e
c a r b o n o e p r e s e n ç a d e e l e me n t o s d e l i ga) , d a f o r ma e d i me n s õ e s d a s p e ç a s s u b me t i d a s à
t ê mp e r a , p o r q u e o q u e s e pr oc ur a n e s s a o p e r a ç ã o , é a obt enç ão d a est r ut ur a mar t ensí t i ca,
p a r a o q u e s e d e v e , por t ant o, f azer c o m q u e a c ur v a d e r es f r i ament o p a s s e à e s q u e r d a d o
c ot ov el o d a c ur v a e m C - c o mo a f i gur a 6 3 mo s t r a , evi t ando- se a s s i m a t r ans f or maç ão d a
aust eni t a n o s e u s p r o d u t o s nor mai s .
• água
• á g u a c o n t e n d o sai o u adf i f vos c áus t i c os
• ól eo, q u e p o d e c ont er u ma v ar i edade d e adi t i vos
• s ol uç ões a q u o s a s d e pol í mer os
Co mo n a t ê mp e r a o <x>nst i t ui nt e f i nal des ej ada é a mar t ensi t a, os obj et i vos d e s s a oper aç ão, s o b
o pont o d e vi st a d e pr opr i edades mec âni c as , s ã o a u me n t o d a dur ez a d o a ç o e d a s u a r esi st ênci a
à t r ação. Na r eal i dade, o a u me n t o d a dur ez a d e v e ocor r er at é u ma cer t a pr of undi dade.
Res ul t am t a mb é m d a t ê mp e r a , r eduç ão d a duct i l i dade ( bai xos v al or es d e a l o n g a me n t o e
est r i cção) , d a t e n a c i d a d e e o apar ec i ment o d e apr eci ávei s t e n s õ e s i nt er nas , q u e p o d e m, s e
n ã o b e m c ont r ol adas , ocasi or t ar d e f o r ma ç ã o , e mp e n a me n t o e f i s s ur aç ão.
F s a q i E a c p Ei s ç ã D d s t g r me r a sej a b e m s uc edi da, vár i os f at or es d e v e m s er l ev ados
e m c ant a. I ni dai ment e, a v el oc i dade d e r es f r i ament o d e v e s er t al q u e i mp e ç a a t r ans f or ma-
ç ã o d a aust eni t a n a s t emper at ur as ma i s e l e v a d a s , e m qual quer par t e d a p e ç a q u e s e des ej a
endur ec er . De f at o, a s t r ans f or maç ões d a aus t eni t a n a s al t as t emper at ur as p o d e m dar c o mo
r esul t ado est r ut ur as mi s t as , a s quai s o c a s i o n a m o apar ec i ment o d e p o n t o s mo l e s a l é m d e
conf er i r em a o a ç o bai x os v al or es par a o l i mi t e d e e s c o a me n t o e p a r a a r esi st ênci a a o c h o -
q u e . Por t ant o, a s e c ç ã o d a s p e ç a s const i t ui out r o f at or i mpor t ant e p o r q u e p o d e det er mi nar
di f er enças d e es f r i ament o ent r e a super f í ci e e o c ent r o. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
100 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
e
à
a, j t Ror i m l i aa
o
o
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BC * J
s
10
0, 10 0, 20 0, 30 0, 40 0, 50 0, 60 0, 70 0, 80 0, 90
o e Te or de Ca r bono
ve
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s X
se
e
o,
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Te o r d e C %
Fi g. 6 5 - Rel ação ent r e dur ez a, t eor de car bono e quant i dade de mar t ensi t a
m
E m p e ç a s p e q u e n a s ou d e p e q u e n a e s p e s s u r a , e s s a di f er enç a é des pr ez í v el . O me s mo ,
c ont udo, n ã o s e d á c o m p e ç a s d e g r a n d e s d i me n s õ e s , n o c ent r o d a s quai s a v el oc i dade d e
ob esf r i ament o é me n o r d o q u e n a super f í ci e, r esul t ando est r ut ur as d e t r ans f or maç ão mi s t a s , a
a não s er q u e o t eor d e el ement os d e l i ga d o a ç o sej a suf i ci ent e p a r a i mpedi r es s a t r ans f or ma-
ç ão e pr oduz i r s o me n t e a est r ut ur a mar t ens í t i c a.
e
Às v e z e s , p o r out r o l ado, é c onv eni ent e u m núc l eo ma i s mo l e e, ent ão, es c ol he- s e um
e
aç o e u ma v el oc i dade d e es f r i ament o q u e p r o d u z a m super f f ei e d u r a e núc l eo n a q u e l a s
c ondi ç ões .
s A r az ão d a al t a dur ez a d a mar t ens i t a j á f oi es t udada. Pa r a ma i o r cl ar eza s er á r epet i da e
- ampl i ada a s egui r :
a
O c a r b o n o di ssol ve- se p r o n t a me n t e n o f er r o g a ma , ma s é pr at i c ament e i nsol úvel n o f er r o
mo
al f a. Os á t o mo s d e c a r b o n o n o f er r o g a ma s e di st r i buem n o s e s p a ç o s ent r e o s á t o mo s d e
e
f er r o, i st o é, n o i nt er i or d a s uni dades c úbi c as d e f ace c ent r ada. Ent r et ant o, o s e s p a ç o s ent r e
-
os á t o mo s d e f er r o n o r et i cul ado c úbi c o c ent r ado d o f er r o al f a s ã o i nc apaz es d e a c o mo d a r
r
á t o mo s d e c a r b o n o s e m q u e s e p r o d u z a c ons i der áv el d e f o r ma ç ã o d o r et i cul ado. Es s e é o
dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
mot i vo d a bai x a sol ubi l i dade d o c a r b o n o n o f er r o al f a.
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 101
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços g FERROS FUNDIDOS
102
DCBA TRATAMENTO TÉRMICO DOS AÇOS
o
Hg. 66 - Aspect o mi cr ogr áf i co de aço t emper ado: mar t ensi t a. At aque: r eat i vo de ni t al . Ampl i ação: 1. 000
v e z e s . Per cebe- se per f ei t ament e a est r ut ur a t i pi cament e aci cul ar desse const i t ui nt e.
103
Aç os E FERROS FUNDI DOS
zyxwvutsrqponmlkjihg
ca
1 zyxwvutsrqponmlkj
zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
// ] E
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T e mp e r a t u r a d e Re v e n i d o , ° C
Fi g. 68 - Aspect o mi cr ogr áf i co de u m aço t emper ado most r ando a est r ut ur a mi st at r oosSa- mar t ensf l a.
At aque: r eat i vo de ni t al . Ampl i ação: 2 0 0 v e z e s .
nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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O Fi g. 70 - I nf l uênci a do i nt er val o de t e mpo no r eveni do de u m aço c o m 0, 327» C, r eal i zado a
quat r o t emper at ur as di f er ent es.
105
Aç os zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
F ERROS
E FUNDI DOS
me n o é c onhec i do c o m o n o me d e " f r agi l i dade de r eveni do" . A f r agi l i dade oc or r e ma i s r api da-
me n t e n a f ai xa 4 5 0 - 475° C. Os aç os - c ar bono c o mu n s c ont endo ma n g a n ê s abai x o d e 0 , 3 0 %
n ã o a p r e s e n t a m o f e n ó me n o . Co n t u d o , a ç o s c o n t e n d o a p r e c i á v e i s q u a n t i d a d e s de
ma n g a n ê s , ní quel e c r o mo , al ém d e u ma o u ma i s i mp u r e z a s , t ai s c o mo ant i môni o, f ósf or o,
es t anho ou ar s éni o, s ã o suscet í vei s a o f e n ó me n o .
Nã o s e t e m u ma ex pl i c aç ão cl ar a d e s s e f at o, e mb o r a s e t enha o b s e r v a d o c onc ent r aç ão
d e i mp u r e z a s n o s c ont or nos d o s gr ãos , o q u e c o mp r o v a q u e é nec es s ár i a a pr es enç a d e s -
s a s i mp u r e z a s , j u n t a me n t e c o m u m e l e me n t o d e l i ga, par a pr ov oc ar e s s a f r agi l i dade.
Es t a é s o me n t e r ev el ada n o ens ai o d e r esi st ênci a a o c h o q u e , poi s a s out r as pr opr i eda-
d e s me c â n i c a s e a pr ópr i a mi cr oest r ut ur a n ã o s ã o af et adas .
A n ã o s er q u e s e ut i l i zem mat ér i as p r i ma s mui t o pur as , o s a ç o s Cr - MT s ã o ma i s s us c et í -
v ei s a o f e n ó me n o .
Ap a r e n t e me n t e , o mol i bdêni o, e m t eor es d e 0, 5 a 1, 0%, r et ar da a suscet i bi i i dade à f r agi -
l i dade d e r ev eni do.
Os a ç o s q u e s e t or nar am f r ágei s, dev i do à s c a u s a s a p o n t a d a s , p o d e m vol t ar a o s e u
106
HGFEDCBA TRATAMENTO TÉRMI CO DOS AÇOS zyxwvu
107
Aç os E FERROS FUNDI DOS
108
AUSTEMPERA, MARTÊMPERA E OUTROS TRATAMENTOS TÉRMI COS
GFEDCBA
-
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,
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PONMLKJIHGFEDCBA
AUSTEMPERA, MARTÊMPERA
E OUTROS TRATAMENTOS
TÉRMICOS
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
109
Aç os E FERROS FUNDI DOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
1. I nt r odução - O c o n h e c i me n t o d a s c ur v as e m C, o es t udo ma i s a c u r a d o d o s f e n ó me n o s
q u e oc or r em dur ant e o a q u e c i me n t o e o r es f r i ament o d o s a ç o s e d a s c or r es pondent es t r ans-
f o r ma ç õ e s est r ut ur ai s per mi t i r am o d e s e n v o l v i me n t o d e n o v a s t éc ni c as d e t r at ament os t ér -
mi c o s d e s s a s l i gas, a l g u n s d o s quai s c h e g a m a subst i t ui r c o m v a n t a g e m o s t r at ament os
c onv enc i onai s , s o b r e t u d o s o b o pont o d e vi st a d o s car act er í st i cos f i nai s obt i dos . A segui r í M zyx
s er ão es t udados a l g u n s d e s s e s t r at ament os t ér mi c os . vi *
REVENI DO A
DUREZ A DESEJ ADA
Mf
PRODUT O: BAI NI TA
T e mp o , esc. I og.
Fi g. 7 2 - Repr esent ação esquemát i ca do di agr ama de t r ansf or mação par a aust emper a.
110
AUSTEMPERA, MARTÊMPERA E OUTROS TRATAMENTOS TÉRMI COS
HGFEDCBA
os T A B E L A 13
s- Pr opr i edades me c â ni c a s de a ç o 1 0 9 5 s ubme t i do a t r ês t i pos d e t r at ament o t ér mi co
ir í M zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- C J ( %) kgf m
o a) a ç o s - c a r b o n o c o mu n s , c o n t e n d o 0, 50 a 1 , 0 0 % d e c a r b o n o e u m mí n i mo d e 0 , 6 0 % d e
ma n g a n ê s ;
: b) a ç o s - c a r b o n o d e al t o c a r b o n o , c o n t e n d o ^ a i s d o q u e 0 , 9 0 % d e c ar bono e, pos s i v el -
• me n t e , u m p o u c o me n o s d o q u e 0 , 6 0 % d e ma n g a n ê s ;
. c) cer t os a ç o s - c a r b o n o ( c o mo por e x e mp l o , o 1 0 4 1 ) , c o m c a r b o n o abai x o d e 0 , 5 0 %, ma s
c o m ma n g a n ê s n a f ai xa d e 1, 00 a 1 , 6 5 %.
d) cer t os aços- l i ga, d e bai xo t eor e m l i ga ( t ai s c o mo o s d a sér i e 5 1 0 0 ) c ont endo c a r b o n o
a c i ma d e 0 , 3 0 %; o s a ç o s d a s sér i es 1 3 0 0 a 4 0 0 0 c o m t eor es d e c a r b o n o a c i ma d e 0 , 4 0 %;
e out r os a ç o s , t ai s c o mo 4 1 4 0 , 6 1 4 5 e 9 4 4 0 .
No q u e s e r ef er e à s e c ç ã o d a s p « v - ^ . par a o a ç o Í G8 Cp a r e x e mp l o , a má x i ma s e c ç ã o
per mi ssí vel p a r a a u s t e mp e r a é 5r r un^' a, . Aç o s - c a r b o n o d e me n o r t eor d e c ar bono exi gi r ão
s ec ç ões pr opor c i onal ment e d e me n o r e s p e s s u r a . Ent r et ant o, e m al guns aço- l i ga, p o d e - s e
admi t i r , par a a o b t e n ç ã o da est r ut ur a i nt ei r ament e bai ní t i ca, s e c ç õ e s at é c er c a d e 2 5 mm.
a- Fi nal ment e, ai nda n o c a s o d e a ç o s - c a r b o n o , s e s e per mi t i r a p r e s e n ç a d e a l g u ma per l i t a n a
mi cr oest r ut ur a, p o d e - s e a u s í e mp e r a r , e m p r o d u ç ã o c or r ent e, s e c ç õ e s b e m s uper i or es a
e 5 mm d e e s p e s s u r a .
O b a n h o d e a u s t e mp e r a ma i s i ndi c ado e u s a d o é sal f undi do, const i t uí do es s enc i al ment e zyxwvutsr
111
Aç o s EzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
FERROS FUNDI DOS
Fi g. 7 3 - Aspect o mi cr ogr áf i co de aço aust emper ado: bai ni t a. At aque: r eat i vo de ni t al . Ampl i ação: 1000
v e z e s . Not a- se a f or mação aci cul ar t í pi ca das est r ut ur as bai ní t i cas obt i das nas t emper at ur as mai s bai xas.
FEDCBA AUSTEMPERA, ^ LARTÈMPERA E OUTROS TRATAMENTOS TÉRMI COS zyxwv
|2
Tr asf or mação
T e mp o , esc. l og.
114
A
LKJIHGFEDCBA AUSTEMPERA, MARTÊMPERA E OUTROS TRATAMENTOS TÉRMI COS
115
E FERROSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FUNDI DOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
1. I nt r odução - O e n d u r e c i me n t o super f i ci al d o s a ç o s , e m g r a n d e n ú me r o d e apl i cações
d e p e ç a s d e má q u i n a s , é, f r equent ement e, ma i s c onv eni ent e q u e s e u endur ec i ment o t ot al
pel a t ê mp e r a n o r ma l , vi st o q u e , n e s s a apl i c aç ões , obj et i va- se a p e n a s a cr i ação d e u ma
super f í ci e dur a e d e g r a n d e r esi st ênci a a o d e s g a s t e e à a b r a s ã o .
O endur ec i ment o super f i ci al p o d e s er pr oduz i do por vár i os mé t o d o s , a s aber :
118 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
DCBA TÊMPERA SUPERFI CI AL
GFEDCBA
es c ão si gni f i cat i va d a e s p e s s u r a d a p e ç a , p o d e m r esul t ar t e n s õ e s r esi duai s d e c o m-
al pr es s ão d e p e q u e n o val or n e s s a c a ma d a endur ec i da, d e mo d o a t er - se me l h o r a i ns i g-
ma ni f i cant e n a r esi st ênci a à f adi ga.
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1 2 3 4 5 S
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mo T EMPO DE AQUECI MENTO, s
a-
Hg. 75 - Ef ei t o do t e mpo de aqueci ment o na pr of undi dade de endur eci ment o por t êmper a super f i ci al
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 119
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
No r ma l me n t e , o me i o é as per gi do o u bor r i f ado s obr e a s e c ç ã o a q u e c i d a o u a p e ç a é
me r g u l h a d a n o me i o , t e r mi n a d o o a q u e c i me n t o .
E m al guns c a s o s , p o r e x e mp l o e m p e ç a s ma c i ç a s , c o mo e n g r e n a g e n s d e p a s s o l ar go,
p o d e ocor r er a r ápi da a b s o r ç ã o d o cal or super f i ci al pel a ma s s a n ã o a q u e c i d a d a p e ç a . De s s e
mo d o , t em- s e o q u e s e poder i a c h a ma r d e " aut o- r esf r i ament o" , q u e el i mi nar i a o s me i o s l í qui -
d o s d e t ê mp e r a .
Al é m d a s v a n t a g e n s c i t adas , out r as q u e p o d e m s er me n c i o n a d a s s ã o : el i mi naç ão d o s
f o mo s d e a q u e c i me n t o , ma i o r r api dez d e t r at ament o, t r at ament o e m q u a l q u e r l ocal d a of i ci na,
n ã o p r o d u z apr ec i áv el ox i daç ão o u d e s c a r b o n e t a ç ã o d o a ç o , et c .
Os pr oc es s os us uai s d e t ê mp e r a super f i ci al s ã o :
« t ê mp e r a por c h a ma
• t ê mp e r a por i n d u ç ã o
• t ê mp e r a por l as er
• t ê mp e r a por f ei xe el et r ôni co
• t ê mp e r a por i mp l a n t a ç ã o i ôni ca
120
MLKJIHGFEDCBA TÊMPERA SUPERFICIAL
dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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a JpJt - i ~ _ Fi g. 7 5 - Tr ê s mé t odos de apl i cação do endur eci ment o super f i ci al por c ha ma . A f i gura super i or
m. . t e- f t í í v' I cor r esponde a o mé t odo c ha ma do "pr ogr essi vo", e m que a c h a ma é mov i da ao l ongo da ár ea a ser
• v f PS^y r 1 ' endur eci da; a f i gur a cent r al cor r esponde ao mé t odo "gi rat óri o", e m que a pe ç a é f ei t a gi rar; f i nal ment e a
- J p g Vr T f i gura i nf eri or r ef er e- se ao mét odo " combi nado" , e m que t ant o a peça c o mo a c h a ma se mov i me nt a m.
s
r j j j S j ^ g r A s v el oc i dades d e a q u e c i me n t o c o m c h a ma d e oxi acet i l eno, v a r i a m d e 5 a 3 0 c m/ mi n . e
m - p ^ i l ^ i o r ma l me n t e , o me i o d e r esf r i ament o é á g u a à t emper at ur a a mb i e n t e , o u e v e n t u a l me n t e ,
- J ^ p ^ ^ g g y a n d o s e des ej a u ma t ê mp e r a me n o s s ev er a, ar * 531.
n- " " f | ~r " ' - _ O mé t o d o " gi r at ór i o" é e mp r e g a d o e m p e ç a s d e s e c ç ã o ci r cul ar o u semi ci r cul ar , t ai s c o mo
e > J | 3 Í l K P d a s ' c a me s e p e q u e n a s e n g r e n a g e n s . Ma s u a f or ma ma i s s i mp l e s , ut i l i za- se u m me c a n i s -
J I ÉI I BRl J S? par a gi r ar a p e ç a n u m pl ano hor i zont al o u ver t i cal , f i cando s u a super f í ci e suj ei t a à a ç ã o d a
m ^ S B f ô c h a ma .
a, I f f i j ÇÇv ' : De s d e q u e s e " consi ga u m a q u e c i me n t o uni f or me, a v el oc i dade d e r ot ação é r el at i v amen-
, p o u c o i mpor t ant e- De p o i s q u e a super f í ci e d a p e ç a t i ver si do a q u e c i d a - por i nt er médi o d e
= ^ h ^ y - m o u ma ' s c a b e ç o t e s d e c h a ma s - a c h a ma é ext i nt a o u r et i r ada e a p e ç a é r esf r i ada p o r
e Y^ - f ' - . Ai f f i er são, bor r i f o o u por c o mb i n a ç ã o d e a mb o s o s mé t o d o s .
a ' l i l f i f èS É m cont r ast e c o m o mé t o d o pr ogr es s i v o, e m q u e o g á s c ombus t í v el u s a d o é g e r a l me n t e
o i : £Í JÍ ac8t ' ' 6no " dev i do s u a el ev ada t emper at ur a d e c h a ma e r ápi do a q u e c i me n t o - n o mé t o d o
o ~r Z, ~. ^ VSÍ r at ór i o, r es ul t ados sat i sf at ór i os s ã o obt i dos c o m g á s nat ur al ( me t a n a ) , p r o p a n a , a l é m d e
utsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- 4r r i «í í gás f abr i cado' . 531
121
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T ABE L A 14
Quant i dade de oxi gêni o- gás combust í vei s necessár i a par a a que c e r 1 c m2 de a ç o
a 815° C a u ma pr of undi da de de 3 2 mm
Pr opor ç ã o de T e mp o d e Co n s u mo Co n s u mo de.
Gá s oxi géni o par a a que c i me nt o de gá s oxi géni o ( m3 )
gá s c ombus t í v e l ( s) ( m3 ) por c m2 por c m2
Acet i l eno 1, 1 10 0, 0011 0, 0012
Me t a na 1, 75 20 0, 00215 0, 0038 •£25; zyx
Pr opana 4, 00 20 0, 00215 0, 0086 zyxwvutsrqpo
Fi nal ment e, o mé t o d o " c o mb i n a d o pr ogr essi vo- gi r at ór i o" al i a o s doi s ant er i or es: a p e ç a é
gi r ada, c o mo n o mé t o d o gi r at ór i o, a o me s mo t e mp o q u e a c h a ma s e mo v i me n t a d e u ma
m
ex t r emi dade à out r a. So me n t e u ma f ai xa est r ei t a d e ci r cunf er ênci a é a q u e c i d a pr ogr es s i v a-
me n t e , ã me d i d a q u e a c h a ma s e mo v e d e u ma ex t r emi dade à out r a p e ç a . O r esf r i ament o
mm
s e g u e i me d i a t a me n t e at r ás d a c h a ma .
Vár i os g a s e s c ombus t í v ei s p o d e m s er u s a d o s n a t ê mp e r a por c h a ma . A Tabel a 14' 53 '
mo s t r a a quant i dade d e ox i géni o e d e g á s c ombus t í v el nec es s ár i a p a r a a q u e c e r u m c ent í me-
t r o q u a d r a d o d e a ç o a 815° C a u ma pr of undi dade d e 3, 2 mm, par a a l g u n s g a s e s c ombus t í v ei s
q u e i ma d o s c o m o ox i géni o.
Par a o mé t o d o c o mb i n a d o pr ogr essi vo- gi r at ór i o, Za h k a r o v 1 5 4 1 r e c o me n d a a ut i l i zação
d a s f ór mul as abai x o p a r a cal cul ar o c o n s u mo d e ox i géni o e d e acet i l eno:
Co n s u mo d e ox i géni o: C o = 0, 70 - f p l / cm2
Co n s u mo d e acet i l eno: C k = 0, 45 V p l / cm2
T e mp o d e a q u e c i me n t o : T = 7 p ^ s e g .
Vel oc i dade d e mo v i me n t a ç ã o d a t or cha: v- • Z2 c m/ mi n , e m q u e p r epr es ent a a pr of undi -
d a d e e m mm.
A s p e ç a s t e mp e r a d a s por c h a ma n ã o f i c am i s ent as d e r ev eni do post er i or . Es s a s e g u n d a
o p e r a ç ã o p o d e t a mb é m s er f ei t a at r av és d e a q u e c i me n t o por c h a ma . E m p e ç a s d e g r a n d e
d i me n s ã o , e n d u r e c i d a s at é c er c a d e 6, 4 m m ( 1/ 4" ) , o u ma i s , o c al or r esi dual depoi s d o
r esf r i ament o p o d e s er suf i ci ent e par a r eveni r a s p e ç a s , al i vi ando a s t e n s õ e s or i gi nadas pel o
r esf r i ament o r ápi do e ev i t ando a n e c e s s i d a d e d e r ev eni do post er i or .
•£25; zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m
I ndut or
mm
. Ca mpo magnét i co
^ Ca mpo magnét i co
Fi g. 7 7 - Ex e mpl os de c a mpos magnét i cos e cor r ent es i nduzi das pr oduz i das por bobi nas de i ndução.
- f or ni a d a bobi na;
- di st ânci a o u e s p a ç o ent r e a bobi na d e i nduç ão e a peç a;
- t ax a d e al i ment aç ão d e f or ça;
- f r equênc i a;
- t e mp o d e a q u e c i me n t o .
T ABE L A 15
Font e d e ener gi a e f r equênci as par a t êmper asuper f i ci ai por i ndução
O pr oc es s o d a t ê mp e r a super f i ci al por i nct ução é apf i c adc c dnc i pai r není e e m t i pos d e
aç os endur ecr vei s, . ent r e o s quai s p o d e m s er ci t ados o s s epj ánr es 5 5 5 * :
• a ç o s d e mé d i o t eor d e c a r b o n o , c o m 1 0 3 0 e 1 0 4 5 , u s a d o s e m e n g r e n a g e n s , ei x os e
out r as p e ç a s aut omobi l í st i cas;
• a ç o s d e al t o t eor d e c a r b o n o , c o mo o 1 0 7 0 , e mp r e g a d o s e m f er r ament as ma n u a i s ,
br oc as d e per f ur aç ão d e r oc has , et c .
• aços- l i ga e mp r e g a d o s e m ma n c a i s , v ál v ul as d e a u t o mó v e i s , e c o mp o n e n t e s d e má q u i -
nas oper at r i z es . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
125
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
FEI XE D E L A S E R
Z ON A E NDURE CI DA zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
3 S
Fi g. 80 - Fei xe qua dr a do de l aser c om densi dade de f or ça uni f or me sobr e u ma pl aca chat a.
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127
Aç os E FERROS FUNDI DOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
1. Def i ni ções - Vi s a m o s t r at ament os t e r mo - q u í mi c o s o e n d u r e c i me n t o super f i ci al d o s
a ç o s , pel a modi f i c aç ão par ci al d a s u a c o mp o s i ç ã o quí mi c a, n a s s e c ç õ e s q u e s e des ej a
endur ec er .
A apl i cação d o c al or n u m me i o apr opr i ado p o d e l evar a e s s a al t er aç ão d a c o mp o s i ç ã o
quí mi c a d o a ç o at é u ma pr of undi dade q u e d e p e n d e d a t emper at ur a d e a q u e c i me n t o e do
t e mp o d e p e r ma n ê n c i a à t emper at ur a d e t r at ament o e m cont at o c o m o me i o e m ques t ão. A
modi f i c aç ão par ci al d a c o mp o s i ç ã o q u í mi c a , s e g u i d a g e r a l me n t e d e t r at ament o t ér mi c a
apr opr i ado, p r o d u z t a mb é m u ma modi f i c aç ão d a est r ut ur a d o mat er i al , r es ul t ando, e m r es u-
mo , n u ma modi f i c aç ão i gual ment e par ci al d a s pr opr i edades me c â n i c a s .
O obj et i vo pr i nci pal é a u me n t a r a d u r e z a e a r esi st ênci a a o d e s g a s t e super f i ci ai s, a o
me s mo t e mp o q u e o núc l eo d o mat er i al p e r ma n e c e dúct i l e t e n a z .
Es s a possi bi l i dade d e al i ar - se u ma super f í ci e dur a c o m o núc l eo ma i s mo l e e t enaz é d e
g r a n d e i mpor t ânci a e m i n ú me r a s apl i c aç ões , s o b r e t u d o p o r q u e , pel o e mp r e g o d o s a ç o s c o m
e l e me n t o s d e l i ga, p o d e - s e c ons egui r núc l eo d e el ev ada r esi st ênci a e t enac i dade, c o m s u -
per f í ci e e x t r e ma me n t e d u r a , r esul t ando n u m mat er i al c a p a z d e s upor t ar e m al t a gr au, cer t os
t i pos d e t ens ões .
Os pr oc es s os d e e n d u r e c i me n t o super f i ci al s ã o o s s egui nt es :
' c e me n t a ç ã o ;
• ni t r et ação;
• c i anet aç ão;
• car boni t r et ação;
• bor et aç ão.
130
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS
GFEDCBA
s é por s u a v e z , u ma f unç ão d a t e mp e r a t u r a e d a c onc ent r aç ão d e c a r b o n o . Nã o é el e pr at i -
a c ament e af et ado pel o t a ma n h o d e gr ão d o a ç o , n e m pel a p r e s e n ç a d a s i mpur ez as n o r ma i s
( f ósf or o enx of r e e ni t r ogéni o) , n e m pel os e l e me n t o s d e l i ga n o s t eor es e m q u e s ã o u s u a l -
o ment e enc ont r ados n o s aços- l i ga par a c e me n t a ç ã o . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
o
A
s
a
-
V
oO .0 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
o <^>
e
m / / zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
-
s
1, 5 /
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
/ /
/>
0 4 8 12 16 20 24 28 32
T e mp o de c ement aç ão, hor as
2 CO 5 ( C) + C 0 2
( 1)
C H , í : ( C) + 2 H ( 2)
s-
onde ( C) r epr es ent a o c a r b o n o di ssol vi do n o f er r o n a super f í ci e d o a ç o . A v el oc i dade d e
r eaç ão d o g á s n a super f í ci e, e m f u n ç ã o d a t emper at ur a, d e p e n d e d a nat ur ez a d o g á s :
t emper at ur as c r es c ent es d e s l o c a m a r e a ç ã o ( 1) par a a e s q u e r d a e a r eaç ão ( 2) p a r a a
di r ei t a.
f ) Vel oci dade de f l uxo de gás - Es s e f at or i nf l uenci a a v el oc i dade d e r eaç ão n a super f í ci e
e, d e p e n d e n d o d a nat ur ez a d o g á s d e c a r b o n e t a ç ã o , p o d e s er deci si va, poi s, c o m a l g u n s
gas es d e c e me n t a ç ã o pode- s e t er u ma d e p o s i ç ã o n ã o des ej ada d e c a r b o n o n a super f í ci e d o zyxwvutsrq
131
Aços £zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
132
KJIHGFEDCBA TMMMENTOS TEKMO-QUJMTCOS zyxwvutsr
se ~N zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
\
do
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
na
de
ão
o
o- \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
\
a
ão
ma
\
da
ir
e \
e
o 0 1. 0 2. 0 3. 0
a.
s Di st ânci a da Super f í ci e ( mm)
Fi g. 8 2 - Gr adi ent e de car bono, e m c ement aç ão dur ant e 4 hor as a 1050° C c o m et i l eno.
s
de
e
Af i gur a 8 3 mo s t r a a s pr of undi dades d e c e me n t a ç ã o q u e p o d e m s er obt i das e m a ç o AI SI
i-
~ Ki \ C~ 4 6 1 5 , a vár i as t emper at ur as .
de
es
2. 3. Reações f undament ai s da cement ação - Par a doi s d o s a g e n t e s c ar bonet ant es ma i s
,f usuai s, a s r e a ç õ e s f undament ai s d a c e me n t a ç ã o são' 611 :
m-
ob
2 CO + 3 Fe í Fe 3C + C 0 2
CH, + 3 Fe Fe , C + 21- L
da
C o mo s e v ê , e s s a s r e a ç õ e s s ã o r ev er s í v ei s : c o me ç a n d o c o m C O o u CH 4 , adi c i ona- s e
s
; õar bono à s uper f í c i e; c o me ç a n d o c o m C 0 2 o u H2 , r e mo v e - s e c a r b o n o d a s uper f í c i e.
a
Por t ant o, p a r a gar ant i r a adi ç ão d o c a r b o n o , d e v e - s e pr oc ur ar r e mo v e r C 0 2 e H2 e pr odu-
a
zi r ma i s C O o u CH 4 ; d o cont r ár i o a r e a ç ã o p a r a . Po r out r o l ado, p a r a u ma t e mp e r a t u r a
• det er mi nada e p a r a u m t eor d e c a r b o n o d e t e r mi n a d o d a s uper f í c i e d o a ç o c o m a qual os
RQPONMLKJIHGFEDCBA
r-
• gas es e n t r a m e m c ont at o, h á a l g u ma r el aç ão def i ni da
s-
u-
CO CH,
s C O,
do j Bi pí p- ^ Par a a qual a s t e n d ê n c i a s c a r b o n e t a n t e s o u d e s c a r b o n e t a n t e s f i c am e x a t a me n t e em
o,
i í pÍ | | f eequi l í br i o. Af i g u r a 84< w> r epr es ent a a s c u r v a s par a o equi l í br i o d e mi s t ur as C O e C 0 2 com
o
' âp||8| aç os d e di f er ent es t eor es d e c a r b o n o . Po r e x e mp l o , a 950° C, s ã o nec es s ár i as c e r c a d e
133
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
2,5a
.o /
/zyxwvutsrqponmlkjihgf
V zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
/
2,00 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
m
//
1, 50
/
e
CO
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
1, 25
| 4:
0 1 2 3
T e mp o , h
134
NMLKJIHGFEDCBA
GFEDCBA TRATAMENTOS TERMO- QUI MI COS
Equilíbrio
Austenita - Cementita zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
o
edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
KJIHGFEDCBA
/
m
aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o/ o
"0 / CO
3" / O"
/
/
o
o
/
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
1
ff
°" Q
3*
JIHGFEDCBA
700 750 800 850 900 950
| 4:
Temperatura °C
\
H4
e
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
de
r o,
.
\
E
da SD \
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\
I- 900
.•m-.f.-.t
F - zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
^, 95* 0
em \
t u-
om \ ^0 , 6 0 %C
^ 0, 20%C
em
o
ao
s,
1: 50 1: 37 1: 25
Est e
o. Rel ação CH„ : K,
de
Fi g. 85 - Ef ei t o de di f er ent es r el ações CH4 / H2 e m aços de vár i os t eor es de car bono, a di ver sas t emper at u-
s o. r as. Uma c ompos i ç ã o à di rei t a de u ma cur va é car bonet ant e par a o a ç o consi der ada; u ma c ompos i ç ã o à
esquer da é descar bonet ant e.
135
Aç os E FERROS FUNDI DOS
C0 2 + C zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
-j . 2 CO
ou
B a C0 3 + C Ba O + 2 CO
B a O + COa t ? Ba CO. ,
o u sej a o B a O ( as s i m c o mo o Na 2 0 , s e o at i v ador f or c ar bonat o d e s ódi o) , r eagi r i a c o m o
C 0 2 , h a v e n d o a s s i m u ma t endênc i a a t er - se g á s ma i s pobr e e m C 0 2 , o u ma i s r i co e m C O,
c o mo s e des ej a.
136
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS zyxw
Fi nal ment e, convi r i a r el aci onar r a p i d a me n t e al guns d o s cui dados a s er em obs er v ados n a
a c e me n t a ç ã o e m c ai x a:
, - as c ai x as d e v e m s er b e m pr opor c i onadas e m r el ação à s d i me n s õ e s d a s p e ç a s , dev i do
m ao f at o d o a ç o s er b o m c ondut or d o cal or , ma s n ã o a mi s t ur a c ar bur i z ant e;
à - a s p e ç a s d e v e m apr es ent ar - s e b e m l i mpas , ant es d a c e me n t a ç ã o ;
- o t e mp o d e c e me n t a ç ã o d e v e s er es c ol hi do d e ac or do c o m a pr of undi dade d e s e j a d a n a
e c a ma d a c e me n t a d a , c o m as d i me n s õ e s d a s p e ç a s , et c;
, - o cont r ol e d o pr oc es s o p o d e s er f ei t o c o m c or pos d e p r o v a c o l o c a d o s l at er al ment e n a s
u cai xas;
a - a p ó s a c e me n t a ç ã o , a s c ai x as d e v e m s er r esf r i adas r a p i d a me n t e a o ar , par a evi t ar , c o mo
s e v i u, a u me n t o d a quant i dade d e C0 2 n a mi s t ur a g a s o s a , o q u e p o d e pr ov oc ar
r des c ar bonet aç ão;
ar
Er ' " zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- as mi s t ur as c ar bur i z ant es d e v e m s er e mp r e g a d a s s e c a s , poi s a u mi d a d e p o d e pr ov oc ar
- des c ar bonet aç ão.
a
a Dev i do a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o d e c e me n t a ç ã o e m c ai x a, pr i nci pal ment e n o q u e s e
r ef er e à di f i cul dade d e obt er - se u ma c a ma d a super f i ci al e n d u r e c i d a d e g r a n d e pr ec i s ão,
- es s a t écni ca n ã o é ma i s u s a d a q u a n d o s e ex i ge t ot al cont r ol e d e qual i dade d o mat er i al .
Ne s s e c a s o , r ecor r e- se a o s out r os p r o c e s s o s d e c e me n t a ç ã o .
Por out r o l ado, por s er u m p r o c e s s o s i mpl es , q u e n ã o ex i ge e q u i p a me n t o sof i st i cado, a
c e me n t a ç ã o e m c ai x a c ont i nua s e n d o u ma t écni ca ut i l i zada e m p e q u e n a s i nst al ações i n d u s -
m t r i ai s e of i ci nas, o n d e ev ent ual ment e a c e me n t a ç ã o d e v e s er apl i c ada e m p e ç a s , f e r r a me n -
t as e ut ensí l i os di v er s os .
l
- 2. 4- 2. Cement ação a gás - Ne s t e p r o c e s s o , a s ubs t ânc i a c a r b o n á c e a é u ma at mos f er a
i
- I V; " g a s o s a . A s coossd&ações i ni ci ai s a s e r e m f ei t as a r espei t o des t e p r o c e s s o s ã o a s s egui nt es :
137.
Aç os E FERROS FUNDI DOS
2 C O * ? ( C) + C 0 2
C O + H2 * 5 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
( C) + H 0 2
CH4 * ( C) + 2 H 2
( me t a n a )
C2 H6 tf ( C) + x CH4 + y H2
( et ana)
C3 H„ X ( C) + x C 2 H 3 + y CH 4 + z H 2
( pr opana)
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
e m c ar bono e hi dr ogéni o, c o mo i ndi c am a s r e a ç õ e s a c i ma . Es s a d e c o mp o s i ç ã o p o d e pr ov o-
c ar o depós i t o d e c a r b o n o l i vr e, e c o n s e q u e n t e me n t e o a p a r e c i me n t o d e pont os mai s mo l e s
n a super f í ci e d o a ç o . Po r e s s a r az ão, pr oc ur a- s e di l ui r os hi dr oc ar bonet os e m g a s e s d o t i po
d o hi dr ogéni o q u e est abi l i zam o pr oc es s o d e c a r b o n e t a ç ã o , vi st o q u e o hi dr ogéni o, apes ar de
s u a a ç ã o p r e d o mi n a n t e me n t e des c ar bonet ant e, f av or ec e a c a r b o n e t a ç ã o pel a f or maç ão e
r egener aç ão d o mo n ó x i d o d e c ar bono. As s i m, n a c e me n t a ç ã o g a s o s a , o hi dr ogéni o const i t ui
u ma v er dadei r a f ont e d e C O e a g e c o mo ac el er ador d o pr oc es s o.
A f unç ão d o s g a s e s di l ui dor es - ni t r ogéni o e hi dr ogéni o - é evi t ar i gual ment e u ma a t mo s -
f er a e x c e s s i v a me n t e c onc ent r ada adj ac ent e à s ent r adas d e g á s , gar ant i r mo v i me n t o r ápi do
d o g á s no i nt er i or d o f or no e, pr i nc i pal ment e, gar ant i r n o i nt er i or des t e u m v o l u me d e g á s
suf i ci ent e par a ma n t e r u ma pr es s ão posi t i va e m t odos os pont os e, a o me s mo t e mp o , evi t ar
a nec es s i dade d e adi c i onar quant i dades ex c es s i v as d e hi dr oc ar bonet o.
Al é m d a s v a n t a g e n s j á me n c i o n a d a s n o i ní ci o d a ex pos i ç ão s o b r e es t e pr oc es s o, out r as
v a n t a g e n s d a c e me n t a ç ã o g a s o s a s obr e a c e me n t a ç ã o sól i da s ã o :
138
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS zyxw
ão, 1 1 1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
PROCESSO Gi \ ENDOTEHMI C
-4—
0 / s * 95mi n
S% da economi a
o à
' / 10h 3amí n
ai s; * ~4—
73 mi n
de 1 2 % de economi a
da
t u- / 5h 1Sm[ n
• 4-
50mi n
1 6 % de economi a
ém
na, ' / 1h50mi n
> A—
30 mi n
2 7 % dB economi a
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
V 4 A 9 .' 16 • J2S
T ABE L A 16
Compos i ç ã o de b a n h o s de sal par a c e me nt a ç ã o l í qui da
ç o. Co mp o s i ç ã o d o Ba nho, %
o Ca ma d a de Pe que na Ca ma d a de Gr a n d e
,. Const i t ui nt e Espessur a Espessur a
Bai xa Te mpe r a t ur a Ai t a Te mpe r a t ur a
, à
( 840° A 900° ) ( 900° a 955° C)
ma.
Ci anet o de sódi o 10a23 6a16
e,
Cl or et o de bár i o 0a40 30 a 5 5
v o-
Out r os sai s al cal i nos de met ai s t er r osos 0a10 0a10
l es
•'. Cl or et o de pot ássi o 0a25 0a20
po Cl or et o de sódi o 20 a 4 0 0a20
de ' Car bonat a de sódi o 30 ma x . 30 ma x .
e Acel er ador es out r os que compost os
t ui de met ai s al cal i nos t er r osos' 0a5 0a2
i Ci anat o de sódi o 1, 0 ma x . 0, 5 ma x .
os - Tl Dent r e esses acel er ador es, i ncl uem- se di óxi do de ma nga nê s , óxi do de bor o, f l uor et o de sódi o e
do : arf }onet o de si l í ci o.
ás
ar r os d é c i mo s d e es pes s ur a, a l é m d e s er es pec i al ment e v ant aj os a at é 0, 3 m m d e e s p e s s u r a ,
: da c a ma d a car bo- ni t r et ada;
as - possi bi l i t ando a t ê mp e r a di r et a, s e m r eaquec i ment o a p ó s a c e me n t a ç ã o , evi t a a u me n t o
excessi vo d o g r ã o .
139
EzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FERROS FUNDI DOS
íp ^
2. 4. 3. Cement ação l í qui da - É r eal i zada ma n t e n d o o a ç o à t emper at ur a a c i ma d e Ac , n u m b a n h o
d e sal f undi do, c o m c o mp o s i ç ã o a d e q u a d a par a p r o mo v e r o enr i quec i ment o super f i ci al d e c ar bono.
JS
Os b a n h o s car bur i zant es l í qui dos apr es ent am a s c ompos i ç ões i ndi cadas n a Tabel a 1 e' 69' .
i ^3
C o mo s e v ê pel a anál i s e d a Tabel a, c o n s i d e r a m- s e ger al ment e doi s t i pos d e b a n h o s par a
c e me n t a ç ã o l í qui da: a q u e l e s par a c a ma d a s d e p e q u e n a pr of undi dade e a q u e l e s par a c a ma -
i •"
d a s d e g r a n d e pr of undi dade. Há u ma s u p e r p o s i ç ã o d e c o mp o s i ç ã o d o b a n h o par a o s doi s
t i pos d e c a ma d a s . E m ger al , u m t i po d e b a n h o s e di st i ngue d o out r o ma i s pel a t emper at ur a ^ í l í ^ S
d e o p e r a ç ã o d o q u e pel a c o mp o s i ç ã o , d e mo d o q u e a s e x p r e s s õ e s " bai x a t emper at ur a" e
- í 'Ç- , V. zyxw
*r t s
" al t a t emper at ur a" s ã o pr ef er i das.
Sr e ^
Os banhos de bai xa t emper at ur a s ã o c o mu me n t e o p e r a d o s ent r e a s t emper at ur as d e
J a By i j
8 4 0 ° a 900° C, e mb o r a par a cer t os ef ei t os es pec í f i c os , es s a f ai xa d e t e mp e r a t u r a sej a, al gu-
ma s v e z e s , es t endi da d e 7 9 0 ° a 915° C. C o m o s b a n h o s par a o p e r a ç ã o e m bai x a t emper at u-
' l ásé
r a, a es pes s ur a d a s c a ma d a s c e me n t a d a s var i a d e 0, 08 a 0, 8 mm< 6 9 ) .
O mecani smo da cement ação c o m o s b a n h o s d e bai x a t e mp e r a t u r a é c o mp l e x o , dev i do
«^ «ííM
a o n ú me r o d e pr odut os f i nai s e i nt er medi ár i os q u e s e f o r ma m, ent r e o s quai s , h á o s s egui n-
t es' 69' : c ar bonat os al cal i nos ( Na 2 C0 3 ou K 2 C 0 3 ) , ni t r ogéni o, mo n ó x i d o d e c a r b o n o , hi dr óxi do '3Èâ%Êlí$
' á^ ^ ^
d e c a r b o n o , c i a n a mi d a s ( Na 2 CN 2 o u B a CN 2 ) e c i anet o ( Na NCO) .
Al g u ma s d a s r e a ç õ e s s ã o a s s egui nt es :
2 Na CN Na 2 CN2 + C
2 Na CN + 0 2 ± * 2 Na NCO
ou
Ma C N + C 0 2 ± s Na NCO + CO
Í^ USE
A pr i mei r a e a t er cei r a r eaç ão s ã o , pel o me n o s par c i al ment e r ev er s í v ei s . A s r eaç ões q u e
SJpêf
5|§fefK|
p r o d u z e m sej a C O o u C s ã o benéf i c as p a r a o b t e n ç ã o d a d e s e j a d a c a ma d a c e me n t a d a ,
c o mo por e x e mp l o :
'fp&|0
? f c Kp
s f e' . ; Í
3 F e + 2 C O _» F e 3 C + C 0 2
S- ^i ^
e
3 Fe + C - » F e 3 C
. ; | p| |
Ba ( CN) 2 B a CN2 + C Tt e S
140
A TRATAMENTOS TERÍ AQ- QLUMI COS zyxw
ão : Í | MS f p : N ã p r e s e n ç a d o f er r o, t em- s e:
t e- ;
B a ( CN) 2 + 3 F e • - B a CN 2 + F e 3 C
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c i anet o c i anami da
s o"
d e bár i o d e bár i o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
6. \
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^W$Ír'zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
De f at o, a a ç ã o car bur i zant e é d e v i d a pr i nci pal ment e a o c i anet o d e s ódi o N a C N at i v ado
i $^ i >c al al ! z ado pel a p r e s e n ç a d e s ai s al cal i nos t er r osos, c o mo d e bár i o, cál ci o o u est r ônci o:
t u- )
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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f | | f ! { 2 N a C N + Ba CI 2 - > B a ( CN) 2 + 2 Na CI .
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As pr i nci pai s v a n t a g e n s d a c e me n t a ç ã o l í qui da s a o a s s egui nt es * 701 :
%; ,
\
K' ir- r api dez d e o p e r a ç ã o , per mi t i ndo a o b t e n ç ã o d e apr ec i áv ei s pr of undi dades d e penet r a-
í p ^ ã o , . e m t e mp o r el at i vament e cur t o;
banho
no.
^â' : - - s upr es s ão d o t e mp o gas t o par a pr é- aquec i ment o d a s p e ç a s , a s quai s e n t r a m di r et a-
J SMI n e n t e e m c ont at o c o m a ma s s a l í qui da, à t emper at ur a des t a, n ã o nec es s i t ando ma i s d o q u e
i ^ 3 S | o u o o s mi nut os p a r a at i ngi r a t emper at ur a d o b a n h o ;
ra
. pr ot eç ão ef et i va cont r a ox i daç ão e des c ar bonet aç ão;
ma -
i •"' - - f aci l i dade d e c ol oc ar as p e ç a s n o i nt er i or d o b a n h o , s u s p e n s a s por g a n c h o s o u e m
is
r a ^ í l í ^ S p e s t a s especi ai s;
e
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- í 'Ç- , V. Í V " - s upr es s ão d a l i mpez a post er i or , s al v o n o c a s o d a t ê mp e r a e m ól eo; n o c a s o d a t ê mp e r a
* r t si ' di r et a, n ã o h á qual quer vest í gi o d e c a s c a d e óx i do;
Sr e ^ ^ ^ r - mai or cont r ol e d a pr of undi dade d e penet r aç ão;
de
J a By i j p l Ki possi bi l i dade d e o p e r a ç ã o c ont í nua, pel a c ol oc aç ão o u r et i r ada d a s p e ç a s , e n q u a n t o
gu-
dout r as es t ão e m t r at ament o;
at u-
' l á s é ^ S * - menor possi bi l i dade d e e mp e n a me n t o ;
do
«^ «ííM Úv- - mai or f aci l i dade d e pr oduzi r - se c e me n t a ç ã o l ocal i zada.
n-
do '3Èâ%Êlí$*~ Al g u ma s d a s c o n s i d e r a ç õ e s d e o r d e m ger al q u e p o d e r i a m s e r f ei t as a r es pei t o d e
' á ^ ^ ^ ; c e me n t a ç ã o l í qui da s ã o a s s egui nt es :
r ém - 1 8 0 ° c -
gf âf eí S?' - Nes t e c a s o , ent r et ant o, g e r a l me n t e é nec es s ár i o ef et uar u m n o v o r eaquec i ment o p a r a
SSI $ n o v a t ê mp e r a , a qual , par a pr ev eni r a f o r ma ç ã o d e aust eni t a r esi dual , d e v e s er l ev ada a
| Kr g | ê f e i t o a u ma t emper at ur a ma i s bai x a, d a o r d e m d e 800° C.
T t e Sl R ' - a pr of undi dade d e c e me n t a ç ã o q u e p o d e s er obt i da c o m b a n h o s d e sal var i a c o m s u a
141
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
CHt + F e - » Fe ( C) + 2 H 2 o u
( me t a n a )
C 3 H a + 3 F e - > 3 Fe ( C) + 4 H 2
( pr opana)
gi r , ? > v - P zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
g 7 Tr at ament os t ér mi cos da cement ação - Os a ç o s d e p o i s d e s u b me t i d a s à
t os _l & : c ement aç ão d e v e m s er t e mp e r a d o s . Ne s t a o p e r a ç ã o , d e v e - s e l evar e m c ont a doi s f at or es
' ' ^t - r ; - ; '- •:• i mpor t ant es:
d e £Jf pi f i
pr o- f i 0S ^ ' . a o p e r a ç ã o d e - c e me n t a ç ã o mu i t o p r o l o n g a d a d e s e n v o l v e u ma g r a n u l a ç ã o mu i t o
gr ossei r a;
. o a ç o c e me n t a d o apr es ent a d u a s s e c ç õ e s di st i nt as: u ma super f í ci e d e al t o c a r b o n o ,
ur a ' Sp t e ^ a c i ma d a c o mp o s i ç ã o e u t e t ó i d e g e r a l me n t e , c o m e x c e l e n t e s c ar ac t er í s t i c as d e
as à ;:
j emper abi l i da. de; e u m núc l eo d e bai x o c a r b o n o . Ent r e a s d u a s h á u ma z o n a d e t r ans i ç ão
"\ -
S gr adual . Na r eal i dade, poi s , o a ç o apr es ent a d u a s t emper at ur as cr i t i cas di st i nt as.
•
ft- A f i gur a 8 7 a d a p t a d a d o " Met al s Ha n d b o o k " ! 721 e s q u e ma t i z a o s vár i os t r at ament os t ér mi -
se • ; c c sa q u e o s a ç o s c o me n t a d o s p o d e m s er s ubmet i dos :
-fr Os r ef er i dos t r at ament os p o d e m s er r e s u mi d o s d a s egui nt e ma n e i r a :
ác uo
de - Têmper a di r et a ( E e F) - So me n t e é r e c o me n d a d a par a a ç o s d e gr anul aç ão f i na o u n o
ga- ; 3ç as o j á p e ç a s c e me n t a d a s e mb a n h o s d e sal , vi st o q u e o t e mp o d e p e r ma n ê n c i a à t e mp e r a -
a e í Sf i i r a- de c e me n t a ç ã o f oi ma i s cur t o, n ã o d a n d o opor t uni dade d e c r es c i ment o e x a g e r a d o d o
gr ão. Fa v o r e c e a r et enç ão d a aust eni t a ( t r at ament o E) d a c a ma d a c e me n t a d a , a qual p o d e ,
s ent r et ant o, s er r eduz i da, por t ê mp e r a post er i or l ogo a c i ma d a z o n a cr í t i ca ( t r at ament o F) .
da
l eo
ea-
da
s i da-
ea
da,
ur a
si s- i ' Fi g. 87 - Repr esent ação esquemát i ca dos vár i os t r at ament os de t êmper a par a os aços c e me nt a dos .
ól eo.
- Têmper a si mpl es ( A, B e C) - Cons i s t e e m t êmper a, depoi s d a s peç as c e me n t a d a s t er em
ma ^r esf r i ado a o ar . O t r at ament o A apl i ca- se a a ç o s d e gr anul ação f i na, n ã o r ef i nando o núc l eo. O
na zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
^t r at ament o B per mi t e r ef i no par ci al d o núc l eo, t omando- o mai s r esi st ent e e t enaz . O t r at ament o C
eor f t éf i na c ompl et ament e o núcl eo, ma s f av or ec e o cr esci ment o d o gr ão d a c a ma d a c e me n t a d a e
yj f ãvar ece i gual ment e a r et enção d a aust eni t a e m aç os d e al t o t eor e m l i ga, o que p o d e r eduzi r
^l i gei r ament e a dur ez a d a c a ma d a c e me n t a d a . Po r out r o l ado, f avor ece a di ssol ução d e c ar bonet os . '
o à - Têmper a dupl a ( D e F) - A p ó s a pr i mei r a t ê mp e r a , r eal i z ada d a t e mp e r a t u r a d e
ndo aust eni t i zação d o núc l eo, par a r ef i ná- l o t emper a- s e n o v a me n t e d e u ma t emper at ur a l ogo aci -
r e- -- ma d a t emper at ur a cr i t i ca d a per i f er i a. Pr o mo v e - s e n ã o s ó o s e u r ef i no c o mo Feduz-se a o
ili- mí ni mo a r et enç ão d a aust eni t a, ev i t ando- s e ent r e out r os i nc onv eni ent es , pont os mo l e s n a
de • c a ma d a c e me n t a d a . Al i a- se, as s i m, à g r a n d e dur ez a d a c a ma d a c e me n t a d a , u m núc l eo mui t o
e m- t enaz. I ndi cado t ant o par a aç os d e gr anul aç ão gr ossei r a ( t r at ament o D) c o mo d e gr anul aç ão
os , . f i na ( t r at ament o F) .
gás
t o, Nã o s e f az ger al ment e o r ev eni do n o s a ç o s c e me n t a d o s . S e , ent r et ant o, o me s mo f or
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Ji ecessár i o p a r a al i vi ar a s t e n s õ e s r es i duai s d a t ê mp e r a o u a u me n t a r a r esi st ênci a à
Aços £ FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2 NH3 - > 2 N + 3 H2
144
MLKJIHGFEDCBA
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COSEzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. AzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FERROS FUNDI DOS
A ni t r et ação a g á s p o d e s er r eal i zada e m " est ági o s i mpl es " o u " est ági o dupl o" ( 7 S) . No es t á-
gi o s i mpl es , a f ai xa d e t emper at ur as é d e 4 9 5 ° a 525° C e a p r o p o r ç ã o d e di s s oc i aç ão d e
a mó n i a var i a d e 1 5 a 3 0 %. Es s e pr oc es s o p r o d u z u ma c a ma d a super f i ci al r i ca e m ni t r ogéni o
e f r ági l , c onhec i da c o mo " c a ma d a ni t r et ada br anc a" .
No est ági o dupl o o b t é m- s e u ma r eduç ão d a e s p e s s u r a d a c a ma d a ni t r et ada br anc a. Ne s -
t e pr oc es s o, a t emper at ur a p o d e s er a me s ma d o pr i mei r o est ági o o u p o d e s er el ev ada at é
565° C e a pr opor ç ão d e di s s oc i aç ão d e a mó n i a é a u me n t a d a par a 6 5 a 8 5 % ( pr ef er i vel ment e
8 0 a 8 5 %) .
Na pr át i ca n ã o h á v a n t a g e m d e ut i l i zar - se o s e g u n d o est ági o, a n ã o s er pel a r eduç ão d o
c o n s u mo d e a mó n i a por hor a, o u a n ã o s er q u e a quant i dade d e c a ma d a b r a n c a super f i ci al
s ej a i nc onv eni ent e o u ai nda a n ã o s er q u e a quant i dade d e a c a b a me n t o nec es s ár i o a p ó s a
ni t r et ação sej a mui t o r eduz i da.
U m e x e mp l o pr át i co d e ci cl o nec es s ár i o p a r a ni t r et ar a g á s à pr of undi dade d e 0, 2 m m d e
e n g r e n a g e n s d e c o r o a ( pes o d e c a d a p e ç a 5, 3 Kg ) , e m f or no el ét r i co c onv enc i onal i nt er mi -
t ent e t i po si no é a p r e s e n t a d o a segui r 175' :
- - pur gar c o m a mó n i a 1, 5h
- a q u e c e r a 525° C 3, 0h
- ni t r et ar a 525° C ( 4 0 % d e di s s oc i aç ão) 32, 0h
- pur gar c o m a mó n i a e r esf r i ar 2, 0h
- pur gar c o m ar e r esf r i ar c ont i nuament e 1, 5h
Tot al 40, 0h
146
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS
Na CN 3 0 , 0 % má x .
- Na 2 C0 3 o u K 2 C 0 3 2 5 , 0 % má x .
e Out r os i ngr edi ent es at i vos 4 , 0 % má x .
Umi d a d e 2 , 0 % má x .
KCI r est ant e
A r el ação ent r e ci anet o e ci anat o é cr í t i ca, s e n d o o ci anat o o pr i nci pal r es pons áv el pel a
aç ão d e ni t r et ação. De f at o, est e c i anat o - à s t emper at ur as d e ni t r et ação - d e c o mp õ e - s e ,
l i ber ando c a r b o n o e ni t r ogéni o, o s quai s , c o mo s e s a b e , s e c ar ac t er i z am por di f undi r - se n o
o f er r o. Ent r et ant o, à s t emper at ur as d o t r at ament o, s o me n t e o ni t r ogéni o é ma i s at i vo n e s s a
aç ão d e di f us ão, r es ul t ando ni t r et os e m ma i o r quant i dade d o q u e c ar bonet os . De qual quer
mo d o , o s ni t r et os e c ar bonet os - e m pr i ncí pi o o F e N e o F e 3 C - f o r ma m u ma f ai xa o u c a ma d a
br anc a h o mo g é n e a c h a ma d a " z o n a d e c o mp o s t o s " q u e p o d e at i ngi r u ma e s p e s s u r a d e
0, 005 a 0, 015 m m , c o n f o r me o t e mp o d e o p e r a ç ã o q u e , por s u a v e z var i a d e 6 0 a 180
mi nut os g e r a l me n t e ( f i gs. 9 0 e 91J* 77 ) * 78 ' .
Es s a f ai xa, ai nda q u e n ã o apr es ent e d u r e z a mui t o el ev ada, é d e al t a r esi st ênci a a o d e s -
gast e, a l é m d e car act er i zar - se por g r a n d e r esi st ênci a a o e n g r i p a me n t o , pr opr i edade q u e a
c a ma d a ni t r et ada c o mu m obt i da n o p r o c e s s o cl ássi co n ã o p o s s u i . Out r o s e u car act er í st i co é
apr eci ável r esi st ênci a à c or r os ão.
O ni t r ogéni o, a l é m d e f or mar ni t r et o d e f er r o, di f unde- se par a o i nt er i or d o a ç o , c o mo j á s e
me n c i o n o u , f o r ma n d o u ma s e g u n d a f ai xa, c h a ma d a " z ona d e di f usão" ( f i g. 9 0 ) . O ef ei t o d o
ni t r ogéni o n e s s a z o n a d e di f usão d e p e n d e d o t i po d e a ç o ; n o s a ç o s c o mu n s , f o r ma m- s e
s e g r e g a ç õ e s aci cul ar es d e F e 4 N, q u e ent r et ant o, n ã o i nf l uem n a dur ez a. Se , por out r o l ado,
147
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
%5 m izyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
c zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
N cornpoilds*' "
•n 2 OiHsrxrs?:;-
n
\ av~ : - r - • sor. -: : :
<4f zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
1
"H
• y. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Zona de
di f usão
Di st anci a d a super f í ci e ex t er na
m
Fi g. 90 - Penet r ação do car bono e do ni t r ogéni o na super f í ci e de aço c o m 0 , 1 5 % C
submet i da à ni t r et ação l í qui da.
í?:-' -v •
5 ia
Ho r a s
Fi g. 91 - Pr of undi dade de ni t r et ação obt i da e m al guns a ç os submet i dos à ni t r et ação l í qui da a 570° C.
Not a- se a i nf l uênci a do t eor de car bono: a pr of undi dade de penet r ação é t ant o me nor , quant o
mai or o t eor de car bono.
148
MLKJIHGFEDCBA TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS zyxw
es
As f i gur as 9 2 , 9 3 e 9 4 ( 7 7 ) ( 7 8 ) p e r mi t e m ver i f i car as pr opr i edades d e r esi st ênci a a o d e s g a s t e
r esi st ênci a à f adi ga d e a ç o d e bai x o c a r b o n o s ubmet i do à " ni t r et ação e m b a n h o d e sal " .
u-
• o car act er í st i co d e al t a r esi st ênci a à f adi ga t o ma o s a ç o s ni t r et ados pel o p r o c e s s o d e
s
" ni t r et ação e m b a n h o - d e sal " d e g r a n d e e mp r e g o n a i ndúst r i a aut omobi l í st i ca, e m p e ç a s
c o mo br aç os d e di r eç ões , v i r abr equi ns , anéi s , pi nhões , e n g r e n a g e n s , et c .
E m r e s u mo , a " ni t r et ação e m b a n h o d e sal " car act er i za- se pel os s egui nt es pont os bás i c os :
- ut i l i zação d e u m b a n h o d e sal const i t uí do es s enc i al ment e d e c i anet o e ci anat o d e p o t á s -
si o ou sódi o;
LKJIHGFEDCBA - a t emper at ur a d e t r at ament o var i a d e 500° C a 560° C;
HGFEDCBA - o t e mp o n o r ma l d e o p e r a ç ã o é d e d u a s hor as ;
LKJIHGFEDCBA
LKJIHGFEDCBA
0 1 a 3 . 4 5
Dur a ç ã o do desgast e e m hs .
Fi g. 92 - Resul t ados compar at i vos obt i dos e m ensai os de desgast e a os quai s f or am submet i dos cor pos
de pr ova de aço e m ba nho de sal dur ant e 9 0 mi nut os. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
m
51 -
49- -
43-
CD
í?:-' -v •
41 •
O 39. _
37 -
s i o* s 10*
N a d e f l ex ões a l t e r n a d a s
149
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ACOSE FERROS FUNDI DOS
/
T3 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
/•«.^
cd
c zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
<D zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
/
/
^ 4 5
cd
o
íctí
x zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
CD
^
-<d
a
O)
40
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
CD
rr
f
1
1
3 4
Ho r a s
Rg . 94- Cur vas compar at i vas do l i mit e de f adi ga e m r el ação ao t e mpo, par a a ç o ni t r et ado pel o
pr ocesso ga s os o c o mu m e par a aço submet i do à ni t r et ação e m banho de sal . Ver i f i ca- se que,
pel o me n o s nas sei s pr i mei r as hor as, os val or es obt i dos na ni t r et ação e m ba nho de sal são
super i or es aos obt i dos na ni t r et ação cl ássi ca. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
150
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS
de
-
o
a, •l i --
-
ui
o-
a .
a THMPO DE OPERAÇÃO, h
Mi ?™
-
Fi g. 9 5 - I nf l uênci a da ni t r et ação i ôni ca sobr e a vel oci dade de f or mação da c a ma da ni t r et ada.
o
a,
- As p e ç a s a s e r e m ni t r et adas por e s s e pr oc es s o s ão c ol oc adas n o i nt er i or d e u ma c â ma r a
si mpl es, q u e const i t ui o f or no d e ni t r et ação e q u e n ã o p o s s u e m e l e me n t o s d e a q u e c i me n t o .
: Es s a t écni ca apl i c ada q u a n d o o pr oc es s o f oi des env ol v i do f oi subst i t uí da no mo me n t o p r e s e n -
t e pel a ut i l i zação d e el ement os d e a q u e c i me n t o , ger al ment e r esi st ênci as q u e el ev am a c a r g a
às t emper at ur as d e ni t r et ação - 3 7 5 " a 650° C, ant es d a d e s c a r g a i ncandescent e' 80 ' . Du r a n t e o
aquec i ment o, a p r e s s ã o é a u me n t a d a , ev i t ando- s e, as s i m, q u e o f ei xe i nc andes c ent e n ã o
f i que mui t o e s p e s s o d e mo d o a c aus ar s uper aquec i ment o. A segui r , o g á s d e p r o c e s s a me n t o
é admi t i do a u ma det er mi nada v el oc i dade d e f l uxo, c onf or me a ár ea super f i ci al d a c ar ga.
A pr es s ão é r egul ada n a f ai xa d e 1 a 1 0 t or r . O gás d e p r o c e s s a me n t o é ger al ment e u ma
mi st ur a d e ni t r ogéni o, hi dr ogéni o e, à s v e z e s , p e q u e n a s quant i dades d e me t a n a .
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
As p e ç a s f i c am i sol adas el et r i cament e d a s par edes d a c â ma r a , p a r e d e s es s as q u e c o n s -
KJIHGFEDCBA o â n o d o . A s p e ç a s pr opr i ament e di t as, s o b v á c u o , c ons t i t uem o c át odo.
t i t uem
HGFEDCBA A i onr i r et ação apr es ent a e m r el ação à ni t r et ação a gás , a v a n t a g e m d e obt er - se mai or cont r ol e
do supr i ment o d e ni t r ogéni o e a d e s v a n t a g e m d e poder ocasi onar s uper aquec i ment o l ocal i zado.
Apl i ca- se e m c o mp o n e n t e s d e aço- l i ga e f er r o f undi do q u e e x i g e m r esi st ênci a a o d e s g a s -
0, 1 0, 60 0, 56 0, 73 0, 12
0, 2 0, 51 0, 19 0, 73 0, 03
0, 3 0, 32 0, 05 0, 65 0, 02
0, 4 0, 26 0, 02 0, 55 0, 01
0, 5 0, 19 0, 01 0, 48 0, 01
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- 0, 6 - 0, 35 0, 01
0, 7 -
gfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA - 0, 25 -
151
Aç os E FERROS FUNDI DOS
5
^ ps
^
Nú me r o s de ci cl os al t er nados
vutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fi g. 96 - Ef ei t o da ni t r et ação i ôni ca, e mc ompa r a ç ã o c o ma ni t r et ação a gá s , sobr e o l i mit e de f adi ga.
«
^
A f i gur a 96<75> mo s t r a a i nf l uenci a d a ni t r et ação i ôni ca s obr e o l i mi t e d a f adi ga, e m c o mp a - :
r aç ão c o m a ni t r et ação a g á s .
- -
- p a s s a g e m d o c i anet o d e s ódi o a c i anat o d e s ódi o n a p r e s e n ç a d e ox i géni o d o a n 1
2 Ma C N + 0 2 - » 2 Na CNO %
- d e c o mp o s i ç ã o d o c i anat o d e sódi o: *
4 N a C N O - > Na 2 C0 3 + 2 Na CN + C O + 2 N ;
- o ni t r ogéni o f o r ma d o c o mb i n a - s e di r et ament e c o m o f er r o; r ^r
- o C O, e m c ont at o c o m o f er r o, p a s s a p r o v a v e l me n t e a C 0 2 e a c a r b o n o at i vo: i =~
2 C O- ^ C0 2 + C
o qual é t a mb é m abs or v i do pel o met al , e m me n o r quant i dade, p o r é m, q u e n a c e me n t a ç ã o
l í qui da, dev i do à i nt er f er ênci a d o ni t r ogéni o;
- r eaç ão d o c i anet o d e s ódi o c o m o C O a or i gi nando- s e ma i s c i anat o:
Na CN + C 0 2 - > Ma C N O + C O
152
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS
m: . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
O t empo d e i me r s ã o n o b a n h o var i a d e 3 0 mi nut os a u ma h o r a , a es pes s ur a d a c a ma d a
^ Sf ^ á n e t a d a v ar i ando ger al ment e d e 0, 10 a 0, 30 mm.
" l i ? ? . ^ ci anet ação é a p i t a d a mai s c o mu me n t e e m aç os - c ar bono d e bai x o t eor d e c ar bono, q u a n -
í i í S^ Hn s e desej a r api dament e u ma c a ma d a c o m dur ez a e r esi st ênci a a o des gas t e sat i sf at ór i as.
" ^ J » A c a ma d a c i a n e t a d a c o mp õ e - s e de duas z onas di s t i nt as : u ma , ma i s ex t er na,
^ mar t ensí t i ca; out r a, ma i s i nt er na, bai ní t i ca, apr es ent ando t eor ma i s bai x o d e c a r b o n o .
153
Aços E FERROSFUNDI DOSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i - £; ^£*
Fi nal i zando, u m es t udo d e DAVI ES e SMI TH' 871 c h e g o u , ent r e out r as , à s segui nt es concl u- ^
s o e s e m r el ação a o pr oc es s o d e car boni t r et ação: _11-~
t âf í
a ) O ní vel d e adi ç ão d e a mó n i a d e v e s er mant i do r el at i vament e bai x o - e m t omo d e 3 % a J l f i i
850° C, 6 % a 9 2 5 ° Ce 1 0 % a 950° C- par a i mpedi r a f or maç ão d e por os i dade abai x o d a super f í ci e; t i f
b) Es s a por os i dade sub- super f i ci al é ma i s suscet í vel d e a p a r e c e r n o s a ç o s a c a l ma d o s Éf f f
c o m si l í ci o o u n o s ef er v es c ent es , d e mo d o q u e t ai s a ç o s e x i g e m ma i o r cont r ol e d a quant i da- - ^| .
d e d e a mó n i a adi c i onada; í ^§ Í
c ) No s a ç o s a c a l ma d o s c o m a l u mí n i o , e n c r u a me n t o pr év i o a g r a v a a f o r ma ç ã o de zyxw
WmÊI
por os i dade sub- super f i ci al ; J--J
d) O ni t r ogéni o q u e é i ncor por ado n a super f í ci e d o a ç o dur ant e o pr oc es s o d e c a r bonf t r e t a ç ã o . ^ §
r eduz a quant i dade d e c a r bono q u e é necessár i a pa r a pr oduzi r - se a má x i ma dur ez a super f i ci al ; jÇ
|§
e ) O ni t r ogéni o a d i c i o n a d o d u r a n t e o p r o c e s s o a u me n t a s u b s t a n c i a l me n t e a I f t g f
endur eci bi l i dade d a c a ma d a car boni t r et ada e m a ç o s d o c e s ; ^i.~J
f ) So b o pont o d é vi st a d e endur ec i bi l i dade, a car boni t r et ação a pa r e nt e me nt e of er ec e l ^ l i
mai or es v a n t a g e n s q u e a c e me n t a ç ã o , n o e ndur e c i me nt o super f i ci al d e s e c ç õ e s s u p e r i o r e s t í g
a 12, 5 mm, a t e mpe r a t ur a s d e 925° C, o q u e n ã o ser i a vál i do pa r a s e c ç õ e s me n o r e s . x0^M^
-'.["
5. 1. Car boni t r et ação a pl asma - Es s a t écni ca é, e s s e nc i a l me nt e , u ma var i ação d o pr o- J f p i
c es s o d e ni t r et ação a p l a s ma por d e s c a r g a i nc a nde s c e nt e e a pr e s e nt a , e m l i nhas ger ai s, as. ! | | !
s egui nt es v a n t a g e n s : SÍ | P
• n e n h u ma f u ma ç a t óxi ca ou p r o d u ç ã o d e r es í duos ; ^ SP
• n e n h u m r i sco d e ex pl os ões ; f i K
• r eduç ão d o t e mp o d e p r o c e s s a me n t o ; ;|||:
• r eduç ão d o c o n s u mo d e ener gi a; Jstes
• r eduç ão d o c o n s u mo d o g á s d e t r at ament o. : £^ . ^
t- - - - - -
or q u e | | | j pf ç ?
ação - 4| í í l ^>Si
i l f â Sf S
par - F~Q ,_
f i na- M^ p ^ l Ç" 1 '
. ^ £* ~=
men- ; | | pf : Sí 5"
eagem " f à3?v *
f f t pf l í í f t
pel o ^ $ÈMf f : "
er r o, .
Ef í - * ~
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r ac- - j &Mr f í : .
st e e - . - gj i ^yf .
^ SS&Sê í
no.
el e- j pt Fv, -
. f g?' vp
duas f f êj f âj j i &i .
2. 1. Fer r ament as e di sposi t i vos manuai s - Te n a z e s s ã o f er r ament as i mpr esci ndí vei s par a
s er v i ç os ger ai s, pr i nc i pal ment e q u a n d o n ã o s e di s põe d e e q u i p a me n t o aut omát i c o. É c o n v e -
ni ent e possui r u ma c ol eç ão r azoável d e t e n a z e s d e di ver sos f or mat os e p e s o s q u e p o s s a m
Hf 4 » zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
pr ender e sust ent ar , s ej a por f e c h a me n t o , s ej a por aber t ur a, p e ç a s d e vár i os f or mat os . Su a
4<
c ons t r uç ão d e v e s er t al q u e per mi t a a p e n a s u m mí n i mo d e c ont at o c o m a s p e ç a s . No r ma l -
me n t e es s as t e n a z e s s ã o f abr i cadas d e a ç o s c o mu n s d e bai x o c a r b o n o , d e mo d o a sof r er
p e q u e n a i nf l uênci a d a v ar i aç ão d e t emper at ur a dur ant e o ser vi ço. Há , c o n t u d o , t enaz es e m
q u e o s c a b o s s ã o f ei t os d e a ç o s d e al t a r esi st ênci a.
Al é m d a s t e n a z e s , out r o di sposi t i vo d e g r a n d e ut i l i dade é o g a n c h o , d e p e s o e c onf or ma-
ç ã o a d e q u a d o s , p a r a per mi t i r mo v i me n t a ç ã o ef i ci ent e d a s p e ç a s n o i nt er i or d o s f o mo s , nos
b a n h o s d e sal o u n o s b a n h o s d e r es f r i ament o.
A f i gur a 9 7 apr es ent a a l g u ma s v ar i edades d e f er r ament as e di sposi t i vos e mp r e g a d o s por
u m exper i ent e t e mp e r a d o r .
• f or nos i nt er mi t ent es
• f or nos c ont í nuos
158
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS zyxw
m • f or nos a v á c u o
' f o mo s d e l ei t o f l ui di zado
os
o,
te
m
xe
ci -
•»r>
159
ACOSE FERROS FUNDI DOS
Í LEMENTOS DE AQUeCJMENTOJ
poçooe
HESFKAUEWrO
160
TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS zyxwv
F OR Ç A
cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
PAR T E RMOE 1 . HT RI CO
C ON E C T OR E S
Ret or t a
est anque do vácuo
$82 * **"
I sol ament o
Ei ement os
de r ef r at ór i os
' de aqueci ment o
Fundo
est anque do vácuo
BA Fi g. 100 - For no a v ác uo t i po si no
161
Os zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f omos de l ei t o f l ui di zado, e mb o r a d e c o n c e p ç ã o ant i ga, s o me n t e ma i s r ec ent ement "eí | pS; £' ;
t ê m si do u s a d o s e m o p e r a ç õ e s d e t r at ament o t ér mi c o. Se u pr i ncí pi o bas ei a- s e n a ut i l i zação^ r | l S; 5v-
d e par t í cul as f i nas d e óx i do d e al umí ni o, a s quai s c ons t i t uem u m l ei t o o n d e a s p e ç a s a s a r e m \ Sf f e s "
t r at adas s ã o me r g u l h a d a s . As par t í cul as s ól i das e f i nas s ã o ma n t i d a s e m s u s p e n s ã o por u m j
f l uxo d e g á s , q u e s o b e d o f undo à par t e s uper i or d o b a n h o . H á v ár i os t i pos d e l ei t os*' ;
f i ui dí zados, d e p e n d e n d o d a f ont e d e a q u e c i me n t o : -i
âf eba*
I p l i
• l ei t o f l ui di zado a q u e c i d o por e l e me n t o s ex t er nos d e r esi st ênci a el ét r i ca;
^ pâf e'
• l ei t o f l ui di zado a q u e c i d o por c o mb u s t ã o ex t er na; ;
S^ P^ í r
• l ei t o f l ui di zado a q u e c i d o por c o mb u s t ã o i nt er na d e g á s ; %
Sp Sf c
• l ei t o f l ui di zado d e doi s est ági os, a q u e c i d o s a g á s , por c o mb u s t ã o i nt er na. j
^f ' } -
Pf g ^ á
A f i gur a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1 0 1 mo s t r a doi s t i pos d e l ei t o f l ui di zado. ;
^ ^ ^ K^ ô
S^ f f l ;
j | l s S®
í ^ f t Sí
TTJ
' V'
LEITO
GREL HA
. • . f =LUI Di Ll ZADO. - . ' . : v. - y.
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3 ? T E
SUPORT E
CERÂMI CO MI STURA
( a)
AR/ GÁS
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DI STRI BUI DOR
i *;;" •
QUEIMADOR
COM EXCESSO
DE AR • ^;í j
f ep.
r' •
m: ' - .
Fi g. 101 - Repr esent ação esquemát i ca de doi s t i pos de f omos de l ei t o f l ui di zado. ^ -V
A
ment "eí | pS; £' ; , r ^ p a r ( e ( a ) d a f i gur a r ef er e- se a o l ei t o i nt ei r ament e a q u e c i d o : o g á s e o ar s ã o mi s t ur ados
ão^ r | l S; 5v- . - nr opor ç ões a p r o x i ma d a me n t e es t equi omét r i c as e a mi s t ur a é p a s s a d a at r av és d e u ma
e m \ Sf f e s " " ' ^ c a c er âmi c a p o r o s a , e m c i ma d a qual a s par t í cul as sól i das s ã o f i ui di zadas n a c or r ent e d e
u mj P. Es s e s t i pos d e l ei t o f l ui di zado s ã o e mp r e g a d o s par a t e mp e r a t u r a s el ev adas , v ar i ando
os*' ;
de 7 6 0 " a 1 2 1 5 ° C .
-i
âf eba* ^ ; A par t e ( b) d a f i gur a 1 0 1 c o r r e s p o n d e a o s i s t ema d e l ei t o f l ui di zado aquec i do e x t e ma -
I p l i J : ^ ^ . nes t e c a s o , u m q u e i ma d o r c o m e x c e s s o d e ar a q u e c e u ma c â ma r a d e di st r i bui ção,
^ p â f e ' " g o b r e a qual o l ei t o f l ui di zado é s upor t ado por u ma pl aca met ál i c a p o r o s a . O l ei t o é f l ui di zado
;
S^ P^ í r f e e i o s pr odut os d e c o mb u s t ã o , a par t i r d a c â ma r a d e di st r i bui ção. Lei t os f l uí df eados a q u e c i -
%
j
S p S f c S v dos ex t er nament e s ã o e mp r e g a d o s e m a q u e c i me n t o s a t e mp e r a t u r a s ma i s bai x as , d a or - zyxwvuts
^f ' } - . • deu: de 7 6 0 ° C o u me n o s .
P f g ^ á g . . o s f o mo s d e l ei t o f l ui di zado p o d e m s er a d a p t a d o s a pr at i c ament e t odas a s o p e r a ç õ e s d e
CBA
;
^ ^ ^ K ^ ô a t a me r r t o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
t ér mi c o, i ncl usi ve t ê mp e r a d e a ç o s r ápi dos .
S^ f f l ; v S- - o s f omos cont í nuos, ut i l i zados e m g r a n d e s sér i es, c o n t ê m, e m pr i ncí pi o, o s me s mo s
j | l s S®? c o mp o n e n t e s bás i c os d o s f or nos i nt er mi t ent es , o u sej a, a c â ma r a d e a q u e c i me n t o com
í ^ f t Sí s í i sol ament o t ér mi c o, o s i s t ema d e a q u e c i me n t o e por t as d e a c e s s o e d e des c ar ga. A di f er en-
3 ' ça f undament al é q u e e s s e s e q u i p a me n t o s o p e r a m d e mo d o c ont í nuo, o u sej a, a s p e ç a s a
; s er em t r at adas s e mo v i me n t a m c o n t i n u a me n t e . Sã o f o mo s q u e s e a d a p t a m f ac i l ment e à
: aut omaç ão e, por t ant o, s ã o e mp r e g a d o s par a t r at ar gr andes v o l u me s d e p e ç a s . Al g u n s t i pos
« p o s s u e m t a mb é m c â ma r a d e r es f r i ament o c o m at mos f er a c ont r ol ada. A r el at i va d e s v a n t a -
g e m d e s s e s f o mo s é q u e a c ober t ur a e o f e c h a me n t o d a s por t as d e c ar ga e d e s c a r g a d a s
; peç as p o d e m di f i cul t ar o cont r ol e d a at mos f er a pr ot et or a.
' V' >
í : Há vár i os t i pos d e f or nos cont í nuos" 92' :
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2. 3. Condi ções
de aqueci ment o - O a q u e c i me n t o é, c o mo s e v i u, f at or d e f undament ai
i mpor t ânc i a n o t r at ament o t ér mi c o, n ã o s ó n o q u e r espei t a à t e mp e r a t u r a d e a q u e c i me n t o ,
c o mo t a mb é m q u a n t o a o t e mp o d e p e r ma n ê n c i a à t e mp e r a t u r a . Re s i d e aqui u ma d a s c o n -
di ç ões q u e p o d e t or nar u m o p e r a d o r d e t r a t a me n t o s t ér mi c os u ma d a s p e ç a s bás i c as nes s a
i mpor t ant e f as e d e p r o d u ç ã o met al úr gi c a. U m a qual i dade p e s s o a ! q u e l he é i ndi s pens áv el é
a pac i ênc i a, a f i m d e q u e o a q u e c i me n t o s ej a ef et i vo e haj a c o mp l e t a uni f or mi z aç ão d e
t emper at ur a. Pa r a a q u e c e r e uni f or mi zar u ma p e ç a d e a ç o - c a r b o n o d e d i me n s õ e s n o r ma i s a
e m per f i s c hat os at é c i nc o qui l os, a r egr a u s u a l é per mi t i r q u e p e r ma n e ç a n o f or no u m t e mp o
q u e c or r es ponda a u m mi n u t o par a c a d a mi l í met r o d e e s p e s s u r a ; a l é m des t e t e mp o par a
uni f or mi zar , h á n e c e s s i d a d e d e u m t e mp o adi c i onal e m f u n ç ã o d a f o r ma d a p e ç a .
A exper i ênci a mo s t r a q u e a penet r aç ão d e c al or s e f az à r az ão d e c e r c a d e u m mi l í met r o
por mi nut o e m bar r as r e d o n d a s . Exi st e, c o n t u d o , u m f at or d e a q u e c i me n t o q u e é mai or par a
p e ç a s esf ér i cas e ci l í ndr i cas c er c a d e 5 0 % d o q u e p a r a p e ç a s l ongas o u q u a d r a d a s e q u e é
t r ês v e z e s ma i o r d o q u e e m pl ac as r et angul ar es . Ob s e r v a - s e a i n d a q u e q u a n t o ma i o r a
p o r c e n t a g e m d e e l e me n t o s d e l i ga, t ant o ma i o r s e r á o t e mp o d e a q u e c i me n t o par a
sol ubi l i zação c o mp l e t a .
C o mo s e v er á, h á a ç o s q u e n ã o p o d e m s e r a q u e c i d o s c o n t i n u a me n t e at é a s t emper at u-
r as cr í t i cas. Ne s s a s c o n d i ç õ e s , r ecor r e- se a p r é - a q u e c i me n t o s , s i mp l e s o u dupl o; t al é o
c a s o d e a ç o s c o m e l e v a d a p o r c e n t a g e m d e e l e me n t o s d e l i ga, c o mo o s a ç o s r ápi dos , c o m
al t o t eor d e c obal t o, c uj a t e mp e r a t u r a d e t ê mp e r a si t ua- se n a s p r o x i mi d a d e s d a l i nha
l i qui dus. Ne s t e s a ç o s , a p e r ma n ê n c i a a al t as t e mp e r a t u r a s ( 1300° C a 1330° C) , d e v e s er
r eduz i da a u m mí n i mo d e 2, 3 e at é 7 mi n u t o s n o má x i mo , p a r a q u e s e evi t e a f us ão '
i nci pi ent e.
N o r ev eni do, i g u a l me n t e , a p e r ma n ê n c i a d a s p e ç a s t e mp e r a d a s à t e mp e r a t u r a d o
r ev eni do, o b e d e c e a cr i t ér i os a d e q u a d o s . Po r out r o l ado, a s p e ç a s , l ogo a p ó s a t ê mp e r a ,
d e v e m s er t r ansf er i das a o s f or nos o u b a n h o s d e r ev eni do, o n d e d e v e m p e r ma n e c e r por
t e mp o mí n i mo nec es s ár i o, q u e , ent r et ant o, s e r á t ant o ma i s l ongo q u a n t o ma i o r o t eor d e
e l e me n t o s d e l i ga n o a ç o . Pa r a p e ç a s d e l g a d a s ( at é 3/ 8" ) d e a ç o s - c a r b o n o , é suf i ci ent e a
p e r ma n ê n c i a à t e mp e r a t u r a d e r ev eni do d u r a n t e 1 5 mi n u t o s , e n q u a n t o q u e , par a a s p e ç a s
d e al t o c r o mo , al t o c a r b o n o o u d e a ç o r ápi do, o s t e mp o s d e r ev eni do d e v e m s er d e 8 a 10
v e z e s mai or es . Al é m di s s o, par a o s a ç o s c o m al t o t eor d e l i gas, r e c o me n d a - s e a a d o ç ã o d e
pel o me n o s doi s r e v e n i d o s , c o m o obj et i vo d e gar ant i r a pr ec i pi t aç ão d a ma i o r par t e d a
aust eni t a r et i da n a o p e r a ç ã o d e t ê mp e r a e p a r a q u e s e ver i f i que c o mp l e t o al i vi o d e t e n s õ e s .
No q u e di z r es pei t o a o al f vi o d e t e n s õ e s , é i mpor t ant e me n c i o n a r q u e é b o a pr át i ca
pr oc es s ar - s e o r e a q u e c i me n t o c o m r ev eni do a bai x a t emper at ur a e m t o d a s a s f er r ament as
a p ó s o u s o e ant es d e envi á- l a à e s t o c a g e m. Es t e al í vi o d e t ens ões i mp õ e - s e pr i nci pal ment e
p a r a o s a ç o s par a t r abal ho a q u e n t e .
164
JIHGFEDCBA TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS
A
ai ment o c o m c ombus t í v ei s l í qui dos t e m a v a n t a g e m d o bai x o c us t o e é b e m a d a p t a d o par a
o, r ec uper ador es d e cal or . Ap r e s e n t a m a d e s v a n t a g e m d e exi gi r s i s t emas d e vent i l ação, per i go
n- de ex pl os ões o u i nc êndi os , ma i s mã o - d e - o b r a e a p e n a s c er t os mat er i ai s o u t i pos d e p r o d u -
sa t os p o d e m s e r t r at ados e m f o mo s c o m a q u e c i me n t o di r et o, dev i do a o ef ei t o d o e l e v a d o
é pont o d e or v al ho d o s g a s e s ox i dant es n a super f í ci e d a s p e ç a s .
de . ener gi a el ét r í ca - o a q u e c i me n t o el ét r i co d o s f or nos e o cont r ol e d a t e mp e r a t u r a é
a apl i cado e m q u a l q u e r t i po d e f or no d e t r at ament o t ér mi c o. O a q u e c i me n t o é f ei t o g e r a l me n t e
po í at r avés d o s c h a ma d o s " el ement os d e aquec i ment o" , c uj os t i pos v ar i am d e ac or do c o m a s
a t emper at ur as a s e r e m ut i l i zadas. O e l e me n t o d e a q u e c i me n t o ma i s c o mu m é f ei t o d e u ma
j l ga Nf - Cr , c o mo p o r e x e mp l o 3 5 Ni - 1 8 Cr - 4 4 Fe , f abr i cado e m t i r as. Pa r a t emper at ur as ma i s
o - el ev adas a l i ga ma i s c o mu m c o r r e s p o n d e a 80Ni - 20Cr . Pa r a t e mp e r a t u r a s a c i ma d e 1010° C,
ra ;: u t j i i zam- se e l e me n t o s d e a q u e c i me n t o não- met ál i c os d e c a r b o n e t o d e si l í ci o, f abr i c ados e m
é ' vár i os di âmet r os e c o mp r i me n t o s . Os e l e me n t o s d e a q u e c i me n t o el ét r i co a p r e s e n t a m a s
a v ant agens , a l é m d e a q u e c e r e per mi t i r u m cont r ol e ma i s r i gor oso d a t emper at ur a, d e l i mpe-
a z a , aus ênc i a d e pol ui ç ão, a u s ê n c i a d e di sposi t i vos d e e x a u s t ã o , ma i o r uni f or mi dade n o
' aquec i ment o, et c. A s d e s v a n t a g e n s s ã o : c us t o i ni ci al d e e q u i p a me n t o mai or , c us t o ma i o r d e
u- ' oper aç ão e, n o c a s o d e e l e me n t o s não- met ál i c os , t o ma r e m- s e quebr adi ç os c o m o t e mp o ,
o al ém d e ma i o r c u i d a d o par a ma n u s e á - l o s .
om
ha ; Out r o t i po d e a q u e c i me n t o é a t r a v é s d o s c h a ma d o s " t u b o s r adi ant es " o u " t ubos
er : i r r adi ador es d o cal or " q u e p o d e m e mp r e g a r t a mb é m c ombus t í v ei s l í qui dos e g a s o s o s sem
o ' {$•)... c aus ar d a n o s à s c â ma r a s d e a q u e c i me n t o , o u el ement os d e a q u e c i me n t o el ét r i co, o s quai s
'" f i cam pr ot egi dos d a a ç ã o d a at mos f er a pr ot et or a, poi s s e s i t uam dent r o d o s t ubos .
o
a, ' -,-. 2. 5. Pr eser vação da super f í ci e - Es t e c ui dado d e v e s er t o ma d o s obr et udo dur ant e o
or • ' aqueci ment o p a r a evi t ar ox i daç ão o u f o r ma ç ã o d e c a s c a d e óx i do. Às v e z e s , pr oc ur a- s e
e Áobt er a f o r ma ç ã o d e u ma c a ma d a d e óx i do az ul ada ou n e g r a , par a evi t ar ul t er i or o x i d a ç ã o .
a A p r e v e n ç ã o à ox i daç ão é possí vel e m f or nos à ól eo, pr at i c ament e aber t os , at r av és d e u m
s ; cont r ol e a d e q u a d o d e c h a ma e d o ci cl o d e aquec i ment o; p o r e x e mp l o , é pr át i ca c or r ent e
0 aquec er - s e o f or no à t emper at ur a s uper i or e m c er c a d e 100° C à t emper at ur a d e t ê mp e r a e,
de e m s egui da, f az er c o mb u s t ã o i nc ompl et a d o ól eo e, me s mo c o m p e r d a d e t emper at ur a,
a . consegui r - se at mos f er a pr ot et or a par a a t ê mp e r a d e f er r ament as .
s. Out r o r ec ur s o l ar gament e e mp r e g a d o e m f or nos d e muf l a à ól eo, a g á s o u el ét r i cos, é o
a do e mp a c o t a me n t o d a s p e ç a s e m c ai x as c o n t e n d o c ar v ão d e ma d e i r a gr anul ado, o u l i mal ha
s de f er r o f undi do c i nz ent o. Do me s mo mo d o , e m f or nos d e muf l a q u e p o s s a m s er f e c h a d o s
e her met i c ament e, a o c ol oc ar a p e ç a p a r a a q u e c i me n t o , l anç a- s e a o me s mo t e mp o n o i nt er i or
: do f or no s ubs t ânc i as r edut or as , pul v er i z adas , t ai s c o mo c an/ ão d e ma d e i r a e adi t i vos p a r a a
i pr oduç ão d e at mos f er as r edut or as e al t as t emper at ur as . E m e q u i p a me n t o s r udi ment ar es ,
e- • , pode- se c ondi c i onar a s p e ç a s a t r at ar e m r eci pi ent es d e gr af i t e d e v i d a me n t e c o n f o r ma d o s e
- " cober t os, n o i nt er i or d o s quai s o a q u e c i me n t o s e pr oc es s a e m c o n d i ç õ e s ex c el ent es .
o '.; E ai nda pr át i ca us ual o apr ov ei t ament o d e r est os d e el et r odos d e gr af i t e ut i l i zados n o s
r- • f omos d e f undi ç ão d e a ç o , o u a f o r ma ç ã o d e u m l ei t o d e c ar v ão d e ma d e i r a , c o m r es ul t ados
- ^ excel ent es n a t ê mp e r a d e p e q u e n a s f er r ament as , me s mo d e a ç o r ápi do. É i mpor t ant e o b -
- s er v ar q u e p a r a c ons egui r êxi t o s ã o nec es s ár i as d u a s f ac ul dades a o t e mp e r a d o r . a pr i mei r a
u- é a ac ui dade vi sual par a o b s e r v a ç ã o d a s t emper at ur as c o r r e s p o n d e n t e s à emi s s i v i dade d a
s ' peça s e n d o a q u e c i d a ; e a s e g u n d a , a p e r c e p ç ã o d o t e mp o mí n i mo d e p e r ma n ê n c i a à t e mp e -
r r at ur a d e t r at ament o par a q u e sej a gar ant i da a sol ubi l i dade d o s c ar bonet os n a aust eni t a e a
c ons equent e o p e r a ç ã o d e t ê mp e r a .
A pr es er v aç ão d a super f í ci e é me l h o r gar ant i da pel o e mp r e g o d e f o mo s a b a n h o d e s al ,
és ^ dev i dament e c ont r ol ados , as s i m c o mo pel o e mp r e g o d e a t mo s f e r a s c ont r ol adas e m f o mo s
s de muf l a a q u e c i d o s el et r i cament e o u n ã o .
165
Aç os zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
FERROS
E FUNDI DOS
2 F e + Oa = 2 F e O
Fe + C 0 2 = Fe O + CO
Fe + H 2 0 = F e O + H2
t odas el as d e o x i d a ç ã o , e
2C + 0 2 = 2 CO
C + C0 2 = 2 CO
F e „ C+ F L O = C O + H, + 3 F e
o u ev ent ual ment e
C + 2 H 2 = CH 4 , t odas el as d e d e s c a r b o n e t a ç ã o
4 Fe + 3 0 2 = 2Fe203
ou
3 Fe + 2 O2 = F e 3 0 4
Fe + H 2 0 • • > F e O + H 2
Fe + C O , t Fe O + CO
T A B E L A 19
Apl i cações c o mu n s d a s pr i nci pai s at mosf er as cont r ol adas
Ti pos Apl i c aç ões Co mu n s
-
Exot ér mi ca pobr e Revest i ment o de óxi do de aç o
Exot ér mi ca r i ca Recozi ment o br i l hant e; br as agem de cobr e; si nt er i zação
Ni t r ogéni o pr epar ado pobr e Aquec i ment o neut r o
Ni t r ogéni o pr epar ado r i co Recozi ment o e br as agem d e aç os i noxi dávei s
Endot ér mi ca pobr e Têmper a
Endot ér mi ca r i ca Cement aç ão à gás
À car vão de madei r a Cement aç ão à gás
Exot ér mi ca- endot ér mi ca pobr e Têmper a
Exot ér mi ca- endot ér mi ca r i ca Cement aç ão à gás
Amóni a di ssoci ada Br as agem; si nt er i zação
. Amóni a quei mada pobr e Aquec i ment o neut r o
Amóni a quei mada r i ca Si nt er i zação de pós de aç o i noxi dável .
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
H„ + CO„ ± 5 H„ 0 + C OzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
H2 + 1 / 2 0 2 H2 0
C O + 1/ 20, C O,
Es s a s s ã o r e a ç õ e s g a s o s a s q u e s e a d mi t e es t ar e m equi l í br i o n a s at mos f er as d o s f or -
n o s , a t emper at ur a s uper i or a 790° C.
A s r eaç ões gás / s ól i dos q u e a c o n t e c e m s ã o a s s egui nt es :
2 CO C + C O,
C O + H, C + H2 0
CH. k C + 2 H.
C H 4 + H a O • » C O + 3 H2
CH, + C O , - 2 C O + 2 FL
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
S AÍ DA D E GA S
( ACE S O)
T U B O P OL I D O
C A R R E GA ME N T O
DO CARV ÃO
o
V E NT OI NHA
P ORT A P ARA
L I MPEZ A
D E CI NZ AS
m
Hg . 1 0 3 - Di a gr a ma esquemát i co de u m gasogêni o
A s a t mo s f e r a s ex ot ér mi c as c o n t ê m g r a n d e s q u a n t i d a d e s d e ni t r ogéni o ( 67 a 8 7 %) e
quant i dades r el at i v ament e me n o r e s d e C O ( 1, 5 a 2 0 %) d e 0 O 2 ( 5 a 1 1 %) e hi dr ogéni o ( 1
a 1 3 %) , p o d e n d o c ont er t a mb é m t r aç os d e me t a n a ( CH4 ) . S ã o ger al ment e di vi di das em
d u a s c l as s es : r i cas e p o b r e s . Na s pr i mei r as , a mi s t ur a gás / ar é r i ca d o l ado d o g á s , r es ul -
t ando a s s i m n u m ef ei t o r edut or a c e n t u a d o . C o mo s e ver i f i ca pel a Tabel a 1 8 , a mi s t ur a r i ca
c o n t ê m ma i o r e s p o r c e n t a g e n s d e C O e H 2 . A at mos f er a e x o t é r mi c a pobr e c o n t é m p o r c s n -
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
MAÇARI CO
C ON T R OL E V ÁL V UL A AUT OMÁT I CA ,
AUT OMÁT I CO DE P R E S S Ã O E V A S Ã O DE GAS
e; E S CAP E
L I NHA DE DESVI O P A R A PART I DA
- •
Z .
a C H A MA DE
GA S DESVI O -
s
ME DI DOR DE
V AZ ÃO
e
.
-
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5
- CONT ROL E „ , _- _
- AUT OMÁT I CO SI F ÃO E CONDENSADOR
% S E P A R A D OR DE
P ARA O DE A G U A SUPEHFÍ CI F.
-
F ORNO
a
• nrR- E
D i PM
N A GE M
o ' agua;
• s a l mo u r a ( s ol uç ões d e sai s a q u o s a s ) ;
a • ól eos;
1 s ol uç ões a q u o s a s d e pol í mer os ;
e • gas es ;
o •; • bor r i f os.
o
m C e m apl i c aç ão i mi t ada p e d e - s e me n c i o n a r : s ol uç ões a q u o s a s c áus t i c as , sai s f undi dos e
v apor ( nebl i na) .
o : O me i o ma i s s i mpl es e d e me n o r c us t o é a água, c uj a v el oc i dade d e r es f r i ament o é
- - . . sat i sf at ór i a n a mai or i a d o s c a s o s . Al é m di s s o, a á g u a é mui t o ef i ci ent e n a r upt ur a d a c a s c a d e
e -mm óxi do d a super f í ci e d o a ç o q u e é t e mp e r a d o a par t i r d e f or nos q u e n ã o c o n t é m at mos f er as
e pr ot et or as. Pa r a obt er - se os mel hor es r es ul t ados , a t emper at ur a d a á g u a d e v e s er cont r ol a-
- : . da, s e n d o q u e e s s e p r o d u z u ma v el oc i dade d e r esf r i ament o uni f or me q u a n d o s u a t e mp e r a -
- t ur a é mant i da ent r e 15° e 25° C. A agi t aç ão d o me i o é i gual ment e out r o f at or i mpor t ant e,
Aços zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
s FERROS FUNDI DOS
P 8
m m
mo d e r n o s s ã o b a s e a d o s e m ó l e o s mi n e r a i s * 381 . Qu a n t o ma i o r a v i s c o s i d a d e , me n o r é a v e l o -fp^KS ^ o
c i d a d e d e r e s f r i a me n t o . Al g u n s ma t e r i a i s c o n t a mi n a n t e s d e v e m s er r e mo v i d o s d o s ó l e o s par a ^s
t ê mp e r a , t ai s c o mo : c a s c a d e ó x i d o , ma t e r i a i s c a r b o n á c e o s q u e p o d e m r e s ul t a r d a o x i d a ç ã o • - í & - -- "
d o pr ópr i o ól eo, a l g u n s s ól i dos i nsol úvei s, c o mo ar ei a, á g u a e c o mp o s t o s s ol úv ei s c o mo C O Jí í &i ' f ei
Es s a r e mo ç ã o pode s e r f ei t a por f i l t r a ge m, e v a p o r a ç ã o o u d r e n a g e m. O C0 2 é r emov i do, ^ ' l ^ ^ f
at r av és d e a q u e c i me n t o . S^4^È
As sol uções aquosas de pol í mer os t ê m a p r e s e n t a d o u m a c er t a i mp o r t â n c i a n o s úl t i mos S t p S t í n
a n o s , p o r q u e o s p o l í me r o s o r g â n i c o s s o l ú v e i s e m á g u a t e m s e mo s t r a d o út e i s n o s e n t i d o d e '"
mo d i f i c a r as c a r a c t e r í s t i c a s d e r e s f r i a me n t o d a á g u a . Os pr i nc i pa i s t i pos d e p o l í me r o s e m- ; \ >;
Drenados
p r e g a d o s nara esse
par a e m s ãn
sse f i m o : gl
nl i col
nnl pol
nni ii ai
alkikii lcsnn nni yvi
eno, poi wi ni
ni i pyr
nvr rr ni
ol i irdone
i nno o
e anr zyxwvutsrqponmlkjih
i l ado nni
acrúadn pol ii cnr i i um
sodi nmssi
- T£
<S8f
O ál cool poi yvi ni i i g u a l me n t e t e m si do u s a d o . Oe u m mo d o ger al , e s s a s s o l u ç õ e s , a o me s mo ' %'
t e mp o q u e p o s s u e m u ma s ev er i dade d e r es f r i ament o i dênt i ca à d a á g u a , el as r e d u z e m as
t e n d ê n c i a s d e f i s s u r a me n t o e di s t or ç ões d e v i d o a o f at o d e di mi nui r a v el oc i dade d e Si
r es f r i ament o à s t e mp e r a t u r a s ma i s bai x as . i S
Os mei os de r esf r i ament o gasosos ma i s c o mu n s s ã o o s g a s e s i ner t es hél i o, ar gõni o e Wf
ni t r ogéni o. O p r o c e s s o d e r es f r i ament o at r av és d e g a s e s é ut i l i zado q u a n d o s e des ej a u ma
v el oc i dade d e r es f r i ament o ma i o r q u e a d o ar t r anqui l o e i nf er i or d o q u e s e o b t é m e mp r e g a n - j ^' * - V
d o ól eo. Na t ê mp e r a d e g á s , a s p e ç a s aus t eni t i z adas s ã o c ol oc adas di r et ament e n a z o n a d e Sf g p l í ^ i
r es f r i ament o o n d e u ma c or r ent e r ápi da d e g á s p r o mo v e o r es f r i ament o. C o mo a o r esf r i ar os S^ f Éf f e
g a s e s a b s o r v e m c al or d a s p e ç a s , el e d e v e s e r p o r s u a v e z , s er r esf r i ado p a s s a n d o por I f t SI
s er pent i nas r esf r i adas a á g u a o u r ef r i ger adas' 981 , o pr oc es s o r epr es ent a u m c o mp r o mi s s o | ír"c
ent r e o r esf r i ament o e m ar t r anqui l o e o r es f r i ament o e m ól eo q u e p o d e c a u s a r di st or ção n a s Sj g i ^ f í
p e ç a s o u n ã o pr oduz i r a d u r e z a f i nal d e s e j a d a . J|
Os boni t os d e v a p o r s ã o me i o s d e r es f r i ament o q u e ex t r aem r a p i d a me n t e o cal or d o a ç o . f * ~- í
A c a p a c i d a d e d e r es f r i ament o é dev i da à r ápi da a b s o r ç ã o d o c al or p e l o ar e o cal or d e - f ~ \
v apor i z aç ão d a á g u a . A a d i ç ã o d e got as d e á g u a n u ma cor r ent e d e v a p o r a u me n t a a s u a ^^Sii| ! S?
c a p a c i d a d e d e r es f r i ament o por u m f at or d e 4, 5. A f o r ma ç ã o d e nebl i na pel os bor r i f os d e ^l&l t j j í f
v a p o r é ma i s ef i ci ent e n a s f ai xas ma i s bai x as d e t emper at ur as . . I ^ é/ - * -
C o mo j á f oi me n c i o n a d o , é i mpor t ant e q u e o s me i o s d e r es f r i ament o l í qui dos s e j a m " f ^i í ^d
agi t ados , o q u e p o d e s er f ei t o, n o s t anque s d e r es f r i ament o c o n v e n c i o n a i s , at r av és d e b o m- £" * , „ " -
b a s , mo v i me n t o ma n u a l o u me c â n i c a d a s p e ç a s at r av és d o l í qui do e hél i c es c o l o c a d a s per t o i f t ^f í ^
d o f undo dos t anques . ""° "l
• f í g^ - a
5 . Def ei t os e di st or ções dur ant e ó t r at ament o t ér mi co - Os p r o b l e ma s q u e s e ver i f i cam r j f ej l l gf
dur ant e o t r at ament o t ér mi c o d e p e ç a s d e a ç o s ã o d e vár i as n a t u r e z a s e , n a me d i d a d o
pos s í v el , d e v e m s er c u i d a d o s a me n t e pr evi st os e det ec t ados c o n v e n i e n t e me n t e c ont r ol ados . ! ' - ^pf P§ !
Os pr i nci pai s p r o b l e ma s s ã o : mu d a n ç a s d i me n s i o n a i s , f al has e e mp e n a me n t o d a s p e ç a s . ^ ' T^ C
Poder - s e- i a di zer a i n d a q u e out r o p r o b l e ma d e r el evânci a é a s e g u r a n ç a . ^. ( . ' ^-
' %P5 ^ . '
5. 1. Mudanças di mensi onai s - Es t as c o mp r e e n d e m mu d a n ç a s n a s d i me n s õ e s e n a f or ni a " " " I K
d a s p e ç a s e s ã o c o n s e q u ê n c i a d a c o mp o s i ç ã o q u í mi c a , d a s mu d a n ç a s d e f as es dur ant e o Sr | l ^
EDCBA TRATAMENTOS TERMO- QUÍ MI COS
P 8 p zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
m m
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r v i l ^ « Sf á f • p o í me n t o e o r e s f r i a me n t o s u b s e q u e n t e
e d a s t e n s õ e s me c â n i c a s e t é r mi c a s q u e s e
ma f f i t i S I t ^ d n a m n 0 p r o c e s s o . A mu d a n ç a n a f o r ma d a s p e ç a s é d e v i d a s o b r e t u d o à s t e n s õ e s me c â -
<§ § § f í >. s e t é r mi c a s , p r o v o c a d a s p e l a s mo d i f i c a ç õ e s d a s c a r a c t e r í s t i c a s d o r e t i c ul a do c r i s t a l i no.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o " ^ f p ^ i f t ^ e f at o a o s er a q u e c i d o , o a ç o a s s u me a e s t r ut ur a a us t e ní t i c a e a o s er r e s f r i a do l e n t a me n t e
e s - â Kf - ^ f t mi a r n - s e a s f a s e s f er r i t a e c a r b o n e t o , ou a s er r e s f r i a do r a p i d a me n t e a e s t r ut ur a
f t p^^^r nar t ensí t i ca. No v a s t r a n s f o r ma ç õ e s a i n d a o c o r r e m q u a n d o o a ç o é s u b me t i d o a o r e v e n i d o .
e l f i l p Ss Qo r r i o t odas a s f a s e s me n c i o n a d a s p o s s u e m di f er ent es est r ut ur as l af et af l nas e d e r et i cul ado,
a w ^ í ^ l i í j r s e u v o l u me é di f e r e nt e . Out r a c a u s a é a r e t e n ç ã o d a a u s t e n i t a , c o m u m e m a ç o s d e a l t o
d e : ' y s S^ i ^ ^ à r b o n o e c o m e l e me n t o s d e l i ga. A s mo d i f i c a ç õ e s n a s d i me n s õ e s d a s p e ç a s s ã o c a u s a d a s
é í ' | b - 1 " t a mb é m p e l a s t e n s õ e s t é r mi c a s e me c â n i c a s . E m r e s u mo : a s mu d a n ç a s d e v o l u me s ã o
' Sr j a u s a d a s p e l a s mu d a n ç a s d e f a s e d u r a n t e o t r a t a me n t o t é r mi c o e s ã o r e l a t i v a me n t e di f í cei s
l B&t í Sí Si j e- c ont r ol ar ,
a pfeí áífe A s ;: mu d a n ç a s d e f o r ma , i g u a l me n t e d e v i d a s à s t e n s õ e s i nt er nas , s ã o ma i s f ác ei s d e
o -fp^KS ^ o r i t r o l a r , me d i a n t e a a pl i c a ç ã o adequada d a s f a s e s d e a q u e c i me n t o e r e s f r i a me n t o e a
a ^sr j t i l i z ação d e di s pos i t i v os e s p e c i a i s f i x a d o s n a s p e ç a s par a p o d e r ma n t e r s u a f or ni a d e n t r o d e
• - í & - -- " " l i mi t es a c e i t á v e i s .
O Jí í &i ' f ei j f e>' As mu d a n ç a s d e f o r ma e d i me n s õ e s q u e , e m ú l t i ma a n á l i s e , c a u s a m d i s t o r ç ã o e
, ^ ' l ^ ^ f ^ p e n a me n t o d a s p e ç a s , p o d e m s er c a u s a d a s i g u a l me n t e p o r u m pr oj e t o i n a d e q u a d o das
S^4^Èpeças, d e mo d o q u e u m b a l a n c e a me n t o apr opr i ado ent r e as v á r i a s s e c ç õ e s , p o d e r eduzi r a
St pSt í ne c e s s i da de d o e mp r e g o d e di s pos i t i v os f i x a d o r e s ,
e ' "v - Out r a c a u s a d o e mp e n a me n t o é o c a r r e g a me n t o d a s p e ç a s n o s f o mo s e , p r i n c i p a l me n t e ,
; \ >; • a s ua c o l o c a ç ã o n o b a n h o d e t ê mp e r a . Re c o me n d a - s e , a s s i m, q u e p e ç a s f i nas e p e ç a s de
nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- T£ . ' mai or c o mp r i me n t o s e j a m me r g u l h a d a s n o s b a n h o s d e t ê mp e r a v e r t i c a l me n t e . A e x pe r i ê nc i a
o ' %' i d' o o p e r a d o r , n e s s e s c a s o s , é mu i t o i mp o r t a n t e .
s A v e l o c i d a d e d e r e s f r i a me n t o é u m f a t or a di c i ona l que p o d e causar e mp e n a me n t o e
e Si d l s t o r ç ã o . Es s e p r o b l e ma pode r i a s er cont or nado ma n t e n d o a t e mp e r a t u r a do banho
i Sr n a i s e l e v a d a , o q u e , e nt r e t a nt o, p o d e causar a per da de a l guns pont os de d u r e z a nos
e Wf Knúc l eos d a s p e ç a s .
a
j ^ ' * - V- - zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5.2. Fal has - A s f al has. mai s gr av es s ã o a s t r i ncas, r esul t ado d a s t e n s õ e s q u e s e or i gi nam
Sf g p l í ^ i n a t êmper a. A s pr i nci pai s r az ões q u e c a u s a m a s t r i ncas s ão' " 1 : pr oj et o d a s p e ç a s , t i pos d e
S^ f Éf f e a ç o s , def ei t os d a s pr ópr i as p e ç a s s o b t r at ament o, a pr át i ca d o t r at ament o t ér mi co e a pr át i ca
I f t SI Í d o r eveni do. No q u e s e r ef er e a o pr oj et o d a p e ç a , a s c a u s a s q u e p r o v o c a m es s es def ei t os s ã o
| í r " c l cant os vi vos, o n ú me r o , t a ma n h o e l ocal i zação d o s or i f í ci os, c h a v e t a s pr of undas , e mu d a n ç a s
s Sj g i ^ f í p r o f u n d a s d a e s p e s s u r a d a s s e c ç õ e s , p o r q u e n u m r esf r i ament o r ápi do p o d e ocor r er v el oc i da-
J| £des di f er ent es d e r esf r i ament o e m s e c ç õ e s adj ac ent es . O r ecur so ser i a ut i l i zar u m n o v o t i po d e
f * ~ - í ^ a Ç° ° i m per mi t a r esf r i ament o ma i s l ent o. Ou t r o s f at or es q u e p o d e m c a u s a r a s t r i ncas s ã o
- f ~ \ . . def ei t os super f i ci ai s, i nc l us ões , et c . A pr át i ca u s a d a n o t r at ament o t ér mi c o é out r o f at or a
^^Sii| ! S?t i Dnsi der ar . Po r e x e mp l o : t emper at ur as mui t o e l e v a da s d e aust eni t i zação, gr anul aç ão mui t o
^l&l t j j í f j r ossei r a d o s a ç o s , a q u e c i me n t o mui t o r ápi do e m al guns t i pos d e a ç o s e o t i po d e me i o d e
. I ^ é/ - * - r esf r i ament o. Fi nal ment e, out r o f at or q u e p o d e s er r es pons áv el pel as f al has me n c i o n a d a s es t á
m " f ^ i í ^ d i r e t a me n t e l i gado a o pr ópr i o e q u i p a me n t o d e t r at ament o t ér mi c o, s obr et udo n o q u e s e r ef er e
- £" * , „ " - a° s di sposi t i vos d e cont r ol e d e t e mp e r a t u r a , p o r q u e a q u e c i me n t o s a c i ma d o es t abel ec i do
i f t ^ f í ^ p o d e m oc as i onar ex c es s i v o c r es c i ment o d e gr ão o u , n a c e me n t a ç ã o , c a ma d a s mai s e s p e s s a s
" " ° " l Kque a s n e c e s s á r i a s e, q u a n d o a s t e mp e r a t u r a s f o r e m i nf er i or es à s e s p e c i f i c a d a s ,
• f í g^ - aus t eni t i z aç ão i nc ompl et a e est r ut ur as f i nai s di f er ent es d a s pr ev i s t as . Nã o s ã o t al has me c â n i -
m r j f ej l l gf í cas, ma s est r ut ur ai s, a s quai s p o d e m l evar a o r ef ugo d a s p e ç a s
H
No c a s o d a s e g u r a n ç a d o s oper ador es , e mb o r a e s s e i t em j á t e n h a s i do a b o r d a d o ai nda
q u e super f i ci al ment e, o i mpor t ant e é t r ei nar a d e q u a d a me n t e o s o p e r a d o r e s . Es s e t r ei namen-
t o d e v e r á i ncl ui r i ns t r uç ões s obr e a s mi s t ur as ar / gás d e c o mb u s t ã o , r i scos d e expl osões; ,
f i nal i dade e pr i ncí pi os bás i c os d o s g e r a d o r e s d e g á s , anál i se d o g á s , ma n u s e i o d e gas es
i nf l amávei s, ma n u s e i o d e g a s e s t óxi cos, et c .
7 . Concl usões - H á u ma gr ande di sponi bi l i dade d e f or nos par a t r at ament o t ér mi co, c o mo s e vi u' •
Co n t u d o , c o mo é c o mu m ocor r er o def ei t o d o e mp e n a me n t o e m p e ç a s s ubmet i das ao
V
t r at ament o t ér mi c o, é c onv eni ent e l embr ar al guns c ui dados q u e d e v e m s er t o ma d o s n a ut i l i za-
ç ã o d o s f o mo s . Po r e x e mp l o , dev e- s e evi t ar c ar r egar p e ç a s e m f or no c o m sol ei r as i r r egul ar es *
É nec es s ár i o i gual ment e q u e a s peç as s e j a m a p o i a d a s d e mo d o a d e q u a d o n a s sol ei r as e que- "
a s p e ç a s d e g r a n d e s e c ç ã o t r ansver sal s e j a m di s pos t as hor i z ont al ment e, a o pas s o q u e a s '
p e ç a s d e s e c ç õ e s f i nas s e j a m s u s p e n s a s o u di s pos t as ver t i cal ment e. A o me s mo t e mp o , dev e- F -
174
MLKJIHGFEDCBA AÇOS- CARBONO EAÇOS- LI CA
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AÇOS-CARBONO E AÇOS-LIGA.
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t CLASSIFICAÇÃO E PROPRIEDADES
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MECÂNICAS
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-175
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1. Si st emas
de cl assi f i cação dos aços - Da d a a g r a n d e v a r i e d a d e d e t i pos d e aç o ! s
r > As publ i cações especi al i zadas cont endo essas nor mas devem ser consul t adas pel os l ei t or es que dese-
j am apr ohndar - se no assunt o.
! T ABE L A2 0
g- Si s t e ma s S AE , AI SI e U N S de cl assi f i cação d o s a ç os
-. Desi gnação
Ti pos d e Aç o
AI SI - SAE UNS
Gl OX X X Aços- car bono c o mu n s
G1 1 X X X Aç os de usi nagem f áci l , c o m al t o S
ou G1 2 X X X Aç os de usi nagem f áci l , c o m al t o P e S
: G1 5 X X X Aç os - Mn c om ma n g a n ê s aci ma de 1 %
o G1 3 X X X Aç os - Mn c o m 1, 75% de Mn médi o
u; G4 0 X X X ços- Mo c o m 0 , 2 5 % de Mo médi o
' G4 1 X X X Aços- Cr - Mo c o m 0, 4 a 1, 1 % de Cr e 0, 08 a 0 , 3 5 % de Mo
o; G4 3 X X X Aços- Ni - Cr - Mo c o m 1, 65 a 2 de Ni , 0, 4 a 0 , 9 % de Cr e 0, 2 a 0 , 3 % de Mo
s G4 6 X X X Aços- Ni - Mo c o m 0, 7 a 2 % de Ni e 0, 15 a 0 , 3 % de Mo
aí G4 7 X X X Aços- Ni - Cr - Mo c o m 1 , 0 5 % de Ni , 0, 45% de Cr e 0 , 2 % de Mo
G4 8 X X X Aços- Ni - Mo c o m 3, 25 a 3 , 7 5 % de NI e 0, 2 a 0 , 3 % de Mo
r G5 1 X X X Aç os - Cr c om 0, 7 a 1 , 1 % de Cr
d" G5 1 9 8 6 Aços- cr omo ( f or no el ét r i co) c o m 1 % de Cr
» G5 2 9 8 6 Aços- cr omo ( f or no el ét r i co) c o m 1, 45% de Cr
e G6 1 X X X Aços- Cr - V c om 0, 6 ou 0 , 9 5 % de Cr e 0, 1 ou 0 , 1 5 % de V mi n.
o- G8 6 X X X Aços- Ni - Cr - Mo c o m 0 , 5 5 % de Ni , 0 , 5 % de Cr e 0 , 2 % de Mo
o' G8 7 X X X Aços- Ni - Cr - Mo c o m 0 , 5 5 % de Ni , 0, 5% de Cr e 0 , 2 5 % de Mo
G8 8 X X X Aços- Ni - Cr - Mo c o m 0 , 5 5 % de Ni , 0, 5% de Cr e 0, 3 a 0, 4 de Mo
, G9 2 X X X Aços- Si c om 1, 8% a 2 , 2 % de Si
s- G5 0 X X X Aços- Cr c o m 0, 2 a 0 , 6 % de Cr e 0, 0005 a 0 , 0 0 3 % de bor o
, G5 1 6 0 1 Aços- Cr c o m 0 , 8 % de Cr e 0, 0005 a 0 , 0 0 3 % de bor o
G8 1 4 5 1 Aços- Ni - Cr - Mo c o m 0 , 3 % de Ni , 0, 45% de Cr , 0 , 1 2 % Mo e 0, 0005 a 0 , 0 0 3 % de bor o
- G9 4 XXX Aços- Ni - Cr - Mo c o m 0 , 4 5 % de Ni , 0, 4% de Cr , 0 , 1 2 % Mo e 0, 0005 a 0, 003% de bor o
s
i r. De ac or do c o m a n o r ma 6 0 0 6 d a A B T N , o s aç os - c ar bono s ã o a s s i m c h a ma d o s q u a n d o
ão' j s^õs t eor es d e si l í ci o e ma n g a n ê s n ã o ul t r apas s am o s t eor es d e 0 , 6 % ( Si ) e 1 , 6 5 % ( Mn ) . Ne l e s ,
. í i i podem ai nda s er es pec i f i c ados t eor má x i mo d e 0 , 1 % d e al umí ni o, t eor mí n i mo d e bor o d e
e Í 0 , 0 0 0 5 %, t eor má x i mo d e c obr e d e 0 , 3 % o u ai nda u m t eor má x i mo d e c h u mb o d e 0 , 3 5 %. S e
, í r f f í f òr em adi c i onados out r os e l e me n t o s c o mo sel êni o, t el úr i o e b i s mu t o , par a mel hor ar a s c a -
2 p e l a r act er í st i cas d e usi nabi l i dade d o s a ç o s , es t es s ã o ai nda c o n s i d e r a d o s a ç o s - c a r b o n o , d o
0 j pf f j í . t Ti esmo mo d o q u e o a ç o c o m adi ç ão d e ni óbi o.
Ai nda d e a c o r d o c o m a A B T N, o s aços- l i ga s ã o o s a ç o s e m q u e p o s s u e m out r os e l e me n -
r t o s de l i ga, n ã o s e c ons i der ando c o mo t ai s o s el ement os adi c i onados par a mel hor ar s ua zyxwvutsrq
4 ^ ^ • us i nabi l i dade. A s o ma d e t odos e s s e s e l e me n t o s , i ncl usi ve c a r b o n o , si l í ci o, ma n g a n ê s , f ós-
e Hli í f í f ar o e enxof r e n ã o p o d e ul t r apassar 6 %.
. No c a s o d o s e l e me n t o s si l í ci o, ma n g a n ê s e al umí ni o, s e mp r e pr es ent es n o s aç os - c ar bo-
r- V. o, os a ç o s s e r ã o c ons i der ados l i gados q u a n d o s e u s t eor es ul t r apas s ar em 0 , 6 %, 1 , 6 5 % e
s | ^ gp, 1 r es pec t i v ament e.
111
Fi g. 106 - Aspect o mi cr ogr áf i co de aço doce f or j ado most r ando a t ext ur a c h a ma d a "ghost l i nes".
At aque: r eat i vo de ni t al . Aume nt o: 100 vez es. zyxwvutsrqponmlkjihgfe
NMLKJIHGFEDCBA AÇOS- CARBONO E AÇOS- LI GA
as , - " e n d ó g e n a s " , a s quai s s ã o dev i das a r eaç ões q u e s e d e s e n r o l a m dur ant e a el abor aç ão
• do aç o o u dur ant e s u a sol i di f i cação e g e r a d a s pel a pr eci pi t ação d o enx of r e e d o ox i géni o s o b
a f or ma d e sul f et os, óx i dos , si l i cat os e al umi nat os ;
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
M - " ex ógenas " , der i v adas d e f ont es ex t er nas , c o mo d e es c ór i as , c or r os ão o u er os ão d o s
;| r ef r at ár i os d a s p a r e d e s d o f or no e c anai s d e v a z a me n t o , met ai s e l i gas d e di s s ol uç ão di f í ci l
no b a n h o met ál i c o, et c . Es s a s i nc l us ões e x ó g e n a s s ã o g e r a l me n t e const i t uí das d e si l i cat os,
rn. ". ' . al umi nat os e óx i dos vár i os e s e c ar ac t er i z am por d i me n s õ e s ma i o r e s , f o r ma i r r egul ar e c o n s -
as í a t i t ui ção c o mp l e x a .
si - f ? É i mpor t ant e assi nal ar q u e o c o mp o r t a me n t o d a s i nc l us ões s o b o pont o d e vi st a d e
ci - ' : l ef or mabi i i dade, q u a n d o o a ç o é suj ei t o à c o n f o r ma ç ã o me c â n i c a , p o d e al t er ar o s e u c a r a c -
t er í st i co d e ma i o r o u me n o r noc i v i dade. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
do '•* i f ; De f at o, d e i ní ci o a s i nc l us ões p o d e m s er i ma g i n a d a s c o mo par t í cul as es f ér i c as o u
do ' gl obul ar es d e p e q u e n a s d i me n s õ e s . N o p r o c e s s o d e c o n f o r ma ç ã o me c â n i c a , a l g u ma s del as
quel J ç a a l o n g a m n a di r eç ão d a l a mi n a ç ã o , por e x e mp l o , e n q u a n t o out r as s e ma n t ê m i nt act as o u
dade' é se f r a g me n t a m e m par t í cul as me n o r e s ' 1071 .
s r=L Si l i cat os e s ul f et os , por e x e mp l o , f o r ma m est r i as a l o n g a d a s . Co n t u d o , a o p a s s o q u e a s
de, "is ^est r i as d e sul f et os t ê m ex t r emi dades c o m r ai os apr ec i áv ei s , a s d e si l i cat o a p r e s e n t a m n a s
a a • ex t r emi dades ar es t as v i v as , ma i s f av or áv ei s à c o n c e n t r a ç ã o d e t e n s õ e s e i ni ci ação d e
de 5 mi cr o- f i ssur as.
que. . . |
or a
gr u- 3
107 í
me - 4
so
ou
111
Fi g. 1 0 7 - Aspect o mi cr ogr áf i co de aço me i o doce mol dado c o m al t o t eor de f ósf or o not ado pel a
pr esença de u m eut ét i co f osf or oso, exi st ent e qua ndo o t eor de f ósf or o se si t ua e m t omo de 0 , 4 %.
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Not a- se no eut ét i co i ncl usão de MnS. At a que : r eat i vo de ni t al . Aument o: 7 0 0 vez es.
Aç os E FERROS FUNDI DOS
180
o-zyxwv
o
AÇOS- CARBONO E AÇOS- LI GA
r e-
o
O ef ei t o d o enx of r e s obr e a s pr opr i edades me c â n i c a s d o s a ç o s é mí n i mo , q u a n d o o t eor
de c ar bono é mui t o bai xo<104>, t o ma n d o - s e ma i s s ens í v el , n o s ent i do negat i v o, q u a n d o a u -
s a
s eu o
ment a a q u a n t i d a d e d e c a r b o n o . A s pr opr i edades ma i s af et adas s ã o a r esi st ênci a à t r aç ão,
a duct i l i dade e a t enac i dade. Cu mp r e r essal t ar , ent r et ant o, q u e at é o l i mi t e d e 0 , 1 % d e
o
enxof r e, e s s a i nf l uênci a n ã o é t ão p r o n u n c i a d a c o mo à s v e z e s s e admi t e.
o
O ma n g a n ê s , a l é m d e at ur a c o mo a g e n t e des ul f ur ant e, a t u a d o me s mo mo d o q u e o
uj a si l í ci o e o al umí ni o, c o mo e l e me n t o des ox i dant e. De f at o, o ma n g a n ê s , a o r eagi r c o m o
d e # S^ j Sf j >. , j eS o-
oxi géni o, f o r ma o c o mp o s t o sól i do Mn O , d e pr ef er ênci a a o C O o u C 0 2 , ev i t ando a s s i m o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkji
p r e n d i me n t o d e bol has . O M n O n ã o e x e r c e i nf l uênci a d e ma i o r vul t o.
>í É0' 㧠- : ?
o
O ma n g a n ê s q u e n ã o s e c o mb i n o u c o m o enx of r e o u c o m o ox i géni o p o d e at i r ar d e d u a s
í f f i Sí ^ nanei r as: q u a n d o o t eor d e c a r b o n o é bai x o, el e s e di s s ol v e n a f er r i t a, a u me n t a n d o s u a
r a- W^ t M^ : >dur eza
o-
e r esi st ênci a me c â n i c a ; c o mt eor d e c a r bono ma i s e l e v a d o , admi t e- s e q u e s e f o r me
o
* " " _ " - " o c o mp o s t o Mn 3 C< 1 0 9 1 q u e s e as s oc i ar i a c o mo F e 3 C, a u me n t a n d o ai nda mai s a d u r e z a e a
sol - ~ r esi st ênci a d o a ç o . No r ma l me n t e , o ma n g a n ê s é es pec i f i c ado e m t eor es q u e v a r i a m d e
o
- ®SI I í O, 2 3 % a 0 , 9 %, p o d e n d o e m cer t os c a s o s ( aç os d e u s i n a g e m f áci l ) apr esent ar val or es - mai s
ni - £ ^ 3 â | ? e l e v a d o s . E m t e or e s a c i ma d e 1 %, por t ant o, j á d e v e s e r c o n s i d e r a d a s u a i nf l uênci a n o s e n -
os. E ^ M^ ; | : t í d o d e conf er i r a o s a ç o s car act er í st i cas especi ai s.
no o
O si l í ci o, r es pons áv el pel a f o r ma ç ã o d e si l i cat os, var i a n o s a ç o s c o mu n s d e 0, 05 a 0 , 3 %.
o
or si f f . i Xí ^ Di ssol ve- se n a f er r i t a d o me s mo mo d o q u e o f ósf or o, s e mc ont udo, af et ar a pr e c i a v e l me nt e a
1 ' . 1
o
- s u a duct i l i dade, e mb o r a a u me n t e l i gei r ament e a s u a dur ez a e a s u a r esi st ênci a me c â n i c a . A
ma WJ V>CÃ5| t f unção pr i nci pal d o si l f ci o é a d e agent e des ox i dant e, i st o é, q u a n d o adi ci onado a o a ç o l í qui do,
o zyx
^ j l S/ f ^ c o mb i n a - s e c o m o oxi géni o, or i gi nando c o mp o s t o s sól i dos e ev i t ando a c o mb i n a ç ã o d o ox i gê-
pe- . ' - " V ni o c o m o c a r b o n o , o q u e pr ov oc ar i a o d e s p r e n d i me n t o d e C O o u C O a c o m a r esul t ant e
e O, l H : r ® l r f o i ma Ç ^ d e b o ^ a s . Ent r et ant o, n ã o s e d e v e e s que c e r a a ç ã o d a s i ncl usões d e si l i cat os,
ai s " ' t t f t ^ í t " 0 al umí ni o, adi c i onado e m pr i ncí pi o c o mo des ox i dant e, a g e n e s s e sent i do ma i s ef i ci en-
*r _ t ement e q u e o si l í ci o e o ma n g a n ê s , f o r ma n d o c o mo ox i géni o i nc l us ões e m par t í cul as di mi -
s e ^ ^ ^ í Sí r i u t a s , c o m me n o r ef ei t o noc i v o p a r a o a ç o . O al umí ni o a t u a , a i nda , c o mo e l e me n t o
1 g i | | | ^ e o n t r o l a d o r d o c r es c i ment o d e gr ãos n o s a ç o s .
F e S " r Í , ~t >' - ~ O " hi dr ogéni o" , d e u m mo d o ger al , a p a r e c e e m t eor es d e 0, 001 a 0, 0001 %f 1 0 9 1 . A s u a
ã o . ^ l í f f i l Kppr es enç a p r o d u z cer t a f r agi l i dade n o mat er i al .
d a 5 | í SJ * £ 0 " ni t r ogéni o" , q u e s e di ssol ve n a f er r i t a, pr oduz nos aç os d e bai x o c a r bono o f e n ó me n o d e
c a í ; i ^ | | | | S: r endur eci ment o por pr eci pi t ação, vi st o q u e s u a sol ubi l i dade na f er r i t a é , à t emper at ur a a mb i e n t e ,
e m • " * | | | gf | | i àe s ome nt e 0, 001 %' 1 1 0 ) a u me n t a n d o a p o u c o ma i s d e 0 , 0 2 % a 4 2 5 ° C. De s s e mo d o , q u a n d o s e u
j o - " i - t e o r e s í l v e r a c i ma d e 0, 01 % poder á c a u s a r aquel e f e n ó me n o . Es s e e l e me n t o , pr eci pi t ado e mt ai s
Mn S TTj j . í £Tv aç os , s o b cer t as c ondi ç ões , p o d e s er n o t a d o a o mi cr oscópi o c o mo agul has d e ni t r et o d e f er r o.
s e " " i | | f Sl í O " oxi géni o" f o r ma u ma v a r i e da de d e óx i dos I f qui dos o u g a s o s o s , q u a n d o o a ç o es t á zyxwvu
'-f^j- f undi do. Qu a n d o o a ç o sol i di f i ca, al guns d e s s e s óx i dos p e r ma n e c e m n a f or ma d e b o l h a s ;
t ~ out r os, i s ol ados o u c o mb i n a d o s c o mout r os óx i dos f o r ma m c o mp o s t o s r es ul t ando, c o mo j á
os • 3%QBt ; se vi u, e m i nc l us ões não- met ál i c as .
e- U m out r o e l e me n t o q u e p o d e est ar pr es ent e n o s a ç o s é o " es t anho" , devi do ' ao e mp r e g o
de 2 Í f ê g ! S | d e s uc at a e s t a n h a d a . O es t anho p o d e t o ma r susoet í vel à f r agi l i dade a quent e e à f r agi l i dade
n- Sj gf t gi í r i e r ev eni do.
de • Lr ^ - / Out r os e l e me n t o s r esi duai s q u e p o d e m s er enc ont r ados n o s a ç o s s ã o cer t os el ement os d e
a, j =7^ Sf " I Í 9 a exi st ent es n a s mat ér i as pr i mas e mp r e g a d a s n a f abr i cação d o a ç o . Ent ão n e s s e c a s o , o
f^^^^^°< 0 v a n á d i o , o zi r cõni o, o c r o mo e o c obr e. C o mo e l e me n t o s r esi duai s, p o u c o a f e t a m,
os f ^ ^ ^ g j i s o l a d a me n t e , a s pr opr i edades daquel as l i gas. Co n t u d o , c o mo a mai or i a des s es el ement os au-
^ § 5| | P ment a a endur eci bi l i dade d o s aç os , s e u ef ei t o adi ci onado p o d e t er c ons equênc i as i ndesej ávei s,
l o " f s - - 32' Pn n c i pal ment e q u a n d o a duct i l i dade é f at or cr í t i co, c o mo e m apl i c aç ões d e e s t a mp a g e m pr of un-
s. P _ ^ da Por i sso, o s f abr i cant es d e a ç o d e v e m t er o c ui dado d e r eduzi r a o mí n i mo a quant i dade
des - E" z - des s es el ement os n o s aç os c o mu n s , me d i a n t e u ma s el eç ão c u i d a d o s a d a s uc at a ut i l i zada.
er - ' i ^^- Z Pa r a concl ui r , n o q u e s e r ef er e a i mp u r e z a s e i ncl usões não- met ál i c as , p o d e - s e t i r ar a s
e, 3| | | | í ps egui nt es c onc l us ões : zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
t o
jf " 0e n x ° f r e' 0 f ósf or o, o oxi géni o, o hi dr ogéni o s ã o el ement os c ons i der ados i ndesej ávei s s o b
• xf ^ P° n í o d e vi st a d e qual i dade d e aç o: o f ósf or o pel a s ua a ç ã o c o mo el ement o q u e p o d e acar r et ar
181
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
a " f r agi l i dade a f r i o"; o enx of r e pel os sul f et os q u e f o r ma , s obr et udo o d e f er r o q u e p o d e acar r et ar
a " f r agi l i dade a quent e" ; o oxi géni o, pel as i ncl usões q u e f or ma e o hi dr ogéni o pel a f r agi l i dade q u e
p o d e conf er i r a o a ç o . Es s e s el ement os n ã o p o d e m s er t ot al ment e el i mi nados , nas c ondi ç ões
nor mai s d e f abr i cação d o s pr odut os si der úr gi cos, ma s d e v e m s er mant i dos dent r o d e f ai xas de
t eor q u e n ã o ul t r apas s em o s l i mi t es d e i nf l uênci a pr ej udi ci al àquel es pr odut os ;
- o ma n g a n ê s , o si l í ci o e o al umí ni o, o s t r ês agi ndo c o mo d e s o x i d a n t e s e o ma n g a n ê s
t a mb é m c o mo des ul f ur ant e s ã o el ement os d e u m l ado benéf i c os , ma s d e out r o l ado pr ej udi -
ci ai s pel as i ncl usões q u e f o r ma m d e sul f et os, si l i cat os e al umi nat os ;
- o concei t o " aç o l i mpo" , o u sej a, i sent o d e i nc l us ões é r el at i vo, p o r q u e , s o b o pont o de
vi st a t écni co é i mpos s í v el pr oduzi r - se u m a ç o t ot al ment e i sent o d e i nc l us ões ; al ém di sso,
a l g u ma s del as - a s mi c r o- i nc l us ões - s ã o e m ger al nec es s ár i as . O i mpor t ant e é a i dent i f i ca-
ç ã o d e s s a s i nc l us ões s o b o s pont os d e vi st a d e c o mp o s i ç ã o , q u a n t i d a d e e d i me n s õ e s e
ot i mi zar o s p r o c e s s o s d e f abr i c aç ão d o s p r o d u t o s si der úr gi cos, d e mo d o a q u e el as af et em
o me n o s possí vel a s pr opr i edades bás i c as d a q u e l e s pr odut os . A s i nc l us ões ma i s pr ej udi ci ai s
s ã o a s maor o- i nc l us ões : f r equent ement e ut i i i za- se c o mo f r ont ei r a q u e s e p a r a a s mi c r o das
mac r o- i nc l us ões a d i me n s ã o d e i ncl usão d e 5 a 1 0 0 mi c r ons ' 1081 .
- out r o f at or i mpor t ant e a consi der ar é a def or mabi l i dade d a s i nc l us ões * 1081 : o s óx i dos F e O,
Mn O e ( Fe . Mn O) a p r e s e n t a m al t a def or mabi l i dade à t emper at ur a a mb i e n t e e p e r d e m gr adual -
me n t e es s e car act er í st i co n a f ai xa d e t emper at ur as d e 4 0 0 ° a 800° C; o AI 2 Oa e al umi nat os de
cál ci o s ã o i ndef or máv ei s e m t oda a f ai xa d e t emper at ur as d e f abr i cação d o a ç o , as s i m c o mo os
ó x i d o s dupl os t i pos " s pi nel " ( de al umí ni o e ma g n é s i o , por e x e mp l o ) ; o s si l i cat os s ã o
i ndef or máv ei s à t emper at ur a ambi ent e, ma s d e p e n d e n d o d e s u a c o mp o s i ç ã o , t o ma m- s e al t a-
me n t e def or máv ei s n a f ai xa d e 800° a 1300° C, a qual c or r es ponde à d a mai or i a d a s oper aç ões
d e c o n f o r ma ç ã o me c â n i c a d o s a ç o s . Por e s s e mot i v o, es s as i ncl usões s ã o d e gr ande i mpor -
t ânci a par a as pr opr i edades Anai s d e s s e s pr odut os ; o Mn S é al t ament e def or máv el at é t e mp e -
r at ur as e m t or no d e 1000° C, a par t i r d a qual s u a def or mabi l i dade di mi nui gr adual ment e.
- f i nal ment e, a n e c e s s i d a d e mundi al c r e s c e n t e d e a ç o s d e me l h o r qual i dade env ol v e
u ma sér i e d e pr ov i dênc i as p o r par t e d o s p r o d u t o r e s , a s quai s d e v e m a b r a n g e r t odo o ci cl o
d e p r o d u ç ã o d o a ç o , d e s d e a s pr át i cas d o r ef i no d o a ç o l í qui do at é s u a t r ansf er ênci a a o s
mo l d e s . Ent r e a s t éc ni c as q u e es t ão s e n d o a d o t a d a s par a r eduzi r o ef ei t o pr ej udi ci al d a s
i nc l us ões não- met ál i c as p o d e - s e ci t ar a s s e g u i n t e s : t r at ament o a v á c u o d o a ç o n a panel a,
d e mo d o a mi ni mi z ar o s s e u s ní vei s d e o x i d a ç ã o ; a i nj eção n a p a n e l a , pr át i ca r el at i vament e
r ec ent e, a qual , s e r eal i z ada s o b c ondi ç ões d e per f ei t o cont r ol e, p o d e si gni f i car u ma i mpor -
t ant e cont r i bui ção n o q u e s e r ef er e à r e mo ç ã o d o enx of r e, mo d i f i c a ç ã o d a s i nc l us ões
e n d ó g e n a s e r e d u ç ã o d o v o l u me t ot al d e i nc l us ões ; s el eç ão c or r ei a d o s r ev es t i ment os
r ef r at ár i os d e mo d o a r eduzi r a s i nc l us ões e x ó g e n a s ; p r e v e n ç ã o p a r a i mpedi r a t r ansf er ên-
ci a d e es c ór i as d o f or no e d a panel a à s f a s e s s u b s e q u e n t e s d o p r o c e s s a me n t o d o aç o;
pr oj et o a d e q u a d o d a s p a n e l a s i nt er medi ár i as , i ncl ui ndo o s e u r ev es t i ment o e as s i m e m
s e g u i d a . É cl ar o q u e t o d a s e s s a s pr át i cas s i gni f i c am u m a u me n t o d e c us t o d e p r o d u ç ã o ,
f at o e s s e s e m dúv i da c o mp e n s a d o pel a me l h o r qual i dade d o a ç o p r o d u z i d o .
3. Pr opr i edades mecâni cas dos aços- car bono - A s pr opr i edades me c â n i c a s d o s aç os -
c a r b o n o s ã o af et adas , e m pr i ncí pi o, pel os doi s f at or es s egui nt es :
- c o mp o s i ç ã o quí mi c a;
- mi cr oest r ut ur a.
182
JIHGFEDCBA
DCBA AÇOS- CARBONO EAÇQS- UGA
- est ado o u condi ção do aço, s o b o pont o d e vi st a d e f abr i c aç ão; s e f undi do, t r abal hado
a quent e ( l ami nado, f or j ado, et c. ) o u t r abal hado a f ri o ( enc r uado) ;
- t amanho de gr ão aust ení t i ccr ,
- vel oci dade de esf r i ament o;
No est ado f undi do o aço apr es ent a gr anul aç ão gr ossei r a, d o t i po dent r í t i co, vi st o q u e a
aust eni t a s e f o r ma a al t as t emper at ur as e o es f r i ament o d o i nt er i or d o s mo l d e s é mui t o l ent o
( f i g. 1 0 8 ) .
No est ado t r abal hado a quent e, em q u e a mai or i a d o s a ç o s é ut i l i zada ( l ami nados , f or j a-
dos , e t c ) , c o mo a s o p e r a ç õ e s d e c o n f o r ma ç ã o a quent e s ã o r eal i z adas a t emper at ur as e m
que o a ç o s e apr es ent a n o es t ado aust ení t i co, ver i f i cam- se a s s egui nt es c o n s e q u ê n c i a s :
- h o mo g e n e i z a ç ã o apr eci ável d a est r ut ur a, pel a t endênc i a a el i mi nar o u r eor i ent ar a s i ncl u-
e s ões e s e g r e g a ç õ e s q u e oc or r em dur ant e a sol i di f i cação d o met al n o i nt er i or dos mo l d e s ;
- dest r ui ção d a est r ut ur a dendr í t i ca;
- r ecr i st al i zação, c o m a c e n t u a d a i nf l uênci a s obr e o t a ma n h o d o gr ão, q u e , por s u a v e z ,
d e p e n d e d a s t emper at ur as f i nai s d e d e f o r ma ç ã o ; ger al ment e, o t r abal ho a quent e p r o d u z
s u ma r eduç ão d o t a ma n h o d e gr ão d e a ç o .
E m c o n s e q u ê n c i a , a s pr opr i edades me c â n i c a s f i nai s d o a ç o s ã o me l h o r a d a s s ens i v el -
ment e, e m r el aç ão à s d o mat er i al f undi do. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP
183
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
No est ado encr uado, car act er í st i co d e a l g u n s d o s ma i s i mpor t ant es pr odut os si der úr gi -
c o s , c o mo f i os, f i t as, c h a p a s , e t c , o s ef ei t os ma i s i mpor t ant es s ã o o s s egui nt es :
- a u me n t o d a r esi st ênci a me c â n i c a ;
- a u me n t o d a d u r e z a ; r
- di mi nui ç ão d a duct i l i dade, r epr es ent ada p o r u m dec r és c i mo d e a l o n g a me n t o e est r i çao
í- zyxw
A f i gur a 1 0 9 mo s t r a o a s p e c t o mi c r ogr áf i c o d e u m a ç o me i o d u r o , e n c r u a d o por t
!,i :sUít
ma r t e l a me n t o a f r i o. - 4. zyx
O ef ei t o d o e n c r u a me n t o s obr e a duct i l i dade d o a ç o p o d e s er ver i f i cado n a f i gur a 110 ( , 11>
Af i gur a 111<1, 2) mo s t r a o ef ei t o d o e n c r u a me n t o s obr e as c ur v as t ens ão- de- f or maç ão de
a ç o d e bai xo c a r b o n o .
Fi nal ment e, a Ta b e l a 2 1 <113) d á al guns v al or es d e pr opr i edades me c â n i c a s d e a ç o c o m
0 , 1 4 % d e c a r b o n o , p a r a di v er s os es t ados d e f abr i c aç ão.
No q u e s e r ef er e a o t amanho de gr ão aust ení t i co, a Tabel a 3 a p r e s e n t a d a n o Capí t ul o III
per mi t e aval i ar o s e u ef ei t o e m al guns d o s ma i s i mpor t ant es car act er í st i cos d o s a ç o s .
Fi nal ment e, o f at or v el oc i dade d e es f r i ament o j á f oi a b o r d a d o n o Capí t ul o I I . Vi u- s e.
e n t ã o , c o mo , modi f i c ando- s e e s s a v el oc i dade a par t i r d o es t ado aust ení t i co, or i gi nam- s e as '
di v er s as est r ut ur as t í pi cas d o s a ç o s e q u e d e t e r mi n a m as s u a s pr opr i edades f i nai s.
TABELA21
Ef ei t o do e nc r ua me nt o obt i do por l ami nação a f r i o s obr e as pr opr i edades de t r ação de a ç o de
bai xo c a r bono. "^
Enc r ua do Enc r ua do
Es t a do
Pr opr i edade c om 3 0 % de c o m 6 0 % de
r ecoz i do
r e duç ã o r edução
Li mi t e de pr opor ci onal i dade k gf / mm2 ( MPa ) 19, 0( 190) 11, 0( 110) 7, 0 ( 70)
Li mi t e de escoament o k gf / mmz ( MPa ) 24, 0 ( 240) 52, 5( 515) 67, 5 ( 665)
Li mi t e de r esi st ênci a à t r ação, k gf / mm2 ( MPa ) 41, 0( 400) 56, 5 ( 555) 68, 5 ( 675)
Al ongament o e m 4", % 41, 7 22, 0 10, 5
Est r i cção, % 65, 8 58, 0 43, 0
KJIHGFEDCBA AÇQS- CARBONO E AÇQS- LI GA
.
n
' A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
.'
M
'À zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
<->
i• ' zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
A
'//•
"A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
///
'/ / ///, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
//, zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
! I I i ! I T T T -
50 60 70
r\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 92
Fi g. 111 - I nf l uênci a do encr uament o sobr e as cur vas t ensão- def r omação e m a ç o de bai xo car bono.
T ABE L A 2 2
Ef ei t o d o t i po de est r ut ur a s obr e a s pr opr i edades de t r ação d o a ç o
Aç o c o m 1 % d e c a r bono
Fer r o c o me r - Te mpe r a do
Pr opr i edade ci al ment e Per l í t l co Coa l e s c i do e
pur o Reveni do
Li mi t e de e s c oa me nt o, k gf / mm2 ( MPa ) 18, 2( 182) 59, 5 ( 585) 28, 0 ( 280) zyxwvutsrqponmlk
-
Li mi t e de r esi st ênci a à t r ação,
kgf / mm2 ( MPa ) 29, 4 ( 284) 105, 0( 1030) 54, 6 ( 536) 182, 0( 1785)
Al ongament o, % 40- 44 10 31 33
Est r i cção, % 70- 75 12- 15 57 45
Dur ez a Bri nel l 80- 85 300 156 540
E m r e s u mo , p e q u e n a s s e c ç õ e s d e a ç o - c a r b o n o p o d e m d e f at o s e r s u b me t i d a s a t r at a-
me n t o s t ér mi c os t ai s q u e p o s s a m pr oduzi r ex c el ent es pr opr i edades à t emper at ur a a mb i e n -
t e. A Tabel a 2 2 < m ) i l ust r a b e m es s e f at o.
Not a- s e, pel o e x a me d a s d u a s pr i mei r as c o l u n a s , q u e s o me n t e a p r e s e n ç a d o c ar bono j a
é suf i ci ent e par a dar a o a ç o , l ami nado por e x e mp l o , mai or r esi st ênci a, c o m pr ej uí zo, ent r e-
t ant o, d a duct i l i dade. A t er cei r a c ol una i ndi ca a r es t aur aç ão d e cer t a duct i l i dade pel a pr odu-
ç ã o d a est r ut ur a esf er oi di t a. A úl t i ma c ol una i ndi ca q u e u ma est r ut ur a i nt er medi ár i a ent r e a
dur a mar t ensi t a e a ma i s mo l e e ma i s gr os s ei r a esf er oi dal per mi t e obt er u ma r esi st ênci a
mui t o el ev ada c o m r az oáv el duct i l i dade. E m r e s u mo :
A r esi st ênci a à t r aç ão d o s aç os - c ar bono el ev a- s e c o m o t eor d e c a r b o n o at é 0, 7/ 0, 8% de
c ar bono; o l i mi t e d e e s c o a me n t o mos t r a u ma al t er ação me n o s ac ent uada: I i mi t a- se a 0, 6/ 0. 7%.
O a l o n g a me n t o e a r esi st ênci a a o c h o q u e d e c r e s c e m a c e n t u a d a me n t e . Po d e - s e di zer ,
d e u m mo d o ger al , q u e a r esi st ênci a at i nge v al or má x i mo par a c e r c a d e 0 , 8 % d e c ar bono,
par a e m s egui da d e c r e s c e r l i gei r ament e, a o p a s s o q u e a duct i l i dade d e c r e s c e s e mp r e e mai s
r api dament e par a o s t eor es ma i s al t os d e c a r b o n o .
C o mo s e vi u, a s pr opr i edades me c â n i c a s d o s a ç o s es t ão i n t i ma me n t e r el ac i onados c o m
o s vár i os const i t ui nt es est r ut ur ai s, d o s quai s n ã o s e c o n h e c e , n a r eal i dade, a s ver dadei r as
car act er í st i cas, c o m a dev i da pr ec i s ão.
De ac or do c o m a SAVEUR' 1151 , a s pr opr i edades d o s vár i os const i t ui nt es p o d e m s er r es u-
mi d a s d e ac or do c o m o q u e mos t r a a Tabel a 2 3 .
186
JIHGFEDCBA AÇOS- CARBONO E AÇOS- LI GA
T A B E L A 23
Pr opr i edades me c â ni c a s dos mi cr oconst i t ui nt es dos a ç os
Umr t e de r esi s-
AJ onga me nt o e m Dur e z a Poder e ndur e c e dor
Const i t ui nt e t ênci a ã t r ação
2" , %. Br i nel l I ( com a t ê mpe r a )
Kg f / mm2 ( MPa )
edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Ferri i a 35( 340) cer ca de 40 90 ne nhum
Peri i t a 85( 830) cer ca de 10 250/ 300 má x i mo
Cement i t a 3( 30) 0 650 ne nhum
5. Aços- l i ga; ef ei t os dos el ement os de l i ga; pr opr i edades mecâni cas - A i nt r odução d e out r os
el ement os d e l i ga n o s aç os - c ar bono é f ei t a q u a n d o s e desej a u m o u di ver sos dos segui nt es ef ei t os:
187
Aç os zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
FERROS
E FUNDI DOS
5. 1. Tendênci a da di st r i bui ção dos el ement os de l i ga nos aços r ecozi dos - C o m s e s abe,
n o s a ç o s r ec oz i dos , o s doi s mi cr oconst i t ui nt es es s enc i ai s s ã o :
- f er r i t a - i st o é, f er r o al f a c ont endo e l e me n t o s di ssol vi dos;
- car bonet o - e s s e n c i a l me n t e a c ement i t a o u c ar bonet o d e f er r o c o n t e n d o el ement os
di ssol vi dos o u c a r b o n e t o s especi ai s c o n t e n d o f er r o e e l e me n t o s d e l i ga.
Os a ç o s c o n t é m a i n d a p e q u e n a s q u a n t i d a d e s d e mat er i ai s não met ál i cos, n a f or ma de
par t í cul as di v er s as . Es s a s i nc l us ões , n o s a ç o s c omer c i ai s , s ã o g e r a l me n t e par t í cul as d e
c er t as s ubs t ânc i as mi ner al ógi c as , c o mo óx i dos c o mp l e x o s , sul f et os, ni t r et os, si l i cat os, et c.
Co n v é m l embr ar , p o r out r o l ado, q u e t ai s di s per s ões f i nament e di vi di das s e r v e m par a evi t ar
ex c es s i v o c r es c i ment o d e g r ã o .
U m quar t o t i po d e const i t ui nt e, pr es ent e e m cer t as c i r c uns t ânc i as , é r epr es ent ado por
compost os i nt er met ál i cos es pec i ai s . No s a ç o s , ent r et ant o, t ai s c o mp o s t o s s ã o mui t o r ar os.
Fi nal ment e, u m qui nt o const i t ui nt e pr es ent e p o d e s er r epr es ent ado pel o pr ópr i o e l e me n -
t o d e l i ga adi c i onado; p o r e x e mp l o : c obr e o u c h u mb o .
L e mb r a d o s e s s e s f at os , dev e- s e f azer r ef er ênci a à Tabel a 2 , a p r e s e n t a d a n o Capí t ul o I I I ,
a qual , n u ma pr i mei r a a p r o x i ma ç ã o , mos t r a a t endênc i a ger al d e di st r i bui ção d e vár i os el e-
me n t o s d e l i ga n o s a ç o s esf r i ados l ent ament e.
Os e l e me n t o s i ndi c ados , c o m e x c e ç ã o d o c o b r e e d o c h u mb o , t e n d e m n a aus ênc i a do
c a r b o n o , a s e di ssol ver n a f er r i t a, a n ã o s er p e q u e n a s quant i dades q u e p o d e m apar ec er
c o mo i ncl usões não- met ál i c as .
Po r out r o l ado, a t endênc i a f or mador a d e c a r b o n e t o s d e s s e s e l e me n t o s s ó s e r evel ar á na
p r e s e n ç a d e t eor es apr ec i áv ei s d e c a r b o n o .
Do s e l e me n t o s q u e s e c o n s i d e r a m e m def i ni t i vo c o mo f o r ma d o r e s d e c ar bonet os , o
ma n g a n ê s é t al vez, o ma i s f r aco. A t endênc i a ger al n e s s e s ent i do s e mani f es t a ma i s ou
me n o s n a s egui nt e o r d e m d e i nt ensi dade c r es c ent e: Mn, ' Cr , Mo , W, Ta , V, Nb e Ti . Os q u e
a p r e s e n t a m me n o r t endênc i a d o q u e o f er r o par a c ombi nar - s e c o m o c a r b o n o f o r ma n d o
c ar bonet os s ão: Si , Al , Cu , Ni , Co e t al vez Zr . A pos i ç ão d o Mo é c o n s i d e r a d a i ncer t a.
, 240
220
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El ement o de l i ga, %
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Qs J í í " El ement o de l i ga, %
)
^! Fi g. 113 - Cur v as most r ando o a ume nt o da dur ez a causado pel a pr esença de cr omo e de ma n g a n ê s
Í STSÍ?' e m f er r o pur o e e m aço c o m 0, 1 % C ( f ai xa) . Pel a di sposi ção das l i nhas e das f ai xas, ver f f i ca- se que
. ' sai f e o ef ei t o endur ecedor do c r omo e d o ma n g a n ê s deve t a mbé m ser at r i buí do à sol ução desses
f caj í r í el ement os na f erri t a.
189
s o e s não- met ál i c as r el ac i ona- s e c o m o s e u ef ei t o n o sent i do d e me l h o r a r a usi nabi l i dade d o s
a ç o s r ec oz i dos , c o mo , p o r e x e mp l o , at r av és d e cr i t er i osa p r e s e n ç a d o sul f et o d e ma n g a n ê s
n a f o r ma d e p e q u e n a s t i r as a l o n g a d a s .
A gr af i t a é i gual ment e c ons i der ada u ma f o r ma d e i ncl usão não- met ál i c a n o s aç os ' 1141 , às ' Sf f i S
v e z e s des ej ada par a conf er i r cer t as e par t i cul ar es pr opr i edades e m a l g u n s t i pos d e a ç o s de
al t o c a r b o n o .
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5. 5 Ef ei t o dos el ement os
de Si ga na f or ma de compost os i nt er met ál i cos - Cons i der ando-
s e o s ni t r et os c o mo c o mp o s t o s i nt er met ál i cos, el es const i t ui r ão o e x e mp l o ma i s i mpor t ant e
d a f o r ma ç ã o d e t ai s c o mp o s t o s . De f at o, c er t os a ç o s a o al umí ni o par a ni t r et ação apr es ent am
a f o r ma ç ã o d e u ma di s per s ão d e par t í cul as d u r a s d e g r a n d e f i nur a, const i t uí das d e AI N,
l ev ando a not ável e n d u r e c i me n t o d o a ç o .
Os c ar bonet os , n o c a s o d e a ç o d e c o mp o s i ç ã o at é mé d i o t eor d e c a r b o n o , t a mb é m s e
di s s ol v em t ot al ment e n a aust eni t a. Ent r et ant o, par a a ç o s d e al t o t eor d e c a r b o n o o u c o m
e l e me n t o s d e l i ga q u e f o r ma m c ar bonet os , a s o l u ç ã o des t es n ã o é t ot al , s e n d o e m al guns
c a s o s , c o mo n o s a ç o s r ápi dos , i mpos s í v el . Ne s s a s c ondi ç ões , o ef ei t o ma i s i mpor t ant e é no
s ent i do d e i mpedi r o c r es c i ment o d e gr ão. De qual quer mo d o , a s pr opr i edades f i nai s d o s
a ç o s s ã o g r a n d e me n t e af et adas pel a pr opor ç ão d a f as e c ar bonet o n a aus t eni t a.
Fi nal ment e, l e mb r e - s e a s f i gur as 1 4 e 1 5 a p r e s e n t a d a s n o Capí t ul o I , r el at i vas à i nf l u-
ênc i a d o s e l e me n t o s d e l i ga s obr e o t eor d e c a r b o n o e a t emper at ur a d o eut et ói de s obr e o
c a mp o aust ení t i co. A f i gur a 1 4 mo s t r a q u e a l g u n s e l e me n t o s e l e v a m a t emper at ur a d e
f o r ma ç ã o d a aus t eni t a e out r a a a b a i x a m; ent r et ant o, n e n h u m e l e me n t o d e l i ga p a s s a a
c o mp o s i ç ã o d o eut et ói de a v al or es ma i s e l e v a d o s . A f i gur a 1 5 mo s t r a o s ef ei t os d o
ma n g a n ê s , c r o mo , mol i bdêni o e si l í ci o s o b r e a f ai xa d e exi st ênci a d e aus t eni t a. C o mo o
ma n g a n ê s , a t u a m o ní quel e o cobal t o; o c r o mo pr at i c ament e el i mi na o c a mp o aust ení t i co
190
c 0 m t eor es d a o r d e m d e 2 0 %; d o me s mo mo d o at ua o mol i bdêni o, q u e a c i ma d e c e r c a d e
g 2 % el i mi na o c a mp o aust ení t i co' ' ; o t ungs t éni o i gual ment e, e m t eor es d e c er c a d e 1 2 %,
114
191
Aços E í E3s. cs FUNDI DOS
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/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
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2 3 4 S 6 7 10 11 12
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Fi g. 1 1 4 - Dur e z a mar t ensí t i ca n u ma sér i e de l i gas Fe - Cr c om 0 , 0 2 % de car bono, most r ando- se, par a
ef ei t os compar at i vos, a dur ez a no est ado r ecozi do. zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
o
o 1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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PONMLKJIHGFEDCBA
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T 100 200 300 400 500 600 700
Temper at ur a de r eveni do ° C C)
Fi g. 115 - Ef ei t o do r eaqueci ment o a vár i as t emper at ur as sobr e a dur ez a de aço de al t o car bono e o
c r omo, t emper ado. A t êmper a a part i r de 900° C r et ém al guma aust eni t a; a t êmper a a part i r
de 1093° C pr oduz u mest ado qua s e que compl et ament e aust ení t i co: not e- se o o
a
kjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
endur eci ment o pel o r eveni do.
o
- ao me s mo t e mpo, di mi nuem- se os r i scos de e mpe na me nt o ou f i ssur ação;
- out r o ef ei t o do a ume nt o da t emper abi l i dade r el aci ona- se c o m a t emper at ur a de
o
al • r eveni do, a qual , nos aços l i gados, é mai s el evada que nos aços- car bono c omuns , par a os
o
o
e «l ^í JJi l S; ; mesmos ní vei s de dur eza; essa mai or t emper at ur a de r eveni do f aci l i t a a r e moç ã o de t ensões
e- 1 i zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- "y,-. i nt er nas. Do me s mo mo d o , par a o me s mo ní vel de dur ez a ou de endur eci bi l i dade, os aços-
e-
.
l i ga apr esent am mai or t enaci dade;
--: - aument ar a dur ez a e a r esi st ênci a mecâni ca da f erri t a, qua ndo se di ssol vem ne s s e o
or
o
« Ê$ J t e ¥ : ; cons ' i í u ' nt e ' c o m consequent e a ume nt o de dur ez a e r esi st ênci a mecâni ca do aço,
ant es de qual quer t r at ament o t ér mi co;
me s mo
o
a
a
" Wf e w f e "e s s 8 car act er í st i co é mai s sal i ent e e m r el ação a o s aços c o m el ement os d e l i ga q u e t êm
o
o
T§ 2| | f | : a t endênci a de f or mar car bonet os, c o mo o c r omo, o mol i bdêni o, o vanádi o e out r os, os quai s
e | £í g| &: . . não s ° e l e v a m a t emper at ur a de r eveni do c o mo t a mb é m pr ov oc a m u m r et ar dament o no
o
e ^| | | g| ç ; amol eci ment o d o aço pel o r eveni do, p o d e n d o - s e veri f i car a t é me s mo o f e n ó me n o de "en-
- SKBSf Gdur eci ment o secundár i o" ou " dur e z a secundár i a" ;
e-
e
a ume nt a r a r esi st ênci a à cor r osão; os el ement os mai s at uant es nesse sent i do s ã o,
c omo se ver á, o c r omo, o ní quel , o cobr e e o f ósf or o, os quai s, me s mo e m t eor es r el at i va- o
- ^ í f t ^ - i j ment e bai xos, me l hor a m mui t o a r esi st ênci a à cor r osão at mosf ér i ca; o cr omo, e m t eor es
Q
o
a ~ ' ' ••**/ >•; el evados, t o ma o aço i noxi dável ;
e aument ar a r esi st ênci a ao desgast e;
o
n- o
modi f i car os car act er í st i cos el ét r i cos e magnét i cos;
S^lliiP-S"' -
o
A Tabel a 2 4 , adapt ada do "Met al s Ha ndbook " r esume os pr i nci pai s ef ei t os dos el ement os de
o
^ • j í ^^^É' ' ' 9 a _ nos aços. Af i gur a 116 i ndi ca os ef ei t os do ní quel , do cr omo e do ma nga nê s sobr e os val or es
- • / â ^ ^ ^ ; o b 8 d o s no ensai o de t r ação e m cor pos de pr ova de pequena secção de aço l ami nado c o m 0 , 2 %
§|Í| f Í i g
| gzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o
a- , :de c a r bono. Ver i f i ca- se que o ní quel que, c o mo se sabe, se di ssol ve na f erri t a, aument a r azoavel -
€ í ? J e ? " ' m6 r r t e o s ' ' m' t e s de r esi st ênci a à t r ação e de escoament o, s e m af et ar mui t o sensi vel ment e a
o
m - ^ ^ ^ ^ J l u o f l l l d a d e . O c r o mo , q u e a l é m d e s e di ssol ver n a f erri t a f or ma c a r bone t os , possui ef ei t o ma i s
apr eci ável que o ní quel no q u e s e r ef er e a o l i mit e d e escoament o e à r esi st ênci a à t r ação,
a, l 3í f § Pl l S* ' o
za- r f t ^ ^ l ê P m v o c a n d o < ent r et ant o, q u e d a ma i or nos val or es de al ongament o e est r i cção. O ma n g a n ê s , cuj o
o
e 8 to ® anal i sado e m t rês t i pos de aço, c o m t eor es bai xo e médi o de car bono, a ume nt a as
' - si - / ^Pr opr i edades de r esi st ênci a mai s ou me n o s na me s ma pr opor ção do que o cr omo.
_Lt ' *
o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR 193
ACOSE FERROS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FUNDIDOS
100
Li mi t e de resi st ênci a/
Est ri a
90 a t r ação
30
70 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
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Li nní te de TEsl sí ônci .a.
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Al ongament o
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Um zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
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l esi st à t r ação
Al ongament o Jm. de escoam.
% de ní quel % de c r omo % de ma n g a n ê s
Fi g. 116- Ef ei t o do ní quel e d o cr omo sobr e pr opr i edades mecâni cas de aço l ami nado c o m 0, 20% de
car bono; ef ei t o do ma nga nê s sobr e a ç os de bai xo e médi o car bono, l ami nados.
194.
BA AÇOS- CARBONQ E AÇOS- LI GA zyxwvu
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do car bono) aust eni t a c o m C rí t l cos- perl l l l cos ( sobr et udo a bai xas
mai s el evado t emper at ur as)
3 - Tor na aust aní t l oas l i gas Fo- Cr al t as
e m Cr
P 0, 5% 2, 8% Endur e c e f or t ement e Au me n t a a endur eci - Ne n h u ma zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
1 - Au me n l a a r esi st ênci a da aços da
( s e m r el ação por sol ução sól i da bi l i dade bai xo 0
c o m o t eor - 2 - Aume nl a a r esi st ênci a è cor r oBão
do car bono) 3 - Aume nl a a usl nobl l l dada e m açoa usi -
n a g e m ( áol l
T A B E L A 24
Efeitos específicos dos elementos de liga n o s aços (continuação)
i nf l uênci a exer ci da at r avés d o s
Sol ubi l i dade sól i da I nf l uênci a s obr e a
I nf l uênci a s obr e a c a r bone t os
Aust eni t a Pr i nci pai s f unç õe s
El e me nt o
Fer r i t a
( Endur eci bi l i dade) Te ndê nc i a f or ma dor a Aç ã o dur ant e o
No f er r o y No f er r o a
d e c a r bone t os r eveni do
2% 18, 5% Endur e c e c o m per -
( 9% c om (nãomuilD da de pl ast i ci dade
0 , 3 5 % C) al t er ada ( Mn < SI < P) Au me n t a a endur eci - Negat i va Sust ent a a dur ez a por 1 - Desoxi dant e
pel o C) bi l i dade mode r a da - ( graf i t i za) sol ução sól i da 2 - El ement o de l i ga par a c ha pa s el ét rl -
me nt e cas e magnét i cas
SI 3 - Aume nt a a r esi st ênci a à oxi dação
4 - Au me n t a a endur eci bi l i dade de a ç os
cont endo el ement os nã o gr af i t l zan-
t es
5 - Aume nt a a r esi st ênci a de aços de
bai xo t eor e m l i ga
0, 75% 6% Pr oduz si st ema endu- Pr ovavel ment e a u- A mai or conheci da Car bonet os per si st en- 1 - Re duz a dur ez a mar t ensl l l ca a a e n-
(1 % c om r ecf vel por pr eci pi t a- me nt a mul t o a endu- t es pr ovavel ment e dur eci bi l i dade e m aços a o Gr da mé -
Tl 0 , 2 0 % C) ç ã o e m l i gas Tl - Fe cl bl l l dade no est ado nã o af et ados. di o Cr
c o m al t o TI di ssol vi do. Os Al gum endur eci ment o 2 - I mpe de a f or mação de aust eni t a e m
ef ei t os de car bone- secundár i o aços de al t o Cr
t os r e duz e m- na
6% 33% I de m e m l i gas Aume nt a a endur eci - For t e Opõe - s e à di mi nui ção 1 - For ma par t í cul as dur as e r eal sl Bnl os
( 11% oom W- F e bi l i dade f or t ement e de dur ez a por endur e- a o desgast e e m aços- f Br r amenl a
W
0 , 2 5 % C) o o m al t o W e m pe que nos t eor es ci ment o secundár i o 2 - Pr omov a dur ez a e r esi st ênci a a al t as
t emper at ur as
1% Se m Endur e c e mode r a da - Au me n t a mul t o f or - Mui t o f or t e Má x i ma par a endur e- • 1 - El eva a t emper at ur a de cr esci ment o
T ABE L A2 4
Ef ei t os especí f i cos dos e l e me nt os de l i ga nos a ç os ( cont i nuação)
Sol ubi l i dade sól i da I nf l uênci a exer ci da at r avés d o s
I nf l uênci a s obr e a I nf l uênci a s obr e a
c a r bone t os
El e me nt o Fer r i t a Aust eni t a Pr i nci pai s f unç õe s
No f er r o y zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
No f er r o a ( Endur eci bi l i dade) Te ndê nc i a f or ma dor a Aç ã o dur ant e o
d e c a r bone t os r eveni do
Mo 3% 37, 5% Pr oduz o si st ema en- Au me n t a a endur eci - For t e; mai or que Opõe - s e à di mi nui ção 1 - El eva a t emper al ur a de cr esci ment o
( 8% c om dur ecí vel por pr eci pi - bi l i dade f or t ement e o Cr de dur ez a cr i ando a de gr ão da aust eni t a
0 , 3 % C) t ação na s l i gas Fe - Mo ( Mo > Gr ) dur ez a secundár i a 2 - Pr oduz mai or pr of undi dade de e ndu-
r eci ment o
3 - Cont r abal ança a t endênci a à f ragi l i -
da de de r eveni do
4 - El eva a dur ez a a quent e, a r esi st ên-
ci a a quent e e a f l uênci a
5 - Mel hor a a r esi st ênci a à cor r osão doa
aços I noxi dávei s
6 - For ma par t í cul as r esi st ent es à abr a-
são
Ni Se m 10% Aume nt a a r esi st ên- Aume nt a a endur eci - Negat i va Mui t o pe que na e m 1 - Aume nt a a r esi st ênci a de aços r eco-
l i mi t as ( sem r el ação ci a a a t enaci dade por bi l i dade l l f j el r ament e; ( graf i t i za) t eor es bai xos zi dos
c o m o t eor sol ução sól i da ma s t ende a r et er a 2 - Aume nl a a t enaci dade de aços f or-
do car bono) aust eni t a c o m C rí t l cos- perl l l l cos ( sobr et udo a bai xas
mai s el evado t emper at ur as)
3 - Tor na aust aní t l oas l i gas Fo- Cr al t as
e m Cr
Aç os E FERROS FUNDÍ DOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
^ ~ - O. C 01 %a
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
\ \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
A
/ 8" IZ I B- IV 78" 1" 178" 1/ 4- 178"
a \ 5048 - H
DCBA 5
s l 56
0, 43 - 0, 50 C
0 , 5 5 - 1 , 1 0 Mn
\ 0 , 1 3 - 0 , 4 3 Cr zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
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40
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V 3 3
32 32
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
SRQPONMLKJIHGFEDCBA o 30
28
^ 2 4 , 23
23
21 24
RQPONMLKJIHGFEDCBA
QPONMLKJIHGFEDCBA
edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
aZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
50
m
. Di st ânci a da Ext r emi dade
Resf r i ada, e m 1/ 16"
e
s
Fi g. 118 - Fai xas de endur eci bi l i dade par a aço S AE 5 0 4 6 s e m e c om bor o
o
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
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- Fi g. 119 - I nf l uênci a conj unt a do ni t r ogéni o e do car bono sobr e a r esi st ênci a à t r ação.
Aç os E FERROS FUNDI DOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
^ í t f l -y- j ^ í ' ;
_ g s- l i ga, de médi o t eor em l i ga, q u e p o d e r i a m s er c o n s i d e r a d o s c o mo const i t ui ndo u m
a 0
r i £j $C- ~ - aços par a bar r as, ar ames e f i os, o s quai s , c o n f o r me apl i c aç ões , p o d e m apr es ent ar
o l í s f e i car act er í st i cos d e r esi st ênci a à t r aç ão r eal ment e not ávei s;
• ^1* § | | pf ê - aços par a mol as, car act er i zados p o r e l e v a do l i mi t e el ást i co;
] »Jp| g| | p- - aços às t sscnagaas sei , c a r a u a l u g f o s sel a s u a e l e v a d a usi nabi l i dade, t eor es a c i ma
. • S q ^ & c b s nor ma i s d o s el ement os enx of r e e f ós f or o, pr i nc i pal ment e o pr i mei r o, e, e v e nt ua l me nt e ,
Kí j f âJ ^ Ss à pr e s e nç a d e c h u mb o ;
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i Wc ^S^ í - aços par a cement ação, n o r ma l me n t e d e bai x o c a r b o n o e bai x os t eor es d e e l e me n t o s de
o J ; ; ®f f i | í ^- l i ga, d e mo d o a a pr e s e nt a r e m o s me l h o r e s car act er í st i cos pa r a enr i queci ment o super f i ci al
^ I f i £§ g| f de c ar bono, a l é m d e u m núc l eo t enaz , depoi s d a c e me n t a ç ã o e d a t êmper a;
- a p ó s par a ni t r et ação, s i mpl e s me nt e a o c a r bono ou c o m o s e l e me nt os d e l i ga c r o mo ,
. t t ; T: ; V. T. cí i bdôni c e al umí ni o;
T^ f f i Pf Çí si - aços par a f er r ament as e mat r i zes, c ar ac t er i z ados por al t a d u r e z a à t emper at ur a a mb i - zyxwvutsrq
Aç os E FERROS FUNDI DOS
stjSlsl
c r o mo o u c r omo- ní quel ;
- aços r esi st ent es ao cal or ( t a mb é m c h a ma d o s " r ef r at ár i os" ) , c ar ac t er i z ados por apr e-
s e n t a r e m el ev ados t eor es d e c r o mo e ní quel e p o r p o s s u í r e m el ev ada r esi st ênci a à oxi dação-
pel o cal or e por ma n t e r e m a s pr opr i edades me c â n i c a s a t emper at ur as a c i ma d a ambi ent e,
à s v e z e s , r el at i v ament e el ev adas ;
- Tf zyxw
- a ç o s par a f i ns el ét r i cos, e mp r e g a d o s n a f abr i c aç ão d e mo t o r e s , t r ans f or mador es e
out r os t i pos d e má q u i n a s e apar el hos el ét r i cos, c ar ac t er i z ados por a p r e s e n t a r e m si l í ci o e m
t eor es a c i ma d o s n o r ma i s ( at é 4 , 7 5 %) , o u al t os t eor es d e cobal t o ( at é 5 0 %) o u al t os t eor es
d e ní quel ;
- aços par a f i ns magnét i cos, c o m al t o t eor d e c a r b o n o , c r o mo mé d i o , ev ent ual ment e
t ungs t éni o r el at i v ament e e l e v a d o , e v e n t u a l me n t e mol i bdêni o e ( os me l h o r e s t i pos) el e-
v a d a quant i dade d e c obal t o ( at é c er c a d e 4 0 %) ; e s s e s a ç o s , q u a n d o t e mp e r a d o s , apr e-
s e n t a m o car act er í st i co d e i ma n t a ç ã o p e r ma n e n t e r epr es ent ado pel o p r o d u t o ( BH) ma x -
bas t ant e el ev ado;
« SB
- a ç o s ul t r a- r esi st ent es, des env ol v i dos pr i nc i pal ment e pel a n e c e s s i d a d e d a s apl i cações
d a i ndúst r i a aer onáut i c a, ma s cuj a ut i l i zação es t á s e e s t e n d e n d o a out r os s et or es d a e n g e -
nhar i a; n e s s e s a ç o s pr oc ur a- s e u ma el ev ada r el aç ão r esi st ênci a/ peso; a l g u n s p o d e m apr e-
s ent ar l i mi t es d e e s c o a me n t o super i or es a 1 5 0 Kg f / mm2 ( 1470 MPa ) ; a s ex c epc i onai s pr opn-
e d a d e s me c â n i c a s s ã o c o n s e g u i d a s me d i a n t e o e mp r e g o d e t r at ament os t ér mi c os e m c o m-
pos i ç ões c ont endo di v er s os e l e me n t o s d e l i ga e m t eor es ger al ment e b a i x o s . U m t i po e s p e -
ci al d e a ç o ul t r a- r esi st ent e é o a ç o " mar agi ng" , e m q u e os el ement os d e l i ga pr es ent es est ão
e m t eor es ma i s e l e v a d o s ( c o mo ní quel at é 1 8 % o u ma i s ) , a l é m d e p o s s u í r e m cobal t o,
mol i bdêni o, t i t âni o e bai x o c a r b o n o . Sã o obt i dos por u m t r at ament o d e endur ec i ment o por
pr eci pi t ação q u e per mi t e at i ngi r - se v al or es d e r esi st ênci a à t r ação d a o r d e m d e 2 8 0 Kg f / mm2
( 2 7 4 5 MP a ) , a l é m d e ex c el ent e duct i l i dade.
- aços cr i ogêni cos, c ar ac t er i z ados por s u a r esi st ênci a a o ef ei t o d e bai x as t emper at ur as .
- aços si nt er i zados, pr odut os d a met al ur gi a d o p ó , i ncl ui ndo f er r o pr at i c ament e i sent o de
c a r b o n o , aç os c o mu n s e al guns a ç o s es pec i ai s , d e apl i cação c r es c ent e n a i ndúst r i a mo d e r n a zyxwvuts
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
202
AÇOS RARA FUNDI ÇÃO zyxwvut
stjSlsl
- Tf zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
« SB
s
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
203
Aços E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
Ent r et ant o, q u a n d o o a ç o é v a z a d o e m " l i ngot ei r as" , pr oduz i ndo " l i ngot es" , es t es s ã o s u b -
'~
me t i d o s , pos t er i or ment e à sol i di f i cação, a p r o c e s s o s di ver sos d e c o n f o r ma ç ã o me c â n i c a .
Ne s t e s úl t i mos c a s o s , o s a ç o s p o d e m s er cl assi f i cados e m quat r o t i pos, d e ac or do c o m
a pr át i ca e mp r e g a d a n a des ox i daç ão d o a ç o , o u al t er nat i vament e pel a quant i dade d e g á s ¥i £' t í $
des pr endi do dur ant e a sol i di f i cação11271: ~
) %• v .
• a ç o s acal mados, e m q u e s e ver i f i ca a p e n a s u m p e q u e n o d e s p r e n d i me n t o d e g a s e s
d u r a n t e a sol i di f i cação. Pa r a c ons egui r - s e e s s a s i t uaç ão, s ã o a d i c i o n a d o s e l e me n t o s
des ox i dant es , pr i nc i pal ment e si l í ci o e al umí ni o e, ev ent ual ment e, t i t âni o e zi r côni o;
• a ç o s semi - acal mados, e m q u e o d e s p r e n d i me n t o d e g a s e s é ma i o r q u e n o s a ç o s acal - ;
ma d o s , ma s me n o r q u e n o s a ç o s ef er v es c ent es e s e mi - d è s o x i d a d o s ; A&^ã
• aços ef er vescent es; n o s quai s n ã o s e ut i l i zam e l e me n t o s des ox i dant es e, por es s e mo - - ~c - ^
t éc ni c a, r el at i vament e a o pr oj et o d a s p e ç a s e mo l d e s c or r es pondent es , a s s i m c o mo os mé t o -
d o s d e pr oduç ão ( f us ão d o a ç o , v a z a me n t o , e t c ) .
T§|§§|P
2. Consi der ações a r espei t o do pr oj et o - A r esi st ênci a me c â n i c a d e p e ç a s d e a ç o f undi do í f i l pS
- Sz§l
d e p e n d e i ni ci al ment e d e : f
2. 1. For ma da peça - Ger al ment e, t odas a s p e ç a s s ã o const i t uí das d e u m " cor po" , n o qual s e • ^^0 &- ( )
204
IHGFEDCBA
izyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. - . - gf l gxamf l anges, sal i ênci as, ner vur as, et c. Assi m sendo, ao pr oj et ar - se u m peça f undi da, os segui n-
. j t - : | Sí ( e s p0 nt os d e v e m ser l evados e m consi der ação' :
1281
-
- - Vi Sf e- . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- s e me l ha nç a c o m out r a peça f undi da;
s r as di f er ent es.
j | Por out r o l ado, havendo si do di mi nuí do a u m mí ni mo o núme r o de espessur as di f er ent es, é
- t * ' i f t : . ' À necessár i o que a t r ansi ção de u ma espessur a par a out r a sej a pr ogr essi va e uni f or me; essas
l &^i M t r ansi ções d e v e m s e r n a di r eção d e u ma ár ea q u e pos s a s e r al i ment ada c o m met al l í qui do e
~í Wt t f e ^ de v e m evi t ar muda nç a s br uscas de secções que sempr e pr oduz e m def ei t os de f undi ção.
-V , 2. 3. Espessur as de membr os e ner vur as - A espessur a da s par edes - as quai s const i t uem
-5í *?íi|p.í;o cont or no e x t e r no d a p e ç a f undi da - d e p e n d e d a r esi st ênci a exi gi da. Os me mb r o s l i gam
Ah vár i as par edes e t e m por f i nal i dade a ume nt a r a r i gi dez das pe ç a s . As ner vur as s e n/ e m par a
- ^- ref orçar car t as par t es, t ai s c o mo as j unt as ent r e as par edes e os me mb r o s .
í pj í l HSSJ- : ' Co mo os me mb r o s não est ão c o mu me n t e e m cont at o di r et o c o m os canai s de ai i ment a-
t j A/ í Aç30 e não são, por t ant o, t ão b e m al i ment ados c o m met al f undi do, é necessár i o r eduzi r s ua
i f e§ l s| § f espessura, a dot a ndo- s e ger al ment e u m val or c or r e s ponde nt e a 4/ 5 o u à s v e z e s me n o s d a
; ' AA e s Pe s s u r a da s par edes que são l i gadas c o m os canai s. As ner vur as ger al ment e t e m u ma
espessur a d a o r d e m d e 2/ 3 da e s p e s s u r a d a pa r e de .
T§|§§|PP- 2 - 4- Pr evenção de def ei t os causados pel a cont r ação - Os def ei t os or i gi nados pei a c c n t e -
- SzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
f r aqueci dos" f ) , os quai s, devi do à ma s s a adi ci onal que apr esent am, são as úl t i mas s e c ç õe s
§ll|Sta zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
sol i di f i car:
íf t e§SSf i : A l ocal i zação d e s s e s pont os ocor r e' 1291 na i nt er secção o u n a s j unções d e par t es d a p e ç a
%^.y*'?^i c ' e espessur a uni f or me, ou nas i nt er secções ou j unções de par t es de secções abr upt ament e
f hf | JI #g^: di f er ent es, ou na t r ansi ção abr upt a d e e s p e s s u r a s di f er ent es de u ma me s ma par t e, e mc on-
- bai x a f l ui dez;
- c ont r aç ão el ev ada;
- p e q u e n a r esi st ênci a a c er c a d e 1480° C.
3 . Ti pos de aço par a f undi ção - P o d e m s er c ons i der adas ci nco c l as s es d e a ç o s f undi dos
c omer c i ai s :
- a ç o s d e bai x o c a r b o n o ( C i nf er i or a 0 , 2 %)
- a ç o s d e mé d i o c a r b o n o ( C ent r e 0, 2 e 0 , 5 %)
- a ç o s d e al t o c a r b o n o ( C a c i ma d e 0 , 5 %)
- aços- l i ga d e bai x o t eor e m l i ga ( t eor t ot al d e l i ga i nf er i or a 8 %)
- aços- l i ga d e al t o t eor e m l i ga ( t eor t ot al d e l i ga super i or a 8 %)
C) Mai or es por menor es podem ser obt i dos pel a consul t a dos t r abal hos i ndi cados na Bi bl i ogr af i a e out r os,
t ai s como " St eel Cast i ngs" , " Cast Met al s Handbook" , " The Met al l ur gy of St eel Cast i ngs" , " A Pr act i cal
Gui de t o l he St eel Cast i ngs" , et c. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
206 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
MLKJIHGFEDCBA Aços RARA FUNDI ÇÃO
3. 1. Aços- car bono par a f undi ção - Os aç os - c ar bono d e bai x o c a r b o n o par a f undi ç ão
apr es ent am, n a mai or i a, a c o mp o s i ç ã o q u í mi c a s egui nt e' 1271 :
C - 0, 16 a 0 , 1 9 %
a Mn - 0, 50 a 0 , 6 0 %
Si - 0, 35 a 0 , 7 0 %
•P - 0 , 0 5 % má x .
S - 0 , 0 6 % má x .
C - 0, 20 a 0 , 5 0 %
Mn - 0, 50 a 1 , 5 0 %
Si - 0, 35 a 0 , 8 0 %
P - 0 , 0 5 % má x .
S - 0 , 0 6 % má x .
C - a c i ma d e 0 , 5 0 %
Mn - 0, 50 a 1, 50%
Si - 0, 35 a 0 , 7 0 %
out r os,
P - 0 , 0 5 % má x .
r act i cal
SRQPONMLKJIHGFEDCBA S - 0 , 0 5 % má x .
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 207
Aç os E FERROS FUNDI DOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
14Cf
A
Sg n
^
Fi g. 1 2 0 - Pr opr i edades mecâni cas de aço- car bono de bai xo car bono par a f undi ção. U
208
ONMLKJIHGFEDCBA
GFEDCBA Aç os PARA FUNDI ÇÃO
T A B E L A 25
Pr opr i edades me c â ni c a s d e aços- car bono par a f undi ção
Bai xo C Mé di o C Al t o C
;• Pr opr i edade ( 0, 1 a 0 , 2 %) ( 0, 2 a 0, 5%) ( 0, 5 a 0 , 9 %)
no est ado r ecoz i do no est ado r ecoz i do
: Li mi t e de e s c oa me nt o
' kgf / mm2 ( MPa ) 20- 27 ( 200- 270) 24- 37 ( 240- 360) 38- 47 ( 370- 460)
: Li mi t e de r esi sl . à t r ação,
: kgf / mm2 ( MPa ) 39- 48 ( 380- 470) 46- 68 ( 470- 670) 66- 91 ( 650- 890)
^Al ongament o, % 37 a 32 31 a 17 18 a 3
• Est ncção, % 62 a 5 2 52 a 23 26 a 3
: Dur eza Bri nel l 118 a 1 3 2 120 a 2 0 0 187 a 2 5 2 zyxwvutsrqponm
- Aços par a f undi ção ao ní quel - Car ac t er i z am- s e por apr es ent ar em al t as t enac i dades e r esi s-
t ênci a me c â n i c a , a l é m d e excel ent e l i mi t e d e f adi ga às t emper at ur a nor mai s . Co mo s e vi u, o ef ei t o
do ní quel s e f az sent i r pr i nci pal ment e n a f er r i t a, onde s e di ssol ve, f or t al ecendo- a. Al é m di s s o,
t ende a pr oduzi r , n o s a ç o s de bai xo e mé d i o c ar bono, u ma est r ut ur a f i na, o q u e cont r i bui par a a
mel hor a d a r esi st ênci a e d a t enac i dade d o a ç o , s e m af et ar s u a duct i l i dade. No es t ado r ec oz i do,
por t ant o, os a ç o s f undi dos a o ní quel p o s s u e m excel ent es r esi st ênci a à t r ação e t enac i dade.
U m a ç o c o m bai x o c ar bono ( 0 , 1 % a 0 , 1 5 %) , t eor es n o r ma i s d e ma n g a n ê s e si l í ci o e c o m
ní quel e m t or no d e 2 , 5 % apr es ent a a s s egui nt es pr opr i edades me c â n i c a s a p r o x i ma d a s :
l i mi t e d e e s c o a me n t o 3 5 k g f / mm2 ( 3 4 0 MP a ) ; l i mi t e d e r esi st ênci a à t r ação 5 0 a 6 0 Kgf /
mm2 ( 4 9 0 MP a a 5 9 0 MPa ) ; a l o n g a me n t o e m t o mo d e 3 5 %; est r i cção e m t o mo d e 6 5 % e
r esi st ênci a a o c h o q u e d e 4 a 1 0 Kg f m( 3 9 a 9 8 J ) . Os aç os - ní quel par a f undi ç ão c a e m n o r ma l -
me n t e dent r o d a s egui nt e f ai xa d e c o mp o s i ç ã o :
ma n g a n ê s - 0, 50% a 1, 00%
si l í ci o - 0, 20% a 0 , 7 5 %
211
EzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FERROS FUNDIDOS
Aços par a f undi ção ao manganês - Se r ã o c ons i der ados s o me n t e o s a ç o s c o m t eor d e '
ma n g a n ê s ent r e 1 % a 3 %. Os a ç o s d e ma n g a n ê s ma i s e l e v a d o s , mui t o i mpor t ant es e m
c er t os t i pos d e p e ç a s f undi das e ma i s c o n h e c i d o s c o m o n o me d e aços Hadf í eí d, s er ão
e s t u d a d o s e m out r o capí t ul o. No s t eor es e m q u e s e enc ont r a n o r ma l me n t e n o s a ç o s , o Mn ,
c o mo s e s a b e , t e m p o r ef ei t o, evi t ar a f r agi l i dade a quent e c a u s a d a pei o enx of r e. Admi t e- s e
q u e j á a c i ma d e 0 , 6 % o Mn c o me ç a a at uar c o mo e l e me n t o d e l i ga. Ne s t e s ent i do, a a ç ã o do
ma n g a n ê s é dupl a, i st o é, r ef or ça a f er r i t a, o n d e s e di ssol ve, e f o r ma c ar bonet o c o mp l e x o de
F e e Mn .
A f ai xa c o mp o s i ç ã o t í pi ca d e a ç o s - ma n g a n ê s par a f undi ç ão é a s egui nt e:
212
Aç os PARA FUNDI ÇÃO zyxwv
ão si l í ci o - 0, 30% a 0 , 7 0 %
c r o mo - 0, 50% a 2, 00%
ní quel - 1, 00% a 4 , 0 0 %
à
do
L Co mu me n t e s ã o t e mp e r a d o s e r ev eni dos . Apl i c am- s e e m p e ç a s suj ei t as a es f or ç os d e
de
f adi ga, a o c h o q u e , a o des gas t e e a t emper at ur as el ev adas , e m e q u i p a me n t o s d e e s c a v a ç ã o
a
sg*f » e c ons t r uç ão, ci l i ndr os d e l ami nador es , maqui nár i os d e ex pl or aç ão d e pet r ól eo, et c .
do
Es s e s a ç o s j á f or am mui t o e mp r e g a d o s , es t ando n o mo me n t o s e n d o subst i t uí dos pel os
aç os ní quel - c r omo- mol i bdêni o.
213
Aç os E FERROS FUNDI DOS
O mol i bdêni o, adi ci onado a o s aços- ní quel mel hor a s u a s pr opr i edades me c â n i c a s n ã o s ó à t empe-
r at ur a ambi ent e c o mo t a mb é m a al t as t emper at ur as , al ém d e mel hor ar a s u a endur eci bi l i dade. Es s es
a ç o s s ão t emper ados e r eveni dos, s endo d e r essal t ar q u e el es t em a t endênc i a d e endur ecer pel o
r esf r i ament o no ar , mot i v o pel o qual s ão i ndi cados par a f abr i cação d e p e ç a s f undi das de di mens ões
avant aj adas e f or mas c ompl ex as , onde. não s e ac ons el ha a t êmper a e m á g u a .
c ar bono - 0 , 2 0 % a 1, 00%
c r o mo - 0 , 7 5 % a 1, 70%
mol i bdêni o - 0 , 2 0 % a 0 , 6 0 %
4. Tr at ament o t ér mi co dos aços par a f undi ção - Os pr i nci pai s obj et i vos d o t r at ament o
t ér mi c o d a s p e ç a s d e a ç o f undi do s ã o r ef i nar a gr anul aç ão, des t r ui ndo a t ext ur a br ut a ou
Aç os PARA FUNDI ÇÃO
MLKJIHGFEDCBA
dent r í t i ca d e f u s ã o , t í pi ca d e s s e s mat er i ai s e el i mi nar a s t e n s õ e s i nt er nas c a u s a d a s pel as
di f er ent es v el oc i dades d e r esf r i ament o n a s vár i as s e c ç õ e s . Fr e q u e n t e t a mb é m, pr i nci pal -
. 5. Sol dabi i i dade dos aços par a f undi ção - Pe ç a s d e a ç o f undi do s ã o f r equent ement e s ol da-
dos; a s u a s o l d a g e m env ol v e as me s ma s c ons i der aç ões q u e s ã o f ei t as a r espei t o d e p e ç a s d e
. aço f or j ado o u t r ans f or mado me c a n i c a me n t e c o m a me s ma c o mp o s i ç ã o quí mi c a. A Tabel a
26' 13' 1 r el aci ona a c o mp o s i ç ã o quí mi c a à sol dabi l i dade d o s a ç o s , ver i f i cando- se q u e , à me d i d a
que a u me n t a o t eor d e c ar bono, o a ç o t o ma - s e c a d a v e z ma i s di f í ci l d e ser s ol dado, dev i do a o
ef ei t o d e e n d u r e c i me n t o pel o r es f r i ament o a p ó s a s o l d a g e m, n a z o n a af et ada pel a s ol da.
••• Ver i f i ca- se, ai nda, q u e n e s s e s a ç o s d e c a r b o n o el ev ado, as s i m c o mo n o s aços- l i ga d e bai x o
: t eor e m l i ga, é nec es s ár i o u m pr é- aquec i ment o e u m t r at ament o par a al í vi o d e t ens ões .
T A B E L A 26
Sol dabi l i dade de a ç os
Ti pos Re c oz i me nt o
o de Compos i ç ã o Sol dabi l i dade Pr é- aqueci ment o par a al í vi o
Aç o ger al de t e ns õe s
1 Aço- car bono, c om C abai xo Pr ont ament e Desnecessár i o Desnecessár i o
de 0 , 3 0 % sol dável
e- Aço- l i ga, de bai xo t eor e m
l i ga e C abai xo 0, 15%
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- li Aço- car bono, c om C ent r e Sol dável c om Pr ef er f vel Pr ef er í vel
ent r e 0 , 3 5 % e 0, 50% pr ecauções
Aço- l i ga, de bai xo t eor e m
d l i ga e C ent r e 0, 15 e 0, 30%
111 ' Aço- car bono, c om C aci ma Di fí ci l de Necessár i o Necessár i o
de 0 , 5 0 % sol dar
Aço- l i ga, c o m t eor e m l i ga
a c i ma de 3 %e C aci ma de
0, 30%
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
- aços-carbono;
- aços de alta resistência e baixo teor em liga.
- ductilldade e homogeneidade;
- valor elevado da relação entre limite de resistência e limite de escoamento;
- soldabilidade;
- suscstibilidade de corte por chama, sem endurecimento;
- resistência razoável à corrosão.
218
GFEDCBA
DCBA Aços ESTRUTURAIS
o *(410MPa).
m r n
A elevação do teor de carbono aumenta esses limites, atuando no mesmo sentido, como
se sabe, embora em menor grau, a elevação do teor de manganês. A melhora desses carac-
, teristicos é feita, contudo, à custa da trabalhabilidade ou deformabilidade do aço que decres-
s cem, de modo que é necessário levar em conta esses fatores quando se projeta a utilização
- de um aço de maior resistência mecânica.
à Nas estruturas, os perfis de aço-carbono utilizados são os mais diversos, sobressaindo-
se os seguintes: barras redondas (inclusive as empregadas em concreto armado), quadra-
m das, hexagonais, ovais, barras chatas, cantoneiras, tês, eles, duplos tês, etc.
Todos esses perfis são produzidos por laminação e empregados nesse estado, geral-
mente sem qualquer tratamento ou mecânico posterior.
Os aços de alto carbono - em torno do eutetóide ou mesmo acima - já são considerados
materiais de natureza e aplicações especiais, visto que são utilizados na forma de fios ou
barras, geralmente com tratamento térmico particular ou no estado encruado, em estruturas
do tipo de pontes pênseis, concreto protendido, cabos, etc.
Como já foi mencionado, uma das aplicações importantes dos aços-carbono estruturais
é em concreto armado. Para esse emprego, os aços-carbono podem ser classificados das
seguinte maneira' '. 132
Ao primeiro grupo - aços de dureza natural - pertencem os aços utilizados pela indústria
de construção civil, classificados pela ABNT (Especificação NBR-7480) nas categorias CA-
25, CA-40, CA-50 e CA-60, com limites mínimos de escoamento de 250 MPa, 400 MPa, 500
MPa e 600 MPa respectivamente. A categoria CA-60 aplica-se somente para fios.
Os aços pertencentes ao segundo grupo - encruados a frio - caracterizam-se por apre-
sentarem superior resistência, devida justamente ao encruamento que sofrem durante a sua
fabricação. Podem ser esses aços subdivididos nos seguintes grupos:
Os primeiros são aços trefilados, isto é, após a laminação a quente, são submetidos a
uma trefilação a frio, verificando-se uma compressão radial do material e uma tração apreci-
ável, ambos os feDõmencs sendo responsáveis peia modificação estrutural do aço e pelo
consequente aumento c a ressÊncia. Ccnsegue-se assim um limite convencional n d a or-
dem de 590 MPa, embora com diminuição do alongamento que cai para 6 a 8%. O limite de
resistência à tração pode atingir valores entre 640 e 740 MPa.
Os aços encruados por torção - j á sujeitos a especificações brasileiras (*) - são obtidos
s- mediante torções e estiramentos simultâneos, conseguindo-se dessa maneira, limites con-
vencionais n d a ordem de 390, 490, 590 MPa, conforme a categoria do aço. O limite de
219
Aços E FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
não ser que a redução da secção seja acompanhada por um aumento correspondente da
resistência à corrosão do material;
. c) melhorar a resistência ao choque e o limite de fadiga;
d) elevar a relação do limite de escoamento para o limite de resistência à tração, s e m
perda apreciável da ductilidade.
É preciso insistir no fato de que os efeitos acima devem ser conseguidos sem afetar
muito a trabalhabilidade e a soldabilidade do aço. Realmente, as aplicações desses mate-
riais em estruturas fixas de edifícios, pontes, reservatórios ou empregos semelhantes e em
s estruturas móveis, no campo do transporte (indústria automobilística, ferroviária, aeronáu-
tica etc.) exigem:
a) que os aços possam ser fabricados facilmente e economicamente por deformação
mecânica a frio ou a quente, além de poderem sofrer rapidamente deformações e operações
s lais como dobramento, corte, furacão, rebitagem e qualquer tipo de usinagem;
b) que possam ser facilmente soldados pelos processos normais de soldagem, devendo
ainda a solda resultante apresentar suficiente resistência e ductilidade, correspondentes peio
_r
T A B E L A 27
C o m p a r a ç ã o g e r a l de a ç o de b a i x o c a r b o n o c o m v á r i o s t i p o s d e a ç o s de alta r e s i s t ê n c i a
Os aços estruturais de alta resistência podem ser divididos e m quatro grupos' 1331 :
A Tabela 2 7 mostra que esses quatro tipos de aços apresentam um limite de escoa-
( 1 3 3 )
Conhece-se bem o efeito do carbono, fósforo e enxofre. Quanto aos outros elementos,
será feita a seguir uma rápida recapitulação dos seus efeitos:
- Manganês. Como o carbono, o Mn fortalece a ferrita aumentando a resistência mecâni-
ca do aço. O Mn acima de 1 % por si só melhora a resistência, ficando então os outros
elementos desnecessários. No caso do manganês mais elevado, os outros elementos de liga
ficam com a finalidade de controlar o crescimento de grão do aço.
- Silício - Aumenta a resistência mecânica e a resistência à oxidação a temperaturas
elevadas. Nos aços em consideração, entretanto, é geralmente mantido baixo, adicionado
nas quantidades suficientes para acalmar os aços.
- Cobre - Seu principal efeito é melhorar a resistência à corrosão atmosférica do aço; a
presença de 0,25% de cobre já é suficiente para aumentar a resistência à corrosão atmosfé-
rica duas vezes em relação ao aço-carbono sem cobre. Tal efeito é mais acentuado pelo
aumento simultâneo do teor de fósforo. O cobre exerce ainda considerável influência na
resistência do aço, aumentando-a apreciavelmente, com somente ligeiro decréscimo da
ductilidade. Para isso é preciso, contudo, que o seu teor supere 0,60%. Nesses aços com
cobre relativamente alto - acima de 1,0% e mais acentuadamente na faixa entre 1,20% e
1,50% - e baixo carbono, ocorre o fenómeno de "endurecimento por precipitação '. 1
De fato, nos aços ao cobre, cerca de 0,30% de cobre podem se dissolver na ferrita à
temperatura ambiente, formando uma solução sólida, desde que haja ocorrido resfriamento
lento; o excesso de cobre, por sua vez, pode ser precipitado da solução. Assim, se um aço
com teor de cobre superior a 0,70%, depois de resfriado lentamente, é reaquecido a tempe-
raturas variando de 510°C a 605°C durante uma a quatro horas e em seguida resfriado,
precipitam-se diminutas partículas de cobre, as quais, embora moles, tendem a evitar
deslizamento dos cristais, dificultando a deformação plástica e, em consequência, elevando
os limites de escoamento e de resistência à tração.
Um característico importante dos aços com cerca de 1,0% de cobre consiste no fato da
solubilidade desse metal ser garantida com uma velocidade de esfriamento tão baixa que
mesmo em secções pesadas, como por exemplo com 15 cm de espessura, o centro está tão
222
IHGFEDCBA
FEDCBA Aços ESTRUTURAIS
e apto quanto a superfície a adquirir resistência pelo reaquecimento. Nessas condições, pode-
. se aumentar a resistência de peças de consideráveis dimensões, uniformemente da superfí-
, cie ao centro, de até 15 kgf/mm (150 MPa).
2
a Outras adições que estão sendo desenvolvidas correspondem a terras raras - sobretudo
m cério, lantânio ou prasiodímio - ou "mish-metal" (liga de cério, lantânio e didímio)! "
134 em
1351
' açoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
de ferrita acicular, com baixo carbono (abaixo de 0,08%)
• aços de fase dupla, que apresentam uma microestrutura de martensita dispersa numa'-
matriz terrífica e fornece uma boa combinação de ductilidade e alta resistência mecânicail
• aços com forma de inclusões controlada
•i
resistência à corrosão atmosférica, como também para reforçar a solução sólida e propiciar
, algum refinamento d e grão da microestrutura terrífica. .J
Os aços periítico-ferríticos microligados contêm adições abaixo de 0,10% de elementos
de liga formadores de carbonetos ou carbonitretos como nióbio, vanádio e/ou titânio paraí
aumentar a resistência de aço laminado a quente, sem necessidade de aumentar os teores
de carbono e manganês. Existem vários tipos desses aços microligados: com vanádio, com
nióbio, com nióbio-molibdênio, com vanádio-nióbio, com vanádio-nitrogênio, com titânio, corrr
nióbio-títãnio e com vanádio-titânio.
Os aços periíticos no estado laminado consiituem um grupo específico de aços, em que 1
de ferrita acicular de alta resisiência, com suficiente endurecibilidade, apesar do baixo teor de !
carbono, através de adições de manganês, molibdênio e/ou boro. Os aços de ferrita acicular
podem ser obtidos por têmpera ou, preferivelmente, por resfriamento ao ar, devido à presença
de elementos de liga que propiciam a endurecibilidade. Esses tipos de aço apresentam uma *
boa combinação de limite de escoamento - 415 a 690 MPa - com alta tenacidade e boa '
soldabilidade. A principal aplicação desses aços é em tubos de oleodutos em condições árticas ._,'-
t
Os após de fase dupla caracterizam-se por apresentar uma microestrutura com 80% a 90% de
ferrita poligonal e 10 a 2 0 % de ilhas de martensita dispersas ao longo da matriz ferrítica. Esses aços *
v
podem ser obtidos através de: austenitização intercrítica de aços C-Mn, seguida de resfriamento _
rápido, ou laminação a quente de elementos formadores de ferrita como o silício e elementos que ~ -
atrasem a transformação como cromo, manganês e/ou molibdênio ou, finalmente pelo recozimenfozyxwvu -r
contínuo de aços carbono-manganês laminado a frio seguido de têmpera e revenido.
Os aços com forma de inclusão controlada caracterizam-se pelo fato de produzir-se inclu
soes de sulfeto com plasticidade insignificante mesmo à temperaturas mais elevadas de
laminação. O método preferido para obter o controle da forma do sulfeto é adicionar na panela "
cálcio-silício. Esses aços apresentam uma meihora na energia de choque transversal e sao
superiores em aplicações de estruturas soldadas.
A Tabela 2 8 ' ' mostra alguns tipos de aço de alta resistência e baixo teor em liga de
133
224
CBA Aços ESTRUTURAIS
CBA T A B E L A 28
E s p e c i f i c a ç õ e s A S T M para a l g u n s t i p o s d e a ç o s de alta r e s i s t ê n c i a e baixo t e o r e m l i g a s
ma'-
cail ASTM
Tipo de aço Elementos Formas disponíveis Características espedaís Aplicações
de liga
•i
Estruturai de alta Cr, Cu, N, Ni Chapas, barras, Resistência à corrosão Membros estruturais em
A242
de e baixa liga SI, Tl, V, Zr perfis atmosférica quatro vezes construções soldadas,
a ; maior que aço-carbono aparafusadas ou rebitadas
ar S A572 ao Nb-V com baixa Nb, V, N Chapas, barras Limite de escoamento Estruturas soldadas,
qualidade estrutural
.J perfis da 290 a 450 MPa aparafusadas, rebitadas
para pontes e edifícios
os
Tíras e chapas da aço, Nb, V, N, Cu Chapas e tíras lami- Resistência à corrosão Aplicações estruturais e
raí [ A607
laminadas a quente e a nadas aquente a a atmosférica duas vezes maior miscelâneas para maior
es frio, de alta resistência frio que aço-carbono; limite de resistência ou redução
m com Nb e V baixos escoamento de 310 a 485 MPa de peso
rrr Estruturai de afta resis- Nb, V, Cr, Ni Chapas, barras, Melhor tenacidade; limite Estruturas soldadas, apara-
*A633
* :. tência e baixa liga, nor- Mo, Cu, N, Si perfis de escoamento de 290 a fusadas, rebitadas para tem-
ue 1 1 malizado 415 MPa peraturas acima de -45°C
e-'" * A656 Alta resistência, de liga V.AI, N, Ti, Si Chapa Limite de escoamento dB Carcaças de caminhões, can-
ês * - zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
baixa, laminado a quente toneiras, peças da guindastes 552 MPa
os * v
boa soldabilidade
A 808 Alta resistência e baixa V.Nb Laminados aquente
o _ Energia de impacto com Vagões tanques de carros
liga com resistência ao entalhe V de 40 a 60 J ferroviários
e ~-
ozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
impacto meiharada a-45°C
-r
Alta resistência e V Nb
t Chapas em forma Limita de escoamento de Vasos de pressão com cama-
baixa liga bobinada 450 a 550 MPa das soldadas
u TU» Aita resistência, baixa Cu, Cr, Ni, Sf Tubulação saldada Limite de escoamento Tubos estruturais redondos,
e liga para tubos confor- V, Tl, Zr, Nb com periferia máx. 345 MPa com o dobro da quadrados ou com secções
a " 1 mados a frio e soldados de 1625 mm e es- resistência ã corrosão at- especiais para construção de
o e/ou sem costura com pessura de parede mosférica de aço-carbono pontes ou edifícios soldadas,
F resistência à corrosão de 16 mm ou tubos aparafusadas ou rebitadas
atmosférica melhorada sem constura com
e
perifiriamáx, de 810
mm de espessura de
s parede de 13 mm
1
225
0,05/0,1 ONb
Tipo 7 0,18 1,65 0,025 0,035 0,60 0,005/0,15 0,02 N
0,005/0,10 Nb
D.
BI
a.
0) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T A B E L A 29
L i m i t e s de c o m p o s i ç ã o d o s a ç o s A S T M de alta r e s i s t ê n c i a e b a i x o t e o r em ligas ( c o n t i n u a ç ã o )
T i p o ou L i m i t e de c o m p o s i ç ã o , %
ASTM
Grau C Mn P S Si Cr Ni Cu V Outros
A 709 Grau 50
Tipo 1 0,23 1,35 0,04 0,05 0,40 0,05Nb max
Tipo 2 0,23 1,35 0,04 0,05 0,40 0,01/0,15
Tipo 3 0,23 1,35 0,04 0,05 0,40 0,05Nb max
8 A 715
Tipo 4 0,23
0,15
1,35
1,65
0,04
0,025
0,05
0,035
0,40
V, Ti, Nb
0,015N max
adicionados
se necessários
A 808 0,12 1,65 0,04 0,01/0,05 0,15/0,20 0,10 0,02/0,10Nb
V+Nb 0,15 max
Dl A 812 65 0,23 1,40 0,035 0,04 0,15/0,50 0,02/0,15 0,05 Nb
CL
V + Nb max
A812 80 0,25 1,50 0,035 0,04 0,15/0,20 0,02/0,15 0,05 Nb
D) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA V + Nb mâx
É zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ta
T A B E L A 29
L i m i t e s d e c o m p o s i ç ã o d o s a ç o s A S T M de alta r e s i s t ê n c i a e b a i x o t e o r e m l i g a s zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
Tipo ou Limite de composição, %
ASTM
Grau C Mn P S Si Cr Ni Cu V Outros
0,45 0,05 0,20 min zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
A 242
A 572
Tipo 1
Grau 42
0,15
0,21
1,00
1,35 0,04 0,05 0,30 0,20 min
...
Grau 50 0,23 1,35 0,04 0,05 0,30 0,20 min
Grau 60 0,26 1,35 0,04 0,05 0,30 0,20 min
...
Grau 65 0,23 1,65 0,04 0,05 0,30 0,20 min ... ...
A 607 Grau 45 0,22 1,35 0,05 0,20 min
Grau 50 • 0,23 1,35 0,04 0,05 0,20 min
Grau 55 0,25 1,35 0,04 0,05 0,20 min
Grau 60 0,26 1,50 0,04 0,05 0,20 min
Grau 65 0,26 1,50 0,04 0,05 0,20 min
Grau 70 0,26 1,65 0,04 0,05 0,20 min
A 633 Grau A 0,18 1,0/1,35 0,04 0,05 0,15/0,30 0,05 Nb min.
Grau G 0,20 1,15/1,50 0,04 0,05 0,15/0,50 0,01/0,05 Nb
Grau D 0,20 0,70/1,60 0,04 0,05 0,15/0,50 0,25 0,25 0,35 0,08 Mo
Grau E 0,22 1,15/1,50 0,04 0,05 0,15/0,50 0,04/0,11 0,01/0,05 Nb
A 656 Tipo 3 0,18 1,65 0,025 0,035 0,60 0,08 0.02N
0,05/0,1 ONb
Tipo 7 0,18 1,65 0,025 0,035 0,60 0,005/0,15 0,02 N
0,005/0,10 Nb
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T A B E L A 31
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a , f o r m a s l a m i n a d a s e c a r a c t e r í s t i c o s d o s a ç o s d e alta r e s i s t ê n c i a e b a i x o t e o r e m l i g a s , d e a c o r d o c o m a e s p e c i f i c a ç ã o S A E J 4 1 0
L i m i t e s d e c o m p o s i ç ã o q u í m i c a , % (b)
Grau C Mn P Outros Formas disponíveis Característicos especiais
(a) (max.) (max.) (max.) (o)
942X 0,21 1,35 0,04 Nb, V Chapas, barras e perfis- com menos Semelhante a 945X e 945G, m a s c o m melhor
de 100 m m d e espessura soldahllidade e trabalhabilidade
945A 0,15 1,00 0,04 Chapas, tiras e perfis com menos de Excelente soldabilidade,
75 m m de espessura trabalhabilidade e tenacidade
945C 0,23 1,40 0,04 Idem como 945A Semelhante a 950C, exceto que os teores mais
baixos de C e Mn melhoram a soldabilidade,
a trabalhabilidade e a tenacidade
945X 0,22 1,35 0,04 Nb, V Idem como 945A Semelhante a 945, exceto por melhor
soldabilidade e trabalhabilidade
950A 0,15 1,30 0,04 Idem como 945A Boas soldabilidade,
trabalhabilidade e tenacidade
950B 0,22 1,30 0,04 Idem como 945A Tenacidade e trabalhabilidade boas
950C 0,25 1,60 0,04 Idem como 945A Tenacidade e trabalhabilidade boas
950D 0,15 1,00 0,15 Idem como 945A boas soídabilidade e trabalhabilidade;
o fósforo deve ser considerado e m
conjunto c o m outros elementos
950X 9,25 1,33 0,04 Nb, V Chapas, tiras, barras e perfis Semelhante a 950C, exceto por
com espessura menor que 4 0 m m melhor soldabilidade
T- I f - Vçt
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—1 CD >
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produzir propriedades mecânicas específicas e outras características. Outros elementos de liga como cobre, cromo e níquel podem ser
adicionados pura melhorar a resistência à corrosão atmosférica.
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T A B E L A 31
Q. C o m p o s i ç ã o q u í m i c a , f o r m a s l a m i n a d a s e c a r a c t e r í s t i c o s d o s a ç o s de alta r e s i s t ê n c i a e b a i x o t e o r e m l i g a s ,
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Grau C Mn P Outros Formas disponíveis Característicos e s p e c i a i s
(a) (max.) (max.) (max.) 0)
955X 0,25 1,35 0,04 Nb, V, N Idem como 950X Semelhantes a 945X e 950X exceto
que se obtém
960X 0,26 1,45 0,04 Nb, V, N Idem como 950X progressivamente maiores resistências
965X 0,26 1,45 0,04 Nb, V, N Idem como 950X, porem espessura pelo aumento de carbono e manganês ou
o . zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
inferior a 20 mm pela adição de H abaixo de 0,015%; a
D>
970X 0,26 Nb, V, N
1,65 Idem como 965X
0,04 trabalhabilidade e soldabilidade geralmente
980X 0,26 Nb, V, N
1,65 Idem como 965X, porem com
0,04 decrescem à medida que aumenta a
espessura inferior a 10 mm resistência mecânica; a tenacidade
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varia com a composição e a prática de
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> (a) Aço completamente acalmado; (b) 0,05 P max e 0,90 Si Max.; elementos geralmente adicionados Isoladamente ou em combinação para
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produzir propriedades mecânicas específicas e outras características. Outros elementos de liga como cobre, cromo e níquel podem ser
adicionados pura melhorar a resistência à corrosão atmosférica.
Aços E fERAOS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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V
Teor de carbono
wvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ATabela 33 compara as propriedades de aços tipo-padrão SAE acalmados com alumínio,
em comparação com aços do mesmo teor de carbono microligados com vanádio e nitrogénio.
3.2 Aplicações - Como se viu, esses aços, pertencendo à categoria de aços estruturais,
encontram seu principal campo de aplicação nos setores de transporte, incluindo o automo-
bilístico, ferroviário, naval e aéreo, e na construção civil.
T A B E L A 33
P r o p r i e d a d e s de a ç o s S A E t i p o - p a d r ã o a c a l m a d o s c o m a l u m í n i o e m c o m p a r a ç ã o c o m a ç o s do
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232
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DCBA AÇOS ESTRUTUBAIS (J)
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Aços estr uturais de alta resistência - 4 - J >
e baixo teor em líga
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Anos
233
Aços E FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
mente, além da elevação acima das porcentagens normais dos elementos fósforo, silício e
manganês, procurando-se manter sempre o teor de carbono a níveis relativamente baixos
- projetar a estrutura com a mesma vida que a do aço comum, com apreciável redução do
seu peso;
- projetar a estrutura com o mesmo peso que a de aço-carbono, mas com maior resistên-
cia e vida mais longa;
- projetar a estrutura com o menor peso-morto que assegura as maiores vantagens eco- :
nõmicas, mas com o risco de se obter uma vida um tanto mais curta.
Aços temperados e revenidos são preferivelmente ligados com boro que retarda a trans-
formação da austenita.
Para aços conformados a frio, o emprego de titânio e zircônio é vantajoso, pois permite o
controle da forma dos sulfetos. Para aumentar a resistência mecânica, adições adequadas
são nióbio, titânio, assim como vanádio.
Os aços microligados que não exigem tratamento térmico para possuírem alta resistên-
cia, devem, contudo, ser submetidos a cuidados especiais no seu processamento " : 1 81
234
JIHGFEDCBA
GFEDCBA
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Aços E FERROS FUNDIDOS
Us
T A B E L A 34 Wi"
C o m p o s i ç õ e s q u í m i c a s r e p r e s e n t a t i v a s de t r i l h o s ws
SBÉ
P e s o n o m i n a l em Ib/jd
Constituintes
90/120 121 e acima
carbono 0,67-0,80% 0,72-0,82%
manganês 0,70-1,00% 0,75-1,05%
fósforo (max.) 0,035 0,035
enxofre 0,040 0,035
silício 0,10-0,35 0,10-0,35
P t
limite de escoamento 59,5 kgf/mm (495 MPa) 2
alongamento 9%
estricção 12%
dureza Brinell 300
resistência ao choque (Izod) 0,28 kgfm (2,75 J)
A resistência ao choque medida em corpo de prova izod com entalhe ó, como se ve.
muito baixa, de modo que para perceber pequenas diferenças de comportamento, empre-
gam-se geralmente, no ensaio de resistência ao choque, corpos de prova s e m entalhes.
Corpos de prova Izod s e m entalhes dão valores de resistência ao choque, à temperatura
ambiente, de 2,8 a 5,6 kgfm (25,5 a 54,9 J).
As tabelas 35 e 3 6 dão, respectivamente, as composições químicas e as propriedades
(13S1
mecânicas de aço comum e aço de alta resistência, inclusive nos estados totalmente ou
parcialmente temperados, produzidos por. alguns fabricantes.
DCBA Aços PARA TRILHOS zyxwvuts
T A B E L A 35
C o m p o s i ç õ e s q u í m i c a s t í p i c a s d e t r i l h o s de a ç o c o m u m e d e alta r e s i s t ê n c i a
C o m p o s i ç ã o química, %
Fabricante Tipo C Mn Si Cr V Nb Mo
sãs?*
padrão "American Railway Engineering Associatian" 0,80 0,90 0,20
A.R.E.A.
T A B E L A 36
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s d e t r i l h o s de a ç o c o m u m e d e a l t a res is t ênc ia
Propriedades mecânicas
Fabricante Tipo Limite conven- Limite de resist Alon- Esiri- Dure-
cional 0,2% à tração gamen- ção za
MPa kgf/mm 2 MPa kgf/mm J to, % zyxwvutsrqponmlk
% Brinell!
Como se vê, a distinção entre os vários tipos de produtos é feita pela relação largura/espessura.
A maioria desses produtos é geralmente caracterizada pela ductilidade e grande facilidar
de de conformação. Não apresentam normalmente vaiores elevados de propriedades mecâ-
nicas, mesmo porque, em geral, as cargas que irão suportar são baixas. Em muitas aplica-
ções e devido às condições de trabalho, esses produtos devem possuir certa resistência à
corrosão atmosférica e, em outros casos, resistência ao ataque por parte de outros agentes"-
químicos. Caso o aço utilizado na fabricação d e chapas comuns não possuam esses carac-
terísticos de resistência à corrosão, costuma-se aplicar-lhe um" revestimento protetor, cujo
tipo depende da aparência desejada e do custo.
Os seus principais requisitos são, em linhas gerais, os seguintes:
• elevada trabalhabilidade, ainda que a custo da resistência mecânica, para maior facilida-
de de conformação; e m alguns casos, quando se deseja certa resistência e principalmente:
rigidez, adota-se a técnica de corrugamento do material;
• boa soldabilidade, para maior facilidade de sua montagem em estruturas;
« superfície sem defeitos, sobretudo no caso de sua aplicação em estampagem profunda;;
• características de acabamento , que permitam que o produto apresente aspecto super-;
ficial conveniente, o que é geralmente obtido através de revestimentos superficiais; e
• baixo custo
carbono - 0,012%
manganês - 0,017%
fósforo - 0,005% Jf
enxofre - 0,025%
siiído - traços
240
DCBA Aços PARA PRODUTOS PLANOS
Pevide a sua pureza, o ferro Armco possui boa resistência à corrosão, característico esse
"que é consideravelmente melhorado por galvanização ou estanhação. A soldabilidade é
igualmente excelente, assim como a sua trabalhabilidade.
a A maior parte do aço utilizado em chapas e folhas é, contudo, do tipo "de baixo carbono"
i 'doce", cuja composição obedece aproximadamente aos seguintes limites i >.
o l 141
s
carbono - 0 , 0 3 a 0,12%
' manganês - 0,20 a 0,60%
. fósforo - 0,04% (max.)
silício - 0,15 (max.)
. outros elementos - tão baixos quanto possível
r
- Esse aço tem propriedade semelhante às do ferro Armco, com vantagens quanto ao cus-
- Jto, visto não ser tão puro e ser de fabricação mais fácil.
à São aços que apresentam a melhor trabalhabilidade tanto no que se refere à sua obtenção por
"- íiaminação, como no que diz respeito à sua facilidade de conformação posterior. Evidentemente sua
- Jresistência à corrosão é inferior à do ferro comercialmente puro, devido à presença de maior teor do
o ^carbono, que aumenta a tendência à corrosão eletroquímica. Entretanto, a galvanização e
yèstanhação contornam de modo satisfatório esse inconveniente. Por outro lado, uma pequena
• adição de cobre, em tomo de 0,25%, melhora apreciavelmente a sua tendência à corrosão.
As porcentagens dos elementos considerados dependem grandemente das aplicações
a- • /para as quais as chapas e as tiras são reservadas e dos tratamentos superficiais de proteção
e: corrosão aos quais serão submetidas.
T A B E L A 37
;; C a r a c t e r í s t i c o s de c h a p a s f i n a s e tiras de b a i x o c a r b o n o
-; Especificação Faixa de e s p e s s u r a
Tipo Forma do
Especificação d e q u a l i d a d e aplicável normalmente
AISI-SAE produto
ASTM disponível
Laminadas a q u e n t e
s ^Comerciai A569 1008-1012 chapa fina 1,50-5,82
tira 0,86-5,82
A635 1008-1012 chapa fina 5,84-12,70
tira 0,86-5,82
,, A659 1015-1023 chapa fina 1,50-5,82
tira 0,36-5,32
,, Estampagem A621 1006-1008 chapa fina 1,91-4,75
tira
Estampagem especialmente
e lastimada A622 1006-1008 c h a p a fina 1,91-4,75
.. tira
Estrutural A570 Nenhum c h a p a fina
tira
Laminadas a t r i o
;Comercial
[classe 1 (encruada p o r lamina-
r ã o a frio) A366 1008-1012 c h a p a fina 0,64-2,79
Jf t:
.ciasse 2 (totalmente recozida) A366 1008-1012 c h a p a fina 0,64-2,79
ÍEstampagem
ciasse 1 (encruada p o r lamina-
d o a frio) A6I9 1006-1008 c h a p a fina 0,54-2,79
classe 2 (totalmente recozida) A619 1006-1008 chapa fina 0,64-2,79
|Estampagem especialmente
acalmada
:ciasse 1 (encruada por lamina-
r ã o a frio) A 6 20 1006-1008 c h a p a fina 0,64-2,79
classe 2 (recozida totalmente) A620 1006-1008 c h a p a fina 0,64-2,79
Estrutural A611 Nenhum c h a p a fina
r Nata: encruada por laminação a frio = "tempar ralled"
241
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
A Tabela 37 < > apresenta os caractensticos de chapas finas e tiras de aço de baixo
i42
carbono. Como se vê, as chapas estão disponíveis nas ciasses "encruada por laminação a
frio" ("temper rolled") e "totalmente recozida".
A primeira classe destina-se a aplicações onde o aspecto superficial é importante e onde se
exige superfície plana. A segunda classe correspondente a material totalmente recozido desti-
na-se a aplicações onde a aparência superficial é menos importante, assim como são menos
• importantes a textura superficial, imperfeições, planeza e tendência à formação de linhas de
distensão.
A chamada qualidade "estruturar tem composição subordinada às propriedades mecâni-
cas desejadas. Estas variam da seguinte maneira:
Laminadas a quente (especificação ASTM A570 de A a E)
limite de resistência à tração ... 31,5 a 40,6 kgf/mm (310 a 400 MPa) 2
alongamento em 50 m m 27 a 13%
T A B E L A 38
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de t i r a s d e a ç o d o c e l a m i n a d a s a f r i o ( A S T M A109)
limite de resistência à tração ... 29,4 a 57,4 kgf/mm (290 a 570 MPa) 2
alongamento em 50 mm 26 a 2 0 %
As chapas de aço-liga são classificadas pela norma ASTM A505 em "qualidade regular",
"qualidade para estampagem" e "qualidade para construção aeronáutica" '. 1143
242
HGFEDCBA
EDCBA Aços PARA PRODUTOS PLANOS
o T A B E L A 39
a Aços-liga utilizados em chapas e tiras
• Tipo C Mn SI Cr NI Mo
e 4130 0,28 - 0,33 0,40 - 0,60 0,15-0,30 0,80-1,10 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
- 0,15.-0,25
- 4140 0,38 - 0,43 - 0,75-1,00 0,15-0,30 0,80 - 1,10 - 0,15-0,25
s 4142 0,40 - 0,45 0,75 - 1,00 0,15-0,30 0,80 - 1 , 1 0 - 0,15-0,25
e 4145 0,43 - 0,48 0,75 - 1,00 0,15-0,30 0,80 - 1,10 - 0,15-0,25
4150 0,48 - 0,53 0,75-1,00 0,15-0,30 0,80-1,10 - 0,15-0,25
4340 0,38 - 0,43 0,60 - 0,80 0,15-0,30 0,70 - 0,90 1,65-2,00 0,20 - 0,30
-
5140 0,38 - 0,43 0,70 - 0,90 0,15-0,30 0,70 - 0,90 - -
5150 0,48 - 0,53 0,70-0,90 0,15-0,30 0,70-0,90 - -
5160 0,55-0,65 0,75-1,00 0,15-0,30 0,70-0,90 - -
6150 0,48 - 0,53 0,70-0,90 0,15-0,30 0,80-1,10 - -
8615 0,13-0,18 0,70-0,90 0,15-0,30 0,40-0,60 0,40 - 0,70 0,15-0,25
8617 0,15-0,20 0,70-0,90 0,15-0,30 0,40-0,60 0,40 - 0,70 • 0,15-0,25
8620 0,18--0,23 0,70-0,90 0,15-0,30. 0,40-0,60 0,40-0,70 0,15-0,25
8630 0,28 - 0,33 0,70-0,90 , 0,15-0,30 0,40-0,60 0,40-0,70 0,15-0,25
8640 0,38-0,43 0,75-1,00 0,15-0,30 0,40-0,60 0,40-0,70 0,15-0,25
8645 0,43 - 0,48 0,75-1,00 0,15-0,30 0,40 - 0,60 0,40 - 0,70 0,15-0,25
O tipo 6150 apresenta 0.15V min. Para aços produzidos pelos processos Slemens-Martin ou oxigénio básico, os
. teores de P e S devem ser no máximo 0,035% e 0,040% respectivamente. Para aços produzidos em fomos elétricos,
ambos os elementos não podem ultrapassar os ceoras de 0,025%.
Outras qualidades incluem: "qualidade para mancais", "qualidade para serras" e "qualida-
de aeronáutica estrutural".
A "qualidade para mancais" corresponde a chapas finas e tiras de aço-iliga destinadas a fabricar
peças de mancais antí-fricção. São geralmente aços-liga dos tipos AISI-SAE para cementação.
A "qualidade para serras" devem possuir propriedades características para fabricar lâmi-
nas de serras de fita.
e Finalmente, a "qualidade aeronáutica estruturai, coberta pela especificação ASTMA634,
-além de possuir todos os característicos típicos da "qualidade para construção aeronáutica",
o devem obedecer a exigências específicas de limite de escoamento, limite de resistência à
s tração, alongamento, dobramento etc.
Apesar de grande parte das chapas serem construídas de aço de baixo carbono, é comum
, o emprego de composições contendo carbono mais elevado, até da' ordem de 0,50% ou mes-
mo mais.
Trata-se de materiais para fins estruturais especiais, em que se deseja maior resistência
, mecânica, e as especificações exigem frequentemente valores mínimos de resistência à tra-
ção de 60 kgf/mm (590 MPa).
2
243
De acordo com as aplicações e os critérios adotados em especificações da A B N T , as 0
Propriedades mecânicas:
limite de escoamento • 20 a 38 k g f / m m (200 a 370 MPa)
2
alongamento, em 50 mm • 35 a 2 8 %
Propriedades mecânicas:
limite de escoamento • 19 a 30 kgf/mm (190 a 300 MPa)
2
alongamento, em 50 m m • 25 a 1 4 %
(*) Para maiores pormenores, consultaras publicações ABNT EB-255, EB-276, EB-29S, EB-32S, NB-32,
EB-593, EB-253, EB-248.
s Apiicaçoes: peças e partes de máquinas e veículos, tubos, recipientes, estruturas me-
tálicas etc. '
alongamento, em 50 mm - 30 a 22%
Composição química:
carbono - 0,23 max.
manganês - 1,50% max.
enxofre - 0,05% max.
E cobre - 0,20% min. (quando especificado)
s
Propriedades mecânicas:
limite de escoamento - 30 a 40 kgf/mm (300 a 390 MPa)
2
alongamento, em 50'mm - 24 a 2 0 %
Composição química:
carbono - 0,21 a 0,30%
manganês - 0,90 a 1,35%
fósforo - 0,04% max.
enxofre - 0 , 0 5 % max.
Propriedades mecânicas:
limite de escoamento • 21,00 a 36,5 kgf/mm (210 a 355 MPa)
2
alongamento, em 50 mm • 35 a 2 2 %
Composição química:
, carbono - 0,10 max.
manganês - 0,20 a 0,50% max.
Aços E FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
Propriedades mecânicas:
limite de escoamento - 27 kgf/mm (270 MPa) max.
2
alongamento, em 50 m m - 40 a 3 0 %
embutimento - 1 2 mm, e m média, para espessura de 2,0 mm.
4. Propriedades das chapas de aço - Pelo exame das especificações propostas pela
A B T N , pode-se ter u m a ideia das propriedades que se desejam nesses produtos planos
de aço.
No caso das chapas destinadas a serviços de estampagem e semelhantes, que constitu-
em uma das mais importantes aplicações desses tipos de produtos, além dos característicos
mecânicos usuais, é necessário conhecer-se sua "qualidade de conformação".
Os ensaios empregados para medir essa qualidade são os de dureza Rockwell e de
ductilidade tipo O l s e n ' . 1431
O ensaio Olsen é realizado num corpo de prova da chapa, com 3 3/4" de largura, mantido
entre matrizes planas em forma de anel com 1 " de diâmetro interno. U m a esfera de 7/8" de
diâmetro é comprimida progressivamente de encontro à chapa de modo a formar um 'copo",
ao mesmo tempo que a carga e a altura do copo são medidas continuamente. O valor que
interessa é a altura do "copo", em milésimos de polegada, no momento em que a carga
começa a cair. A espessura das chapas para o ensaio Olsen é limitada a 1,57 mm (0,062"),
devido à folga entre a esfera e o anel. Valores de ductilidade Olsen e m função da espessura
e da qualidade do aço estão expressos na figura 125< '. 143
246
LKJIHGFEDCBA
HGFEDCBA Aços PARA PRODUTOS PLANOS
I Acima
da
média
Aço SAE 1008 A orna
Laminada a da
Aama
_máflia_
frio ' Abaixo
da da
_mMa_ média
Abaixo "
da
. JSÊSÍÍL
Abaixo
cia
y média
0,050 0,060
E s p e s s u r a d a chapa, p o l .
à
s Fig. 125 - Gráfico representativo d a classificação aproximada d e a ç o para chapas, b a s e a d a
em ensaios d e ductilidade e de dureza Rockwell B
(*) "Stretcherstrains".
247
Aços E FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T A B E L A 40
P r o p r i e d a d e s d e s e j a d a s e m c h a p a s de a ç o l a m i n a d o a f r i o para e s t a m p a g e m p r o f u n d a
Limfte d e Alonga-
Dureza Limite de
resistência mento Relação "Copo"
Rockwell escoamento"
T i p o de a ç o à tração em elástica Olsen"*
B . pol.
50 m m
kgf/mm ! 2 MPa kgf/mm 2 MPa
Comercial, efervescente
e recozido 50 24,5 245 29,4 284 37 0,85 0,380
Comercial, efervescente
e aplainado' 55 24,5 245 30,8 298 35 0,80 0,370
Para estampagem p r o f u n -
d a , efervescente e reco-
zido 45 22,4 224 28,7 277 41 0,75 0,400
Para estampagem p r o f u n -
da, efervescente e aplai-
nado 48 21,0 210 29,4 284 39 0,70 0,390
P a r a estampagem p r o f u n -
da, acalmado e aplainado 45 17,5 175 28,7 277 41 0,60 0,400
'Aexpressão "aplainado" corresponde a "temper roíled"
" Valor dado na direção da laminação; numa direção perpendicular, o valor é aproximadamente 1,5 kgf/mm mais 2
elevado
~ Os valoras apresentados correspondam a espessura de 0,91 mm 0,036");
aços acalmados; entretanto, nos aços efervescentes, eventualmente as linhas de Luder po-
dem reaparecer após uma semana ou menos, dependendo da porcentagem de laminação a
frio posterior, da temperatura, da porcentagem de deformação durante a estampagem 9
outras variáveis.
O defeito "casca de laranja" é atribuído ao tamanho de grão grosseiro do aço, o qual, ao
ser submetido à estampagem profunda mostrará uma superfície grosseira e rugosa, aparên-
cia essa que é indicada com aquela expressão. Para melhorar a aparência da peça acabada,
pode-se limá-la ou poli-la.
Recomenda-se, para as chapas destinadas a estampagem profunda, um tamanho de
grão uniforme e intermediário (ASTM 5 a 8), porque, se de um lado a granulação grosseira
pode provocar o defeito mencionado, de outro lado, um tamanho de grão muito pequeno
poderá resultar em valores de limite de escoamento, limite de resistência à tração e dureza
mais elevados do que o desejável, e consequentemente alongamento insuficiente.
Finalmente, um último defeito que eventualmente pode ocorrer nas chapas é variação na
(*) "StretcherStrains".
(**) 'Temper pass": trata-se de uma operação de laminação a frio ou nivelamento ou aplainamento, que
consiste na passagem através de cilindros de uma máquina especial; nessa passagem elimina-se o
alongamento na zona de escoamento que causa as Unhas de Lúder.
248
GFEDCBA
DCBA
6. Tratamentos das chapas - As chapas, tiras e folhas são produzidas a partir de aços
efervescentes e acalmados, no estado laminado a quente ou a frio.
Os aços efervescentes apresentam menor tendência a defeitos superficiais do que os acalma-
dos, com consequente melhor rendimento nas operações de conformação. Os acalmados (geral-
mente por adição de alumínio) caracterizam-se por melhores propriedades mecânicas e sujeitam-
se melhor a operações de estampagem profunda muito severa. Além disso, têm menor tendência
ao "envelhecimento'*^, isto é, à mudança de propriedades com o tempo, fenómeno esse que ocorre
muitas vezes em aços efervescentes, dificultando sua utilização em estampagem profunda.
A distinção entre laminação a quente e a frio reside, como se sabe,' na diferença de
temperatura da laminação. No primeiro caso, essa operação é realizada a temperatura bem
acima da linha crítica inferior do aço. Os "laminados a frio" são, na realidade, produtos
acabados a partir de laminados a quente, os quais, após terem atingido uma certa espessura
por laminação a quente, são terminados a frio até a dimensão final, principalmente por ques-
tões económicas. Além da vantagem económica, a laminação a frio permite, por outro lado,
uma superfície mais perfeita, produz espessura mais uniforme e melhora as propriedades
mecânicas do aço, devido ao encruamento que se verifica.
Devido às alterações estruturais e físicas produzidas na laminação desses produtos, há
geralmente necessidade de submetê-los a tratamentos térmicos, cujos objetivos vão desde
a simples eliminação de tensões internas até a recristalização total.
As chapas laminadas a quente são geralmente normalizadas, a não ser quando elas são
acabadas na laminação a temperaturas entre 815°C a 870°C, de modo a se processar um
recozimento ou normalização natural.
As laminadas a frio apresentam-se muito encruadas, com alta resistência mecânica e alta
dureza. Somente em casos especiais são usadas nesse estado. Assim sendo, para a maioria
das aplicações, as chapas, tiras e folhas laminadas a frio são submetidas a um tratamento
térmico de amolecimento - "recozimento em caixa"- levado a efeito a temperaturas relativa-
mente baixas, da ordem de 590°C a 760°C, visto que temperaturas muito elevadas causari-
am excessivo crescimento de grão, originando na estampagem profunda o defeito "casca de
laranja". Ocasionalmente, contudo, alguns desses produtos laminados a frio opõem uma
certa reação contrária à recristalização, devendo então ser aquecidos a temperaturas mais
elevadas. Efetua-se assim a normalização, a temperaturas acima do ponto Ac - cerca de
3
930 C - para aço com teor de carbono inferior a 0,15%, em forno contínuo, contendo uma
D
conter outros elementos como nitrogénio, fósforo e boro, sós ou combinados, em pequenos
teores, para conferir às chapas e tiras resultantes, maior resistência mecânica, com boa
trabalhabilidade e, inclusive, melhor resistência à corrosão.
f) "StretcherStrains".
249
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
Os aços C-Mn, com carbono de 0,15 a 0,25% e manganês de 1,00 a 1,50% apresentam
melhor limite de fadiga, com boa ductilidade. Os componentes estampados, a partir desses
materiais, podem ser temperados e revenidos, de modo a apresentar valores ligeiramente
melhorados de resistência mecânica, com boa tenacidade.
O silício, como o manganês, fortalece a ferrita e é, às vezes, adicionado em teor de
0,50%, juntamente com manganês entre 1,0 e 1,5%, de modo a resultar maior resistência
mecânica nas chapas e Uras laminadas a quente e a frio.
O nitrogénio pode ser adicionado entre 0 , 0 1 % a 0,015% em aços de baixo carbono para
produzir chapas e tiras com resistência de 28 a 35 kgf/mm (280 a 340 MPa), para compo-
2
nentes estruturais de baixo custo, para utilização em veículos e edifícios. O nitrogénio, como
se sabe, é um elemento que atua como fortalecedor intersticial.
O fósforo, por seu turno, como elemento fortalecedor por solução sólida, em teores de
0,07 a 0,13%, atua como o nitrogénio.
O boro, sendo um forte formador de carbonetos e nitretos, quando adicionado nesses
aços de baixo carbono, permite a substituição de aços de maior teor de carbono, e de baixo
teor em liga, para chapas e tiras. Nesse caso, tais aços de baixo carbono e com boro apre-
sentam melhores característicos de conformação à frio e as peças estampadas resultantes
podem ser temperadas e revenidas para produzir a mesma dureza, com melhor tenacidade,
em componentes de máquinas, grampos e peças similares.
Finalmente, o cobre melhora a resistência à corrosão atmosférica, fato j á conhecido, de modo
que sua presença em teores mínimos de 0,20%, permite que as peças produzidas a partir de
chapas e tiras contendo esse elemento, possam ser expostas ao ambiente atmosférico.
250
GFEDCBA
EDCBA Aços SARA PRODUTOS PLANOS
o
ZnO, A l 0 , Z r O , T i 0 , CuO, M n 0 , NiO, C o 0 P 0 . Essa frita é fundida, esfriada em água,
2 3 s 2 2 3 4 2 5
Os aços de alta resistência e baixo teor em ligas caracterizam-se, como já se sabe, além
de valores elevados de resistência mecânica, maior resistência à corrosão atmosférica. H á
duas categorias de composição : í14S)
T A B E L A 42
C o m p o s i ç ã o de chapas g r o s s a s de aço-carbono
a
o
,
-
Q-
o
s
a
-
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
Os tubos sem costura são fabricados a partir de tarugos cheios de aço por processos
diversos, geralmente perfuração, extrusão ou mandrilagem, podendo atingir diâmetros até
cerca de 660 mm (26 p o l e g a d a s ) .0
Os tubos com costura são obtidos a partir de tiras de aço laminados a quente, cuja
largura corresponde à circunferência do tubo e cuja espessura à espessura do tubo, as quais
são aquecidas a elevada temperatura (correspondente à da soldagem do aço) e em seguida
passadas através de uma matriz adequada que as dobra na forma de um cilindro, ao mesmo
tempo que suas extremidades são soldadas de modo a ficar constituído o tubo. Há vários
métodos de soldagem dos tubos com costura, os quais podem atingir até 762 mm (30 pole-
gadas) de diâmetro.
De um modo geral, os tubos de aço são produzidos em grande variedade de dimensões
desde 1/8 de polegada de diâmetro interno até 96 polegadas de diâmetro externo. A espes
sura do tubo também é variável, dando origem a classes diferentes de produtos, como de
peso normal, extra-fortes, duplo-extra-fortes, de acordo com seu peso ou sua resistência, de
modo a permitir uma seleção mais adequada e rigorosa tendo em vista a aplicação final,
desde o eletroduto leve para fios elétricos até os tubos para perfuração de poços de petróleo.
Frequentemente, os tubos são estirados a frio, com os seguintes objetivos, entre outros
T A B E L A 43
P r i n c i p a i s t i p o s e e m p r e g o s de t u b o s
Tipo Empregos
254
Aços PARA TUBOS
T A B E L A 44
T i p o s e e m p r e g o s p r i n c i p a i s de t u b o s para p r e s s ã o
Emprego Tipos
Caldeiras com tubulação'de água Tubos geradores, tubos de sobreaquecedores, tubos recupe-
radores, tubos de circulação, tubos de paredes de fomos.
Caldeiras flamo-tubulares • Tubos de fogo, tubos para sobreaquecedores, tubos tirantes, etc.
Outros Tubos de aquecimento de água de alimentação, tubos para
desoladores de petróleo.
490 MPa); no caso de aplicações de maior responsabilidade, usa-se aço de carbono médio,
de 0,30 a 0,50%, com resistência à tração de 50 a 60 kgf/mm (490 a 590 MPa). 2
Os valores mais elevados de resistência mecânica são obtidos no estado encruado pelo
estiramento' '.
150
Nota-se que a resistência à tração nos produtos tubulares de aço, provenientes do mes-
mo lingote, é maior nos tubos de menor diâmetro' , devido à conformação mecânica mais
1511
C - 0,08% a 0,38%
Mn -0,25% a 1,40%
Si -0,10% a 0,55%
P - 0,04% max.
S - 0,05% max.
- no estado normalizado:
- resistência à tração: 34 a 50 kgf/mm (330 a 490 MPa) 2
- alongamento: 26 a 20%
- no estado trefilado duro:
- resistência à tração: 42 a 60 kgf/mm (410 a 590 MPa) 2
- alongamento: 6 a 4%
- no estado trefilado macio:
- resistência à tração: 36 a 55 kgf/mm (350 a 540 MPa) 2
- alongamento: 10 a 6%
- no estado recozido:
- resistência à tração: 32 a 40 kgf/mm (310 a 390 MPa) 2
- alongamento: 28 a 24%
255
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços e FERROS
FUNDIDOS
Pela EB-193, os tubos são fornecidos, igualmente, nos estados "trefilado duro", "trefilado
macio", "recozido" e "normalizado". A composição química varia da seguinte maneira:
C - 0,08% a 0,38%
Mn - 0,25% a 1,40%
Si -0,10% a 0,55%
P - 0,04% max.
S - 0,05% max.
- no estado normalizado:
- resistência à tração: 35 a 65 kgf/mm (340 a 640 MPa)
2
- alongamento: 25 a 1 7 %
- no estado (refilado duro:
- resistência à tração: 45 a 65 kgf/mm (440 a 640 MPa)
2
- alongamento: 6 a 4 %
- no estado trefilado macio:
- resistência à tração: 38 a 55 kgf/mm (370 a 540 MPa)
2
- alongamento: 10 a 6%
- no estado recozido:
- resistência à tração: 3 2 a 50 kgf/mm (310 a 490 MPa)
2
- alongamento: 28 a 1 8 %
No caso de se desejar tubos para aplicações a elevadas temperaturas (que exijam resis-
tência à fluência) ou para aplicações que exijam resistência à corrosão e à oxidação, usam-
se aços-liga. No caso de se desejar resistência ao calor e à fluência, adiciona-se molibdênio
ou molibdênio e cromo em pequenos teores! . Aumentando-se o teor de cromo, melhora-se
1601
serviço a alta pressão e temperatura. Como se vê, o carbono é mantido no máximo a 0,15%
nos aços Cr-Mo e 0,20% nos aços C-Mo.
As propriedades mecânicas típicas desses aços à temperatura ambiente estão represen-
tadas na Tabela 46. Os resuitados indicados provera das médias de ensaios de tubos.
Na indústria automobilística, os produtos tubulares são de baixo carbono (0,05 a 0,15%),
do tipo com costura, no estado recozido, apresentando limite de resistência à tração da or-
dem de 30 kgf/mm (290 MPa), com alongamento medido em 50 mm de 1 4 a 4 0 % .
2
São empregados igualmente tubos de carbono médio, 0,30 a 0,40% de carbono, com
0,35 a 0,65 de manganês e níquel variando de 2,75 a 3,50%, com limite de escoamento de
50 kgf/mm (490 MPa) e limite de resistência à tração de 70 kgf/mm (690 MPa).
2 a
256 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP
DCBA Aços RARA TUBOS
T A B E L A 45
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a de a ç o s - l i g a p a r a p r o d u t o s t u b u l a r e s r e s i s t e n t e s ao calor
_C Mn S P Si Cr Mo
Tipo d e liga (%) (%) (%)
(%) (%) (%) (%)
max. max.
0,5 Mo 0,10-0,20 0,30-0,80 0,045 0,045 0,10-0,50 - 0,45-0,66
0,5 Cr-0,5 Mo 0,10-0,20 0,30-0,61 0,045 0,045 0,10-0,30 0,50-0,80 0,45-0,66
1,0 Cr-0,5 Mo 0,15 (max.) 0,30-0,61 0,045 0,045 0,50 (max.) 0,80-1,25 0,45-0,66
2,0 Cr-0,5 Mo 0,15 (max.) 0,30-0,60 0,030 0,030 0,50 (max.) 1,65-2,35 0,45-0,66
3,0 Cr-1,0 Mo 0,15 (max.) 0,30-0,60 0,030 0,030 0,50 (max.) 2,65-3,35 0,30-1,06
5,0 Cr-0,5 Mo 0,15 (max.) 0,30-0,60 0,030 0,030 0,50 (max.) 4,00-6,00 0,45-0,65
5,0 Cr-0,5 Mo-Si 0,15 (max.) 0,30-0,60 0,030 0,030 1,00-2,00 4,00-6,00 0,90-1,10
9,0 Cr-1,0 Mo 0,15 (max.) 0,30-0,60 0,030 0,030 0,25-1,00 8,00-10,00 0,90-1,10
T A B E L A 46
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s t í p i c a s à t e m p e r a t u r a ambiente d e a ç o s - l i g a para t u b o s ,
no e s t a d o recozido
L i m i t e de Alonga-
Limite d e resistência Resistência a o
mento Dureza
escoamento à tração em 50 m m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
Brinell choque, Charpy
kgf/mm 2 MPa kgf/mm 2 MPa % kgfm J
0,10-0,20 C 30,0 290 42,0 410 46- 117 6,3 61,8
0,5 Mo 34,5 335 45,0 440 47 141 7,3 71,6
0,5 Cr-0,5 Mo 30,0 290 43,5 425 50 140 7,2 70,6
1,0 Cr-0,5 Mo 24,5 245 48,5 475 40 130 6,3 61,8
2,0 Cr-0,5 Mo 32,0 310 48,5 475 44 140 7,2 70,6
3,0 Cr-1,0 Mo 28,0 270 48,5 475 53 146 7,3 71,6
5,0 Cr-0,5 Mo 27,0 260 49,0 480 47 139 6,3 61,8
5,0 Cr-0,5 Mo-Si 41,5 405 61,5 605 40 172 8,3 81,4
9,0 Cr-1,0 Mo 30,5 295 51,5 505 41 145 6,3 61,8
l i i
T A B E L A 47
C o m p o s i ç ã o e P r o p r i e d a d e s M e c â n i c a s d e A l g u n s A ç o s para T u b o s s e g u n d o a A S T M e A P I
Especi- L i m i t e de resis- Limite de
ficação Qualidade C Mn P S SI tência à tração escoamento
ASTM do material
kgf/mm 2 MPa kgf/mm MPa2
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 257
5LX X-56 0,26 1,35 0,040 0,050 0,005 Nb Min. 52,5 515 39,2 382
0,02 min.
0,03Timin.
W CD Ti (D
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T A B E L A 49
C o m p o s i ç ã o e p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de a ç o s para t u b o s de p r e s s ã o
Especi-
Propriedades Mecânicas mínimas
ficação Quali- C Mn P S S1 Cr NI Mo Cu Tração Escoamento
ASTM dade
kgf/mm' | MPa k g f / m m | MPa J
A178 A 0,06/0,18 0,27/0,63 0,050 0,060 _ _ _
não há exigências mínimas
A178 C 0,35 0,80 0,050 0,060 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- _ _ _
42,0 410 25,9 259
A210 A-1 0,27 0,93 0,048 0,058 0,10 min. _ _
42,0 410 25,9 259
A254 - 0,05/0,15 0,27/0,63 0,050 0,060 - _ _
29,4 284 17,5 175
A334 1 0,30 0,40/1,06 0,050 0,060 - - _ _
38,5 375 21,0 210
A334 3 0,19 0,31/0,64 0,050 0,050 0,18/0,37 3,18/3,82 _ _
45,5 445 24,5 245
A334 8 0,13 0,90 0,045 0,045 0,13/0,32 - 8,40/9,60 70,0 690
_
52,5 515
A209 T1 0,15/0,25 0,30/0,25 0,045 0,045 0,1/0,50 - 0,44/0,65
_ _
38,5 375 21,0 210
A423 - 0,15 0,55 0,06/0,16 0,060 0,10 0,24/1,31- 0,20/0,70 0.10 0,20/0,60 42,0 410 25,9 259
= : O. -
0) i
O. BI
^- cn B)
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T A B E L A 48
C o m p o s i ç ã o e p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s d e a ç o s - l i g a para t u b o s
Especi- L i m i t e de r e s i s t ê n c i a Limite de
ficação Qunli- C Mn P S - SI Ni Outros à tração escoamento
ASTM dado kgf/mm 2 MPa kgf/mm' MPa
A-333 3 0,19 0,31/0,64 0,050 0,050 0,18/0,37 3,18/3,82 - 45,5 445 24,5 245
A-333 8 0,13 0,90 0,045 0,045 0,13/0,32 8,40/9,60 - 70,0 690 52,5 515
A-333 9 0,20 0,40/1,06 0,045 0,050 - 1,60/2,24" 0,75/1,25 Cu 44,1 431 32,2 312
A-714 II 0,22 0,85/1,25 0,040 0,050 0,30 - 0,20 Cu min. 49,0 480 35,0 340
A-714 V 0,16 0,40/1,06 0,035 0,040 - 1,65 min. 0,80 Cu min. 38,5 375 28,0 270
Especi-
flcaçãoAPI
5AC C-76 0,50 1,90 0,040 0,060 0,35 0,15/0,30 Mo 66,5 655 52,5 615
SAC C-9B 0,45 1,90 0,040 0,0B0 0,35 0,25 - 73,5 725 66,5 655
5LX X-56 0,26 1,35 0,040 0,050 0,005 Nb Min. 52,5 515 39,2 382
0,02 min.
0,03Timin.
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
Finalmente, a T a b e l a
50W apresenta a c o m - Í0 CJ
r
CM I O O
ITJ N r
O
-3-
posição e propriedades tO C t CO CO
m e c â n i c a s de a l g u n s t i -
pos de aços destinados a E
f a b r i c a r tubos p a r a f i n s jj
estruturais, conforme "•í
especificação d a A S T M .
Esses tubos são e m p r e - to in o o
a. ol c) í f m co
g a d o s na construção de -sf co -9- -<i- tf
p o n t e s , edifícios e p a r a o
ira
aplicações gerais.
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
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260
GFEDCBA
DCBA .Aços PARA BARRAS, ARAMES E FIOS
baZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
261
Aços E FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1. Introdução - Barras, arames e fios de aço são produtos de secção transversal unifor-
me, com diâmetros variáveis desde 0,02 m m até 20 mm ou mais.
As barras, obtidas por laminação a quente, dão origem ao chamado "fio-máquina", cujo
diâmetro varia, em geral, de 5,0 a 5,5 mm. Podem, contudo, apresentar diâmetros maiores.
Os aços utilizados na produção desses materiais variam em composição, desde aços de
carbono mais baixo, para aplicações mais comuns, passando pelos aços de médio e de alto
carbono, para as aplicações de maior responsabilidade até os aço-liga, com teores variáveis
de elementos de liga. Em qualquer caso, os produtos resultantes podem ser empregados no
estado recozido ou no estado encruado, sendo comum, no caso de baixo carbono, o estado
recozido e nos aços de médio carbono ou com elementos de liga, o estado encruado. Alguns
dos produtos resultantes podem ser igualmente submetidos à têmpera e ao revenido.
O fósforo e o enxofre são mantidos nos limites usuais para cada grupo de aço, mas podem
ser eventualmente aumentados para melhorar a usinabilidade. O carbono, o manganês e o
silício variam de acordo com as propriedades mecânicas desejadas. Por exemplo, a resistên-
cia à tração de uma barra de 5,6 mm (7/32") laminada a quente, de aços de baixo, médio e
alto carbono, com 0,60 a 0,80% de manganês pode variar conforme a Tabela 51 mostra '. 1163
T A B E L A 51
R e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o d e b a r r a l a m i n a d a a q u e n t e d e 5,6 m m de d i â m e t r o d e a ç o s d e baixo, médio e
alto t e o r d e c a r b o n o
A s barras de aço carbono que são destinadas a produzir fios e arames para aplicações
especiais, como "fio de música", "molas de válvula", "aros de pneus" e outras aplicações de
maior responsabilidade, devem ser produzidas de modo a reduzir-se ao mínimo a incidência
de imperfeições superficiais, porque estas diminuem a resistência à fadiga do produto final,
propriedade essa fundamental nessas e outras aplicações.
262
HGFEDCBA
EDCBA Aços PARA BARRAS, ARAMES E FIOS
Para diâmetros de 6,35 mm a 0,10 mm - "fio de música" ou fio para instrumentos musicais -
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
o limite de resistência à tração varia de um mínimo correspondente a 160 kgf/mm (1570 MPa)2
A influência do trabalho mecânico a frio sobre as propriedades mecânicas dos aços está
representada nas figuras 110, 111 e 126. A primeira (ver Capítulo XI) mostra o efeito do
encruamento sobre o alongamento. Nota-se que este característico, após um único passe
correspondente a menos de 10% de redução de área por trefilação, cai para cerca de 2,5%,
mantendo-se pouco abaixo desse valor para reduções de áreas maiores ou passes sucessi-
vos. Donde se conclui que o alongamento pouco significado tem para o julgamento das quali-
dades de um arame, visto que seu valor, num ensaio rotineiro de tração, além de ser o mesmo
s feito com reltivamente pouca precisão, pequena variação sofre, seja o arame extremamente
e dúctil ou muito frágil, visto que sua medida é feita geralmente em comprimento de 250 m m .
a Afigura 111 j á apresentada mostra a influência do encruamento sobre o diagrama ten-
, são-deformação de um aço de baixo carbono, notando-se claramente o desaparecimento do
fenómeno de escoamento, após uma determinada redução de área.
263
Aços E FERROSFUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Finalmente, a figura 126 mostra a melhora da resistência à tração que se obtém pelo
encruamento de aços de baixo, médio e alto carbono' . Nota-se que quanto maior o teor de
1541
carbono, tanto maior é a melhora na resistência à tração por trefilação; nota-se ainda que a
melhora dessa propriedade é muito grande quando se passa de 7 0 % a 8 0 % de redução de área
portrefilação. De fato, no início, quando se passa de uma redução de 2 0 % para 30%, em um aço
de alto teor de carbono, por exemplo, obtém-se uma melhora de aproximadamente 8 kgf/mm 2
(80 MPa) na resistência à tração do material, ao passo que ao passar-se de 7 0 % para 80% de
qponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
redução de área portrefilação, a melhora é superior a 20 kgf/mm (200 MPa), para o mesmo aço.
2
Outras influências sobre a resistência à tração são devidos aos seguintes fatores:
fi !
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
264
HGFEDCBA O
o
Aços PARA BARRAS, ARAMES E Fios
quatro passes de 22,5% cada, ou três passes de 29%. A melhora de resistência à tração,
correndo com u m número menor de passes, porém com reduções de área por passes mai- o
a
• ores, será maior que para o outro caso.
Na prática, a trefilação dos arames, realizadas a frio, além de alterar as propriedades o
mecânicas d a maneira vista, permite obter os seguintes resultados:
o
e - reduzir o material a um diâmetro que não se pode conseguir por qualquer outro processo; o
- obter dimensões mais precisas e secções mais uniformes;
- produzir superfície perfeita e polida. o
4. Tipos de arames; aços e tratamentos correspondentes - Os arames de aço podem ser o
classificados quer pela forma, quer pela composição química, quer pelas suas aplicações
(zyxwvut
•>
o
comerciais. N a Tabela 52 faz-se uma tentativa de classificação, adotando-se os critérios de
n composição, química e das aplicações.
o
Os aços de baixo carbono são empregados em aplicações de menor responsabilidade.
Entre os aços recomendados para essas aplicações citam-se os tipos AIS11005,1006, 1008,
o 1010,1012, 1 0 1 5 , 1 0 2 0 , 1 0 2 2 . São utilizados quer sem tratamento térmico, isto é, no estado
encruado, quer no estado recozido, isto é, submetidos a um recozimento ou normalização o
após a trefilação. Em certas aplicações, como para eletrodos de solda, as propriedades
mecânicas n ã o constituem um requisito importante, mas sim a análise química. Mo caso o
citado de eletrodos, com carbono em torno de 0,08%, o teor de impurezas deve ser mantido
o
o
ao mínimo, para evitar problemas de soldagem; o enxofre, por exemplo, em teores acima de
0,03%, provoca uma formação superficial muito grande de crateras*').
Para propriedades mecânicas melhores, aliadas a boa trabalhabilidade, em aplicações
como para pregos, pinos ou peças conformadas, o teor dé carbono pode variar de 0,10% a o
0,20/0,25%, variando a resistência à tração entre 50 a. 100 k g f / m m (490 a 980 MPa).
Os aços de baixo carbono para arames, quando .recozidos, apresentam propriedades
2
o
mecânicas mais uniformes e são mais indicados a operações de conformação mais profunda,
como é o caso de parafusos ou rebites. Esses arames são normalmente submetidos ao o
seguinte processamento: trefilação, recozimento e posterior trefilação, sendo a porcenta-
o
T A B E L A 52 o
C l a s s i f i c a ç ã o d e arames
o
o
Tipo d e A ç o Porcentagem Estado A p l i c a ç õ e s comerciais mais
de Carbono Importantes
Baixo Carbono 0,08 a 0,20% S e m tratamento
térmico (isto é no
Eletrodos de solda, pregas, pinas e
peças conformadas a partir de ara- o
estado encruado) m e s . Resistência à tração variável d e
50 a 100 k g f / m m (490 a 980 MPa). o
o
2
o
trefilado bilidade, etc.
Alto Carbono 0,80 a 1,00% S e m tratamento Eletrodos de solda, arruelas d e p r e s -
térmico são (pccsíEnorrnente temperadas e re-
venidas) etc.
( >
o
Patenteado e Fio (ou corda) de piano (ou de m ú s i -
trefilado ca); cabos para serviço pesado; tiran-
o
tes e outras aplicações estruturais de
responsabilidade; molas, etc.
o
nVitting".
265
o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Aços E FERROS FUNDIDOS
gem de redução nesta última trefilação compatível com as propriedades mecânicas a serem
obtidas. No caso de arames normalizados, sua aplicação faz-se principalmente em arames
galvanizados, lisos ou farpados, ou para fabricação de telas.
Em resumo, o arame de baixo carbono é, geralmente, trefilado o máximo possível e
- não patenteados, cujas aplicações são limitadas, como para eletrodos de solda utiliza-
dos para revestir peças gastas que devam apresentar apreciável resistência ao desgaste ou
à abrasão, ou em peças que serão submetidas a tratamento térmico posterior, como arruelas
de pressão, cujo material de origem é coalescido antes de ser trefilado e, posteriormente,
após a obtenção d a s arruelas, estas são temperadas e revenidas, a fim de atingirem a
dureza necessária. Outros exemplos d i z e m respeito à molas a s e r e m temperadas e
revenidas, após devidamente conformadas;
- patenteados, que se caracterizam por receberem, antes da trefilação, um tratamento
térmico especial denominado "patenteamento".
266
JIHGFEDCBA
FEDCBA Aços PARA BARRAS, ARAMES E FIOS
267
Aços e FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2.200
300
0 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
%C
Fig. 127 - Efeito do teor d e carbono e do tratamento térmico sobre a resistência à tração de fios de aço.
ductilidade e tenacidade que podem ser enrolados em tomo de si várias vezes ou martelados
até ficarem achatados, sem que apareçam fissuras de qualquer natureza.
.Outro tratamento a que são submetidos os fios de aço - neste caso após a trefilação - é a
têmpera e o revenido*, o qual consiste no aquecimento do fio acabado na dimensão definitiva
a uma temperatura adequada acima da crítica, resfriamento em óleo e, finalmente, passagem
através de banho de revenido. Esse tratamento é aplicado em certos tipos de fios de aço de
alto carbono a serem empregados na fabricação de molas mecânicas que não serão mais
tratadas termicamente, depois de conformadas.
268
GFEDCBA Aços PARA BARRAS, ARA^ ÍES E FÍOS
175
_ —
140
/
c
105 1 Patenteado e trefilado
Res. tração 149 kgf/mm
//
2
E
Alongamento 2,5%
1 7 0 Estricção 40,5%
35
// 2 • Temperado em óleo
Res. tração 148 kgf/mm
Lim. elástico 136 kgf/mm
2
269
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
FUNDIDOS
Pode-se assim resumir, afirmando que os fios de aço para aplicações de responsabilidade
exigem característicos mecânicos adequados: não só altos limites de resistência à tração e à
f a d i g a , como t a m b é m u m a c o m b i n a ç ã o d e v a l o r e s de limites d e e s c o a m e n t o , de
proporcionalidade, alongamento e estricção tal que os tome facilmente adaptáveis às condi-
ções de serviço, por vezes extremamente severa. Para isso, é importante que se fixe perfei-
tamente tanto a composição química do aço, como também, e talvez principalmente, o tipo
e as condições de tratamento térmico antes ou após a trefilação.
• pregos, quer s i m p l e s m e n t e a c a b a d o s p o r t a m b o r a m e n t o , q u e r g a l v a n i z a d o s ,
estanhados ou azulados por oxidação;
• cercas, lisas ou farpadas, no estado galvanizado;
• concreto armado.
EDCBA Aços RARA BARRAS, ARAMES E FIOS
Na realidade, nas molas de extensão e compressão o material trabalha sob torção e nas
de torção o material trabalha sob dobramento.
As molas "helicoidais'' são fabricadas a partir de barras e fio, ao passo que as "semi-
elípticas", a partir de tiras de aço.
Os materiais das molas, sobretudo as barras e fios de certas molas helicoidais (como as
utilizadas em válvula), devem apresentar-se isentos de imperfeições as quais, se em outras
aplicações ou em tipos mais simples de molas não têm maior efeito, no caso de certas molas,
como as acima citadas, devido a altas tensões e à fadiga interna a que esses materiais estão
sujeitos, podem ser grandemente prejudiciais.
As imperfeições ou defeitos que devem ser evitados são os seguintes: marcas das ferra-
m e n t a s , riscos d a s m a t r i z e s de t r e f i l a ç ã o , i n c l u s õ e s , r u g o s i d a d e s u p e r f i c i a l ,
descarbonetração superficial, e t c Essas imperfeições são críticas, principalmente quando
..as molas estão sujeitas a condições severas de fadiga. De fato, pesquisas feitas pela indús-
tria automobilística revelaram que praticamente todas as rupturas por fadiga em molas de
válvulas começaram numa imperfeição ou defeito interno ou superficial.
274
EDCBA
CBA Aços PARA MOLAS
Para as molas de extensão e compressão, os cálculos das tensões são baseados nas
propriedades de torção, ao passo que nas molas de torção os cálculos são baseados nas
propriedades de tensão e no módulo de elasticidade sob tensão. Nas molas "semi-elípticas",
sujeitas a esforços de tensão e dobramento, os cálculos são baseados também nas proprie-
dades de tensão e no rnódulo de elasticidade sob tensão* . 1661
Em vista do exposto, conclui-se que sob o ponto de vista físico, exige-se que uma mola
apresente os seguintes característicos mecânicos:
com suficiente segurança até temperaturas da ordem de 175°C desde que não sejam carre-
gadas além de 56 kgf/mm (550 MPa); se for permitida uma pequena deformação permanen-
2
te em serviço, poderão ser utilizadas até cerca de 200°C, com carga não superior a 84 kgf/
mm (820 MPa). De qualquer modo, em molas de compressão, o aço-carbono não permite
2
temperaturas superiores a 200°C porque resulta uma fluência cuja intensidade vai depender
das tensões de serviço e do tempo de aplicação das cargas.
Já os aços-liga Si-Mn, Cr-V e t c , típicos para molas, possibilitam o seu emprego, em
diâmetros até 5/8", até temperaturas d a ordem de 200°C se a carga de serviço não for
superior a 56 k g f / m m (550 MPa) ou até temperaturas de aproximadamente 230°C se se
2
permitir pequena deformação permanente e desde que a tensão de serviço não ultrapasse
84 kgf/mm (820 MPa).
2
Acima de 230°C, deve-se recorrer às ligas Cr-Ni ou a aços do tipo dos aços rápidos. A
Tabela 5 3 permite ter-se uma ideia inicial dos tipos mais comuns de aço utilizados em
(167)
275
A Tabela 54 apresenta os métodos de fabricação e principais aplicações dessas molas
Nota-se que o limite de resistência à tração mínimo é apresentado em faixas, os valores
mínimos variando em função da intensidade da deformação a frio.
Esses materiais são indicados igualmente para outros tipos de peças conformadas a
partir de fios, que não apenas molas.
ATabela 55 indica os principais tipos para tiras laminadas a frio e a Tabela 56 seus méto-
dos de fabricação e principais aplicações.
A Tabela 5 7
(157) apresenta as qualidades de fios recomendadas pela ASTM para molas
. helicoidais enroladas a frio.
Na classificação AISI-SAE esses aços correspondem a: um zy
A227 - 1050, 1055, 1060, 1065, 1070
A228 - 1078, 1085, 1084, 1090
A229 - 1059,1060, 1065, 1070
A 2 3 0 - 1064
A401 - 9254
ATabela 58( 157)mostra os tipos de aços recomendados para molas helicoidais enroladas"
a quente.
mecânicas aproximadas, assim como aplicações típicas desses aços para molas helicoidais;
nas três condições acima mencionadas.
ATabela 6 0 mostra os valores mínimos para limite de resistência à tração, correspon-
(15B)
dentes a diversos diâmetros, de aços para molas helicoidais enroladas a frio, recomendadas
para condições mais severas de serviço.
O tipo designado, "fio de mola trefilado duro" (encruado) é de custo mais baixo, de qua-
lidade relativamente inferior e não apresenta a garantia de completa isenção de certas im-
perfeições superficiais. Esse fio, no estado trefilado duro e não revenido, é indicado geral-
mente em condições de esforços estáticos ou quando as tensões de serviço não forem muito
severas.
O fio designado pela expressão "temperado e revenido"- é idêntico ao "temperado em
óleo e revenido em banho de chumbo" da Tabela 59; é um material para aplicações gerais, de
custo ligeiramente superior ao primeiro e melhor igualmente no que se refere às qualidades
da superfície e a resistência à fadiga.
0'tipo "fio de música" (ou "corda de piano") é considerado, dentre os aços-carbono, o de
melhor qualidade para molas de pequenas dimensões. Apresenta superfície com acabamen-
to excelente e é pouco afetado por revestimentos superficiais eletrolíticos; entretanto, essas
molas não devem ser expostas a temperaturas superiores a 120°C, pois que sofrerão, já a
120°C, uma perda de carga da ordem de 5%, quando solicitada a 70 kgf/mm (690 MPa) 2
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3
T A B E L A 55
A ç o s para t i r a s e m p r e g a d o s n a f a b r i c a ç ã o d e m o l a s c o n f o r m a d a s a f r i o
Propriedades de tração
Grau e Composição
Material Resistência M ó d u l o de
especificação nominal, % Dureza
tração, m i n . elasticidade E HRC
MPa kgf/mm GPa
;
kgf/mm,
Tira l a m i n a d a a f r i o
aço-carbono C médio (1050) C - 0,47/0,55 Revenlda
A682 Recozida
Mn-0,60/0,90 1100/1930 | 112/196 210 21.000 85 máx.
Revenlda
38-5
C "regular" (1074) C-0,69/0,80 Revenida
A682 Recozida
Mn - 0,50/0,80 1100/2210 I 112/224 210 21.000 85 max.
Revenlda
38-50
Alto C (1095) C - 0,90/1,04 Revenida
A682 Recozida
Mn-0,30/0,50 1240/2340 | 126/238 210 21.000 88 max.
Revenlda
40-52
aço-llga Cr-V (AMS 6455) C-0,48/0,53 1380/1720 140/175 210 21.000 42-48
Cr-0,80/1,10
V - 0 , 1 5 min.
Cr-SI (AISI 9254) C-0,51/0,59 1720/2240 175/227 210 21.000 47-51 zyxwvutsrqponmlkjihg
> o > o > 3 o-
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Cn 7 CO 7 cn °
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T A B E L A 57
F i o s d e a ç o r e c o m e n d a d o s pela A S T M para m o l a s h e l i c o i d a i s e n r o l a d a s a f r i o
M á x i m a t e n s ã o de t r a b a l h o Diâmetros dos fios, m m
kgf/mm 2 MPa 0,13 a 0,51 0,51 a 0,89 0,89 a 3,18 3,18 a 6,35 6,35 a 12,7 12,7 a 15,88
Molas de compressão, carga estática i
(deformação removida, molas tratadas para alívio de tensões)
70 690 A228 A227 A227 A227 A227-A229 A229
84 825 A228 A227 A227 A227-A299 A229 zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
-
98 965 A228 A227 A227-A229 A229 A401 -
112 1100 A228 A227 A229 A229-A228 A401 -
126 1240 A228 A228 A228 A288 - -
140 1380 A228 A228 A22S -
154 1515 A228 A228 - - _ -
168 1655 A228 - - - - -
Molas de compressão, carga variável, projetadas para vida de 100.000 ciclos
(deformação removida, molas com tensões aliviadas)
56 550 A228 A227 A227 A229-A227 A229-A401 A401
70 690 A228 A227 A229 A229-A401 A401 A401
84 825 A226 A227 A227-A229 A229-A401 A-401 -
98 965 A228 A229 A229-A228 A228 -
112 1100 A228 A228 A228-A401 - - -
126 1240 A228 A228 - _
140 1380 A228 - - - -
Molas de compressão, carga dinâmica, projetadas para vida mínima da 10 milhões de ciclos
(deformação removida, molas com tensões aliviadas)
42 415 A228 A227 A227 A227 A229 -
56 550 A228 A227 A227-229-22B A230
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
282
FEDCBA
DCBA Aços RARA MOLAS
T A B E L A 58
T i p o s de a ç o s p a r a m o l a s h e l i c o i d a i s e n r o l a d a s a q u e n t e
ficie. O tipo Cr-V é, entretanto, superior ao anterior para serviços a temperaturas de 120°C
ou acima. Já as molas de fio de aço Cr-Si podem ser usadas a temperaturas da ordem de
230°C. Os aços-liga, entre os quais os mais importantes para molas são os tipos Cr-V e Cr-
Si, classes S A E 6150 e 9260 respectivamente, assim como o tipo Si-Mn, são recomendados
sempre que s e desejam molas para suportar tensões mais elevadas, principalmente a
temperaturas superiores à ambiente, visto que apresentam melhores valores de limite de
resistência à tração, de limite de elasticidade e limite da fadiga.
A tabela 61 dá as principais propriedades mecânicas dos aços-liga SAE 6150 e 9260, no
estado temperado e revenido
Os aços "fio de música", "fio trefilado duro" e "temperado e revenido" devem ser aqueci-
dos entre 175°C e 400°C ou preferivelmente a 260°C durante cerca de meia hora, para alívio
de tensões, logo após o enrolamento a frio.
No caso de molas helicoidais de grande secção e para serviço pesado, parte-se geral-
mente de barras de aço-carbono ou aço-liga no estado laminado a quente ou recozido, as
quais são enroladas a quente na forma de molas. Em seguida, as molas são temperadas e
revenidas, para obtenção das propriedades mecânicas desejadas.
A superfície das barras deve apresentar-se lisa e isenta de descarbonetação, pois do
contrário será afetado o limite de fadiga da mola resultante. Para algumas aplicações, as
barras são retificadas antes do enrolamento em molas.
Os tipos de aços mais comumente empregados para molas de grande secção e serviço
pesado são de alto carbono (classe S A E 1085 ou 1095) ou de aço-liga. Na indústria ferro-
viária, por exemplo, o tipo SAE 1095 é usado quase que exclusivamente para suspensão
de vagões de carga. Os aços-liga d o s tipos SAE 5100, 8600 e 9200 predominam n a s
suspensões de carros de passageiros e locomotivas' '. Para aplicações industriais em
159
4. Molas "semi-elfpticas" - Estas são as molas manufaturadas a partir de tiras de aço que
são, em seguida, geralmente reunidas em feixes.
Os aços para molas de pequena espessura (inferior a 1/8") podem ser fornecidos nas
283
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
Tabela 59
C o m p o s i ç ã o e p r o p r i e d a d e s d e a ç o s - c a r b o n o para m o l a s h e l i c o i d a i s
C o n d i ç ã o d o aço
T e m p e r a d o e m óleo Patenteado e
e revenido em encruada encruado
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
banho de chumbo ( c o r d a de piano)
carbono 0,60-0,70 0,45-0,75 0,75-1,00
manganês 0,60-1,20 0,90-1,20 0,25-0,50
fósforo 0,04 max. 0,045 max. 0,03 max.
enxofre 0,04 max. 0,045 max. 0,035 max.
silício 0,10-0,20 0,10-0,20 0,10-0,25
limite de resistência 108-210 kgf/mm 2 105-210 kgf/mm 2 175-280 kgf/mm 2
l zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
cargas de trabalho
recomendadas:
serviço leve 56 k g f / m m (510 MPa) 42 k g f / m m (410 MPa) 7 0 k g f / m m (690 MPa)
::
2 2 2
MI 284
CBA
A Aços ÍARA MOLAS
final desejada. Esta deve ser da ordem de 40 a 44 Rockwell C quando se tolera certa'
deformação permanente, e 44 a 48 Rockwell C quando se exige máxima resistência à
deformação permanente. De qualquer maneira, as molas de aço-carbono nunca devem
apresentar dureza Rockwell C superior a 50, pois acima desse valor o material tende a
tornar-se frágil.
Tratando-se de aços-liga - dos tipos SAE 6150, 9260 ou 8650 - as temperaturas dos
tratamentos térmicos são:
A dureza Rockwell C nos aços-liga pode ser superior à dos aços-carbono de cerca de 4
pontos, devido à presença dos elementos de liga.
As molas "semi-elípticas" de espessura superior a 1/8", aplicadas principalmente na i n -
dústria automobilística, ferroviária e de equipamento agrícola, são obtidas a partir de aços-
carbono ou aços-liga, das mesmas composições já estudadas, no estado laminado a quente
ou recozido. A s molas são conformadas a quente e depois de esfriadas são reaquecidas
para a têmpera. A temperatura desse tratamento varia da faixa de 830°C-885°C para aços-
carbono até 850°C-900°C. O esfriamento é feito em óleo recirculando e mantido a tempera-
turas entre 40° e 60°C. O revenido, realizado imediatamente após a têmpera, é levado a
efeito a temperaturas entre 360°C a 425°C para aços-carbono e 385°C a 480°C para aços-
liga, dependendo da dureza final desejada.
De acordo com a deformação permanente tolerável, a dureza final dessas molas deve ser
a seguinte' '.
159
- aços-carbono - 352 a 388 Brinell, quando se tolera certa deformação permanente; 383 a
444 Brinell, quando se exige máxima resistência à deformação permanente;
- aços-liga - 375 a 415 e 415 a 460 Brinell, nas mesmas circunstâncias, respectivamente.
5. Conclusões - Os aços para molas são de certo modo semelhantes aos aços comerciais
comuns, com a diferença que geralmente apresentam maiores teores de carbono e manganês
e requerem muito maior cuidado e maior número de operações para a sua fabricação.
Os principais fatores na sua seleção são os seguintes:
- composição química;
- propriedades mecânicas;
- qualidade superficial;
- disponibilidade;
- custo.
Das propriedades mecânicas, as mais críticas dizem respeito aos limites de elasticidades
e de fadiga, que devem ser muito elevados. O primeiro é conseguido mediante bem estuda-
dos e cuidadosos tratamentos mecânicos e térmicos e o segundo também pela obtenção de
uma superfície perfeita, tanto q u a n t o possível isenta de irregularidades, tais c o m o
descarbonetação superficial, marcas de ferramentas, riscos de matrizes de trefilação, pe-
quenas fissuras, etc.
A melhor condição tem-se em arames que, antes de serem enrolados, são retificados de
modo a eliminar toda e qualquer falha superficial. Tal procedimento entretanto, só se justifica
pata aplicações especiais, devido ao elevado custo da operação de retificação.
285
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROSFUNDIDOS
T A B E L A 60
T i p o s d e a ç o s e c o r r e s p o n d e n t e s p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s para m o l a s h e l i c o i d a i s enroladas a frio
Valores m í n i m o s p a r a r e s i s t ê n c i a à trãçãõ
V (kgl/mm - MPa) para diâmetros de:
2
Designação Mn Si Cr
C
Ni 0,81 m m 1,60 m m 3,43 m m 7,92 mm
(0,032") (0,063") (0,135") (0,312")
S ao
1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\
) Jacteadas
111
^-Tensão em dobramenl
mm
^"Tensão êrmlÕfçãõ~~"
mm zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
... Não Jacteadas
(*} "shot-peening"
286
EDCBA Aços PARA MOLAS zyxwv
T A B E L A 61
io C o m p o s i ç õ e s e p r o p r i e d a d e s de a ç o s - l i g a p a r a m o l a s
287
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
fabricadas a partir de aço "fio de música" ou "fio estirado duro". Essas propriedades melho-
ram pelo aquecimento n u m a faixa de 230°C a 260°C.
As propriedades das molas não são melhoradas por alívio de tensões durante mais do
xwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
que 30 minutos.
ATabela 62 indica as temperaturas consideradas ótimas para alívio de tensões de fios de '
aço para molas.
6. Aços alternativos para mo/as< > - Para substituir o cromo, na hipótese desse elemento
,61
tornar-se pouco disponível, foram propostos dois tipcs de aços modificados para molas helicoi-
dais. Um deles - 15B62 - substituiria também o tipo 5160. Sua composição é a seguinte:
0,55/0,66 C; 1,10/1,40 Mn; 0,40/0,60 Si; 0,0005 B min., indicado para molas helicoidais
de suspensão.
O outro apresenta a composição: 0,56/0,64 C; 0,75/1,00 Mn; 0,701/1,10 Si e 0,24/0,40 Cr
e substituiria também o tipo SAE 5160.
T A B E L A 62
T e m p e r a t u r a s ó t i m a s para a l í v i o d e t e n s ã o de f i o d e a ç o p a r a m o l a
Aço °C
fio d e música 230-260
fio trefilado duro 230-290
fio temperado e revenido 230-400
fio de mola de válvula 315-345
fio Cr-V 315-370
fio Cr-Si 425-455
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Essas temperaturas só se aplicam para aliviar as tensões após a conformação a não são válidas para aliviar
zyxwvutsrqponml
tensões após o jacto-percussão. O tratamento é baseado num tempo de 30 min. à temperatura.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
n i
AÇOS DE USINAGEM FÁCIL
'
Para determinar o consumo unitário de força, que corresponde à força necessária para usinar
um material particular, divide-se o consumo de força pela velocidade de remoção do metal, que
é, no torneamento, o produto da velocidade de corte pela avanço f e peia profundidade de corte d.
O consumo unitário de força é expresso pela equação
P = Í
f.d
290 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
GFEDCBA
EDCBA Aços DE USINAGEM FÁCIL
ou separado inteiramente da peça, ocorre um certo encruamento do material sob a ação da ferra-
menta de corte. Além disso, dureza muito baixa pode, de certo modo, significar menores facilidades
de usinagem. De fato, como a ação da usinagem consiste no arrancamento de partículas do metal,
se este for muito dúctil, será também muito plástico - como é o caso do constituinte ferrita em aço -
e o material tende a aderir, em vez de ser arrancado, à ferramenta de corte.
"* O segundo fator metalúrgico a ser considerado - e o que de fato melhor caracteriza a
usinabilidade - e a microestrutura. Sem alterar, por exemplo, a composição química de um
aço, mas simplesmente provocando u m a modificação na sua microestrutura, pode-se facil-
mente obter melhor usinabilidade. Aços de carbono muito baixo - 0,15% ou menos - são
melhor usinados, quando normalizados, em vez de recozidos ou quando encruados.
O efeito da microestrutura da usinabilidade dos aços pode ser resumido da seguinte maneira '.1162
a) os aços de carbono muito baixo (até 0,20%) são mais economicamente usinados no
estado simplesmente laminado; entretanto, são melhor usinados no estado encruado, desde
que, neste último caso, as tensões internas do encruamento tenham sido aliviadas; além d a
dureza mais elevada provocada pelo encruamento, um tamanho de grão ferrítico pequeno
melhora a usinabilidade;
b) os aços de carbono entre 0,20% e 0,30% mostram melhor usinabilidade quando apre-
sentam estrutura perlítica, em secções acima de 75 mm de diâmetro, obtida por simples
laminação; abaixo de 75 mm, a melhor estrutura é a normalizada;
c) os aços de médio carbono (0,30% a 0,40%) devem apresentar estrutura perlítica
grosseira, com um mínimo de ferrita obtida por recozimento;
d) os aços de médio e alto carbono (0,40% a 0,60%) apresentam melhor usinabilidade
com estrutura perlítica lamelar e esferoidita grosseira;
e) aços de alto carbono (acima de 0,60%) apresentam melhor usinabilidade com estrutu-
ra esferoidita, de grosseira a fina;
f) aços de tamanho de grão austenítico pequeno (inferior a 5 na escala ASTM), são mais
difíceis de usinar que outros de maior tamanho de grão, desde que outras condições sejam
idênticas; entretanto, para acabamento fino, esses aços de granulação fina são melhores.
g) a introdução controlada de inclusões não metálicas melhora apreciavelmente a usinabilidade;
tais aços são, na realidade, os mais importantes sob o ponto de vista da usinabilidade. Constituem
eles os chamados "aços de usinagem fácil", objeto de presente Capítulo;
h) a introdução controlada de metais moles - chumbo e bismuto - igualmente melhora
apreciavelmente a usinabilidade dos aços.
As figuras 1 3 1 , 132 e 133 exemplificam o efeito da estrutura dos aços sobre a s u a
usinabilidade.
As figuras 131 e 132 mostram que, no torneamento de uma aço SAE 4140, a máxima
vida da ferramenta corresponde ao estado recozido ou normalizado desse aço e o desgaste
da ferramenta aumenta com o aumento da dureza, de modo que o máximo desgaste se
verifica com a dureza mais elevada do aço.
A figura 1 3 3 comprova que a estrutura coalescida do aço S A E 5160 possibilita a
usinagem com menor desgaste da ferramenta, em comparação com o estado recozido, em
que a estrutura é perlítica de dureza mais elevada.
3. Tipos de aços de usinagem fácil- Como já se mencionou os aços de usinagem fácil são
aqueles em que se introduzem, de modo controlado, inclusões não metálicas. Do mesmo
modo, a introdução de metais moles origina tipos importantes de aços de usinagem fácil.
3.1 Tipos com inclusões não metálicas- Essas inclusões são de sulfureto de manganês e são
obtidas pela introdução de enxofre em quantidade suficiente para combinar-se com o manganês
e com o ferro, formando uma série de sulfuretos de manganês e de ferro, principalmente o primei-
ro, os quais são insolúveis no aço, tanto no estado líquido como no sólido. As inclusões de MnS
podem ser do tipo globular ou podem tomar-se alongadas durante a laminação do aço. De qual-
quer modo, elas favorecem a usinabilidade porque causam a formação de um cavaco quebradiço
e atuam como uma espécie de lubrificante, impedindo que o cavaco adira à ferramenta e destrua
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 291
Aços E FERROSFUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Dureza Metalrernovido
Condição do a ç o Brinell Entre Afiações
cm 3
0 20 40 60
vida d a ferramenta
entre afiações, m i n .
C a r a c t e r í s t i c o s d o a ç o e c o n d i ç õ e s da o p e r a ç ã o Normalizado Recozido
292
EDCBA Aços DE USINAGEM FÁCIL
0 50 100
VIDA D A F E R R A M E N T A E N T R E A F I A Ç Õ E S , m i n .
T A B E L A 83
F a i x a s de c o m p o s i ç ã o d e a ç o - c a r b o n o SAE-AISI r e s u l f u r a d o s
Designação Composição %
AISI-SAE C Mn S
1110 0,08-0,03 0,30-0,60 0,08-0,13
1117 0,14-0,20 1,00-1,30 " 0,08-0,13
1118 - 0,14-0,20 1,30-1,60 0,08-0,13
1137 0,32-0,39 1,35-1,65 0,08-0,13
1139 0,35-0,43 1,35-1,65 0,13-0,20
1140 0,37-0,44 0,70-1,00 0,08-0,13
1141 0,37-0,45 1,35-1,65 0,08-0,13
1144 0,40-0,48 1,35-1,65 0,24-0,33
1146 0,42-0,49 0,70-1,00 0,08-0,13
1151 0,48-0,55 0,70-1,00
O fósforo é mantido no máximo a 0,040% . Devido ao efeito adverso do silício sobre a usinabilidade,
0,08-0,13
c
estes aços n ã o s ã o desoxidados com silício.
sição idêntica, ou seja, 0,07C; 0,94Mn; 0.2QS; 0,094 ou 0,093P, com exceção do silício que,
num deles e r a de 0,044% e no o u t r o 0,009% a p r e s e n t a r a m diferentes índices de
usinabilidade.
O aço com inclusões de MnS maiores apresentou índice 176, enquanto o outro com inclu-
sões mais afongadas e mais finas, esse índice foi 125. A presença no primeiro de maior teor
de silício - elemento desoxidante - modificou a forma de inclusões do MnS e conferiu maior
usinabilidade. O alumínio atua no mesmo sentido. A prática de laminação pode igualmente
afetar as características dessas inclusões e influenciar a usinabilidade.
- O teor de carbono dos aços 11XX pode chegar a 0,55%, preferindo-se os de maior
carbono em aplicações em que, além d a usinabilidade, se deseja também melhores propri-
edades mecânicas. Por exemplo, o tipo 1137 substituiu muitas vezes os SAE 1045 e 1050,
devido ao seu comportamento mais satisfatório em aplicações como eixos de geradores,
293 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROSFUNDIDOS
- Em alguns tipos de baixo carbono, pode-se introduzir fósforo além dos teores normais;
esse elemento, como se sabe, dissolve-se na ferrita cuja dureza e resistência mecânica
ficam aumentadas, o que melhora a usinabilidade, pois promove a ruptura dos cavacos na
usinagem. Não se ultrapassa, entretanto, 0,12% de P, pois do contrário, os seus efeitos nega-
tivos poderiam prevalecer. A tabela 64 mostra esses tipos de aços.
Afigura 134 apresenta o aspecto micrográfico de um aço de usinagem fácil de alto teor em
enxofre.
T A B E L A 64
Faixas de c o m p o s i ç ã o d e a ç o - c a r b o n o A I S I - S A E r e s u l f u r a d o s e ref o s f o r a d o s
Designação
C Mn P S
AISI-SAE
1211 0,13 0,60-0,90 0,07-0,12 0,10-0,15
1212 0,13 • 0,70-1,00 0,07-0,12 0,16-0,23
1213 0,13 0,70-1,00 0,07-0,12 0,24-0,33
12L14 0,15 0,85-1,15 0,040,09 0,26-0,35
1215 0,09 0,75-1,05 0,04-0,09 0,26-0,35
Esses aços não são geralmente desoxidados com silício devido ao efeito adverso desse elemento na
usinabilidade. O tipo 12L14 contêm 0,15 a 0,35 de chumbo.
294
Aços DE USINAGEM FÁCIL
3.2 77pos com introdução de chumbo - A adição de chumbo constitui outro meio de melho-
rar a usinabilidade dos aços-carbono, além de melhorar o seu acabamento. A maioria dos
aços das séries 10XX e 11XX pode ser encontrada com adição de chumbo, em teores variá-
veis de 0,15% a 0,35%' >. O chumbo é adicionado no aço líquido durante seu vazamento nos
1frt
moldes; como esse metal é insolúvel no aço fundido, forma-se uma fina dispersão de partícu-
las de chumbo, tão pequenas que às vezes são imperceptíveis ao microscópio.
ATabela 6 5 indica a usinabilidade dos principais tipos de aço de usinagem fácil t o m a n -
(16S1
do-se como índice o aço B1112. Com a introdução de chumbo, a produção de peças dg
responsabilidade, como bombas (aço 41L50), buchas (aço 52L50), pistões (aço 11L26), apa-
relhos domésticos (aço 86L20), por intermédio das mais diversas operações de usinagem,
aumentou, em alguns casos até 100% resultando, pois, em apreciável redução do custo e
vida mais longa das ferramentas* . 1641
T A B E L A 65
U s i n a b i l i d a d e d e a ç o s de u s i n a g e m f á c i l
(por cento de velocidade de corte para o tipo 1212)
295
Aços B FERROS
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
40
B 225
A 250
« 275
* 300
+ 350
• 400
ç -*
E / zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
E zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
CD zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
cd
"a
-5-
10
Teor de enxofre %
de silicatos de Ca-AI, que são consideradas mais moles e menos abrasivas do que as exis-
tentes nos aços não tratados com cálcio. Essa condição melhora a usinabilidade. Outro efeito
positivo do cálcio reside na possível eliminação do chumbo, adição essa que acarreta igual-
mente diversos problemas.
4. Encruamento dos aços de usinagem fácil - Para melhorar a usinabilidade dos aços,
1
tanto os comuns como també m os de usinagem fácil, sobretudo no caso de barras destina-
das à produção seriada de peças por usinagem, costuma-se encruar os aços, resultando em
... zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
aumento de resistência mecânica e, sobretudo, da dureza, condições favoráveis sob o ponto
f-zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
i
de vista de usinagem e de acabamento superficial.
A s figuras 1 3 6 e 1 3 7 ' ilustram bem o efeito do encruamento num aço-carbono comum,
1 8 5 1
296 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
EDCBA
DCBA AÇOS DE UsiNACEM FÁCIL
Laminada a quente
O P E R A Ç Ã O DE U S I N A G E M
Encruado
Usinagem grosseira
Usinagem de acabamento
Corte abrasivo
PONMLKJIHGFEDCBA 30 35
FEDCBA vida da ferramenta, horas
DCBA
Característicos do aço e 1016
Laminado 1016
C o n d i ç õ e s da o p e r a ç ã o
a quente Enc ruad o
3 L a m i n a d o a quente
O P E R A Ç Ã O DE U S I N A G E M Encruado
sa»*i^Ws»Ei Recozido e encruado
Usinagem grosseira
Usinagem de acabamento
Corte abrasivo
5 10 15 20 25
vida da ferramenta, horas
TSRQPONMLKJIHGFEDCBA 297
Aços PARA CEMENTAÇAO
A Ç O S PA RA C E M E N T A Ç A O zyxwvutsrqponmlkjih
1%
«ff
f it
m m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
299
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
Aços E FERROS FUN DIDOS
1.1. Meio de esfriamento - As principais variáveis a serem aqui consideradas são: forma e
secção das peças e distorção ou empenamento tolerável. Os meios usualmente empregados
na cementaçao são água ou soluções aquosas e óleo. Os primeiros são os mais drásticos e
são empregados quando as peças são de forma simples ou apresentam secções apreciáveis
e também quando a possibilidade de empenamento é menor. Além de se caracterizarem pela
alta velocidade de esfriamento, esses meios são de baixo custo e facilitam a limpeza final das
peças. O óleo é recomendável quando as peças apresentam secções complexas ou finas, as
quais são mais suscetíveis ao empenamento ou mesmo à ruptura na têmpera.
É evidente que, em qualquer caso, a velocidade de esfriamento deve permitir a obtenção
da dureza superficial desejada e as propriedades convenientes de tenacidade e resistência
do núcleo. Neste caso, a velocidade crítica de esfriamento do aço, ou seja, o tipo de aço a ser
usado constitui fator preponderante. Quando a única exigência é a máxima dureza superfici-
al, a escolha recairá num aço de baixo carbono sem ou com teores de elementos de liga e em
água ou preferivelmente soluções aquosas, como meio de têmpera, desde, é claro, que o
formato e as dimensões das peças permitam a utilização desse meio de esfriamento.
Quando o formato e as dimensões das peças sob cementaçao forem tais que haja proba-
bilidade de ruptura ou empenamento pela utilização de um meio drástico de esfriamento, á
escolha recairá em óleo, como meio de têmpera, e num aço apresentando teores convenien-
tes de elementos de liga, para que sua velocidade crítica de esfriamento produza endureci-
mento satisfatório com emprego do meio de têmpera mais brando. Esses aços, com teores
apreciáveis de elementos de liga, são também vantajosos sob o ponto de vista de proprieda-
des finais do núcleo.
1.2. Tipo e grau de tensões - As variáveis que aqui entram em jogo são principalmente:
espessura e estrutura metalográfica da camada cementada, propriedades mecânicas do
núcleo e característicos da zona de transição.
• Camada cementada - Em linhas gerais pode-se dizer que dois tipos de camadas
cementadas são usados: hipereutetóide, quando se visa em primeiro lugar alta resistência
ao desgaste; eutetóide ou ligeiramente hipoeutetóide, quando o requisito importante da su-
perfície endurecida for tenacidade, visto que um rendilhado de carboneto livre intergranular
presente nos aços hipereutetóides é mais propício para conferir fragilidade.
No caso da aplicação em que o desgaste é fator importante, deve-se procurar igualmente
a produção de uma camada com espessura razoável, pois com isso s e prolonga a vida das
peças.
Sob o ponto oe-visía de dureza e resistência d a camada cementada, a introdução de
elementos de liga pouco afeta essas propriedades. Entretanto, os elementos de liga pare-
cem influir no teor de carbono dessa camada assim como na sua profundidade '. Assim é
1169
300
LKJIHGFEDCBA
O
Aços PARA CEMENTAÇAO zyxwvu
^-N
do temperatura e pelo tempo. Vários autores admitem também que os elementos de liga pos-
e, sam influenciar a profundidade de cementaçao e a velocidade de penetração do carbono n a
s superfície' '.
169
m- dureza superficial seja prejudicada. A austenita pode ser retida por têmpera direta em muitos
s tipos de aço para cementaçao, principalmente quando o teor de carbono superficial é eleva-
do. A tendência à formação da austenita residual é acentuada por teores mais elevados de ( ~
elementos de liga (além do carbono mais alto), pela temperatura de têmpera e pelo emprego
de óleo como meio de esfriamento, em lugar da água.
Lembre-se que a temperatura de revenido para os aços cementados é geralmente baixa,
de 150°C (ou menos) a 175°C, de modo a reter a estrutura martensítica dura; na realidade,
e há passagem d a martensita tetragonal à martensita cúbica. De qualquer modo, as tempera-
s turas mencionadas não são suficientes para eliminar a austenita retida, quando esta estiver
e presente.
s O efeito aparentemente benéfico da austenita retida parece provir do fato dela produzir
la como que uma ação de amortecimento, o que diminui as tensões internas ou mesmo a
as formação de verdadeiras fissuras nas agulhas de martensita. Nessas condições, a resistên-
as cia à fadiga também deveria ser melhorada pela presença de austenita retida. C o n v é m ,
entretanto, esclarecer que as vantagens ou desvantagens da retenção da austenita não
estão ainda claramente explicadas(*).
ão
ia • Núcleo - Aparentemente deve-se procurar produzir um núcleo o mais possível tenaz. A
er importância d a tenacidade do núcleo parece ter sido exagerada. De fato, nada adianta u m
ci- núcleo excepcionalmente tenaz, se existir uma fissura na camada superficial rica em carbo-
m no, pois essa fissura propagar-se-á através do núcleo, por mais tenaz que ele seja. Conclui-
o se que parece ser muito mais importante produzir uma camada cementada muito dura e
convenientemente suportada. A menor importância que se têm dado à tenacidade do núcleo,
tem permitido substituir os aços com 0 , 1 % de carbono pelos de 0,2% de carbono, que são
a-
mais facilmente usináveis.
á
n- • Zona de transição - O ideal é produzir-se uma zona de transição gradual, a qual propor-
ci- cionará o melhor suporte para a camada cementada. Duas variáveis afetam a qualidade da
es zona de transição: difusão e estrutura. Se a difusão for insuficiente, produzir-se-á uma zona
a- de transição muito viva, que favorecerá o lascamento da superfície. Com difusão constante,
a resistência da zona de transição dependerá da sua estrutura que pode ser ferrita, perlita ou
bainita.
e: Por outro lado, quanto maior a temperabilidade do aço, tanto mais resistente a zona de
do transição. Uma das razões do emprego de aços-liga para cementaçao seria essa. Também
a adição de boro é muito eficiente n a produção de uma zona de transição mais gradual e
mais resistente.
as
ia Em resumo: o melhor suporte da camada cementada é dado por uma zona de transição
u- gradual e resistente; sob esse aspecto, quanto maior for a temperabilidade do aço, tanto
lar melhor. Daí uma das principais razões de se empregar aços-liga para cementaçao e o motivo
pelo qual se tende à utilização de aços com carbono mais elevado; com isso, além de se
te melhorar o suporte da camada cementada, produz-se também núcleos mais resistentes. A
as não ser que as condições de serviço exijam uma camada cementada muito espessa, prefe-
de
(*) Durante a última guerra mundial, utillzou-sa naAlemanha para certas peças cementadas muito sujeitas
e- ao desgaste, empregadas em metralhadoras"' !, aço de alto níquel e alto cromo, apesar da escassez de
9
é Ni existente no país. Esses aços apresentavam 3-1/3% a4-l/2% de Ni; 1/2% a 1-1/2% de Cre 0,05 a 0,20
io de Mo; em engrenagens cementadas para serviço pesado em motores de avião, usaram-se aços seme-
lhantes, com mais Mo, até 0,35%, Ni reduzido a2%eCr elevado para 2%.Admite-se que o emprego de
er-
tais aços teria sido motivado pelo fato do Ni assegurar a retenção da austenita na camada cementada; o
m Cr, por sua vez, contribuiria para conferir profundidade de endurecimento e estabilizara cementita de
de modo a contrabalancaar a tendência do aço a grafiiizar devido ao alto teor de Ni presente e o Mo evitaria
la a fragilidade de revenido.
'. 3 0 1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
re-se camadas relativamente finas, com núcleos de carbono mais elevado, portanto mais
resistente e que dão melhor suporte à superfície endurecida.
2. Aços para cementaçao - Do exposto acima, verifica-se que a tendência atual na produção
de peças cementadas é a utilização de aços-liga. A introdução de elementos de liga, entretanto
quando em teores apreciáveis, reflete-se no custo dos aços, além de afetar, tomando mais
difíceis, as operações de fundição, forjamento, laminação e tratamentos térmicos. Por esse
motivo, procura-se utilizar, sempre que possível, para aplicações mais simples, aços-carbono ou,
quando riecessário, aços de baixo teor em liga com carbono mais elevado do que nos aços
simplesmente ao carbono. Em certos casos, contudo, devido às secções e formas das peças
cementadas, pode-se ter necessidade de um aço de alta temperabilidade. Nesse caso, a solução
é introduzir elementos de liga em teores mais elevados para garantir o endurecimento máximo
Os aços para cementaçao são, portanto, de três tipos:
• aços-carbono;
• aços-liga de baixo teor em liga;
• aços-liga de teor em liga mais elevado.
2.1. Aços-carbono para cementaçao - O teor normal de carbono nesses aços é 0,08% a 0,25%
os outros elementos aparecendo nas porcentagens usuais. O tipo padrão é o SAE1020 empregan-
do-se também a variação com manganês mais alto (0,70% a 1,00%) por apresentar melhor
usinabilidade, capacidade de carbonetare endurecer-com menor tendência à formação de pontos
moles, em relação ao primeiro. O seu tratamento térmico é fácil e perfeitamente controlável.
Apesar de não apresentarem uma resistência e uma tenacidade tão boa como as dos
aços-liga, esses aços convenientemente cementados, temperados e revenidos, são capa-
zes de adquirir um núcleo suficientemente tenaz cuja resistência pode chegar a 70 kgf/mm 2
2.2. Aços-liga de baixo teor em liga - Esses aços-liga são os que contêm um total de 1 %
a 2 % de elementos de liga, como níquel, cromo, molibdênio e manganês, em combinações
adequadas. A introdução desses elementos confere suficiente temperabilidade de modo a se
obter dureza elevada por têmpera em óleo, além de alta resistência à tração. (superior a 100
kgf/mm ou 980 MPa) com apreciável ductilidade do núcleo, aumentando-se o teor de carbo-
2
T A B E L A 66
A ç o s - l i g a de baixo teor e m l i g a para c e m e n t a ç a o
SAE C • Mn P S Si Ni Cr Mo
8115 0,t3/0,18 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,20/0,40 0,30/0,50 0,08/0,15
8615 0,13/0,18 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,60 0,40/0,60 0,15/0,25
8617 0,15/0,20 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 0,15/0,25
8620 0.1&t>,23 0.70/0,93 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 0,15/0,25
8622 0,20/0,25 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 0,15/0,25
8625 0,23/0,28 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 0,15/0,25
8627 0,25/0,30 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 0,15/0,25
8720 0,18/0,23 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 • 0,20/0,30
8822 0,20/0,25 0,75/1,00 0,035 0,040 0,20/0,35 0,40/0,70 0,40/0,60 0,30/0,40
94B15* 0,13/0,18 0,75/1,00 0,035 0,040 0,20/0,35 0,30/0,60 0,30/0,50 0,08/0,15
94B17* 0,15/0,20 0,75/1,00 0,035 0,040 0,20/0,35 0,30/0,60 0,30/0,50 0,08/0,15
* O teor de boro é 0,0005% mínimo
302
BA Aços VARA CEMENTAÇAO
2.3. Aços-liga de alto teor em liga - No caso presente, a soma total de elementos de liga
ultrapassa 2%; esses aços apresentam temperabilidade muito elevada, de modo que o teor
de carbono não deve superar 0,25%.
Com esses aços consegue-se excepcionais valores de resistência e tenacidade do n ú -
cleo, muito importantes para certas condições de serviço. Além disso, eles possibilitam a
produção de peças cementadas de secção apreciável, possuindo as desejadas proprieda-
des do núcleo. O custo desses aços e as maiores dificuldades na sua fabricação e tratamen-
tos térmicos limita o seu uso a casos especiais. A tabela 67 dá algumas composições típicas.
T A B E L A 67
A ç o s - l i g a d e a l t o t e o r em liga para c e m e n t a ç a o
SAE C Mn P S Si Ni Cr Mo
3310 0,08/0,13 0,45/0,60 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
- - 0,20/0,35 3,25/3,75 1,40/1,75 -
4320 0,17/0,22 0,45/0,65 0,035 0,040 0,20/0,35 1,65/2,00 0,40/0,60 0,20/0,30
4615 0,13/0,18 0,45/0,65 0,035 0,040 0,20/0,35 1,65/2,00 - 0,20/0,30
4617 0,15/0,20 0,45/0,65 0,035 0,040 0,20/0,35 1,65/2,00 - 0,20/0,30
4620 0,17/0,22 0,45/0,65 0,035 0,040 0,20/0,35 1,65/2,00 - 0,20/0,30
4621 0,18/0,23 0,70/0,90 0,035 0,040 0,20/0,35 1,65/2,00 - 0,20/0,30
4815 0,13/0,18 0,40/0,60 0,035 0,040 0,20/0,35 3,25/3,75 - 0,20/0,30
4817 0,15/0,20- 0,40/0,60 0,035 0,040 0,20/0,35 3,25/3,75 - 0,20/0,30
4820 0,18/0,23 0,50/0,70 0,035 0,040 0,20/0,35 3,25/3,75 - 0,20/0,30
ridos para alguns dos tipos mais comuns de aços para cementaçao.
303
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
Aças s FERROS FUNDIDOS
T a b e l a 68
T r a t a m e n t o s t é r m i c o s t í p i c o s de a ç o - c a r b o n o e a ç o s - i l g a p a r a c e m e n t a ç a o
(1) XX indica que h á dois ou mais tipos c o m teor de carbono de 0 , 3 0 % ou menos, comumente
utilizados em cementaçao.
(2) Esses tipos p o d e m s e r carbo-nitretados de 7 9 0 ° a 900°C, temperados e m óleo e revenidos entre
120a200°C.
(3) Este tratamento é mais comum, pois geralmente diminui o risco de e m p e n a m e n t o . A s peças são
normalmente resfriadas, a partir de temperatura de cementaçao até 850°C, antes d a têmpera.
(4) Este tratamento é aplicado se for necessária usinagem após a c e m e n t a ç a o ou se não houver
facilidades para t ê m p e r a direta após a cementaçao
(5) Este tratamento é aplicado para refinar a estrutura do aço, produzindo u m a combinação desejável
de propriedades da c a m a d a cementada e do núcleo. Pode produzir e m p e n a m e n t o d a s peças.
N - significa normalização a u m a temperatura pelo menos da ordem da de c e m e n t a ç a o , seguido de
resfriamento ao ar.
NT - significa normalização e revenido entre 6 0 0 ° e 6 5 0 ° C .
RC - indica recozimento cíclico, consistindo de austenitização a uma t e m p e r a t u r a da ordem da de
cementaçao, resfriamento rápido entre 535° e 675° e manutenção nessa temperatura durante uma a três
horas e resfriamento ao ar.
304
DCBA
GFEDCBA
DCBA
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
2. Aços para nitretação - Os processos atuais de nitretação permitem que uma grande
variedade de aços possa ser submetida a essa prática de tratamento superficial, desde aços"
simplesmente ao carbono até aços ligados.
Quando o processo mais comum de nitretação era o processo a gás, foram desenvolvia
dos alguns tipos de aços contendo como elementos de liga fundamentais o alumínio, o
cromo e o molibdênio, porque os mesmos, nas condições de nitretação gasosa, facilitavam
a formação de nitretos estáveis à temperatura ambiente. Esses aços foram designados
"Nitralloy" e são utilizados correntemente.
Os teores e os efeitos dos elementos de liga acima mencionados, além do carbono, são
os seguintes:
- carbono- 0,30% a 0,45% - confere ao aço não só temperabilidade como também suporte
adequado à camada nitretada extremamente dura e muito fina;
- alumínio e cromo - 0,85% a 1,20% e 0,90% a 1,80% respectivamente - são elementos
que formam prontamente nitretos; quanto maior a quantidade desses elementos dissolvidos
na ferrita, tanto mais fácil a difusão do nitrogénio e tanto mais espessa a camada nitretada
para um tempo de nitretação determinado;
- molibdênio - 0,15% a 0,45% - diminui a fragilidade de revenido e confere resistência ao
revenido às temperaturas da nitretação " ; 1 1
T A B E L A 69
E f e i t o d e e l e m e n t o s de liga e m r e l a ç ã o à f o r m a ç ã o d e n i t r e t o s
(*) Não há revenido na nitretação; mas devido às temperaturas usadas no processo, poderia ocorrer o
fenómeno da fragilidade de revenido, evitado pela presença do molibdênio.
306
AÇOS DE USINACEM FÁCIL zyxwvuts
A Tabela 69 indica o efeito desses e de outros elementos de liga sob o ponto de vista de
formação de nitretos e ação de endurecimento superficial" . 711
. Há um tipo de aço - chamado grafítico - de alto carbono (entre 1,25% a 1,50%) e alto silício
(entre 1,25% a 1,50%), como cromo, alumínio e molibdênio, que tem apresentado resultados
interessantes na nitretação. De fato, a nitretação produz nesse aço uma superfície dura e
resistente ao desgaste, contendo depressões ou verdadeiros orifícios originalmente cheios-
de grafita, de modo que, pelo menos temporariamente, o aço será dotado de uma espécie de
lubrificação. Essa estrutura oferece boas possibilidades para emprego em superfícies sujei-
tas ao desgaste ou superfícies de mancais operando a altas temperaturas devido à retenção
de dureza a essas temperaturas elevadas e à presença de grafita.
Os aços tipo Nitralloy apresentam, após a nitretação, a camada superficial mais dura e o
^ núcleo de resistência mecânica mais adequada. Quando se pode admitir dureza superficial
menor, pode-se empregar aços AISI contendo cromo e molibdênio, sem alumínio portanto. A
Tabela 7 0 " apresenta os tipos mais comuns de aços para nitretação, inclusive alguns espe-
721
307
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
- usinagem grosseira;
- usinagem finai e ratificação; .
- nitretação.
T A B E L A 71
Propriedades mecânicas de aços Nitralloy temperados e r e v e n i d o s
Os dados mostrados são relativos a corpos de prova de 2,5 cm de diâmetro para uma
composição típica 135 com têmpera em óleo a partir de 955°C e para uma composição típica
modificada com têmpera em óleo a partir de 925°C.
. O tipo de aço para nitretação mais comumente usado é o 135. O 135 modificado é larga-
mente usado na indústria aeronáutica. De um modo geral, as indústrias automobilística e
aeronáutica são as que mais empregam aços nitretados. Entre outras, podem ser citadas as
seguintes aplicações: virabrequins, camisas de cilindro, eixos de bomba, pinos, rotores, ei-
xos. Outras aplicações incluem assentos de válvulas de turbina a vapor, excêntricos, engre-
nagens, etc.
Além dos aços "Nitralloy" especialmente desenvolvidos para nitretação a gás, outros
tipos de aços podem ser submetidos ao processo, principalmente devido ao desenvolvimen-
to de novos processos.
Assim é que, aços comuns de baixo carbono do tipo SAE 1015 podem ser nitretados pelo
processo "nitretação em banho de sal". Alguns aços de alto teor em liga vêm igualmente
sendo submetidos a processos de nitretação, o que aliás está demonstrado na Tabela 70.
Entre exemplos dignos de menção situam-se alguns aços para matrizes e aços inoxidáveis.
Um aço de classificação AISI-SAE H11, contendo 0,35%C, 5,00%Cr, 0,40%V e 1,50%Mo
convenientemente nitretado apresentou dureza superficial de 65 a 70 Rockwell C, com um
núcleo de dureza 50 RC; esta dureza elevada do núcleo foi possível devido ao característico
de endurecimento secundário que o aço apresenta.
Também os aços inoxidáveis são comumente nitretados de modo a aumentar sua resis-
tência superficial ao desgaste, o que contribui também para melhorar a resistência ao
engripamento, indesejável em certas peças de aço inoxidável. Além disso, esses aços inoxi-
dáveis de elevados teores de cromo e de níquel e mesmo os que contém apenas cromo
adquirem, após nitretados, grande resistência ao vapor superaquecido, ao vapor saturado,
aos combustíveis a base de petróleo, e t c . . Entretanto, a nitretação reduz a resistência à
|,r4)
2. Aços para mancais - No sentido mais amplo, os aços para mancais podem ser divididos,
em categorias destinadas a serviço normal, a serviço a alta temperatura e a serviço sob
condições corrosivas.
Os mancais para condições normais de serviço correspondem a praticamente 95% de
todos os elementos de mancais e são aplicados nas seguintes condições : 11751
. temperatura máxima de 120°C a 150°C, embora possa ser tolerada temperatura afã
175°C, por curto prazo de tempo;
. não devem ser aplicados em temperaturas abaixo de -50°C;
. as superfícies de contato devem ser lubrificadas com óleo, graxa ou neblina;
. as máximas tensões de contato Hertzianas devem ser da ordem de 2,1 a 3,1 GPa.
Esses materiais d e v e m apresentar i g u a l m e n t e t e n a c i d a d e e estabilidade
microestrutural às temperaturas extremas, devido ao fato d e s s e s elementos estarem
sujeitos a ações de vibrações, choques, desalinhamento, detritos e manuseio. Final-
mente, devem apresentar adequada d u r e z a superficial, resistências ao desgaste e à.
fadiga.
Os tipos mais comuns de aço para mancais são de alto carbono (1,00%), utilizados nó'
estado temperado e revenido ou endurecido superficialmente. Utilizam-se também aços de
baixo carbono (0,20%), empregados no estado cementado . (17fi)
TABELA 72
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a de a ç o s d e a l t o c a r b o n o para m a n c a i s
C o m p o s i ç ã o química, %
Aço
C Mn Si Cr Ni Mo
AISI52100 1,04 0,35 0,25 1,45 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
...
A.STMA485-1 0,97 1,10 0,60 1,05
4STMA485-3 1,02 0,78 0,22 1,30 0,25
• TBS-9 0,95 0,65 0,22 0,50 0,25 max. 0,12
SUJ (a) 1,02 abaixo 0,25 1,05 abaixo abaixo
0,50 0,25 0,08
105 C r 6 ( b ) 0,97 0,32 0,25 1,52
SHK H15-5HD (c) 1,00 0,40 0,28 1,42 abaixo
0,30
( a ) - j a p o n ê s ; (b) alemão; (c) russo zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
310
JIHGFEDCBA
GFEDCBA Aços PARA MANCAIS
T A B E L A 73
A ç o s c e m e n t a d o s para m a n c a i s
Composição química, %
Tipo
C Mn Si Cr Ni Mo
4118 0,20 0,80 0,22 0,50 0,11
5120 0,20 0,80 0,22 0,80
8620 0,20 0,80 0,22 0,50 0,55 0,20
4620 0,20 0,55 0,22 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
... 1,82 0,25
4320 0,20 0,55 0,22 0,50 1,82 0,25
3310 0,10 0,52 0,22 1,57 3,50
3CM420 0,20 0,72 0,25 1,05 0,22
20MnCr5 0,20 1,25 0,27 1,15
3. Aços para mancais para fins especiais - A Tabela 74f i mostra a composição química
,75
T A B E L A 74
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a d e a ç o s para mancais e m p r e g a d o s a
a l t a s temperaturas
Como se vê, esses aços são ligados com elementos estabilizadores de carboneto - cro-
mo, molibdênio, vanádio e silício - os quais melhoram sua dureza a quente.
Aplicações típicas desses aços são feitas em mancais para aviões e motores estacioná-
rios de turbinas.
Alguns desses aços, como os tipos M50-NÍL e CBS-1000M, são cementados. Nesse
caso, a tenacidade do núcleo é mais que o dobro da tenacidade dos aços temperados.
fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
311
zyxwvutsrqponmlkjihgfe
A ç o s PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
A ÇO S PA RA FERRA MENTA S
E M A TRIZ ES
Vi
"ir.
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
314
IHGFEDCBA zyxwvutsrqponm
zyxwvutsrqponm
Aços PARA FERRAMENTAS E M A TRIZES
2.5. Resistência mecânica - Uma elevada resistência mecânica é indispensável, visto que
os aços para ferramentas e matrizes devem apresentar a capacidade de suportar esforços
sem o aparecimento de falhas ou de deformação permanente. Exige-se igualmente altos
valores para os limites elásticos e de escoamento. A resistência mecânica é determinada
pelos ensaios de tração e de torção estática. Costuma-se ainda especificar, em alguns c a -
sos, a resistência à compressão.
315
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUND/ POS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
...Jw
Aço - Carbono com 0,8% C
Temparado de S75°C am água zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
^fS
II
x
/ SS^ b '
D) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
/ .
j \
Ê
CD
',
Chitt](io - Corpos
de prova de
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
|||.?
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V
"O \
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\ \ / /
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
T
/ Torçãa
Arnost •as da •$$S
3,0 / zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQS
SS
"íf
150 200 2S0 000 350 400 450 500 •fê
T e m p e r a t u r a d e revenido, ° C
;Ss
Fig. 138 - Comportamento d e aço quando s u b m e t i d o a ensaio para m e d i d a d e tenacidade por •yg
c h o q u e e p o r torção em f u n ç ã o de temperatura de r e v e n i d o .
''ۤ
2.6. Dureza a quente - Este é um característico altamente desejável e m certos aços para ?:í
ferramentas e matrizes, utilizados em altas temperaturas, devido ao calor das próprias condi- "~
ções de serviço ou ao que se desenvolve durante as operações de usinagem. A dureza a.
quente é propriedade q u e os aços podem apresentar de reter alta dureza a temperaturas
elevadas (da ordem de 6 0 0 " C para os aços rápidos). Os aços em q u e tal característico é
fundamental são os "aços rápidos" e os "aços de matrizes para trabalho a quente"; essas são-
aplicações em que, além da alta dureza a temperaturas elevadas, é desejável alta resistên- ||
cia ao desgaste a essas temperaturas, ao mesmo tempo que é imprescindível que sejam fj|
mantidas as formas e as dimensões das ferramentas e das matrizes. A composição química Hf
do aço é fator determinante desse característico, sendo os elementos responsáveis direta- 'f
mente por essas propriedades, o tungsténio e m primeiro lugar, o molibdênio a seguir, o
cobalto, o cromo e o vanádio.
|||
2.7. Tamanho de grão - Geralmente é desejável um tamanho d e grão pequeno, ou. ||&
granulação fina, pois que esta se associa com característicos mecânicos superiores. Para os §£
aços-ferramenta, o tamanho de grão é determinado pela fratura, quando o material é que- >S1
brado numa condição de dureza de aproximadamente 55 Rockwell C. O material deve ser Sp!
suficientemente duro para romper intergranularmente. Se o aço apresentar-se em condições, ífH!
d e b a i x a d u r e z a , c o m o n o e s t a d o r e c o z i d o , e l e r o m p e r á a t r a v é s d o grão ou: . Sf
transgranularmente. Nessas condições, vários grãos podem combinar-se de modo a formar M íH
uma face individual, dando a aparência de um único grão. O aço-carbono para ferramenta
constitui um exemplo de aço apresentando os dois tipos de fraturas da m e s m a peça. De fato, íÊ
e m certas dimensões, a peça endurecerá por t ê m p e r a na superfície até uma certa profundi- H|
dade, e continuará mole no núcleo: a camada superficial romperá intergranularmente e_o tgs
n ú d e o transgrariuiarmeníe; assim, o tamanho de grão da camada superficial aparecerá pe- "íà
queno e o núcieo grande, quando, de fato, a granulação é a mesma. . jiyg
Obtida a fratura, a mesma é comparada com o sistema de fraturas-padrão, desenvolvido fèf
por B. F. Shepherd, q u e relacionou a fratura de 1 a 10, correspondendo o n- 1 a mais ÍM
grosseira e a 10 a mais fina. Este ensaio é o chamado "P.F," (P de penetração e F de fratura). %|
A determinação do tamanho de grão pelo ensaio d e fratura tem, entretanto, limitações,
sobretudo nos aços de alto teor em liga, como nos aços rápidos e nos aços de alto carbono S íSÇ
e de alto cromo; neles, os carbonetos podem ser tão grosseiros que quando o aço é quebra-
316
HGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E NÍATRTZES
. . . J w ^ d n , para exame da fratura, esta segue os pontos de contato do carboneto com a matriz,
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
^fSr indicando, em consequência, um grão maior que o real.
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
3. Condições que permitem atingir os requisitos exigidos nos aços para ferramentas e
•$$S« matrizes - Os requisitos ou característicos exigidos por esses tipos de aços, comprovam a
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
S* sua complexidade e os problemas que os produtores e os usuários têm de enfrentar para
S S ; possibilitar o seu emprego nas melhores condições.
"ífr " Em princípio, dois são os fatores que fundamentalmente possibilitam o atendimento das
7
''€§, 3.1. Composição química - Os principais elementos de liga presentes nos aços para ferra-
a ?:í*íí mentas e matrizes são os seguintes: carbono, silício, manganês, cromo, vanádio, tungsténio,
- " ~ ! " molibdênio e cobalto. Sua ação é a seguinte:
.
- carbono - é o elemento essencial, pois é ele, por intermédio dos carbonetos que se
é formam, que confere dureza e resistência ao desgaste; seu teor é geralmente alto - em torno
- do eutetóide ou acima - podendo atingir, em alguns casos, valores superiores a 2 % . E m
- | | f outros casos, desejam-se valores abaixo do eutetóide, q u a n d o os característicos de
m f j | | ; ductibilidade e tenacidade são mais importantes do que os de dureza e resistência ao des-
a H f f gaste, por exemplo, em ferramentas sujeitas a golpes, como martelos, ferramentas de ferrei-
'fe certas matrizes, e t c ; nelas, o teor de carbono é, no máximo, de 0,60%/0,70%.
- silício - geralmente em teores baixos (0,10 a 0,30%), é adicionado como desoxidante;
como se dissolve na ferrita e tende a decompor os carbonetos, n u n c a é usado isoladamente
|||f: como elemento de liga, a não ser que se procure propositadamente a formação da grafita
. | | & (aços grafíticos); portanto, quando há necessidade de um teor de silício mais elevado, adici-
§ £ v ona-se também elementos estabilizadores de carbonetos, tais como molibdênio e cromo;
>S1-- - • manganês - também desoxidante (até 0,5%) e dessulfurante. Em teores mais elevados,
r Sp!- melhora a temperabilidade apreciavelmente. O efeito do manganês neste sentido é tão gran-
, ífH! de, que a adição de cerca de 1,60% de Mn em aço-carbono com 0,90%C, permite a têmpera
: . Sff? em óleo; zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
M íHS' "zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
cromo - adicionado principalmente para aumentar a temperabilidade, tomando, com o Mn,
a o aço temperável em óleo. Aumenta a resistência ao desgaste, porque aumenta a dureza.
íÊt Devido sua ação simultânea na ferrita, q u e reforça, o aumento d a dureza é realizado s e m
- H|: prejudicar sensivelmente a ductilidade. O cromo é encontrado nos aços para ferramentas e
:
t g s | matrizes, nos teores os mais variados, desde baixos até muito altos; 5 % de cromo, juntamente
"íà;-com 1 % de molibdênio' 1775compõem um aço com característicos de temperabilidade apreciá-
jiyg vel, endurecível ao ar, de muita utilidade para cartas matrizes. O cromo pode atingir teores de
fèf; 11,0% a 14,00%, com carbono também elevado (1,50% a 2,20%). Os aços correspondentes
ÍM '- P notável resistência ao desgaste e são temperáveis em óleo ou ao ar. Também nos
o s s u e r n
317
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
refinando-os. Os carbonetos que forma são muito estáveis, mesmo a temperaturas eleva-
das, o que resulta não só no impedimento do crescimento do grão, como também na melhora
da dureza a quente do aço. Sua adição nos aços-carbono para ferramentas não é geralmen-
te superior a 0,50%, normalmente 0,25%-0,35%. Sua ação nesses aços é refinar e uniformi-
zar o grão< . Como os carbonetos de vanádio não se dissolvem na austenita a temperatu-
178)
ras normais de tratamento térmico, eles constituem pontos de nucleação da periita. Portanto,
o t a m a n h o de g r ã o m e n o r e as n u m e r o s a s p a r t í c u l a s d e c a r b o n e t o reduzem a
temperabilidade do aço. Entretanto, se a temperatura de tratamento térmico for aumentada,
os carbonetos de vanádio se dissolvem, resultando então em aumento da temperabilidade.
Assim sendo, quando há suficiente quantidade de carboneto de vanádio presente, esse
efeito pode ser combinado com a tendência das partículas de carboneto prevenirem cresci-
mento de grão, de modo a resultar em aços de granulação fina com simultâneos caracterís-
ticos de média a profunda temperabilidade. Assim, um aço para ferramenta contendo 1,00%
de carbono e 0,40% a 0,50% de vanádio comumente usado para certas matrizes para traba-
,8*
i lho a frio pode ser temperado em água ou salmoura a partir de temperaturas de 790°C a
980°C' > sem perigo de aparecerem fissuras. Nos aços rápidos, o vanádio pode entrar em
17B
- cobalto - utilizado somente em alguns tipos de aços (certos aços rápidos); aumenta sua
dureza a quente, aparentemente devido ao seu efeito direto na resistência e dureza a quente
» :
da matriz do aço' '. Diminui a temperabilidade, mas esse efeito não é muito significativo nos
179
aços para ferramentas onde é adicionado, visto que, nos mesmos, os outros elementos
existentes aumentam a temperabilidade de tal modo, a tomá-los endurecíveis ao ar. Os aços
com cobalto são sujeitos à descarbonetação, de modo que precauções especiais são neces-
sárias durante o seu aquecimento para o tratamento térmico;
- molibdênio - dissoive-se na ferrita e tende também a formar carbonetos; contribui no
sentido de melhorar a "dureza a quente", além de aumentar a resistência e a ductilidade.
BÍ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Muito ativd no sentido de melhorar a temperabilidade. Seu uso mais importante é como
substituto parcial do tungsténio. A prática mostra que a metade da quantidade de molibdênio,
em relação a do tungsténio, produz resultados comparáveis; por exemplo: 6 % Mo + 5% W
equivaleriam a cerca de 1 8 % de W.
318
KJIHGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
a Característicos E l e m e n t o s d e liga
Dureza a quente W, M o , Co (com W ou Mol), V, Cr, M n
a Resistência ao desgaste V, W, M o , Cr, Mn
- Profundidade d e endurecimento M n , M o , Cr, Si, Ni, V (a)
- Empenamento mínimo Mo (com Cr), Cr, Mn
r Tenacidade pelo refino de grão V, W, M o , M n , Cr
o (a) O vanádio fornece elevada profundidade de endurecimento se austenizado a temperatura suficiente-
a mente elevada p a r a dissolver o carboneto d e vanádio.
-
a ticos principais a esses aços.
, 3.2 Tratamento térmico -Em todos os aços não comuns, o tratamento térmico constitui
o talvez a mais importante fase de fabricação, pois é ele que irá determinar a estrutura e as
- propriedades finais, de acordo com as condições e as necessidades de serviço. Tal fato
r, cresce de importância nos aços para ferramentas e matrizes, devido às condições extrema-
s mente especiais de serviço e utilização desses materiais e devido, nos tipos altamente liga-
dos, à complexidade de sua composição química e estrutura.
a As temperaturas empregadas nos tratamentos térmicos dos aços para ferramentas e
e matrizes abrangem a mais larga faixa, dentre todos os produtos metalúrgicos, desde t e m p e -
s raturas subzero até temperaturas da ordem de 1.320°C. As mais elevadas são aplicadas nos
s aços rápidos e tornam os aços suscetíveis de adquirirem granulação grosseira, a não ser que
s cuidados especiais sejam tomados. Essas elevadas temperaturas não podem ser evitadas
- porque é necessário garantir completa solução dos carbonetos complexos existentes nesses
tipos de aços, no ferro gama. As precauções normais para evitar excessivo crescimento de
o grao consistem em dividir o aquecimento em duas etapas, a primeira das quais consiste n u m
e. preaquecimento entre 700°C e 870°C. À s vezes, recomenda-se um duplo preaquecimento:
o num primeiro forno entre 540°C e 650°C e num outro, entre 845°C e 870°C< ', havendo 181
319
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
320
JIHGFEDCBA zyxwvutsrqpo
zyxwvutsrqpo
Aços SARA FERRAMENTAS E M A TRIZ ES
, recalque, matrizes de rebarbação, matrizes para recorte de discos, punções e aplicações seme- ^
r lhantes. Estão também sujeitas a altas tensões e exigem, além de resistência ao desgaste, alta O
s tenacidade. Exigências secundárias são segurança e mínimo empenamento na têmpera; r~N
m - ferramentas para usinagem, incluindo todas as ferramentas empregadas em máquinas
s operatrizes, as quais exigem alta dureza à temperatura ambiente e dureza a quente, além de ( )
r resistência ao desgaste. Tenacidade é um característico secundário;
o - ferramentas para moldes, incluindo aplicações tais como moldes para plásticos, moldes O
para fundição sob pressão de metais e ligas de zinco, alumínio e cobre e ferramentas para
. ' metalurgia do pó (compactação), briquetagem de tijolos e de materiais cerâmicos;
s - aplicações miscelâneas, onde s e exige alta resistência ao desgaste, como discos para
s máquinas de moldar por projeção centrífuga de areia e discos de esmeris, ou alta tenacida-
m de, como peças de percussão, ou alta dureza, como calibres, e t c '
e
m Para selecionar um aço para ferramenta deve-se considerar, portanto, as aplicações para {
- as quais as ferramentas são destinadas e, para cada caso, as propriedades de maior ou 1"
m menor importância.
a Para a maioria das aplicações, os característicos de maior importância são resistência ao >
, desgaste, tenacidade e dureza a quente. v ,
o Outras propriedades, como dureza de trabalho (relacionada com o limite de escoamento í
s ou limite de elasticidade do aço), profundidade de endurecimento (relacionado com o carac-
, terístico de tensões internas do aço) e tamanho de grão são considerados de menor impor- Q
o tância para certas aplicações, mas para outros podem ser relevantes.
. Para facilitar a seleção de cada aço destinado a uma aplicação determinada, estabele-
s ceu-se um sistema numérico de 1 (baixo) a 9 (alto) que permite qualificar o aço em função
dos característicos considerados de maior importância, ou seja resistência ao desgaste,
tenacidade e dureza a quente.
Os característicos de menor importância (relativa) são relacionados em números corres-
e pondentes à dureza Rockwell C, tamanho de grão Shepherd e profundidade de endurecimen-
to, neste caso utilizando as letras S ("shallow" = pouco profunda), M ("médium" = profundida-
de média) e D ("deep" - grande profundidade).
A Tabela 76< > indica, em função dos fatos acima expostos, o primeiro passo para a
la3
. 5. Aços temperáveis em água (Tabela 77) -Apresentam o carbono como o principal elemen-
to de liga. Constituem, por assim dizer, o ponto de partida ou a base na escolha dos aços para
ferramentas e matrizes. A não ser que se exijam os requisitos "maior resistência ao desgaste",
"maior tenacidade", "maior temperabilidade" e "dureza a quente", esses aços, ao carbono sim-
plesmente, ou com pequenas adições de cromo e vanádio, são plenamente satisfatórios e são,
sobretudo de menor custo. Como o carbono à medida que aumenta, melhora a dureza e a
resistência ao desgaste do aço, mas diminui a sua tenacidade, a sua escolha apropriada de-
penderá das condições de serviço. Geralmente, os diversos tipos são classificados pela por-
centagem de carbono e, de acordo com o teor desse elemento, pode-se estabelecer uma esca-
la, como se vê abaixo, correspondendo à tenacidade e à dureza do aço.
0,50% C - simplesmente tenaz;
0,60% C - muito tenaz, com característicos adequados para têmpera e revenido; resisten-
te ao choque;
s 0,70% C - tenacidade excelente e gume cortante; resistente ao choque;
e 0,80% C - gume cortante satisfatório aliado a boa tenacidade;
e 1,00% C - gume cortante e tenacidade aproximadamente idênticos;
s 1,20% C - grande dureza aliada a certa tenacidade;
a 1,30% C - grande dureza no gume cortante; a tenacidade é menos importante;
- 1,40% C - o primeiro requisito é grande dureza no gume cortante; a tenacidade é secundária.
Assim sendo, as aplicações dos vários tipos de aço-carbono para ferramentas e matrizes
e são as seguintes ':
1184
321
Aços s FERROS FUNDIDOS
forjamento a quente em matriz, etc. - ou seja, empregos onde se exige grande tenacidade
aliada a conveniente dureza, além de alta resistência ao choque;
- após com carbono de 0,75% a 0,90% - formões, punções, ferramentas pneumáticas,
lâminas de tesoura, matrizes para estampagem profunda, matrizes para forjamento rotativo',,
etc. - ou seja, emprego onde se exige superfície dura com considerável tenacidade, além de
certa resistência ao desgaste e boa resistência ao choque;
T A B E L A 76
P r i m e i r o p a s s o para a s e l e ç ã o d o s a ç o s para f e r r a m e n t a s e m a t r i z e s
...
Requisitos Caractensticos desejados
Natureza do Requisitos secundários Condições de Resistên- Tenaci- Dureza Grupo potencial :
serviço principais (podem ser serviço cia ao dade a quente Classe do aço
necessários) desgaste
Percussão Tenacidade Resistência Percurso curto 2a4 7a9 (a) 100, 310,320
ao desgaste
(a) Importante s o m e n t e no trabalho a quente, como nos exemplos de c onf ormaç ão, extrusão ou
usinagem.
322
Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r a - aços com carbono de 0,90% a 1,10% - frezas, m a n d r i s , matrizes para c o r t e ,
de ernbutimento, estiramento, lâminas de faca, limas, etc. ou seja, aplicações em que é essert-
• cial gume cortante de grande dureza, além de boa resistência ao desgaste;
s, - aços com carbono de 1,10% a 1,40% - ferramentas de t o m o s , plainas, br o c a s,
o',, alargadores, matrizes para estiramento; para trabalho em madeira, navalhas, etc. - o u seja,
de empregos em que se exige gume cortante de máxima dureza e máxima durabilidade, além de
alta resistência ao desgaste.
A introdução de pequena quantidade de vanádio contribui para obtenção de granulação fina e
prevenção contra crescimento do grão se o aço for superaquecido. O vanádio, portanto, melhora a
'tenacidade e os aços carbono-vanádio são recomendados para os casos em que se deseja máxi-
... ma tenacidade. A introdução de cromo, também em baixos teores, aumenta ligeiramente a profun-
didade de endurecimento e melhora levemente a resistência ao desgaste. Cromo e vanádio, intro-
:
que tais aços devem ser esfriados muito rapidamente - em água - na têmpera-, para adquiri-
rem a estrutura martensítica.
A pequena profundidade de endurecimento que caracteriza esses aços - ao carbono e ao
carbono-vanádio - para ferramentas é, de certo modo, uma vantagem, pois quando tempera-
dos em secções com mais de 1/2" de diâmetro, eles apresentarão uma camada superficial
; dura com um núcleo mole e tenaz. Por outro lado, a necessidade de temperá-los em água,
toma-os mais suscetíveis de empenamento ou fissuração, de modo que deve ser evitada a
fabricação, a partir desses aços, de peças com formas relativamente complexas ou apresen-
tando rasgos de chavetas, orifícios, cantos muito vivos, etc. Outra desvantagem é que as ferra-
mentas confeccionadas com esses aços temperáveis em água, se excessivamente aquecidas
quando em serviço, amolecerão mais ou menos rapidamente, perdendo o seu gume cortante.
;
600
Figura 1 3 9 - C u r v a e m C p a r a a ç o - f e r r a m e n t a c o m 1%decarbono.
5.1. Tratamentos térmicos dos aços temperáveis em água - Esses aços, sendo os mais
simples dentre os aços para ferramentas são os mais fáceis de processar, inclusive no que
diz respeito aos seus tratamentos térmicos.
A Tabela 78< > mostra as temperaturas empregadas nos diversos tratamentos térmicos.
1as
Inclui-se ainda na Tabela a dureza usual de trabalho e a dureza superficial após a têmpera.
I Não está indicada a prática de normalização a qual, embora não seja absolutamente
323
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
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S3 3
324
KJIHGFEDCBA .Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
T A B E L A 78
T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o s t é r m i c o s e d u r e z a s d e a ç o s t e m p e r á v e i s em á g u a
Dureza T e m p e r a t u r a d e t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
D u r e z a de
trabalho superfiaai
Tipo AIS! usual no estado Meio de Revenido
RC temperado Recozimento Têmpera resfria-
(faixa)
RC mento
325
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
ambos esses elementos, ainda que em baixos teores, assegura uma maior profundidade de '
endurecimento, permitindo a confecção de ferramentas de maiores dimensões.
A operação final é o revenido, com ampla faixa de temperaturas, como a Tabela 78 mostra *
dependendo a sua escolha da dureza final desejada. O revenido, como se sabe, corrige o exces- ''.
so de dureza da têmpera e alivia as tensões provocadas pelo resfriamento drástico em água ou
salmoura. No revenido entre 230°C e 290°C nota-se uma brusca queda da tenacidade, revelada ~
por ensaio de choque por torção. Essa propriedade volta, entretanto, a melhorar a temperaturas' ^
mais elevadas. Durante muito tempo, esse fenómeno tem sido atribuído a uma decomposição de S
austenita retida ou a uma coagulação de partículas de carboneto a um determinado tamanho "S
crítico' '. Estudos mais recentes atribuem o fenómeno, chamado de "fragilidade a 260°C" à for- -1
187
TABELA 79
V a n t a g e n s , d e s v a n t a g e n s e a p l i c a ç õ e s t í p i c a s de a ç o - c a r b o n o p á r a f e r r a m e n t a s
O tratamento térmico dos aços temperáveis em água de baixo teor em liga (com vanádio,
cromo, ou cromo-vanádio) não difere essencialmente do tratamento térmico dos aços sim-
plesmente ao carbono, como se pode notar pelo exame da Tabela 78.
5.2 Aplicações dos aços temperáveis em água - A tabela 7 9 ' ' resume as vantagens, as 188
De qualquer modo, as razões pelas quais os aços carbono ainda desempenham um papel
importante na indústria de ferramentas são, entre outras, as seguintes:
326
HGFEDCBA Aços EARA FERRAMENTAS E NIATRIZES
6'• Suas principais aplicações são feitas em punções e matrizes, além das ferramentas
e ' gspecificamente operando em serviço e m condições de choque. A adição de silício, e m
teores que o t o m a m um elemento de liga, produz os seguintes efeitos' ': 189
*
- ''. - eleva a temperatura critica do aço, o que exige para a têmpera temperaturas mais eleva-
u das (Tabela 81);
a ~ - promove a endurecibilidade, ao deslocar as curvas em C para a direita (figura n 140); 2
C o m p o s i ç ã o química n o m i n a l , % C a r a c t e r í s t i c o s gerais
Profundi- Tena- Resis- Dureza U s i n a -
Tipo AISI C Mn Si Cr V Mo dade e n - c i d a d e tência a quen- bilida-
dureci- ao ao te
mento desgaste desgaste
310 S2 0,50 0,40 1,00 0,20 0,50 média 8 2 2 8
311 0,65 0,50 1,00 0,20 0,50 média 7 3 2 8
312 S4 0,55 0,80 2,00 0,25 0,20 ... média 8 2 2 8
313 S5 0,55 0,80 2,00 0,25 0,20 (a) média 8 2 3 8
314 S6 0,45 1,40 2,25 1,50 0,30 0,40 média 8 2 3 8
315 0,45 0,90 2,00 0,25 0,25 1,20 média 8 2 4 8
Os tipos mais importantes são 310 e 313; n o s tipos 3 1 2 , 3 1 3 e 315, o c r o m o é opcional; nos tipos 3 1 0 ,
311,312,313 e 3 1 5 , o vanádio é opcional, (a) Mo varia de 0,20 a 1,35%.
29f ÍC
-
4flC
s
,
a £ TernoaBdc 0
CD
CL zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
em ól
a c -6 0 ic
l t10%
1
95%
( 1 1
M
I
(,
70"
I I
e
95% zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
-
99"%zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
,
Figura 140 - Diagrama de transformação isotérmica para aço tipo 3 1 4 com 0,43% C, 1,35% M n ,
jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2 , 2 5 % Si, 1,35% Cr, 0 , 4 0 % Mo e O,30% V, austenitlzado a 927°C.
: 327
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS
FUNDIDOS
N a realidade, como o teor de carbono nesses aços é relativamente baixo, essa tendência
de grafitização não é importante. Além disso, a presença de molibdênio - elemento formador
de carbono - contribui para prevenir o fenómeno.
A Tabela 8 1 ' indica as temperaturas recomendadas de recozimento, têmpera e revenido
( 1 8 9
com atmosfera controlada, o material pode ser colocado em caixa envolto numa mistura de
carvão vegetal e uma substância inerte, como areia, cal, ou mica ou ainda cavaco de ferro
fundido limpo. O recozimento é praticado nesses aços, sempre após o forjamento.
As temperaturas de têmpera e os meios de resfriamento estão indicados na Tabela 8 1 .
C o m o a endurecibilidade desses aços é média, na maioria dos casos emprega-se um meio
de resfriamento mais brando, como o óleo.
T A B E L A 81
T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o e durezas d o s a ç o s p a r a f e r r a m e n t a s r e s i s t e n t e s ao c h o q u e
Dureza de Dureza s u - T e m p e r a t u r a s de t r a t a m e n t o t é r m i c o , C
4
trabalho perficial no
Tipo AISI usual estado Recozi- Têmpera Meio de res- Revenido
temperado mento friamento (faixa)
RC RC
310 S2 50 a 60 61 a 63 760/788 843/900 água 149/427
311 50 a 60 61 a 63 788/843 871/900 óleo 149/427
312 S4 5 0 a 60 58 a 63 760/802 871/954 á g u a , óleo 149/427
313 S5 50 a 60 61 a 63 760/802 871/927 óleo 149/427
314 S6 5 0 a 60 56 a 58 788/845 913/9.54 óleo 149/427
315 50 a 80 58 a 63 788/815 843/900 óleo 149/427
a presença de silício exige temperaturas de revenido muito elevadas para que ocorra o tercei-
ro estágio da transformação da martensita.
6.1. Aplicações dos aços resistenies ao choque ao silício - A aplicação desses aços é
muito diversificada. Deve-se levar em conta nessas aplicações, os seguintes pontos '. 1189
- o tipo 310 (S2) é ligeiramente mais tenaz que o 312 (S4), mas de menor resistência ao
desgaste; esses aços estão sujeitos a mudanças dimensionais na têmpera relativamente gran-
des, o que aconselha a não empregar-se tais aços onde é necessária a garantia de formas e
dimensões precisas durante a têmpera. Esses tipos 310 e 312 são empregados em talhadeiras
manuais ou pneumáticas, punções, contra-rebites, matrizes de rebarbação, matrizes para
m zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
forjamento rotativo, lâminas de tesoura, chaves inglesas, garras e matrizes de cunhagem;
- o tipo 311 possui menor tenacidade que os anteriores, mas maior resistência ao desgas-
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
te, em vista do maior teor de carbono; assim, ele é empregado como uma opção para os
tipos de menor teor de carbono sem grande resistência ao desgaste ou para os tipos de
maior teor de carbono, sem suficiente tenacidade;
- os outros tipos 313 (S5), 314 (S6) e 315 possuem maior endurecimento, de modo que
sua aplicação é recomendada em peças de maiores dimensões, como grandes talhadeiras,
lâminas de corte e matrizes.
Outros aços para ferramentas que podem ser classificados como resistentes ao desgas-
te estão agrupados nas Tabelas 82 > e 83' >. (191 192
328 , •
JIHGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES zyxwvut
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329
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
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F
330
GFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
T A B E L A 84
T r a t a m e n t o s t é r m i c o s e durezas d e a ç o s - f e r r a m e n t a r e s i s t e n t e s a o c h o q u e para t a l h a d e i r a s
Dureza T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
D u r e z a de superficial
Tipo AISI trabalho no e s t a d o Meio de Revenido
Recozimento Têmpera
RC temperado resfriamento (faixa)
RC
320 S1 50 a 58 55 a 58 788/815 899/982 óleo 260/649
321 S1 50 a 58 55 a 58 788/815 899/982 óleo 260/649
322 S1 50 a 58 55 a 58 774/829 899/954 óleo 260/649
323 50 a 58 65 a 61 774/815 899/954 água, óleo 260/649
50 a 58
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
324 S3
hgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
50 a 5 8
54 a 58 788/815
788/815
815/871 água
óleo
260/649
325 55 a 58 885/941 260/649
330 50 a 55 53 a 55 760/788 815/1093 água, óleo
331 50 a 55 53 a 55 760/788 815/1093 água, óleo zyxwvutsrqponmlkji
T A B E L A 85
-
FEDCBA Tratamentos t é r m i c o s e durezas d o s a ç o s - f e r r a m e n t a r e s i s t e n t e s a o c h o q u e (de baixo teor e m l i g a )
Dureza T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
D u r e z a d e superficial-
Tipo AISI trabalho no e s t a d o Melo de Revenido
Recozimento Têmpera
RC temperado resfriamento (faixa)
RC
210 L1 56 a 63 58 a 67 774/802 788/843 água, óleo 177/315
211 L2.L3 45 a 63 58 a 67 760/815 760/815 água, óleo 177/538
212 L7 56 a 64 58 a 67 788/815 815/871 óleo 177/315
213 56 a 64 58 a 67 802/857 815/871 óleo 177/315
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
temperado, s e m necessidade de revenido, apresentando n e s s a s condições s u f i c i e n t e
tenacidade.
Podem ser empregados em talhadeiras, punções, matrizes e lâminas de tesoura. Esses
aços 330 e 331 t ê m , contudo, um emprego limitado, tendo sido substituídos pelos tipos resis-
tentes ao choque ao silício ou ao tungsténio.
rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
As Tabelas 8 4 e 85 indicam as temperaturas recomendadas de tratamento
( 1 9 1 ) (1S2) térmico
para esses dois grupos de aços.
331
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
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332
CBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES c.
7. Aços-ferramenta para moldes - Estes aços estão representados na Tabela 8 6 ' ' . Os
c
c
133
pertencentes aos tipos 370 a 376 (AISI P1 a P6) caracterizam-se por baixo teor de carbono e
nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
. a presença, em porcentagens variáveis, de diversos elementos de liga. Esses aços somente
apresentam resistência ao desgaste necessária para as aplicações a que se destinam, após
PONMLKJIHGFEDCBA
c
tratamento termo-químíco de cementaçao.
C":
Depois de cementado, o tipo 370 ( P i ) apresenta uma resistência ao desgaste semelhante
a dos aços-carbono simples para ferramentas tipo 110, enquanto o tipo 376 (P4) cementado
possui uma resistência ao desgaste próxima da do aço para trabalho a frio temperável ao ar
c
tipo 420 (A2). c
O tipo 370 (P1) é o mais fácil de ser conformado. A presença de vanádio nesse aço tende
a produzir u m a camada cementada de granulação fina. c
Os outros tipos, de 371 a 376, ainda são facilmente conformáveis (embora menos que o
tipo 370). A presença de elementos de liga tende a aumentar a sua endurecibilidade, a qual o
cresce à medida que se caminha para o tipo 376.
Os tipos utilizados em cavidades usinadas (380 a 386) são de média profundidade de
c
endurecimento, com exceção do tipo 383 (P21) que endurece mais profundamente. Este tipo o
possui ainda o característico de ser um aço endurecívei por precipitação, comportando-se
como cartas ligas de alumínio. Ele é temperado em óleo. Um revenido entre 677 e 690°C o
durante uma hora age como um tratamento de solubilização e reduz a dureza a um valor (em
tomo de 30 RC) que permite a usinagem do material. Um tratamento posterior de envelheci- a
mento a 565°C, durante 8 horas, causa o endurecimento por precipitação (46 RC), provavel-
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
QPONMLKJIHGFEDCBA
ONMLKJIHGFEDCBA
mente pela formação de um composto intermetálico níquel-alumínio. o
Os tipos 384, 385 e 386 podem ser considerados aços inoxidáveis martensíticos, apre-
sentando boa resistência à corrosão.
o
As temperaturas de tratamento térmico estão indicadas na Tabela 87, devendo-se notar o
que as temperaturas de têmpera propostas e as durezas apresentadas para os tipos de 370
a 376 são após a cementaçao. o
O recozimento confere excelente usinabilidade e capacidade de conformação de cavida-
des. Contudo, os moldes de cavidades conformadas podem exigir recozimentos intermediá- o
rios de alívio de tensões antes que a conformação tenha atingido a profundidade desejada.
o
T A B E L A 87 o
T e m p e r a t u r a s de t r a t a m e n t o t é r m i c o e durezas de a ç o s - f e r r a m e n t a para m o l d e s
Dureza Temperaturas de t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
o
Tipo AISI
D u r e z a de s u p e r f i c i a l
trabalho no estado Meio de
o
RC temperado
RC
Recozimento Têmpera
resfriamento
Revenido
(faixa) o zy
370 P1 5 0 a 64 62 a 64 732/900 788/802 água 149/260 o
371 P3 5 8 a 64 62 a 64 732/815 802/829 óleo 149/260
372 P2 58 a 64 62 a 63 732/815 829/843 óleo 149/260 o
373
374
P5
P6
50 a 64
58 a 61
62 a 65
60 a 6 2
843/871
677/693
843/871
788/815
óleo, água
óleo
149/260
149/232 o
375
376
P4
P4
58 a 64
58 a 62
62 a 65
61 a 63
871/900
843/871
885/927
940/954
água, óleo
água, óleo
149/260
149/427
o
380 P20 3 0 a 50 52 a 5 4 760/788 815/871 óleo 149/260
o
381
382
40 a 55
40 a 54
55 a 57
52 a 55
788/843
788/843
829/900
788/843
óleo
óleo, água
177/260
149/260
o
383
384
P21 38 a 39
40 a 42
22 a 26
40 a 43
871/900 715/900 óleo 482/538 o
788/845 954/1010 óleo, água 260/427
385 50 a 53 50 a 53 843/900 982/1038 óleo 149/427 g
386 51 a 57 55 a 58 843/900 óleo, água
o
1010/1065 149/427
Para os tipos 370 a 376, os valores de d u r e z a e as temperaturas d e têmpera são após a cementaçao.
o
333
o
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
Aços E FERROS FUNDIDOS
78
( ( A- C4
( 12 RB
S
87
1
O
O zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
S 500
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CD
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50*.
7.1. Aplicações dos aços-ferramenta para moldes - A maioria desses aços é utilizada erri-
cavidades para moldes de plásticos e moldes de fundição de ligas metálicas de baixo ponto'
de fusão. Alguns são empregados em discos ou placas de reforço e em blocos espaçadore%
334
IHGFEDCBA zyxwvutsrqponmlk
Aços PARA FERRAMEIV TAS E MATRIZES
8. Aços-ferramenta para fins especiais - Esses aços foram agrupados da seguinte maneira:
- Aços-ferramenta "matriz"
- Aços ao tungsténio para acabamento
- Aços de alto carbono e baixo teor em liga
- Aços semi-rápidos
- Aços grafíticos
8.1. Aços-ferramenta tipo "matriz" - A Tabela 88' ' mostra os dois tipos desse grupo, os
195
mais comum é o banho de sal a uma temperatura entre 540°C e 620°C. Pode-se utilizar óleo
e, para peças finas, ar.
8.2. Aços ao tungsténio para acabamento - ATabela 9 0 ' ' apresenta os dois tipos usuais. 198
T A B E L A 89
T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o e durezas d e a ç o s - f e r r a m e n t a t i p o " m a t r i z "
Dureza T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
Dureza de superficial
Tipo AISI trabalho no e s t a d o Melo d e Revenido
Recozimento Têmpera
RC temperado resfriamento (faixa)
RC
300 5 5 a 60 59 a 61 871/900 1107/1181 sal, óleo, água 510/621
301 58 a 6 4 61 a 64 871/900 1107/1121 sal, óleo, água 510/621
T A B E L A 91
Temperaturas d e t r a t a m e n t o t é r m i c o e d u r e z a s d e a ç o s - f e r r a m e n t a a o t u n g s t é n i o para a c a b a m e n t o
Dureza T e m p e r a t u r a s de t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
Dureza de superficial
Tipo AISI trabalho no e s t a d o Melo d e Revenido
Recozimento Têmpera
RC temperado resfriamento (faixa)
RC
340 F2 64 a 67 65 a 68 788/815 788/871 água 149/260
341 F3 6 4 a 67 65 a 68 788/815 788/871 água, óleo 149/260
'
335
C Mn SI W Mo Cr Tenacidade ao desgaste quente Usinabilidade
endurecimento
340 F2 1,2(5 0,25 0,25 3,50 0,30 ou 0,30 pequena 2a6 8 3 6
341 F3 1,2(5 0,25 0,25 3,50 0,75 pequena 2a6 8 3 8
0 tipo mais importante rj o 340; o Mo e o Cr são elementos opcionais.
§ falii^ , .......
T A B E L A 92
A ç o s - f e r r a m e n t a de a l t o c a r b o n o e b a i x o t e o r e m liga
Composição química, % C a r a c t e r í s t i c a s gerais
Profundi-
Tipo AISI dade de Resistên- Dureza a Usinabi-
C Mn SI Cr V W Mo Co Tenacidade cia a o
endureci- quente lidade
mento desgaste
350 1,25 0,60 0,25 0,50 0,25 média 2a6 4 2 8
351 1,25 0,85 0,25 0,50 0,60 média 2 a 6 4 2 1 8
352 F1 1,25 0,25 0,25 1,40 pequena 2a6 5 2 7
353 F1 1,25 0,30 0,30 0,35 0,15 1,45 pequena 2a6 5 3 7
354 F1 0,90 0,25 0,25 0,35 0,15 1,45 pequena 2 a 6 4 3 7
355 1,00 0,25 0,25 1,50 1,50 pequena 2a6 4 3 7
T A B E L A 94
A ç o s s e m l - r á p i d o s para f e r r a m e n t a s
Composição química, % zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Características gerais
Tipo AISI Profundidade de Resistência Dureza a
C Mn SI Cr V W Mo Usinabilidade
endurecimento Tenacidade ao d e s g a s t e quente
360 0,80 0,25 0,25 4,00 1,10 4,25 grande 3 6 6 6
361 0,90 0,25 0,25 4,00 2,00 1,00 4,25 grande 3 6 6 5
362 1,20 0,25 0,25 4,00 3,15 4,25 grande 2 7 6 4
363 1,40 0,25 0,25 4,00 4,15 4,25 grande 2 8 6 3
364 0,95 0,25 0,25 4,00 2,30 2,80 2,50 grande
T A B E L A 88
A ç o s - f e r r a m e n t a para f i n s e s p e c i a i s , t i p o " m a t r i z "
Composição química, % Características gerais
Profundi-
d a d e de Resistên- Dureza a Usinabi-
Tipo AISI
C Mn Si Cr V W Mo Co Tenacidade cia a o
endureci- quente lidade
mento desgaste
300 0,50 0,20 4,50 1,00 2,00 2,75 grande 7 4 6 7
301 0,55 0,20 4,00 1,00 1,00 5,00 8,00 grande 7 4 6 7
T A B E L A 90
A ç o s - f e r r a m e n t a ao t u n g s t é n i o p a r a a c a b a m e n t o
Composição química, % Características g e r a i s
Tipo AISI Profundidade de Resistência Dureza
C Mn SI W Mo Cr Tenacidade ao desgaste quente Usinabilidade
endurecimento
340 F2 1,2(5 0,25 0,25 3,50 0,30 ou 0,30 pequena 2a6 8 3 6
341 F3 1,2(5 0,25 0,25 3,50 0,75 pequena 2a6 8 3 8
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS FUNDIDOS
desse grupo.
TABELA 93
Temperaturas de tratamento térmico e durezas d e aços-ferramenta de alto
c a r b o n o e b a i x o t e o r e m liga
Dureza T e m p e r a t u r a s de t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
Dureza de superficial
Tipo AISI trabalho no estado Meio de Revenido
Recozimento Têmpera resfriamento
RC temperado (faixa)
RC
350 60 a 67 64 a 67 774/788 815/843 í l e o , água 149/538
351 60 a 67 64 a 67 774/788 815/843 óleo, água 149/538
352 F1 60 a 67 65 a 67 760/802 788/871 água 149/260
353 F1 60 a 64 64 a 66 760/802 788/871 óleo, água 149/260
354 F1 60 a 64 63 a 65 760/802 738/871 óleo, água 149/260
355 60 a 64 65 a 68 815/843 788/843 água 149/315
8.4 Aços semi-rápidos - durante a Segunda Guerra Mundial, os alemães, devido às pers-
pectivas de corte de suprimento, desenvolveram um tipo de aço para ferramentas de corte
que se aproximavam dos rápidos, com maior resistência ao desgaste que os aços-carbono,
porém com menor dureza a quente que os rápidos.
Mais tarde, aços semelhantes foram desenvolvidos nos Estado Unidos, tendo sido criada
a classe 360, conforme a Tabela 94 mostra' '. 198
T A B E L A 95
T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o s t é r m i c o s e d u r e z a s de a ç o s semi-rápidos
Dureza T e m p e r a t u r a s de t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
Dureza de superficial
Tipo AISI trabalho no estado Melo de Revenido
Recozimento Têmpera resfriamento (faixa)
RC temperado
RC
360 61 a 63 63 a 65 8157829 1065/1120 s a i , óleo. a r 510/552
361 62 a 64 63 a 65 815/829 1150/1176 idem 524/552
362 63 a 65 64 a 66 815/829 1205/1232 idem 524/552
363 63 a 65 64 a 66 813/829 1205/1232 idem 524/552
364 63 a 65 63 a 65 843/871 1190/1232 idem 510/565
365 63 a 65 63 a 65 843/871 1190/1218 idem 510/565
366 63 a 65 62 a 64 843/871 1150/1205 idem 510/565
367 60 a 62 64 a 66 843/871 1093/1150 idem 510/565
368 62 a 64 63 a 65 829/857 1218/1246 idem 510/565
369 63 a 65 61 a 63 815/843 1150/1205 óleo 550/593
338
JIHGFEDCBA Aços VARA FERRAMENTAS E Â/IATRTZES zyxwvutsrq
95). Sua dureza a quente é razoável, devido ao fenómeno de endurecimento secundário que
podem apresentar no revenido. Entretanto, a dureza máxima, após o revenido, não é tão
elevada como no caso dos aços rápidos.
ATabela 9 5 ' ' indica as temperaturas de tratamento térmico dos aços semi-rápidos.
19a
O recozimento é sempre feito nas peças conformadas, devendo-se utilizar ambiente pro-
tetor durante o aquecimento ou empacotar as peças em substâncias inertes.
As temperaturas de tempera podem atingir valores próximos de 1200°C e os meios de
resfriamento são brandos (sal fundido, óleo ou ar).
Para reduzir a quantidade de austenita retida, recomenda-se um revenido duplo ou triplo.
0 duplo consiste em revenir durante 2,5 horas por operação e é considerado o ciclo de
revenido mais adequado.
Além das aplicações já mencionadas, os aços semi-rápidos são indicados para pistas de
mancais de esfera ou de rolamento empregados em altas temperaturas, em conjuntos de
bombas hidráulicas, pistões de bombas, lâminas de serras de fita e de serrotes para metais.
8.5. Aços grafíticos - Esses aços, devido aos altos teores de carbono e silício, são carac-
terizados pela decomposição do carboneto em carbono livre (grafitização), de modo que
aliam à razoável endurecibilidade, boas resistências ao desgaste e usinabilidade. A presença
de carbono livre ou grafita formam descontinuidades na superfície, facilitando a formação de
cavacos frágeis e curtos, durante a operação de usinagem.
T A B E L A 97
T e m p e r a t u r a s de t r a t a m e n t o t é r m i c o e durezas d e a ç o s grafíticos
Dureza T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
D u r e z a de superficial
Tipo AISI trabalho no estado Melo de Revenido
RC temperado Recozimento Têmpera resfriamento (faixa)
RC (a)
390 60 a 66 64 a 66 704 788/843 água 149/205-
391 60 a 66 66 a 68 704 788/815 água 149/205
392 60 a 66 66 a 69 704 788/815 água 149/205
393 06 58 a 63 65 a 67 774 788/815 óleo 149/315
394 60 a 63 60 a 63 650 788/843 ar 149/260
395 A10 55 a 62 60 a 63 774 788/815 ar 149/426
s (a) As temperaturas mostradas são as que seriam empregadas se fossem necessárias para retrabalhar
o metal após a t ê m p e r a e revenido.
A Tabela 9 6 ' ' apresenta os tipos 390 a 395, revelando inclusive uma larga faixa de
199
endurecibilidade, o que obriga a utilizar como meios de resfriamento desde a água até o ar
(Tabela 97).
ATabela 9 7 ' ' indica as temperaturas de tratamento térmico.
199
339
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
Aços E FERROS FUN DIDOS
Oi CO CD CO CO
T— T— CO CM CM CO
CO CO CO CO CO CO
( O <o t o
cd cd c o c o c o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
CM CM CM
ca cd cd
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcba
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340
LKJIHGFEDCBA AÇOSzyxwvutsrqponmlkjihgfedcb
O
H M F E R R A M E N M S E M /ffiUZES
o
fato de serem temperados em óleo ou ar favorece essa indeformabilidade. Por esse motivo,
são indicados para aplicações que exigem cuidadoso controle dimensional, como matrizes
para trabalho a frio (foqamento, estampagem, corte, compactação de pós metálicos etc.) e ( _ )
ferramentas como brochas, alargadores e peças como punções, calibre etc.
ATabela 98 > apresenta os quatro grupos principais:
poo V.)
- temperáveis em óleo O 1
- temperáveis ao ar Ç'j
- de alto cromo e alto carbono
- resistentes ao desgaste ( j
grupo, como o tipo 420 (A2) mostram um ligeiro efeito de endurecimento secundário, quando
a temperatura de têmpera for superior a 9 5 0 C ° ' .
o (2 1
endurecimento secundário.
O tipo 420 é o mais empregado. A classe 420, de um modo geral é utilizada na confec-
ção de matrizes de recorte, matrizes de cunhagem, matrizes de estiramento, punções, ca-
libres, mandris, brochas, ferramentas de brunimento, lâminas de tesoura, moldes p a r a
plásticos, etc.
O grupo de alto carbono e alto cromo (tipos 431 a 436) apresenta grande profundidade de
endurecimento, o que permite sua têmpera em óleo ou, na maioria dos tipos, ao ar.
Esses tipos foram inicialmente desenvolvidos como possíveis substitutos para os aços
. 341
427 A8 0,55 0,30 1,00 5.Q0 0,40 1,25 1,25 grande 8 4 6 8
428 A9 0,50 0,40 1,00 5,00 1,00 1,40 grande 8 4 6 7
429 1,00 0,60 0,25 3,00 0,25 1,05 1,10 grande 4 8 5 5
Os tipos 01 eA2 são os mais importantes; no tipo 411, o Cr, o V e o Mo são elementos opcionais; no tipo 423, o Mo é elemento opcional; no tipo 427, o V é elemento opcional;
o tipo 428 tem 1,50% de níquel e o tipo 429 tem 1,00 de Ti.
T A B E L A 98
Aços-ferramenta para trabalho a frio (continuação)
Composição química, % C a r a c t e r í s t i c a s gerais
Tipo AlSl P r o f u n d i d a d e de Resistência Dureza a
C Mn SI Cr NI V W Mo Co endurecimento Tenacidade ao d e s g a s t e quente Usinabilidade
Aços para trabalho a frio de altos carbono e cromo
430 D2 0,50 0,30 0,25 12,00 0,60 0,80 grande 2 8 6 3
431 D4 2,20 0,30 0,25 12,00 0,50(a) 0,80 grande 1 8 6 2
432 D3 2,20 0,30 0,25 12,00 0,50(a) 0,60(a) grande 1 8 6 2
433 D6 2,10 0,30 0,85 12,00 0,75 grande 1 8 6 2
434 D5 1,50 0,30 0,50 12,50 0,35 0,50(a) ... 1,00 2,00 grande 2 8 7 3
435 D1 1,00 0,30 0,25 12,00 0,60 0,80 grande 3 6 6 4
436 0,75 0,30 0,25 12,00 1,00(a) 0,25(a) 0,50 grande 4 5 8 4
Aços especiais de matrizes para trabalho a frio resistentes ao desgaste
440 D7 2,30 0,50 0,50 5,25 4,75 1,10(a) 1,10(a) grande 1 9 6 1
441 2,20 0,40 0,30 4,00 4,00 grande 1 9 6 1
442 D7 2,40 0,40 0,40 12,50 4,00 1,00(a) grande 1 9 6 1
443 1,50 0,30 0,30 17,50 4,00 grande 1 9 6 2
444 1,50 2,00 0,30 0,90 ... 4,00 1,00 grande 2 9 3 3
445 1,40 0,40 0,30 0,50(a) 3,75 pequena 2 9 2 6
446 3,25 0,30 0,30 1,00 12,00 1,00 média 1 9 6 1
447 2,70 0,70 0,40 8,25 4,50 1,12 grande 1 9 6 1
448 1,10 1,00 5,25 4,00 1,12 grande 2 9 2 1
449 2,45 0,50 0,90 5,25 9,75 1,30 grande 1 9 6 1
Os tipos mais Importantes são D2, D4, D 3 e A 7 ; (a) elemento opcional.
T A B E L A 98
Composição química, % Características gerais
Profundi-
dade de Resistên- Dureza a Usinabi-
Tipo AISI
C Mn SI Cr V W Mo Tenacidade c i a ao
endureci- quente lidade
mento desgaste
Temperáveis em óleo
410 01 0,95 1,20 0,25 0,50 0,20 0,50 média 3 4 3 8
411 02 0,95 1,60 0,25 0,20 0,15 0,30 média 3 4 3 8
412 1,00 " 1,10 0,60 1,00 média 3 3 3 8
413 07 1,20 0,25 0,25 0,60 0,20 1,60 0,25 média 3 5 3 7
414 1,05 0,70 0,25 1,60 0,50 média 3 4 3 8
Temperáv eis ao ar
420 A2 1,00 0,60 0,25 5,00 0,25 1,00 grande 4 6 5 8
421 1,10 , 0,30 1,20 7,75 2,40 1,55 grande 5 8 6 5
422 A3 1,25 ' 0,60 0,25 5,00 1,00 1,00 grande 3 7 5 8
423 A5 1,00 3,00 0,25 1,00 1,00 grande 4 5 4 6
424 A4 1,00 2,00 0,25 1,00 1,00 grande 4 5 4 6
425 0,95 2,00 0,25- 2,00 1,00 grande 4 5 4 6
426 A6 0,70 2,00 0,25 1,00 1,25 grande 5 4 4 6
427 A8 0,55 0,30 1,00 5.Q0 0,40 1,25 1,25 grande 8 4 6 8
428 A9 0,50 0,40 1,00 5,00 1,00 1,40 grande 8 4 6 7
429 1,00 0,60 0,25 3,00 0,25 1,05 1,10 grande 4 8 5 5
!.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS FUNDIDOS
;.
l : rápidos, durante a Segunda Guerra Mundial' ', mas não foram bem sucedidos em aplica-
202
ções de ferramentas de corte, por serem frágeis e por não apresentarem suficiente dureza a
quente.
Contudo, a presença de numerosos carbonetos duros de cromo, associada a caracte-
rísticos notáveis de indeformabilidade t o m a m esses aços muito úteis para a fabricação de
matrizes.
- O aito cromo presente t o m a esses aços mais resistentes à corrosão que os aços simples-
mente ao carbono ou com baixo teor de elementos de liga. Esse fato causa apreciável resis-
tência à tendência dos aços adquirir manchas quando temperados e polidos.
A resistência ao desgaste desses aços é cerca de oito vezes maior que a dos aços-
carbono sem vanádio ou outros tipos de carbonetos.
ATabela 99' ' mostra as temperaturas de tratamento térmico.
202
O recozimento deve ser seguido de resfriamento lento e a superfície deve ser protegida
com atmosfera controlada ou colocando as peças em caixas contendo substância inerte.
Em alguns casos pode-se conseguir economia de tempo, aplicando-se o seguinte ciclo de
recozimento isotérmico:
Para a têmpera, o aquecimento deve ser lento e uniforme, o que reduz as possibilidades
de mudanças dimensionais. Recomenda-se um pré-aquecimento entre 650° e 750°C e o
, emprego de fornos de atmosfera controlada ou banhos de sal.
Como Se vê pelo exame da Tabela 99, as temperaturas de têmpera são relativamente
elevadas, sobretudo quando o teor de carbono é mais baixo (tipos 430, 434, 435 e 436).
/ •
O revenido pode causar endurecimento secundário quando a têmpera tiver sido realizada
a temperaturas acima de 1010°C.
Para aumentar a dureza e melhorar a estabilidade dimensional desses aços, pode-se
empregar tratamento sub-zero.
f-tíi-
-V .• Para a máxima estabilidade dimensional à temperatura ambiente, os seguintes ciclos de
tratamento térmico, após a têmpera, mostraram-se benéficos' ',203
3 - resfriar em óleo.
2
p;.
Dureza resultante: 63 RC
ciclo 2 - 1 - resfriar continuamente até - 196°C
a
6 - resfriar ao ar
2
344
JIHGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRJZES
T A B E L A 99
T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o e d u r e z a s de a ç o s - f e r r a m e n t a para t r a b a l h o a f r i o
Dureza T e m p e r a t u r a s d e t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
Dureza de superficial
Tipo AISI trabalho no e s t a d o Meio de Revenido
Recozimento Têmpera
RC temperado resfriamento (faixa)
RC
410 01 5 7 a 62 61 a 64 760/788 738/815 óleo 149/260
411 02 5 7 a 62 61 a 64 746/774 760/802 óleo 149/260
412 57 a 62 61 a 64 774/802 788/871 óleo 149/260
413 07 5 8 a 64 61 a 64 788/815 788/885 água, óleo 163/288
414 58 a 62 62 a 64 815/843 815/843 óleo 149/260
345
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
10. Aços para trabalho a quente - As Tabelas 100 e 101 mostram os tipos incluídos nessa
categoria e os correspondentes tratamentos térmicos' '. 204
- ao cromo
- ao cromo-molibdênio
- ao cromo-tungstênio
- ao tungsténio
- ao molibdênio
Contudo, o cromo está sempre presente (com exceção do tipo 555) em maiores ou meno-
res quantidades.
Os aços para trabalho a quente, devido às aplicações a que s e destinam envolvendo
temperaturas elevadas, devem apresentar dureza a quente média (tipos 510 a 514 e 520 a
525) e dureza a quente de média a alta (tipos 530 a 536, 540 a 549 e 550 a 556).
Além disso, outros característicos necessários são: resistência ao choque, usinabilidade
razoável, resistência à temperatura de serviço, resistência à erosão às temperaturas de ser-
viço, resistência à fissuração devida ao calor e grande profundidade de endurecimento.
Nenhum dos tipos apresentados na Tabela 100 é indicado para toda e qualquer aplicação
de trabalho a quente, visto que seus característicos variam de um grupo a outro.
Por exemplo, a dureza a quente dos tipos contendo cromo mantem-se até aproximada-
mente 425°C, ao passo que a dos tipos contendo tungsténio mantem-se até cerca de 620°C,
Nessas condições, essas temperaturas seriam os limites máximos aproximados de trabalho
para os aços respectivos.
Por outro lado, ao desejar-se esfriar as matrizes em serviçocom o fim de manter a tempe-
ratura baixa para prevenir amolecimento do aço, os tipos ao cromo devem ser preferidos aos
contendo tungsténio, porque resistem melhor à fissuração.
Os tipos ao cromo apresentam esse elemento em teores variáveis de 3,25 a 4,00%. São os de
menor custo porque contêm o mínimo dos outros elementos de liga (vanádio e molibdênio). Os tipos
de alto carbono (510 e 511) possuem melhor resistência ao desgaste, mas sua tenacidade é baixa
e, por isso, são preferidos quando o trabalho a quente é aplicado com ação de compressão. Exem-
plos típicos de aplicação desses aços: dispositivos de aperto na fabricação de parafusos e rebites...
Os tipos de menorteor de carbono (512,513 e 514) apresentam baixa resistência ao desgaste com
razoável tenacidade, de modo que são indicados em condições de choque, como por exemplo em
punções, talhadeiras, matrizes de formar cabeças de rebite a quente e matrizes de forjamento.
As temperaturas de tratamento térmico estão indicados na Tabela 1 0 1 .
O recozimento requer resfriamento lento.
A têmpera, realizada a temperaturas elevadas, exige, em alguns casos, pré-aquecimento
em torno de 750°C para reduzir o tempo à temperatura d e austenitização e garantir uma
qualidade superficial melhor. Normalmente, o resfriamento é ao ar tranquilo ou ar comprimido;
às vezes, quando se deseja dureza máxima superficial ou endurecimento mais profundo em
peças de grande dimensões, estas podem ser resfriadas em óleo.
O revenido pode provocar algum endurecimento secundário.
O grupo ao cromo-molibdênio apresenta baixo teor de carbono, de modo que os aços
respectivos se caracterizam por elevada tenacidade (portanto, excelente resistência ao cho-
que) e baixa resistência ao desgaste. Os aços d a classe 520 (tipos 520, 521 e 522) são os
mais empregados dentre os aços para matrizes em trabalho a quente. Possuem melhor dure-
za a quente que a do primeiro grupo (ao cromo). Assim aplicações típica incluem: matrizes
para fundição sob pressão, matrizes de forjamento, punções, perfuratrizes e mandris para
trabalho a quente, ferramental de extrusão a quente, lâminas de tesoura para cprte a quente
e todo tipo de aplicações de trabalho a quente sob condições de choque.
O recozimento exige resfriamento lento. As peças recozidas depois de resfriadas podem
ser submetidas a um tratamento de alívio de tensões, entre 675° e 730°C, o que reduz a
probabilidade de empenamento na têmpera.
346
HGFEDCBA Aços RARA FERRAMENTAS E MATRIZES
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347
553 H42 0,65 0,30 0,30 6,40 4,00 2,00 5,00 grande 4 6 7 6
554 H41 0,65 0,30 0,30 1,50 4,00 1,00 8,00 grande 4 6 6
7
555 0,30 0,50 0,30 3,00 3,00 grande 6 4 6 5
556 0,10 0,30 0,30 4,00 3,50 0,50 5,00 25,00 grande 4 4 8 1
3 s tipos mais importantes são H 1 1 , H13, H12, H14, H 2 1 , H24 e H26; (a) elemento opcional
tn c n
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T A B E L A 100
8
Aços-terramenta para trabalho a quente (continuação)
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Composição química, % Características g e r a i s
Tipo AISI P r o f u n d i d a d e de Resistência Dureza a
C Mn SI .W Cr V Mo Co Ni Tenacidade Usinabilidade
endurecimento ao d e s g a s t e quente
Aços ao tungsténio
540 H21 0,35 0,30 0,30 9,00 3,50 0,50 grande 6 4 8 6
541 H20 0,35 0,30 0,30 9,00 2,00 0,50 grande 6 4 8 6
542 0,30 0,30 0,30 10,00 2,75 0,3Ó(a) 0,25(a) 1,75 grande 6 4 8 5
543 H22 0,35 0,30 0,30 11,00 2,00 0,40 grande 5 5 8 6
544 0,30 0,30 0,30 12,00 2,50 0,40 3,60 grande 5 4 8 6
545 H25 0,25 0,30 0,30 15,00 4,00 1,00 grande 6 4 8 6
546 0,40 0,30 0,30 14,00 3,50 0,40 grande 5 4 8 6
547 H24 0,45 0,30 0,30 15,00 3,00 0,50 grande 5 5 8 6
548 0,35 0,30 0,30 14,00 4,00 2,00 2,50 grande 4 4 8 3
549 H26 0,50 0,30 0,30 18,00 4,00 1,00 grande 4 6 8 5
Aços ao molibdênio
550 H15 0,35 0,30 0,40 1,00 3,75 0,75 6,00 grande 6 4 7 6
551 H15 0,40 0,30 0,50 1,00 5,00 0,75 5,00 grande 5 4 7 6
552 H43 0,55 0,30 0,30 4,00 2,00 8,00 grande 4 6 7 6
553 H42 0,65 0,30 0,30 6,40 4,00 2,00 5,00 grande 4 6 7 6
554 H41 0,65 0,30 0,30 1,50 4,00 1,00 8,00 grande 4 6 6
7
555 0,30 0,50 0,30 3,00 3,00 grande 6 4 6 5
556 0,10 0,30 0,30 4,00 3,50 0,50
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
O grupo ao cromo-tungstênio (tipos 530 a 536) possuí, como tipo mais importante, 0
resfriamento ao ar, resfriamento em sal fundido ou em chumbo derretido mantido entre 540°e
590°C seguindo-se resfriamento ao ar e resfriamento em jato de ar comprimido.
O resfriamento ao ar reduz o empenamento e o resfriamento interrompido ou direto em
meios fundidos ou em óleo produz menor quantidade de casca de óxido.
Pré-aqueciijiento, como já foi mencionado, entre 815°e 900°C, reduz as probabilidade de
empenamento.
Mo revenido é aconselhável aquecer-se as peças temperadas às máximas temperaturas
350
IHGFEDCBA .Aços RARA FERRAMENTAS E MATRIZES
encontradas em serviço, desde que estas não ultrapassem 700°C. Essa prática evita que a
superfície de trabalho da peça amoleça mais rapidamente em serviço que seus núcleos.
. Esses aços desenvolvem a máxima dureza quando revenidos entre 565°e 595°C, ocasião
em que aparece o fenómeno de endurecimento secundário.
Finalmente, o grupo de aços resistentes ao calor ao molibdênio (tipos 550 a 556) foi
desenvolvido como alternativa ao grupo ao tungsténio.
Como o molibdênio tem cerca de metade do peso atómico do tungsténio e possui propri-
edades químicas semelhantes, ele é tido como duas vezes mais eficiente que o tungsténio.
Esse fatos devem ser considerados na substituição parcial do tungsténio pelo molibdênio.
Em matéria de aplicações, esses aços se comportam como os ao tungsténio. Do mesmo
modo, as condições de tratamento térmico são mais ou menos análogas. Durante o revenido,
neles ocorre também o fenómeno de endurecimento secundário.
11. Aços rápidos - São esses os principais tipos de aços utilizados em ferramentas, em
face dos seus característicos de alta dureza no estado temperado e retenção da dureza em
temperaturas e m que o gume cortante d a ferramenta se torna vermelho, devido ao calor
gerado na operação de usinagem.
Os tipos convencionais de aços rápidos estão representados, quanto à sua composição nomi-
nal, naTabela 102 . Em princípio, há duas categorias de aços rápidos: a categoria T ' que compre-
<20S)
ende os tipos predominantemente ao tungsténio e a categoria "M" que compreende os tipos predo-
minantemente ao molibdênio. Essas duas categorias podem, por sua vez, ser subdivididas em duas
subcategorias contendo ambas cobalto. Tem-se, pois, os tipos ao W, indicados na classificações
AISI e SAE com a letra ' T ; os tipos ao W-Co, ainda indicados naquelas classificações com a letra
T ; os tipos ao Mo e ao Mo-Co, ambos indicados nas classificações AISI e SAE com a letra "M".
Como se pode verificar, todos os tipos de aços rápido contêm ainda cromo e vanádio (*).
Seu característico principal é a capacidade de operar em velocidade e outras condições de
corte que podem elevar a temperatura do gume cortante da ferramenta a cerca de 550°C-
600°C, durante a operação de usinagem. Nessas temperaturas, os aços em estudo retêm a
dureza que lhes permite ainda continuar na operação de usinagem; ao resfriar, após realizada
essa operação readquirem a dureza original. Esse característico é chamado "dureza a quente"
e constitui a mais importante propriedade dos aços rápidos. Além disso, devido ao alto teor de
carbono e ao elevado teor de elementos de liga formadores de carbonetos, forma-se um eleva-
do número de carbonetos de liga, o que confere ao aço uma resistência ao desgaste superior a
de outros tipos de aços para ferramenta, tornando sua durabilidade maior.
Sua composição é tal que os torna facilmente endurecíveis por têmpera através d a
secção inteira, mesmo pelo resfriamento em óleo ou em banho de sal; nessas condições, a
tendência a empenamento ou ruptura, no resfriamento por têmpera, é menor, desde que
certas precauções - como suporte adequado das peças durante o aquecimento, em vista das
temperaturas de austenitização serem muito elevadas - sejam tomadas.
Seu custo, entretanto, é mais elevado do que o de outros aços para ferramentas, devido
não só a sua própria composição química, como igualmente às suas operações de tratamen-
to térmico, muito mais complexas e demoradas. São ainda mais difíceis de retificar, exigindo
maiores cuidados nesse sentido.
11.1. Composição dos aços rápidos- ATabela 102 apresenta os vários tipos de aços rápidos.
Nota-se q u e todos eles apresentam carbono elevado, tungsténio muito alto, podendo
elevar-se a 2 0 % , molibdênio até 8/9%, vanádio até 5% (em tipos mais recentes) e cobalto até
12%, quando presente.
(*) A introdução dos aços rápidos na indústria deu-se em 1890 e deve-se a Taylor, um dos pioneiros no
estudo e adoção de métodos científicos de administração de empresas e White, os quais estudaram
o efeito do tungsténio sobre a dureza a quente dos aços. Esse desenvolvimento revolucionou os
métodos de cortes dos metais. O mesmo Taylor interessou-se grandemente pela determinação das
velocidades, avanços e profundidades de corte mais convenientes na usinagem dos metais.
351
630 M1 0,85 0,30 0,30 4,00 1,50 1,00 8,50 grande 3 7 8 6
631 M10 0,90 0,30 0,30 4,00 2,00 8,00 grande 3 7 8 6
632 M7 1,00 0,30 0,30 4,00 1,75 2,00 8,75 grande 3 8 8 5
Tipos ao mollbdênio-cobalto
640 M30 0,80 0,30 0,30 4,00 2,00 1,20 8,00 5,00 grande 2 7 8 3
641 M34 0,90 0,30 0,30 4,00 2,00 2,00 8,00 8,00 grande 1 8 9 2
642 0,65 0,30 0,30 5,00 1,20 8,00 2,50 grande 1 8 8 1
R ^ ^ í f^y,: : • •^. : V:'.;y
HilKÉlrM
mm
TABELAI02
Aços rápidos para ferramentas (continuação)
Composição química, % Características gerais
Profundi-
Tipo AISI dade de Resistên- Dureza a Usinabi-
C Mn SI Cr W V Mo Co Tenacidade cia ao
endureci- quente lidade
mento desgaste
l
Tipos ac mollbdêr lio-cobalto 1
643 0,65 0,30 0,30 4,00 1,75 1,80 8,50 8,00 grande 1 8 9 1
644 M33 0,90 0,30 0,30 4,00 1,50 1,20 9,50 8,00 grande 1 8 9 2
645 M42 1,10 0,30 0,30 3,75 1,50 1,15 9,50 8,00 grande 1 8 9 2
646 M43 1,20 0,30 0,50 3,75 2,75 1,60 8,00 8,25 grande 1 8 9 2
647 M46 1,25 0,30 0,30 4,00 2,00 3,20 8,25 8,25 grande . 1 8 9 2
648 M47 1,10 0,20 0,30 3,75 1,50 1,25 9,50 5,00 grande 1 8 9 2
Tipos ao tungstênio-molibdênio
650 M2 0,85 0,30 0,30 4,00 6,00 2,00 5,00 grande 3 7 8 5
651 M3 1,05 0,30 0,30 4,00 6,00 2,50 5,00 grande 3 8 8 4
652 M3 1,20 0,30 0,30 4,00 6,00 3,00 5,00 grande 3 8 8 4
653 M4 1,30 0,30 0,30 4,00 5,50 4,00 4,50 grande 3 9 8 3
654 M8 0,80 0,30 0,30 4,00 5,00 1,50 5,00 grande 3 7 8 5
Tipos ao tungstênlo-molibdênio-cobalto
660 M35 0,80 0,30 0,30 4,00 6,50 2,00 5,00 5,00 grande 2 7 8 3
661 M36 0,80 0,30 0,30 4,00 6,00 2,00 5,00 8,00 grande 1 7 9 2
662 M6 0,80 0,30 0,30 4,00 4,00 1,50 5,00 12,00 grande 1 7 9 1
663 M15 1,50 0,30 0,30 4,00 6,50 5,00 3,50 5,00 grande 1 9 9 1
664 1,25 0,30 0,30 4,25 10,00 4,25 2,50 5,50 grande 9 9 2
665 M41 1,10 0,45 0,30 4,25 6,75 2,00 3,75 5,00 grande 1 8 9 2
666 M44 1,15 0,30 0,30 4,25 5,25 2,00 6,25 12,00 grande 1 8 9 2
667 M45 1,25 0,30 0,30 4,25 8,00 1,60 5,00 1
T A B E L A 102
A ç o s r á p i d o s para f e r r a m e n t a s
Composição química, % Características gerais
Profundi-
dade de Resistên- Dureza a Usinabi-
Tipo AISI
C Mn Si Cr W V Mo Co Tenacidade cia ao
endureci- quente lidade
mento desgaste
Tipc s ao tuns stênio
610 T1 0,75 0,30 0,30 4,00 18,00 1,00 0,70(a) grande 3 7 8 5
611 T2 0,80 0,30 0,30 4,00 18,00 2,00 0,60 grande 3 8 8 5
612 0,95 0,30 0,30 4,00 18,00 2,00 0,60(a) grande 2 8 8 5
613 1,00 0,30 0,30 4,00 14,00 3,00 0,75 grande 2 8 8 4
614 T3 1,05 0,30 0,30 4,00 18,00 3,00 0,80 grande 2 8 8 4
615 T9 1,20 0,30 0,30 4,00 18,00 4,00 0,75(a) grande 2 9 8 3
616 T7 0,75 0,30 0,30 4,00 14,00 2,Q0 grande 2 7 8 5
Tipos ao tungstênio-cobalto
620 T4 0,75 0,30 0,30 4,00 18,00 1,00 0,70(a) 5,00 grande 2 7 8 3
621 T5 0,80 0,30 0,30 4,00 18,00 2,00 0,80(a) 8,00 grande 1 7 9 2
622 T6 0,(10 0,30 0,30 4,50 20,00 1,80 0,70 12,00 grande 1 8 9 1
623 T15 1.BQ 0,30 0,30 4,00 12,00 5,00 0,50(a) 5,00 grande 1 9 9 1
624 T8 0,78 0,30 0,30 ' 4,00 14,00 2,00 0,75(a) 5,00 grande 2 8 8 3
Tipos ao molibdênio
630 M1 0,85 0,30 0,30 4,00 1,50 1,00 8,50 grande 3 7 8 6
631 M10 0,90 0,30 0,30 4,00 2,00 8,00 grande 3 7 8 6
632 M7 1,00 0,30 0,30 4,00 1,75 2,00 8,75 grande 3 8 8 5
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS FUNDIDOS
Por outro lado, todos os aços rápidos, devido ao excesso de elementos de liga que resutta em
excesso de carbonetos complexos na estrutura tratada, podem endurecer a um mínimo de
Rockwell C 63. Sua temperatura de têmpera é muito elevada, geralmente cerca de 65°C abaixo
do seu ponto de fusão, o que exige cuidados especiais no seu aquecimento; a estrutura tempera-
da apresenta uma granulação 8 ASTM ou mais fina; sua temperabilidade é excelente, a ponto de
peças de 30cm de diâmetro endureceram através de toda secção. Caracterizam-se ainda por
apresentarem "endurecimento secundário" acentuado, entre as temperaturas de revenido 500°C
a 600°C; e finalmente a máxima dureza pode ser obtida pelo resfriamento em ar tranquilo.
Os efeitos do elemento liga presentes nos aços rápidos são os seguintes
- Carbono - Normalmente seu teor varia entre 0,70% a 1,30%, podendo chegar a 1,60%.
os teores mais baixos de carbono podem causar uma dureza inferior no estado temperado,
resultando em menor dureza no estado revenido. À medida que o carbono aumenta, aumenta
a formação de carboneto complexos, o que possibilita a obtenção de melhores durezas e
resistência ao desgaste finais. Do mesmo modo, carbono mais elevado causará uma maior
retenção da austenita no estado temperado, o que exigirá tempos de revenido mais longos e
temperaturas de revenidos mais elevadas. Como os aços rápidos são aquecidos a tempera-
turas muita elevadas para o seu tratamento térmico, deve-se dispensar a máxima atenção a
p o s s i b i l i d a d e de a l t e r a ç ã o do teor de c a r b o n o , na s u p e r f í c i e d o a ç o , quer por
descarbonetação, quer por carbonetação. A descarbonetação, evidentemente, é desvantajo-
sa porque a dureza do gume cortante das ferramentas será menor. A carbonetação, pelo
contrário, poderá ser vantajosa, sobretudo se resistência ao desgaste for uma exigência im-
portante.
- Tungsténio- Esse elemento está s e m p r e presente nos aços rápidos. Forma um
carboneto complexo duro juntamente com o ferro e carbono (M C) responsável pela elevada
6
endurecimento secundário e na dureza a quente dos aços. A medida que o tungsténio au-
menta, a quantidade de carbonetos complexos também cresce e, do mesmo modo, aumenta
a quantidade de tungsténio dissolvido na matriz austenítica. É importante observar que se o
carbono se mantiver constante, quantidades crescentes de tungsténio promoverão o
reaparecimento da ferrita; em outras palavras, nos aços com carbono relativamente baixo, o
aumento do teor de tungsténio poderá causar a permanência de grandes quantidades de
ferrita à temperatura do resfriamento, após a têmpera. Finalmente, aumentando o teor de
tungsténio, aumenta a resistência ao desgaste e a eficiência de cortes d a ferramenta.
- Molibdênio - Este elemento é introduzido como substituto parcial do tungsténio. O
molibdênio forma o mesmo tipo de carboneto duplo como ferro e carbono formado pelo
tungsténio. Por outro lado, como o molibdênio tem um peso atómico menor que o tungsténio
(cerca da metade) ao ser adicionado na mesma porcentagem em peso, produzirá o dobro de
átomos para ligar-se ao aço. Nessas condições, 1 % de molibdênio, por exemplo, pode subs-
tituir 1,6% a 2,0% de tungsténio. Assim sendo para substituir 18% a 2 0 % de tungsténio serão
suficientes 8% a 9,5% de molibdênio. Estes aços ao tungstênio-molibdêriio, devido ao seu
menor ponto de fusão, são temperados a temperaturas inferiores às dos tipos ao tungsténio.
Uma das desvantagens do molibdênio é atendência de.descarbonetação que os aços corres-
pondentes apresentam o que exige maior controle nas cjperações de tratamento térmicos. A
austenita residual nos aços rápidos ao molibdênio é menos estável que a dos aços ao
tungsténio, resultando em temperaturas do revenido ligeiramente inferiores. Do mesmo modo
a dureza a quente é ligeiramente inferior.
- Vanádio - Adicionado inicialmente como espécie de desoxidante, verificou-se posterior-
mente que ele aumenta o rendimento de corte dos aços rápidos. Uma observação importante
a respeito desse elemento é que, quando o teor de carbono é fixo, o vanádio, acima de um
certo teor, causa rápida queda da dureza do aço, pela formação crescente de apreciáveis
354
JIHGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
quantidade de ferrita. Assim sendo, é necessário que o carbono seja igualmente aumentado,
toda vez que se eleva o teor de vanádio dos aços rápidos, o que aliás pode ser comprovado
pelo exame dos tipos apresentados na Tabela 102. O carboneto de vanádio é o carboneto
mais duro encontrado nos aços rápidos. ATabela 1 0 3 ' compara a dureza de carboneto de
lzos
vanádio com vários outro carbonetos, eventualmente encontrados em materiais para ferra-
mentas. A figura 1 4 2 ' , por outro lado mostra a proporção do excesso de carboneto
1207
(carboneto que não se dissolve durante a austenitização) que existe como carboneto de
vanádio em vários tipos de aço rápido. Pelo exposto, os aços rápidos de alto teor de carbono
8 alto teor de vanádio - conhecidos também pelo nome de "aços super- rápidos'- são os que
possuem a melhor resistência ao desgaste, donde sua grande eficiência de corte. Essa gran-
de resistência ao desgaste toma, entretanto, esses aços mais difíceis de serem afiados,
devendo-se, preferivelmente, afiá-los com rebolos impregnados de diamante. Finalmente, o
vanádio também aumenta de modo apreciável a dureza a quente dos aços rápidos, ao que s e
deve atribuir igualmente a sua melhor eficiência de corte.
T A B E L A 103
M i c r o d u r e z a de c a r b o n e t o s
Material Dureza K n o o p
(média)
Matriz de aço para ferramentas (com 60,5 RC) 790
Carboneto de ferro em aço-carbono para ferramenta 1150
Carboneto de c r o m o em aço de alto carbono e alto cromo 1820
Óxido de alumínio em rebolo de retificação 2440
Carboneto de v a n á d i o em aço de alto c a r b o n o e alto vanádio 2520
Material Dureza R o c k w e l l
C convertida
Matriz de aço rápido 66,0
Carboneto de ferro-tungstênio-molibdênio e m aço rápido 75,2
Carboneto de tungsténio em metal duro 82,5
Carboneto de vanádio em aço rápido de alto carbono e
alto vanádio 84,2
100
Fig. 142 - Volume, e m porcentagem, do carboneto total que existe como carboneto de vanádio e m oito
tipos de aço rápido nas condições recozidas e temperadas.
355
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS FUN DIDOS
- CromozyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- Esse elemento aparece nos aços rápidos em tores quase sempre em torno de
4,0%. Aparentemente, o cromo, exatamente no teor indicado, é que atribui as melhores condi- :
ções de dureza combinada com tenacidade nos aços rápidos. O cromo ainda, juntamente corri
o carbono, é o principal responsável pela elevada temperabilidade desses aços, tomando-o s
700
0 1 1 1 1 1 —'
1 1 1
Temperatura, °C
Fig. 143 - Dureza a quente de três tipos de aços rápidos.
356
JIHGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E NLATRIZES
CBA
e
DECOMPOSIÇÃO DA MAHTENSrTA
:
T E M P E R A T U R A D E REVENIDO
tf.2.Propiedades dos aços rápidos - eximo essas ligas são aplicadas principalmente em
operações de usinagem, o seu característico fundamental é a capacidade de corte.
Essa capacidade de corte está intimamente relacionada à dureza do aço, quer a tempera-
tura ambiental, quer altas temperaturas (dureza a quente).
A dureza a temperatura ambiente é elevada e a importância do seu conhecimento reside
no fato de que o valor da dureza serve de avaliação do tratamento térmico a que o aço é
submetido.
A dureza a quente corresponde à capacidade do aço resistir ao amolecimento pelo calor
que se desenvolve nas operações de usinagem em condições mais severas, principalmente
altas velocidades de corte.
Para compreender melhor a dureza a quente, convêm lembrar que, na condição tempera-
da, o aço rápido consiste de martensita, austenita retida e carbonetos residuais. Os elemen-
tos de liga estão presentes quer na matriz martensítica, quer na forma de carbonetos residu-
ais. Admite-se que a composição da austenita retida seja a mesma da martensita, isto é, que
ambos os constituintes carbono, cromo, vanádio, tungsténio e molibdênio. Ao revenir-se um
aço, ocorrem modificações da sua dureza. O gráfico na figura 144 apresenta três curvas de
revenido. A curva pontilhada correspondente a um aço comum, caracterizando-se pela queda
contínua da dureza em função da temperatura de revenido, devido à decomposição da
martensita. A segunda curva- tracejada- é relativa a um aço do tipo "endurecível por precipi-
tação", ou seja, nele pode ocorrer, no reaquecimento pelo revenido, precipitação de compos-
tos, causando elevação da dureza; finalmente, a curva cheia refere-se a um aço rápido. Pelo
exame dessas curvas, pode-se notar o seguinte:
357
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA 104
Dureza a quente de alguns t i p o s d e aços rápidos
Dureza R o c k w e l l C
Tipo À temperatura
A 593°C A 620°C A 635°C
ambiental
M1 66 63 57,5
M2 65,5 62,5 58,0 56,5
M3 66 62,5 56,5
M10 65,5 62 57,0
M35 66,5 63 57,5
T1 66 62,5 57,5
T2 65,5 63 59,5 59
T9 66 64 61,5 60
T4 66 64 57,5
T5 65,5 63 60,0 59,5
T6 65,5 63 61,5 60
T8 66 63,5 60,5 59
Aços rápidas
' ao Co de alta
dureza
T-16
I
t
o M-2
\
\
\zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
45
Temperatura de Revenido, ° C
a.
E
Fig. 145 - Efeito d a t e m p e r a t u r a de revenido n a dureza dos tipos de aço rápido ao cobalto
de alta dureza, comparado c o m os tipos T-15 e M-2.
358
FEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
aços rápidos. Esses valores foram determinados em amostras de aços temperadas e dupla-
mente revenidas e reaquecidas durante 5 horas em banhos de sal a 593°C, 620°C e 635°C.
A Figura 1 4 5 mostra a curva de revenido de aço rápido ao cobalto de alta dureza,
p 1 0 1
11.3. Estrutura, curva de transformação isotérmica e tratamentos térmicos dos aços rápidos
- Amicroestrutura dos aços rápidos caracteriza-se pela presença de carbonetos complexos.
Conforme longas pesquisas realizadas, o carboneto complexo existente consiste na rea-
lidade de diferentes fases ': 1211
a soma dos átomos metálicos W, Mo, Cr, V e Fe) correspondente ao carboneto complexo
cúbico de face centrada de composição que vai desde Fe W C até Fe W C ou Fe Mo C até
3 3 4 2 3 3
gonal W C (Mo C). Este carboneto tem sido observado apenas como uma fase de transição
2 2
durante o revenido.
Fe Mo como uma fase em excesso nos aços com quantidade de carbono insuficiente que
3 2
mais lentamente. Por outro lado, a estrutura dos aços rápidos apresenta ainda alguma ferrita,
o que significa que à temperatura ambiente, no estado recozido, a composição do aço rápido
situa-se aproximadamente dentro da seguinte região: ferro alfa + M C + M C . Ao ser aque-
6 23 6
:359
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
ferrita mais carboneto; se o carbono estiver em t o m o de 0,75%, esse aço a 800°C seria
constituído de ferrita, carbonetos e certa quantidade de austenita. A medida que a tempera-
tura de aquecimento aumenta, nos aços rápidos de carbono mais elevado - que são os mais
usados comercialmente - verifica-se gradual desaparecimento d a ferrita e solução dos
carbonetos, comprovados pela continua elevação d a quantidade de austenita.
De qualquer modo, nota-se que às temperaturas normais de austenitização, os aços rápi-
dos contêm cerca de 7 % a 12,5% de excesso de carbonetos. Esses carbonetos podem dife-
renciar quanto à composição, fato esse que é responsável pelas variações de eficiência de
corte dos diversos tipos de aços rápidos. Ao contrário, a matriz austenítica caracteriza-se por
apresentar níveis uniformes de carbono e de elemento de liga, o que daria como consequên-
cia característica semelhantes no resfriamento e no revenido subsequente.
Ao resfriar o aço rápido a partir da temperatura de austenitização, os carbonetos tendem
a se precipitar da austenita, visto que a solubilidade do molibdênio, tungsténio, cromo,
vanádio e carbono decresce com a diminuição da temperatura. Até temperaturas de aproxi-
madamente 760°C não há apreciável precipitação.
O diagrama de transformação isotérmica de um aço rápido apresentado na figura 146 dá
u m a ideia das transformações que podem ocorrer durante o resfriamento, desde que os tem-
pos de permanência às várias faixas de temperatura sejam suficientes. Nota-se que até cerca
de 650°C, a decomposição d a austenita pode ocorrer mais ou menos rapidamente, sendo
mais rápida em tomo de 750°C. Nessas temperaturas, a austenita transforma-se-ia em
Tempo, h
Fig. 146 - Cun/a do transformação isotérmica para aço rápido 1 8 - 4 - 1 austenitizado a 1290°C.
360
LKJIHGFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
esferoidita muito fina, sendo precedida por uma precipitação de carbonetos. Na faixa de
temperaturas d e aproximadamente 600°C a 370°C não se nota qualquer transformação,
ainda que nos tempos de permanência a essas temperaturas sejam muito longos. A partir de
aproximadamente 375°C até cerca de 175°C, novas transformações podem ocorrer, com a
formação de bainita acicular. Essa transformação não se completa, entretanto, o que significa
que, mesmo após uma permanência muito longa nessas temperaturas, a estrutura final ainda
apresentará quantidade apreciável de austenita. Essa austenita que ainda permanece, d e -
pois que a bainita deixou de se formar, é muito estável e não sofre qualquer transformação
pelo resfriamento subsequente até a temperatura ambiente e até mesmo, em certos casos, a
temperaturas abaixo de zero.
O resfriamento direto do aço rápido a partir das temperaturas austenitização provocará
o início da formação da martensita a temperaturas em tomo d e 200°C, como a figura 146
mostra. A formação desse constituinte continuará até a temperatura ambiente. A estrutura do
aço temperado caracteriza-se por apresentar uma certa quantidade de austenita retida, que
é de grande importância no que se refere ao comportamento desses aços durante o revenido.
A quantidade de austenita retida depende da temperatura de têmpera.
É preciso ainda notar que as temperaturas de início e de fim de formação de martensita
dependem da temperatura de austenitização, a qual influi também na quantidade de austenita
retida. A quantidade de austenita retida pode ser afetada por têmpera interrompida a qualquer c -zyxw
temperatura acima da faixa de formação da martensita, do mesmo modo que a manutenção a
temperaturas em tomo de 370°C permitirá a formação de bainita, às expensas da martensita. O
As temperaturas de início e fim da formação de martensita, nos aços rápidos, são função
tanto da temperatura de têmpera como do tempo à temperatura. No aço rápido tipo T 1 , a C
temperatura usual de têmpera é 1290°C. À medida que a temperatura cai, a cerca de 200°C
a martensita começa a se formar e termina de formar-se ao se atingir a temperatura de apro- O
ximadamente - 101 °C. Na realidade, somente uma pequena quantidade de transformação
da austenita em martensita ocorre abaixo de 73°C.
G
C
c >
c
x \
" x -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedc \ c
— 62 \
\
// zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjih
c
V zyxwvutsrqponmlkji
\
> /
CD \
/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
\
c
X zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
o 60
o
cc
cti
\
\ \ zyxwvutsrqponmlkjihgf c
N 58 \
o
\
CU
\
Q 56 o
Temperatura - à 1090° em olea
Curva 1 - 25 min. à temperatura
\ c
Curva 2 - 5 0 min. à temparatura
\
Curva 3 - 9 0 min. à temperatura
c -
100 160 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
G
Temperatura de revenido - °C o
361
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Aços £ FERROS FUNDIDOS
O revenido dos aços rápidos pode ser dividido em quatro estágios que se superpõem na
seguinte sequência' : 2131
Pr? do primeiro estágio verificam-se até cerca de 400°C. Nada acontece aparentemente com
a austenita retida;
I - no segundo estágio- que ocorre entre 400°C e 565°C - verifioa-se uma redissolução de
uma parte da cementita e a precipitação de um carbono de liga, M C, com simultaneamente
2
L entretanto, é raramente encontrado no revenido comercial dos aços rápidos e a ele associa o
| amolecimento drástico do aço ao ser revenido a temperaturas acima de 650°C.
, i Os efeitos combinados do segundo e terceiro estágio e são parcialmente responsáveis
pelo endurecimento secundário do aço rápido; entretanto, a precipitação dos carbonetos
I M C e MC e a sua resistência a coalescerem são consideradas as principais causas do
2
í
362
JIHGFEDCBA
GFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
20
0 30 60
TEMPO DE REVENIDO, min
, 363
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS FUN DIDOS
o IO O zoo
TEMPO DE REVENIDO, min.
364
JIHGFEDCBA Aços SARA FERRAMENTAS E M A TRIZ ES
IOO 200
TEMPO DE REVENIDO, m i n .
Fig. 151 - Efeitos do silício e do nitrogénio na transformação d a austenita.
15
30 60 90 I20
TEMPO DE REVENIDO, m i n .
Fig. 152 - T e m p o de revenido necessário p a r a a transformação d a austenita retida para vários
tipos d e aços rápidos.
O aquecimento para o revenido deve ser lento e as ferramentas devem ser colocadas no
forno de revenido, cuja a temperatura não pode ser superior a 200/260°C. Quanto ao tempo
de revenido recomenda-se um tempo mínimo de duas horas à temperatura de revenido para
a secções até 5 0 mm, com tempos proporcionalmente mais longos para secções de maiores
dimensões. Finalmente, para pequenas ferramentas não é necessário e, às vezes, não é
recomendável, revenir imediatamente após a têmpera; entretanto, para peças grandes e de
forma complexa, deve-se proceder dessa maneira, para evitar o perigo de ruptura das peças.
Um segundo revenido é aconselhável para revenir os 2 0 % de martensita formados no
primeiro revenido e para aliviar-se as tensões criadas na formação da segunda martensita.
365
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
T A B E L A 105
Temperaturas d e t r a t a m e n t o térmico e durezas d e aços rápidos para ferramentas
Dureza d e Dureza T e m p e r a t u r a de t r a t a m e n t o t é r m i c o , °C
trabalho superficial
Tipo AISI usual após a Melo de
Recozimento Têmpera Revenido
RC têmpera resfria-
(faixa)
RC mento
610 T1 63a65 64 a 66 871/899 1260/1302 sal, óleo, ar 538/593
611 T2 63 a 6 6 65 a 67 871/899 1260/1302 sal, óleo, ar 538/593
612 63 a 6 6 65 a 67 871/899 1260/1302 sal, óleo, ar 538/593
613 63 a 6 6 65 a 67 871/899 1246/1274 sal, óleo, ar 538/593
614 T3 63 a 66 64 a 66 871/899 1232/1274 sal, óleo, ar 538/593
615 T9 63 a 6 7 65 a 67 871/899 1246/1274 sal, óleo, ar 538/593
616 T7 63 a 65 65 a 67 871/899 1260/1288 sal, óleo, ar 538/593
620 T4 63 a 6 5 63 a 66 871/899 1260/1302 sal, óleo, ar 538/593
621 T5 63 a 65 6 4 a 66 871/899 1274/1302 sal, óleo, ar 538/593
622 T6 63 a 65 64 a 66 871/899 1274/1302 sal, óleo, ar 538/593
623 T15 64 a 66 65 a 68 871/899 1204/1260 sal, óleo, ar 538/649
624 T8 63 a 65 64 a 66 871/899 1260/1302 sal, óleo, ar 538/593
630 M1 63 a 6 5 64 a 66 815/871 1177/1218 sal, óleo, a r 538/593
631 M10 63 a 6 5 6 4 a 66 815/871 1177/1218 sal, óleo, a r 538/593
632 M7 63 a 6 5 6 4 a 66 815/871 . 1177/1218 sal, óleo, ar 538/593
640 M30 63 a 65 64 a 66 871/899 1204/1232 sal, óleo, ar 538/593
641 M34 63 a 65 64 a 66 871/899 1204/1232 sal, óleo, ar 538/593
642 63 a 66 62 a 65 843/871 1107/1149 sal, óleo, ar 538/566
643 63 a 66 62 a 65 843/871 1107/1149 sal, óleo, ar 538/566
. 644 M33 63 a 65 64 a 66 871/899 1204/1232 sal, óleo, ar 538/593
645 M42 66 a 70 63 a 65 871/899 1163/1190 sal, óleo, ar 510/593
646 M43 66 a 70 63 a 65 871/899 1149/1177 sal, óleo, ar 510/593
647 M46 66 a 69 63 a 65 871/899 1190/1218 sal, óleo, ar 524/566
648 M47 66 a 70 63 a 65 871/899 1177/1204 sal, óleo, ar 524/593
650 M2 63 a 65 64 a 66 871/899 1190/1232 sal, óleo, ar 538/593
651 M3 63 a 66 64 a 66 871/899 1204/1232 sal, óleo, ar 538/593
652 M3 63 a 66 64 a 66 871/899 1204/1232 sal, óleo, ar 538/593
653 M4 63 a 66 65 a 67 871/899 1204/1232 sal, óleo, ar 538/593
654 M8 63 a 65 6 4 a 66 843/871 1204/1260 sal, óleo, ar 538/593
660 M35 63 a 65 64 a 66 871/899 1218/1246 sal, óleo, a r 538/593
661 M36 63 a 65 64 a 66 871/899 1218/1246 sal, óleo, a r 538/593
662 M6 63 a 66 63 a 65 817 1177/1204 sal, óleo, a r 538/593
663 M15 64 a 68 65 a 68 871/899 1190/1232 sal, óleo, a r 538/649
664 63 a 67 64 a 66 871/899 1218/1260 sal, óleo, a r 538/593
665 M41 66 a 70 63 a 65 871/899 1190/1215 sal, óleo, a r 538/593
666 M44 66 a 70 63 a 65 871/899 1200/1227 sal, óleo, ar 538/627
667 M45 66 a 70 63 a 65 871/899 1204/1232 sal, óleo, a r 538/593
668 66 a 70 61 a 63 871 1190/1204 s a l , óleo 538/593
669 66 a 70 6 4 a 63 871 1190/1204 sal, óleo 538/593
670 65 a 6 8 850/899 1100/1200 sal, óleo, ar 538/593
671 64 a 69 850/899 1100/1190 sal, óleo, ar 549/593
11.3.1. Tratamento térmico dos aços rápidos - A Tabela 105Í apresenta as temperatu 205)
366
CBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES
T A B E L A 106
Temperaturas d e t e m p e r a d o s b a n h o s d e s a l p a r a t ê m p e r a e t e m p e r a t u r a s s u g e r i d a s de r e v e n i d o ,
para a l g u n s t i p o s d e aços r á p i d o s
Em relação ao tratamento térmico dos aços rápidos, serão feitas a seguir as seguintes
considerações:
O aquecimento exige ambiente protetor. O meio mais adequado consiste em "banhos de
sal", os quais oferecem a velocidade de aquecimento mais rápida e impede a formação de
casca de óxido às elevadas temperaturas de aquecimento. Para evitar descarbonetação, os
banhos de sal devem ser mantidos limpos e periodicamente ratificados na sua composição.
Fomos de mufla exigem atmosferas controladas, com rigoroso controle da sua composi-
ção, em função dos fenómenos de carbonetação ou descarbonetação superficial que podem
ocorrer, dada a variedade de composição dos aços rápidos. Fornos à vácuo têm sido empre-
gados mais recentemente.
Dadas as altas temperaturas envolvidas, é necessário que os aços subrpetidos a pré-
aquecimentos, c o m duas vantagens principais: eliminar o severo choque térmico a que as
ferramentas podem estar sujeitas se colocadas diretamente nos fornos às temperaturas finais
de tratamento e, e m consequência reduzir a possibilidade de empenamento e formação de
fissuras sobretudo em peças complexas e de maiores dimensões.
Aconselha-se um pré-aquecimento acima de 760°C (temperaturas em torno da qual a
austenita começa a se formar). Nesse pré-aquecimento previne-se descarbonetação que
poderia ocorrer se as peças fossem submetidas imediatamente às altas temperaturas e, além
disso, reduz-se a quantidade de tensões que podem originar-se devido à transformação
alotrópica.
Quando se trata de uma única operação de pré-aquecimento, emprega-se duas faixas de
temperaturas: 7 0 5 ° C a 790°C , p a r a p r e v e n i r d e s c a r b o n e t a ç ã o parcial e, se e s t a
descarbonetação não constituir um problema, pode-se pré-aquecer entre 815°C e 900°C.
Frequentemente, recomenda-se um duplo pré-aquecimento, num forno entre 540°C e
650°C e o segundo entre 845°C e 870°C. Esse duplo pré-aquecimento é principalmente
aconselhável no caso de utilizar-se banhos de sal.
ATabela 105 indica a faixa de temperaturas de austenitização para a têmpera. No caso dos
aços da classe 650 (baseados em tungstênio-molibdênio), a sua maioria é aquecida entre 1200°C
e 123Q°C. Os aços da classe 630 (baseados no molibdênio) são aquecidos na faixa 1180°C a
1220°C. Quando o cobalto esta presente, pode-se ter outras temperaturas de austenitização. De
um modo geral, portanto, as variações de composição que afetam o ponto de fusão do material ou
sua tendência de crescimento de grão, podem resultar na adoção de diferentes temperaturas.
ATa b e l a 106< ' apresenta sugestões das temperaturas normais de têmpera e de
20S
revenido (assumindo revenido múltiplo de 2 a 3 horas para cada ciclo), quando se empregam
banhos de sal.
Ao considerar essas temperaturas, deve-se ter em mente o tipo de ferramenta a s e r
tratada; por exemplo, ferramentas de uma única aresta de corte são, às vezes, aquecidas de
367
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
Aços E FERROS
FUNDIDOS
28°C a 42°C acima das ferramentas de fina aresta de corte, tais como machos de tarraxa e
cossinetes, as quais, por sua vez, podem ser muitas vezes aquecidas de 14°C a 28°C abaixo
da temperatura usualmente recomendada.
Do mesmo modo, essas temperaturas não se aplicam a todos os tipos de fomos, porque
um banho de sal aquece mais rapidamente que um forno de mufla e é geralmente operado de
11°C a 17°C abaixo da temperatura de um forno de mufla, ao passo que um forno de atmos-
fera controlada é frequentemente operado de 11 °C a 17°C acima, para compensar a tempe-
ratura mais baixa que s e desenvolve na ferramenta.
Como se vê pela Tabela 105, os meios de resfriamento usuais n a têmpera dos aços
rápidos são ar, óleo, banhos de sal (ou chumbo derretido).
Se se admitir u m a pequena quantidade de casca de óxido, o resfriamento ao ar é
satisfatório. Caso contrário, prefere-se o resfriamento em óleo.
O método mais recomendado é um banho de sal mantido a uma temperatura acima do
início de formação de martensita (linha Mi), geralmente entre 538°C e 649°C. Uma vez inici-
ado o resfriamento, espera-se que a temperatura uniformize e logo a seguir deixa-se resfriar
ao ar, quando ocorre a formação de martensita.
Para o revenido, os fomos empregados são os comuns, ou fornos de banho de sai (ou
chumbo derretido), ou fomos com circulação forçada de ar. Outras informações sobre o
revenido do aços rápidos j á foram dadas no decorrer desta exposição.
368
LKJIHGFEDCBA A ç o s RARA FERRAMENTAS E MATRIZES
- mas com às estruturas fundidas de aços rápidos era baixa tenacidade, o que foi, de certo
e modo, resolvido mediante um melhor controle das temperaturas de vazamento e das veloci-
a dades de resfriamento, além da introdução de variações nos ciclos de tratamentos térmicos.
- ; Os tipos de aços para ferramentas que podem ser fundidos são praticamente ilimitados. A
a aplicação de fundição de aço rápido é feita principalmente nos tipos de alto teor de liga, como
o T-15, que geralmente são mais difíceis de se produzir pelos métodos convencionais.
r Ferramentas de aço rápido fundidas apresentam formas complexas que exigiriam muita
- usinagem, se produzidas a partir de material trabalhado. Embora apresentado essas vanta-
a gens, a produção de ferramentas de aço rápido por fusão tem algumas limitações, como, por
a mi- exemplo, a precisão não é tão boa como as ferramentas usinadas, não é possível produzir
a ferramentas delicadas e de pequenas dimensões e a tenacidade, embora satisfatória, não se
equipara com a do material trabalhado.
-
o 11.5. Tratamentos superficiais em aços para ferramentas - A s ferramentas de aços rápi-
e
1 dos podem ser submetidas a tratamentos superficiais que modifiquem o aspecto da superfí-
cie do material ou que melhore as suas propriedades de corte.
Essas tratamentos incluem acabamento de óxido preto brilhante ou de nitreto ou, o mais
. importante de todos, a aplicação, através do processo de "revestimento físico a vapor"(*), de
e uma película de nitreto metálico. O mais importante desses revestimentos é o de nitreto de
o titânio, com o objetivo de aumentar a resistência ao desgaste e a vida da ferramenta. Esse
o processo é considerado mais conveniente que o processo de "deposição química a vapor"(**).
mi
a Além do nitreto de titânio, outros tipos de revestimentos têm sido usados, como nitreto de
, háfnio, nitreto de zircônio, carboneto de titânio, carboneto de zircônio e carboneto de háfnio.
a O revestimento de NiT, além de aumentar a resistência ao desgaste, reduz o atrito, previ-
, ne empastamento, atua como lubrificante seco e produz melhor acabamento d a peça
o usinada' . A s ferramentas assim revestidas exigem máquinas-ferramenta mais rígidas e
2,sl
365
Aços e FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
TABELA 107
Aumento da v i d a d a ferramenta obtido c o m revestimentos aplicados e m ferramentas
de corte de a ç o rápido
N 3 d e p e ç a s usina-
Ferramenta d e c o r t e
d a s a n t e s de reafiar
Revesti- Material
Aço rápido
mento usinado Sem Com
Tipo usado
revest. revest
AISI
Fresa de
topo M7 TiN Aço 1 0 2 2 , 35 HRC 325 1-200
Idem M7 TiN Liga de A l 6061-T6 166 1.500
Idem M3 TiN Liga de A l 7 0 7 5 T 9 53
Fresa M2 TN A ç o 8620 40 80
Brocha M2 TiN Liga 4 3 % N i 200 3.400
Brocha M2 TiN Aço inox 4 1 0 11.000 31.000
Macho de
tarraxa M2 TiN Aço 1050, 30/33 HRC 60/70 750/800
Ferramenta
de perfilar T15 TiN Aço 1045 5.000 23.000
Idem T15 TiN Aço inox 3 0 3 1.840 5.890
Broca M7 TiN A ç o baixo C 1.000 4.000
Ferramenta
para corte M2 TiC-TiN Aço baixo C 150 1.000
TABELA 108
T i p o de r e v e s t i m e n t o e m f u n ç ã o d o m a t e r i a l e da o p e r a ç ã o a r e a l i z a r
Por outro lado, outros tipos de revestimentos, além do nitreto de titânio TiN,.que estão
sendo aplicados. Incluem o nitreto de cromo C r N , o carbonitreto de titânio TiNC e o nitreto de
titânio-alumínio A I T i N . (217)
a operação a realizar.
370
GFEDCBA Aços PARA FERRAMENTAS E MATRIZES'
12. Conclusões - As especificações mais recentesf) dão a entender que muitos dos tipos
de aços para ferramentas apresentados neste capítulo não são mais usados. Além disso,
pequenas alterações de composição química apenas têm sido feitas. Apesar de não ter havi-
do grandes mudanças nos tipos de aços-ferramentas disponíveis, a qualidade do material
vem melhorando paulatinamente nos últimos vinte anos, o que é facilitado pelo fato de que
muitos produtores desses tipos de materiais se especializam em determinados produtos ape-
nas. Outro ponto a considerar é a evolução da técnica de produção de aços para ferramentas
através da metalurgia do pó.
Finalmente convém lembrar que a qualidade da ferramenta depende muito do tratamento
térmico a que a mesma é submetida depois de confeccionada. Esse tratamento pode ser co m-
plexo e exige do tratador profundo conhecimento das características estruturais do material.
(*) Essas especificações estão incluídas no capítulo "Wrought Tool Steels" do Metals Handbook- 10 Edição
a
- Vol. 1 - Properties and Selection: Irons, Steels and High-PeríormanceAlloys -1990 -ASM International
- 747 e seg.
371
A ç o s RESISTENTES ABIDJÊSGASTR
BttB m aah
3<a*ict<*A
373
Aços E FERROS FUNDÍDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
< zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- desgaste de metal contra metal (chamado também desgaste metálico);
- desgaste de metal contra uma substância não metálica abrasiva (chamado também de
desgaste abrasivo);
- desgaste de metal contra líquidos ou vapores (também chamado erosão).
374
LKJIHGFEDCBA Aços RESISTENTES AO DESGA STE
das superfícies em movimento pode causar: assim, o calor produzido causaria como que
uma soldagem de partículas metálicas, as quais devido à pressão exercida e ao movimento,
são arrancadas deixando vazios na forma de depressões e produzindo saliências que mais
contribuem para ulterior desgaste. Por outro lado, a temperatura desenvolvida pelo atrito
pode reduzir a resistência e a dureza do metal e facilitar a oxidação ou outro ataque químico,
tomando as superfícies mais suoeptíveis ao desgaste.
Admite-se que o desgaste abrasivo seja causado pela penetração na superfície do metal
de partículas não-metálicas de caráter abrasivo, ocasionando o arrancamento de partículas
metálicas.
Quaisquer que sejam as explicações das causas que produzem o desgaste metálico ou o
desgaste abrasivo, é certo que os mesmos são reduzidos pelo melhor acabamento das s u -
perfícies em contato e pelo aumento d a dureza e da resistência mecânica do metal.
Em outra palavras, a resistência ao desgaste dos metais depende dos seguintes fatores:
- acabamento da superfície metálica, a qual deve se apresentar tão macia e plana quanto
possível, de modo a eliminar depressões e projeções que ao coincidirem umas com as o u -
tras, produzem o arrancamento de partículas além de proporcionar, pela energia produzida,
uma elevação de temperatura;
- dureza, a qual deve ser elevada, para que o metal resista à penetração inicial;
- resistência mecânica e tenacidade que, quanto mais altas, mais dificultarão o
arrancamento das partículas metálicas, quaisquer que sejam as causas passíveis de produzir
tal efeito.
Assim sendo, a resistência ao desgaste dos metais pode ser obtida mediante os seguin-
tes meios:
O objetivo do presente Capítulo é estudar os aços que, por si só, devido aos seus carac-
terísticos de composição química, possuem elevada resistência ao desgaste, ainda que a
mesma lhes seja garantida por tratamentos térmicos ou mecânicos suplementares.
375
2. Aços-manganês austeníticos - O m e l h o r meio de elevar a d u r e z a do aço e,
consequentemente a sua resistência ao desgaste, é pelo encruamento de determinados tipos
de aços austeníticos onde a austenita é pouco estável e que, pelo encruamento, quando
colocados em serviço, p o d e m ser tomados martensíticos. Tais são os "aços-manganês
austeníticos".
Um dos precursores desse tipo de aço foi Hadfield, cujo nome identifica o tipo por ele
desenvolvido, com 1,2% de carbono e 12% de manganês. Esse aço é ainda hoje o principal
do grupo de aços resistentes ao desgaste, de natureza austenítica.
O êxito da utilização do aço Hadfield para peças submetidas ao desgaste deve-se a duas
propriedades: endurecimento superficial propiciado pelo trabalho e tenacidade. Esses aços,
contudo, estão sujeitos a um fenómeno de fragilização intergranular, que é muito prejudicial a
levam, frequentemente à rejeição de peças ou perda das mesmas por falhas em serviço' ). 219
Os tipos comerciais apresentam o carbono entre 1,0% e 1,4% e o manganês entre 10% e
14%, havendo uma tendência a utilizar-se teor de carbono de 1,2% e manganês de 12% e 13%.
O diagrama de equilíbrio para 13% de manganês está representado na figura 153. Do seu
exame concluiu-se:
- o eutetóide apresenta baixo teor de carbono;
- a austenita é tão estável que ela não se transforma, mesmo c o m velocidades de
esfriamento moderadas.
O
<; 900
CC
b
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/ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
0C / c zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
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700
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LU /
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cc + 0
1#
Porcentagem de carbono
Fig. 153 - Diagrama de equilíbrio para aço-C-Mn, com 1 3 % M n .
1,28%C, 12,4% Mn, 0,35% Si, 0,009% S, 0,30% P, 0,28% Ni e 0,23% Cu, austenítizado
durante 30 minutos.
Essa transformação c o m e ç a entre 300 e 7 0 0 ° C com a precipitação de carbonetos
intergranulares após alguns segundos de período de incubação. Passado esse período, sur-
gem carbonetos aciculares, em tomo de 600°C num período de incubação mais longo, da
ordem de um minuto. A transformação perlítica é muito lenta e a periita aparece após um
longo período de i n c u b a ç ã o , numa faixa de temperatura mais estreita do que a dos
carbonetos aciculares.
Os outros elementos presentes nos aços-manganês austeníticos são: silício, com o ob-
jetivo principalmente de desoxidação, raramente ultrapassa 1 % ; entretanto, às vezes pode
376
ser utilizado em teores até 2%, para produzir um certo aumento do limite de escoamento e
certa resistência à deformação plástica sob choques repetídos< ); enxofre, cujo teor não é c zyxwv
22a
.crítico, devido a alta quantidade de manganês presente; fósforo, cujo teor máximo pode
atingir 0,10%, preferindo-se, entretanto, cerca de 0,06% no máximo para garantir boa
soldabilidade ao aço; outros elementos, como níquel, molibdênio, cromo, cobre e vanádio
podem ser adicionados para melhorar o limite de escoamento, a usinabilidade, etc. U m a das
adições comuns é certa quantidade de cromo (até 2%) que aumenta o limite de escoamento,
mas pode reduzir a ductilidade. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
\ I
Carbonei DS Aciculares dos
Cante mos da Grão zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
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TSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
10 10' 10' 10' 10' 10'
Tempo segundos
Fig. 154 - Diagrama isotérmico d e transformação de um aço c o m 1,28% C, 12,4% M n ,
0,35% Si, 0,009% S, 0,30% P, 0,28% Ni e 0,23% Cu, austenítizado durante 30 min. a 1050°C.
Tamanho de grão 5 a 6.
2.1. Tratamento térmico dos aços Hadfield - A estrutura fundida ou laminada do aço-
manganês contêm carbonetos e outros produtos de transformação que conferem grande
1# : fragilidade ao aço: sua resistência à tração é de cerca de 42 a 49 kgf/mm (410 a 480 MPa) 2
O valor da dureza, entretanto, tem pouco significado, tanto no que se refere à resistência
ao desgaste como à usinabilidade do aço, porque ela aumenta consideravelmente, por
encruamento, quando o aço começa a sofrer o efeito das condições de serviço.
ATabela 1 0 9 ' mostra valores representativos das propriedades mecânicas de aços-
2201
manganês dos tipos comerciais, no estado fundido sem e com tratamento térmico e no estado
laminado com tratamento térmico.
377
Aços s FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
2.2 Adição de outros elementos de liga no aço Hadfield- Cromo, níquel e cobreiem sido
adicionados ao aço-manganês. O cromo parece melhorar a dureza do aço-manganês antes
do encruamento; por exemplo, um aço-manganês Hadfield sem cromo com dureza Brinell
200, antes do tratamento térmico apresentará dureza de 220 com 1,5% de cromo e cerca de
280 com 2,0% de cromo. Por outro lado, a adição de cromo parece exigir menor quantidade
de encruamento ou deformação para a obtenção d a dureza superficial necessária nesses
aços. Nessas condições, o cromo tem sido acrescentado toda vez que as peças forem
sujeitas a desgaste de natureza principalmente abrasiva (com ausência, de choque que
possa desenvolver rapidamente a dureza superficial), tais como em peças de máquinas
destinadas ao britamento, moagem ou transporte de material leve e de pequenas dimensões
tais como areia e pedregulho.
Às vezes adiciona-se cobre nos aços-manganês-cromo, sobretudo quando o cromo é
elevado - da ordem de 5% - com o objetivo de melhorar sua ductilidade.
O níquel tem sido um elemento de adição útil nos aços-manganês austeníticos de carbo-
no mais baixo que o normal, que após austenitizados podem ser resfriados ao ar para a
obtenção da necessária ductilidade. Aços com 0,60% e 0,90% de carbono, cerca de 3,0% de
níquel e 12% de manganês são usados para eletrodos de solda, na forma de barras ou fios
laminados ou trefilados e em certas peças fundidas ou trabalhadas.
378
JIHGFEDCBA zyxwvutsrqpon
Aços RESISTENTES AO DESGA STE
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379
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1. Introdução - A perda de peças metálicas por ação da corrosão tem preocupado enge-
nheiros e metalurgistas que procuram constantemente não só aperfeiçoar ou desenvolver
novos métodos de proteção, como também aperfeiçoar ou criar novas ligas que apresentem
o caracteristico de resistência à corrosão.
A corrosão pode s e r considerada como u m ataque gradual e contfnuo de metal por
parte do meio circunvizinho, que pode ser a atmosfera mais ou menos contaminada das
cidades, ou em meio q u í m i c o , líquido ou gasoso. Como resultado de reações químicas
entre os metais e elementos não-metáiicos contidos nesses meios, t e m - s e mudança gra-
dual do metal num c o m p o s t o ou em vários compostos químicos, q u e s ã o geralmente
óxidos ou sais.
Admite-se que a corrosão não passa de uma forma de atividade química ou, mais pre-
cisamente, eletroquímica. A velocidade do ataque e sua extensão dependem não só da
natureza do meio circunvizinho, como igualmente do tipo de metal ou liga sofrendo a ação
corrosiva.
Quando um metal não corrói, admite-se que se produz alguma reação química entre ele e
o meio que o circunda, com a formação de uma camada fina, a qual adere à superfície metá-
lica e é aí mantida por forças atómicas. Se, por qualquer motivo, essa camada protetora for
destruída momentaneamente, ela será instantaneamente restabelecida e a lesão o metal é,
por assim dizer, automaticamente sanada.
O tipo de corrosão mais comum é atmosférica. Por outro lado, como a corrosão do ferro é
a mais importante, será feito a seguir um apanhado sucinto dos fenómenos que levam à
destruição, por corrosão, desse metal.
A teoria mais simples e aceita para explicar a corrosão do ferro é a eletrolftica:
- logo, a camada de água circundando o o b j e t o d e ferro contém íons F e " e íons 20Ph, ou
seja, Fe(OH) dissociado em considerável concentração.
2
- se o oxigénio do ar for admitido nesta camada - por difusão através d a água - forma-se
Fe(OH) ; 3
- este é menos solúvel que o Fe(OH),, e precipita de acordo com a reação 2Fe(OH) -> 3
de fenvgem.
Os meios corrosivos são inúmeros e a respeito dos mais comuns cabem os seguintes
comentários:
1.1. Corrosão atmosférica - Admite-se que, nas áreas urbanas, os principais agentes cor-
rosivos existentes na atmosfera são os óxidos sulfurosos gasosos que s e originam de com-
bustíveis fósseis de veículos, indústrias e, eventualmente, usinas termo-elétricas a carvão
mineral. Nas áreas costeiras, atuam como meio corrosivo as partículas de água salgada
transportadas pelo ar.
A intensidade da corrosão depende, por outro lado, das condições climáticas, em face ao
fato de que os cfrmas que prevalecem no'mundo, nas suas diversas regiões, incluem condi-
ções de clima seco, d i m a tropical chuvoso, clima úmido, clima polar, e t c , que atuam de modo
diferente no comportamento do material perante a ação corrosiva.
Na ausência de dados brasileiros, serão apresentados, por intermédio da Tabela 110' " 22
alguns dados americanos, que demonstram a influência das condições ambientais sobre a
velocidade de corrosão de aço-carbono.
Em ambiente tropical, a Tabela m i ) apresenta dados adicionais, que permitem avaliar
2 2 1
382
FEDCBA Aços RESISTENTES À CORROSÃO
T A B E L A 110
V e l o c i d a d e s de c o r r o s ã o de a m o s t r a s de a ç o - c a r b o n o e m d i v e r s a s localizações
T A B E L A 111
C o r r o s ã o de a ç o - c a r b o n o em ambiente t r o p i c a l
V e l o c i d a d e de c o r r o s ã o , u m / a n o
Tipo d e a m b i e n t e Exposto, depois Exposto, d e p o i s Abrigado, depois
de 6 m e s e s de 24 m e s e s de 20 m e s e s
urbano, industrial 82,0 42,0 4,6
marítimo 121,0 119,0 4,1
floresta 12,0 4,3 3,3
bém no caso do solo, a água e o oxigénio são considerados fatores fundamentais. Alguns
pesquisadores admitem que quando o pH estiver na faixa de 5 a 9, este fator não é importante
no sentido de afetar a velocidade de corrosão. Nesse caso, somente a resistividade do solo
e a concentração de oxigénio seriam críticos.
Do mesmo modo, a corrosão por aeração diferencial pode acelerar a corrosão. Esse tipo
de diferenciação pode ocorrer, por exemplo, quando uma canalização atravessa dois solos
que se distinguem pela permeabilidade ao oxigénio. Nesse caso, origina-se uma corrente
galvânica da superfície da canalização com menor aeração (anódica), através do solo, em
direção à superfície com maior aeração.
383
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Os solos mais corrosivos são os que contêm grandes concentrações de sais solúveis que
pela sua presença, apresentam alta condutibilidade elétrica, ou seja, baixa resistividade* ). 223
Para combater a ação corrosiva em aço enterrado, considera-se que a prática mais efici-
ente e económica consiste na aplicação de proteção catódica, em que s e aplica corrente de
retificadores e corrente de ânodos, sacrificados isoladamente ou em conjunto com revesti-
mentos orgânicos.
1.3. Corrosão em água doce - Água doce inclui águas, poluídas ou não, de rios, lagos,
represas, poços etc. Nesse meio, os fatores mais importantes no sentido de acelerar a velo-
cidade de corrosão são representados por gases dissolvidos na água. O oxigénio age não
somente por si só, como igualmente acelera a ação do dióxido de carbono, sulfeto de hidro-
génio e de outros gases sólidos dissolvidos na água* '. O dióxido de carbono atua porque é
223
Para prevenir a corrosão em água doce, os métodos mais eficientes são: galvanização,
em tubos e tanques para água potável; eventualmente para aquecedores de água quente,
revestimento à base de vidro, com ânodos de magnésio para proteção catódica dos poros e
dós dispositivos diversos do aparelho; revestimentos orgânicos, nas superfícies internas de
tanques de água fria e inibidores em conjunção com fungicidas, em sistemas de resfriamento
por onde circula a água.
1.4 Corrosão em água salgada - A água salgada consiste numa solução relativamente
uniforme principalmente de cloretos de sódio e magnésio em água. Esses são os principais
agentes corrosivos desse meio, embora muitos outros minerais se encontrem dissolvidos na
água.
ATabela 112 apresenta as velocidades de corrosão típicas em água salgada e aTabela
(224)
T A B E L A 112
V e l o c i d a d e s d e c o r r o s ã o t í p i c a s d e d i v e r s o s a ç o s em á g u a s a l g a d a
V e l o c i d a d e s de p e n e t r a ç ã o m é d i a para
Tipo de a ç o t e m p o de s e r / i ç o , u m / a n o
1,5 a n o s 2,5 a n o s 4,5 a n c s 8,5 a n o s
carbono estrutural 120 105 85 70
aço com 0.12C max; 0,25-0,55Cu; 0,65
Ni max; 0,30-1,25Cr 105 110 95 80
a ç o c o m 0,22C max; 0,25Mn max;
0,20Cu min 110 95 75 65
aço com 1,8Mi e 0,81 Cu 135 115 90 80
aço com 2,6Cr e 0,52 M o 35 40 40 33
Ensaios realizados em Wrightsville Beach, Carolina do Norte, USA.
384
GFEDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
T A B E L A 113
V e l o c i d a d e s de c o r r o s ã o t í p i c a s de d i v e r s o s a ç o s e m á g u a s t r o p i c a i s
Velocidade d e p e n e t r a ç ã o , u m / a n o
Tipo de aço
1 ano 8 anos 16 a n o s
Água doce
aço-carbono 195 65 45
aço com 0,3 C u 200 75 45
Água salgada
aço doce 150 80 75
aço c o m 0,3Cu 150 90 80
aço c o m 2,0Ni 190 100 85
aço c o m 5 , 0 N i 160 100 85
aço c o m 5,0Cr 70 100 85
aço-carbono, no estado decapado.
Finalmente, aTabela 114Í ) apresenta uma espécie de guia para proteção de aço-carbo-
225
no em alguns ambientes.
T A B E L A 114
G u i a de p r e v e n ç ã o de c o r r o s ã o d e a ç o - c a r b o n o e m a l g u n s a m b i e n t e s
Método de
Atmosfera Solo Água doce Água salgada
prevenção
Revestimento Galvanização N ã o recomen- Galvanização Não r e c o m e n -
metálico: e l e - muito eficien- dada usada e m dada
trodeposição, te; eletrodepo- á g u a pot áv el .
galvanização. sição eficiente
para proteção
à corrosão e
efeito decorati-
385
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
Aços E FERROS FUNDIDOS
- absorção de gás oxigénio por átomos de cromo na camada superficial dos aços contendo
esse elemento de liga (que como se verá é o mais importante nos aços resistentes à corrosão):
- criação de uma distribuição favorável de elétrons entre o ferro e o cromo, auxiliada pela
absorção do oxigénio e prejudicada por hidrogénio.
onde se observa que, numa atmosfera industrial, o aço, à medida que o seu teor em cromo aumenta,
passa de um metal de grande corrosibilidade a um metal praticamente indestrutível pela corrosão.
A temperaturas elevadas, nota-se também o mesmo fato, isto é, à medida que aumenta o
teor de cromo, diminui a tendência à oxidação. Passa-se assim dos aços simplesmente ino-
xidáveis aos aços resistentes ao calor, que serão objeto de estudo no próximo capítulo e que
386
KJIHGFEDCBA
Aços RESISTENTES A CORROSÃO
RQPONMLKJIHGFEDCBA
o-
se caracterizam por apresentarem não só resistência à oxidação a elevadas temperaturas de
o. serviço, como também razoável resistência mecânica nessas temperaturas
ra
O gráfico da figura 1 5 6 ^ ilustra o efeito do cromo na resistência do aço à oxidação a
é, altas temperaturas,. Verifica-se que o efeito mais positivo do cromo, neste caso só s e desen
co volve quando o seu teor está acima de 20%.
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Aço Et oxídável
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mo Cromo, %
Fig. 1 5 5 - Gráfico ilustrando a passividade dos aços-cromo expostos durante 10 a n o s
al, a u m a atmosfera Industrial.
e- O gráfico da figura 157 > ilustra o fenómeno da passividade medido pela velocidade de
(227
la ataque de ligas Fe-Cr por ácido nítrico a 33%. As três curvas representam ensaios a três
temperaturas diferentes. Enquanto é mais difícil resistir a ácido quente, a velocidade do ata-
n- que químico a qualquer temperatura caí repentinamente a valor praticamente desprezível
e- quando o teor de cromo excede 1 2 % .
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387
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
Em resumo:
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Fig. 157 - Gráfico ilustrando o fenómeno d a passividade medido pela v e l o c i d a d e d e ataque
de ligas ferro-cromo por ácido nítrico a 33%.
4 . 1 . Composição química - O cromo, como foi visto, é o elemento mais importante; um teor
mínimo de 10% é exigido para atingir a necessária passividade que é, por assim dizer, com-
pleta com 20% a 30% de cromo.
O níquel segue ao cromo em importância; sua atuação faz-se sentir não só na melhora da
resistência à corrosão dos aços inoxidáveis ao cromo em soluções neutras de cloreto e em
ácidos de baixa capacidade de oxidação, como igualmente no sentido de melhorar suas
propriedades mecânicas. Essa influência é particularmente grande quando o teor de níquel é
superior a 6% ou 7%.
Na realidade, os aços inoxidáveis contendo simultaneamente cromo e níquel, chamados
austeníticos, constituem os melhores tipos de aços resistentes à corrosão. O carbono, forço-
samente presente em todos os tipos de aços, diminui ligeiramente a corrosão dos aços inoxi-
dáveis quando no estado dissolvido, decresce-a apreciavelmente q u a n d o na forma de
carbonetos livres e uniformemente distribuídos e pode causar completa desintegração dos
aços inoxidáveis ao cromo-níque! quando precipitado na forma de carbonetos nos contornos
dos grãos. O molibdênio geralmente aumenta a passividade e a resistência à corrosão nos
ácidos sulfúrico e sulfuroso a altas temperaturas e pressão e em soluções neutras de cloreto,
388
IHGFEDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
particularmente na água do mar. O cobre é, às vezes, adicionado nos aços inoxidáveis para
melhorar sua resistência à corrosão em certos reagentes, entre os quais o ácido sulfúrico. D a
mesma maneira atua o silício, cujo efefto principal, entretanto, é no sentido de melhorar a
resistência à oxidação a temperaturas elevadas. O manganês só é levado em conta como
produzindo efeitos acentuados quando é usado para substituir o níquel. O tântalo e o nióbio
são às vezes adicionados, sobretudo nos aços inoxidáveis cromo-níquel, devido à sua gran-
de avidez pelo carbono, evitando que s e produza um dos .tipos mais nocivos de corrosão - a
"corrosão intergranular". O nitrogénio também tem sido adicionado em aços ao cromo onde
há pequenas quantidades de níquel (0,5 - 1,0%, para melhorar a trabalhabilidade), níquel
esse que pode ser substituído por nitrogénio; do mesmo modo, pequenas quantidades de
nitrogénio podem ser introduzidas nos aços com 0,3 - 0,4% de carbono e 14,0% de cromo,
para melhorar sua dureza, sem prejudicar sua resistência à corrosão (o que ocorreria aumen-
tando-se o teor de carbono). O nitrogénio, em aços com 16 a 1 9 % de cromo e baixo carbono,
melhora sua soldabiiidade e a sua resistência à corrosão intercristalina. Finalmente, em aços
cromo-níquel e cromo-manganês, o nitrogénio melhora a estabilidade da austenita, em rela-
ção a temperatura de trabalho a frio, resultando numa economia de níquel! . 2281
HGFEDCBA
4.2. Condições de oxidação - É evidente que a velocidade e a extensão do ataque depen-
KJIHGFEDCBA da capacidade oxidante do meio circundante. Messe sentido, podem se classificar todos
dem
IHGFEDCBA
os meios corrosivos, quer líquidos, quer gasosos, em dois grupos: oxidantes, que tendem a
LKJIHGFEDCBA
tornar passiva u m a determinada liga; redutores, que tendem a diminuir sua passividade.
Em relação aos ácidos fortes, pode-se verificar experimentalmente que a linha divisória
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
entre os ácidos oxidantes e os redutores é representada pelo ácido sulfúrico. No lado
oxidante encontra-se o ácido nítrico e nq redutor o ácido clorídrico e o fluorídrico entre outros.
Assim sendo, o aço inoxidável que é perfeitamente empregado em meio oxidante como ácido
nítrico, perde toda a sua utilidade quando em contato com ácidos redutores.
• 3 89
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Aç o s E FERROS FUNDIDOS
ou mesmo segundos) pode sofrer uma quase completa desintegração após algumas horas
de exposição numa solução corrosiva. A temperatura que produz o f e n ó m e n o varia com o
0
tempo de aquecimentoí ; assim, por exemplo, num aço inoxidável do tipo 18-8 (18% de
2291
A discussão da influência desses fatores será feita concomitantemente com os meios que
podem ser empregados para combater o fenómeno. Esses meios são, entre outros, os seguintes:
- Reaquecimento do aço, que havia sido anteriormente aquecido na faixa perigosa 400-
800°C, a temperaturas entre 950°C e 1150°C, de modo a ter-se u m a redissolução dos
• carbonetos existentes nos contornos dos grãos. É preciso, para evitar s u a nova precipitação,
resfriar-se rapidamente através da faixa perigosa.
Esse reaquecimento, n e m sempre é c o n v e n i e n t e , pois pode o c o r r e r oxidação e
empenamento ou mesmo deformação das peças a essas temperaturas. Por outro lado, toda
vez que for preciso reaquecer o aço dentro daquela faixa de temperaturas, devido a uma
soldagem, por exemplo, pode ocorrer nova precipitação de carboneto com as consequências
indesejáveis j á conhecidas.
- Redução do teor de carbono do aço a teores que o tomem ineficaz na formação de
carbonetos ou na remoção do cromo dos grãos. A f i g u r a 158 ilustra de modo claro o efeito
(229)
do carbono na resistência à corrosão do aço inoxidável austenítico tipo 18-8. Para o traçado
da curva representada no gráfico, amostras de aço 18-8 com carbono crescente foram propo-
390
JIHGFEDCBA
GFEDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
oI / I I I
0,05 0,10 0,15 0,20
Teor de carbono, %
Fig. 158 - Efeito do teor de carbono sobre a corrosão de aço inoxidável 18-8 tratado
termicamente de modo a produzir a máxima precipitação de carbonetos.
391
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
Aç o s E FERROS PUWDÍDOS
0,080
0,070
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0,030
0,020
17 18 19 20
Teor de Cromo, %
4.5. Outros fatores - A resistência à corrosão dos aços pode ainda ser afetada pelos
seguintes fatores adicionais! ': 230
392
JIHGFEDCBA Aç o s RESISTENTES A COKROSAO
cidade de corrosão. A corrosão galvânica pode ocorrer num mesmo material metálico
que, por apresentar falta de homogeneidade de composição química ou de fases estrutu-
rais e, em contato com o eletrólito, provoque a criação de zonas distintas anódicas e
catódicas. Em resumo, não se aconselha, por exemplo, prender com pregos ou rebites de
alumínio ou de aço-carbono, peças de aço inoxidável mergulhadas em ambientes corro-
sivos, porque o aço comum e o alumínio estão mais próximos d a extremidade anódica d a
KJIHGFEDCBA
série galvânica. Do mesmo modo, não s e aconselha juntar peças de aço inoxidável entre
si ou com elementos nobres mediante soldagem ou brazagem pelo emprego de ligas
anódicas (menos nobres).
- tensões - podem originar corrosão - denominada "corrosão sob tensão"'"' - l e v a n d o
a rupturas de p e ç a s em serviço. Esse tipo de corrosão nos aços inoxidáveis não é muito
frequente; entretanto, o fenómeno t e m sido notado em s o l u ç õ e s que contêm cloretos
quando tensões elevadas (residuais o u aplicadas) estão presentes n o a ç o i n o x i d á v e l .
As soluções tidas como agressivas s ã o de cloreto de sódio, magnésio, cálcio, z i n c o e
lítio. Dentre e s s a s , uma solução f e r v e n t e concentrada de cloreto de magnésio é muito
agressiva e p o d e causar a ruptura de peças de aço inoxidável austenítico em p o u c o
tempo (1/2 a 2 horas), se o aço estiver sob uma tensão p r ó x i m a ao seu limite de e s c o -
amento. A f r a t u r a p o r " c o r r o s ã o s o b t e n s ã o " , pode s e r t a n t o i n t e r g r a n u l a r c o m o
transgranular. Admite-se que os aços inoxidáveis ferríticos n ã o estão sujeitos ao f e n ó -
meno de corrosão sob tensão p r o v o c a d a pela presença de soluções de cloretos. A i n c i -
dência da "corrosão sob tensão" p o d e ser atenuada ou evitada desde que se p r o c u r e
preencher os seguintes requisitos: projeto adequado da p e ç a , de modo a reduzir as
tensões flutuantes, térmicas ou m e c â n i c a s ; composição q u í m i c a adequada dos aços
inoxidáveis ( p o r exemplo, os aços inoxidáveis austeníticos contendo molibdênio s ã o
menos sujeitos ao fenómeno); t r a t a m e n t o térmico adequado, como recozimento final
para alívio de tensões (entre 815°C e 925°C), seguido de resfriamento ao ar o u e m
forno, confere imunidade à corrosão s o b tensão; tratamentos mecânicos como p o r j a c -
to-abrasivo ou jato de areia melhoram as condições de resistência do material a esse
tipo de corrosão, pois introduzem t e n s õ e s superficiais de c o m p r e s s ã o , c o n t r a b a l a n ç a n -
do as tensões de tração; tratamento q u í m i c o , como d e c a p a g e m , tornando a superfície
menos s e n s í v e l (do q u e u m a s u p e r f í c i e p o l i d a ) ; e v i t a r a s o l d a g e m e n t r e a ç o s
austeníticos e aços-carbonos ou ferríticos, em vista das t e n s õ e s originadas pela dife-
rença entre os coeficientes de dilatação durante o aquecimento e o resfriamento.
Como complemento das considerações até aqui feitas, podemos fazer as seguintes gene-
ralizações:
{*) "Stress-corrosion".
393
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Os aços pertencentes a essas classes são os de uso mais generalizado. Contudo, outros
tipos de aços resistentes à corrosão, com características importantes, vêm sendo emprega-
dos em condições especiais:
Os grupos I e II são essencialmente ligas de ferro e cromo; o grupo III compreende as ligas
de ferro-cromo níquel.
O carbono desempenha papel importante para localizar um aço de alto cromo na classe
martensítica ou ferrítica, como se pode verificar peio exame da figura 1 6 0 ' \, por 232
exemplo, que um aço com 1 6 % de cromo pode pertencer tanto ao grupo martensítico como
ao ferrítico, dependendo do teor de carbono.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
% de C r o m o
A seguir serão estudados os efeitos dos elementos cromo e níquel no diagrama de cons-
tituição Fe-C.
5.1. Efeito do Cr- Primeiramente será considerado o diagrama de equilíbrio da liga Fe-Cr, isenta de
qualquer carbono (fig. 161' ). Os principais pontos a notar no referido diagrama são os seguintes:
2331
- presença da chamada "lupa austenítjca", a qual indica que todas as ligas de composição
à direita da lupa, mais ou menos além de 1 2 % ou 13% de cromo, solidificam na fornia de
ferrita e como tal permanecem até a temperatura ambiente;
- a presença de uma fase quebradiça Fe-Cr, denominada "fase sigma", entre 42% e 48%
de cromo. À esquerda do campo em que está presente somente a fase sigma, nota-se um
campo em que estão presentes duas fases: ferrita ou ferro alfa e sigma. Assim sendo, os aços
inoxidáveis ferríticos com teor de cromo acima de cerca de 23% (como o AISI 446) já podem
apresentar essa fase quebradiça. A desvantagem da sua presença reside no fato de que a
mesma afeta as propriedades mecânicas do aço e sua resistência à corrosão. De fato, sendo
394
GFEDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
a fase sigma dura e quebradiça, sua presença tende a reduzir a ductilidade e principalmente
a tenacidade d o aço. A influência sobre a resistência à corrosão da fase sigma, no sentido dé
prejudicá-la, foi verificada experimentalmente. Alguns autores consideram que a fase sigma é
parcialmente responsável pelo fenómeno denominado "fragilidade a 475°C", que pode ocor-
rer nos aços inoxidáveis ferríticos. Esse assunto será novamente abordado. Verificando-se
que a presença da fase sigma é realmente prejudicial, pode-se atenuar esse inconveniente
pelo aquecimento do aço acima da máxima temperatura de estabilidade da fase sigma, de
modo a dissolvê-la na austenita ou convertê-la em ferrita delta. Assim, são restauradas as
propriedades normais. As temperaturas recomendadas são superiores a 900°C.
O sistema Fe-Cr toma-se bem complexo, quando o carbono estiver presente, mas seu estudo é
simplificado pela observação do que ocorre no diagrama Fe-C quando se introduz cromo em teores
crescentes. O efeito mais importante é verificado na zona austenítica, como mostra a figura 162.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% de Cromo
Note-se que, à medida que o teor de cromo aumenta, a faixa austenítica diminui, até
praticamente desaparecer para cerca de 2 0 % de cromo. Esse fato leva à conclusão de que,
à medida que o cromo cresce, a composição das ligas Fe-C-Cr que permitirá a obtenção de
endurecimento total por têmpera fica reduzida a limites cada vez mais estreitos.
Os diagramas das figuras 163, 164 e 1 6 5 correspondem a secções transversais do
(232)
diagrama Fe-Cr-C com respectivamente 6 % , 12% e 18% de cromo. Do seu exame, além da
paulatina redução da faixa austenítica, nota-se a precipitação, pelo esfriamento muito lento,
de excesso de carbonetos acima do eutetóide (ponto P), os quais serão encontrados em
equilíbrio no campo "gama mais carbonetos", à direita na linha SE.
Essas considerações são importantes, pois certos aços inoxidáveis com teores de cro-
mos elevados - entre 16% e 20% - podem tornar-se quebradiços pelo esfriamento muito lento,
admitindo-se que esse fenómeno seja associado a uma precipitação de carbonetos. Essa
395
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
fragilidade pode, entretanto, ser eliminada pelo reaquecimento a temperaturas entre 790 zyxwvut
°c Q
: zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
r 5.2. - Efeito do Ni - É interessante inicialmente verificar o efeito do níquel e do cromo na'
transformação alotrópica do ferro, o que está demonstrado na figura 166Í '. 234
Nessa figura estão colocados lado a lado os diagramas de constituição aproximados dossistemas
Fe-Ni e Fe-Cr. Qualquer dos elementos adicionados em quantidades apreciáveis, elimina o alotropia
do ferro, mas o níquel estabiliza a austenita, ao passo que o cromo estabiliza a ferrita. Assim, quando
ambos os elementos estão presentes, resulta uma situação de compromisso e ambas as formas
• alotrópicas podem se desenvolver nas suas temperaturas apropriadas. Aparentemente o níquel exer-
m ce uma influência mais decisiva do que o cromo, nos que diz respeito às formas alotrópicas do ferro.
1500
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,-'o
1400
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396
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LKJIHGFEDCBA
Fig. 164 - Secção transversal do diagrama Fe-Cr-C c o m 12% de Cr.
KJIHGFEDCBA
A figura 167 mostra a influência aproximada do níquel quando adicionado a uma liga Fe-
SRQPONMLKJIHGFEDCBA
Ni com 8% de níquel. Esses teores foram escolhidos devido à importância dos aços inoxidá-
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
veis do tipo 18-8 (18% Cr e 8% Ni).
A figura mostra que essa liga 18-8 seria, em princípio, terrífica à temperatura ambiente, no
estado de equilíbrio. Entretanto, como se verá, as condições de s u a fabricação são tais que
o equilíbrio não é geralmente alcançado, de modo que a liga, na realidade é austenítica às
temperaturas de serviço.
A figura 168< ) mostra secções uniformes a 0%, 3%, 6%, 9%, 12%, 15%, 18%, 2 1 % e
234
24% de cromo, dos diagramas Fe-Ni-Cr, revelando a mudança gradual que sofrem as fases,
à medida que s e adiciona cromo.
As figuras 169 e 1 7 0 correspondem a secções dos diagramas de equilíbrio Fe-Cr-Ni-C,
(23al
Esses aços estão todos incluídos na classificação AISI que considera os tipos indicados
na Tabela 115(235x236x237)1.238),
Os característicos mais importantes desses aços são os seguintes:
- são ferro-magnéticos;
- podem ser facilmente trabalhados, tanto a quente como a frio, sobretudo quando o teor
de carbono for baixo;
397
Aços E FERROS FUNDIDOS
398
Aços RESISTENTES A CORROSÃO zyxwvutsrqponmlkjihgf
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TEOR DE NÍQUEL EM %
399
Aços RESISTENTES A CORROSÃO zyxwvutsrq
6.1. Propriedades e aplicações dos aços inoxidáveis martensíticos - Em função da sua com-
posição química, os característicos desses aços e as aplicações mais comuns são as seguintes:
- tipos 403 e 410 - pelo seu baixo carbono são fáceis de conformar a frio no estado
recozido; são empregados em lâminas forjadas ou usinadas de turbina e compressores, te-
souras, canos de fusii, componentes de micrômetros e instrumentos de medida, componen-
tes para a indústria petroquímica e t c ;
- tipos 420 - pela alta dureza e razoável tenacidade que adquirem após adequado trata-
mento térmico, são empregados em cutelaria, instrumentos cirúrgicos, eixos de bomba, vál-
vulas, peças de motores a jato, mancais de esfera, parafusos, buchas, e t c ;
- tipos 414 e 431 - pelas altas dureza e resistência mecânica, são empregados em molas,
parafusos e porcas, peças para bombas, peças para aviões, eixos de hélices marítimas,
peças para fomos, componentes para a indústria petroquímica, etc. O tipo 431 é o de melhor
resistência à corrosão entre os aços inoxidáveis martensíticos;
- tipos 416, 416 Se e 420 F - por serem de usinagem fácil, adaptam-se facilmente a
operações de usinagem, sendo empregados em parafusos, porcas, hastes de válvulas, lâmi-
nas de turbina, cutelaria e t c ;
- tipos 440A, 440 B e 440 C- devido ao alto teor de carbono, possuem alta resistência ao
desgaste; por isso são empregados em instrumentos cirúrgicos e odontológicos, mancais de
esfera, válvulas, bocais e outras aplicações em que, além de resistência à corrosão, sejam
exigidas altas dureza e resistência ao desgaste.
6.2 Tratamentos térmicos dos aços inoxidáveis martensíticos - A Tabela 116 apresenta
(237)
aços, com as propriedades mecânicas médias resultantes. A esse respeito podem ser feitos
os seguintes comentários:
normal de ácido nítrico de aço inoxidável martensítico tipo "cutelaria". O gráfico mostra como zyxwvuts
401
Aços E FERROS FUNDIDOS
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402
Aços RESISTENTES A CORROSÃO zyxwvutsrqp
a perda em peso pelo ataque por parte de ácido nítrico diluído aumenta em vários aços
temperados de temperaturas diferentes quando são revenidos a diferentes temperaturas
durante uma hora. A melhora gradual da resistência à corrosão em função da temperatura de
RQPONMLKJIHGFEDCBA
têmpera é evidente. O estudo foi realizado em aço com 17,4% de cromo e 0,77% de carbono.
A explicação aparente" do fenómeno é a seguinte: a martensita, sendo uma solução
grandemente supersaturada de carbono, sofre uma precipitação de carboneto, quando o aço
for reaquecido após a têmpera; esse carboneto é muito rico em cromo. O aço, que exige que
todo o cromo fique em solução, perderá, em consequência, resistência à corrosão. O
revenido deverá, pois, ser aplicado com rigoroso controle. O gráfico d a figura 171 mostra, e m
resumo, dois fatos importantes:
PONMLKJIHGFEDCBA
Além do níquel, outras adições que podem serfeftas nesses aços ao cromo são as seguintes! . 2381
Alongamento - 1 0 % .
7. Aços inoxidáveis ferríticos - Neste grupo, o cromo é ainda o principal elemento de liga,
podendo atingir valores muito elevados, superiores a 25%. Como o teor de carbono é baixo -
máximo de 0,20% - a faixa austenítica fica totalmente eliminada e, em consequência, esses
aços não são endurecíveis pela têmpera.
ATabela 118 (2« )P« IP«!) apresenta os tipos principais.
Os tipos 405 e 409 são os de cromo mais baixos. A estrutura ferrrrjca é no 405 garantida
pela adição de alumínio que, como se sabe, é poderoso estabilizador da ferrita. Nesse tipo, a
quantidade de alumínio adicionada é suficiente para evitar a formação de quantidade apreci-
ável de austenita, quando o aço é aquecido a altas temperaturas. Esse fato tem grande
importância e significado nas operações de soldagem, as quais podem ser feitas normalmen-
te, sem que haja formação de martensita próximo à zona soldada, o que exigiria u m
recozimento posterior.
O tipo 430 é o mais usado, devido s u a grande resistência à ação de ácidos, sobretudo o.
403
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TABELA117
Tratamentos térmicos dos aços Inoxidáveis martensíticos e propriedades
mecânicas resultantes
Têmpera Revenido Propriedades mecânicas médias, após o tratamento térmico
Temperatura Tempo Melo d e r e s - Temperatura Tempo Dureza Limite resis- L i m i t e de es- Alonga- Resistência
Tipo
°C min. friamento °C h Brinell tência àtração coamento mento ao c h o q u e
AISI
kgf/mm 2 MPa kgf/mm 2 MPa % kgfm J
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410 925/1000 15 a 30 óleo 225/375 1 a3 360/380 130 1280 98 960 15 2,8/6,2 27,5/60,8
414 975/1050 15 a 30 óleo ou ar 225/400 1 a3 370/400 137 1340 102 1000 15 4,1/8,3 40,2/81,4
416 925/1000 15a30 óleo 225/375 1 a3 360/380 130 1280 98 960 12 2,8/6,2 27,5/60,8
431 975/1075 15a30 ar, ÓIBO, água 225/400 1 a3 370/400 137 1340 102 1000 17 4,1/8,3 40,2/81,4
420 975/1050 15 a 30 ar, óleo
quente 150/375 1 a2 470/530 .175 ' 1720 158 1550 8 ' 1,1/2,1 10,8/20,6
440A 1000/1075 15 a 30 idem 150/375 1 a2 500/560 189 1850 182 1790 5 0,4/0,8 3,9/8,85
440B 1000/1075 15 a 30 Idem 150/375 1 a2 520/590 196 1920 189 1850 3 2,9/6,9
0,3/0,7
440C 1000/1075 15 a 30 idem 100/375 1 a2 540/620 200 1960 193 1890 2 0,3/0,7 2,9/6,9
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aç o s E FERROS FUN DIDOS
AÇO INOXIDÁVEL DE
ALTO CARBONO PARA CUTELARIA zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
.UMJIgífíSfÇilMADfi,
nítrico e ácidos orgânicos e à ação da água do mar. Esse é o único tipo de aço do grupo
ferrítico que não é inteiramente ferrítico, podendo por resfriamento rápido sofrer um ligeiro
endurecimento. Entretanto, nesse aço como nos outros tipos do mesmo grupo, o tratamento
térmico usual é o recozimento para alívio de tensões e obtenção da máxima ductilidade. A
a d i ç ã o de enxofre, f ó s f o r o ou selênio, d a n d o o r i g e m ao tipo 4 3 0 F , melhora a sua
usinabilidade.
O tipo 442 possui melhor resistência à corrosão que os anteriores.
O tipo 446, sendo o de mais alto cromo da série, é o que apresenta maior resistência à
corrosão e à oxidação a altas temperaturas. Esse aço pode apresentar carbonetos dispersos
na ferrita ou nos contornos dos grãos, o que constitui um inconveniente, sobretudo porque
favorece o crescimento de grão durante o aquecimento, resultando em resistência ao choque
mais baixa que a normal.
7.1. Propriedades e aplicações dos aços inoxidáveis ferríticos - Como j á foi mencionado o tipo
430 é o mais conhecido e utilizado. É facilmente conformado a frio e apresenta um encruamento
inferior ao dos aços austeníticos. Possui ainda boas propriedades de resistência à corrosão tanto à
TABELA118
Aços Inoxidáveis ferríticos
Tipo C Mn P s Si
Cr Ni Mo Outros
AISI max. m a x . m a x . max max.
405. 0,08
1,00 0,040 0,030 1,00 11,50/14,50 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
- — Al=0,10/0,30
409 0,08
1,00 0,045 • 0,045 1,00 10,50/11,75 - — T i = 6 X C m i n . (0,75 max.)
429 0,12 1,00 0,040 0,030 1,00 14,00/16,00 - — — •>
430 0,12 1,00 0,040 0,030 1,00 16,00/18,00 - — —
430F 0,12 1,25 0,060 0,15 min. 1,00 16,00/18,00 - 0,60 max.' —
4 3 0 F Se 0,12 1,25 0,060 0,060 1,00 16,00/18,00 - - Se=0,15 min.
434 0,12 1,00 0,040 0,030 1,00 16,00/18,00 - 0,57/1,25 —
436 0,12 1,00 0,040 0,030 1,00 16,00/18,00 - 0,75/1,25 Nb+Ta=5xC min.(0,70 max.)
442 0,20 1,00 0,040 0,030 1,00 18,00/23,00 - — —
446 0,20 1,50 0,040 0,030 1,00 23,00/27,00 - — N=0,25 max.
* Elemento opcional.
406
JIHGFEDCBA
FEDCBA Aços RESISTENTES À CORROSÃO
temperatura ambiente como a temperaturas mais elevadas. Resiste à ação de gases sulfurosos
secos e quentes. Seus usos abrangem um campo muito grande, como indústria automobilística,
dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
indústria de aparelhos defrodomésticos e indústria química. Outros empregos incluem: decora-
ções arqurtetônicas interiores, equipamento de restaurantes e de cozinhas, peças de fomos etc.
Os tipos 430 F e 430 Se são variações do tipo 430. Devido seus característicos de fácil
usinabilidade são empregados para produzir peças em máquinas operatrizes automáticas,
tais como parafusos, porcas, ferragens etc.
O tipo 405, pelo fato de apresentar alumínio, apresenta bons característicos de tenacida-
de em estruturas soldadas, onde é empregado em temperaturas elevadas. Aplicações típicas
incluem tubos de radiadores, caldeiras, recipientes para indústria petroquímica etc.
O tipo 409 é facilmente trabalhável a frio e produz soldas muito tenazes. Seu emprego faz-
se principalmente em exaustores de automóveis.
O tipo 434 é semelhante ao 430, com adição de molibdênio que melhora seus caracterís-
ticos de resistência à corrosão atmosférica. Tem sido empregado na manufatura de compo-
nentes da indústria automobilística, como por exemplo, pára-choques de automóveis.
O tipo 436 é também semelhante ao 430, com adição simultânea de molibdênio e nióbio,
de modo a melhorar suas resistências à corrosão e ao calor.
O tipo 442 apresenta boa resistência à oxidação, por isso é empregado para serviço a alta
temperatura quando não se exige facilidade de conformação. Seus principais empregos são:
gfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
peças de fomos e de câmaras de combustão.
O tipo 446, por ser dentre todos os aços inoxidáveis ferríticos, o que contêm maior teor de
cromo, possui excelente resistência à oxidação até temperaturas da ordem de 1200°C. Por
isso, são erripregados em peças de fomos, queimadores, radiadores, recuperadores etc.
Contudo, sua resistência mecânica a temperaturas elevadas é baixa, de modo que para
essas aplicações prefere-se os aços inoxidáveis austeníticos do tipo AISI 310.
As principais propriedades mecânicas desses aços inoxidáveis ferríticos estão indicadas
na Tabela 119< >.
242
7.2 Tratamentos térmicos dos aços inoxidáveis ferríticos - Como esses aços não s ã o
endurecíveis, o tratamento usual é um recozimento para alívio de tensões originadas na
conformação a frio e para obtenção da máxima ductilidade. A T a b e l a 120< ) indica, para
243
aumento de dureza e queda da ductilidade e alguns autores o atribuem à fase sigma (Fe-Cr)' . 2291
A fase sigma aparece principalmente nos aços com 2 5 % a 3 0 % de cromo. O seu apareci-
mento é acelerado por adições de níquel, manganês e silício. Por outro lado, aparece tanto
mais rapidamente quanto mais ele se aproxima de temperatura do limite superior de estabili-
dade (cerca de 600°C). O aquecimento a uma temperatura mais elevada transforma a fase
sigma em ferrita e provoca o desaparecimento da fragilidade que ela confere aos aços. Esse
aquecimento deverá ser de várias horas a 800°C ou de aproximadamente meia hora a 850°C.
Sua aparência microscópica é na f o r m a de um precipitado de rendilhado contínuo ao
longo dos contornos dos grãos.
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Essa fragilidade - denominada "fragilidade a 475°C"- que se revela nos aços inoxidáveis
ferríticos de alto cromo é, segundo alguns autores, devida a u m a modificação do reticulado
cristalino e rearranjo atómico, que precede e prepara a precipitação d a fase sigma. O assunto
é ainda muito controvertido. Parece, por outro lado, que o carbono, o nitrogénio, o hidrogénio
e oxigénio favorecem o fenómeno de "fragilidade a 475°C", principalmente o oxigénio, pela
provável formação de óxido de cromo CrO, ao ser mantido o aço em certas faixas de t e m p e -
raturas. De qualquer modo, a última palavra sobre o assunto parece que ainda não foi dada.
É certo, finalmente, que a fragilidade a 475°C pode ser eliminada pelo reaquecimento do
aço a temperaturas superiores a 600°C, seguido de resfriamento rápido através da tempera-
tura perigosa.
407
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aç o s E FERKOS FUNDIDOS
T A B E L A 119
Propriedades mecânicas mínimas d e aços inoxidáveis ferríticos
T A B E L A 120
Valores i n d i c a t i v o s d e t e m p e r a t u r a , t e m p o e m e i o s d e r e s f r i a m e n t o p a r a o p e r a ç ã o de
r e c r i s t a l l z a ç ã o de a l g u n s a ç o s i n o x i d á v e i s í e r r í t i c o s
- aços ao cromo-níquel O
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- aços ao cromo-manganês-níquel ^ )
A maior parte dos aços austeníticos comumente empregados pertence ao primeiro grupo. Oszyxwvut í~j
mais conhecidos e populares são os 18-8 em que o teor médio de cromo é 18% e o de níquel 8%.
A introdução do níquel melhora consideravelmente a resistência à corrosão e a resistência à oxida- O
ção a altas temperaturas, visto que, na maioria dos reagentes, o níquel é mais nobre que o ferro e, f
além disso, forma uma camada de óxido que protege o aço espontaneamente. Para comprovar v . 1
esse fato, demonstra-se que a restauração da película inerte protetora que tenha sido retirada de
uma aço inoxidável ao Cr-Ni é muito mais rápida do que a de um aço inoxidável somente ao cromo. —
O segundo grupo, menos importante, apareceu na década de 30 e o seu desenvolvimento Ç\
ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, em razão da menor disponibilidade de níquel. Neles, "
parte do níquel (cerca de 4 % ) é substituído por outros elementos de tendência austenitizante, ( ^ )
como o manganês (em torno de 7%) e o nitrogénio (em teores não superiores a 0,25%). ^
Os característicos principais dos aços inoxidáveis austeníticos são: C.
austenita que, sob o efeito das tensões do encruamento, transforma-se parcialmente e pau- ( . . )
latinamente em ferrita. Essa ferrita, supersaturada de carbono, nas mesmas condições que v
uma martensita, contribui para o endurecimento excepcional do aço. O estiramento a frio, por v . '
exemplo, do aço 18-8 pode produzir resistência à tração da ordem de 250 kgf/mm (2450 2
MPa) com uma porcentagem de deformação que num aço comum não produziria mais do que ^~
cerca de 140 kgf/mm (1370 MPa). i
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
2
encontra no estado recozido ou encorado (um quarto duro, meio duro, três quartos duro ou
totalmente duro).
Essas propriedades dependem igualmente da forma do produto acabado ou semi-acaba-
do (barras, fios, tiras, chapas etc) e, obviamente, da composição química.
Como esses aços não são endurecíveis por têmpera, o aumento d a dureza e resistência
mecânica só pode ser obtido por encruamento. Como exemplo, aTabela 122 indica os valo-
res que podem ser obtidos pelo encruamento do aço AlSl 3 0 1 .
Quanto aos característicos gerais e empregos típicos dos aços inoxidáveis austeníticos, a
seguir são apresentados alguns dados:
- tipo 301 - Este aço é, juntamente com os tipos 302, 304 e 302B, o mais popular; possui
boa trabalhabilidade e é empregado em ornamentação, utensílios domésticos, fins estrutu-
rais, equipamento para a indústria química, naval, fabricação de alimentos, transporte etc.
- tipo 302 - Característicos idênticos aos do tipo 301 e aplicações semelhantes.
- tipo 302B - Devido à presença de silício, possui melhor resistência à formação de casca
de óxido a temperaturas mais elevadas. Emprega-se em peças de fomos.
- tipo 303 - Característicos de fácil usinabilidade: eixos, parafusos, porcas, peças de car-
burador, buchas, válvulas etc.
- f/po 304 - Menos suscetível à corrosão intercristalina, pelo teor mais baixo de carbono;
equipamento para processamento de alimentos, recipientes criogênicos.
- f/po 308 - Maior resistência à corrosão q u e o 18-8 (Cr-Ni); para eletrodos de solda,
Tabela 1 2 2
Valores de p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s e m f u n ç ã o d a i n t e n s i d a d e d e e n c r u a m e n t o
d o aço i n o x i d á v e l t i p o A l S l 301
412
BA
EDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
400 -
300 -
8.2.1. Solubilização - Este tratamento é uma espécie de têmpera e visa garantir a manu-
tenção da estrutura austenítica à temperatura ambiente. Consiste em aquecer-se o aço a
uma temperatura suficientemente elevada para remover as modificações estruturais resul-
tantes dos processos de fabricação, dissolver os carbonetos presentes (sobretudo os de
cromo) e, após o tempo necessário à temperatura, resfriar rapidamente. O resfriamento deve
ser rápido para evitar a precipitação de carbonetos, a qual acontece na faixa 450°C-850°C.
ATabela 123< > indica alguns valores de temperatura para o tratamento de solubilização.
24s
O terhpo à temperatura depende das dimensões das peças e deve ser o mínimo necessá-
rio; Para espessuras da ordem de 1,5 a 3,0 mm o tempo é de 3 a 5 minutos. O resfriamento é
em água ou o ar em peças de muito pequena espessura (décimos de milímetros):
413
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
Aços E FERROS FUNDIDOS
Fig. 173 -Aspecto micrográfico de aço inoxidável austenítico tipo 18-8, mostrando z o n a superficial
de corrosão intergranular. S e m a t a q u e . Aumento: 100 v e z e s .
Fig. 1 7 4 - N ú c l e o não corroído do mesmo aço d a figura 173; verifica-se a estrutura normal de aço
inoxidável austenítico.Ataque: percloreto de ferro.Aumento: 1.000 v e z e s .
414
JIHGFEDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
T A B E L A 123
Faixas d e t e m p e r a t u r a s para s o l u b i l i z a ç ã o de a l g u n s a ç o s I n o x i d á v e i s austeníticos
Tipo Temperatura, ° C
201,202 1010/1120
301,302,3028
303, 303 Se 1010/1120
304, 305, 308 1010/1120
304 L 1010/1120
309, 309 S 1040/1120
310, 310 S 1040/1065
314 1040/1120
316 1040/1120
317 1065/1120
316L, 317L 1040/1105
321 955/1065
347, 348 980/1065
415
•Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
— * " Outros elementos, como o cobalto, o nióbio, o titânio e o alumínio podem ser adicionados;
I
o cobalto com o objetivo de melhorar a soldabilidade e a resistência ao desgaste; o nióbio
para melhorar a resistência à corrosão e ao desgaste; o titânio e o alumínio para favorecer o
endurecimento por precipitação.
^--n.As propriedades como a resistência mecânica desses aços são, portanto, de um modo geral,
superiores às dos aços inoxidáveis com apenas estrutura austênica. Isso deve-se ao fato das estru-
turas duplex apresentarem grãos mais finos que os aços inoxidáveis de uma única fase. A formação
da estrutura granular mais fina deve-se à formação das estruturaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
duplex no estado sólido e às suas
características de encruamento e recristalização, assim como às limitações de crescimento de grão.
A tenacidade dos aços inoxidáveis duplex, após solubilização e resfriamento muito rápi-'
do, varia de boa a muito boa.
Contudo, é importante analisar como a presença de elementos de liga podem afetar essa
característica. É sabido que a presença de muitos elementos de liga simultaneamente provo-
ca precipitação de numerosas fases nesses aços, às vezes em grande quantidade.
A ação desses elementos de liga e das fases resultantes sobre a dureza é positiva, pois
ela é melhorada; entretanto, a tenacidade é diminuída, o que deve ser levado em conta nas :8r
aplicações em que essa característica é importante.
Essa ação dos elementos de liga leva à conclusão que o tratamento térmico dos aços
inoxidáveis duplex exige cuidados especiais e é fundamental o conhecimento dos processos
de precipitação que podem ocorrer em ampla faixa de temperaturas (1350° a 350°C).
A figura n 176< > compara a resistência ao impacto (tenacidade) em função da tempera-
a 24<i
tura de um aço duplex com a de um aço inoxidável austenítico. Verifica-se que a energia rafe-
abson/ida pela aço duplex cai de valores altos para valores baixos por volta de -50°C, fato
esse que é devido à transição fratura dúctil a frágil da ferrita. 1É
As propriedades superiores dos açbs inoxidáveis duplex em relação aos outros tipos de
aços inoxidáveis são a principal causa da utilização crescente desses materiais em aplica-
ções de grande responsabilidade, tais como:
1600
L
F+L
^-A+F+L
y^.-<
1400 y
/ /
à / A+L
a O
cd7 1200
e F
cd /F+A/ A
CD
r
£ 1000
.CD
-
A [
I
800
F
FI A
; I
áI G
I
600 :' I 1
o 30 25 20 15 10 5 C r (%),
i I
0 5 10 15 20 2 5 Mi (%)
T A B E L A 124
scbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A l g u n s t i p o s de a ç o s Inoxidáveis duplex
Designação Cr Ni Mo N Outros
-'
Ligas Trabalhadas
a X2 CrNiMoSi 19 5 (DIN) 18,5 5 2,7 0,07 1,5 Si
X2 CrNiM 23 4 (DIN) 23 4 0,2 0,1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
-
X2 CrNIMoN 2 2 5 (DIN) 22 5,3 3 0,17 -
UNS 532760 25 7 3,6 0,25 0,70Cu, 0.70W
s :8r
UNS 532750 25 7 3,8 0,28 -
UNS S31200 25 6 1,2-2,0 0,14-0,2 2,0Mn-1,0Si
UNS S311260 25 6,5 2,5-3,0 0,10-0,3 0,2-0,8Cu, 0,1-0,5W
UNS S32404 21,5 7,0 2,5 0,20 1,0-2,OCu, 2,0Mn, 1.0S1
Ligas Fundidas
X3 CrNIMoN 2 6 6 3 (DIN) 25,5 8,0 3,0 0,2 -
G-X3 CrNiMoN 2 6 6 3 3 (DIN) 25,5 6,0 3,0 0,25 3,0Cu
rafe-
G-X3 C r N i M o C u N 2 4 6 5 (DIN) 24,0 6,0 5,0 0,2 2,0Cu
e
11 l i A escolha do tipo adequado do aço duplex, baseado principalmente no teor de cromo,
varia de acordo com o campo de aplicação, em função sobretudo da maior ou menor resistên-
cia à corrosão, resistência à oxidação e tenacidade desejadas.
10. Aços inoxidáveis endurecíveis por precipitação - São aços desenvolvidos logo após a
Segunda Guerra Mundial que se caracterizam por poderem ter suas propriedades mecâni-
jgpp. cas melhoradas por tratamento de envelhecimento.
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 417
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
11. Aços nitrônicos- São aços inoxidáveis contendo nitrogénio de 0,14 a 0,32%, como a
Tabela 1 2 7 mostra, com altos teores de cromo e manganês, além de níquel e, eventual-
(24sl
MPa) para o tipo 33 a 84,0 kgf/mm (820 MPa) para o tipo 32. Podem ser ambos encruádos,
2
resultando em resistência mecânica mais elevada. O tipo 33 tem sido usado na forma de
barras e fios, ao passo que o tipo 32, na forma de chapas, tiras e tubos.
Apresentam ambos idêntica resistência à corrosão na maioria dos meios corrosivos.
O tipo 33, no estado recozido, apresenta limite de escoamento quase que o dobro do
convencional 304, ou seja, cerca de 47,0 k g f / m m (460 MPa) para cerca de 24,0 kgf/ (240
2
MPa) mais elevada. Sua resistência ao desgaste é igualmente muito superior - cerca de três
vezes - à do tipo 304.
O Nitrônico 40 apresenta, à temperatura ambiente, um limite de escoamento cerca de
duas vezes maior que o dos aços inoxidáveis austeníticos comparáveis, tais como 304 e 347,
além de excelentes resistências à corrosão e à oxidação: Ensaios mostraram que a -253°Cj
esse tipo de aço Nitrônico tem boa resistência e tenacidade, o que o t o m a indicado para
armazenamento e transporte de gases liquefeitos.
O Nitrônico 50, que é o mais altamente ligado dentre os tipos Nitrônicos, apresenta melhor .
resistência à corrosão que os tipos convencionais 316 e 316L e cerca do dobro do limite de
escoamento. Nesse aço, adiciona-se comumente também Mo, Nb e V para aumentar sua
resistência mecânica e sua resistência à corrosão. Pode ser encruado, o que melhora ainda
mais sua resistência, a qual pode atingir valores d a ordem de 170 k g f / m m (1670 MPa). É
2
produzido na forma de barras, fios, chapas, tiras e tubos. Aplica-se nas indústrias química e
naval, em bombas, válvulas, cabos, correntes, molas e acessórios diversos.
Finalmente, no Nitrônico 60, o teor relativamente elevado de sSício rneihoca a resistência -
à oxidação do aço, fato esse que tende a melhorar a resistência do material em emprego
onde ocorre atrito de metal com metal, sem lubrificação.
À temperatura ambiente, o tipo 60 apresenta 41,0 kgf/mm (400 MPa) de limite de escoa
2
mento, 71,0 kgf/mm (700 MPa) de limite de resistência à tração e 62%> de alongamento. A •
2
altas temperaturas, até 815°C, sua resistência mecânica é bem maior que a do tipo conven-
cional 304. Por essa razão e por sua excelente resistência à oxidação, um dos empregos g :
418
HGFEDCBA Aços RESISTENTES A CORROSÃO
a
-
-
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-
5
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e
o .—- Austenítíc 0
0 — i m"/
0
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-50 0 50
Temperatura em, °C
A •
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Pi? tu 01
• 3
83 2
1,1
í
8zyxwvutsrqp
1I
Is-
T A B E L A 125
Denominação comercial e correspondência aproximada c o m a
d e s i g n a ç ã o A S T M de a l g u n s a ç o s I n o x i d á v e i s e n d u r e c í v e i s p o r p r e c i p i t a ç ã o
Designação Designação
Classe C max. Mn max. P max. S max. Si m a x . Cr NI* Cu Outros
comercial ASTM A564
Martensíticos 17-4PHW 630 0,07 1,00 0,04 0,03 1,00 16,50 4,00 4,00 Nb + Ta = 0,30
Stainless 635 0,08 1,00 0,04 0,03 1,00 16,75 6,75 zyxwvutsrqponmlkjihgfedc
- Al = 0,4 max.
Tl = 0,8
Semi-austenítlcos 17-7PH'" 631 0,09 1,00 0,04 0,03 1,00 17,00 7,10 - Al = 1,10
IS PH 15-7 M o " ' 632 0,09 1,00 0,04 0,03 1,00 15,00 7,10 - Mo = 2,50
AM-3501 ' 3 0,08 0,80 0,01 0,01 0,25 16,50 4,30 - Al = 1,10; M o = 2,75
N = 0,10
AM-3551 )
3 634 0,13 0,95 0,01 0,02 0,25 15,50 4,30 - Mo = 2,75
N = 0,10
Austeníticos 17-10P»' 0,15 1,00 0,30 0,04 1,00 17,00 10,75 -
17-14CuMo<" 0,12 0,75 0,020 0,01 0,50 15,90 14,10 3,00 Mo = 2,5; Nb = 0,45
Tl = 0,25
l' valor médio; (1) marca da Armco Steel Corp.; (2) marca da United States Steel Corp.; (3) marca da Allegheney Steel Corp.
1
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
Aços E FERROS FUNDIDOS
T A B E L A 127
C o m p o s i ç õ e s típicas d e a ç o s i n o x i d á v e i s ao n i t r o g é n i o
baixas. Nesse aço, a resistência à fluência é melhorada pela formação de carbonetos do tipo M C a
pela reação de carbono com cromo. Do mesmo modo, o nitrogénio forma com o cromo o nitreto Cr N 2
que como o M^C^ - contribui para melhorar a resistência à fluência, mediante endurecimento por
precipitação. O nitrogénio estabiliza a estrutura austenítica e reduz a tendência à formação da fase
sigma. O silício confere boa resistência à oxidação, através do S i 0 que se localiza na camada 2
oxidada superficial, devido sua baixa permeabilidade aos íons metálicos e sua boa adesão ao
metal-base. Finalmente, os metais das terras raras favorecem o crescimento do SiO , contribuindo a
Ambos resistem ao ataque por parte de cloretos, álcalis, ácido nítrico, ureia, aminas e
ácidos orgânicos. O tipo 29-4-2 possui grande resistência à ação de ácidos redutores diluídos
e o 26-1, devido ao seu alto teor de cromo, apresenta excelente resistência à oxidação a alta
temperatura.
Outros tipos desenvolvidos pela Uddeholm e pela Crucible apresentam as seguintes com-
posições respectivamente:
Esses aços caracterizam-se por possuírem resistência à corrosão geral, à corrosão loca-
lizada e à corrosão intergranular. Aqueles que contêm nitrogénio, possuem melhor resistên-
cia à fluência, como j á se viu.
O aços 1805 LC, 2205 LCN, 1925 LC e 4221 resistem à fissuração por tensão, na presen-
ça de cloretos. Os aços 1805 LC e 2205 LCN são do tipo "duplex", ou seja, ferríticos-
austeníticos.
As ligas Incoloy e Inconel não são consideradas ligas ferrosas.
Finalmente, pesquisas estão sendo desenvolvidas no sentido da produção de novos aços
inoxidáveis austeníticos com manganês e alumínio, como substitutos do níquel e de cro-
m o ' ' . Nesses aços, a resistência à oxidação seria devida ao alumínio e a combinação Mn-
252
422 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
KJIHGFEDCBA
HGFEDCBA Aç o s RESISTENTES A CORROSÃO
14. Usinabilidade dos aços inoxidáveis - A usinagem dos aços inoxidáveis é mais difícil
que a dos aços comuns. Porém, os aços inoxidáveis ferríticos ou martensíticos não são
especialmente difíceis de usinar, ao contrário dos aços austeníticos e duplex. Nesses aços,
a usinabilidade piora-à medida que o teor de elementos de liga aumenta. Admite-se que essa
dificuldade seja devida principalmente à alta taxa de encruamento e baixa condutibilidade
gfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
térmica, esta última dificuJtando a formação de cavaco durante a operação de usinagem. De
fato, a c a m a d a encruada de alta resistência se opõe ao avanço da ferramenta; a alta
ductilidade provoca a formação de um cavaco contínuo, facilitando a formação de cratera na
ferramenta, a baixa condutibilidade térmica provoca atrito elevado na interface metal/ferra-
menta, resultando em aquecimento da região de corte, o que não dissipa o calor gerado.
C Nos aços austeníticos, o aumento dos teores de níquel, cromo e molibdênio provoca
N queda da usinabilidade; o fósforo e o cobre a melhoram.
or As inclusões igualmente afetam a usinabilidade: óxidos, sobretudo alumina, prejudicam a
se usinabilidade, por serem duros e abrasivos; ao contrário, o sulfeto de manganês MnS, por
da ser mole e deformável, beneficia a usinabilidade.
ao Para melhorar a usinabilidade dos aços inoxidáveis, o enxofre é normalmente o elemento mais
o empregado; contudo provoca queda da plasticidade a quente do aço, além de provocar queda da
resistência à corrosão. O fósforo, o telúrio e o selênio também melhoram a usinabilidade, porém
o, provocam a queda de outras propriedades e produzem efeitos secundários indesejáveis.
o Experiências com o bismuto' , em teores de mais ou menos 0,13%, mostraram que a
2531
s utilização desse elemento é a melhor opção no momento, pois atua como o chumbo cujas
e partículas reduzem o atrito entre a ferramenta e a peça sob usinagem, sem provocar os
e efeitos indesejáveis do chumbo.
a 15. Conclusões - Pelo exposto verifica-se a importância dos aços inoxidáveis em todas as
atividades, o q u e pode ser resumido através dos benefícios que os mesmos apresentam:
os
o-
n-
VUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 423
(0,2%), k g f / m m 2 44 47,6 28,7 21 25,2 30 23 42
Alongamento, % 30 30 40 34 30 40 25 55
Kl " i 'tj, 1 , 1 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
.íil/tet"-?*! : zyxwvutsrqponmlkjihgfed
;--!-ii;:;-<N:..vl-!?i; ' 1 . . -1 1 *
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
K :F'ív,í'>"'T? ;': 1
>
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
cn
t n
Material Cronlfer Cronlfer Cronlfer Cronlfer Cronlfer Cronlfer NIcrofer NIcrofer
1805 L C 2205 L C N 1713 L C N 2328 2522 L C N 1925 L C 4221 6020 H M o
Ligas Uddeholm Sandvlk 317 L M Sandvlk Uddeholm lncoloy Inconel
comparáveis 44L 2205 2RK65 904 L 825 625
Sandvlk
2RK65
Cmax. 0,03 0,03 0,03 0,04 0,02 0,02 0,025 0,10
Cromo 18,50 22,00 17,00 23,00 20,50 20,50 21,00 21,50
Níquel 4,70 5,00 13,00 27,00 25,00 25,00 42,00 61,00
Molibdênio 2,70 3,00 4,30 2,75 4,70 4,70 3,00 9,00
Cobre zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- - - 3,00 1,50 1,50 2,30 _
Nitrogénio - 0,15 0,14 - - _ _
Nb mais Ta - - - - - - _ 3,65
Outros Si, Mn Si, Mn SI, Mn SI, M n . T i Si, Mn Si, Mn Al, SI, Mn.TI Al, SI, M n , Tl, Co
Limite Reslst.
tração, k g f / m m 2 70-94,5 68-88,2 58,8-77,7 49,7-75 53,2 49,7-80,5 58,8 84
Limite escoamento
(0,2%), k g f / m m 2 44 47,6 28,7 21 25,2 30 23 42
Alongamento, % 30 30 40 34 30 40 25 55
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
1. Introdução - OszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
aços resistentes ao calor, também chamados "aços retratados", são
aqueles que quando expostos de modo contínuo ou intermitente, em meios de várias nature-
zas (gasosos ou líquidos), à ação de temperaturas elevadas, apresentam capacidade de
suportarem aquelas condições de serviços, química e mecanicamente.
Os principais campos de aplicação desses materiais situam-se nas indústrias de refino do
petróleo e química, em equipamentos para aquecimento (fomos, estufas, e t c ) , em turbinas a
gás e a vapor, na indústria automobilística, aeronáutica e semelhantes.
Nesses e noutros setores de engenharia, em temperaturas superiores a do ambiente -
acima de 400°C por exemplo - é óbvio que as propriedadeds normais que os metais apresen-
tam começam a perder seu significado. Não só as condições de corrosão e oxidação são
agravadas, como também se verifica apreciável queda na rigidez do material traduzida por
uma deformação plástica acentuada sob ação de um esforço mecânico. Este fenómeno de
deformação lenta sob a ação de uma carga constante, aplicada durante longo período de
tempo, a uma temperatura superior à ambiente, chama-se, como se sabe, "fluência"^).
A resistência à fluência, juntamente com a resistência à corrosão e à oxidação a altas
temperaturas, são, portanto, dois dos requisitos exigidos dos aços refratários. Outros carac-
terísticos que adquirem importância maior nesses tipos de materiais são a expansão térmica,
a estabilidade estrutural e a fadiga.
É essencial, pois, o estudo e o conhecimento perfeito de todos esses requisitos para a
escolha adequada do tipo de aço destinado a serviço a altas temperaturas .
do metal que o originou, a camada de óxido será insuficiente para recobrir o metal e se
apresentará porosa, de modo a premitir que o oxigénio renove o ataque ao metal e que a
reação de oxidação porssiga. No caso do volume de óxido ser maior que o do metal atacado,
a camada de óxido formada será compacta, sem apresentar descontinuidade e a oxidação,
devida ao ataque direto do oxigénio sobre o metal, não se produzirá mais. Entre os metais
peretencentes ao grupo cujos óxidos têm a propriedade de se apresentarem em maior volu-
me do que o metal que.os originou, situam-se o alumínio, o cromo, o cobalto, o cobre, o ferro,
o manganês, o níquel, o silício, o tungsténio e outros. A maioria desses elementos está
presente, como se verá, nos aços refratários.
Entretanto, não é suficiente que a camada de óxido formada tenha os característicos
acima, de compacidade e sem descontinuidade. De fato, a reação de oxidação pode ainda
ocorrer a uma certa profundidade da camada oxidada, por difusão seja de átomos metálicos,
seja de oxigénio através de camada de óxido. Veja-se o caso particular do ferro.
426
NMLKJIHGFEDCBA Aços RESISTENTES AO CALOR -
ONMLKJIHGFEDCBA
Admite-se, para a explicação do mecanismo de oxidação do feno, que se verifiquem
duas difusões e m sentidos contrários: difusão do oxigénio para o interior e difusão do ferro
para a periferia. No caso do ferro, supõe-se que este último tipo de difusão - do ferro em
direção à periferia - seja o mais importante e admite-se que ele tenha lugar com o ferro no
estado de íons e que"os íons metálicos positivos, muito menos volumosos que os íons de
oxigénio, possam deslocar-se com muito maior facilidade através do reticulado cristalino. Por
outro lado, para que ocorra a difusão dos íons metálicos através da camada de óxido, é
necessário que esta possa ser susceptível de apresentar diversas composições químicas. É
o que ocorre com os óxidos de ferro, de cobre, de níquel e de cobalto.
No caso particular da oxidação de ferro, a temperaturas acima de 550°C, no ar, ou no oxigénio,
à pressão atmosférica, há formação de três camadas oxidadas, cujo teor em oxigénio diminui da
superfície em direção ao metal: uma camada mais externa de F e 0 , uma camada intermediária de
2 3
Fe 0 e a camada mais interna, adjacente ao ferro de FeO. No caso, pois, do ferro ou de metais cuja
3 4
camada de óxido pode apresentar teor variável de oxigénio conforme a profundidade, a reação de
oxidação prossegue, devido à possibilidade de reação de difusão do oxigénio e do metal.
Há outros elementos, entretanto, para os quais a camada oxidada formada é realmente imper-
meável, porque o óxido constituído apresenta uma única composição em toda a extensão da
camada, tomado difícil a difusão do oxigénio ou do metal e sendo portanto de natureza realmente
protetora. É o caso dos óxidos S i 0 , C r 0 e A1 0 . No silício, cromo e alumínio, uma vez formados
2 2 3 2 3
0 Tempo
Fig. 177 - Curva de fluência, determinada em ensaio sob c a r g a constante.
(*) Essa concentração explica-se pelo fato desses elementos de liga serem menos solúveis nos óxidos de
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ferro do que o ferro e se difundem mais dificilmente.
427
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
cia à fluência, a temperaturas mais elevadas e s c b carga mais baixas, que é geralmente o
caso dos aços cujo estudo é objeto do presente capítulo, os aços mais desejáveis são os de
granulação grosseira. Para os aços que em serviço estiverem sujeitos a temperaturas mais
baixas e cargas mais altas prefere-se, sob o ponto de vista de resistência à fluência,
granulação mais fina, visto que a ruptura por fluência nessas condições, dá-se no interior dos
grãos.
A influência do tratamento térmico está ligada ãs estruturas que resultam dos diferentes
tratamentos térmicos a que os aços podem ser submetidos. Por outro lado, também aqui se
deve levar em conta se o aço está sujeito à fluência a baixas ou altas temperaturas. Aparen-
temente, as estruturas temperadas e revenidas ou bainííicas são mais favoráveis à resistên-
cia à fluência a baixas temperaturas, ao passo que a temperaturas superiores a 550°C e com
cargas relativamente pequenas, as estruturas resultantes do recozimento são as mais resis-
tentes à fluência. Particularmente, em aços resistentes ao calor do tipo Cr-Mo, Cr-Ni-Mo e
Cr-Mo-V, em temperaturas da ordem de 450°C, a melhor resistência à fluência é obtida com
a estrutura intermediária bainítica.
De qualquer modo, nos aços resistentes ao calcr, é muito importante a seleção adequada
do tratamento térmico, do meio e da velocidade de resfriamento, tendo em vista sobretudo a
estrutura finai que resultará em função da secção e da fornia da peça.
A fluência é, em resumo, um dos característicos mais importantes para os aços destina-
dos a serviços em altas temperaturas, porque em certas aplicações nessas condições, uma
estrutura ou peça metálica fica inutilizada se alongar, às vezes, de apenas 0,01 %.
1.3. Expansão térmica - Este característico tem impotência sob o ponto de vista de proje-
t c , quando são necessárias nas peças tolerâncias muito estreitas e sob o ponto de vista de
empenamento, fenómeno este estritamente ligado à expansão térmica do metal.
1.4. Estabilidade estrutural - Esta é uma condição essencial, sobretudo porque certas
ligas, ainda que apresentem excelente resistência mecânica à temperatura ambiente, podem
(*) A expressão "temperatura elevada" no caso de estudo da fluência, deve ser relacionada ao ponto de
fusão do metal ou liga metálica. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
428
IHGFEDCBA Aços RESISTENTES AO CALOR
do falhar rapidamente quando em serviço a altas temperaturas, sob ação de cargas muito me-
o, nores, devido à ocorrência da alguma modificação na sua estrutura interna ou à precipitação
de constituintes frágeis nos contornos dos grãos.
A, E, portanto, necessário que os aços para serviço a altas temperaturas apresentem pelo
a) menos uma certa estabilidade estrutural, isto é, a estrutura deve conservar-se tanto quanto
m possível inalterada tanto a temperatura elevadas de serviço como a ambiente, de modo a reter,
B, à temperatura ambiente, depois do serviço às temperaturas mais altas, propriedades como
a- ductilidade e resistência ao choque. De fato, a esferoidização que pode ocorrer pelo serviço a
o altas temperaturas de aços periíticos de baixo teor em liga, tende a diminuir a resistência à fadiga
O- dos aços; e a precipitação de carbonetos nos contornos dos grãos de aços austeníticoss,
O não só prejudica sua ductilidade como também diminui sua resistência à corrosão.
a-
ca 2. Elementos de liga nos aços resistentes ao calor- Muitos aços de baixo teor em liga são
da usados com certo êxito, quando sujeitos a esforços de pequeno vulto, a temperaturas até
aproximadamente 500°C.
s, Dentre os aços, entretanto, os mais indicados para serviço a altas temperaturas são os de
alto teor em liga, contendo principalmente cromo e níquel. Junta-se, às vezes, alumínio e
o silício. Sob o ponto de vista de resistência á oxidação, o elemento básico é o cromo, cuja ação
o nesse sentido torna-se eficaz a partir do teor 5%.
a-
es
n-
o
de
is
a,
os
es
e
n-
n-
m
s-
e
m
10 12 14 16 18 20 22 2+ 26 28
da %Cr
a Fig. 178 - Temperaturas de utilização de um aço em função d o teor de cromo.
a- O gráfico d a figura I T S ' ' mostra, em função do teor de cromo, a temperatura de utiliza-
255
a ção de um aço quando se admite uma perda de oxidação de 1 ou 10 mg/cm /100 h. Vê-se a
que com 5% de cromo, o aço apresenta boa resistência à oxidação a temperaturas em torno
de 550-650°C. Com cerca de 20%, o aço pode ser usado com certa segurança a temperatu-
e- ras da ordem de 900-1000°-C.
de A figura ')79 - > mostra ainda a influência do teor de cromo crescente em aço Cr-Mo, conten-
l xe
429
i zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
AçoszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROS FUNDIDOS
700
o
o u WTSDE Escopo ENTO
< 600
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SOO
GC
LU
CL 400
LU
—
1 300
3 4 5
C R O M O %
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O
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LIMITE DE HE SISTÈNC A ATRAÇÍO zyxwvutsrqponmlkjihgfed
/
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
/
500
rr
LU
0- 400
UJ
300
/ 4 5
C R O M O %
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
R g . 179 - Efeito do teor de cromo, e m aço Cr-Mo, sobre a.resistência mecânica,
em função d a temperatura.
20%; a c i m a d e s s e s t e o r e s , a r e s i s t ê n c i a à o x i d a ç ã o d o a ç o t e n d e a d i m i n u i r . Verificou-se
t a m b é m q u e e m a ç o s - c r o m o - n í q u e l , c o m c e r c a d e 2 0 % d e n í q u e l , o q u e c o n t é m c e r c a de
25% de cromo resiste m e l h o r à oxidação d o q u e o q u e contém 3 0 % d e c r o m o .
N o q u e d i z r e s p e i t o à resistência à fluência, o s elementos q u e m a i s acentuadamente
i n f l u e m s o b r e e s s a p r o p r i e d a d e s ã o o m o l i b d ê n i o , o v a n á d i o , o t u n g s t é n i o , o titânio e o
n i ó b i o . O molibdênio é o m a i s e m p r e g a d o n e s s e sentido. E m a ç o s c o n t e n d o por exemplo
0 , 1 % a 0 , 2 % de c a r b o n o , c o m adição"de a p e n a s 0 , 5 % de molibdênio c o n s e g u e - s e dobrar a
c a r g a q u e p r o v o c a a 5 0 0 ° C u m a fluência d e 0 , 1 0 % e m 1 0 0 . 0 0 0 h o r a s ! ) . M a i s molibdênio
?'SI
2 5 7
430
EDCBA Aços RESISTENTES AO CALOR
; ' 431
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Aços E FERROS
FUNDIDOS
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I zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
30 IO O Q O O O
a o o o o o o_ o_ o o o o a_
a" o" o" o" a" o o o" o" a" o" o a"
—1 = zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
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T - T - r - C J O i n i O l O CO CM CO CO CM
<<<<;<<<< <:<<<<
C0C0C0C0C0C0C7DC0 CO CO CO W ÍO
432
C
GFEDCBA .Aços RESISTENTES AO CALOR
TABELA130
O
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s ã t e m p e r a t u r a a m b i e n t e de a ç o s u t i l i z á v e i s a t e m p e r a t u r a s e l e v a d a s
nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
SA-106A
SA-106B
c
zyxwvutsrqponmlk 33,6(min)
42 (min)
330
415
21
24,5
207
241
35(a),25(b)
30(a), 16,5(b)
-
-
SA-285A 31,5-38,5 310-380 16,8 165 27(a), 30 - c
SA-299 52,5-63,0 515-620 29,4 290 16(c) . -
SA-204A 45,5-53,9 445-530 25,9 255 19(a), 23 - c -
SA-302A 52,5-66,5 515-655 31,5 310 15(c), 19 -
SA-533B2 63,0-80,5 620-790 49,0 475 16 - o
SA-517F 80,5-94,5 795-930 70,0 689 16 35-45
SA-335P12 42(min) 415 21,0 207 30(a), 20(b) - o
SA-217WC6 49-63 485-620 28,0 275 20 35
SA-387Gr22-1 42-59,5 415-585 21,0 207 30(c), 45 40
SA-3S7Gr5-2 52,5-70 515-690 31,5 310 18(c), 22 45
SA-217C12 63-80,5 620-795 42,0 415 18 35
(a) longitudinal; (b) transversal; (c) alongamento s m 200 m
LKJIHGFEDCBA
ONMLKJIHGFEDCBA
C o m o s a v ê , esses aços s ã o t o d o s d e baixo carbono e baixo teor de elementos d e liga,
com e x c e ç ã o d o último - S A - 2 1 7 C 1 2 , e m q u e o c r o m o s e s i t u a n a faixa, 8 , 0 0 - 1 0 , 0 0 % e q u e
já p o d e s e r c o n s i d e r a d o a ç o r e f r a t á r i o .
A f o r m a s e g u n d o a qual esses a ç o s p o d e m s e r p r o d u z i d o s varia, c o m o s e n o t a a b a i x o :
ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
• - SA-106A, SA-106B - tubos d e aço-carbono s e m costura;
- SA-285, SA-299, SA-204-A, S A - 3 0 2 A , SA-533B2 e S A - 5 1 7 F - chapas;
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- S A - 3 3 5 P 1 2 - t u b o d e a ç o t e r r í f i c o p a r a s e r v i ç o a alta t e m p e r a t u r a ;
- S A - 2 1 7 W C 6 - peças fundidas;
- SA-387Gr22 e SA-387Gr5 - chapas;
- S A - 2 1 7 C 1 2 - peças fundidas.
c
A partir d e 5 - 6 % d e c r o m o , e s s e e l e m e n t o sozinho o u j u n t a m e n t e c o m o níquel, o s a ç o s
c
tomam-se propriamente retratados. A s s i m sendo, esses tipos d e materiais p o d e m s e r reuni-
; dos e m d o i s g r u p o s p r i n c i p a i s :
jihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
: - aço-cromo, c o m cromo q u e p o d e variar d e 5 % até cerca d e 3 0 % ;
- aços-cromo-níquel, d o tipo a u s t e n í t i c o , a p r e s e n t a n d o c r o m o d e s d e 1 6 % a t é 2 6 % e n í -
;. quel d e s d e 8 % a t é c e r c a d e 2 2 % .
433
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROSFUNDIDOS
7,0 k g f / m m (70 M P a ) a 5 2 5 ° C
2
3,5 k g f / m m 2 (35 M P a ) a 6 0 0 ° C
1,5 k g f / m m ( 1 5 M P a ) a 7 0 0 ° C
2
0,7 k g f / m m (7 M P a ) a 7 5 0 ° C
2
;C
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
.1=3 o q u e i n d i c a q u e a r e s i s t ê n c i a à f l u ê n c i a é r e l a t i v a m e n t e b a i x a , c a r a c t e r í s t i c o e s s e aliás
T-> c o m u m aos aços d o s tipos ferríticos.
i"> U m a aplicação i m p o r t a n t e desses aços é p a r a válvulas de motores d e automóveis e avi-
C Ões, c o m adição de silício (cerca de 2,0%) e n í q u e l ( e m t o m o de 1,5%)< 2601 .
f F i n a l m e n t e , c o m cromo, mais elevado, d a o r d e m d e 2 5 - 3 0 % os a ç o s p o d e m s e r emprega-
d o s a t é 1 . 1 0 0 ° C e m a t m o s f e r a o x i d a n t e e a t é 1 , 0 0 0 ° C e m a t m o s f e r a r e d u t o r a c a r b u r i z a n t e ou
^ sulfurosa. São d o tipo terrífico e como tal a p r e s e n t a m resistência à f l u ê n c i a relativamente
C b a i x a . E m p r e g a m - s e e m i n ú m e r a s p e ç a s u t i l i z a d a s e m f o m o s , q u e r n o e s t a d o f u n d i d o , quer
n o estado forjado. P o s s u e m g e r a l m e n t e c a r b o n o m é d i o ( e m t o m o d e 0 , 3 5 % ) .
A a d i ç ã o d e alumínio n e s s e s aços ferríticos d e alto cromo a u m e n t a consideravelmente
s u a r e s i s t ê n c i a à o x i d a ç ã o , a p o n t o d e l e s p o d e r e m s e r u t i l i z a d o s e m r e s i s t ê n c i a s elétricas,
pois resistem à o x i d a ç ã o a t é temperaturas d e 1.300-1.325°C.
A f a i x a n o r m a l d o s a ç o s d e alto c r o m o , c o m a l u m í n i o , p a r a r e s i s t ê n c i a e l é t r i c a s é c r o m o de
3 0 % a 3 5 % e alumínio d e 5 % a 6%. Esses materiais caracterizam-se i g u a l m e n t e p o r t e r e m boa
r e s i s t ê n c i a à a ç ã o d e a t m o s f e r a s s u l f u r o s a s e p o r a p r e s e n t a r e m r e s i s t i v i d a d e e l é t r i c a elevada.
A s d e s v a n t a g e n s d e s s e s a ç o s são: a p r e s e n t a ç ã o d e fragilidade, a p ó s p e r m a n ê n c i a pro-
l o n g a d a a t e m p e r a t u r a s s u p e r i o r e s a 9 0 0 ° C , d e v i d o a o c r e s c i m e n t o d o g r ã o verificado e baixa
resistência à deformação a quente.
A l i á s , é c o m u m n o s a ç o s f e r r í t i c o s d e a l t o c r o m o a a d i ç ã o d e n i t r o g é n i o p a r a r e f i n a r o grão
e melhorar sua trabalhabilidade' 2 5 8 1 .
T A B E L A 131
A ç o s - c r o m o r e s i s t e n t e s ao calor
Mn Si Outros
Tipo C Cr Mo
(max.) (max.) elementos
501 AISI 0,10 (min.) 1,00 1,00 4,00-6,00 -zyxwvutsrqponmlkjihgfed
-
7 Cr 0,15 (max.) 0,60 0,50-1,00 6,00-8,00 0,45-0,65 -
9 Cr 0,15 (max.) 0,60 1,00 8,00-10,00 0,90-1,10 -
403 AISI 0,15 (max.) 1,00 0,50 11,50-13,00 - • -
410 AISI 0,15 (max.) 1,00 1,00 11,50-13,50 - -
430 AISI 0,12 (max.) 1,00 1,00 14,00-18,00 - -
442 AISI 0,20 (max.) 1,00 1,00 18,00-23,00 - -
446 AISI 0,35 (max.) 1,50 1,00 23,00-27,00 - N -0,25 (max.) '
a
434 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ
Aços RESISTENTES AO CALOR.
% A T a b e l a 1 3 1 r e ú n e o s p r i n c i p a i s t i p o s d e a ç o s a o c r o m o r e s i s t e n t e s a o calor, a m a i o r i a
à dos q u a i s i n c l u í d o s e m e s p e c i f i c a ç õ e s d a A I S I ( 2 6 , ) .
r> . O segundo grupo d e a ç o s r e s i s t e n t e s a o c a l o r c o m p r e e n d e o s a ç o s cromo-nfquel, do tipo
n- austenítico.
é N e s s e g r u p o , pode=-se, p o r o u t r o l a d o , c o n s i d e r a r o s t i p o s e m q u e p r e d o m i n a o c r o m o e
te aqueles e m q u e p r e d o m i n a o níquel.
o. N o 1 - c a s o ( T a b e l a 1 3 2 ) , o s a ç o s c a r a c t e r í s t i c o s d o g r u p o s ã o o s tipos 1 8 - 8 , 2 5 - 1 2 e 2 5 - 2 0
a- números c o r r e s p o n d e n t e s aos teores m é d i o s d e cromo e níquel respectivamente.
ra O s aços 18-8, j á c o n h e c i d o s p o r s u a e x c e l e n t e r e s i s t ê n c i a à c o r r o s ã o à t e m p e r a t u r a
de ambiente, p o s s u e m u m a resistência a o calor muito satisfatória até temperaturas de
o, 900°C e m m e i o o x i d a n t e e até 7 0 0 ° C e m m e i o redutor d e n a t u r e z a sulfurosa. S ã o m e l h o -
e- res q u e o s a ç o s f e r r í t i c o s c o m o m e s m o t e o r d e c r o m o p o r q u e s ã o m a i s t r a b a l h á v e i s ,
c. soldam mais f a c i l m e n t e e a p r e s e n t a m resistência m e c â n i c a s u p e r i o r a altas t e m p e r a t u -
ão ras: p o r e x e m p l o , s e u l i m i t e d e r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o é , a 8 0 0 ° C , d e c e r c a d e 2 0 k g f / m m 2
da (200 M P a ) a o p a s s o q u e o a ç o f e r r í t i c o c o m 1 7 % d e c r o m o a p r e s e n t a n e s s a t e m p e r a t u r a
limite d e r e s i s t ê n c i a d e a p e n a s 4 k g f / m m 2 ( 2 S 9 ' . O mesmo s e pode dizer em relação à resis-
tência à f l u ê n c i a , cujo valor, n e s s e s c a s o s , a l é m de s e r c o n s i d e r a v e l m e n t e s u p e r i o r a o
dos a ç o s f e r r í t i c o s , é ainda m e l h o r a d o p o r adições d e m o l i b d ê n i o , titânio e n i ó b i o . O
tungsténio t a m b é m a u m e n t a a resistência, à fluência, e os limites d e resistência à t r a ç ã o
tanto a frio c o m o a q u e n t e .
TABELA132
A ç o s - c r o m o n í q u e l resistentes a o c a l o r
CBA
ás
Mn Si Outros
Tipo C Cr NI
(max.) (max.) elementos
i-
302AISI 0,08-0,20 2,00 1,00 17,00-19,00 8,00-10,00 -
302B AISI 0,08-0,20 2,00 2,00-3,00 17,00-19,00 8,00-10,00 -
a-
304 AISI 0,08 (max.) 2,00 1,00 18,00-20,00 8,00-11,00 -
ou 309 AISI 0,20 (max.) 2,00 1,00 22,00-24,00 12,00-15,00
te
-
310 AISI 0,25 (max.) 2,00 1,50 24,00-26,00 19,00-22,00 -
er 316 AISI 0,10 (max.) 2,00 1,00 16,00-18,00 10,00-14,00 2,00-3,00 Mo
321 AISI 0,08 (max.) 2,00 1,00 17,00-19,00 8,00-11,00 5 x C min. Ti
e 347 AISI 0,08 (max.) 2,00 1,00 17,00-19,00 9,00-12,00 1 0 x C m i n - Nb
s,
São os aços 18-8 muito empregados e m caixas e peças para fornos d e recozimento, p e ç a s
e de r e c u p e r a d o r e s , v e n t a n e i r a s , t u b o s d e c a l d e i r a s e v a p o r a a l t a p r e s s ã o , t u b o s d e e s c a p a -
a mento d e m o t o r e s d e c o m b u s t ã o i n t e r n a ( c o m Ti), p e ç a s d e m o t o r e s a jato ( c o m n i ó b i o ) , e t c .
a. O tipo 25-12 a d m i t e e m p r e g o e m a t m o s f e r a o x i d a n t e a t é 1 . 1 0 0 ° C e e m a t m o s f e r a r e d u t o r a
o- como a s u l f u r o s a até 9 0 0 ° C . S e u limite d e resistência à t r a ç ã o a q u e n t e e s u a r e s i s t ê n c i a à
xa fluência s ã o s e m e l h a n t e s às d o s a ç o s 1 8 - 8 , a s s i m c o m o s e u e m p r e g o .
O s a ç o s d o tipo 25-20, c o n t e n d o g e r a l m e n t e 1 % a 2 % d e s i l f c i o (tipo 3 1 0 A I S I , ( T a b e l a
ão 132), p o d e m s e r u t i l i z a d o s a t é 1 . 1 0 0 ° C e m a t m o s f e r a o x i d a n t e , a t é '1000°C e m a t m o s f e r a
levemente s u l f u r o s a e até 900°C e m p r e s e n ç a de quantidades consideráveis d e p r o d u t o s
sulfurosos. Tanto a resistência à tração a q u e n t e como a resistência à fluência s ã o l i g e i r a m e n -
te s u p e r i o r e s à s d o s t i p o s a n t e r i o r e s . S ã o e m p r e g a d o s e m p e ç a s d e t u r b i n a s a g á s , t u b o s d e
pirómetros, e t c .
A Tabela 1 3 2 indica alguns tipos d e a ç o s cromo-níquel resistentes ao calor e m q u e o
cromo p r e d o m i n a incluindo-se tipos e s t a b i l i z a d o s c o m nióbio o u titânio.
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A Tabela 1 3 3 r e s u m e a resistência à o x i d a ç ã o dos aços incluídos nas Tabelas 131 e 1 3 2
podendo-se n o t a r a s temperaturas m á x i m a s p a r a s u a o p e r a ç ã o satisfatória, s e m q u e h a j a
excessiva f o r m a ç ã o d e casca d e óxido.
O s a ç o s r e s i s t e n t e s a o c a l o r d o t i p o cromo-nfquel e m q u e o níquel predomina são indica-
dos p a r a r e s i s t i r à a ç ã o d e a t m o s f e r a s t a n t o o x i d a n t e s c o m o r e d u t o r a s d e s d e q u e o t e o r d e
enxofre n ã o s e j a m u i t o elevado. S ã o a ç o s q u e s e c a r a c t e r i z a m p e l a estabilidade d e s u a
' estrutura a p ó s p e r m a n e c e r e m longo t e m p o a altas t e m p e r a t u r a s e p o r n ã o se t o m a r e m f r á -
WVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 435
A ç o s E FERROS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FUNDIDOS
T A B E L A 133
T e m p e r a t u r a s m á x i m a s c o m p a r a t i v a s p a r a o p e r a ç ã o d e a ç o s r e s i s t e n t e s ao
calor s e m e x c e s s i v a oxidação
Temperatura Temperatura
Aços-Cr Aços-Cr-Ni
m á x i m a (°C) m á x i m a (°C)
5 0 1 AISI (0,5 Mo) 620 302-304AISI 900
7 Cr
9 Cr
650
675
302BAISI
309AISI
980
1095
I
403-410AISI 705 310AISI 1150
430-AISI 845 3 1 6 AISI 900
442-AISI 955 3 2 1 AISI 900
446-AISI 1095 347AISI 900
•M
w
H
{") Os valares para limite de resistência à tração a diversas temperaturas são obtidos mediante ensaio de
tração semelhante ao que se faz à temperatura ambiente, tenda entretanto submetido o corpo de
prova a um aquecimento à temperatura do ensaio, num forno adequado, durante meia a uma hora.
(*') O ensaio para determinar a tensão de ruptura é semelhante ao de fluência, com a diferença de que
tensões mais elevadas são utilizadas e de que sa exige medidas rigorosas de deformações. Esse
ensaio indica o tempo necessário para ocorrer ruptura a uma dada temperatura, sob a ação de várias
cargas constantes.
(***) Algumas composições mais conhecidas e usadas dessas ligas são 80 Ni-14 Cr-6 Fe (Inconel); 80 Ni-
20 Cr (Nlchrome), etc.
436
CBA
A ç o s f o s f S T S v r s s ^ o CALOR C . . )
1|T
<X>
I -
01 -S .Ir í
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
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437
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T A B E L A 135
A l g u n s t i p o s de a ç o s - n í q u e l - c r o m o r e s i s t e n t e s a o c a l o r
Liga C Mn Si Cr Ni Mo W Ti Al Outros
A-282 0,08 1,25 1,00 14,75 25,5 1,25 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcba
- 0,35 0.25V
(máx.) (máx.) (máx.)
Discaloy24 0,04 1,38 1,0 13,5 26,2 3,9 - 1,61 0,11 -
Haynes Alloy 8 8 0,07 1,5 0,5 12,5 15,0 2,0 0,6 0,6 - 0.15B
Incoloy T 0,10 1,0 0,4 20,5 32,0 - - 1,0 - -
Timken 16-25-6 0,10 1,35 0,7 16,0 25,0 6,0 - - - 0,15N 2
T A B E L A 136
T e m p e r a t u r a d e f o r m a ç ã o d e " c a s c a d e ó x i d o " e m a l g u n s a ç o s a o Cr-Ni
4 . Aços fundidos resistentes ao calor - U m grande número dos aços estudados são
u t i l i z a d o s t a m b é m n a f o r m a f u n d i d a p a r a c o n f e c ç ã o d e p e ç a s f u n d i d a s r e s i s t e n t e s a o calor,
u s a d a s principalmente e m f o m o s metalúrgicos, equipamento para refino d e óleo, fomos de
cimento, e q u i p a m e n t o p a r a usinas elétricas a g á s , e q u i p a m e n t o para f a b r i c a ç ã o de borracha
sintética e aplicações semelhantes.
Esses aços f u n d i d o s resistentes ao calor o b e d e c e m e m linhas g e r a i s à s composições
e s t u d a d a s , isto é, o s d i v e r s o s tipos d e a ç o s p o d e m s e r a g r u p a d o s n o s s e g u i n t e s grupos:
a ) e s t r u t u r a s d e g r a n u l a ç ã o g r o s s e i r a s ã o m a i s r e s i s t e n t e s q u e a s d e g r a n u l a ç ã o fina
(oposto do que ocorre à temperatura ambiente);
b) e m virtude d a g r a n u l a ç ã o , a s e s t r u t u r a s f u n d i d a s s ã o m a i s r e s i s t e n t e s q u e a s trabalhadas;
c) e s t r u t u r a s e s t á v e i s s ã o m a i s r e s i s t e n t e s q u e a s m e t a e s t á v e i s ;
d) e s t r u t u r a s d o t i p o a u s t e n í t i c o s ã o m a i s r e s i s t e n t e s q u e a s d o t i p o f e r r í t i c o ;
e) u m a m a i o r d u r a b i l i d a d e a u m a t e m p e r a t u r a e l e v a d a g e r a l m e n t e r e s u l t a e m ruptura
c o m menor ductilidade;
f) a s r u p t u r a s a a l t a s t e m p e r a t u r a s s ã o g e r a l m e n t e i n t e r c r i s t a l i n a s , a o c o n t r á r i o d a s r u p -
t u r a s através d o s g r ã o s q u e correm n o r m a l m e n t e à temperatura a m b i e n t e .
(*) No "Metals HandbooW, edição 1961, poderão ser encontrados dados sobre peças fundidas resistentes
ao calor com completa descrição dos principais tipos de aços e ligas empregados nos EE.UU.
438
IHGFEDCBA
EDCBA Aços RESISTENTES AO CALOR
E
E
Tá
o"
tctí
£Z
ão
or,
de
ha
es
e-
m
n-
Alguns d o s aços representados n o s gráficos - precisamente por A - são aços r e c o m e n d a -
d o s p a r a p e ç a s d e m o t o r e s a jato< > e n t r e o s q u a i s o s t i p o s s e g u i n t e s :
286
(63 M P a ) (14 M P a )
439
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
b) 7 9 - 9 D L , c u j a c o m p o s i ç ã o é 1 9 % C r ; 9 % N i ; 1 , 3 % M o ; 1 , 3 % W ; 1 , 0 % M n ; 0 , 6 % sj-
0 , 4 % Ti; 0,4% Nb e 0 , 3 % C, c o m característicos m e c â n i c o s seguintes:
650°C 815°C • -
limite d e r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o 52,5 k g f / m m 2 (515 MPa) 22,5 kgf/mm 2 (225 MPa) •
alongamento 33,5% 53,0%
t e n s ã o d e r u p t u r a e m 1 0 0 h o r a s ... 28,0 k g f / m m 2 (270 MPa) 9,3 k g f / m m 2 (93 M P a )
resistência à fluência (tensão para
velocidade de fluência mínima de
0 , 0 0 0 1 % por hora) 17,5 k g f / m m 2 (175 MPa) 5,0 k g f / m m 2 (50 MPa) ''
T A B E L A 137
Seleção d e u m a ç o r e f r a t á r i o
Temperatura
m á x i m a de
emprego em Aço
"lã Atmosfera Observações
serviço recomendado
• c o n t í n u o (°C)
650 5 - 6 % Cr S o l d a delicada
N - -ri-
6 850 ferrítico 1 7 % Cr soida delicada; resistência à
fluência pequena
M" 1 • '
l >
440
IHGFEDCBA
DCBA A ç o s PARA FINS ELETRICOS E MAGNÉTICOS
''
441
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
M = ml
v=al donde I =
W = m JL = /i/ou 1 = M.
a v
442
JIHGFEDCBA
FEDCBA A ç o s PARA FINS ELETRICOS E MAGNÉTICOS
B = H + 4itL
ãs -
omb A i n d u ç ã o m a g n é t i c a c o r r e s p o n d e n t e a u m a linha de f o r ç a p o r centímetro q u a d r a d o r e c e -
massa be o n o m e d e 1 "gauss". No s i s t e m a inglês ela é expressa e m linhas por polegada q u a d r a d a '
uma e não tem u m n o m e especial.
o o
^ H
nde
assa C o m o se verá adiante, nos materiais ferromagnéticos, B n ã o é f u n ç ã o l i n e a r d e H, de
mpo modo que a permeabilidade não é constante e depende da intensidade do campo
magnetizante.
m", e B=H+A%I
m/a. divindido p o r H:
de JL = 1 + 4 T C ^
H H
ou
| i = 1 + 4 7t K
443
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Q u a n d o s e c o l o c a m d i v e r s a s s u b s t â n c i a s n u m c a m p o m a g n é t i c o , p o d e - s e o b s e r v a r que
a l g u m a s s e o r i e n t a r ã o n a d i r e ç ã o d o c a m p o , f i c a n d o f o r t e m e n t e m a g n e t i z a d a s . E s t a s rece-
b e m o n o m e d e ferromagnéticas. Outras s e m a g n e t i z a m f r a c a m e n t e , m a s t a m b é m se orien-
t a m p a r a l e l a m e n t e a o c a m p o e s ã o c h a m a d a s paramagnéticas e, f i n a l m e n t e , o u t r a s d i s p o .
r
s e - ã o n o r m a i s a o c a m p o , c a s o e s t e n ã o s e j a u n i f o r m e e s ã o a s diamagnéticas. C o m o os
e f e i t o s m a g n é t i c o s n a s s u b s t â n c i a s d i a e p a r a m a g n é t i c a s s ã o r e l a t i v a m e n t e f r a c o s , elas s ã o
consideradas como materiais não magnéticos.
O d i a m a g n e t i s m o é u m a p r o p r i e d a d e i n e r e n t e a t o d o s os m a t e r i a i s e s ó n ã o é detectável
n a presença de efeitos paramagnéticos ou ferromagnéticos mais i n t e n s o s .
L a n g e v i n d e m o n s t r o u q u e a a p l i c a ç ã o d e u m c a m p o m a g n é t i c o n u m s i s t e m a d e elétrons
e m m o v i m e n t o de t r a n s l a ç ã o i n d u z u m m o m e n t o m a g n é t i c o q u e s e o p õ e a o c a m p o externo.
A v a r i a ç ã o d o m o m e n t o i n d u z i d o c o m o c a m p o é a suscetibilidade diamagnética. Tanto a
teoria de Langevin como as observações experimentais demonstram que essa
suscetibilidade é i n d e p e n d e n t e da temperatura.
N o s elementos q u e p o s s u e m órbitas e l e t r ô n i o a s i n c o m p l e t a s , os m o m e n t o s magnéticos
resultantes dos m o v i m e n t o s de translação e d e r o t a ç ã o dos elétrons p o d e m n ã o se compen-
s a r e m e c a d a á t o m o n o reticulado c o m p o r t a - s e - á c o m o u m dipolo m a g n é t i c o , c o m orientação
a e s m o . A aplicação d e u m c a m p o m a g n é t i c o e x t e r n o t e n d e r á a o r i e n t a r e s s a s dipólos na
d i r e ç ã o do c a m p o , o q u e constitui o efeito p a r a m a g n é t i c o . N e s t a s c i r c u n s t â n c i a s , explica-se
a influência da t e m p e r a t u r a neste efeito. No t r a t a m e n t o teórico do p r o b l e m a , Langevin calcu-
l o u a r e l a ç ã o e.ntre o m o m e n t o m a g n é t i c o i n d u z i d o e a t e m p e r a t u r a , o b t e n d o r e s u l t a d o q u e se
verifica c o m boa a p r o x i m a ç ã o pelas d e t e r m i n a ç õ e s experimentais.
E m a l g u n s c a s o s , c o m o p o r e x e m p l o n o d o c o b r e , o p a r a m a g n e t í s m o f r a c o d o s elétrons
d a s órbitas i n c o m p l e t a s n ã o c o n t r a b a l a n ç a a c o n t r i b u i ç ã o d i a m a g n é t i c a d a s órbitas internas,
d e m o d o q u e o e f e i t o r e s u l t a n t e é d i a m a g n é t i c o . A s f i g u r a s 1 8 1 e 1 8 2 e s q u e m a t i z a m a distri-
b u i ç ã o das linhas de f o r ç a d o s materiais dia e p a r a m a g n é t i c o s .
-> H
p i :
to
CD
PP o
1(0 1,00
Força magnetizanígjp!
mi- T3
u < 1 E x : Bi u = 0 , 9 9 8 3
444
GFEDCBA A ç o s PARA FINS ELETRICOS E IVLAGNÉTICOS
> H
445
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
Força magnetizante H
446
HGFEDCBA
EDCBA Aços PARA FINS ELETRICOS E MAGNÉTICOS
o
o
o
s-
m
c-
o
m
s
-
e
e-
a,
o
-
e
10000
8000
zs. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
C
D zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
•g 6o o o
2000
0 S 10 15 20
Indução B ( Kilogauss )
447
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
B = H + 4izl
B c r e s c e i l i m i t a d a m e n t e c o m H.
V o l t a n d o à c u n / a d a f i g u r a 1 8 4 c o m a e l i m i n a ç ã o d o c a m p o H, o v a l o r S n ã o v o l t a a zero
m a s r e d u z - s e a u m v a l o r q u e r e c e b e o n o m e d e "indução residuaC, o u "remanêncisf. Essa
r e m a n ê n c i a r e p r e s e n t a a m a g n e t i z a ç ã o retida p e l o material. Se, e m s e g u i d a , f o r aplicado um
c a m p o d e s e n t i d o o p o s t o , o v a l o r d a m a g n e t i z a ç ã o r e s i d u a l d e c r e s c e r á p r o g r e s s i v a m e n t e até '
z e r o . O valor do c a m p o d e s m a g n e t i z a n t e q u e a n u l a a magnetização residual recebe o nome
d e "força coerciva". P a r a c a m p o s d e s m a g n e t i z a n t e s mais intensos, o c i c l o s e repete de modo
análogo e simétrico ao descrito.
A irreversibilidade d o s f e n ó m e n o s de m a g n e t i z a ç ã o exige u m c o n s u m o d e energia para
q u e u m dado. v o l u m e d e m a t e r i a l p e r c o r r a u m c i c l o d e h i s t e r e s e . N o c a s o d e c a m p o s c o n t i n u -
' "\m
a m e n t e alternantes, c o m o os que o c o r r e m n o s t r a n s f o r m a d o r e s , a c a d a ciclo da tensão
c o r r e s p o n d e r á u m a p e r d a proporcional à á r e a d o ciclo de histerese d o m a t e r i a l do núcleo.
o: P o r o u t r o l a d o , a s v a r i a ç õ e s d o f l u x o m a g n é t i c o g e r a m n o n ú c l e o c o r r e n t e s e l é t r i c a s que
t a m b é m s e d i s s i p a m n a f o r m a d e c a l o r e q u e r e c e b e m o n o m e d e "correntes de Foucaulf,
A s o m a d a p e r d a d e v i d a à h i s t e r e s e c o m a p e r d a d e v i d a à s c o r r e n t e s d e F o u c a u l t recebe
o n o m e d e "perda do núcleo" e constitui u m a característica i m p o r t a n t e p a r a a classificação
d o s materiais para n ú c l e o s de transformadores.
m
20000
I
m
10000
5000
ão 7000
po
ro
ão
da
m
(110)
o
sa
m
té '
me
(111)
do
ra
u-
' "\m.
ão
o.
ue
f,
be
ão
Figura 1 8 7 - A n i s o t r o p i a magnética de um cristal d e níquel.
m
e ;
a-
ao
i-
ca
Força Magnetizante H
449
Aços £ FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
O s c a m p o s d e s m a g n e t i z a n t e s s ã o o s c a m p o s q u e s e f o r m a m n o s e n t r e f e r r o s naturais, ou
resultantes d e trincas internas e nas inclusões e constituintes não m a g n é t i c o s . O aumento
d e s s e s defeitos, o u d e s s e s constituintes, d i m i n u i a f o r ç a m a g n e t i z a n t e e f e t i v a e isso altera a
curva de magnetização, c o m o mostra a figura 188.
450
JIHGFEDCBA Aços PARA FINS ELETRICOS E MAGNÉTICOS
aos 110
i a
oci-
dos
do
o é
po.
eri-
erar
eti-
am
de,
mo
cas
se
xos
nto
um
pas
760 780 800 820 840
Temperatura, °C
nte
Fig. 189 - Perda das propriedades ferromagnéticas do ferro, no aquecimento
rno
ou
nto
a a
on-
mí-
sar
ara
ito
mi-
de
re-
ura
ões
sse % Niquel
da
r a Fig. 190 - Magnetoestricção do sistema F e - N i .
m-
ças
Tais m a t e r i a i s t ê m tido a p l i c a ç ã o e m eletrônica, n a f a b r i c a ç ã o d e osciladores e filtros. N o
campo d a tecnologia, s u a aplicação m a i s interessante é para transformar energia elétrica d e
em frequência ultrassônica e m pulsações m e c â n i c a s com a m e s m a frequência c o m o , p o r e x e m -
ma- plo, n a s m á q u i n a s p e r f u r a d o r a s p a r a m a t e r i a i s e x t r e m a m e n t e d u r o s , o n d e t a i s d i s p o s i t i v o s
são u t i l i z a d o s p a r a i m p u l s i o n a r p a r t í c u l a s d e a b r a s i v o c o n t r a o m a t e r i a l a s e r p e r f u r a d o .
451
B MAGNÉTICOS zyxwvu
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
Aços PARA FINS ELETRICOS
a) M a t e r i a i s d e a l t a p e r m e a b i l i d a d e e b a i x a f o r ç a coerciva, o u m a t e r i a i s m a g n e t i c a m e n t e m o l e s .
b) M a t e r i a i s d e a l t a f o r ç a c o e r c i v a , m a g n e t i c a m e n t e d u r o s , o u í m ã s p e r m a n e n t e s . N e s t e
grupo, a p e r m e a b i l i d a d e não é u m a característica importante.
T A B E L A 138
Variação da I n d u ç ã o B c o m a f o r ç a m a g n e t i z a n t e H
H B (gauss)
(oersted) Ferro Níquel Cobalto
20 15.500 5.100 1.2C0
40 16.200 5.500 2.800
60 16.800 5.700 4.400
80 17.300 5.800 6.000
100 17.700 5.900 6.800
120 17.900 6.000 7.500
453
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
A s l i g a s F e - S i , c o m e s t e t e o r d e silício a p r e s e n t a m a a n i s o t r o p i a m a g n é t i c a d o f e r r o p u r o
de m o d o que, c o m s e q u ê n c i a s de encruamentos críticos por l a m i n a ç ã o e recristalização
c o n t r o l a d a , a m a i o r i a d o s g r ã o s fica c o m u m p l a n o (100) no plano d a l a m i n a ç ã o e c o m uma
d i r e ç ã o [100] na direção d e laminação.
A c u r v a de m a g n e t i z a ç ã o d o Hipersil aproxima-se bastante da de u m anel quadrado
c o r t a d o d e um cristal ú n i c o d e Fe-Si ( 3 , 9 % Si), c o m u m lado paralelo à d i r e ç ã o [100].
A Tabela 139 ( 2 B 9 ) e n u m e r a alguns tipos de ligas F e - S i , fabricadas n a f o r m a de chapas. Seu
e m p r e g o faz-se e m :
1) M o t o r e s f r a c i o n á r i o s d e b a i x o c u s t o , p a r a u s o i n t e r m i t e n t e .
2) Motores fracionários e peças polares e outros circuitos magnéticos de alta
permeabilidade.
3 ) M o t o r e s e g e r a d o r e s d a m e l h o r q u a l i d a d e . T r a n s f o r m a d o r e s p e q u e n o s p a r a uso inter-
m i t e n t e , relés e r e a t o r e s .
4) Motores e g e r a d o r e s d e eficiência m é d i a . T r a n s f o r m a d o r e s p e q u e n o s e reatores.
5 ) M o t o r e s e g e r a d o r e s d e a l t a e f i c i ê n c i a e t a m a n h o m é d i o . T r a n s f o r m a d o r e s d e uso
intermitente, reatores, m e d i d o r e s eletricos, p e ç a s p o l a r e s l a m i n a d a s .
6) T r a n s f o r m a d o r e s d e a l t a e f i c i ê n c i a , p a r a r e d e s d e d i s t r i b u i ç ã o .
7 ) T o d o s os t i p o s d e t r a n s f o r m a d o r e s , p a r a r e d e s d e d i s t r i b u i ç ã o e m á q u i n a s elétricas de
aita eficiência.
TABELA139
P r o p r i e d a d e s f í s i c a s e m a g n é t i c a s t í p i c a s de c h a p a s d e Fe-Si
454
BA A ç o s PARA FINS ELETRICOS E MAGNÉTICOS
25000
co 20000
CD
o
icd
o
cd
15000
ca
co
cu zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
XI
CD 10000
"O
cfl
srqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-a
'co
CD
5000
0 20 40 60 80 100 .
% de Ni
Fig. 193 - Variação d a intensidade de saturação no sistema Fe-NI, n a temperatura ambiente.
. 455
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
15000 -
CO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
w
<§ 10000
••-.i<,
CQ
O
KH
O
3
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I I 1 1
4 3 2 1 1 2 3 4
I zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM
1 I I o
Força magnetizante H
(Oereted)
5000 •
10000 -
15000
TABELA140
Liga Fe-NÍ
C o m p o s i ç ã o , (%) Característicos
Permeabi- Permeabi- Resistivi-
Denominação Outros
Fe Ni lidade lidade Saturação dade mi-
elementos 4 Tt l*
Inicial
Permalloy 45 54 45 2.500
máxima
25.000 16.000
crobm-cm
50
m
Permalloy 78 21 78 8.0OO 100.000 10.000 16
Permalloy 4-79 16 79 4 Mo 20.000 80.000 8.700 57
Hipemik 50 50 4.000 80.000 16.000 35 i
Mumetal 18 75 2 Cr, 5 Cu 20.000 110.000 7.200 60
Supermalioy 15 79 5 Mo 100.000 800.000 8.000 60
456
HGFEDCBA
DCBA Aços PARA FINS ELETRICOS E MAGNÉTICOS
••-.i<,-
Quilolinhas por poalegadas quadradas
í O O O O O O O
h - C D i n - 3 - C O t M T - O O O O O O O O O W O
O
T - T - T - T - T - T - T - T - a í C O h - I D W - ^ - C O C M - r - T -
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1 1 1 1 1 i 1 1 11 1 1 1 1 1 11 1 11 1 1 1 t 1 t 1
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a.
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—-—_N
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m o
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i B - H ( Quiiogauss )
Fig. 195 - Curvas de magnetização de diversos materiais de alta permeabilidade.
457
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
1000
Campo H ( Oersted )
Fig. 196 - Ciclos de histerese do Perminvar ( 3 0 % de Fe, 4 5 % de Ni e 2 5 % de Co)
temperado ao ar (A) e recozido (B).
458
GFEDCBA
DCBA A ç o s PARA FINS FLÉTRICOS E MAGNÉTICOS
4.3. Materiais para ímãs permanentes - Este grupo é constituído pelos materiais m a g n e -
t i c a m e n t e d u r o s , i s t o é, c o m a l t a r e m a n ê n c i a e a l t a f o r ç a c o e r c i v a . E m b o r a a m a i o r i a d e s t e s
materiais s e j a m e c a n i c a m e n t e duro, n ã o h á necessariamente u m a correlação entre a d u r e z a
mecânica e a r e s i s t ê n c i a à d e s m a g n e t i z a ç ã o , pois existem m a t e r i a i s cuja força coerciva
aumenta com a diminuição da dureza.
Nos aços, o estado de tensões internas resultantes de d e f o r m a ç õ e s elásticas do
reticulado f a v o r e c e as propriedades m a g n é t i c a s exigidas n o s ímãs permanentes. Desse
modo, os aços t e m p e r a d o s , ou as ligas q u e s ã o suscetíveis de e n d u r e c e r por precipitação,
dão m e l h o r e s r e s u l t a d o s que no e s t a d o r e c o z i d o .
O c r i t é r i o p a r a a v a l i a ç ã o d e u m í m ã p e r m a n e n t e é o p r o d u t o (BH) max obtido de s u a c u r v a
de d e s m a g n e t i z a ç ã o . Esse produto é proporcional à m á x i m a energia magnética, no
entreferro, por u n i d a d e de v o l u m e do m a t e r i a l . Nas diversas a p l i c a ç õ e s desses materiais, as
condições de eficiência decorrem de projetos que garantam d e n s i d a d e s de fluxo c o r r e s p o n -
dentes ao produto (BH) .
max
A r e t e n ç ã o d o e s t a d o d e m a g n e t i z a ç ã o d e p e n d e d o s s e g u i n t e s f a t o r e s : a) t e m p e r a t u r a ;
b) v i b r a ç õ e s ; c) c a m p o s m a g n é t i c o s e x t e r n o s ; d) p r o d u ç ã o d e n o v o s p ó l o s .
A temperatura é u m a das causas m a i s frequentes pela p e r d a de magnetização. Os a ç o s
a o c o b a l t o e a o c r o m o p e r d e m s e u m a g n e t i s m o a 1 0 0 ° C e o s Alnicos a 300°C.
No g r u p o d o s a ç o s m a r t e n s i t i c o s o s q u e a p r e s e n t a m m e l h o r e s característicos s ã o os
a ç o s - c o b a l t o . U m a a n á l i s e t í p i c a é 3 5 % C o , 2 % Cr, 4 % W e 0 , 9 0 % C . E s s e m a t e r i a l t e m p e -
rado d e 9 5 0 ° C e m ó l e o d á (BH) =-\,ÍO max x 10".
A Tabela 1 4 1 1 2 6 7 1 a p r e s e n t a os t i p o s m a i s usados de a ç o s p a r a í m ã s p e r m a n e n t e s .
- Ligas endurecíveis por precipitação - O estado de t e n s õ e s i n t e r n a s necessário p a r a q u e
u m a matriz d e ferro a p r e s e n t a u m a r e m a n ê n c i a e u m a força c o e r c i v a alta pode ser p r o v o c a -
d o p e l a p r e c i p i t a ç ã o d e u m a f a s e d i f e r e n t e d a m a t r i z . P o r e x e m p l o , a s ligas b i n á r i a s F e - W ,
com 2 8 % de W , precipitam a fase F e W , s e quando solubilizadas a 1.430°G e t e m p e r a d a s ,
3 2
459
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
cd o o o o * o o o
^ U3 ^ D 0) tD 3
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ti zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
O S a c i o
EDCBA .Aços PARA PÍNS ELETRICOS E AÍAGiVÉncos
TABELA142
T i p o s de ligas e n d u r e c í v e i s p o r p r e c i p i t a ç ã o p a r a í m ã s p e r m a n e n t e s
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA143
T i p o s d e A í n i c o p a r a ímãs p e r m a n e n t e s
-1 T i
1 11
Alcino XII 6 18 35 8 Ti rest. 950 5.800 1,5 X 10 a Duro e frágil
A s c u n / a s d e d e s m a g n e t i z a ç ã o d e a l g u m a s d e s s a s l i g a s e o s p r o d u t o s B.H. s ã o a p r e s e n -
t a d o s n a f i g u r a 198< >.Z73
. 461
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS
FUNDIDOS
462 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
Aços ULTRA-RESISTENTESEAÇOS CRIOGÉMICOS zyxwv
AÇOS ULTRA-RESISTENTES E
AÇOS CRIOGÊNICOS
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 463
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
1 . Introdução - N e s t e c a p í t u l o s e r ã o e s t u d a d o s d o i s t i p o s d e a ç o s , c u j a a p l i c a ç ã o é, de
• certos modo, dirigida a fins especiais. S ã o o s a ç o s ultra-resistentes, inclusive os chamados
"maraging" e os aços criogênicos.
\ a u m e n t o d a p r o p o r ç ã o d e p e r l i t a n a e s t r u t u r a , m e d i a n t e a e l e v a ç ã o d o t e o r d e c a r b o n o ; ou
- a u m e n t o ' d a r e s i s t ê n c i a d a ferrita, m e d i a n t e o e n d u r e c i m e n t o p o r s o l u ç ã o sólida, com
adições de manganês, molibdênio e cobre.
464
HGFEDCBA AÇOS ULTRA-RESISTENTES E AçQS CRIOGÊNICOS
de TABELA144
os P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de a l g u n s a ç o s - l i g a de baixo t e o r e m l i g a t r a t a d o s t e r m i c a m e n t e
i- valor e s s a q u e r e p r e s e n t a a m á x i m a r e s i s t ê n c i a q u e s e p o d e n o r m a l m e n t e obter, p o r i n t e r m é -
dio d a s t é c n i c a s c o n v e n c i o n a i s d e a d i ç ã o d e e l e m e n t o s d e l i g a e t r a t a m e n t o s t é r m i c o s .
os
o. O s a ç o s - l i g a u l t r a - r e s i s t ê n t e s d e b a i x o t e o r e m liga, a c i m a d e s c r i t o s , s ã o u s a d o s a t e m p e -
a, raturas p r ó x i m a s d e a m b i e n t e . P a r a t e m p e r a t u r a s m a i s e l e v a d a s , c o m o a s q u e o c o r r e m e m
aplicações d e f o g u e t e s e mísseis, é n e c e s s á r i o q u e a resistência d o s aços se m a n t e n h a a
s- temperaturas n a faixa d e 480° a 540°C. Verificou-se, então, q u e seria conveniente obter-se
e um efeito do m e c a n i s m o d e " e n d u r e c i m e n t o secundário". A d i ç õ e s d e m o l i b d ê n i o ( c e r c a d e
e 2%) e v a n á d i o ( c e r c a d e 0 , 5 % ) p r o p o r c i o n a r a m t a l e f e i t o , d e m o d o s a t i s f a t ó r i o , s e m q u e f o s s e •
C necessário m u d a r a s temperaturas d e austenitização e d e t ê m p e r a . Para conseguir-se o
m- melhor resultado, é necessário q u e a d u r e z a n o estado t e m p e r a d o seja muito e l e v a d a . U m
teor d e c a r b o n o e l e v a d o s e r i a a s o l u ç ã o , c o m p r e j u í z o d a d u c t i l i d a d e , e n t r e t a n t o . A s s i m s e n -
465
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A c o s e FERROSFUNDIDOS
d o , d e v e - s e d i m i n u i r o c a r b o n o , c o m p e n s a n d o - s e e s s a r e d u ç ã o , c o m a u t i l i z a ç ã o d e novas
a d i ç õ e s de elementos de liga, d e modo a produzir suficiente e n d u r e c i m e n t o martensítico. o
c r o m o r e v e l o u - s e o e l e m e n t o a d e q u a d o . U m d o s a ç o s q u e s e m o s t r o u s a t i s f a t ó r i o p a r a esse
o b j e t i v o foi o tipo H - 1 1 , e m p r e g a d o e m matrizes p a r a t r a b a l h o a q u e n t e ( v e r " a ç o s p a r a traba-
lho a quente", capítulo X X I ) . S u a composição m é d i a é;
C - 0,35%; M n - 0 , 3 0 % ; Si - 1 , 0 0 % ; Cr - 5 , 0 0 % ; M o - 1,50%; V - 0 , 4 0 % .
Wh zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f;
T e m p e r a d o e s u b m e t i d o a u m revenido e n t r e 5 4 0 ° e 600°C, o c o r r e a precipitação de
c a r b o n e t o s de m o l i b d ê n i o e v a n á d i o e x t r e m a m e n t e f i n o s . U m n o v o r e v e n i d o melhora a
P'' d u c t i l i d a d e d e m a r t e n s i t a r e c é m - f o r m a d a . O b t ê m - s e , a s s i m , v a l o r e s d e r e s i s t ê n c i a à tração
d e aproximadamente 2 1 0 k g f / m m (2060 M P a ) , à t e m p e r a t u r a ambiente, e 1 5 0 k g f / m m
2 2 (1470
MPa) a 540°C.
!: :
O passo seguinte na produção dos aços ultra-resistentes foi o tratamento de
" a u s f o r m i n g " ( * ) . D e p o i s d e s u b m e t i d o s a e s s e t r a t a m e n t o , a ç o s - l i g a d e b a i x o t e o r e m liga e
c a r b o n o m é d i o , r e v e n i d o s e n t r e 2 6 0 ° e 3 1 5 ° C , a p r e s e n t a m r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o d a o r d e m de
2 4 5 k g f / m m (2400 M P a ) , c o m pelo menos 6 % de a l o n g a m e n t o .
2
T A B E L A 145
•
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a de a l g u n s a ç o s ultra-resistentes
i v
Designação C Mn Si Cr NI Mo V Outros
Baixa liga
AISI 4130 0,28-0,33 0,40-0,60 0,20-0,35 0,80-1,10 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
- 0,15-0,25 - -
AISI 4140 0,38-0,43 0,75-1,00 0,20-0,35 0,80-1,10 - 0,15-0,25 - -
f :
AISI 4340
AISI 6434
0,38-0,43
0,31-0,38
0,60-0,80
0,60-0,80
0,20-0,35
0,20-0,35
0,70-0,90
0,65-0,90
1,65-2,00
1,65-2,0
0,20-0,30
0,30-0,40
-
0,17-0,23
-
-
300M 0,40-0,46 0,65-0,90 1,45-1,80 0,70-0,95 1,65-2,00 0,30-0,45 0,05 min. -
É: D-6a 0,46-0,48 0,60-0,90 0,15-0,30 0,90-1,20 0,40-0,70 0,90-1,10 0,05-0,10 -
AISI 6150 0,48-0,53 0,70-0,90 0,20-0,35 0,80-1,10 - - 0,15-0,25 -
AISI 8640 0,38-0,43 0,75-1,00 0,20-0,35 0,40-0,60 0,40-0,70 0,15-0,25 - -
Média liga
H11 Modif. 0,37-0,43 0,20-0,40 0,80-1,00 4,75-5,25 - 1,20-1,40 0,40-0,60 -
H13 0,32-0,45 0,20-0,50 0,80-1,20 4,75-5,50 - 1,10-1,75 0,80-1,20 zyxwvutsrqponmlk
-
Alta liga
HP-9-4-20 0,16-0,23 0,20-0,40 _ 0,20 max. 0,65-0,85 8,50-9,50 0,90-1,10 0,06-0,12 4,25-
4,750o
HP_9-4-30 0,29-0,34 0,10-0,35 0,20 max. 0,90-1,10 7,00-8,00 0,90-1,10 0,06-0,12 425
4,75Co
(*) "Ausforming" é a deformação plástica da austenita na faixa de temperaturas entre as reações da perlita e
da bainita (em tomo de 4S0°-550°C nos aços-liga comuns, ou a temperatura ambiente para os aços
austeníticos} seguida de resfriamento, em óleo geralmente.
466 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
Aços ULTRA-RESISTENTES E AÇOS CRIOGENICOS
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ser usinadas n a c o n d i ç ã o de b a i x a d u r e z a o u s e j a t e m p e r a d a s e a s e g u i r endurecidas c o m
um mínimo de e m p e n a m e n t o . A soldabilidade é excelente e a tenacidade é superior à d o s
aços de alta r e s i s t ê n c i a e baixo teor e m liga.
E s s e s a ç o s a p r e s e n t a m a linha d e início d e f o r m a ç ã o d e m a r t e n s i t a a t e m p e r a t u r a s d a o r d e m
de 200° a 3 0 0 ° C e p o s s u e m u m a estrutura totalmente martensítica à temperatura ambiente.
O e n d u r e c i m e n t o por precipitação d e s s e s a ç o s é realizado pelo tratamento, durante v á r i -
as h o r a s , a t e m p e r a t u r a s e m t o r n o d e 4 8 0 ° C .
Entre os c o m p o s t o s intermediários q u e s e f o r m a m , o F e M o é o mais importante. 2
f o r m a c o m p o s t o i n t e r m e t á l i c o , m a s a p a r e n t e m e n t e facilita a f o r m a ç ã o d e o u t r o c o m p o s t o -
rqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
NLMo - p o r q u e diminui a solubilidade do molibdênio na matriz martensítica' 2 7 7 1 . O molibdênio
t a m b é m minimiza a precipitação localizada nos contornos dos g r ã o s ; essa precipitação p r e -
judica apreciavelmente a tenacidade d a s ligas s e m molibdênio.
Os característicos principais de tais a ç o s são ( 2 7 a | .
- resistência m e c â n i c a elevada;
- soldabilidade;
- conformabilidade;
- estabilidade dimensional;
- usinabilidade;
RQPONMLKJIHGFEDCBA 467
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
T A B E L A 146
Composição nominal de aços "maraging"
C o m p o s i ç ã o , % (a)
Tipo
C Mo Co Ti Al
18 Mi (200) 18 3,3 8,5 0,2 0,1
18 Mi (250) 18 5,0 8,5 0,4 0,1
18 NI (300) 18 5,0 9,0 0,7 0,2
18 Ni (350) 18 4,2(0) 12,5 1,6(a) 0,1
18 Ni (fundida) 17 4,6 10,0 0,3 0,1
12-5-3 (180) (b) 12 3,0 - 0,2 0,3
(a) todos os tipos não c o n t é m mais do que 0,03% C; (b) contém 5% Cr; (c) Alguns produtores utilizam
u m a combinação de 4 , 8 % M o e 1,4% Ti, nominais.
T A B E L A 147
T r a t a m e n t o t é r m i c o e p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s t í p i c a s de a ç o s " m a r a g i n g "
468
GFEDCBA A ç o s ULTRA-RESISTENTES EAÇOS CRIOGÊNICOS
m
O t r a t a m e n t o térmico, de natureza c o m p l e x a , exige estudos ulteriores, para c o m p r o v a ç ã o
da viabilidade e c o n ó m i c a de aplicação desses aços.
;
4340 - austenitização a 842°C, t ê m p e r a e m óleo, revenido a 2 0 4 ° C ;
25Ni - recozimento a 815°C-1h, resfriamento a o ar, a q u e c i m e n t o a 620°C-16h,
r e s f r i a m e n t o a o ar, r e f r i g e r a ç ã o a - 7 3 C - v á r i a s h o r a s , e n v e l h e c i m e n t o a 4 2 5 ° C - 1 ' n ;
a
2 0 N Í - r e c o z i m e n t o a 8 1 5 ° G - 1 5 m i n , r e s f r i a m e n t o a o ar, r e f r i g e r a ç ã o a - 7 3 ° C , e n v e l h e c i -
- mento a 4 5 4 " C - 4 h ;
18Mi - r e c o z i m e n t o a 8 1 5 ° C - 1 h , r e s f r i a m e n t o a o ar, e n v e l h e c i m e n t o a 4 8 2 ° C - 3 h .
- aços para serviço a baixa temperaturas, envolvendo temperaturas até -100°C, típicas d e
gases liquefeitos c o m o propana, a m ó n i a anidra, dióxido d e c a r b o n o e etana;
- aços criogênicos propriamente ditos, p a r a serviço envolvendo temperaturas até - 2 7 3 ° C ,
típicas d e g a s e s l i q u e f e i t o s c o m o m e t a n a , o x i g é n i o , n i t r o g é n i o , a r g ô n i o , h i d r o g é n i o e h é l i o .
469
- - - - -
Estricção, % T.A. 27,0-39,9 37 38 26,8 39 28 54 48
425°C 33,0-42,1 35 55,0 56
- - -
535°C 35,2-42,2 52(370°C) 64,5 74
- - - -
Resistência ao T.A. 2,1-3,0 2,5 3,0 1,9 3,2
- - -
choque kgfm (J) (20,6-29,4) (24,5) (29,4) (18,6) (31,4)
- - -
TABELA149
C o m p o s i ç ã o n o m i n a l e p r o p r i e d a d e s m í n i m a s de t r a ç ã o d e a ç o s - c a r b o n o e a ç o s - l i g a d e b a i x a t e m p e r a t u r a e c r i o g ê n i c o s
Especlf. Limite de r e s l s t L i m i t e de Alonga- Temperatura
Designação Composição nominal, %
ASTM à tração escoamento mento em usual mais
UNS 25 m m b a i x a de s e r v i ç o
N e grau
C
2
Mn SI NI Cr kgf/mm MPa kgf/mm MPa
°C
2 2
%
Aços-carbono
KO2400(a) A 537 C11 0,18 1,15 -zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
0,35 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- 49,0 483' 35,0 345 - -45
KO2400(b) A537C12 0,18 1,15 0,35 - - 56,0 552 42,0 414 23
KO1800 A516 0,16 0,75 0,25 - - 38,5 379 21,0 207 28 -45
KO2100 A616 0,19 0,75 0,25 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- - 42,0 414 22,4 221 26
KO2403 A516 0,22 1,10 0,25 -
- 45,5 448 24,5 241 24
KO2700 A516 0,25 1,10 0,25 -
- 49,0 483 26,6 262 22
Aços-liga
K11576 A517F 0,15 0,85 0,25 0,85 0,55(c) 87,5 862 80,5 793 18 -45
K21703 A203-A 0,20 0,70 0,25 2,30 - 45,5 448 25,9 255 25 -59
K22103 A203-B 0,23 0,70 0,25 2,30 - 49,0 483 28,0 276 23
K31718 A203-D 0,17 0,70 0,25 3,50 - 45,5 448 25,9 255 24 -101
K32018 A203-E 0,20 0,70 0,25 3,50 - 49,0 483 28,0 276 22
K71340 A553-B 0,10 0,50 0,25 8,00 - 70,0 690 59,5 586 22 -170
K81340 A 353 0,10 Q,50 0,25 9,00 - 70,0 690 52,5 517 22 -195
K81340 A 553-A 0,10 0,50 0,25 9,00 - 70,0 690 59,5 586 22 -195
(a) Normalizado; (b)Tsmperado e Revenido; (c) Contém também 0,50 Mo, 0,50 V, 0,25 Cu e 0,003 B
T A B E L A 148
8
Tl
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de alg u n s a ç o s u l t r a - r e s i s t e n t e s
H-11 Modificado MX-2 300-M D-6A 4340 25NI 20N1 18NI
0,40C-0,35Mn- 0,39C-0,70Mn 0,40C-0,75Mn 0,46/0,75Mn 0,40/0,85Mn 25,0NI-0,006C 20,ONI-0,006C 18,5NI-7,0Co
1,0Sl-5,0Co- 1,0SI-1,10Cr 1,60SI-1,85N1 0,22Si-0,55NI 0,20SI-0,75Cr 0,12Mn-0,17Sl 0,01 Mn-0,1 OSI 4,5Mo-0,26C
1,4Mo-0,45V 0,25Mo-0,15V 0,85Cr-0,40Mo 1,0Cr-1,0Mo 1,80NI-0,25Mo 1,37T1-0,20AI 1,54T1-0,22AI 0,1Mn-0,11SI
1,0Co 0.08V 0,54Nb 0,32Nb 0,22T1-0,003B
Resistência à T.A. 206-218 195 202(1981) 199 201 223 197 192
tração kgf/m 2 (2020-2138) (1913) (1952) (1972) (2188) (1933) (1883)
(MPa) 425°C 176-191 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
-
162(1589)(370°C)
- - -
129 154
((1725-1873) (1265) (1510)
535°C 151-154 97 108
- -
(1480-1510) (950) (1060)
- - - - -
Limite de T.A. 169-173 167 169 175 189 199 189 187
escoamento (1658-1697) (1638) (1658) (1815) (1854) (1952) (1854) (1834)
kgf/mm (MPa) 425°C 140-145 124(1216)(370°G) 111 - 146
- - -
2
(1373-1422) (1089) (1432)
535°C 120(1177) 84(824)
- - - - - -
Alongamento T.A. 6,6-12,0 10 10 7,5 11 8 11 11
em 50 mm 425°C ' ' -10,8-12,0 15 15,2 12
- - - -
535°C 11,8-15,0 19,8 24
- - - - -
Estricção, % T.A. 27,0-39,9 37 38 26,8 39 28 54 48
425°C 33,0-42,1 35 55,0 56
- - -
535°C 35,2-42,2 52(370°C) 64,5 74
- - - -
Resistência ao T.A. 2,1-3,0 2,5 3,0 1,9 3,2
= 1 0 x C m i n . , Ta = 0,10 máx., Co = 0,20 máx.
o
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Resistência ao choque CO
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Tipo de fratura, % 3 o "5 ° 01 Q.
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C.
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8
T A B E L A I 50 h
C o m p o s i ç ã o n o m i n a l e m í n i m a s p r o p r i e d a d e s d e t r a ç ã o de a ç o s I n o x i d á v e i s c r i o g ê n i c o s n a f o r m a de c h a p a s
L i m i t e de r e s i s - U m l t e de e s c o a - Alonga- Temperatura usual
Composição nominal, %
AISI tência à tração mento (0,2% mento em m a i s b a i x a de s e r v i ç o ,
Designação
Tipo e U q
deformação) 25 m m , % °C
C Mn SI NI Cr kgf/mm 2 MPa kgf/mm 2 MPa
SO20100 201 0,10 6,00 0,60 4,5 17,0(1) 66,5 655 31,5 310 40 -195
S2O200 202 0,10 9,00 0,60 5,0 18,0(2) 63,0 620 31,5 310 40 -195
S30200 302 0,10 1,50 0,60 9,0 18,0 52,5 517 21,0 205 40 -270
S30400 304 0,06 1,50 0,60 10,0 19,0 52,5 517 21,0 205 40 -270
S30403 304L 0,02 1,50 0,60 10,0 19,0 49,0 483 17,5 172 40 -270
S30500 305 0,10 1,50 0,60 11,5 18,0 52,5 517 21,0 205 40 -270
to S30900 309 0,06 1,50 0,60 13,5 23,0 52,5 517 21,0 205 35 -270
S30908 309S 0,06 1,50 0,60 13,5 23,0 52,5 517 21,0 205 40 -270
S31000 310 0,10 1,50 0,60 20,0 25,0 52,5 517 21,0 205 35 -270
S31600 316 0,06 1,50 0,60 12,0 17,0(3) 52,5 517 21,0 205 40 -270
S31603 316L 0,02 1,50 0,60 12,0 17,0(4) 49,0 483 17,5 172 40 -270
S32100 321 0,06 1,50 0,60 10,5 18,0(5) 52,5 517 21,0 205 40 -270
S34700 347 0,06 1,50 0,60 11,0 18,0(6) 52,5 517 21,0 205 40 -270
S34800 348 0,06 1,50 . 0,60 11,0 18,0(7) 52,5 517 21,0 205 40 -270
S38100 XM15 0,06 1,50 2,00 18,0 18,0 52,5 517 21,0 205 40 -270
(1) C o n t é m 0,20 N; (2) C o n t é m 0,20 N; (3) C o n t é m 2,0 a 3,0 M o ; (4) Contém 2,0 a 3,0 Mo; (5) C o n t é m Ti = 5xCmin.; (6) C o n t é m Nb+Ta = 10xCmin.; (7) Contém Nb+Ta
= 1 0 x C m i n . , Ta = 0,10 máx., Co = 0,20 máx.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA151
C o m p o s i ç ã o d e a ç o s - l i g a , cujas c u r v a s d e t r a n s i ç ã o " f r a t u r a d ú c t i l - f r a t u r a f r á g i l "
e s t ã o r e p r e s e n t a d a s n a F i g u r a 202.
Aço
C Mn SI Ni Cr Mo
AISI-SAE
4340 0,38-0,43 0,60-0,80 0,20-0,35 1,65-2,00 0,70-0,90 0,20-0,30
4140 0,38-0,43 0,75-1,00 0,20-0,35 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS
- 0,80-1,10 0,15-0,25
4145 0,43-0,48 0,70-0,90 0,20-0,35 - 0,70-0,90 -
1340 0,38-0,43 1,60-1,90 0,20-0,35 - - -
2340 0,42-0,47 0,70-0,90 0,20-0,35 3,25-3,75 - -
1040 0,37-0,44 0,60-0,90 (0,35 - ) - - -
¥ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
25
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15
P I 0 , 2 2 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
/ /
0,37%
V
i
1 0 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA % zyxwvutsrqponmlkjihgfed
/
i
tu
a: / 0,62%
Temperatura ° C
20 40 60 80
q u a t r o t i p o s d e a ç o s . P e l o s e u e x a m e , c o n c l u i - s e q u e o a ç o tipo D é o m e l h o r ; o a ç o B é mais
ch$ s e g u r o q u e o aço A e o a ç o C p o d e s e r levado e m c o n t a para certas a p l i c a ç õ e s . A Fig. 2 0 1 ( 2 8 1 )
i n d i c a a i n f l u ê n c i a d o t e o r d e c a r b o n o s o b r e a s c u r v a s " r e s i s t ê n c i a a o c h o q u e - t e m p e r a t u r a " de
V* a ç o s - c a r b o n o , s e m e l e m e n t o s d e liga, n o e s t a d o n o r m a l i z a d o .
A figura 202 1 2 8 1 ' m o s t r a a t r a n s i ç ã o f r a t u r a d ú c t i l e f r a t u r a frágil p a r a v á r i o s a ç o s - l i g a , cuja
composição é dada na Tabela 151 ( 2 8 1 ) .
li
474
DCBA Aços ULTRA-RESISTENTESEAÇOS CRIOGÊNICOS '
4340
4140
Temperado a
£ martesita t o t a l /
1 4145
CJí
XWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA / 'T34
1'^zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
.345-
104O
JÁ
Temperatura de ensaio. °C
cbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
JIHGFEDCBA
mlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
475
1 . Introdução - O e m p r e g o d a t é c n i c a d e " m e t a l u r g i a do p ó " p a r a f a b r i c a ç ã o d e peças de
f e r r o e aço v e m s e e s t e n d e n d o rapidamente nos ú l t i m o s anos, p r i n c i p a l m e n t e p o r q u e se tem
c o n s e g u i d o aliar a u m d o s c a r a c t e r í s t i c o s b á s i c o s d a r e f e r i d a t é c n i c a ( o u s e j a , a o b t e n ç ã o ,
e m g r a n d e escala de p e ç a s c o m dimensões d e n t r o d e estreitas tolerância), a possibilidade
d e obter-se igualmente p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s e m faixas de valores c o m p a r á v e i s com as
q u e resultam dos processos metalúrgicos convencionais.
C o m o c o n s e q u ê n c i a , o c a m p o d e a p l i c a ç ã o d e p e ç a s s i n t e t i z a d a s d e f e r r o e s u a s ligas
ampliou-se consideravelmente, ocupando assim o aço sinterizado um lugar de destaque
e n t r e o s tipos de m a t e r i a i s m e t á l i c o s utilizados n a i n d ú s t r i a m o d e r n a .
- Seleção da matéria-prima;
- Compressão do pó ou pós metálicos, em matrizes apropriadas;
- Sinterização dos c o m p a c t a d o s obtidos na c o m p r e s s ã o ;
- R e c o m p r e s s ã o ou c a l i b r a g e m das peças o u c o m p a c t a d o s sinterizados;
- A c a b a m e n t o , c o m p r e e n d e n d o e v e n t u a l m e n t e u s i n a g e m , t r a t a m e n t o t é r m i c o ou trata-
m e n t o superficial.
TABELA152
Valores de r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o de f e r r o p u r o s i n t e r i z a d o , em f u n ç ã o d o s t i p o s de p ó
d e f e r r o e da p r e s s ã o d e c o m p a c t a ç ã o
2 4 6 2 4 6 2 4 6
Reduzido
(esponja) 5,46 6,23 6,69 9,4(94) 14,0(140) 16,8(168) 2,8 4,9 8,0
Eletrolítico 5,57 6,49 6,97 . 6,5(65) 15,1(151) 21,9(219) 2,0 6,7 12,3
478 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
Aços zyxwvutsrqponmlkj
SINTERIZADOS
T A B E L A 153
P r o p r i e d a d e s típicas d e f e r r o s i n t e r i z a d o , e m f u n ç ã o d o t i p o de p ó
Limite de
T i p o de p ó
Densidade
Estado
resistência Alongamento zyxwvutsrqponmlkj
Dureza
g/cm 3
à tração Rockwell
%
kgf/mm 2 MPa F
Reduzido
(esponja) 5,8 Sinterizado 13,0 130 1,5 54
6,2 Sinterizado 18,0 180 1,5 66
6,6 Sinterizado 21,0 210 2,0 71
Eletrolítico 6,9 Sinterizado 21,0 210 10,0
7,3 Recomprimido 26,0 255 15,0
7,5 Recomprimido 41,0 400 25,0
Atomizado 6,7 Sinterizado 17,0 170 4,0 61
7,3 Sinterizado 25,0 250 7,0 .78
de d e n s i d a d e , r e s i s t ê n c i a à tração e a l o n g a m e n t o e m f u n ç ã o d a t e m p e r a t u r a d e sinterização, d e
c o m p a c t a d o s d e p ó d e ferro eletrolítico, s i n t e r i z a d o s e m hidrogénio. A q u e d a o b s e r v a d a n o s v a l o -
res das p r o p r i e d a d e s d e t e r m i n a d a s , n a f a i x a d e t e m p e r a t u r a d e 8 0 0 ° C a 9 5 0 ° C a p r o x i m a d a m e n t e ,
é atribuída à t r a n s f o r m a ç ã o alotrópica a l f a - g a m a e a u m c r e s c i m e n t o d e g r ã o s .
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 479
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
8,0
Den; Idade re il do ferre ouro zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
7,5
7,0
/
/
/
6,5
6,0
CD
"O
"D
CD zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
Q
5,0
4,5
4,0
10 15 20 25 30
Pressão, t/cm 2
c o m p l e x i d a d e d e f o r m a , e x i g i n d o a s s i m u m a c a b a m e n t o final p o r u s i n a g e m o u r e t i f i c a ç ã o .
D e u m m o d o geral, a u s i n a g e m d e p e ç a s de f e r r o o u a ç o sinterizado n ã o o f e r e c e m dificulda-
des especiais, sobretudo q u a n d o sua densidade for suficientemente alta;
- tratamento térmico - a s e x i g ê n c i a s c r e s c e n t e d e p e ç a s s i n t e r i z a d a s c o m m a i o r e s dureza,
r e s i s t ê n c i a ao d e s g a s t e , r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o e r e s i s t ê n c i a à f a d i g a t o m a r a m o t r a t a m e n t o térmico
d e s s e s materiais u m a p r á t i c a m u i t o u s u a l , p r i n c i p a l m e n t e q u a n d o a d e n s i d a d e f o r e l e v a d a A T a b e -
la 154< > mostra a i n f l u ê n c i a d e t r a t a m e n t o s t é r m i c o s s o b r e a resistência à t r a ç ã o , a l o n g a m e n t o s
287
d u r e z a Brineil de a ç o s i n t e r i z a d o , e m c o m p a r a ç ã o c o m a ç o obtido p o r p r o c e s s o s c o n v e n c i o n a i s .
480
IHGFEDCBA Aços SINTERIZADOS
dcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Densidade do Fe Denso
GFEDCBA
Temperatura de sinterização, °C
Fig. 204 - Variação de características físicas de compactados de ferro e m função da temperatura
d e sinterização.
p e r i o r e s "às o b t i d a s n a s p e ç a s s i n t e r i z a d a s c o m u n s e b a s t a n t e p r ó x i m a s à q u e l a s o b t i d a s n o s
processos m e t a l ú r g i c o s c o n v e n c i o n a i s . A liga "infiltrante" é c o b r e p u r o ou latão d e v á r i o s
t e o r e s d e z i n c o , o u b r o n z e . O s c o m p a c t a d o s d e p o i s de c o m p r i m i d o s s ã o s i n t e r i z a d o s c o m a
liga i n f i l t r a n t e s o b r e p o s t a s o b r e o " e s q u e l e t o p o r o s o " , c o m o q u a l p e r m a n e c e e m contato
durante a s i n t e r i z a ç ã o , q u e é realizada a u m a t e m p e r a t u r a s u p e r i o r a o ponto de f u s ã o do
material infiltrante, o u s e j a entre 1 1 0 0 ° C e 1 1 5 0 ° C . Por c a p i l a r i d a d e , o metal fundido p e n e t r a
por entre os p o r o s d o c o m p a c t a d o , e n c h e n d o p r a t i c a m e n t e a t o d o s , p o d e n d o - s e atingir u m a
d e n s i d a d e f i n a l d a o r d e m d e 7,8 g / c m . 3
481
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
40
35
30
z
CO 25
15
O 20
o
tr zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
CO
10
0
5,4 5,8 6,2 6,6 7,0 7,4
Densidade, g/cm 3
- p ó reduzido
- resistência à t r a ç ã o - 3 4 a 37 k g f / m m 2 ( 3 3 0 a 3 6 0 MPa)-
- alongamento - cerca de 1 9 %
- p ó eletrolítico
- resistência à t r a ç ã o - 3 3 a 3 4 k g f / m m 2 (320 a 330 MPa)
- alongamento - 9 a 1 4 %
- pó atomizado
- resistência à t r a ç ã o - 3 1 a 36 k g f / m m 2 (300 a 350 MPa)
- alongamento - 13 a 1 9 %
N o caso d e u m a ç o - c a r b o n o do tipo 1 0 4 0 , o s v a l o r e s comparativos n o e s t a d o sinterizado
apenas e nos estados forjados são os seguintes* 2 8 9 ':
- densidade
- 6,60 g / c m n o e s t a d o sinterizado
3
- 7,67>.kgf/mm n o e s t a d o f o r j a d o
2
482
HGFEDCBA
EDCBA Aços SINTERIZADOS '
T A B E L A 154
I n f l u ê n c i a d o t r a t a m e n t o t é r m i c o s o b r e as p r o p r i e d a d e s de
aço sinterizado, e m comparação com aço convencional
do 8 3 0 ° C e revenido a
320°C 86 840 8 311
Aço con- 0,57/0,65 Recozido 70-85 690-830
es 14 200-243
vencional Temperado e m água a
8 0 0 ° C e revenido a
450°C 97 950 9 277
Aço 0,64 7,43 . Sint.a1100°C 49 4S0 11,5 132
sinterizadc Temperado e m óleo a
8 3 0 ° C e revenido a
427°C 68 670 13 161
Temperado em água a
8 3 0 ° C e revenido a
320°C | 96 940 8 218
do
483
Aços FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROS
T A B E L A 155
P r o p r i e d a d e s o b t i d a s pela d u p l a c o m p r e s s ã o e m c o m p a r a ç ã o
c o m a prática d e c o m p r e s s ã o s i m p l e s
Compressão simples
Sinterização a 1220°C durante 2 horas
Pó Resistência à
Pressão Densidade Dureza
tração Alongamento zyxwvutsr
t/cm 2 g/cm 3 Brinell %
kgf/mm 2 MPa
Ferro eletro- 6,49 50 15,1 151 6,7
lítico fino 6,79 70 21,9 219 12,3
Ferro reco- 6,23 47 14,0 140 4,9
zido esponja 6,69 61 16,8 168 8,0
Ferro recozi-
do (de casca
d e laminação) 6,90 89 29,1 281 12,4
Dupla c o m p r e s s ã o
Sinterização previa a 850°C d u r a n t e úmã hora
S i n t e r i z a ç ã o final a 1250°C d u r a n t e d u a s h o r a s
em h i d r o g é n i o
1 .
a 2 .
a
• resistência à tração
-16,0 kgf/mm 2 (160 M P a ) n o estado sinterizado
- 51,0 kgf/mm 2 ( 5 0 0 M P a ) n o estado forjado
- limite de e s c o a m e n t o
- 12,0 kgf/mm 2 ( 1 2 0 M P a ) no estado sinterizado
- 35,0 kgf/mm 2 (340 M P a ) no estado forjado
- a l o n g a m e n t o ( e m 1")
- 1 , 8 % no estado sinterizado
- 2 5 , 0 % no estado forjado
- b o m acabamento superficial;
- possibilidade de obter c o m p o n e n t e s c o m p l e x o s e m u m a única o p e r a ç ã o d e conformação;
- obtenção de estrutura fina, orientada a e s m o ;
- orientação equiaxial d e característicos físicos;
- propriedades m e c â n i c a s comparáveis às obtidas pelo forjamento convencional.
484
GFEDCBA Aços SINTERIZADOS (.
485
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços e FERROSFUNDIDOS
A s ligas m a i s s i m p l e s s ó p o d e m s e r e m p r e g a d a s n a c o n f e c ç ã o d e c o m p o n e n t e s m e c â n i c o s
sujeitos a cargas mais leves, c o m o certas e n g r e n a g e n s , peças polares (poios d e motores para
f i n s m a g n é t i c o s ) , b u c h a s d e f e r r o a u t o - l u b r i f i c a n t e s ( d e v i d o s u a e l e v a d a p o r o s i d a d e ) e, n o e s -
t a d o carbo-nitretado, e m c o m p o n e n t e s para resistência a o desgaste c o m o p e q u e n o s carnes e
alavancas.
À m e d i d a que s e c a m i n h a p a r a mais altos t e o r e s d e carbono e p a r a ligas c o n t e n d o cobre
ou níquel, permite-se o s e u u s oe m componentes sujeitos a cargas m o d e r a d a s , sobretudo por
q u e e s s a s ligas p o d e m s e r t r a t a d a s t e r m i c a m e n t e . D e s s e m o d o , o c a m p o d e a p l i c a ç ã o é
muito vasto e as indústrias d e auto-peças, d e eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, m á -
q u i n a s d e calcular, a r m a s e m u i t a s outras t ê m u m a g r a n d e fonte d e s u p r i m e n t o d e peças c o m
resistência mecânica satisfatória e formas c o m p l e x a s , exigindo ainda rígidas tolerâncias
dimensionais.
Finalmente, p e ç a s sinterizadas de a ç o inoxidável s ã o produzidas p a r a a m b i e n t e s corro-
sivos, c o m propriedades mecânicas razoáveis.
A Tabela 158' 2 9 1 ' apresenta dados adicionais referentes a propriedades mecânicas de
ligas d e ferro s i n t e r i z a d o s .
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s típicas d e ferro e a ç o sinterizado ( c o n t i n u a ç ã o )
A figura 206 mostra u m a variedade de peças produzidas em ferro e a ç o sinterizado.
T A B E L A 156
C o m p o s i ç ã o d e l i g a s de f e r r o s i n t e r i z a d a s p a r a c o m p o n e n t e s m e c â n i c o s
Faixas e l i m i t e s d e c o m p o s i ç ã o , % ( a )
Descrição N . MPIF* C
9
NI Cu Fe
Ferro F-O000 0,3 máx. 97,7/100
Aço F-0005 0,3/0,6 97,4/99,7
Aço F-0008 0,6/1,0 97,0/99,1
Fe-Cu FC-0200 0,3 máx 1,5/3,9 93,8/98,5
Aço-Cu FC-0205 0,3/0,6 1,5/3,9 93,5/98,2
Aço-Cu FC-0208 0,6/1,0 1,5/3,9 93,1/97,9
Aço-Cu • FC-0505 0,3/0,6 4,0/6,0 91,4/95,7
Aço-Cu FC-0508 0,6/1,0 4,0/6,0 91,0/95,4
Aço-Cu FC-0808 0,6/1,0 6,0/11,0 86,0/93,4
Aço-Cu 0,6/0,9 18,0/22,0 75,1 min.
Fe-Cu FC-1000 0,3 máx. 9,5/10,5 87,2/90,5
Fe-Ni FN-0200 0,3 máx. 1,0/3,0 • 2,5 m á x . 92,2/99,0
Aço-Ni FN-0205 0,3/0,6 1,0/3,0' • 2,5 m á x . 91,9/98,7
Aço-Ni FN-0208 0,6/0,9 1,0/3,0 2,5 m á x . 91,6/98,4
Fe-Ni FN-0400 0,3 máx. 3,0/5,5 2,0 m á x . 90,2/97,0
Aço-Ni FN-0705 0,3/0,6 3,0/5,5 2,0 máx. 89,9/96,7
Aço-Ni FN-0708 0,6/0,9 3,0/5,5 2,0 máx. 89,6/96,4
Fe-Ni FN-0700 0,3 máx. 6,0/8,0 2,0 m á x . 87,7/94,0
Aço-NI FN-0705 0,3/0,6 6,0/8,0 2,0 m á x . 87,4/93,7
Aço-Ni FN-0708 0,6/0,9 6,0/8,0 2,0 m á x . 87,1/93,4
A ç o Infiltrado FX-1005 0,3/0,6 8,0/14,9 80,5/91,7
A ç o Infiltrado FX-1008 0,6/1,0 8,0/14,9 80,1/91,4
A ç o Infiltrado FX-2000 0,3 máx. 15,0/25,0 70,7/85,0
A ç o Infiltrado FX-2005 0,3/0,6 15,0/25,0 70.4/84,7
A ç o Infiltrado FX-2008 0,6/1,0 15,0/25,0 70,0/84,4
* Metal Powder Industries Federation; (a) as especificações MPIF exigem que a quantidade total de
outros elementos seja menor que 2 , 0 % com exceção do aço infiltrado em que a quantidade total de outros
elementos deve ser inferior a 4 , 0 %
486
HGFEDCBA Aços SINTERIZADOS
l i o - u £3 m o m m o m o i m m c r i o m o a a
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487
• Sint. e t.t. 6,4/6,8 78,4 770 65,8 650 0,5 31,5 310 0,83 8,1 27RC
Sinterizado 7,2/7,6 51,8 510 30,1 295 6,0 21,0 205 4,1 41 80RB
Sint. e t.t. 7,2/7,6 126,0 1240 107,8 1060 1,5 45,5 450 1,9 19 44RC
T A B E L A 157
Propriedades mecânicas típicas de ferro e aço sinterizado (continuação)
Densidade Resistência à Limite de Alongamento Limite Resistência Dureza
HK MPIF Estado g/cm 3
traç ao escoamento % e m 25 m m fadiga ao c h o q u e aparente
kgf/mm 2 MPa kgf/mm MPa
2 kgf/mm 2MPa kgf/mm 2 J
Sint. a t.t. 6,8/7,2 70,0 690 66,5 655 <0,5 26,6 260 40RC
FN-0408 Sinterizado 6,4/6,8 39,9 395 29,4 209 1,5 16,1 160 0,83 8,1 72RB
Sinterizado 7,2/7,6 65,1 640 47,6 470 4,5 25,9 255 2,2 22 95RB
FN-0700 Sinterizado 6i4/6,8 36,4 360 21,0 205 2,5 14,7 145 1,6 16 60RB
Sinterizado 7,2/7,6 59,5 585 33,6 330 6,0 23,8 240 3,6 35 B3RB
FN-0705 Sinterizado 6,4/6,8 37,8 370 24,5 240 2,0 '15,4 150 1,2 12 69RB
S i n t . e t.t. 6,4/6,8 71,4 705 56,0 550 0,5 28,7 280 1,1 11 24RC
Sinterizado 7,277,6 63,0 620 39,9 390 5,0 25,2 250 3,3 33 90RB
S i n t . e t.t. 7,2/7,6 117,6 1160 91,0 895 1,5 45,5 445 2,7 27 40RC
FN-0708 Sinterizado 6,4/6,8 39,9 395 28,7 2B0 1,5 16,1 160 0,83 3,1 75RB
Sintetizado 7,2/7,6 66,5 655 46,2 455 3,0 26,6 260 2,2 22 96RB
FX-1005 Sintetizado 7,2/7,6 58,1 570 44,8 440 4,0 1,9 19 75RB
S i n t . e t.t. 7,2/7,6 84,0 830 74,9 740 1,0 0,96 9,5 40RC
FX-1008 Sintetizado 7,2/7,6 63,0 620 52,2 515 2,5 1,6 16 80RB
S i n t . e t.t. , 7,2/7,6 91,0 895 73,5 725 0,96 9,5 40RC
FX-2000 Sinterizado 7,2/7,6 45,5 450 1,0 2,1 20 60RB
FX-2005 Sinterizado 7,2/7,6 52,5 515 35,0 345 1,5 1,3 12,9 75RB
S i n t . e t.t. 7,2/7,6 80,5 790 66,5 665 <0,5 0,83 8,1 30RC
FX-2008 Sinterizado 7,2/7,6 59,5 585 52,5 515 1,0 1,38 14 80RB
S i n t . e t.t. 7,2/7,6 87,5 860 74,9 740 <0,5 0,7 6,8 42RC
S i n t . e t.t. s i g n i f i c a s i n t e r i z a d o e t r a t a d o t e r m i c a m e n t e . O t r a t a m e n t o t é r m i c o c o n s i s t e e m a u s t e n i t i z a r a 8 7 0 ° C , r e s f r i a r e m ó l e o e r e v e n i r u m a
T A B E L A " ! 57
Propriedades mecânicas típicas de ferro e aço sinterizado (continuação)
Densidade Resistência à L i m i t e de Alongamento Limite Resistência Dureza
N . MPIF
a Estado g/cm 3
tração escoamento % e m 25 m m fadiga ao c h o q u e aparente
kgf/mm 2 MPa kgf/mm 2 MPa kgf/mm 2 MPa kgf/mm' 1 J
Sint. e t.L 6,8/7,2 70,0 690 66,5 655 <0,5 26,6 260 40RG
FC-0505 Sinterizado 6,0/6,4 35 345 29,4 290 1,0 13,3 130 0,62 6,1 60RB
Sinterizado 6,4/6,8 46,2 455 38,5 380 1,5 17,5 170 0,69 6,8 75RB
FC-0508 Sinterizado 6,0/6,4 43,4 425 39,9 395 1,0 16,8 160 0,48 4,7 65RB
Sint, e t . t . 6,0/6,4 49,0 480 49,0 480 1,5 18,9 185 30RC
FC-0808 Sinterizado lnf. 6,0 25,2 250 0,5 55RB
FC-1000 Sinterizado int. 6,0 21,0 205 0,5 70RF
FN-0200 Sinterizado 6,4/6,8 26,6 260 17,5 170 7,0 10,5 105 4,42 43 42RB
Sinterizado 7,2/7,6 31,5 310 21,0 205 11,0 12,6 125 6,9 68 51 RB
FN-0205 Sinterizado 6,4/6,8 25,9 255 16,t 160 3,0 10,5 105 13,8 14 50RB
Sint. e t.t. 6,4/6,8 57,4 565 45,5 450 0,5 23,1 225 0,83 8,1 32RC
Sint. recomp 7,2/7,6 42,7 420 25,9 255 4,5 16,8 165 4,4 43 85RB
Sint. e t . t . 7,2/7,6 93,8 925 73,5 725 2,0 37,8 370 3,9 38 56RV
FN-0208 Sinterizado 6,4/6,8 33,6 330 21,0 205 2,0 13,3 130 1,1 11 62RB
Sint.et.t. 6,4/6,8 70,0 690 65,8 650 0,5 28,6 275 0,83 8,1 34RC
Sinterizado 7,2/7,6 55,3 545 35,0 345 3,5 22,4 220 3,0 30 87RB
Sint.et.t. , 7,2/7,6 112,0 1105 108,5 1070 0,5 42,0 415 2,5 24 47RG
FN-0400 Sinterizado . 6,8/7,2 34,3 340 ' 21,0 205 6,0 14,0 140 4,8 47 60RB
Sinterizado ' 7,2/7,6 40,6 400 25,2 250 6,5 16,1 160 6,9 68 67RB
FN-0405 Sinterizado 6,4/6,8 31,5 310 18,2 180 3,0 12,6 125 13,8 14 63RB
• Sint. e t.t. 6,4/6,8 78,4 770 65,8 650 0,5 31,5 310 0,83 8,1 27RC
Sinterizado 7,2/7,6 51,8 510 30,1 295 6,0 21,0 205 4,1 41 80RB
Sint. e t.t. 7,2/7,6 126,0 1240 107,8 1060 1,5 45,5 450 1,9 19 44RC
Aços E FERROSFUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA158
Propriedades típicas de ligas de f e r r o s i n t e r i z a d o no e s t a d o s i n t e r i z a d o
• e n si Limite de r e s i s t ê n c i a
490
HGFEDCBA
EDCBA Aços SINTERIZADOS
!
Marca comercial - A S P 23 - Designação AISI - M 3 ; C o m p o s i ç ã o química - C 1,28%, C r
4,20%, W 6,40%, M o 5,00%, V 3 , 1 0 % - qureza H R C 65-67.
M a r c a c o m e r c i a l A S P 60 - C 2 , 8 0 % , C r 4 , 0 0 % , W 6 , 5 0 % , M o 7 , 0 0 % , V 6 , 5 0 % , C o 1 0 , 5 0 %
- Dureza H R C 67-69.
M a r c a c o m e r c i a l - C P M R e x M 4 - D e s i g n a ç ã o AISI M 4 - C 1,35%, C r 4,25%, W 5 , 7 5 % , M o
4,50%, V 4,00%,, S 0 , 0 6 % - D u r e z a H R C Í 6 4 - 6 6 .
M a r c a c o m e r c i a l C P M R e x M 4 2 - D e s i g n a ç ã o AISI M 4 2 - C 1,10%, Cr 3,75%, W 1,50, M o
9,50%, V 1,15%, C o 8,00% - Dureza H R C 66-68.
M a r c a c o m e r c i a l - C P M R e x 4 5 H S - C jl,30%, C r 4 , 0 0 % , W 6 , 2 5 % , M o 5 , 0 0 % , V 3 , 0 0 % , C o
8,25%, S 0 , 2 2 % - Dureza H R C 66-68. j
Marca comercial - C P M R e x 2 5 - D e s i g n a ç ã o AISI M 6 1 - C 1,80%, Cr 4,00%, W 1 2 , 5 0 % ,
Mo 6,50%, V 5 , 0 0 % - Dureza H R C 67-69Í
M a r c a c o m e r c i a l - C P M R e x 7 6 - D e s i g n a ç ã o AISI M 4 8 - C 1 , 5 0 % , Cr 3,75%, W 1 0 , 0 0 % ,
Mo 5,25%, V 3 , 1 0 % , C o 9,00%, S 0,06%(- Dureza H R C 67-69.
M a r c a c o m e r c i a l H A P 10 - C 1 , 3 5 % , C r 5 , 0 0 % , W 3 , 0 0 % , M o 6 , 0 0 % , V 3 , 8 0 % - D u r e z a
HRC 64-66.
Marca comercial H A P 40 - C 1,30%, Cr 4,00%, W 6,00%, M o 5,00%, V 3,00%, C o 8,00%.
M a r c a c o m e r c i a l H A P 60 - C 2,00%!, C r 4,00%, W 1 0 , 0 0 % , M o 4,00%, V 7 , 0 0 % , C o
12,00%. i zyxwvutsrqponm
i
M a r c a c o m e r c i a l C P M 9V - C 1,78, C r 5 , 2 5 % , M o 1,30%, V 9 , 0 0 % , S 0 , 6 3 % - D u r e z a H R C
53-55. <
'
Marca c o m e r c i a l C P M 10V - D e s i g n a ç ã o AISI A11 - C 2 , 4 5 % , C r 5,25%, M o 1 , 3 0 % , V
9,75%, S 0 , 0 7 % - Dureza H R C 60-62. j
Aços para trabalho a quente: j
Marca comercial C P M H 13 - Designação AISI H13 - C 0 , 4 0 % , C r 5,00%, M o 1,30%, V
1,05% - D u r e z a H R C 4 2 - 4 8 .
M a r c a c o m e r c i a l C P M H 1 9 V - Desigrjação AISI H 1 9 - C 0 , 8 0 % , C r 4 , 2 5 % , W 4 , 2 5 % , M o
0,40%, V 4 , 0 0 % , C o 4 , 2 5 % - D u r e z a HRffi 44-56.
491
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
2 . Definições - P e l o c o n h e c i m e n t o d o d i a g r a m a d e e q u i l í b r i o F e - C , o o s t u m a - s e definir
ferro-fundido como "as ligas F e - C cujo teor de c a r b o n o s e situa acima 2 , 0 % a p r o x i m a d a m e n -
te". F a c e à influência d o silício n e s s a liga, s o b r e t u d o s o b o ponto d e v i s t a d e s u a constituição
e s t r u t u r a l , o ferro f u n d i d o é n o r m a l m e n t e c o n s i d e r a d o u m a "liga t e r n á r i a F e - C - S i " , pois o
silício está f r e q u e n t e m e n t e presente e m teores s u p e r i o r e s ao do próprio c a r b o n o .
P o r outro lado, e m f u n ç ã o d e s u a constituição estrutural, o c a r b o n o e s t á g e r a l m e n t e pre-
s e n t e , e m grande p a r c e l a , n a f o r m a "livre".
N e s s a s c o n d i ç õ e s , a d e f i n i ç ã o d e ferro f u n d i d o a d o t a d a nesta o b r a s e r á a seguinte:
D e n t r o d a d e n o m i n a ç ã o g e r a l d e "ferro f u n d i d o " , p o d e m s e r d i s t i n g u i d o s o s s e g u i n t e s
t i p o s d e liga:
- ferro fundido branco - cuja fratura mostra u m a coloração clara (donde a s u a denomina-
ç ã o ) , c a r a c t e r i z a d o p o r a p r e s e n t a r a i n d a c o m o e l e m e n t o s d e liga f u n d a m e n t a i s o c a r b o n o e
o silício, m a s c u j a e s t r u t u r a , d e v i d o às c o n d i ç õ e s d e fabricação e m e n o r t e o r d e silício, apre-
senta o carbono quase inteiramente n a forma c o m b i n a d a (Fe C); 3
494
GFEDCBA
CBA FERROS FUNDIDOS - GENERALIDADES
TABELA159
Faixa d e c o m p o s i ç ã o d e f e r r o s f u n d i d o s t í p i c o s c o m u n s
Composição química, %
Tipo
C SI Mn S P
Branco 1,8/3,6 0,5/1,9 0,25/0,80 0,06/0,20 0,06/0,20
Maleável 2,2/2,9 0,9/1,9 0,15/1,20 0,02/0,20 0,02/0,20
Cinzento 2,574,0 1,0/3,0 0,20/1,00 0,02/0,25 0,02/1,00
Nodular 3,0/4,0 1,8/2,8 0,10/1,00 0,01/0,03 0,01/0,10
Grafita
compactada 2,5/4,0 1,0/3,0 0,20/1,00 0,01/0,03 0,01/0,10
3. Diagrama de equilíbrio Fe-C para a faixa correspondente aos ferros fundidos - A Fig.
207 ( 2 9 4 ) corresponde à mais recente v e r s ã o d o diagrama d e equilíbrio Fe-C. Esse d i a g r a m a é
relativo a p e n a s à l i g a b i n á r i a F e - C , e m q u e o p r i n c i p a l e l e m e n t o d e l i g a é o c a r b o n o . O s e u
e s t u d o , n a f a i x a c o r r e s p o n d e n t e a o s a ç o s j á f o i f e i t o no C a p í t u l o I d a p r e s e n t e o b r a .
As considerações complementares q u e p o d e m ser feitas, a o analisar os f e n ó m e n o s q u e
ocorrem n a faixa relativa aos ferros fundidos, s ã o as seguintes:
I—7
1600
1538 j'
v > < ! 4 9 S
1400
1394 ^ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP
/ !
^^^x—
1200
1148°
o
•N J
F '2,11 x Solidus \ C (4,30)1
-(
3
(AUST ENITA) /
3 1000 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJ
CO
/ Auste lita + Cemjjntita
I 300
V !
S ( ),77) 727° !
400
200
j 1
1,0 2,0 | 3,0 4,0 5j0 6,0 6,7
% de Carbono
H g . 2 0 7 - D i a g r a m a de equilíbrio Fe-C.
;495
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- a s ligas e n t r e 2,0 e 4 , 3 % d e c a r b o n o s ã o c h a m a d a s h i p o e u t é t i c a s ; a q u e l a s d e c a r b o n o
a c i m a d e 4 , 3 % são c h a m a d a s h i p e r e u t é t i c a s . O s f e r r o s f u n d i d o s c o r r e s p o n d e n t e s s e r i a m pois
d e n o m i n a d o s hipoeutéticos, hipereutéticos e eutéticos (estes últimos c o m 4 , 3 % d e carbono).
- a o r e s f r i a r l e n t a m e n t e u m a l i g a b i n á r i a F e - C c o m t e o r d e c a r b o n o c o r r e s p o n d e n t e à liga
e u t é t i c a (ponto C), verifica-se q u e , exatamente no p o n t o C, a m e s m a s e solidifica, havendo em
e q u i l í b r i o d u a s f a s e s : a u s t e n i t a d e u m l a d o e F e C ( c e m e n t i t a ) d o o u t r o l a d o . E s s e eutético
3
Fig. 208 - Aspecto micrográfico d a ledeburita. Estrutura típica de ferro fundido branco c o m 4,3%
de c a r b o n o ; glóbulos de perlita sobre u m fundo de cementita.
A t a q u e : picrico. A u m e n t o : 5 3 0 X (Gentileza do Instituto de Pesquisas Tecnológicas d e São Paulo).
496
EDCBA
CBA FERROS FUNDIDOS - GENERALIDADES
497
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Fig. 210 -Aspecto micrográfico de ferro fundido branco hiper-eutético.A estnrtura a p r e s e n t a longos
cristais de cementita sobre u m f u n d o de ledeburita.Ataque: pícrico.Aumento: 150x (Gentileza do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas d e S ã o Paulo).
C E . = % C + 1/3 ( % S i + % P )
D e i x a n d o d e l a d o o f ó s f o r o , c u j a i n f l u ê n c i a n e s s a s l i g a s s e r á e s t u d a d a m a i s a d i a n t e , ter-
se-ia apenas:
C E . = % C + 1/3 (%Si)
498
JIHGFEDCBA FERROS FUNDIDOS - GENERALIDADES
1500 1500
í+L 2,3% SI 3,5% Si
1400 V
Metaestável
1400 X Maestável zyxwvutsrqponm
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
9
c<-hf
1300
/ a \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
\ 'rrl
K/+L\
\
O 1300
1200
ê
\L
N zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML
\ \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
1200
T ^
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZY
\ c/+L+Ci \L
1100 / 1100
/ CT+C,
2 2
%C %C
1500 1500
\
5,2% SI 7,9% SI
Metaestável Metaestável
1400 1400
o< — W + L \ OÍ+C/+ L
l\
v
1300 1300
<*+</__
\ 1200
W+L
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
1200
í cxí-H/
cZ+C, V+L-t Q
' i 1100
1100 -
1000
l ; / 4 C j j yl
+ (
2
!<x '+C,+C 2
1000
t*+C , + c
2
2
%C %C
Fig. 211 - D i a g r a m a s de equilíbrio metaestáveis Fe-C-Si para quatro diferentes teores de silfcio.
.%c + v % SI = 4,3
^ FERRO NO0UUR
4,0
cr
<
o
tu
\\ \AÁAAA/
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG
P
//////
FERRO
- < - FUNDIDO
CINZENTO
•
§ '° 2
1
DIDO BRANCO —FERRO FUN
1
—• FERRO MALEÂVEL
t 1
p 1
SI = 2,0
1,0 N %C + Vi«
•
os / / / /
0
//// AÇ
1,0
#/ 2,0
T E O R DE SILÍCIO, %
499
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
A f ó r m u l a i n d i c a q u e o e f e i i o d o silício c o r r e s p o n d e a o d e u m t e r ç o d o e f e i t o d o c a r b o n o .
P o r e x e m p l o , t o m a n d o - s e n a F i g . 211 u m a liga c o m 2 , 3 % de Si, v e r i f i c a - s e q u e o ponto
eutético corresponde a c e r c a d e 3,6%. Aplicando-se a fórmula ter-se-ia:
C E . = 3,6 + 2 , 3 / 3 = 4 , 3 % a p r o x i m a d a m e n t e
D o m e s m o m o d o , n a l i g a c o m 3 , 5 % d e s i l í c i o , o n d e o e u t é t i c o foi d e s l o c a d o p a r a c e r c a d e
3 , 2 0 % de carbono, ter-se-ia:
C E . = 3,2 + 3,5/3 = 4 , 3 a p r o x i m a d a m e n t e .
E m r e s u m o , a s l i g a s c o m 3 , 6 % d e c a r b o n o e 2 , 3 % d e silício e c o m 3 , 2 % d e c a r b o n o e
3 , 5 % d e s i l í c i o c o m p o r t a m - s e c o m o ligas e u t é t í c a s e a p r e s e n t a m , t e o r i c a m e n t e , à t e m p e r a t u -
ra a m b i e n t e , u m a estrutura ledeburítica.
N a v e r d a d e , a l é m d o e f e i t o q u e o silício e x e r c e a o d e s l o c a r o eutético p a r a t e o r e s m a s baixos
d e c a r b o n o (*), u m a o u t r a c a r a c t e r í s t i c a d e s s e e l e m e n t o , f u n d a m e n t a l s o b o p o n t o d e vista de
estrutura e propriedades m e c â n i c a s , relaciona-se c o m s u a tendência grafitizante o u seja promo-
v e r a d e c o m p o s i ç ã o d o F e C e m ferro e c a r b o n o , e s t e ú l t i m o s o b a f o r m a d e g r a f i t a lamelar.
3
T o m a n d o - s e a s e c ç ã o c o r r e s p o n d e n t e a 2 , 0 % d e Si de u m d i a g r a m a c o m p l e t o Fe-G-Si,
c o m o m o s t r a a F i g . 2 1 3 , v e r i f i c a - s e a e x i s t ê n c i a d e t r ê s f a s e s ( á r e a s a c h u r a d a s ) , u m a das
q u a i s é grafita.
C o m o o quando s e f o r m a a grafita?
L e m b r e - s e d e q u e o d i a g r a m a d e e q u i l í b r i o F e - C é d e n a t u r e z a m e t a e s t á v e l : a rigor, traís-
s e d e u m d i a g r a m a F e - F e C . O e q u i l í b r i o e s t á v e l c o r r e s p o n d e , d e f a t o , à l i g a f e r r o - g r a f i i a , ou
3
s e j a a s c o n d i ç õ e s d e e q u i l í b r i o s ã o t a i s q u e o c o r r e a d e c o m p o s i ç ã o d o F e C e m F e e C, este
3
ú l t i m o n a f o r m a de grafita.
E s s a decomposição d e p e n d e d a velocidade de resfriamento e da p r e s e n ç a d e determina-
d o s e l e m e n t o s de liga.
A o solidificar um ferro f u n d i d o cinzento h i p o e u t é t i c o , por exemplo c o m 3 % d e carbono
e 2 , 3 % d e silfcio, r e s u l t a m , e m p r i m e i r o lugar, c r i s t a i s p r i m á r i o s d e a u s t e n i t a , c u j a quanti-
d a d e a u m e n t a com o d e c r é s c i m o da t e m p e r a t u r a . A c e r c a de 1150°C, o líquido remanes-
cente solidifica c o m u m t e o r de carbono de a p r o x i m a d a m e n t e 3 , 6 % ( F i g . 211). Nesse
m o m e n t o , por reações c o m p l e x a s , ainda não d e v i d a m e n t e explicadas, o c o r r e e m grande
p a r t e a g r a f i t i z a ç ã o . A d m i t e - s e , e n t r e t a n t o , q u e , n o c u r t o intervalo d e t e m p o e m q u e ocorre
a solidificação final, fica e s t a b e l e c i d a a q u a n t i d a d e , a f o r m a e a d i s t r i b u i ç ã o d a grafita.
A b a i x o d a t e m p e r a t u r a d e solidificação, no e x e m p l o c o n s i d e r a d o , t ê m - s e , p o i s , dendritas
d e austenita, cujo teor d e c a r b o n o decresce c o m a q u e d a d a t e m p e r a t u r a , f o r m a n d o uma
matriz e m que estão distribuídas lamelas de grafita. O carbono, que é precipitado da
a u s t e n i t a , a p a r e c e e m p a r t e c o m o perlita e e m p a r t e c o m o grafita livre. A q u a n t i d a d e desta
d e p e n d e , c o m o j á m e n c i o n o u , d a velocidade de resfriamento e do teor d e silfcio.
A o ultrapassar a ú l t i m a l i n h a d e t r a n s f o r m a ç ã o , c o r r e s p o n d e n t e à t e m p e r a t u r a d o eutetóide, a
a u s t e n i t a r e m a n e s c e n t e p a s s a a perlita e a estrutura d a l i g a é constituída d e p e r l i t a c o m lamelas de
grafita, p o d e n d o , ainda, c o m r e s f r i a m e n t o m a i s lento, a p e r l i t a d e c o m p o r - s e p a r c i a l m e n t e e m ferrita
e grafita. A estrutura c o n s i s t i r á , e n t ã o , d e perlita, ferrita e l a m e l a s d e grafita ( F i g . 2 1 4 ) . E s s a é u m a
d a s estruturas c o m u n s e m f e r r o s f u n d i d o s c i n z e n t o s d e m a i o r utilização c o m e r c i a l .
- composição química
- velocidade de resfriamento
(*) Essa influência também se faz sentir nos aços (Capítulo I), cujo teor de carbono do eutetóide diminuía
medida que aumenta o teor de silfcio.
500
HGFEDCBA
CBA FERROS FUNDIDOS - GENERALIDADES
501
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
T A B E L A 160
E f e i t o s e s t r u t u r a i s de a l g u n s e l e m e n t o s no f e r r o f u n d i d o
502
GFEDCBA FERROS FUNDIDOS - GENERALIDADES
o,
a
s,
m
s
r
i-
e
,
o
s
Fig. 215 - Estrutura de um ferro fundido apresentando grandes veios de grafita, o eutético c o m p l e x o
o
rico e m fósforo e mais inclusões, n u m a matriz periftica. A t a q u e : picral.Aumento: 100X
- (Gentileza do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo).
503
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
V— * —A
base b - 6 a 75,2 mm ; altura h - 11,1 a 215,9 mm
comprimento £~ 57,1 a 203 mm zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
Fig. 216 - Cunha d e coquilhamento, em que as dimensões variam conforme indicado.
0 tempo necessário p a r a realizar o ensaio varia de 3 5 segundos, para a m e n o r cunha,
até 10 minutos p a r a a maior.
A - irregular d e s o r i e n t a d a
B - e m roseta
C - desigual irregular
D - interdentrítica desorientada
E - interdentrítica orientada
7 . Fatores outros que influem nos característicos de grafitização dos ferros fundidos- A
g r a f i t i z a ç ã o ( f o r m a , d i s t r i b u i ç ã o e d i m e n s õ e s d o s v e i o s d e grafita) e, p o r t a n t o , a e s t r u t u r a e
o s característicos m e c â n i c o s d o s ferros f u n d i d o s , s ã o influenciados por o u t r o s fatores que
não apenas a composição química e a velocidade de resfriamento.
504
GFEDCBA
DCBA FERROS FUNDIDOS - GENERALIDADES
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
f -v-—-<r
Veios de grafita do tipo A Veios de .grafita dó tipo B
~¥%&? )%TÍ
A t e m p e r a t u r a do f e r r o f u n d i d o liquefeito d e v e s e r no m í n i m o , d e 1 4 5 5 ° C .
E m r e s u m o , p o d e - s e a f i r m a r q u e a i n o c u l a ç ã o d o f e r r o f u n d i d o c i n z e n t o t e m p o r objetivol ) 299 -
- a u m e n t a r a t e n d ê n c i a à g r a f i t i z a ç ã o e, p o r t a n t o , d i m i n u i r a t e n d ê n c i a a o c o q u i l h a m e n t o ;
- m e l h o r a r a t e n d ê n c i a à f o r m a ç ã o d e e s t r u t u r a s m a i s f i n a s e u n i f o r m e s e m s e c ç õ e s de
espessuras variadas;
- r e d u z i r o s u p e r - r e s f r i a m e n t o , p a r a f a v o r e c e r a f o r m a ç ã o d e g r a f i t a t i p o A e d i m i n u i r ou :
e l i m i n a r a g r a f i t a i n t e r d e n t r í t i c a , s o b r e t u d o a d o t i p o D;
- melhorar as propriedades mecânicas;
- finalmente, possibilitar a obtenção de ferros f u n d i d o s cinzentos d e a l t a resistência, com
carbonos equivalentes relativamente baixos.
O u t r o fator a c o n s i d e r a r é o superaquecimento, o u s e j a a t e m p e r a t u r a d e a q u e c i m e n t o do
f e r r o f u n d i d o q u a n d o i n t e i r a m e n t e liquefeito. D e v e - s e manter, g e r a l m e n t e , p a r a o s melhores
r e s u l t a d o s , o m e t a l f u n d i d o a u m a t e m p e r a t u r a m u i t o a l t a (1.500 a 1 . 7 0 0 ° C ) , o q u e exige um
f o r n o elétrico c o m o f o r n o d e f u s ã o . O s u p e r a q u e c i m e n t o resulta e m i n í c i o d e grafitização a
t e m p e r a t u r a s m a i s b a i x a s , o q u e p r o m o v e a f o r m a ç ã o d e v e i o s m e n o r e s e m a i s finos de grafita. .;
O u t r o resultado o b t i d o pelo s u p e r a q u e c i m e n t o diz respeito ao m a t e r i a l t o m a r - s e menos
sensível à influência d a v a r i a ç ã o da secção d a s p e ç a s . Nota-se, e n t r e t a n t o , u m a tendência '
d a grafita adquirir u m a d i s p o s i ç ã o interdentrítica, c o m c o n s e q u e n t e q u e d a d a resistência
m e c â n i c a do m a t e r i a l , o q u e é c o r r i g i d a p e l a i n o c u l a ç ã o .
De qualquer m o d o , c o m o j á se mencionou, não se conhece c o m p r e c i s ã o o mecanismo zyxwvu
5
exato de precipitação d a grafita; muitas teorias f o r a m propostas n e s s e sentido.
P o d e - s e , c o n t u d o , e s t a b e l e c e r c e r t o s f a t o s a s s o c i a d o s à f o r m a ç ã o d a g r a f i t a , a l g u n s dos ~;
quais já expostos, e q u e p o d e m ser resumidos d a seguinte maneira:
506
HGFEDCBA
EDCBA FERROS FUNDIDOS BRANCOS zyxwv
á-
o",
do
to
to
n-
ca
te
to
ue
1
a-
er-
re
9 ) -
ou :
do
es
m
a
a. .;
s
a '
ia
o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
5
s ~;
e/j;
s a
;. S
al' 0 ,
.j|
r, y
a;
na^
erí
507
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
c l a r a . S u a s p r o p r i e d a d e s f u n d a m e n t a i s , d e v i d o j u s t a m e n t e a alta q u a n t i d a d e d e c e m e n t i n a , s ã o
levadas dureza e resistência ao desgaste. Em c o n s e q u ê n c i a , sua usinabilidade é prejudicada, ou
s e j a , e s s e s m a t e r i a i s s ã o m u i t o difíceis d e s e usinar, m e s m o c o m os m e l h o r e s m a t e r i a i s de corte.
A c o m p o s i ç ã o q u í m i c a a d e q u a d a m e n t e a j u s t a d a - t e o r e s de c a r b o n o e silício - além d a
v e l o c i d a d e de resfriamento s ã o os meios mais u s a d o s p a r a produzir ferro f u n d i d o branco.
A produção industrial d o ferro fundido branco e x i g e , e m princípio, a c o m b i n a ç ã o desses
dois fatores. Para isso, l a n ç a - s e mão do c h a m a d o s i s t e m a de "coquilha" o u "coquilhamento",
q u e c o n s i s t e e m d e r r a m a r o m e t a l l í q u i d o e m m o l d e s m e t á l i c o s , o n d e o m e t a l resfria e m
c o n d i ç õ e s tais ou c o m tal v e l o c i d a d e que p r a t i c a m e n t e t o d a a grafitização é eliminada e o
c a r b o n o fica retido n a f o r m a c o m b i n a d a . A p r o f u n d i d a d e d a c a m a d a c o q u i l h a d a - ou seja
d a q u e l a secção das p e ç a s q u e entra e m contato c o m a parede metálica d o m o l d e - pode ser
c o n t r o l a d a , a j u s t a n d o - s e o t e o r d e silício d o f e r r o f u n d i d o .
E n t r e t a n t o , e m b o r a o t e o r d e silício s e j a o f a t o r p r e d o m i n a n t e no c o n t r o l e d a p r o f u n d i d a d e
d e coquilhamento, outros fatores de influência s ã o o s seguintes:
- temperatura de v a z a m e n t o
- temperatura de "coquilha", ou seja, do m o l d e metálico
- espessura da peça na secção coquilhada
- espessura da coquilha
- t e m p o d u r a n t e o q u a l o m e t a l fica e m c o n t a t o c o m a c o q u i l h a .
DUREZA BRANCO
APROXIMADA
C( = 3,50%
C c = 3,30%
BRINELL-450 Cg = 0,20%
R.C-44
MESCLADO
BRIMELL-300 Cc = 2,0%
R.C - 3 0 Cg = 1,50%
CINZENTO
BRINELL-150 Cc = 0,80%
Cg = 2,70%
R.C - 8 7
Fig. 218 -Aspecto esquemático d a fratura de uma p e ç a de ferro fundido coquilhado, mostrando
o teor aproximado de carbono total, carbono c o m b i n a d o e carbono graf ítioo.
508
GFEDCBA
DCBA FERROS FUNDIDOS BRANCOS
silício p a r a f e r r o s f u n d i d o s c o q u i l h a d o s c u j o t e o r de c a r b o n o t o t a l varia de 3 , 2 5 a 3 , 6 0 % .
Os outros elementos normalmente presentes nos ferros fundidos brancos ou
c o q u i l h a d o s - m a n g a n ê s , f ó s f o r o e e n x o f r e - t ê m os s e g u i n t e s e f e i t o s :
140
120
100
40
20
0 1 2 3 4 5 6 6,7
C a r b o n o Total, %
509
Aços e FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\
0,9
Ferro F u n d i d o C o q u i l h a d o
c o m C t de 3,25 a 3 , 6 0 %
0,8
~ 0,7
]o
55
CD
"O
o 0,6
|2
0,5
0,4
10 15 20 25 30 35 40 45 50
Profundidade de Coquilhamento, mm
510
AFEDCBA FERROS FUNDIDOS BRANCOS
c o n s e q u ê n c i a , a r e s i s t ê n c i a à a b r a s ã o . F e r r o s f u n d i d o s b r a n c o s c o m 1 2 a 1 8 % d e Cr, u s a d o s
em peças f u n d i d a s resistentes ao d e s g a s t e , apresentam u m a m e l h o r a dessa q u a l i d a d e ,
quando se a d i c i o n a 1 a 4 % de M o , pois a matriz perlítica é suprimida, m e s m o com
resfriamento lento característico de s e c ç õ e s mais espessas.
O cobre, a b a i x o d e " 4 % , diminui a p r o f u n d i d a d e de e n d u r e c i m e n t o ' 3 0 1 1 , e além de 4 % a u -
menta a profundidade d a coquilha e a d u r e z a . É usado frequente e conjuntamente c o m o
cromo para m a n t e r u m a profundidade de coquilhamento constante.
O vanádio é u m poderoso estabilizador de carboneto, aumentando, assim, a profundida-
d e d e c o q u i l h a m e n t o . E s s e efeito p o d e s e r c o n t r a b a l a n ç a d o , s e n e c e s s á r i o , e m s e c ç õ e s d e
p e q u e n a e s p e s s u r a , p e l a adição d e Ni o u c o b r e o u pelo a u m e n t o c o n s i d e r á v e l dos t e o r e s d e
carbono ou de silício o u de ambos. E m t e o r e s de 0,10% a 0 , 5 0 % refina igualmente a estrutura
das secções coquilhadas.
O boro, utilizado de modo limitado, a u m e n t a a dureza d a s e c ç ã o coquilhada. B o n s resul-
tados têm sido verificados com adição d e boro e m t o m o de 0 , 5 % ' 3 0 1 ) . O boro refina i g u a l m e n t e
a estrutura d a região coquilhada.
P a r a r e s u m i r , a s f i g u r a s 2 2 1 e 2 2 2 ° > m o s t r a m a a ç ã o d o s e l e m e n t o s d e liga n o s e n t i d o
(30
50
40
30 \
\
cr
O
O W
CD 20
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
\ \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH
% \
O
òZ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV
10 ^ \
\
• 2A \ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT
o0y
w zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF
O \
\ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
3 4 5
Elementos, %
511
Aços E FERROSFUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
50
1 2 3 4 5 6 7 8
Elementos, %
- 815° C e 20 h no m á x i m o
- 870° C e 7 h no m á x i m o
d e m o n s t r a m u m a u m e n t o de resistência ao c h o q u e de 30 a 5 0 % , c o m p r o v a n d o a impor-
t â n c i a d o tratamento t é r m i c o p a r a o refino d a e s t r u t u r a d o material e a n e c e s s i d a d e de redu-
ção do tempo, à medida que se eleva a temperatura.
Outras aplicações:
- 3 , 3 5 C,; 0,50 S i ; 0 , 5 5 M o , c o m 6 2 d e d u r e z a e s c l e r o s c ó p i c a ;
512
FEDCBA FERROS FUNDIDOS BRANCOS
e s c l e r o s c ó p i c a d e 7 2 a 8 0 (tipo d e d u r e z a i n t e r m e d i á r i a ) .
- 2 , 8 0 C- 0 , 3 0 S i ; 0 , 4 0 M n , c o m d u r e z a B r i n e l l d e 4 1 5 a 4 7 7 ;
- 3 , 2 0 C,; 0 , 6 0 S i ; 0 , 5 0 M n e 2 , 0 0 C r , c o m d u r e z a B r i n e l l d e 4 7 7 a 5 5 5 ;
- 3 , 2 0 C,; 0 , 5 0 S i ; 0 , 3 0 M n e 1,40 C r e 3 , 5 0 N i , c o m d u r e z a B r i n e l l d e 555. a 6 2 7 .
513
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
TABELA161
C l a s s e s d e f e r r o f u n d i d o b r a n c o p a r a a p l i c a ç õ e s de m i n e r a ç ã o e t c .
Tipo de
Classe Dureza moldagem C o m p o s i ç ã o q u í m i c a , (%)
Brinell ou trata-
mento
térmico c. Si Mn Ni Cr Mo S Outros
YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
- fácil fusão e m o l d a g e m
- b o a resistência m e c â n i c a
- excelente usinabilidade
- b o a resistência ao d e s g a s t e
- b o a capacidade de amortecimento.
C, - 2 , 5 % a 4 , 0 0 %
Si - 1,00% a 3,00%
M n - 0,20% a 1,00%
P - 0 , 0 2 % a 1,00%
S - 0,02% a 0,25%
2 . Classificação dos ferros fundidos cinzentos - Segundo a ABNT 1 3 0 -', os ferros fundidos
s ã o d e s i g n a d o s pelas letras F C , indicativas de "ferro f u n d i d o cinzento", s e g u i n d o - s e dois
a l g a r i s m o s representativos d o limite mínimo d e resistência à tração.
A T a b e l a 162 relaciona e s s e s materiais.
A s classes FC-10 e F C - 1 5 c o r r e s p o n d e m a o s f e r r o s fundidos c i n z e n t o s c o m u n s , com
e x c e l e n t e f u n d i b i l i d a d e e m e l h o r u s i n a b i l i d a d e . A c l a s s e F C - 1 5 é u t i l i z a d a , e n t r e o u t r a s apli-
cações, e m bases de máquinas, carcaças metálicas e aplicações semelhantes.
A s classes FC-20 e F C - 2 5 , t a m b é m de boas fundibilidade e usinabilidade, apresentam
m e l h o r r e i s t ê n c i a m e c â n i c a e s e a p l i c a m , p r i n c i p a l m e n t e e m e l e m e n t o s e s t r u t u r a i s , tais
c o m o barramentos, cabeçotes e mesas de máquinas operatrizes.'
A s c l a s s e s F C - 3 0 e F C - 3 5 , c o m maiores d u r e z a e r e s i s t ê n c i a m e c â n i c a , a p l i c a m - s e em
e n g r e n a g e n s , pequenos virabrequins, bases p e s a d a s de máquinas, colunas de máquinas,
b u c h a s e grandes blocos de motor.
A classe FC-40 é a c l a s s e de uso comercial q u e p o s s u i a maior resistência mecânica,
a p r e s e n t a n d o , p a r a e s s a f i n a l i d a d e , c o m b i n a ç ã o d o s e l e m e n t o s de liga, e n t r e eles, níquel,
c r o m o e m o l i b d ê n i o . C o m o p o s s u i e l e v a d a t e n d ê n c i a a o c o q u i l h a m e n t o , s u a utilização é
limitada.a peças de e s p e s s u r a s médias e g r o s s a s .
516
FEDCBA
CBA FERROSFUNDIDOS CINZENTOS
TABELA162
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s d o s f e r r o s c i n z e n t o s , de a c o r d o c o m a EB-126 d a A B N T
D i â m e t r o da barra Resistência
de e n s a i o L i m i t e de à flexão
resistência Dureza
estática
Classe D, m m à tração Brinell (valores
(no e s t a d o d, mm (min.) (valores médios)
b r u t o de (usinada) máximos)
fusão) kgf/mm 2 MPa kgf/mm- MPa
FC10 30 20 10 100 201 -
13 8 23 230 241 34 330
20 12,5 18 180 223 32 310
FC15
30 20 15 150 212 30 290
45 32 11 110 201 27 ' 260
13 8 28 270 255 41 400
20 12,5 23 230 235 39 380
FC20
30 20 20 200 223 36 350
45 32 16 160 217 33 320
13 8 33 320 269 - -
20 12,5 • 28 270 248 46 450
FC25
30 20 25 250 241 42 410
45 32 21 210 229 39 380
20 12,5 33 320 269 - -
FC30 30 20 30 290 262 43 470
45 32 26 260 248 45 440
20 12,5 38 370 - . - -
FC35 30 20 35 340 227 54 530
45 32 31 300 269 51 500'
30 20 40 390 - 60 590
FC40 45 32 36 350 - 57 560
T A B E L A 163
C l a s s e s de f e r r o f u n d i d o c i n z e n t o s e g u n d o a A S T M
517
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
T A B E L A 164
Propriedades m e c â n i c a s dos ferros f u n d i d o s cinzentos, s e g u n d o a A S T M
L i m i t e de
Diâmetro resistência
Classe do corpo à tração Dureza Observações
de p r o v a kgf/mm 2
Brinell
mm (MPa)
22,2 15,5/18,3 160/220 peças finas: espessura até 13 m m
(155/183) C - 3 , 5 0 a 3,80%
Si - 2 , 4 0 a 2,60%
30,5 12,9/16,9 160/180 peças médias: espessura d e 13 a 25 mm
20 (129/169) C - 3 , 4 0 a 3,60%
S i - 2 , 3 0 a 2,50%
50,8 12,7/15,5 130/180 peças grossas: espessura s u p . a 25 mm
(127/155) C-3,10a3,30%
S i - 2 , 2 0 a 2,40%
22,2 18,3/20,4 160/180 peças finas; espessura até 13 m m
(183/204) C - 3,30 a 3,50%
S i - 2 , 2 0 a 2,40%
30,5 18,3/20,4 179/207 peças médias: e s p e s s u r a de 13 a 25 mrr
25 (183/204) C - 3 , 2 0 a 3,40%
S i - 2 , 2 0 a 2,40%
50,8 s 18,3/21,4 179/217 peças grossas: espessura s u p . a 25 mm
(183/214) C - 3,00 a 3,30%
S I - 1 , 9 0 a 2,20%
22,2 21,1/24,3 179/288 peças finas; espessura até 13 m m
(211/243) C - 3 , 2 0 a 3,40%
Si - 2 , 1 0 a 2,30%
30,5 peças médias: espessura d e 13 a 35 mm
30 C - 3 , 1 0 a 3,30%
S i - 2 , 1 0 a 2,30%
50,8 21,1/24,3 207/228 peças grossas: espessura s u p . a 25 mm
(211/243) C - 2 , 9 0 a 3,20%
Si - 1 , 7 0 a 2,107o
22,2 25,3/28,1 179/228 peças finas: espessura até 13-mm
(253/271) C - 3 , 1 0 a 3,30%
S i - 2 , 0 0 a 2,20%
30,5 24,6/27,4 207/228 peças médias: espessura de 13 a 25 mm
35 (246/264) C - 3,00 a 3,25%
S i - 1 , 8 0 a 2,10%
50,8 24,6/26,7 183/217 peças grossas: espessura s u p . a 25 mm
(246/260) C - 2 , 8 0 a 3,10%
S i - 1 , 6 0 a 2,00%
513
GFEDCBA
DCBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
TABELA164
Propriedades mecânicas dos ferro s fundidos cinzentos, s e g u n d o a ASTM ( c o n t )
Limite de
Diâmetro resistência
Classe do corpo " à tração Dureza Observações
de prova kgf/mm- Brinell
mm (MPa)
22,2 29,5/32,3 212/241 peças Unas: espessura até 13 mm
(285/313) C - 3,00 a 3 , 2 0 % •
Si-1,90 a 2,20%
30,5 28,1/33,0 207/241 peças m é d i a s : espessura de 13 a 2 5 m m
40 (271/320) C - 2 , 9 5 a 3,15%
S i - 1 , 7 0 a 2,00%
50,8 28,8/31,6 180/217 peças grossas: espessura sup. a 2 5 m m
(278/306) G-2,75 a 3,00%
Si - 1 , 5 0 a 1,90%
22,2 35,9/38,7 228/269 peças finas: espessura até 13 m m
(344/377) C-2,90 a 3,10%
Si-1,70 a 2,10%
30,5 35,2/40,1 228/269 peças médias: espessura de 13 a 25 m m
50 (342/391) C - 2,70 a 3 , 0 0 %
Si-1,70 a 2,00%
50,8 35,2/38,0 207/241 peças grossas: espessura sup. a 2 5 m m
(342/370) C - 2 , 5 5 a 2,85%
S i - 1 , 4 0 a 1,70%
22,2 42,2/45,7 228/272 peças finas: espessura até 13 m m
(412/447) C - 2 , 7 0 a 3,00%
S i - 1 , 4 0 a 1,70%
30,5 42,2/45,7 248/290 peças médias: espessura de 13 a 25 m m
60 (412/447) C - 2,50 a 2 , 8 5 %
Si-1,90a2,10%
50,8 42,2/45,0 212/248 peças grossas: espessura sup. a 2 5 m m
(412/440) C-2,50 a 2,80%
S i - 1 , 2 0 a 1,50%
- microestrutura
- composição química
- secção do material
519
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
rs • , , „ % Si + % P
Cequivalente = % C + t
E s s a e q u a ç ã o i n d i c a q u e , n a b a s e d e p o r c e n t a g e m e m p e s o , o s t e o r e s d e silfcio e f ó s f o r o
d o ferro fundido c i n z e n t o a f e i a m as p r o p r i e d a d e s mecânicas, do m e s m o modo que s e u
c a r b o n o total, p o r é m , s o m e n t e de um terço'- ). 04
A f i g u r a 223< -) m o s t r a u m a r e l a ç ã o t í p i c a e n t r e o c a r b o n o e q u i v a l e n t e e a r e s i s t ê n c i a à
30
5
co 400
a.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
CARBONO EQUIVALENTE
I I I I
o" 3 5 0
icd
O
3,30
2 aao
KC
X 3,50
* 250 X
O
cz
«D
200
K: 3 90 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJI
w
CD
\ 4,10
Ct 150 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK
4,30
25 50 75 100
Espessura d a secção, sm m m
520
KJIHGFEDCBA
EDCBA
• «u
FERROS FUNDIDOS CINZENTOS £J
es O
o
ta.
-
o
ial
o y + Maleável e Dúctil
// o
re-
3,50
. 52,5
a 3,70 Caibono
-ta li
zyxwvutsrqpon 3 ' M
equivalente
de fBrros 400
a
4 fundidos
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
V ^
1 Q
ca cinzentos
4,30
4,50 <>
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcba
O
' 7 / ,.- ..--'.< Relação Mackenzie
P
100 200
D u r e z a Brinell
Q
a
Fig. 2 2 5 - Relações entre resistência à tração e dureza para ferro fundido cinzento, ferro
maleável, ferro nodular e a ç o . a zyx
A adição d e elementos d e liga s e r á considerada mais a d i a n t e . G
A s e c ç ã o d a s peças é outro fator significativo a influenciar as propriedades mecânicas
dos ferros f u n d i d o s cinzentos. Isso d e v i d o a o efeito d a v e l o c i d a d e d e r e s f r i a m e n t o , a q u a l , s e
a
ro
eu
l e n t a , p r o p o r c i o n a m a i o r q u a n t i d a d e d e c a r b o n o livre o u g r a f i t a e , s e r á p i d a , p o d e l e v a r à
o
formação d e ferro fundido branco ou m e s c l a d o , c o m apreciáveis variações nas propriedades
mecânicas, principalmente d u r e z a e resistência ao d e s g a s t e . A s s i m e m peças c o m s e c ç õ e s a
à muito e s p e s s a s , fundidas e m m o l d e s d e areia por exemplo, h á t e n d ê n c i a de formar-se muita
grafita e p e ç a s d e secções mais finas, m e s m o se f u n d i d a s e m m o l d e s d e areia, podem o
as apresentar m e n o s grafita, cuja q u a n t i d a d e diminui ainda m a i s s e o s m o l d e s f o r e m m e t á l i c o s .
Finalmente, p e ç a s fundidas de s e c ç õ e s variadas podem apresentar diferenças n a q u a n t i d a -
o
so
ra
de d e grafita e n a s dimensões d o s s e u s veios, ficando afetada i g u a l m e n t e a matriz m e t á l i c a
a qual p o d e a p r e s e n t a r durezas diferentes n a s áreas entre a s s e c ç õ e s finas e as s e c ç õ e s
a
e, espessas. o
E m r e s u m o , devido ao efeito d i m e n s i o n a l , as p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s - a r e s i s t ê n c i a à
tração e m particular - de u m a p e ç a de ferro fundido cinzento d e análise determinada d e p e n - •a
KJIHGFEDCBA
derá d o tipo d e material do m o l d e e d a s d i m e n s õ e s d a s s e c ç õ e s .
O conceito d e carbono equivalente t a m b é m pode ser aplicado n a variação dimensional. A Q
figura 224 í 3 0 6 ) relaciona a espessura d a secção e a resistência à tração com o carbono equi-
valente, p o d e n d o - s e notar q u e os ferros fundidos cinzentos c o m baixos carbono e q u i v a l e n t e
Q
são m e n o s sensíveis a variações dimensionais que os de c a r b o n o equivalente mais e l e v a d o ,
C
A T a b e l a 1 6 2 j á m o s t r a d a i n d i c a o e f e i t o d a s e c ç ã o s o b r e o s v a l o r e s d e limite d e r e s i s t ê n -
cia à tração, d u r e z a e resistência à f l e x ã o estática.
A Tabela 1 6 5 representa as
edcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
NMLKJIHGFEDCBA
acordo c o m a n o r m a DIN(*).
propriedades mecânicas d o s ferros fundidos cinzentos de
c
Q.
PONMLKJIHGFEDCBA C
c
(*) Os valores de resistência à tração apresentados correspondem a corpos de prova de 30 mm de diâmetro
ou secção de peça de aproximadamente 15 mm. Para secções menores, a resistência à tração é maior,
devido a maior quantidade de perlita presente. Para secções maiores, devido a maior quantidade de
íerrita presente, a resistência e a dureza são menores. Como os ferros fundidos cinzentos são materiais
muito pouco dúcteis, o alongamento é insignificante, geralmente menor que 1%e esse característico não
é determinado.
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA165
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s d o s f e r r o s f u n d i d o s c i n z e n t o s , s e g u n d o a n o r m a DIN
522
FEDCBA
CBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
350
300
250
03
0_
2 200
o
ictí Corpo de 3rova senn entalhe
<n
|* 150 \
100 \
/
Corpo de prova c om
enteilhe
50
0
0 100 200 300 400 500 600
Temperatura, °C
Fig. 2 2 6 - Efeito d a temperatura no comportamento à fadiga de u m ferro fundido com
2 , 8 4 % C, 1,50% Si, 1,05%, Mn, 0 , 0 7 % P, 0,12% S, 0,31 % Cr, 0 , 2 0 % Ni e 0,37% Cu.
523
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
Aço
Porcentagem' Relativa
% Ferrita 100 50 0 0 0
% Cementita - - - - 5
Velocidade Recomendada,
244 168 98 82 61
m/min.
T o r n e a m e n t o c o m pastilha de metal duro, d e classe indicada
para ferro f u n d i d o .
524
FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
TABELA166
A p l i c a ç õ e s d o s f e r r o s f u n d i d o s c i n z e n t o s , s e g u n d o a s c l a s s s e s ASTM
O u t r a p r o p r i e d a d e c a r a c t e r í s t i c a d o f e r r o f u n d i d o c i n z e n t o é a usinabilidade. Os ferros
fundidos cinzentos mais comumente produzidos apresentam u m a estrutura em que a matriz
é ferrítica ou ferrítioo-perlítica. A l é m d a influência evidente d o s v e i o s de grafita - q u a n t i d a d e ,
hgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
distribuição e t a m a n h o - a própria matriz o u a porcentagem r e l a t i v a d e ferrita e perlita p r e s e n -
tes é fator i m p o r t a n t e n a usinabilidade d o material, como a Fig. 2 2 8 | 3 0 B | demonstra' 3 0 8 '.
A resistência ao desgaste do ferro f u n d i d o cinzento é i g u a l m e n t e considerada u m a c a r a c -
t e r í s t i c a i m p o r t a n t e , o q u e é, a l i á s , c o m p r o v a d o n a p r á t i c a p e l o s e u e m p r e g o u s u a l e m p e ç a s
móveis de m á q u i n a s . U m dos fatores favoráveis ao c o m p o r t a m e n t o do ferro fundido cinzento
quanto à resistência ao desgaste é a alta usinabilidade do m a t e r i a l . A s s i m , as p e ç a s c o r r e s -
pondentes podem ser produzidas economicamente dentro de rigorosas tolerâncias
d i m e n s i o n a i s , o q u e c o n t r i b u i p a r a d i m i n u i r o a t r i t o entre p a r t e s e d i m i n u i r á a ç ã o d e d e s g a s t e .
O f a t o r p r i n c i p a l , e n t r e t a n t o , e s t á r e l a c i o n a d o c o m a p r e s e n ç a d e g r a f i t a livre, q u e t e n d e a
adicionar ao material característicos lubrificantes, contribuindo igualmente para diminuir o
atrito e n t r e a s p a r t e s e m c o n t a t o e e v i t a r o f e n ó m e n o d e e n g r i p a m e n t o , o q u a l , p o r s u a v e z ,
pode levar à possibilidade de, pelo calor desenvolvido, ocorrer u m a soldagem localizada,
com c o n s e q u e n t e arrancamento de partículas, tomando n o v a m e n t e à superfície áspera.
525
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
TABELA167
C o m p o s i ç õ e s b á s i c a s e p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s d e f e r r o f u n d i d o para v e í c u l o s a u t o m o t o r e s
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a (%) Propriedades m e c â n i c a s
Carga Defle- Limite
Classe Dureza transv. xão Resistência
c, Mn SI P S
SAE Brinell min. min. Tração
kgf mm kgf/mm MPa
2
Q-1800(a) 3,40-3,70 0,50-0,80 2,80-2,30 0,15 0,15 187 máx. 780 3,6 12,6 126
G-2500(a) 3,20-3,50 0,60-0,90 2,40-2,00 0,12 0,15 170-229 910 4,3 17,5 175
G-3000(b) 3,10-3,40 0,60-0,90 2,30-1,90 0,10 0,15 187-241 1000 5,1 21,0 210
G-3500(b) 3,00-3,30 0,60-0,90 2,20-1,80 0,08 0,15 207-255 1100 6,1 24,5 245
G-4000(b) 3,00-3,30 0,70-1,00 2,10-1,80 0,07 0,15 217-269 1180 6,9 28,0 270
Nota: (a) - microestruturaferrítica-periítica
(b) - microestrutura martensítica
Se o carbono ou o silício estão d o lado mais elevado d a f a i x a de composições, o outro elemento deverá
situar-se no lado mais baixo.
526
FEDCBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
M n , 0 , 4 % P, 0 , 5 % S, 1 % d e m o l i b d ê n i o e l e v a o l i m i t e d e r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o d e a p r o x i m a d a -
mente 26 k g f / m m / ( 2 6 0
2 MPa) para a p r o x i m a d a m e n t e 3 2 k g f / m m / ( 3 1 0 MPa) '
2 3 1 1 ). Normal-
m e n t e , o molibdênio ê adicionado e m t e o r e s d e 0,20% a 0 , 8 0 % . R e f i n a a perlita e f a v o r e c e
a obtenção de bainitaí 311 ). Além do efeito n a matriz, o molibdênio exerce influência na grafita,
que tende a "nodulizar" 1 3 1 2 1 . Finalmente a u m e n t a a temperabilidade d o ferro fundido e m e l h o r a
as p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s a t e m p e r a t u r a s elevadas. R a r a m e n t e , é usado i s o l a d a m e n t e .
390
C = 2.80%
(J = 2 . 9 0 % 340
c= 3.00%
c= 3.10%
C = 3.20%
290
c = 3.30%
c = 3.40%
c = 3.50%
250
200
4,5
COBRE, %
(") Os ferros fundidos cinzentos comuns de alta resistência apresentam baixo carbono equivalente.
527
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
528
FEDCBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS zyxwvut
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529
Aços zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
E FERROS FUNDIDOS
TABELA 169
C o m p o s i ç ã o e p r o p r i e d a d e s de f e r r o f u n d i d o s r e s i s t e n t e s à c o r r o s ã o
530
EDCBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
T A B E L A 170
EspecIflcaçõesASTM A 4 3 6 de ferros f u n d i d o s Ni-Resist
531
A ç o s s FERROS FUNDIDOS
532
FERROS FUNDIDOS CINZENTOS zyxwvutsrqponmlk
T A B E L A 171
Faixa de c o m p o s i ç õ e s e p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de f e r r o s f u n d i d o s r e s i s t e n t e s ao c a l o r
De m é d i o De alto De alto Ao Ao
(%)
silício cromo níquel Ni-Cr-Si Alumínio
Carbono 1,6-2,5 1,8-3,0 1,8-3,0 1,8-2,6 1,3-2,0
Silício 4,0-7,0 0,5-2,5 1,0-2,75 5,0-6,0 1,3-6,0
Manganês 0,4-0,8 0,3-1,5 0,4-1,5 0,4-1,0 0,4-1,0
Níquel zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- 5,0 - 13,5-36,0 13,0-43,0
Cromo - 15,0-35,0 1,3-6,0 1,8-5,5 -
Cobre - - 7,0 max. 10,0 max. -
Molibdênio - - 1,0 max. 1,0 max. -
Alumínio - - - - 20,0-25,0
Estrutura da Femia
matriz no estado Ferrita Periita Austenita Austenita Ferrita
fundido grosseira
Limite resist. tração (175-305) (210-620) (175-305) (140-305) (240-610)
(MPa) k g f / m m 2 17,5-31,5 21-63 17,5-31,5 14,0-31,5 (24-63
Dureza Brinell 170-250 25C-500 130-250 110-210 180-350
Resist. à ruptura
transversal
- carga, kgf 450-1090 900-1560 820-1360 820-1130 -
- flecha, m m . 4,5-9,0 1,5-3,8 5,1-25,0 7,5-35,5 -
Resist. aa 2-3,3 2,8-4,8 8,3-20,7 11,0-20,7 -
choque kgm (J) (19,6-32,4) (27,5-47,0) (81,4-203) (107,9-203) -
c r e s c i m e n t o . G o m o o silício a u m e n t a t a m b é m a t e m p e r a t u r a d e t r a n s f o r m a ç ã o p a r a cerca
de 900°C, a f a i x a d e temperatura d e s s a s ligas é igualmente e l e v a d a . S ã o u m tanto frágeis.
As ligas de alto cromo são largamente usadas devido à ação estabilizadora de
carbonetos, q u e i m p e d e o crescimento e porque apresentam a t e n d ê n c i a de formar u m óxido
superficial protetor. P o r isso, p o d e m s e r e m p r e g a d a s e m t e m p e r a t u r a s d e o r d e m d e 1 0 0 0 ° C
e mesmo 1100°C sob condições atmosféricas e na presença de alguns reagentes q u í m i c o s .
A s d e alto níquel são do tipo austenítico, conhecidas c o m o Ni-Resist, já c o m e n t a d a s .
A p r e s e n t a m b o a r e s i s t ê n c i a à f o r m a ç ã o d e c a s c a d e ó x i d o e c r e s c i m e n t o até t e m p e r a t u r a s
de 815°C na m a i o r i a das atmosferas o x i d a n t e s e b o m c o m p o r t a m e n t o sob a ação do vapor,-
até cerca de 5 3 0 ° C .
Os ferros f u n d i d o s ao Ni-Cr-Si p o d e m s e r usados até t e m p e r a t u r a s d a ordem d e 9 5 0 ° C .
T a n t o o s d e a l t o n í q u e l c o m o os a o M i - C r - S Í t ê m e x c e l e n t e s t e n a c i d a d e e e l e v a d a r e s i s t ê n c i a
ao choque, c o m o se p o d e verificar pela T a b e l a 1 7 1 .
F i n a l m e n t e , o s f e r r o s f u n d i d o s a o alumínio, apesar de sua b o a resistência à tendência d e
formação de c a s c a de óxido, t ê m p e q u e n o uso comercial, d e v i d o s u a fragilidade e dificulda-
de na s u a fusão.
Um importante grupo de ferros f u n d i d o s ligados constitui a classe dos "Ni-Hard". Os
ferros fundidos d e s s a classe se c a r a c t e r i z a m p o r extraordinária resistência à a b r a s ã o , de
modo que são g r a n d e m e n t e aplicados n a s indústrias de m i n e r a ç ã o , energia, cimento, c e r â -
mica, d r a g a g e m , c a n / ã o / c o q u e etc. O N i - H a r d é u m ferro f u n d i d o b r a n c o ligado.
Peças típicas fabricadas de N i - H a r d p a r a as indústrias a c i m a m e n c i o n a d a s compreen-
d e m : m o i n h o s d e b o l a , revestimento d e m o i n h o d e bola, c a b e ç o t e s d e rolos de m o i n h o , a n é i s
de pulverizadores, c o m p o n e n t e s d e b o m b a s para vários tipos d e a r g a m a s s a s , tubos e c o t o -
velos, cilindros p a r a c o n f o r m a ç ã o de m e t a i s etc.
A microestrutura do Ni-Hard é s e m e l h a n t e à do aço t e m p e r a d o , c o n t e n d o ainda u m a q u a n -
tidade de c a r b o n e t o s finos q u e c o n t r i b u e m d e m o d o apreciável p a r a s u a resistência à a b r a s ã o .
A c o m p o s i ç ã o q u í m i c a e as p r o p r i e d a d e s dos principais tipos de N l - H a r d estão i n d i c a d o s
n a T a b e l a 172< >. 320
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A ç o s E FERROS FUNDIDOS
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\
50
75
100
100 200 300 400 500 600 700
Temperatura ° C
536
FERROS FUNDIDOS CINZENTOSzyxwvutsrqponmlk
10
FEDCBA
TEMPERATURA, °C
T A B E L A 173
Faixa d e t e m p e r a t u r a s r e c o m e n d a d a s p a r a alívio de t e n s õ e s d o f e r r o f u n d i d o c i n z e n t o
O r e s f r i a m e n t o , a p ó s a q u e c i m e n t o p a r a alívio de t e n s õ e s , d e v e ser c o n d u z i d o c o m c u i -
dado, pois u m resfriamento rápido p o d e originar novas t e n s õ e s internas. Recomenda-se,
assim, que as p e ç a s sejam resfriadas n o forno de aquecimento até a temperatura atingir
2 9 0 ° C , q u a n d o , e n t ã o , p o d e m s e r r e s f r i a d a s a a ar. C o m p e ç a s d e f o r m a c o m p l e x a , é r e c o -
m e n d á v e f q u e o r e s f r i a m e n t o n o i n t e r i o r d o f o r n o s e j a feito a t é a t e m p e r a t u r a a t i n g i r ^ " C ^ .
537
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
A c u r v a d e r e c o z i m e n t o m a i s b a i x a (B) s e a p l i c a p a r a o s f e r r o s f u n d i d o s c o m u n s o u c o m
b a i x o t e o r d e liga, q u a n d o s e d e s e j a a p e n a s m e l h o r a r a u s i n a b i l i d a d e , o q u e s e c o n s e g u e
p e l a c o n v e r s ã o da perlita e m f e r r i t a e grafita. A f a i x a d e t e m p e r a t u r a s r e c o m e n d a d a situa-se
entre 700°G e 760°C.
A c u r v a m é d i a (B,), c o r r e s p o n d e n t e a u m a f a i x a d e t e m p e r a t u r a s d e a q u e c i m e n t o entre
7 9 0 ° C e 9 0 0 ° C , é e m p r e g a d a p a r a c o n s e g u i r r e s u l t a d o s m a i s positivos s o b o p o n t o de vista
d e m e l h o r a d a usinabilidade, s o b r e t u d o e m ferros f u n d i d o s ligados.
F i n a l m e n t e a c u r v a m a i s e l e v a d a (C) é a p l i c a d a q u a n d o o m a t e r i a l p o s s u i m u i t o c a r b o n o
c o m b i n a d o n a forma de c e m e n t i t a , como no caso d o ferro fundido m e s c l a d o o u branco. A
faixa d e temperatura r e c o m e n d a d a , na presença de c e m e n t i t a maciça, é d e 9 0 0 ° C a 950°C,
e m t e m p o s que v a r i a m d e u m a a três horas, a l é m d e m a i s u m a hora p a r a c a d a 2,5 c m de
secção das peças.
Fig. 233 - Ciclos de recozimento recomendados para f e n o s fundidos cinzentos (curvas B, B, e C).
538 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO
FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços e FERROS FUNDIDOS
TABELA 175
E f e i t o d o r e s f r i a m e n t o ao ar, a p a r t i r de várias t e m p e r a t u r a s , n a s p r o p r i e d a d e s d o f e r r o f u n d i d o
F e r r o F u n d i d o s e m liga Ferro F u n d i d o L i g a d o
L i m i t e de Limite de
Condição Dureza resistência Dureza resistência Carbono
Brinell à tração Brinell à tração combinado
kgf/mm 2 Mpa kgf/mm 2 Mpa (%)
Estado fundido 207 26,7 267 212 27,1 261 0,84
Resfriado a o ar
a partir de
815°C 152 20,8 208 212 29,8 288 0,76
870°C 152 20,8 208 217 30,9 299 0,81
925°C 152 20,7 207 223 29,7 287 0,82
980°C 152 21,1 211 255 34,3 333 0,80
Corpos de prova de 30,5 m m de diâmetro e 178 mm de comprimento, mantidos durante u m a hora às tempe-
raturas e e m seguida resfriados e m artranqúilo até a temperatura ambiente.
Ferro fundido comum: C,-3,15%,C -0,54%,Si-2,59%, P-0,09%,S-O,13%,Mn-0,88%,Cr-0,01%eMi-0,10%.
0
Ferro fundido ligado: C,-3,33%, C -0,84%, Si-2,27%, P-0,076%, S-0,12%, Mn-0,72%, Cr-0,44%, Ni-0,36% e
c
Mo-0,28%.
S40
EDCBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS
des q u e p o d e m s u r g i r no resfriamento a p ó s a t ê m p e r a , c o m o e m p e n a m e n t o o u f i s s u r a ç ã o .
Muitas p e ç a s d e importante e m p r e g o industrial podem ter s u a s propriedades mecânicas
grandemente m e l h o r a d a s pela t ê m p e r a e revenido, de m o d o q u e o engenheiro tem diante d e
si u m c a m p o e x t r e m a m e n t e p r o m i s s o r a s e r c o n v e n i e n t e m e n t e e x p l o r a d o e q u e poderá
estender a i n d a m a i s a utilização d e s s e s m a t e r i a i s .
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
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TEMPO.s
A p ó s o e n d u r e c i m e n t o s u p e r f i c i a l , d e v e - s e p r o c e d e r a u m alívio d e t e n s õ e s , mediante
u m aquecimento entre 150°C e 205°C, e m forno, e m óleo quente ou p a s s a n d o - s e uma
c h a m a sobre a superfície endurecida' 3 2 3 1 .
V e r i f i c o u - s e q u e u m a q u e c i m e n t o a 150°C d u r a n t e 7 h o r a s r e m o v e u d e 25% a 40% d a s
t e n s õ e s residuais, c o m r e d u ç ã o d a dureza superficial d e apenas 2 a 5 p o n t o s n a escala de
d u r e z a Rockwell A' 3 2 3 '.
O limite d e f a d i g a g e r a l m e n t e a u m e n t a pelo e n d u r e c i m e n t o superficial, d e v i d o a o fato de
s e r e m introduzidas t e n s õ e s d e compressão na superfície do material, o q u e n ã o s e conse-
gue mediante u m e n d u r e c i m e n t o total d a s p e ç a s .
O resfriamento, a p ó s a aplicação d a c h a m a , d e p e n d e do método utilizado h o processo.
Q u a n d o o aquecimento d a superfície for progressivo, utilizam-se meios d e resfriamento não
i n f l a m á v e i s , c o m o á g u a , m i s t u r a s d e ó l e o s s o l ú v e i s e s o l u ç õ e s e m ' á g u a d e á l c o o l polivinílíco.
Q u a n d o o aquecimento d a superfície for p o r p o n t o s o u localizado, p r o c e s s o s e m que a
c h a m a é retirada a n t e s d o r e s f r i a m e n t o , as p e ç a s s ã o resfriadas m e r g u l h a n d o - a s e m óleo.
542
FEDCBA
EDCBA FERROS FUNDIDOS CINZENTOS zyxwvuts
1000
800
KJIHGFEDCBA
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TEMPO
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FERROS FUNDIDOS
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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FERROS FUNDIDOS NÍALEÁVEIS
UTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
545
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
546
DCBA
DCBA FERROS FUNDIDOS MALEÁVEIS
Este a t u a s o b r e o c a r b o n o do ferro f u n d i d o , s e g u n d o a r e a ç ã o
C+C0 = 2CO 2
547
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
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548
EDCBA
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900
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2 700
LU
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600
500
HORAS
d e limite d e r e s i s t ê n c i a à t r a ç ã o m í n i m a d e 3 4 a 3 5 k g f / m m ( 3 3 0 a 3 4 0 M P a ) , c o m a l o n g a m e n -
2
549
Aços E FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- t e r m i n a d o o a q u e c i m e n t o c o r r e s p o n d e n t e a o 1 . e s t á g i o , resfria-se n o f o r n o a t é 7 8 5 ° C -
9
8 7 0 ° C ; r e t i r a - s e do f o r n o e r e s f r i a - s e a o a r ; r e v i n e - s e a t é a d e s e j a d a d u r e z a ;
- r e s f r i a - s e n o f o r n o a t é 7 8 5 ° C - 8 7 0 ° C ; r e t i r a - s e e r e s f r i a - s e a o ar, c o m o a c i m a ; e m s e g u i d a
r e a q u e c e - s e a 815°C-870°C e resfria-se e m água o u óleo; revine-se até a d u r e z a desejada;
- c o m p l e t a - s e o c i c l o d e m a l e a b i l i z a ç ã o p a r a a p r o d u ç ã o n o r m a l do m a l e á v e l ; e m s e g u i d a
reaquece-se a 815°C-870°C e resfria-se a o ar ou e m líquido; revine-se até a d u r e z a desejada.
550 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPON
EDCBA FERROS FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjih
A Í A L B Í V H S
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SRQPONMLKJIHGFEDCBA '551
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
O O O O O LO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX
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LL LL LL LL LL LL
552
DCBA
DCBA FERROS FUNDIDOS MALEÁVEIS
T A B E L A " ) 79
Usinabilidade c o m p a r a t i v a de diversas ligas ferrosas
Fig. 241 -Aspecto micrográfico de ferro fundido maleável mostrando ferrita, nódulos de grafita e algumas
i r i d i i s õ e s . A ! a q u e : p i c a l . A u m e n t o : 100X.
(Gentileza do Instituto d e Pesquisa Tecnológicas de S ã o Paulo).
553
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ
FERROS FUNDÍDOS DE GRAFITA COMPACTADA
XXXII zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
FERRO S FU N D ID O S D E G RA FIT A
CO M PA CTA D A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU
.555
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
TABELA180
P r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s de v á r i o s t i p o s d e f e r r o s f u n d i d o s
de g r a f i t a c o m p a c t a d a , à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e
L i m i t e resist. Limite
Along. Dureza
C o n d i ç ã o estrutural à tração escoamento
% HB
MPa (0,2%) MPa
T r a t a d o s c o m adições
de cario
Mo estado fundido, ferrita
a c i m a de 9 5 % 336 257 6,7 150
Ferrítica/Perlítica com
periita acima de 5 % 298 224 5,3 128
1 0 0 % ferrita 338 245 8,0 140
Ferrítica/Perlítica com
8 5 % ferrita 320 242 3,5 164
Periítica ( 9 0 % periita,
1 0 % ferrita) 400/550 320/430 0,5/1,5 zyxwvutsrqponmlkjih
-
556
DCBA
CBA FERROS FUNDIDOS DE GRAFITA COMPACTADA
onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
• maior resistência à tração para o m e s m o carbono equivalente, o q u e reduz a necessida-
de de elementos d e liga de custo elevado c o m o níquel, cromo, c o b r e e molibdênio;
• relação mais alta resistência/fadiga;
• maiores ductilidade e tenacidade, o q u e resulta em m a r g e m superior de segurança para
fratura;
• menor o x i d a ç ã o e dilatação a t e m p e r a t u r a s elevadas.
557
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços e FERROS
• m a i o r resistência ao c h o q u e térmico;
• m a i o r capacidade de a m o r t e c i m e n t o ;
• maior fundibiiidade;
• m e l h o r usinabilidade.
D e v i d o a s u a m a i o r c o n d u t i b i l i d a d e t é r m i c a e m r e l a ç ã o a o ferro f u n d i d o n o d u l a r , o ferro
fundido d e grafita c o m p a c t a d a é preferido para peças f u n d i d a s a serem utilizadas a tempera-
t u r a s e l e v a d a s e/ou s o b c o n d i ç õ e s de f a d i g a t é r m i c a . E x e m p l o s : l i n g o t e i r a s , cárters,
c a b e ç o t e s , tubulações de e x a u s t ã o e discos de freio.
558
CBA FERROS FUNDIDOS DÚCTEIS OU NODULARES zyxwvut
FERRO S FU N D ID O S D ÚCTEIS
O U N O D U LA RES
559
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
1 5 M g - 82 Ni
1 5 M g - 3 0 S i - 5 0 Ni
8 M g - 4 6 Si - 4 2 Fe
5 M g - 4 5 Si - 5 0 F e
12 M g - 4 0 S i - 1 8 C u - 3 0 Fe
560
Fig. 243 -Aspecto micrográfico de ferro nodular; ferrita, periita, nódulos d e grafita, steadita e inclusões
Ataque: p i c r a l . A u m e n t o : 100X (Gentileza d o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo).
Tabela 181
C o m p o s i ç ã o q u í m i c a d o s ferros f u n d i d o s b á s i c o s para p r o d u ç ã o d e f e r r o f u n d i d o n o d u l a r .
Tipo C,% Si,% Mn,% P,% S,% Ni,% Cu,% Cr,% Mo,% Sn,%
1 4,0 máx. 1,7/2,8 0,25/0,50 0,10 máx. 0,01 máx. 1,0/3,0 1,50 0,3 0,3 0,10
2 4,0 máx. 1,6/2,8 0,30 0,10 máx. 0,01 máx. 0,5 0,15 0,1 0,01 0,02
3 4,0 máx. 2,5 máx. 0,20 0,05 máx. 0,01 máx. 0,8
4 4,0 máx. 2,1 máx. 0,10 máx. 0,03 máx. 0,01 máx.
561
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
562
CBA
CBA FERROS FUNDIDOS DÚCTEIS ou NODULARES
d e s g a s t e , c o m m o d e r a d a s t e n a c i d a d e e r e s i s t ê n c i a ao c h o q u e . A s t e m p e r a t u r a s mais altas d e
a u s t ê m p e r a - 3 0 0 ° a 4 0 0 ° C - p r o d u z e m b a i n i t a m a i s dúctil e t e n a z .
A Tabela 1 8 3 | 3 3 7 ) a p r e s e n t a a s p r o p r i e d a d e s de ferro n o d u l a r a u s t e m p e r a d o , d e a c o r d o
com a especificação A S T M A 897 M-90.
Tabela 183
Propriedades d o ferro dúctil austemperado
563
Tabela 184
C o m p o s i ç õ e s e P r o p r i e d a d e s M e c â n i c a s d o s t i p o s c o m u n s d e Ferro N o d u l a r
Composição Propriedades Mecânicas
Resist. Limite Alonga-
Especificação escoa-
tração mento
IM Classe SI Mn P s Natureza Dureza
2
kgf/mm 5
mento e m 50 m m
Brinell kgf/mm
(MPa) 2
(%)
(MPa)
A S T M A 395 60-40-18 3,0 min. 2,50 max. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- 0,08 max. - Ferrítica; 143-187 42,0 28,0 , 18
A S M E SA 395 recozida (410) (270)
A S T M A 476 80-60-03 3,0 min. 3,0 max. - 0,08 max. 0,05 max. Fundida 201 min. 56,0 42,0 3
SAE AMS 5316 (550) (410)
60-40-18 Ferrítica; pode 42,0 28,0
ser recozida (410) (270) 18
65-45-12 Composição química especificada Principalmente 45,5 31,5
ferrítica (445) (305) 12
80-55-06 mediante acordo mútuo entre Ferrítica- 56,0 38,5
A S T M A 536 perlítlca - (550) (375) 6
100-70-03 produtor e consumidor Principalmente 70,0 49,0
periítica (690) (480) 3
120-90-02 Martensítica
temperada em 84,0 63,0
óleo e revenlda (820) (620) 2
D 4018 3-20-4,10 1,80-3,00 | 0,10-1,00 | 0,015-0,10 0,005-0,035 Ferrítica 170 max. 42,0 28,0 18
(410) (27,0)
Ferrítica 45,5 31,5
D 4512 periítica 156-217 (445) (305) 12
SAE J 434 D 5506 Valores devem ser compatíveis Ferrítica- 187-255 56,0 38,5
perlltica 241-302 (550) (375) 6
D 7003 com a dureza mínima especificada Periítica 70,0 49,0 • 3
' (690) (480)
Tabela 182
Ciclos típicos de têmpera e revenido para ferros nodulares e ferro f u n d i d o cinzento
Temperatura e t e m p o de M e l o de r e s f r i a m e n t o C i c l o de r e v e n i d o
Objetlvo austenitização (a)
Ferro fundido cinzento com máxima dureza Pré-aquecimento a 560°C Óleo em agitação 200°C, uma hora
Aquecimento a 870°C, u m a Resfriar até 120°C Resfriar em artranqOilo
hora p o r p o l . de secção
Ferro fundido cinzento com ótlmas Pré-aquecimento a 650°C Óleo em agitação 400°C, uma hora
resistência e tenacidade Aquecimento a 870°G, uma Resfriar até 120°C Resfriarem ar tranquilo
hora por pol. de secção
Para obter ferro nodular 120-90-02 900°C, uma hora por pol. de Óleo em agitação 480°C, 2 horas; resfriar
secção no forno até 345°C; resfriar
no ar
Para obter ferro nodular 100-70-03 900°C, uma hora por pol. de Óleo em agitação 4 8 0 ' C , 2 horas; resfriar
,
secção no forno até 345°C; resfriar
ao ar
Alternativa para tipo 100-70-03 900°C, uma hora por pol. de Ar até 425°C (b) 595°C, 2 h o r a s
secção
Preparo de ferro nodular para tempera 900°C, uma hora por pol. de Óleo em agitação 650°C, 2 horas; resfriar
por chama secção no forno até 345°C; resfriar
ao ar
(a) A temperatura do óleo deve ser controlada numa faixa de 55 a 8 5 ° C ; (b) dispositivos ou ventiladores especiais de ar comprimido
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
T A B E L A I 85
Aplicações gerais e empregos típicos de ferro nodular
TABELA186
C l a s s i f i c a ç ã o d o f e r r o f u n d i d o n o d u l a r , s e g u n d o aABNT.
Limite de Limite de Alonga- A título I n f o r m a t i v o
resistência à escoamento mento (5d), F a i x a de dureza
Classe tração, min. (0,2%) m i n . min. aproximada Estruturas
kgf/mm 2 kgf/mm 2
(%) Brinell predominantes
(MPa) (MPa)
FE 3817 38,0 (370) 24,0 (240) 17 140-180 ferritica
FE 4212 42,0 (410) 28,0 (270) 12 150-200 femtica-periítica
FE 5007 50,0 (490) 35,0 (340) 7 170-240 periítica-ferrítica
FE 6002 60,0 (590) 40,0 (390) 2 210-280 periítica
FE 7 0 0 2 70,0 (690) 45,0 (440) 2 230-300 periitica
FE 3 8 1 7 38,0 (370) 24,0 (240) 17 140-180 ferrítica
RI*
* Classe c o m requisito de resistência a o choque.
566
DCBA
DCBA FERROS FUNDIDOS DÚCTEIS OU MODULARES
TABELA187
C l a s s i f i c a ç ã o d o s f e r r o s f u n d i d o s n o d u l a r e s , s e g u n d o a DIN
kgf/mm kgf/mm
kgf/mm' kgf/mm'
2
2 1
(%) 1 (MPa)
(MPa) (MPa)
GGG-45 45(440) 35(340) 5 160/240 17.000 2 80/95 (780/930)
GGG-38 38 (370) 25(250) 17 140/180 T 10 75/90 (740/880)
GGG-42 42(410) 28 (270) 12 150/200 16.500 8 80/90 (780/880)
GGG-50 50 (490) 35(340) 7 170/240 a 6 85/100 (830/980)
GGG-60 60 (590) 42(410) 2 210/300 18.500 4 90/110 (880/1080)
GGG-70 70(690) 50(490) 2 230/320 2 100/120 (108Q/1180)
E m r e l a ç ã o à s p r o p r i e d a d e s d o s f e r r o s f u n d i d o s nodulares, p o d e m s e r feitas as s e g u i n t e s
considerações complementares:
220 260
D u r e z a Brinell
Fig. 245 - Relação geral entre dureza e propriedades de tração de f e n o s nodulares na condição
fundida e recozida (ou normalizada) c o m micro-esirutura d e ferrita e/ou periita
567
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
Deformação, %
84
1 1
77
• ntiiJiíii zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
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28
-
568
EDCBA
CBA FERROS F i a v o r o o s DÚCTEIS OU NODULARES
C, = 3 , 6 5 % ; S i = 2 , 4 8 % ; M n = 0 , 5 2 % ; P = 0 , 0 6 5 % ; N i = 0 , 7 8 % ; C r = 0 , 0 8 % ; C u = 0 , 1 5 %
MLKJIHGFEDCBA
HGFEDCBA
lkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
569
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E PERROS FUNDIDOS
TABELA188
P r o p r i e d a d e s de u m f e r r o n o d u l a r t r a t a d o t e r m i c a m e n t e para e n s a i o C h a r p y d e
resistência ao c h o q u e
DEFORMAÇÃO, mm/mm
570
A
BA FERROS FUNDIDOS DÚCTEIS OU NODULARES
ASTM A 571-71
H á a i n d a c l a s s e s p a r a n a v i o s , c o n t e n d o 2 , 4 0 a 3 , 1 0 C, 1,80 a 3 , 2 0 S i , 0 , 8 0 a 2 , 5 0 M n ,
0 , 1 5 a 0 , 2 0 P, 1 8 , 0 0 a 2 3 , 0 0 Ni e 0 a 0 , 5 0 Cr, c o m d u r e z a B r i n e l l v a r i a n d o d e 1 7 5 a 1 9 0 , l i m i t e
de resistência à t r a ç ã o de 35 a 38,5 k g f / m m 2 (340 a 375 MPa) limite de escoamento de 17,5
a 21,0 k g f / m m 2 ( 1 7 5 a 2 1 0 M P a ) e a l o n g a m e n t o d e 2 0 a 7 % , s u b m e t i d o s a alívio d e t e n s õ e s
a 6 5 0 ° C (e, s e n e c e s s á r i o , s o l u ç ã o d e c a r b o n e t o s a 9 5 0 ° C ) , u t i l i z a d o s p a r a r e s i s t ê n c i a a
571
125 35,0 17,5 20 min. 2,50 2,00 1,90 20,0
175 (340) (175) max. 3,00 3,00 2,50 0,15 24,0 0,50
O b s e r v a ç õ e s : Os tipos D-2 e D-3 podem apresentar molibdênio entre 0,7 a 1,0% para aumentar as propriedades mecânicas acima de 425°C; o tipo de e.specificaç ã o A M S
5395 não pode possuir chumbo além de 0,003% e cobre além de 0,50%.
T A B E L A I 90
P r o p r i e d a d e s d e a l g u n s f e r r o s n o d u l a r e s de alto s i l í c i o
Temperatura ambiente 540°C 650°C 700°C
Teor Limite Limite Alonga- Limite Limite Alonga- Limite Limite Alonga- Limite Limite Alonga-
de escoam. resistência mento escoam. resistência mento escoam. resistência mento escoam. resistência mento
liga kgf/mm 2 tração % kgf/mm 2 tração % kgf/mm 2 tração % kgf/mm 2 tração %
(MPa) kgf/mm 2 (MPa) kgf/mm 2 (MPa) kgf/mm 2 (MPa) kgf/mm 2
(MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
4 Si 45,0 (440) 57,3 (563) 19,5 22,7 (227) 24,9 (249) 45,0 6,8 (68) 8,5 (85) 59,0 . 5,1 (51) 6,2 (62) 87,5
4Si-0,5Mo 47,7(467) 60,5 (595) 17,0 25,4(254) 28,1 (271) 35,5 11,4(114) 13,2 (132) 71,5 6,9 (69) 7,8(78) . 75,5
4 S I - 1 . 0 Mo 48,2 (472) 61,9 (609) 14,5 27,7 (267) 30,7 (297) 24,4 11,3 (113) 13,2(132) 53,0 7,7(77) 9,0 (90) 59,0
4SI-1.5 M o 49,2 (482) 63,1 (621) 12,0 26,6 (256) 30,3 (293) 23,0 12,1 (121) 14,0 (140) 48,5 8,0 (80) 9,1 (91) 55,5
4 Si-2,0 Mo 48,5 (475) 64,5 (635) 10,0 28,5 (275) 32,5 (315) 21,5 12,2 (122) 14,7(147) 42,5 8,6 (86) 9,9 (99) 51,5
4 Si-2,5 M o 49,7(487) 66,4 (654) 10,5 27,7 (267) 32,6 (316) 20,5 12,5 (125) 15,0 (150) 31,0 9,0 (90) 10,1 (101) 40,5
2,8 S M . O M o 35,7 (347) 54,5 (535) 15,0 23,1 (231) 27,5 (265) 20,0 12,3 (123) 14,4 (144) 45,0 7,1 (71) 9,2 (92) 51,5
4 Si-0,8 V 51,3(503) 59,0 (580) 4,5 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
- - - 9,8 (98) 10,5 (105) 34,0 4,4 (44) 4,8 (48) 37,5
Todas as ligas foram recozldas a 790°C, durante 4 horas.
O limite de escoamenlo correspondeu ao desvio 0,2% (limite convencional n).
A liga 4 SI-0,8 V foi submetida a aquecimento a 900°C, durante 3 horas, resfriamento a 700°C, mantido durante cinco horas, seguido de resfriamento ao forno,
até abaixo de 425°C.
TABELA189
E s p e c i f i c a ç õ e s e p r o p r i e d a d e s de f e r r o n o d u l a r a l t a m e n t e l i g a d o .
Limite Limite C o m p o s i ç ã o q u í m i c a (%)
Resistência Escoamento Alongamento
Especificação Classe Dureza Tração kgf/mm 2 em 2"
N° Brinell kgf/mm (MPa) C, Si Mn P Ni Cr
2 (%)
(MPa)
A S T M A 439-77 D-2 139 40,6 21,0 8 min. 1,50 0,70 18,0 1,75
202 (396) (210) max. 3,00 3,00 1,25 0,08 22,0 2,75
D-2B 148 40,6 21,0 7 min. 1,50 0,70 18,0 2,75
211 (396) (210) max. 3,00 3,00 1,25 0,08 22,0 4,00
D-2C 121 40,6 19,6 20 min. 1,00 1,80 21,0
171 (396) (196) max. 2,90 3,00 2,40 0,08 24,0 0,50
D-3 139 38,5 21,0 6 min. 1,00 28,0 2,50
202 (375) (210) max. 2,60 2,80 1,00 0,08 32,0 3,50
D-3A 131 38,5 21,0 10 min. 1,00 28,0 1,00
193 (375) (210) max. 2,60 2,80 1,00 0,08 32,0 1,50
D-4 202 42,0 - - min. 5,00 28,0 4,50
273 (410) zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
max. 2,60 6,00 1,00 0,08 32,0 5,50
D-5 131 38,5 21,0 20 min. 1,00 34,0
185 (375) (210) max. 2,40 2,80 1,00 0,08 36,0 0,10
D-5B 139 38,5 21,0 6 min. 1,00 34,0 2,00
193 (375) (210) max. 2,40 2,80 1,00 0,08 36,0 3,00
ASTM D-2M 121 45,4 21,0 30 min. 2,20 1,50 3,75 21,0
A 571-71 • 171 (444) (210) Recoz. max. 2,70 2,50 4,50 0,08 24,0 0,20
AMS5394 140 38,5 22,4 7 min. 2,40 2,00 0,80 18,0 1,70
180 (375) (224) tensões max. 3,00 3,20 1,60 0,25 22,0 2,40
aliviadas
A M S 5395 125 35,0 17,5 20 min. 2,50 2,00 1,90 20,0
175 (340) (175) max. 3,00 3,00 2,50 0,15 24,0 0,50
O b s e r v a ç õ e s : Os tipos D-2 e D-3 podem apresentar molibdênio entre 0,7 a 1,0% para aumentar as propriedades mecânicas acima de 425°C; o tipo de e.specificaç ã o A M S
5395 não pode possuir chumbo além de 0,003% e cobre além de 0,50%.
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
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zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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a
582
BA
BA ÍNDICE ANALÍTICO zyxwvu
ÍN D ICE A N A LÍTICO
A
efervescente 180,204
elementos de liga nos 187
elétricos e magnéticos 441
encruado 184,219
endurecível p o r precipitação 417
estrutura micrográfica 29,30,31
estruturais 217
eutetóide 30
ferramentas p a r a fins especiais 320
ferramentas tipo-matriz 335
ferrftico 406
fundido 183,438
gratifico 334
Hadfiald 376
hipereutetóide 30
hipoeutetóide 30
impurezas normais nos 176
inclusões não-metálicas nos 177,180
indeformável , 339
inoxidável 394
magnético 459
"maraging" 467
martensítjco 397,459
microestrutura 26
mordido 220
Nitralloy 306
para a r a m e s a fios 261
para barras 261
para cabos 265
para cementação 299,302
seleção 300
para chapas 239
para estruturas 218
583
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
m rápidos
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
rápidos fundidos
rápidos sinterizados
351
369
491
refratários .-. 426
seleção 440
resistentes à corrosão 224, 3 8 1
resistentes ao calor 425, 431
resistentes ao choque 326
resistentes ao desgaste 373
SAE 176, 2 6 0
semi-rápidos 329,338
sinterizados 477, 485
super-rápido . 355
t a m a n h o d e grão dos 183
temperáveis e m água 321
ultra resistentes 463,464
usinagem fácil 289,291
Aços-carbono, definição 22
importância e limitações 185
impurezas normais 177
propriedades mecânicas 34, 9 8 , 182
Aços-liga, definição 22.187
efeito d o s elementos de liga 187
Aço-manganês 376
Aço(s) inoxidável(eis) 381,394
ao nitrogénio 418
austeníticos 394, 4 0 9
394,415
endurecíveis porpracipitação 394,417
ferríticos 394.403,406
martensíticos 394, 3 9 7 , 4 0 1
nitrônicos 394, 4 1 8
Á g u a (como meio de resfriamento) 171
AISI 204
Alavanca, regra de .... 28
11
Alfa (ferro) 22,27
Alívio de tensões 93,95,413,534
recozimento para 93
tratamentos típicos 95
Alnico, (tipos) . 461
Alotropia do ferro puro 22
Alumínio
como desoxidante 179
nos aços estruturais ... 223
nos a ç o s p a r a nitretação . 306
nos a ç o s resistentes à oxidação . 429
nos a ç o s resistentes ao calor 429
Amortecimento (capacidade) 523,524
Anisotropiados materiais magnéticos 450
ÍNDICE ANALÍTICO
BA
Anodização 231,251
Aquecimento 83,164
efeito sobre a posição das linhas de transformação , 35,36
• temperatura de 83
tempo de 7. • -— 8 3
velocidade de 64
A r (como meio de resfriamento) 84,85
Arames (aços para) 261,263,265
Arames para concreto armado 219
Arames para concreto protendido 220
Amico, ferro 240
Aspectos micrográficos
de aço austemperado 112
de aço coalescido 108
de aço doce forjado 178
de aço duro encruado 134
de aço eutetóide 29
de aça fundido _ - 133
de aço hipéreutetóide 30
de aço hipoeutetóide 29,31
de aço inoxidável — • 414
de aço meio d o c e moldado 179,183
de aço temperado 103,104
de aço t e m p e r a d o e revenido 105
de ferro fundido cinzento 503
de ferro íundido eutético 496
de ferro fundido hipereutético 498
de ferro fundido hipoeutético 497
de feno fundido maleável 5 5 3
Auto-revenido 193
Avaliação da temperabilidade 64
Avaliação da temperatura 164
Bainita _ 46,110,112
inferior 1 1 3
, superior TO
Banhos de têmpera 34
de chumbo 36
de sal 85,147,160
Barras • 240,262
Beta, ferro 22^
Boretação •. 1 5 3
585
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS
Carboneto(s)
de ferro 25
efeito dos elementos de liga nos 188
Carbonitretação 153
a plasma 154
ferrítica 154
Carbono
combinado 568
equivalente 498,520
gratifico (ou livre) 508
influência na posição das curvas e m C 57
Influência nas propriedades mecânicas 34,199
total 508
Carburizante
gás 137
mistura 137
Carbomaag 139
Casca de laranja (defeito) 86,246,248
Casca de óxido 86
Cementação 130
a alta temperatura 132
aionplasma 142
aços p a r a 299,302
gasosa 137
líquida 140
reações fundamentais , 133
seleção do aço para •—
. 300
sob v á c u o 142
sólida o u e m caixa 184
tratamentos térmicos na 143
Cementita 25,28,33,187
Chama, t ê m p e r a por 120
Chapa(s) 240
aços para 241
composição tfpica 241
defeitos 247
especificações daAB14T 244
finais) 240
galvanizada (s) 250
grossa(s) 240,252
propriedades 246
revestimento 250
tipos 244
tratamentos 249
Choque, aços resistentes ao 326
586
AA ÍNDICE ANALÍTICO
587
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
588
ÍNDICE ANALÍTICO
Ductilidade
efeito do encruamento sobre a 185
ensaio 246
Dupla compressão
de ferro e aço sinterizado 481
Dureza
aquente 316,357
à temperatura ambiente 314
critica 63
curvas de -. 65,66, 67
secundária 357
Duriron 533
589
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
Estampagem profunda
chapas para - 243
Estanho (nos aços-carbono) 131
Estruturais)
dendrítica 183
dos a ç o s austemperados 112
dos aços coalescidos 108
dos a ç o s encruados 184
dos a ç o s fundidos 183
dos aços recozidos 29,30
dos a ç o s temperados 103,104
dos a ç o s temperados e revenidos 105
do ferro fundido branco 496,497,498
do ferro fundido cinzento 503
do ferro maleável 553
do ferro nodular 561
do ferro puro 31
Estruturas (dos aços) 26,359
Eutética (liga) 25
Eutético (ponto) 25
Eutetóide
aço 26
estrutura 26
ponto 25
Exotérmico(a)
atmosfera '. 166
gerador 168
Expansão térmica 428
590
A
BA ÍNDICE ANALÍTICO
427
curvas de 427
resistência à ... 428
Folhas (aços para) 240
Folhas de f l a n d r e s . , 250
Força
coerciva 448
magnetizante.. _ 445
Forjado sinterizado 482
Fomofe) _. 1 5 8 , 1 5 9 , 1 6 0 ,
161,162
Fósforo
nos aços c a r b o n o 178
nos aços d e usinagem fácil _. 294
nos aços estruturais 222
nos fenos fundidos ' 509
Fragilidade
a475°C 407
afrio 182
aquente 180,182
de revenido 106
pelo hidrogénio 403
Fraturas-padrão .". 316
Fundidos (aço) 203,206
Galvanizada
chapa 250
Gama
ferro ".. 22
Gás de carbonetação 137
Gazes (como meio de esfriamento) 171
Gasogânio 169
Gerador
endotérmico 171
exotérmico 170
"Ghost-lines" (textura) : 172
Grafita 25,504,508
compactada 556
em veios 505
nodular 553,561
Grafítico
aço 339
Grafitização 547
Grão
• austenítico 57,60,61
tamanho d e „ 58,59
Grossmann
método de 65
591
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS FUNDIDOS
estrutura — 29, 31
Histerese (ciclo de)
do f e r r o _ — 447
do Isoperm '• 458
doPermalIoy - - - 456
doPerminvar 458
Homogeneidade d a austenita 54,59
Ideal (diâmetro) 64
Imãs permanentes
aços p a r a 459
materiais para _ 459
Importância dos aços- carbono 185
Impregnação metálica (do feno e do a ç o sinterizado) 481
Impurezas nos aços _ _ 176
Inclusões 70,177,180
influência n a curva B vs H 450
não-metálicas _ 177,189
Indeformável (aço) 339
Indução
magnética 442,443, 444
residual 448
têmpera por _ 122
Inoculação 482,537
Inaculantes 506,560
Inoxidável
aço ; 394
ferro fundido 532
Intensidade
de c a m p o magnético 442
de magnetização 442
de saturação 443
Intergranular (corrosão) 389
lonitretação 150
lonplasma (cementação) 142
lonplasma (nitretação) 150
Isoperm (liga) 459
Jacto-percussão - : 286
Jominy
curvas de temperabilidade 68
dispositivo «... 68
método - — 67
Laminados _ - 240
Laser (têmpera por) 126
Ledeburita 496
Liga(s)
endurecfveis por precipitação :— 459
eutética 25
eutetóide 25
ferro-carbono 22
feno-carbono-silício 498
ferro-cobalto .". 456
ferro-cromo , 395
ferro-cromo-níquel 399
feno-níquel 455
ferra-silício 453
ÍNDICE ANALÍTICO
água 85,100
a r 84,85
circulação do 86
chumbo fundido 8 6
gás - 36
movimentado 86
óleo(s) 85,86,100
salmoura 85,100,172
soluções 85,100,172
Metais e ligas p a r a a indústria elétrica 452
Metanol-acetato de etila 139
Metalurgia do pó 478
Método de Grossmann 65
Método d e Jominy 67
Misturas carburizantes 134
Molas 274
aços para 273
helicoidais 274,276
semi-elipticas 274,283
Moldagem (da peças fundidas de aço) 206
Molibdênio
nos aços estruturais 223
nos a ç o s "maraging" 467
nos a ç o s para cementação 302
nos aços para ferramentas e matrizes 318
nos aços para fundição 213,214
nos a ç o s para nitretação 306
nos a ç o s rápidos 354
nos a ç o s resistentes á conosão 328
nos a ç o s resistentes à oxidação 430
nos a ç o s resistentes ao calor «... 430
Mudanças dimensionais (durante os tratamentos térmicos) 172
"Ni-Hard" 536
Nióbio 223,389,533,535
Níquel 223,388
efeito s o b r e as propriedades m e c â n i c a s 189,194
na indústria elétrica 449,451,453,
455,458,461
nos aços criogênicos 463
nos a ç o s estruturais 223
nos a ç o s para cementação 302,303
nos aços "maraging" 467
nos aços para fundição 211
nos a ç o s resistentes á conosão 328,396
nos a ç o s resistentes à oxidação 430
nos aços resistentes ao calor 430
"Ni-Resist" 533
Nitralloy (aços) 306
Nitretação 144
a gás 144
aionplasma 150
aços para 305
dos aços rápidos 369
e m b a n h o de sal 147
líquido s o b pressão 150
temperaturade 144
t e m p o de 145,148,149
tenaz 147
tratamento térmico na 144
Nitretos 306
Nltrocarbonetação ferrítica 154
594
ÍNDICE ANALÍTICO
Nitrogénio 181
nos aços-carbono 181
nos aços estruturais 223
nos aços inoxidáveis 418
Nitrogênio-álcool (atmosfera) 171
Nodular (ou dúctil), f e n o fundido 559
Nodulizantes 560
Nódulos (de grafita) 561
Normalização 96
diagrama esquemático d transformação 97
Núcleo (na cementação) 130.301
Padrões(tamanhodegrão) 60,61
Paramagnéticos (materiais) 443,444
Passividade 388
Partículas metálicas 478
Patenteamento 86,115,266
Peças
fundidas 204,419
sinterizadas 478,490
Perda do núcleo 448
Periita 28,33,187
aspecto micrográfico 29
característicos 33
grosseira 46,49
fina 46
lamelar 46
Permalloy (liga) 455
Permeabilidade magnética 443
Permendur(liga) 457
Perminvar (liga) 1 458
Plasmanitretação 150
Pó(s) metálico(s) 478
Polímeros 119,171 *
Ponto Curie 22,23
Ponto eutetóide 23
Ponto de orvalho 168
Pontos moles 85
Potencial de carbono _ 168
Prática dos tratamentos térmicos 157
Precipitação (endurecimento por) 115,222
Preservação d a superfície 165
Produtos tubulares 253
Profundidade de endurecimento 64,119
Projeto
de peças fundidas 204
de peças sinterizadas 485
Propriedades dos
: 595
FUNDIDOS zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
A ç o s E FERROS
aços-carbono 34,98,132,
207,209
efeito d a estrutura 32
do ferro nodular 563
dos ferros fundidos cinzentos 519
dos ferros fundidos maleáveis 548
magnéticas d a matéria 442
Proteção à corrosão 386
Rápido(s)aço 351
Reação Martensítica 45
Recompressão (de peças sinterizadas) 479
Recozimento 87
d i a g r a m a esquemático de transformação 90
em caixa 96
isotérmico ou cíclico 91,92
para alívio de tensões ou sub-crítico 93
subcrítico 93
total o u pleno 87
Refratários (aços) 426
Regra d a a l a v a n c a 28
Remanência 448
Resfriamento ( v e r t a m b é m esfriamento) 83
cun/as 50
ideal 64
meios 84,171
severidade : 69
subzero 368
velocidade 85,183
velocidade crítica 50
Resfriamento contínuo (transformação e m ) 49
Resistência à corrosão 388
Resistência à fluência 428
Resistência à oxidação _ 426
Resistência a o calor 426
Resistência a o desgaste 314
Resistividade 453
efeito d o silício 452
Revenido 103,126
. cun/as 104
diagrama esquemático de transformação 63
efeito d o s elementos de liga 192
estruturas resultantes 105
fragilidade .'. 106
influência do intervalo de tempo 105
temperatura 104,105
Revestimento (de chapas de aço) 150
Mi
Sigma (fase) 394
ÍNDICE A N A LÍ T I CO
Silício
como desoxidante 179
na liga Fe-Si 453
• nos aços elétricos . 453
nos aços estruturais". 222
nos aços p a r a ferramentas e matrizes 317,328
nos aços p a r a molas 275
nos aços resistentes à oxidação ; 429
nos aços resistentes ao calor 429
nos ferros fundidos — 494
Sintetização 479
Sinterizado (aço e f e n o ) 477
forjado 482
Sistema de classificação dos aços 176,177
Soldabilldade dos aços para fundição 215
Solldus (linha) '26
Soluções aquosas (como meio de resfriamento) — 171
Solubilidade
do carbono n o ferro alfa 26
do carbono no ferro g a m a '• 25
dos elementos de liga no ferro alfa 54
dos elementos de liga no f e n o gama 54
Solução sólida : 25
Sorbita 105
Sorbíticas (estruturas) 105
"Spins" 22
Steadita 504
Sub-crítico (recozimento) 93
Subzero (tratamento) 368
Sulfetos 179
de f e n o 130
de manganês 180
Sulfocarborírtretação gasosa 154
Superaquecimento 355
Superenvelhecimento 96
Super-rápido (aço) 355
Superficial (têmpera) 117,118,122
Superfície (preservação) 165
Suscetibilidade '
à corrosão intergranular 389
à corrosão localizada 389
diamagnética 443,444
magnética 443
dispositivo J o m i n y de medida 68
faixa de 72
597
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
Aços E FERROS FUNDIDOS
medida ^
Temperado (aço)
microestrutura 103,104
Temperatura(s)
avaliação 64,65,164
crítica(s) (ou de transformação) 26
de aquecimento 33
de sinterização 479
de transição 473
determinação (da) 164
influência na penetração superficial d e carbono 131
influência sobre a dureza e a resistência ao choque 104
relação c o m as resistências à fluência e à ruptura 439
Tempo
de permanência 83
influência n a espessura d a c a m a d a nitretada 145
influência n a penetração superficial d e carbono 131
influência do revenido 105
Tenacidade (medida) 315
Tenazes 159
Tensões
internas (ou residuais) 103
Textura bruta de fusão ,. 183
Textura "ghost Unes" .'. 178
Tiras(s) 240
Titânio
nos aços rápidos 356
nos aços resistentes ao calor 431
Transição (temperatura) 473
Transformação d a austenita 43
constituintes resultantes 46
efeitos d a velocidade de resfriamento 41
efeito do tamanho de grão 58
Transformação da austenita retida 107
Transformação e m resfriamento contínuo 49
Transformação isotérmica 42
diagramas (ver também curvas T T T o u e m C) 44,45
Tratamento a vapor (do feno sinterizado) 480
Tratamento(s) isotérmico(s) dos aços 100
austêmpera 109.11°
martêmpera ; 114
Tratamento sub-zero 368
Tratamento(s) superficial(ais) de ferro e a ç o sinterizado 480
Tratamento superficial em aços para ferramentas 369
Tratamento térmico dos aços •• 8 1 , 8 2
alívio de tensões 93
atmosferas utilizadas 86
coalescimento _ 108
equipamentos e acessórios 158
fatores d e influência 82
"maraging" 468
normalização 96
praticados „ 157
recozimento 87
em c a i x a 96
isotérmico ou cíclico 91,92
p a r a alívio de tensões 93
total o u pleno 87
recursos 158
revenido 103
têmpera 99,117
Tratamento(s) térmico
dos aços Hadfield -. 377
598
ÍNDICE ANALÍTICO
A
dos aços inoxidáveis 413
dos aços p a r a fundição 214
dos aços rápidos _ 366
• dos aços sinterizados • 480
dos aços temperáveis em água , 323
dos ferros fundidos 534
brancos 511
dnzentos 534
nodulares 562
Tratamentosís) termo-químico(s) 129
carbonitret_ção 153
cementação 130,132
cianetação 152
ionitretação o u plasmanrtretação 150 •
nitretação 144
Trilhos
aços para 235
especificações 237
Trincas 173
Troostira 46,104,106
T T T (curva) 42,47
Tubos (aços para) 253
tipos 254,255
Tungsténio
nos aços p a r a f e n a m e n t a s e matrizes 318
nos aços para fins magnéticos 459
nos aços rápidos '. 354
nos aços resistentes ao calor 430
Z •
Zircônio 223
Zona de difusão (na nitretação) 147,148
Zona crítica 26
Zona de compostos (na nitretação) 147
Zona de transição (na cementação) 143,301
599
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