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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

ALLAN VASCONCELOS SOARES DE MENESES

EMILLY BARROS DE OLIVEIRA

HELLEN LEITE MUTZ

JULIA LOPES DA COSTA ABREU

RELATÓRIO DO ENSAIO DE TRAÇÃO

ARACRUZ - ES
2023
ALLAN VASCONCELOS SOARES DE MENESES

EMILLY BARROS DE OLIVEIRA

HELLEN LEITE MUTZ

JULIA LOPES DA COSTA ABREU

RELATÓRIO DO ENSAIO DE TRAÇÃO

Trabalho apresentado ao Instituto Federal do


Espírito Santo – IFES, Campus Aracruz, como
requisito para aprovação na matéria de Ciência e
Tecnologia dos Materiais.

ARACRUZ
2023
RESUMO

Este relatório de ensaio de tração tem como objetivo explicar a metodologia utilizada
na execução de um ensaio de tração, que consiste em aplicar uma força axial em
determinado corpo de prova até sua ruptura. Foram feitos 9 ensaios de tração, e este
trabalho apresentará os resultados obtidos em 3, entre os 9, corpos de prova.
Analisando a zona plásticas, zona elástica e a ductilidade. Além de mostrar os
resultados dos ensaios de dureza realizados nos 3 corpos de prova. O ensaio de
dureza é usado para medir a resistência de um material à penetração, e os mais
comuns são os de dureza Brinell (HB), Rockwell (HR), Vickers (HV) e micro dureza
Knoop (HK).

Palavras-chave: Primeiro termo. Segundo termo. Terceiro termo. Quarto termo.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ............................................................................. 6

2.1. MATERIAIS ....................................................................................................... 6

2.2. PROPRIEDADES DO MATERIAL ..................................................................... 7

3 ANÁLISES E CÁLCULOS ...................................................................................... 10

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 16

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17
5

1 INTRODUÇÃO

O Ensaio de Tração é amplamente utilizado para o levantamento de


informações básicas sobre a resistência dos materiais. O ensaio consiste na aplicação
de uma carga uniaxial crescente a um corpo de prova especificado, ao mesmo tempo
em que são medidas as variações no comprimento.
Durante a seleção de um material para um determinado projeto são
avaliadas as suas propriedades.
As propriedades físicas determinam o comportamento do material em todas
as circunstâncias do processo de fabricação e de utilização, e são divididas em
propriedades mecânicas, propriedades térmicas e propriedades elétricas.
As propriedades mecânicas aparecem quando o material está sujeito a
esforços de natureza mecânica. Isso quer dizer que essas propriedades determinam
a maior ou menor capacidade que o material tem para transmitir ou resistir aos
esforços que lhe são aplicados. Essa capacidade é necessária não só durante o
processo de fabricação, mas também durante sua utilização.
Dentre as propriedades mecânicas, a mais importante é a resistência
mecânica. Essa propriedade permite que o material seja capaz de resistir à ação de
determinados tipos de esforços, como a tração e a compressão (resistência à tração
e resistência à compressão), por exemplo.
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2 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

2.1. MATERIAIS

• Aço Laminado

O aço laminado possui de alto controle di-


mensional, obtido através da laminação, que é o pro-
cesso onde o aço passa por um ou mais pares de ro-
los, diminuindo sua espessura e aperfeiçoando suas
propriedades mecânicas. Existem duas formas de ob-
ter o aço laminado, através da laminação a quente ou
a frio. Na laminação a quente, o aço é laminado em
temperaturas muito altas, geralmente acima de
1000°C, tornando-o mais fácil de moldar, sendo muito
utilizado em trilhos de ferrovias. Já o aço laminado a
frio é prensado com um rolo em temperatura ambiente,
para resultar num melhor acabamento superficial, porém, este será menos flexível que
o aço laminado a quente, sendo mais adequado para tiras, barras ou varas de metal,
eletrodomésticos e peças estruturais.

• Aço Recozido

O aço recozido é o material resultante do


processo de recozimento, que consiste no tratamento
térmico usado como forma de aumentar a ductilidade,
diminuir a dureza do aço e eliminar tensões internas,
através da redução dos deslocamentos na estrutura
cristalina do material. O recozimento é feito após o aço
ter passado por um processo de endurecimento ou tra-
balho a frio, pois assim, evita que ele se rompa devido
sua fragilidade, ou para deixá-lo mais moldável para
próximos trabalhos. Existem 3 principais fases no re-
cozimento: estágio de recuperação, onde o material é
aquecido para que suas tensões internas diminuam;
7

de recristalização, causando formação de novos grãos sem tensões; e de crescimento


dos grãos, que permite que o aço se resfrie a certa taxa especificada.

• Aço Temperado

É o metal endurecido através do processo


de têmpera, um tipo de tratamento térmico que resfria
rapidamente, para ajustar suas propriedades mecâni-
cas, melhorando sua resistência e dureza. Esse pro-
cesso tem duas etapas: o aquecimento do metal e o
resfriamento rápido. O aquecimento é feito em tempe-
ratura acima da critica (727°C), para que os cristais do
aço se organizem. No resfriamento rápido, acontece a
transformação martensítica, para que o metal se torne
duro. A têmpera pode causar alguns danos no aço, por
isso, quase sempre o material será submetido a outro
tratamento térmico.

2.2. PROPRIEDADES DO MATERIAL

ZONA ELÁSTICA

• Modulo de elasticidade

O módulo de elasticidade ou modulo de Young é a medida da rigidez do


material. Ou seja, quanto maior o módulo menor será a deformação elástica
resultante da aplicação de uma tensão e mais rígido será o material.
Entretanto, o módulo de elasticidade é inversamente proporcional à
temperatura, sendo assim aumentando-se a temperatura decresce o valor do Módulo
de Elasticidade.

• Limite de proporcionalidade

A maior tensão que um material pode


desenvolver sem desviar da linearidade entre tensão e deformação. Na
prática, é muitas vezes considerado como o limite elástico.
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• Modulo de resiliência

A resiliência refere-se à propriedade que alguns materiais possuem de


acumular energia quando exigidos ou submetidos às tensões elásticas.
Portanto, é a capacidade do material absorver energia ao ser elasticamente
deformado e liberar esta energia quando descarregado. O módulo de Resiliência é a
área
abaixo da curva tensão x deformação na região elástica de proporcionalidade

ZONA PLÁSTICA

• Limite de escoamento

O limite de escoamento significa o fim do comportamento elástico do mate-


rial e o início do comportamento plástico. Isso significa que a partir do momento em
que o limite de escoamento é excedido, o material sofre uma deformação plástica
irreversível, ou seja, permanente.

• Limite de Resistencia à tração

O limite de resistência serve para especificar os materiais, da mesma forma


que a análise química identifica os materiais. O limite de resistência à tração do ma-
terial ensaiado é calculado pela carga máxima atingida no ensaio e corresponde à
tensão máxima.

• Limite a ruptura

Corresponde ao ponto de fratura do material. É importante saber que


quando o material é submetido a uma tensão máxima suportada, logo em seguida
observamos um decréscimo de carga, ou seja, o limite de ruptura é inferior ao limite
de resistência, uma vez que o material sofre uma redução de sua área, denominado
de estricção.

DUCTILIDADE

• Coeficiente de Alongamento
9

É a variação de comprimento entre dois pontos do corpo de prova. A defor-


mação e, normalmente expressa em porcentagem, é determinada dividindo a variação
de comprimento inicial e final

• Coeficiente de Estricção

É a relação, em percentual, entre a diferença das áreas da secção inicial e


secção final, pela área da secção indicada.
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3 ANÁLISES E CÁLCULOS

1. CORPO 3 (LAMINADO)

TENSÃO X DEFORMAÇÃO
700
600
500
TENSÃO

400
300
200
100
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
DEFORMAÇÃO

Corpo de Prova nº 03 (Laminado) Dureza (HRB) - Laminado


Diâmetro Inicial 12 85,5
Diâmetro Final 7 91,7
Comprimento Inicial 52 90,5
Comprimento Final 63,8 90,9
91,4
ZONA ELÁSTICA

• MÓDULO DE ELASTICIDADE

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜⁄ 400,469205⁄
𝐷𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 0,076830769
𝐸= →𝐸= → 𝐸 = 5,212354 Gpa
1000 1000

• LIMITE DE PROPORCIONALIDADE

𝐿𝑃 = 446,518035[𝑀𝑃𝑎]

• MODULO DE RESILIÊNCIA

𝑏. ℎ (450,06365 − 100,30298)𝑥(0,08265 − 0,039328846)


Á𝑟𝑒𝑎 = → Á𝑟𝑒𝑎 =
2 2
→ Á𝑟𝑒𝑎 = 7,5760179
11

ZONA PLÁSTICA

• LIMITE DE ESCOAMENTO

𝐿𝐸 = 446,518035[𝑀𝑃𝑎]

• LIMITE DE RUPTURA

𝐿𝑅 = 381,264508[𝑀𝑃𝑎]

• LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

𝐹𝑀 63742439
𝐿𝑅𝑇 = → 𝐿𝑅𝑇 = → 𝐿𝑅𝑇 = 5,63[𝑀𝑃𝑎]
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑐çã𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 113,0973355

DUCTILIDADE

• COEFICIENTE DE ALONGAMENTO

𝐿𝑓 − 𝐿𝑖 63,8 − 52
%𝐴𝑙 = → %𝐴𝑙 = %𝐴𝑙 = 23%
𝐿𝑖 52

• COEFICIENTE DE ESTRICÇÃO

𝐷𝑓 − 𝐷𝑖 7 − 12
%𝐸𝑠 = → %𝐸𝑠 = %𝐸𝑠 = −42%
𝐷𝑖 12
12

2. CORPO 6 (RECOZIDO)

TENSÃO X DEFORMAÇÃO
600

500

400
TENSÃO

300

200

100

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4
DEFORMAÇÃO

Corpo de Prova nº 06 (Recozido) Dureza (HRB) - Laminado


Diâmetro Inicial 12 40,1
Diâmetro Final 8 71,6
Comprimento Inicial 52 66,2
Comprimento Final 66 69
74,5

ZONA ELÁSTICA

• MÓDULO DE ELASTICIDADE

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜⁄ 301,465988⁄
𝐷𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 0,066065385
𝐸= →𝐸= → 𝐸 = 4,563146 Gpa
1000 1000

• LIMITE DE PROPORCIONALIDADE

𝐿𝑃 = 348,452064[𝑀𝑃𝑎]

• MODULO DE RESILIÊNCIA

𝑏. ℎ (362,8025347 − 65,06696171)𝑥(0,074025 − 0,032678846)


Á𝑟𝑒𝑎 = → Á𝑟𝑒𝑎 =
2 2
→ Á𝑟𝑒𝑎 = 6,155110404
13

ZONA PLÁSTICA

• LIMITE DE ESCOAMENTO

𝐿𝐸 = 362,802535[𝑀𝑃𝑎]

• LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

𝐹𝑀 544,7696863
𝐿𝑅𝑇 = → 𝐿𝑅𝑇 = → 𝐿𝑅𝑇 = 4,81[𝑀𝑃𝑎]
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑐çã𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 113,0973355

• LIMITE DE RUPTURA

𝐿𝑅 = 420,973666[𝑀𝑃𝐴]

DUCTILIDADE

• COEFICIENTE DE ALONGAMENTO

𝐿𝑓 − 𝐿𝑖 66 − 52
%𝐴𝑙 = → %𝐴𝑙 = %𝐴𝑙 = 27%
𝐿𝑖 52

• COEFICIENTE DE ESTRICÇÃO

𝐷𝑓 − 𝐷𝑖 8 − 12
%𝐸𝑠 = → %𝐸𝑠 = %𝐸𝑠 = −33%
𝐷𝑖 12
14

3. CORPO 7 (TEMPERADO)

TENSÃO X DEFORMAÇÃO
600

500

400
TENSÃO

300

200

100

0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1
DEFORMAÇÃO

Corpo de Prova nº 07 (Temperado) Dureza (HRB) - Laminado


Diâmetro Inicial 12 40,1
Diâmetro Final 11,7 36
Comprimento Inicial 52 37,1
Comprimento Final 52,9 38,5
44,6

ZONA ELÁSTICA

• MÓDULO DE ELASTICIDADE

𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜⁄ 302,7745953⁄
𝐷𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 0,067292308
𝐸= →𝐸= → 𝐸 = 4,48036306 Gpa
1000 1000

• LIMITE DE PROPORCIONALIDADE

𝐿𝑃 = 000000

• MODULO DE RESILIÊNCIA

𝑏. ℎ (510,462954 − 100,117301)𝑥(0,085775 − 0,045071154)


Á𝑟𝑒𝑎 = → Á𝑟𝑒𝑎 =
2 2
→ Á𝑟𝑒𝑎 = 8,35132316
15

ZONA PLÁSTICA

• LIMITE DE ESCOAMENTO

𝐿𝐸 = 𝑁ã𝑜 𝑇𝑒𝑚

• LIMITE DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO

𝐹𝑀 510,4629541
𝐿𝑅𝑇 = → 𝐿𝑅𝑇 = → 𝐿𝑅𝑇 = 4,51[𝑀𝑃𝑎]
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑐çã𝑜 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 113,0973355

• LIMITE DE RUPTURA

𝐿𝑅 = 510,4629541[𝑀𝑃𝑎]

DUCTILIDADE

• COEFICIENTE DE ALONGAMENTO

𝐿𝑓 − 𝐿𝑖 52,9 − 52
%𝐴𝑙 = → %𝐴𝑙 = %𝐴𝑙 = 2%
𝐿𝑖 52

• COEFICIENTE DE ESTRICÇÃO

𝐷𝑓 − 𝐷𝑖 11,7 − 12
%𝐸𝑠 = → %𝐸𝑠 = %𝐸𝑠 = −3%
𝐷𝑖 12
16

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ductilidade é a medida da capacidade de deformação plástica de um


material metálico até a ruptura. Um material frágil experimenta pouca ou nenhuma
deformação até o instante da ruptura, enquanto que os materiais dúcteis
deformam consideravelmente antes da ruptura. De acordo com essas informações, o
corpo de prova 03 e 06 são materiais dúcteis, no entanto, o corpo de prova 03 é sem
patamar de escoamento definido e o corpo de prova 06 e com o patamar de
escoamento. Enquanto o corpo de prova 07 não experimentou nenhuma deformação
até o instante de ruptura, visto que no instante em que ele chega no seu Limite de
tração, o mesmo apresenta a sua ruptura, ou seja, é um material frágil.
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REFERÊNCIAS

CALLISTER JR., W. D. CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS: UMA


INTRODUÇÃO. 5.ED. RIO DE JANEIRO: LTC, 2002.

DUSTRE. RECOZIMENTO DO AÇO: O QUE É E QUAIS SÃO AS VANTAGENS. [S.


L.], 17 AGO. 2022. DISPONÍVEL EM: https://dustre.com.br/recozimento-do-aco/.
ACESSO EM: 12 MAIO 2023.

FREDEL, MARCIO; ORTEGA, PATRICIA; BASTOS, EDSON. PROPRIEDADES


MECÂNICAS: ENSAIOS FUNDAMENTAIS. SANTA CATARINA: CERMAT
CERÂMICA, 2010. 145 P. V. 1.

GARCIA, A.; SPIM. J.A.; SANTOS, C. A. DOS. ENSAIOS DOS MATERIAIS. RIO DE
JANEIRO, LTC, 2000

SOUZA, SÉRGIO A. DE. ENSAIOS MECÂNICOS DE MATERIAIS METÁLICOS:


FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS. 5.ED. SÃO PAULO: ED. EDGARD
BLÜCHER, 1982.

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