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4. CONVERSORES RESSONANTES
4.1 Conversor ressonante com carga em série (SLR)
4.1.1 Modo de operação descontínuo, ωs<ωo/2
4.1.2 Modos de operação contínuo para ωo/2<ωs<ωo
4.1.3 Modo de operação contínuo para ωs>ωo
4.2 Conversor ressonante com carga em paralelo (PLR)
4.2.1 Modo de operação descontínuo, ωs<ωo/2
4.2.2 Modo de operação contínuo para ωo/2<ωs<ωo
4.2.3 Modos de operação contínuo para ωs>ωo
4.3 Conversor ressonante com carga em paralelo, com saída capacitiva
4.4 Alterações nas topologias dos conversores ressonantes
4.4.1 Limitação da sobre-tensão
4.4.2 Controle por MLP
4.5 Fonte Ressonante de Tensão em Regime Pulsado
4.5.1 Topologia
4.5.2 Análise do circuito ressonante
4.5.2.1 Análise do circuito alimentando o retificador
4.5.3 Comutação suave do inversor
4.5.4 Resultados Experimentais
4.6 Referências Bibliográficas
5. CONVERSORES QUASE-RESSONANTES
5.1 Conversores operando com ZCS
5.1.1 Conversor de meia-onda
5.1.2 Conversor de onda completa
5.2 Conversor operando com ZVS
5.2.1 Conversor ZVS com limitação da sobre-tensão
5.3 Comparação entre ZCS e ZVS
5.4 Introdução de controle por MLP
5.4.1 Conversor ZCS-MLP
5.4.2 Conversor ZVS-MLP
5.5 Referências Bibliográficas
Um diodo semicondutor é uma estrutura P-N que, dentro de seus limites de tensão e de
corrente, permite a passagem de corrente em um único sentido. Detalhes de funcionamento, em
geral desprezados para diodos de sinal, podem ser significativos para componentes de maior
potência, caracterizados por uma maior área (para permitir maiores correntes) e maior
comprimento (a fim de suportar tensões mais elevadas). A figura 1.1 mostra, simplificadamente,
a estrutura interna de um diodo.
Junção metalúrgica
P+ + + + + + + _ _ + + _ _ _ _ _ N
_ _
++++++++ _ _ + + _ _ _ _ _ _ _
++++++++ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Anodo Catodo
+ +
++++++++ _ _ + + _ _ _ _ _ _ _
++++++++ _ _ + + _ _ _ _ _ _ _
+ Difusão
_
0 Potencial
1u
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trr
t3
t1 dir/dt
dif/dt
Qrr
i=Vr/R
iD
Anodo
Vfp Von t4 t5
P+ 10e19 cm-3 10 u
vD
Vrp
_
-Vr t2
N 10e14 cm-3 Depende
da tensão
+Vr
vi
vD -Vr
250 u
N+ 10e19cm-3
substrato
iD
vi R
Catodo
Figura 1.2. Estrutura típica de diodo de potência e formas de onda típicas de comutação de diodo
de potência.
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Durante t1, remove-se a carga acumulada na região de transição. Como ainda não houve
significativa injeção de portadores, a resistência da região N- é elevada, produzindo um pico de
tensão. Indutâncias parasitas do componente e das conexões também colaboram com a sobre-
tensão. Durante t2 tem-se a chegada dos portadores e a redução da tensão para cerca de 1V. Estes
tempos são, tipicamente, da ordem de centenas de ns.
No desligamento, a carga espacial presente na região N- deve ser removida antes que se
possa reiniciar a formação da barreira de potencial na junção. Enquanto houver portadores
transitando, o diodo se mantém em condução. A redução em Von se deve à diminuição da queda
ôhmica. Quando a corrente atinge seu pico negativo é que foi retirado o excesso de portadores,
iniciando-se, então, o bloqueio do diodo. A taxa de variação da corrente, associada às indutâncias
do circuito, provoca uma sobre-tensão negativa.
Diodos rápidos possuem trr da ordem de, no máximo, poucos micro-segundos, enquanto
nos diodos normais é de dezenas ou centenas de micro-segundos.
O retorno da corrente a zero, após o bloqueio, devido à sua elevada derivada e ao fato de,
neste momento, o diodo já estar desligado, é uma fonte importante de sobre-tensões produzidas
por indutâncias parasitas associadas aos componentes por onde circula tal corrente. A fim de
minimizar este fenômeno foram desenvolvidos os diodos “soft-recovery”, nos quais esta variação
de corrente é suavizada, reduzindo os picos de tensão gerados.
A figura 1.2.1 mostra resultados experimentais de um diodo de potência “lento”
(retificador) em um circuito como o da figura 1.2, no qual a indutância é desprezível, como se
nota na figura (a), pela inversão quase imediata da polaridade da corrente. A corrente reversa é
limitada pela resistência presente no circuito. Já na entrada em condução, a tensão aplicada ao
circuito aparece instantaneamente sobre o próprio diodo, o que contribui para limitar o
crescimento da corrente. Quando esta tensão cai, a corrente vai assumindo seu valor de regime.
(a) (b)
c)
Figura 1.2.1 - Resultados experimentais das comutações de diodos: (a) desligamento de diodo
lento; (b) entrada em condução de diodo lento; (c) desligamento de diodo rápido.
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contato contato
Al Al
retificador ôhmico
SiO2
N+
Tipo N
Substrato tipo P
Figura 1.3 Diodo Schottky construído através de técnica de CIs e formas de onda típicas no
desligamento.
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Rc Vcc
J2 J1
N+ N- P N+
C
- - E
-
-
Vb
B
Rb
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B E
N+ 10e19 cm-3 10 u
P
10e16 cm-3 5 a 20 u
C
N+ 10e19 cm-3
250 u (substrato)
C
Figura 1.5. Estrutura interna de TPB e seu símbolo.
Ic Ic Vcbo
Ib>0 Ib=0 Ic
Ic segunda ruptura
primeira ruptura
Ib4
Ib3
Ib2 Ib<0
Ib1
Ib=0 Vce
Vces Vceo Vcbo
Ib4>Ib3>Ib2>Ib1>0
Figura 1.7 Característica estática de transistor bipolar.
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log Ic
Ic max 1 us
10 us
100 us
A
Ic DC B
C
D
log Vce
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caracteriza a chamada quase-saturação. Quando esta distribuição de carga espacial ocupa toda a
região N- chega-se, efetivamente, à saturação.
saturação quase-saturação
Ic
R
Vcc/R
Ib
região ativa Vcc
Vce
corte
Vcc Vce
É claro que no desligamento toda esta carga terá que ser removida antes do efetivo
bloqueio do TBP, o que sinaliza a importância do ótimo circuito de acionamento de base para que
o TBP possa operar numa situação que minimize a tempo de desligamento e a dissipação de
potência (associada ao valor de Vce).
quase-
e-
saturação
região ativa
saturação
base virtual
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ganho de corrente
Vce = 2V (125 C)
Vce = 400 V (25 C)
Vce = 2 V (25 C)
log Ic
Figura 1.11 Comportamento típico do ganho de corrente em função da tensão Vce, da temperatura
e da corrente de coletor.
a) Carga resistiva
A figura 1.12 mostra formas de onda típicas para este tipo de carga. O índice “r” se refere
a tempos de subida (de 10% a 90% dos valores máximos), enquanto “f” relaciona-se aos tempos
de descida. O índice “s” refere-se ao tempo de armazenamento e “d” ao tempo de atraso.
Para obter um desligamento rápido deve-se evitar operar com o componente além da
quase-saturação, de modo a tornar breve o tempo de armazenamento.
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100%
90%
Sinal de base
10%
ton=ton(i)
toff=toffi
td=tdi ts=tsi tfi
tri
90%
Corrente de coletor
10%
ton(v) toff(v)
tdv tsv
tfv trv
+Vcc
90%
Tensão Vce
Vce(sat) 10%
CARGA RESISTIVA
Figura 1.12 Característica típica de chaveamento de carga resistiva
b) Carga indutiva
Seja Io>0 e constante durante a comutação. A figura 1.13 mostra formas de onda típicas
com este tipo de carga.
b.2) Bloqueio
Com a inversão da tensão Vbe (e de Ib), inicia-se o processo de desligamento do TBP.
Após tsv começa a crescer Vce. Para que o diodo conduza é preciso que Vce>Vcc. Enquanto isto
não ocorre, Ic=Io. Com a entrada em condução do diodo, Ic diminui, à medida que Id cresce (tfi).
Além destes tempos definem-se outros para carga indutiva:
tti: (tail time): Queda de Ic de 10% a 2%
tc ou txo: intervalo entre 10% de Vce e 10% de Ic
Vb
Io
Lcarg Df
td
Ic
Io
R
carg
Vcc tti
Vce tsv
Ic Vcc
Vce
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Io
log Ic
Lcarga Df
sem amaciador
Io
Cs
R
carga
Vcc
Ic
Cs Vcs Vcc log Vce
Vce
Ds Rs
Ic Vcc Ic Vcc
Io
Vce Vce
Io.Vcc
P P
trv
Figura 1.15. Formas de onda no desligamento sem e com o circuito amaciador.
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Fontes Chaveadas – Cap. 1 COMPONENTES SEMICONDUTORES RÁPIDOS DE POTÊNCIA J. A. Pomilio
O valor de Rs deve ser tal que permita toda a descarga de Cs durante o mínimo tempo
ligado do TBP e, por outro lado, limite o pico de corrente em um valor inferior à máxima corrente
de pico repetitiva do componente. Deve-se usar o maior Rs possível.
Vcc
carga Df
Ds
Ls
Rs
T1
T2
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T1 T2
capacitâncias parasitas
A
i i carga
T3
T4
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Ib1
dib/dt Ib2
dib/dt
Ibr
Figura 1.20 Forma de onda de corrente de base recomendada para acionamento de TBP.
As transições devem ser rápidas, para reduzir os tempo de atraso. Um valor elevado Ib1
permite uma redução de tri. Quando em condução, Ib2 deve ter tal valor que faça o TBP operar
na região de quase-saturação. No desligamento, deve-se prover uma corrente negativa, acelerando
assim a retirada dos portadores armazenados.
Para o acionamento de um transistor único, pode-se utilizar um arranjo de diodos para
evitar a saturação, como mostrado na figura 1.21.
Neste arranjo, a tensão mínima na junção B-C é zero. Excesso na corrente Ib é desviado
por D1. D3 permite a circulação de corrente negativa na base.
D1
D2
D3
1.4 MOSFET
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Vdd
Vgs
G
S +++++++++++++++
- - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - -
- - - - - - - - - - - - - - -- - - - - -
N+ ----------------
- - - - - - - -- - - --
-Id -Id D
N-
G
N+
S
Símbolo
D
SiO2
metal
Figura 1.22. Estrutura básica de transistor MOSFET.
Id
região
resistiva Vgs3
região ativa
Vgs2
Vgs1
Vdso
Vds
vgs3>Vgs2>Vgs1
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log Id
Id pico
Id cont
A
B
C
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V gg
V+
Io
V gs V+ Df
V th
C gd
Id Id=I V dd
V ds C ds
Rg
V ds
V ds V gs
V gg
C gs Id
td
CARGA
Figura 1.25 Formas de onda na entrada em condução de MOSFET com carga indutiva.
b) Desligamento
O processo de desligamento é semelhante ao apresentado, mas na ordem inversa. O uso de
uma tensão Vgg negativa apressa o desligamento, pois acelera a descarga da capacitância de
entrada.
Como os MOSFETs não apresentam cargas estocadas, não existe o tempo de
armazenamento, por isso são muito mais rápidos que os TBP.
C C
4 Ciss 4 Cgs
3 3
Cos Cds
2 2
1 1
Crss Cgd
0 0
0 10 20 30 40 Vds 0 10 20 30 40 Vds
Figura 1.26. Capacitâncias de transistor MOSFET
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Fontes Chaveadas – Cap. 1 COMPONENTES SEMICONDUTORES RÁPIDOS DE POTÊNCIA J. A. Pomilio
G a te
E m is s o
N+ J3 N+
C
P B
J2
N-
E
N+
J1
P+
C o le to
S iO 2
m e ta l
Figura 1.27. Estrutura básica de IGBT.
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Fontes Cahveadas - Cap. 2 TÉCNICAS DE MODULAÇÃO EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Via de regra, as fontes chaveadas operam a partir de uma fonte de tensão CC de valor
fixo, enquanto na saída tem-se também uma tensão CC, mas de valor distinto (fixo ou não).
As chaves semicondutoras estão ou no estado bloqueado ou em plena condução. A tensão
média de saída depende da relação entre o intervalo em que a chave permanece fechada e o
período de chaveamento. Define-se ciclo de trabalho (largura de pulso ou razão cíclica) como a
relação entre o intervalo de condução da chave e o período de chaveamento. Tomemos como
exemplo a figura 2.1 na qual se mostra uma estrutura chamada abaixadora de tensão (ou “buck”).
T L
E D vo C R Vo
vo
Vo
τ t
t
T
Figura 2.1 Conversor abaixador de tensão e forma de onda da tensão aplicada ao filtro de saída.
vc vp
-
vo
vo
vc
+
Vo
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0V
10V
0V
0s 0.2ms 0.4ms 0.6ms 0.8ms 1.0ms
6.0V
4.0V
2.0V
0V
0Hz 50KHz 100KHz 150KHz 200KHz
Neste caso opera-se a partir de um pulso de largura fixa, cuja taxa de repetição é variável.
A relação entre o sinal de controle e a tensão de saída é, em geral, não-linear. Este tipo de
modulação é utilizado, principalmente em conversores ressonantes. A figura 2.5 mostra um pulso
de largura fixa modulado em freqüência.
Um pulso modulado em freqüência pode ser obtido, por exemplo, pelo uso de um
monoestável acionado por meio de um VCO, cuja freqüência seja determinada pelo sinal de
controle.
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Fontes Cahveadas - Cap. 2 TÉCNICAS DE MODULAÇÃO EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
σ
vo
E
Vo
0
t1 t2 t3
6.0V
4.0V
2.0V
0V
0Hz 50KHz 100KHz 150KHz 200KHz
Neste caso, são estabelecidos os limites máximo e/ou mínimo da corrente, fazendo-se o
chaveamento em função de serem atingidos tais valores extremos. O valor instantâneo da
corrente, em regime, é mantido sempre dentro dos limites estabelecidos e o conversor comporta-
se como uma fonte de corrente.
Tanto a freqüência como o ciclo de trabalho são variáveis, dependendo dos parâmetros do
circuito e dos limites impostos. A figura 2.7 mostra as formas de onda para este tipo de
controlador.
MLC só é possível em malha fechada, pois é necessário medir instantaneamente a variável
de saída. Por esta razão, a relação entre o sinal de controle e a tensão média de saída é direta. Este
tipo de modulação é usado, principalmente, em fontes com controle de corrente e que tenha um
elemento de filtro indutivo na saída.
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Fontes Cahveadas - Cap. 2 TÉCNICAS DE MODULAÇÃO EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
mudança na carga
io Imax
Io
Imin
t
vo
E
0
t
Figura 2.7. Formas de onda de corrente e da tensão instantânea de saída com controlador MLC.
A obtenção de um sinal MLC pode ser conseguida com o uso de um comparador com
histerese, atuando a partir da realimentação do valor instantâneo da corrente. A referência de
corrente é dada pelo erro da tensão de saída (através de um controlador integral). A figura 2.8
ilustra este sistema de controle.
É possível ainda obter um sinal MLC com freqüência fixa caso se adicione ao sinal de
entrada do comparador uma onda triangular cujas derivadas sejam maiores do que as do sinal de
corrente. Assim os limites reais da variação da corrente serão inferiores ao estabelecido pelo
comparador.
Em princípio o controle por histerese poderia ser aplicado diretamente à tensão de saída.
No entanto isto poderia causar sobre-correntes excessivas em situações transitórias.
Vo
sensor de
io
corrente
sinal sincronizador
vo
i*
I v* referência de tensão
comparador
com histerese integrador
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Fontes Cahveadas - Cap. 2 TÉCNICAS DE MODULAÇÃO EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Outras formas de controle têm sido pesquisadas com o intuito de melhorar a resposta
dinâmica do sistema, aumentar a margem de estabilidade, rejeitar mais eficientemente
perturbações, etc. Estas novas técnicas utilizam, via de regra, métodos não-lineares e procuram
aproveitar ao máximo as características também não-lineares dos conversores.
clock
+
vo
E
Vo
vo
E
integrador
vi v*
Q Q
comparador Ci
S R vi Rf
+
fc +
v*
clock referência
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Fontes Cahveadas - Cap. 2 TÉCNICAS DE MODULAÇÃO EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
clock
+
vo
E
Vo
vo
E
v*
clock
integrador
fc comparador vo
+ I v*
+
S&H referência
2.6 Referências
[2.1] K. M. Smedley and S. Cuk: “One-Cycle Control of Switching Converters”. Proc. of PESC
‘91, pp. 888-896.
[2.2] E. Santi and S. Cuk: “Modeling of One-Cycle Controlled Switching Converters”. Proc. of
INTELEC ‘92, Washington, D.C., USA, Oct. 1992.
[2.3] W. Tang and F. C. Lee: “Charge Control: Modeling, Analysis and Design”. Proc. of VPEC
Seminar, 1992, Blacksbourg, USA.
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Fontes Chaveadas – Cap. 3 TOPOLOGIAS BÁSICAS DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Apresentam-se a seguir as estruturas circuitais básicas que realizam a função de, a partir
de uma fonte de tensão fixa na entrada, fornecer uma tensão de valor variável na saída. Neste
caso, diferentemente do que se viu para os conversores para acionamento de máquinas de
corrente contínua, existe um filtro capacitivo na saída, de modo a manter, sobre ele, a tensão
estabilizada.
iT io
L +
iD Ro
T
E D Vo
Io
Se a corrente pelo indutor não vai a zero durante a condução do diodo, diz-se que o
circuito opera no modo contínuo. Caso contrário tem-se o modo descontínuo. Via de regra
prefere-se operar no modo contínuo devido a haver, neste caso, uma relação bem determinada
entre a largura de pulso e a tensão média de saída. A figura 3.2 mostra as formas de onda típicas
de ambos os modos de operação.
3.1.1 Modo contínuo
A obtenção da relação entrada/saída pode ser feita a partir do comportamento do elemento
que transfere energia da entrada para a saída. Sabe-se que a tensão média sobre uma indutância
ideal, em regime, é nula,como mostrado na figura 3.3.
A1 = A 2
(3.1)
V1 ⋅ t 1 = V2 ⋅(τ − t 1)
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Fontes Chaveadas – Cap. 3 TOPOLOGIAS BÁSICAS DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
tT t t2 tx
T
∆ I Io
i
o Io
i
D
iT
E E
Vo v
D Vo
0 τ
0 τ
Figura 3.2 Formas de onda típicas nos modos de condução contínua e descontínua
vL
V1
A1
t1 τ
A2
V2
(E − Vo)⋅ t T = Vo ⋅(τ − t T )
Vo t T (3.2)
= ≡δ
E τ
∆i o (E − Vo)⋅ t T (E − Vo)⋅δ ⋅ τ
Io = = = (3.3)
2 2⋅L 2⋅L
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Fontes Chaveadas – Cap. 3 TOPOLOGIAS BÁSICAS DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Vo δ
= (3.5)
E t
1− x τ
i o max ⋅ δ
Ii = (corrente média de entrada) (3.6)
2
(E − Vo)⋅ t T
i o max = (3.7)
L
Vo Ii i o max ⋅ δ ( E − Vo) ⋅ δ 2 ⋅ τ
= = =
E Io 2 ⋅ Io 2 ⋅ Io ⋅ L
Vo 2 ⋅ L ⋅ Ii
= 1− (3.8)
E E ⋅ τ ⋅ δ2
E Vo E ⋅ τ ⋅ δ2
Vo = ==> = (3.9)
2 ⋅ L ⋅ Io E 2 ⋅ L ⋅ Io + E ⋅ τ ⋅ δ 2
1+
E ⋅ τ ⋅ δ2
L ⋅ Io
K= (3.10)
E⋅τ
Vo δ2
= 2 (3.11)
E δ +2⋅K
1± 1− 8⋅ K
δ crit = (3.12)
2
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Fontes Chaveadas – Cap. 3 TOPOLOGIAS BÁSICAS DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
0.75
K=.1
Vo/E K=.01 K=.05
0.5
0.25
Cond. contínua
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
δ
Figura 3.4 Característica de controle do conversor abaixador de tensão nos modos contínuo e
descontínuo.
1
Cond. contínua
δ=0,8
0.8
δ=0,6
0.6
Vo/E δ=0,4
Cond. descontínua
0.4
δ=0,2
0.2
0
0
E.τ
Io 8L
Figura 3.5 Característica de saída do conversor abaixador de tensão nos modos contínuo e
descontínuo.
3.1.3 Dimensionamento de L e de C
Da condição limite entre o modo contínuo e o descontínuo (∆I=2.Iomin) , tem-se:
( E − Vo) ⋅ τ ⋅ δ
I o min = (3.14)
2⋅L
E ⋅ (1 − δ ) ⋅ δ ⋅ τ
L min = (3.15)
2 ⋅ Io min
Quanto ao capacitor de saída, ele pode ser definido a partir da variação da tensão
admitida, lembrando-se que enquanto a corrente pelo indutor for maior que Io (corrente na carga,
suposta constante) o capacitor se carrega e, quando for menor, o capacitor se descarrega, levando
a uma variação de tensão ∆Vo.
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Fontes Chaveadas – Cap. 3 TOPOLOGIAS BÁSICAS DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
1 t T τ − t T ∆I τ ⋅ ∆I
∆Q = ⋅ + ⋅ = (3.16)
2 2 2 2 8
A variação da corrente é:
(E − Vo)⋅ t T E ⋅ δ ⋅ τ ⋅(1 − δ)
∆Io = = (3.17)
L L
Observe que ∆Vo não depende da corrente. Substituindo (3.13) em (3.12) tem-se:
∆Q τ 2 ⋅ E ⋅ δ ⋅(1 − δ)
∆Vo = = (3.18)
Co 8 ⋅ L ⋅ Co
Logo,
Vo ⋅(1 − δ)⋅ τ 2
Co = (3.19)
8 ⋅ L ⋅ ∆Vo
L io D
ii iT +
Ro
E
T vT Co Vo
E ⋅ t T (Vo − E)⋅(τ − t T )
∆Ii = = (3.20)
L L
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Fontes Chaveadas – Cap. 3 TOPOLOGIAS BÁSICAS DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
E
Vo = (3.21)
1− δ
Embora, teoricamente, quando o ciclo de trabalho tende à unidade a tensão de saída tenda
para infinito, na prática, os elementos parasitas e não ideais do circuito (como as resistências do
indutor e da fonte) impedem o crescimento da tensão acima de um certo limite, no qual as perdas
nestes elementos resistivos se tornam maiores do que a energia transferida pelo indutor para a
saída.
Io i D Io
iT
Vo Vo
vT E
E
0 τ
0 τ
Figura 3.7 Formas de onda típicas de conversor boost com entrada CC
1 − tx τ
Vo = E ⋅ (3.22)
1 − δ − tx τ
E2 ⋅ τ ⋅ δ2
Vo = E + (3.23)
2 ⋅ L ⋅ Io
Vo δ2
= 1+ (3.24)
E 2⋅K
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1± 1− 8⋅ K
δ crit = (3.25)
2
K=.01
40
30
Vo/E
cond. descontínua K=.02
20
10 K=.05
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
δ
Figura 3.8 Característica estática do conversor elevador de tensão nos modos de condução
contínua e descontínua, para diferentes valores de K.
10
cond. contínua
6
δ=.8
Vo/E cond.
4 descontínua
δ=.6
2 δ=.4
δ=.2
0
0 0.04 0.08 0.12 0.16 0.2
Io E.τ
8.L
Figura 3.9 Característica de saída do conversor elevador de tensão,
normalizada em relação a (Eτ/L)
3.2.3 Dimensionamento de L e de C
O limiar para a condução descontínua é dado por:
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E ⋅ δ ⋅(1 − δ)⋅ τ
L min = (3.28)
2 ⋅ Io(min)
Io(max)⋅δ ⋅ τ
Co = (3.29)
∆Vo
3.3 Conversor abaixador-elevador (buck-boost)
Neste conversor, a tensão de saída tem polaridade oposta à da tensão de entrada. A figura
3.10 mostra o circuito.
Quando T é ligado, transfere-se energia da fonte para o indutor. O diodo não conduz e o
capacitor alimenta a carga.
Quando T desliga, a continuidade da corrente do indutor se faz pela condução do diodo. A
energia armazenada em L é entregue ao capacitor e à carga.
Tanto a corrente de entrada quanto a de saída são descontínuas. A tensão a ser suportada
pelo diodo e pelo transistor é a soma das tensões de entrada e de saída, Vo+E.
A figura 3.11. mostra as formas de onda nos modos de condução contínua e descontínua
(no indutor).
vT
D
iT iD
T
E L Co Ro Vo
iL +
E ⋅ t T Vo ⋅ (τ − t T )
= (3.30)
L L
E ⋅δ
Vo = (3.31)
1− δ
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tT tT t2 tx
∆I
i
L
Io i D Io
iT
E+Vo E+Vo
vT
E
E
0 τ
0 τ
(a) (b)
Figura 3.11 Formas de onda do conversor abaixador-elevador de tensão operando em condução
contínua (a) e descontínua (b).
3.3.2 Modo descontínuo
Quando T conduz: vL = E, (durante tT)
Quando D conduz: vL = -Vo, durante (τ-tT-tx)
E ⋅δ
Vo = (3.32)
1 − δ − tx τ
E ⋅ tT
Ii max = (3.33)
L
Ii max ⋅ t T
Ii = (3.34)
2⋅τ
Io ⋅ Vo
Ii = (3.35)
E
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E2 ⋅ τ ⋅ δ2
Vo = (3.36)
2 ⋅ L ⋅ Io
E2 ⋅ τ ⋅ δ2
Po = (3.37)
2⋅L
Vo δ2
= (3.38)
E 2⋅K
1± 1− 8⋅ K
δ crit = (3.39)
2
50
40 K=.01
cond. descontínua
30
Vo/E
20 K=.02
10 K=.05
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8
δ
Figura 3.12 Característica estática do conversor abaixador-elevador de tensão nos modos de
condução contínua e descontínua, para diferentes valores de K.
Na figura 3.13 tem-se a variação da tensão de saída com a corrente de carga. Note-se que
a condução descontínua tende a ocorrer para pequenos valores de Io, levando à exigência da
garantia de um consumo mínimo. Existe um limite para Io acima do qual a condução é sempre
contínua e a tensão de saída não é alterada pela corrente. Este equacionamento e as respectivas
curvas consideram que a carga tem um funcionamento de consumo de corrente constante. Caso a
carga tenha um comportamento diverso (impedância constante ou potência constante), deve-se
refazer este equacionamento.
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10
cond.
2
descontínua δ=.6
δ=.4
0 δ=.2
0 0.04 0.08 0.12 0.16 0.2
Io E. τ
8.L
Figura 3.13 Característica de saída do conversor abaixador-elevador de tensão, normalizada em
relação a (E.τ/L).
3.3.3 Cálculo de L e de C
O limiar entre as situações de condução contínua e descontínua é dado por:
∆I L ⋅ (τ − t T ) Vo ⋅ (τ − t T ) ⋅ (1 − δ) Vo ⋅ τ ⋅ (1 − δ) 2
Io = = = (3.40)
2⋅τ 2⋅L 2⋅L
E ⋅ τ ⋅ δ ⋅(1 − δ)
L min = (3.41)
2 ⋅ Io(min)
Io(max)⋅ τ ⋅ δ
Co = (3.42)
∆Vo
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I L1 V I L2
+ C1 -
L1 C1 L2 Ro
E Co
S D Vo
Em regime, como as tensões médias sobre os indutores são nulas, tem-se: VC1=E+Vo.
Esta é a tensão a ser suportada pelo diodo e pelo transistor.
Com o transistor desligado, iL1 e iL2 fluem pelo diodo. C1 se carrega, recebendo energia de
L1. A energia armazenada em L2 alimenta a carga.
Quando o transistor é ligado, D desliga e iL1 e iL2 fluem por T. Como VC1>Vo, C1 se
descarrega, transferindo energia para L2 e para a saída. L1 acumula energia retirada da fonte.
A figura 3.15 mostra as formas de onda de corrente nos modos de condução contínua e
descontínua. Note-se que no modo descontínuo a corrente pelos indutores não se anula, mas sim
ocorre uma inversão em uma das correntes, que irá se igualar à outra. Na verdade, a
descontinuidade é caracterizada pelo anulamento da corrente pelo diodo, fato que ocorre também
nas outras topologias já estudadas.
I1
Ix
i
L2 i L2
I2
v -Ix
C1
V1 tT t2 tx
t
T
τ
Assumindo que iL1 e iL2 são constantes, e como a corrente média por um capacitor é nula
(em regime), tem-se:
I L2 ⋅ t T = I L1 ⋅(τ − t T ) (3.43)
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I L1 ⋅ E = I L2 ⋅ Vo (3.44)
E⋅δ
Vo = (3.45)
1− δ
3.4.1 Dimensionamento de C1
C1 deve ser tal que não se descarregue totalmente durante a condução de T. Considerando
iL1 e iL2 constantes, a variação da tensão é linear. A figura 3.16 mostra a tensão no capacitor numa
situação crítica.
vC1
2VC1
V
C1
tT τ t
Figura 3.16. Tensão no capacitor intermediário numa situação crítica.
VC1 = E + Vo (3.46)
Na condição limite:
2 ⋅(E + Vo)
Io = I L2 = C1 ⋅ (3.47)
tT
L1 ⋅ I L1max
E= (3.49)
tT
I L1 max
Ii = I L1 = (3.50)
2
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E+Vo
+ i
L1
L1
I
E L1max
t τ
T
Figura 3.17 Corrente por L1 em situação crítica.
Quando T conduz:
E ⋅ tT
L1 = (3.51)
2 ⋅ Ii
E ⋅ τ ⋅ (1 − δ)
L1min = (3.52)
2 ⋅ Io(min)
3.4.3 Cálculo de L2
Analogamente à análise anterior, obtém-se para L2:
E⋅δ ⋅τ
L 2 min = (3.53)
2 ⋅ Io(min)
E ⋅ δ ⋅ τ2
Co = (3.54)
8 ⋅ L 2 ⋅ ∆Vo
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+ E - + E -
+ +
L1 C1 D L1 D
i L1 i L2 C1
Vo Vo
E L2 Co L2 Co
T E T
Ro Ro
(a) (b)
O conversor Zeta, cuja topologia está mostrada na figura 3.19, também possui uma
característica abaixadora-elevadora de tensão. Na verdade, a diferença entre este conversor, o
Cuk e o SEPIC é apenas a posição relativa dos componentes.
Aqui a corrente de entrada é descontínua e a de saída é continua. A transferência de
energia se faz via capacitor. A indutância L1 pode ser a própria indutância de magnetização do
transformador, na versão isolada. A operação no modo descontínuo também se caracteriza pela
inversão do sentido da corrente por uma das indutâncias. A posição do interruptor permite uma
natural proteção contra sobre-correntes. A tensão a ser suportada pelo transistor e pelo diodo é
igual a Vo+E.
- Vo + i L2 - Vo +
T C1 L2 T C1 L2
+
L1 D Co Vo L1 D Co
E E Vo
i L1 Ro Ro
(a) (b)
Figura 3.19 Topologia do conversor Zeta não-isolado (a) e isolado (b).
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N1 N2
L1 L2
C1 C2
E T Co
V1 V2 D Vo
N2 E ⋅ δ
Vo = ⋅ (3.55)
N1 (1 − δ)
O balanço de carga deve se verificar para C1 e C2. Com N1=N2, C1=C2, tendo o dobro
do valor obtido pelo método de cálculo indicado anteriormente no circuito sem isolação. Para
outras relações de transformação deve-se obedecer a N1.C1=N2.C2, ou V1.C1=V2.C2.
Note que quando T conduz a tensão em N1 é VC1=E (em N2 tem-se VC1.N2/N1). Quando
D conduz, a tensão em N2 é VC2=Vo (em N1 tem-se VC2.N1/N2). A corrente pelos enrolamentos
não possui nível contínuo e o dispositivo comporta-se, efetivamente, como um transformador.
E Co Vo
L1
N1 N2
Figura 3.21 Conversor fly-back
N2 E ⋅ δ
Vo = ⋅ (3.56)
N1 (1 − δ)
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indutância de magnetização. Isto se dá pela condução de D2. Durante este intervalo (condução de
D2) aplica-se uma tensão negativa em N2 e ocorre um retorno de energia para a fonte. A figura
3.22 mostra o circuito.
D1 L
D2
T
. . +
E D3 Co
Vo
.
N1 N2 N3
Figura 3.22 Conversor forward
E ⋅ N2
VN1 = E 0 ≤ t ≤ tT e VN1 = t T ≤ t ≤ t2 (3.57)
N1
E
T . VN1
N1 E
A1
. tT
t2
τ t
N2 A2
D2
E.N2/N1 A1=A2
..
E
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T1
I c1 I D1 D1
.. . L
. +
Co Ro
V1=E E/n
. .. .. .
E E/n
T2
I c2 I D2 D2
Figura 3.25. Conversor push-pull.
O ciclo de trabalho deve ser menor que 0,5 de modo a evitar a condução simultânea dos
transistores. n é a relação de espiras do transformador.
Os transistores devem suportar uma tensão com o dobro do valor da tensão de entrada.
Outro problema deste circuito refere-se à possibilidade de saturação do transformador caso a
condução dos transistores não seja idêntica (o que garante uma tensão média nula aplicada ao
primário). A figura 3.26 mostra algumas formas de onda do conversor.
V1
+E
δ1
δ2
Ic1 -E
Vce1 2E
E
io
Io
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.
. . L
.
..
E/2 +
T1
. . Co
Vo
E/2
. .. .
T2 .
Figura 3.27 Conversor em meia-ponte
.
. .
. . L
.
T1 . T2 .. +
. Co
Vo
E .. .
.
. .
T3 . T4 .
.
Figura 3.28 Conversor em ponte completa.
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Pelas funções indicadas anteriormente, tanto para o conversor elevador de tensão quanto
para o abaixador-elevador (e para o Cuk, SEPIC e Zeta), quando o ciclo de trabalho tende à
unidade, a tensão de saída tende a infinito. Nos circuitos reais, no entanto, isto não ocorre, uma
vez que as componentes resistivas presentes nos componentes, especialmente nas chaves, na
fonte de entrada e nos indutores, produzem perdas. Tais perdas, à medida que aumenta a tensão
de saída e, conseqüentemente, a corrente, tornam-se mais elevadas, reduzindo a eficiência do
conversor. As curvas de Vo x δ se alteram e passam a apresentar um ponto de máximo, o qual
depende das perdas do circuito.
A figura 3.29 mostra a curva da tensão de saída normalizada em função da largura do
pulso para o conversor elevador de tensão.
Se considerarmos as perdas relativas ao indutor e à fonte de entrada, podemos redesenhar
o circuito como mostrado na figura 3.30.
Para tal circuito, a tensão disponível para alimentação do conversor se torna (E-Vr),
podendo-se prosseguir a análise a partir desta nova tensão de entrada. A hipótese é que a
ondulação da corrente pelo indutor é desprezível, de modo a se poder supor Vr constante.
O objetivo é obter uma nova expressão para Vo, em função apenas do ciclo de trabalho e
das resistências de carga e de entrada. O resultado está mostrado na figura 3.31.
E − Vr
Vo = (3.59)
1− δ
Vr = R L ⋅ Ii
(3.60)
Vo = Ro ⋅ Io
Io = Ii ⋅(1 − δ) (3.61)
R L ⋅ Io R L ⋅ Vo
Vr = = (3.62)
1− δ (1 − δ)⋅ Ro
R L ⋅ Vo
E−
(1 − δ)⋅ Ro E R L ⋅ Vo
Vo = = − (3.63)
1− δ 1 − δ Ro ⋅(1 − δ) 2
Vo 1− δ
= (3.64)
E R
(1 − δ) + L
2
Ro
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40
Vo( d )
20
Vr
Ii
RL L Io
E E-Vr Co +
Ro Vo
Vo( d )
2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
d
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4. CONVERSORES RESSONANTES
vB’B = Vo se iL>0
vB’B = -Vo se iL<0 (4.1)
vAB = E/2
vAB' = (E/2-Vo) (4.2)
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Fontes Chaveadas - Cap. 4 CONVERSORES RESSONANTES J. A. Pomilio
Se D2 conduzir:
vAB = -E/2
vAB' = -(E/2+Vo) (4.3)
vAB = -E/2
vAB' = -(E/2-Vo) (4.4)
Se D1 conduz:
vAB = E/2
vAB' = E/2+Vo (4.5)
1
ωo = (4.6)
Lr ⋅ Cr
V − VCo
i L ( t ) = I Lo ⋅ cos[ωo ⋅ ( t − to)] + ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − to)] (4.7)
Zo
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Lr
Zo = (4.9)
Cr
E
v
C
2Vo
S2 i
L
D2 t5 T
-2Vo S1 D1
t4
to t1 t2 t3
1/ωο
1/ωs
iL Vo iL Vo iL Vo iL Vo
E/2 E/2 E/2 E/2
B B B B
to a t1 t1 a t2 t3 a t4 t4 a t5
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Note que a entrada e a saída de condução dos transistores e diodos ocorre quando
a corrente é nula. Assim, não existe perda de chaveamento nos semicondutores. Por outro
lado, o pico de corrente pelos dispositivos implica num aumento das perdas de condução.
vC
iL
S1 D1 S2 D2
to t1 t2 t3 t4
iL Vo iL Vo iL Vo iL Vo
E/2 E/2 E/2 E/2
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
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iL
vC
D1 S1 D2 S2 D1
to t1 t2 t3 t4
iL Vo iL Vo iL Vo iL Vo
E/2 E/2 E/2 E/2
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
Figura 4.7. Formas de onda para ωs>ωo e circuitos equivalentes em cada intervalo do
modo de operação.
E
Vbase =
2
E
I base = (4.10)
2 ⋅ Zo
ω base = ωo
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Io
i
L
S1 D1 C1
E/2 + vc - +
B'
A Vo
B Lr Cr
B Co
S2 D2 C2
E/2 Ro
i S1
i
D2
vS1 E
v
S2
E
Figura 4.8. Inclusão de capacitores para obter comutações sob tensão nula.
Io 10
Vo=0.4 Vo=0.4
Vo=0.9
0 ωs
0 0.5 1 1.5 ωo
São mostradas curvas para 2 valores de tensão de saída. Note-se que no modo
descontínuo (ωs<0,5) o conversor se comporta como uma fonte de corrente, cujo valor é
ajustado pela variação da freqüência. A variação da carga (portanto de Vo) não altera o
valor da corrente. Isto justifica a afirmação anterior quanto à característica do conversor
possuir uma inerente proteção contra sobre-corrente.
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Figura 4.10. Conversor ressonante com carga conectada em paralelo com o capacitor
E
− VCo
2
i L ( t ) = Io + (I Lo − Io) ⋅ cos[ωo ⋅ ( t − t1)] + ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − t1)] (4.11)
Zo
E E
v C (t) = − − VCo ⋅ cos[ωo ⋅ ( t − t1)] + Zo ⋅ (I Lo − Io) ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − t1)] (4.12)
2 2
Onde ILo e VCo são as condições iniciais de corrente no indutor e tensão no capacitor.
iL
A B'
Lr
+
+ + Io
+ E/2 v
C
- Cr
-
B
Figura 4.14. Circuito ressonante equivalente para conversor com carga em paralelo ao
capacitor.
Nos intervalos (to a t1) e (t3 a t4) as formas de onda tem uma evolução linear.
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E
Io < (4.13)
2Zo
E
vC
E/2
iL
Linear
Linear Io
S1 D1
to t1 t2 t3 t4 t5
Figura 4.12. Formas de onda de corrente e tensão nos elementos ressonantes no modo de
operação descontínuo.
iL iL
Io Io Io Io
+ + + +
B B B B
to a t1 t1 a t3 t3 a t4 t4 a t5
Figura 4.13. Circuitos equivalentes a cada intervalo de funcionamento
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vC
iL
D2 S1 D1 S2 D2
to t1 t2 t3 t4 t5
Figura 4.14. Formas de onda de corrente pelo indutor e tensão no capacitor para
ωo/2<ωs<ωo
iL iL iL iL
Io Io Io Io
+ + + +
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
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iL vC
D1 S1 D2 S2
to t1 t2 t3 t4
Figura 4.16. Formas de onda de tensão no capacitor e corrente no indutor para ωs>ωο
iL iL iL iL
Io Io Io Io
+ + + +
B B B B
to a t1 t1 a t2 t2 a t3 t3 a t4
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Vo
Io=0.4
4
Io=0.4
Io=0.8
0 ωs
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 ωo
Figura 4.18. Característica estática do conversor com carga conectada em paralelo com o
capacitor ressonante.
Io
iL
S1 D1
E/2 +
B'
A Vo
B Lr Cr
B Co
S2 D2
E/2 Ro
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ressonante linear
Vo
v iL
C
linear
-Vo
to t1 t2 t3
D1 S1 S1 D2 S2
Figura 4.20. Formas de onda do conversor com carga em paralelo do tipo capacitiva
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Da1
S1 D1
E/2
+
+ vc -
Vo
Lr Co Cr
S2 D2
Ro E/2
Da2
Figura 4.21. Circuito ressonante com carga em série, com limitação de tensão
inclinação depende de Vo
iL
vC
E/2
-E/2
S1 S1 Da1
to t1 t2 t3 t4
Figura 4.22. Formas de onda com limitação da tensão sobre o capacitor ressonante
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Fontes Chaveadas - Cap. 4 CONVERSORES RESSONANTES J. A. Pomilio
Na verdade, o controle não é MLP puro, uma vez que a tensão de saída depende
também da duração do período de ressonância. Fazendo-se com que este período seja
muito menor do que o período no qual se faz o controle MLP, obtém-se uma relação
razoavelmente linear entre o sinal de controle e a tensão de saída. A figura 4.24. mostra
as formas de onda do circuito.
Da1
S aux
S1 D1
+ E/2
Vo
Lr Co Cr
S2 D2
Ro E/2
Da2
S aux
S2
S1
E/2
v i
C L
0
-E/2
t2'
to t1 t2 t3 t4 t5
S1 S1 S1 e Da1
Saux
Figura 4.24. Sinais de comando dos interruptores (traços superiores); corrente no indutor
e tensão no capacitor ressonante.
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Fontes Chaveadas - Cap. 4 CONVERSORES RESSONANTES J. A. Pomilio
4.5.1 Topologia
O estágio inicial é constituído por um inversor fonte de tensão (VSI) alimentando
um circuito ressonante série, com carga em paralelo com o capacitor, como mostrado na
figura 4.25. O comando dos interruptores da ponte inversora é feito de modo a produzir
em sua saída uma onda quadrada na freqüência de ressonância determinada pelo par Lr,
Cr. Esta freqüência é limitada a valores compatíveis com a resposta dos diodos (por
exemplo, diodos de alta tensão são lentos). Na saída do retificador tem-se o capacitor no
qual será acumulada a energia necessária à alimentação da carga. Ao ser atingida a tensão
desejada o inversor deixa de operar, mantendo a tensão de saída fixa até o instante em
que se aciona a chave Ch, descarregando Co sobre a carga.
.. ..
E
.. . .. Lr
. . . . Ch
+
.. .. . ir
Cr vr
. vo Co
.. .. . . .
- Carga
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Para cada estágio, o circuito evolui como um RLC com as condições iniciais
dadas pela tabela 4.I, até o momento em que se estabelece a condição de comutação.
Durante cada estágio, a carga nos capacitores e a corrente pelo indutor são dadas por:
)
[ ]
Q k ( t ) = Q k ⋅ e − α ⋅( t − t k ) ⋅ sin ω ⋅ ( t − t k ) + φ + C on ⋅ Vi
(4.14)
)
[
I k ( t ) = I k ⋅ e − α ⋅ ( t − t k ) ⋅ sin ω ⋅ ( t − t k ) + β ] (4.15)
onde:
ω 2 = ω 2o − α 2
(4.16)
1
ω 2o =
L r ⋅ C on
(4.17)
Rr Lr Rr Lr
E
(a)
Cr
. Co E
(b)
Cr
Rr Lr
. Rr
Lr
E
(c)
Cr
. Co
E
(d)
Cr
Rr
α= (4.18)
2 ⋅ Lr
∆Q k = Q k ( t k ) − C on ⋅ Vi (4.19)
) 2 ∆Q k ⋅ α + I k ( t k ) 2
Qk = + ∆Q 2k (4.20)
ω
2
) 2 ∆Q k ⋅ ω o2 + I k ( t k ) ⋅ α
+ [ I k ( t k )]
2
Ik =
ω (4.21)
)2 )
Ik = ω o ⋅ Q k
2 2
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∆Q k ⋅ ω
tg( φ) = (4.22)
∆Q k ⋅ α + I k ( t k )
−ω ⋅ I k ( t k )
tg(β) = (4.23)
∆Q k ⋅ ω o2 + I k ( t k ) ⋅ α
As curvas mostradas na figura 4.27 foram obtidas por simulação em PSpice e são
coincidentes com aquelas obtidas pela solução numérica do modelo analítico apresentado.
Mostram-se os intervalos de operação, separando-os nas fases não-repetitivas, que
ocorrem no início da operação do circuito e a fase repetitiva, a qual, após os ciclos de
chaveamento iniciais, repete-se ciclicamente.
A tabela 4.I mostra a seqüência de estágios (de 6 a 11) que caracterizam um
regime quase-estacionário. Os dados ali colocados indicam os parâmetros que permitem a
solução numérica das equações que descrevem o circuito.
As situações que levam a alterações topológicas são 3:
• inversão na tensão de entrada (Vi);
• igualdade entre as tensões dos capacitores Cr (oscilatória) e Co (contínua), o que leva a
ponte retificadora a começar a conduzir;
• corrente nula, fazendo com que o retificador deixe de conduzir.
Quando o retificador está em funcionamento, a capacitância equivalente (Con) é a
soma de Cr e Co. Sem o retificador, tem-se apenas Cr.
No caso geral, dependendo dos parâmetros do circuito, podem não existir os
estados não repetitivos que antecedem a fase quase-estacionária.
1 2 345 6 7 8 9 10 11 6 ESTADOS
iCo
vi
0
vr
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Co, de modo que o pico da tensão será menor do que aquele indicado por (17). A
característica linear da envoltória, no entanto, mantém-se válida, como se observa na
figura 4.29.
Consideremos as formas de onda mostradas na figura 4.30. Antes do instante t0 a
carga vista pelo inversor de tensão é formada por Lr e Cr. Em t0, quando as tensões vr e
vo se igualam, o retificador entra em condução conectando Co em paralelo com Cr. Esta
situação se mantém até o instante t1, quando, ao anular-se a corrente, o retificador deixa
de conduzir. O circuito volta a operar na ressonância, invertendo a tensão , até que em t2
atinge-se novamente a igualdade entre as tensões vr e vo, repetindo-se o comportamento
descrito. Observe-se que quando vr é zero a corrente está em seu valor máximo, e vice-
versa.
A inclusão de Co ao circuito produz uma redução no pico da tensão, em relação
ao valor que haveria apenas com Cr.
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Cr
Onde C e =
Cr + Co
Vo
0V
Vr
Figura 4.29. Tensão de saída (vo) e tensão sobre o capacitor ressonante (vr).
vo
0
ir
vr
t0 t1 t2
Figura 4.30. Detalhe das formas de onda presentes no circuito.
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senóide como estudado na análise simplificada. Entretanto, após poucos ciclos as ondas
assumem uma forma praticamente senoidal e uma defasagem de 90o, conforme o
esperado.
A figura 4.33 mostra detalhe da comutação ZVS que ocorre sobre os transistores
do inversor.
Embora o conversor opere em ZVS, a eficiência global medida foi de 83%. As
perdas devem-se, basicamente, ao indutor (núcleo de ar e elevado número de espiras) e
aos componentes do lado de alta tensão, quais sejam, os diodos retificadores e o SCR que
descarrega os capacitores sobre a carga.
0V
Figura 4.31. Tensão de saída (200V/div). Figura 4.32. Detalhe da corrente ressonante
Horiz.: 10 ms/div. (traço superior - 1A/div) e tensão sobre Cr
(traço inferior - 100V/div). Horiz.:
0,5ms/div.
Figura 4.33. Tensão (50 V/div.) e corrente (5A/div.) em interruptor do inversor, mostrando
as comutações suaves. Horiz.: 20 µs/div.
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Fontes Chaveadas - Cap. 5 CONVERSORES QUASE-RESSONANTES J. A. Pomilio
5. CONVERSORES QUASE-RESSONANTES
S Lr S Lr
Cr
Cr
a)
S Lr S Lr
Cr
Cr
b)
Lr Lr
Cr
Cr
a)
Lr Lr Cr
Cr
b)
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Fontes Chaveadas - Cap. 5 CONVERSORES QUASE-RESSONANTES J. A. Pomilio
Lr Lr
Cr
Cr
a)
Lr Lr
Cr
Cr
b)
A figura 5.4. mostra algumas das topologias básicas quando convertidas para
operar com ZCS e ZVS. Note-se que a única alteração é a substituição do interruptor
simples pelos interruptores descritos anteriormente.
Lr Lr
Cr Cr
Cr Lr Lr
Boost Cr
Boost - ZCS Boost - ZVS
Figura 5.4. Conversores buck e boost nas configurações básica, ZCS e ZVS
Io
+
Lr Lf
E iL Cf Vo
vC Cr
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iT
2E
vC
E/Zo
E
Io
to t1 t1' t1" t2 t3 T
Figura 5.6. Formas de onda para conversor buck, ZCS, meia onda
Com a chave aberta, Io flui pelo diodo e vC e iL são nulas. Em t0 a chave é ligada e
iT cresce linearmente. Enquanto iT<Io o diodo continua a conduzir. Em t1, iT=Io, o diodo
desliga e se inicia a ressonância entre Lr e Cr.
O excesso de iT em relação a Io circula por Cr, carregando-o. Em t1' tem-se o pico
de iT e vC=E. Em t1'' iT se torna menor que Io e vC=2E. A corrente iT continua a cair e a
diferença para Io é suprida pela descarga de Cr. Em t2 iT vai a zero e a chave desliga
naturalmente, já que não há caminho para a inversão da corrente. A partir deste momento
deve ser removido o sinal de acionamento do transístor.
Entre t2 e t3 Cr se descarrega a corrente constante. Quando sua tensão se anula o
diodo torna a entrar em condução.
As equações pertinentes ao circuito são:
1
ωo = (5.1)
Lr ⋅ Cr
Lr
Zo = (5.2)
Cr
Lr ⋅ Io
t1 = (5.3)
E
E
i L = Io + ⋅ sin[ωo ⋅ ( t − t1)], para t1 < t < t2 (5.4)
Zo
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− Zo ⋅ Io
a sin
E
t2 = + t1 (5.5)
ωo
Io
v C = v C ( t 2) − ⋅ ( t − t 2) , para t2 < t < t3 (5.7)
Cr
v C ( t 2) ⋅ Cr
t3 = t2 + (5.8)
Io
Note que Vo é a tensão média sobre o capacitor Cr (pois a tensão média sobre Lf é
nula). Como a forma de vC depende a corrente Io, a regulação deste circuito (em malha
aberta) não é boa. Registre-se ainda que o capacitor fica sujeito a uma tensão com o dobro
da tensão de entrada, enquanto a corrente de pico pela chave é maior do que o dobro da
corrente de saída.
A tensão de saída é dada por:
1
t2 t3
Io
Vo = ∫ E ⋅ {1 − cos[ωo ⋅ ( t − t1)]} ⋅ dt + ∫ v C ( t 2) − ( t − t 2) ⋅ dt (5.9)
T Cr
t1 t2
0.6
0.4
0.2
2fs
fs
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Z
Corrente de carga normalizada Io.
E
Figura 5.7. Variação da tensão de saída com a corrente da carga
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0.5
0.8
0.7
0.6
0.9
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
fs
f
Figura 5.8. Variação da tensão de saída com a freqüência de chaveamento, para diferentes
correntes de carga.
Cr
Lr Lf
E Cf
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v i
C L
+E
Io
-E
to t1 t1" t2 t3
iL
2E vC
E
Io
to t1 t1' t1" t2 t3
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0.2 fs
0.1
0 0.2 0.4 0.6 Io Z 0.8 1
Corrente de saída normalizada
.
E
Figura 5.12 Variação da tensão de saída com a corrente de carga.
Nestes conversores o capacitor ressonante produz uma tensão nula sobre a chave,
devendo ocorrer o chaveamento sob esta situação.
O circuito mostrado é de uma topologia abaixadora de tensão. O funcionamento é
de meia-onda, uma vez que o diodo não permite a inversão da tensão no capacitor. A
corrente de saída pode ser considerada constante (Lf grande o suficiente) durante o
intervalo em que ocorre a ressonância entre Lr e Cr.
Io
Lr iL Lf
Dr +
E Cf Vo
Cr
+ vC
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vC iL
Io
Zo.Io
E ⋅ Cr
t1 = (5.10)
Io
1 −E
t 2 = t1 + ⋅ a sin (5.12)
ωo Zo ⋅ Io
E
i L = i L ( t 2) + ⋅ ( t − t 2) , para t2 ≤ t ≤ t3 (5.14)
Lr
Lr ⋅ [Io − i L ( t 2)]
t3 = t2 + (5.15)
E
Vo = E − v C (5.16)
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1 Io ⋅ t
t1 t2
A grandeza Zo.Io deve ser maior que E, caso contrário vC não irá se anular, e Dr
não conduzirá, fazendo com que a entrada em condução do transístor se dê sob tensão não
nula.
Neste circuito, o tempo desligado da chave é constante, podendo-se variar a tensão
de saída pelo ajuste da freqüência.
Novamente aqui o capacitor e a chave semicondutora devem suportar uma tensão
de pico com valor maior do que o dobro da tensão de entrada e que aumenta com o
aumento da corrente de saída.
A figura 5.15. mostra a variação da tensão de saída (normalizada em relação à
tensão de alimentação) com a freqüência de chaveamento (normalizada em relação à
freqüência de ressonância), para diferentes correntes de carga (normalizadas em relação a
E/Zo).
Nota-se que quanto maior a corrente, menor a tensão de saída. Isto se explica
facilmente, uma vez que para correntes maiores o pico da tensão sobre Cr aumenta e,
portanto, a tensão média sobre este capacitor, reduzindo assim a tensão de saída.
Existe um limite tanto para a máxima corrente, quanto para a máxima freqüência,
acima do qual a tensão média sobre o capacitor se iguala à tensão de entrada. O aumento
da freqüência de chaveamento ou da corrente levaria, em princípio, a tensões negativas de
saída, o que não é possível devido à existência do diodo de livre-circulação.
1
0.8
0.6
Vo/E
0.4
Io=1
0.2
Io=2.5
0 Io=5
0.2
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
fs/fo
Figura 5.15. Variação da tensão de saída com a freqüência de chaveamento, para
diferentes correntes de carga.
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iL Io
S1 D1 C1
E
Lf +
Vo
Cf
S2 D2 C2
Io=iL
S1 D2 S1
S2 C1 D1
C1 C2 C2
to t1 t2 t3 t4 t5 T
Figura 5.17. Formas de onda do conversor buck-ZVS com limitação da sobre-tensão
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Dp iL Io
Lr Lf +
Sp
Da Sa
E Df Cf Vo
vd
vc Cr
2E
δ* vd
E
2E vC
iL
fs
Vo = E ⋅ δ * + (5.18)
fo
1
Vo/E 0.5
*
fs/fo = 0.1 δ fs/fo = 0.001
Figura 5.20. Variação da tensão de saída com o intervalo de interrupção do ciclo
ressonante, para diferentes freqüências de chaveamento
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A chave auxiliar, Sa, entra em condução ainda durante a condução de Sp, mas não
ocorre nenhuma alteração nas formas de onda do circuito. No instante to a chave principal
é aberta sob tensão nula (o capacitor Cr está descarregado). Este capacitor se carrega
linearmente com a corrente de saída, fazendo com que a tensão vD se reduza da mesma
forma, até que, em t1, o diodo de livre-circulação entra em condução e a corrente da saída
circula por ele. Como a chave auxiliar continua conduzindo, o indutor Lr também entra
num intervalo de livre-circulação até que em t2 o interruptor Saux é aberto (sob tensão
nula).
Sp
Sa
E V
Cr
0
Io IL
0
V
E D
0 V
Lr
to t1 t2 t3 t4 t5 T
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Inicia-se então a ressonância entre Lr e Cr. A tensão sobre o capacitor cresce ainda
mais, por causa da energia presente em Lr, produzindo importante sobre-tensão sobre o
interruptor principal. A tensão prossegue o comportamento oscilante até que, em t3, se
anula, levando à condução o diodo em antiparalelo com a chave principal, por onde passa
a circular a corrente presente em Lr. Esta corrente assume uma variação linear. Durante a
condução do diodo envia-se o sinal de comando para o interruptor, o qual entra em
condução apenas a corrente se torne positiva (em t4). A corrente de entrada cresce até
atingir o nível da corrente de saída, quando o diodo de livre-circulação desliga,
completando o ciclo (em t5).
Nota-se que a tensão sobre o diodo obedece à tensão de comando de S, a menos de
atrasos que dependem do circuito ressonante e dos parâmetros do circuito (como a tensão
de entrada, a corrente de carga, etc.).
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Fontes Chaveadas - Cap. 6 OUTRAS TOPOLOGIAS COM COMUTAÇÃO NÃO-DISSIPATIVA J. A. Pomilio
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T1 D1 D2 T2
Lr
iL
A Cr B
E + -
Ia
T4 CARGA T3
D4 D3
T1 D2
T3 D4
-Ip
-E
Ressonante (Cr)
Figura 6.2. Formas de onda do inversor pseudo-ressonante
Cr
Ip ≥ Ia + 2 ⋅ E ⋅ (6.1)
Lr
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Lr
carga IL
Cr
+ Vc
E
i L
v
C
E
D T
t1 t2 t3 t4 T
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Lr
+ +
Ii Co Vo E Co Vo
Cr
Lr Lr Lr
+ + Cr +
S
E S Co Vo E Cr Co Vo E S Vo
Co
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Vo
vc
iL
S Do S
Ds
Cr
t1 t2 t3 t4 t5 T
Cr
Cr
ID
IL L
Is S
Vs +
E D1
S1 Vs1 Co Vo
Is1
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interruptor auxiliar, S1, é enviado durante este intervalo, de modo que quando a corrente
se tornar negativa, possa fluir por ele.
Antes do início da próxima condução de S, S1 deve ser desligado, o que produz
uma nova ressonância entre L e Cr. A tensão sobre Cc se reduz e, quando atinge zero
(instante t3), leva o diodo em anti-paralelo com a chave à condução.Enquanto a corrente
for ainda negativa, envia-se o sinal de acionamento para S, o qual entra em condução
apenas a corrente se inverta, completando o ciclo.
S1
VS1
E
IL
Vs=Vcr
E
Is+ID
0
S D1 S1 Cr D S
to t1 Cr t1' t2 t3 T
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VD
Li Is Do
Ii Lr
+
Cr I L
E Vs Vo
Co Ro
S 2 D3
S1 D1
D2
S1
hard
S2
I Lr
Ii Is
0
Vo VD
0 VS
S2 S2 S2 D1 S1 S1 Do
Do Lr D1 D3 D3 Cr
Lr Cr
to t1 t2 t3 t4 t5 t6 T
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Ii ⋅ Lr
t1− to = (6.2)
Vo
Ii Ii Cr Ii
Vo Lr Lr
Lr
to a t1 t1 a t2 t2 a t3
Lr
Ii Ii Ii Cr Ii
Vo
Vo
t3 a t4 t4 a t5 t5 a t6 t6 a T
π
t 2 − t1 = ⋅ Lr ⋅ Cr (6.3)
2
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Li Is Do
Ii Lr
+
IL
+
Co
E Vc Cr
Vs Vo
Ro
S1 D1 D3
D2
S2
Consideremos que inicialmente a chave principal, S1, está conduzindo e que por
ela passa uma corrente constante, Ii, que é a corrente de entrada. Suponhamos que o
capacitor ressonante, Cr, está carregado com uma tensão negativa de valor Vp. No
instante to o interruptor auxiliar S2 entra em condução, iniciando a ressonância entre Lr e
Cr. Esta ressonância força a redução da corrente por S1 de uma forma senoidal. Após 1/4
de período a corrente ressonante atinge seu valor máximo e a tensão sobre Cr se anula. O
valor deste pico de corrente deve ser maior do que a corrente de entrada de modo que seja
possível anular a corrente por S1 e fazê-la passar a circular pelo diodo em anti-paralelo, a
partir de t1. Durante a condução deste diodo se retira o sinal de comando de S1. Em t2 a
corrente IL é igual a Ii (e está diminuindo), de modo que Do entra em condução.
td
S1
S2
Vs
Vo Vp
Vc
"hard" Is
Ii IL
S1 Do S1
S1
to t1 t2 t3 D2 t4 T
Lr
Cr
Figura 6.14. Formas de onda de conversor boost ZCT-PWM.
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S2
Is Do
Ii
IL
S1 Do
S2 D1 D3
S2
to t1 t2 t2' t2"
Vp
IL = (6.4)
pico
Zo
Lr
Zo = (6.5)
Cr
Ii ⋅ Zo
Vp = (6.6)
t
cos 2 ⋅ π ⋅ d
To
To = 2 ⋅ π ⋅ Lr ⋅ Cr (6.7)
Entre t2 e t3 conduz apenas o diodo Do, enviando energia para a saída. Em t3, S1
é ligado de modo dissipativo. Por ele passa a corrente de entrada que se soma à corrente
da ressonância que se reinicia. A tensão Vc torna a se inverter e em t4 completa-se o
meio-ciclo ressonante, com uma tensão igual a -Vp.
A corrente por S1 torna-se igual à corrente de entrada e mantém-se assim até o
interruptor S2 seja ligado, completando o ciclo.
Pelas formas de onda de IL e de Vc, nota-se que a energia presente no circuito
ressonante, em regime, é constante, de modo que não existe transferência de energia do
circuito ressonante para o restante do circuito.
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Fontes Chaveadas - Cap. 6 OUTRAS TOPOLOGIAS COM COMUTAÇÃO NÃO-DISSIPATIVA J. A. Pomilio
Ii Lr Ii Lr
Vo
Cr
+ Cr
to a t1 t1 a t2
Ii Lr
Ii
Vo Ii
+ Cr
t2 a t3 t3 a t4 t4 a T
Figura 6.15. Circuitos equivalentes em cada fase de operação.
6.8.1 Fonte de corrente com alto fator de potência, baseado em conversor Cuk
A topologia estudada é essencialmente um conversor Cuk com transformador,
tendo na entrada um retificador trifásico. As indutâncias de entrada são colocadas em
série com cada fase da alimentação, conforme mostrado na figura 6.16. A saída opera
como fonte de corrente [6.7].
Ir + Ua - + Ub -
Li Ca Cb
L
va - L
S +
vb D UD
Us Ls
vc -
- + RL
UL
N:1 IL
+
Figura 6.16. Conversor Cuk, isolado, com entrada trifásica e carga indutiva
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Fontes Chaveadas - Cap. 6 OUTRAS TOPOLOGIAS COM COMUTAÇÃO NÃO-DISSIPATIVA J. A. Pomilio
IL = K.δ (6.8)
6⋅V 4 ⋅ RL ⋅ T ⋅ N2
K= ⋅ 1 + 1 + (6.9)
4 ⋅ N ⋅ RL 3 ⋅ Li
Us = K.RL.N (6.10)
Este é outro resultado importante, qual seja, a tensão a ser suportada pelo
interruptor é constante, diferentemente do que ocorre no caso de fonte de tensão, quando
a tensão cresce com a diminuição de δ.
a) A comutação
O fato de o transistor estar submetido a uma tensão elevada praticamente impõe o
uso de um IGBT, uma vez que um MOSFET para tal tensão, tipicamente apresenta uma
elevada resistência de condução. O processo de desligamento de um IGBT, por sua vez,
apresenta um fenômeno de "tail" de corrente, que pode tornar as perdas de desligamento
bastante significativas.
Por esta razão, a busca de uma alternativa para se obter comutação suave,
especialmente no desligamento, se torna importante [6.9]. No que se refere à entrada em
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Fontes Chaveadas - Cap. 6 OUTRAS TOPOLOGIAS COM COMUTAÇÃO NÃO-DISSIPATIVA J. A. Pomilio
condução, uma possibilidade de que seja suave, é que se realize a corrente nula [6.10], o
que pode ocorrer se se permitir um comportamento de condução descontínua na saída.
O uso de comutação suave permite ainda uma relativa redução nos níveis de
interferência eletromagnética [6.11]. A necessidade de filtros na entrada do circuito
(trifásico), a fim de obter uma corrente praticamente senoidal na rede também auxilia a
redução da IEM conduzida.
Uc > Ua (6.11)
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ir + Ua - + Ub -
va Ca Cb
ia Li N:1
D2 D1 LL
+
vb Lc i l
Us D -
S - + ic RL UL
vc Uc
Cc IL +
-
Ld I
Uc = U L ⋅ N + ⋅ L + Îr (6.12)
Cc N
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c) Resultados experimentais
Os resultados experimentais apresentados a seguir foram colhidos em um
conversor operando com as seguintes características:
Tensão de entrada: 220V (valor RMS de linha)
Freqüência de chaveamento: 50kHz
Corrente nominal de saída: 10A
Carga: 4Ω, 4mH (400 W)
Ca: 1µF; Cb: 56µF; Cc:20nF
Li: 330µH; Ls:50µH ; Lc: 160µH
N: 7,4
A figura 6.20. mostra a corrente e a tensão no capacitor do circuito de limitação
da sobre-tensão. Nota-se a corrente praticamente constante que circula por ele no
intervalo de carga do capacitor. A descarga ocorre de modo ressonante até que a tensão
negativa se iguale à tensão Ua, quando a corrente praticamente cessa de circular por Cc.
iC
uC
0
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i
s
Us
6.8.2 Fonte de Tensão com comutação suave utilizando conversor com capacitor
flutuante
A figura 6.22 mostra conversores Cuk e SEPIC modificados, ditos com capacitor
flutuante [6.12], operando como fonte de tensão regulada. O circuito possui 2
interruptores os quais controlam, respectivamente, os estágios de entrada e de saída, de
maneira independente.
A topologia permite uma isolação em alta freqüência e o circuito, com o comando
adequado, possibilita comutações suaves sem aumento nos esforços dos componentes e
sem a necessidade de circuitos adicionais [6.13].
+ Vb - io
Li Lo
ii Cb
To
Vi Ti Di Do Vo
(a)
+ Vb -
Li
Cb Do
ii To
Vi Ti Di Lo Vo
io
(b)
Figura 6.22 Conversores Cuk (a) e SEPIC (b) com capacitor flutuante.
δi
Vo = Vi ⋅ (6.13)
1 − δi
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Vi
Vb = (6.14)
1− δi
Vo = Vb ⋅ δ o (6.15)
Vo δo
= (6.16)
Vi 1 − δ i
δi ≥ δo (6.17)
I i ⋅ (1 − δ i ) = I o ⋅ δ o (6.18)
A corrente de entrada é controlada por δi, enquanto a de saída é controlada por δo.
Durante o intervalo (δo.τ) (τ é o período de chaveamento) To conduz e o
capacitor Cb é descarregado pela corrente Io. Quando To desliga (Ti ainda está em
condução) a corrente pelo capacitor é zero e sua tensão permanece constante. Durante o
intervalo [(1-δi).τ] ambos transistores estão desligados e a corrente de entrada recarrega
Cb.
No circuito mostrado na figura 6.23 o diodo Di é o diodo reverso de To . Quando
Ti é desligado, a corrente de entrada flui através deste diodo. Embora com um
componente a menos, o inconveniente desta solução é aumentar as perdas de condução,
uma vez que a corrente de entrada deve atravessar 2 diodos.
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+ Vb - Di io
Li Lo
ii Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
ii Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
ii Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
ii Cb
To
v i Ti Do Vo
+ Vb - Di io
Li Lo
ii Cb
To
v i Ti Do Vo
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Vds Ti
0
0 i Ti
Vg Ti
(a)
Vds
0 To
0 i To
Vg To
(b)
Figura 6.24. Tensão, corrente e sinal de comando nos transistores Ti e To.
Múltiplas saídas podem ser obtidas, cada uma delas com um pós-regulador
próprio.
A indutância de dispersão do transformador produz uma sobretensão no
momento em que Ti é desligado, provocando uma inversão no sentido da corrente pelo
transformador. Um circuito “snubber” ou um limitador de tensão deve ser usado com o
objetivo de limitar o pico de tensão que se observa sobre os transistores.
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Rendimento (%)
96
94
92
90
88
200 300 400 500
Potência [W]
V DS
ID
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 COMPONENTES PASSIVOS UTILIZADOS EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
7.1 Capacitores
C Rse Lse
a) Circuito equivalente de capacitor
C = 100 uF L = 100 nH
10
R = 1 ohm (T = -40 C)
R = .01 ohm (T = 85 C)
1.0m
10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz 10MHz 100MHz
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capacitor a ser usado como filtro de saída de uma fonte, de modo a se obter a desejada
variação de tensão.
A figura 7.2 mostra a tensão de saída de um conversor abaixador de tensão, indicando
claramente a predominância da variação de tensão causada pela queda resistiva em Rse. Os
valores utilizados foram obtidos do catálogo do fabricante (Icotron).
L
L=1mH
C=220uF
+
Rse=.45 ohm
Rse
Ro=.5 ohm
E Ro Vo E=20V
Vo=10V
C
10.04V
10.02V
10.00V
9.98V
9.96V
0s 0.2ms 0.4ms 0.6ms 0.8ms 1.0ms
Ondulação relativa à capacitância Ondulação nos terminais do capacitor
Usa-se definir o "fator de perdas" do capacitor (tg δ), o qual se relaciona com Rse pela
seguinte expressão:
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especificada para 85°C, o que se justifica pela maior facilidade de troca de calor com o
ambiente.
Por todos estes fenômenos, o valor equivalente do capacitor sofre profundas
alterações, podendo, em última análise, ser obtido para cada freqüência e temperatura, das
curvas de impedância mostradas anteriormente. Em geral, capacitores para uso em CC sofrem
menores variações do que aqueles para uso em CA.
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7.2 Supercapacitores
Um capacitor tradicional acumula energia no campo elétrico criado pela separação das
cargas elétricas. Este campo existe no dielétrico que se torna polarizado. A capacitância é
proporcional à permissividade do material e à área das placas, sendo inversamente
proporcional à distâncias entre as placas.
Já em um supercapacitor não há um dielétrico, mas um eletrólito. A principal diferença
é a grande área propiciada por materiais porosos, aliada à pequena distância entre as cargas,
que é da ordem de nanômetros. Com um eletrólito aquoso, a tensão por capacitor é de cerca de
1 V, enquanto para um eletrólito orgânico este valor cresce para 2,5 V. A obtenção de tensão
elevada é feita pela associação em série de capacitores [7.2].
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Hermann Helmholtzi, em 1853, descreveu que quando uma tensão é aplicada entre dois
eletrodos de carbono, imersos em um fluido condutor, não há circulação de corrente até que
uma certa tensão limiar seja atingida. Ao se iniciar a condução há também a formação de gás
devido à reação química na superfície dos eletrodos. Abaixo desta tensão limiar o dispositivo
se comporta como um capacitor [7.3 e 7.4].
Diferentemente de uma bateria, não há acúmulo de energia química. Em torno de um
eletrodo poroso de carbono situa-se o eletrólito, carregado de cargas. Na realidade, conforme
mostra a figura 7.3.a, há dois eletrodos e, nas adjacências de cada um, ocorre o acúmulo de
íons positivos e negativos O separador isola os eletrodos, mas permite a livre passagem dos
íons. Por esta razão estes dispositivos são também denominados capacitores de dupla camada.
Do ponto de vista de uma aplicação, a principal diferença entre um supercapacitor e
uma bateria é o fato da bateria ter um melhor desempenho como fonte de energia, enquanto o
capacitor tem um comportamento superior em termos de fonte de potência. Ou seja, para uma
dada tensão, um supercapacitor é capaz de responder a uma demanda de corrente de maneira
muito mais rápida do que uma bateria, o que se deve a uma resistência interna muito menor.
No entanto, mesmo podendo atingir capacitâncias muito elevadas (da ordem de
milhares de Farads), a energia acumulada, mercê da baixa tensão, é muito inferior à que se
consegue numa bateria com volume/peso equivalente. A figura 7.3.b mostra um mapeamento
de diferentes dispositivos de acúmulo de energia em função de densidade de potência e de
energia, chamado diagrama de Ragone.
i
Interessantes transcrições de conferências de Helmholtz estão disponíveis em :
http://www.fordham.edu/halsall/mod/1862helmholtz-conservation.html (em 04/04/2003), On The Conservation
Of Force, 1863.
http://dbhs.wvusd.k12.ca.us/Chem-History/Helmholtz-1881.html (em 04/04/2003), THE MODERN
DEVELOPMENT OF FARADAY'S CONCEPTION OF ELECTRICITY, 1881.
Uma biografia de Helmholtz pode ser obtida em: http://www.geocities.com/bioelectrochemistry/helmholtz.htm
(em 04/04/2003).
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 7-5
Fontes Chaveadas - Cap. 7 COMPONENTES PASSIVOS UTILIZADOS EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
a) b)
Figura 7.4 Modelo de distribuição de cargas de Helmholtz (a) e de Stern (b)
(Figura obtida em [7.6]).
Figura 7.5 Circuito equivalente para cada “poro” do eletrodo (Figura obtida de [7.5]).
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 COMPONENTES PASSIVOS UTILIZADOS EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Conforme citado em [7.5], a primeira patente deste tipo de dispositivo é de 1957 [7.7],
com os primeiros componentes aparecendo no mercado em 1970 [7.8], com o chamado
SOHIO. Mas apenas nos anos 90 os supercapacitores começaram a ter um uso mais intenso.
Há várias companhias fabricantes, como a Maxwell Technologies [7.9], a Siemens
Matsushita (através da EPCOS) [7.10], NEC-Tokin [7.11], Panasonic [7.12], ELNA [7.13],
AVX [7.14] (estes quatro últimos com componentes para aplicações eletrônicas, ou seja, de
baixa tensão), Evans [7.15], etc.
Como características gerais de um supercapacitor, pode-se indicar:
• Densidade de energia 100 vezes maior do que um capacitor convencional;
• Densidade de potência dez vezes maior do que baterias convencionais;
• Densidade de energia na faixa até 10 Wh/kg;
• Densidade de potência: 18 kW/l
• Capacitâncias até 5000 F por célula;
• Tensão nominal entre 2,3 e 100 V (módulos com associação em série);
• Corrente nominal entre 3 e 1000 A;
• Faixa de potência até 100 kW;
• Baixa Rse, o que aumenta a capacidade de suportar elevadas correntes
• Temperatura de operação entre –20o C e +55o C;
• Modular e “empilhável”;
• Menor custo por Farad em relação aos capacitores eletrolíticos;
• Não necessita de manutenção;
• Não provoca danos ambientais.
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 COMPONENTES PASSIVOS UTILIZADOS EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
capacitâncias parasitas. Assim, este dimensionamento e construção estão mais para a "arte" do
que para a ciência.
A principal característica de um material ferromagnético a ser usado na construção de
um elemento magnético utilizado em uma fonte chaveada é a capacidade de trabalhar em
freqüência elevada sem apresentar elevadas perdas, o que significa possuir um laço de
histerese com pequena área. Desejáveis são o maior valor possível de densidade de campo
magnético, Bmax, bem como uma elevada permeabilidade. Além disso a resistividade do
núcleo deve ser elevada a fim de reduzir as perdas relativas às correntes induzidas no próprio
núcleo.
Os materiais mais utilizados são ferrites, as quais possuem valores relativamente
reduzidos de Bmax (entre 0,3T e 0,5T), apresentando, porém, baixas perdas em alta freqüência
e facilidades de manuseio e escolha, em função dos diversos tipos de núcleos disponíveis. As
ferrites são constituídas por uma mistura de óxido de ferro (Fe2O3) com algum óxido de um
metal bivalente (NiO, MnO, ZnO, MgO, CuO, BaO, CoO). Possuem resistividade muito maior
do que os materiais metálicos (da ordem de 100kΩ.cm) o que implica em perdas por correntes
de Foucault desprezíveis quando operando com um campo magnético alternado.
Algumas aplicações em que não se pode admitir distorção no campo magnético deve-
se utilizar núcleo de ar, com o inevitável valor elevado do fluxo disperso. Núcleos de ferro
laminado são utilizados apenas em baixa freqüência por apresentarem laço de histerese muito
largo, embora possuam um Bmax de cerca de 1,5T.
Os núcleos de ferrite tipo "pot core" (e seus derivados tipos RM, PM, EP, cube core,
etc.) são geralmente usados na construção de indutores e transformadores para pequenas e
médias potências, com baixa dispersão, devido à sua forma fechada.
Os núcleos EE e EI apresentam valores mais elevados de Bmax, sendo mais usados em
aplicações de potência mais elevada. Apresentam valores maiores de fluxo disperso.
Já os núcleos tipo U e UI são utilizados em transformadores de alta tensão, devido à
possibilidade de alocar-se cada enrolamento numa das pernas, facilitando a isolação, à custa
de um maior fluxo disperso. Tanto os núcleos E como os U podem ser associados, criando
maiores secções transversais, possiblitanto a obtenção de transformadores para potência na
faixa dos quilowatts.
Finalmente, os núcleos toroidais são usados em aplicações nas quais o fluxo disperso
deve ser mínimo, permitindo obter-se indutores muito compactos. São usados especialmente
em transformadores de pulso e filtros de IEM.
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Hg ⋅ g + Hm ⋅ l c = N ⋅ i (7.2)
B = µ0 ⋅ H g = µc ⋅ H m (7.3)
N⋅i B⋅ g
Hm = − (7.4)
lc µ0 ⋅ l c
Nota-se em (7.4) que a introdução do entreferro permite que Hm seja atingido para
valores maiores de corrente. O efeito sobre a curva B x Ni é mostrado na figura 7.6.b. A
indutância incremental se reduz, mas é linearizada. O valor de Br também se reduz. Bmax não
se altera por ser uma característica do material.
O aumento do entreferro leva a uma diminuição da indutância, mas aumenta o valor da
corrente na qual ocorre a saturação.
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B(G)
5.0K
Bmax
Br
-Hc
-3.0 -2.0 -1.0 0.0 Hc 1.0 2.0 3.0
-Br H (A.esp/m)
1 T = 10000 G
-Bmax
a) -5.0K
B (G)
5.0K
+Br
-10 -5 0 5 10
H(A.esp/m)
-5.0K
b)
Figura 7.6. a) Curva de histerese típica de ferrite.
b) Curva de histerese em indutor com entreferro
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Lm
Cp Cs
Rfe
1:N
a) IDEAL
90d Fase
Rp=.01
Lp=1uH
Rfe=10k
Cp=10pF
Lm=100uH
Cps=10pF
-90d
N=40
10k Módulo Cs=100pF
Ls=10uH
Rs=1
10m
1.0kHz 10kHz 100kHz 1.0MHz 10MHz 100MHz
b)
Figura 7.7 .a) Modelo de parâmetros concentrados para transformador
b) Impedância, vista pelo primário, de transformador
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Primário Primário
NÚCLEO NÚCLEO
Se, por um lado este arranjo reduz a dispersão, por outro aumenta a capacitância entre
os enrolamentos.
A redução da capacitância entre enrolamentos pode ser obtida pela colocação de um
filme ou fita entre cada enrolamento. Uma fita metálica pode ser usada ainda como uma
blindagem eletrostática, o que pode ser útil para efeito de redução de interferência eletro-
magnética. Obviamente a fita não pode se constituir numa espira em curto, devendo ser
adequadamente isolada.
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nas cargas conectadas às saídas de +12V e -12V, suas tensões serão aumentadas
indevidamente (caso B).
De maneira oposta, se ocorrer um aumento na carga de uma das saídas não
realimentadas, o circuito de controle não se dará conta da alteração, não alterando o ciclo de
trabalho e, assim, não corrigindo a tensão (caso C). Tais variações podem, facilmente
ultrapassar 20%, podendo colocar em risco as cargas alimentadas pela fonte.
B
Saída realimentada
A
100 120
Potência de saída (%)
Figura 7.9 Tensões de saída normalizadas para fonte com múltiplas saídas.
T1 T2 T3 T4
Primário Secundário 1 Secundário 2
Figura 7.10. Diferentes arranjos de enrolamentos em transformador com múltiplas saídas.
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TABELA 7.I
R fe = µ ⋅ L ⋅ ( a ⋅ B ⋅ f + c ⋅ f + e ⋅ f 2 ) (7.6)
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4,35 ⋅ 10 −3
γ= (7.7)
f
γ: dimensão dentro da qual, para uma dada freqüência, não ocorre redução significativa na
superfície condutora (em metros)
Por exemplo, para 20kHz, γ = 0,47 mm, ou seja, um fio com diâmetro de 0,94 mm
pode ser usado para conduzir uma corrente a 20kHz sem ter sua área condutora
significativamente reduzida pelo efeito pelicular.
Relembre-se aqui que as correntes não são, via de regra, senoidais, de modo que deve
ser considerado um certo fator de folga para acomodar as perdas devidas às componentes
harmônicas.
A figura 7.11 mostra, para cada freqüência, qual condutor (de cobre) pode ser usado de
maneira evitar o aumento das perdas pelo efeito pelicular.
A maneira usual de se contornar este problema é o uso de "fio Litz", o qual é um cabo
composto por diversos fios (isolados entre si) de diâmetro adequado à freqüência de operação,
cuja secção transversal total permita uma densidade de corrente suficientemente baixa para
não causar perdas elevadas (em geral inferior a 3 A/mm2). Outra possibilidade é o uso de fitas
de cobre com espessura inferior a 2γ. Como, geralmente, estas fitas não são isoladas, deve-se
tomar cuidados adicionais com este aspecto.
Um outro aspecto que deve ser lembrado refere-se à indução de corrente nos
condutores próximos às regiões do núcleo nas quais ocorre um estrangulamento do fluxo
magnético com uma conseqüente dispersão local pelo ar. É óbvio que este problema é mais
grave se for utilizado um enrolamento com fita metálica, a qual apresenta uma resistência
menor do que um cabo Litz de área equivalente (em virtude da isolação entre cada fio).
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Fontes Chaveadas - Cap. 7 COMPONENTES PASSIVOS UTILIZADOS EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Diâmetro do fio em mm
10
0.1 4 5 6
1000 1 10 1 10 1 10
f(Hz)
Figura 7.11 Diâmetro de fio que deve ser usado em função da freqüência.
Fitas de isolação
Núcleo
1/2 primário
[7.2] P. Barrade, S. Pittet, A. Rufer: “Energy storage system using a series connection of
supercapacitors, with an active device for equalizing the voltages”, IPEC 2000:
International Power Electronics Conference, 3-7 April, Tokyo, Japan
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 7-16
Fontes Chaveadas - Cap. 7 COMPONENTES PASSIVOS UTILIZADOS EM FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
[7.3] H. L. F. von Helmholtz, “Uber einige Gesetze der Vertheilung elektrischer Strome in
korperlichenLeitern mit Anwendung auf die thierisch-elektrischen Versuche” [Some
laws concerning the distribution of electrical currents in conductors with applications
to experiments on animal electricity]. Annalen der Physik und Chemie, 89(6):211–233,
1853.
[7.4] H. Michel, C. Raible: “Bursting with Power”, PCIM Europe Magazine, 3/1999, pp. 36-
37.
[7.6] F. Belhachemi, S. Rael, B. Davat, “A physical based model of power electric double-
layer supercapacitors”, Proc. of the IEEE IAS Annual Meeting, Rome, Italy, Oct.
2000.
[7.7] H. E. Becker, U.S. patent 2 800 616 (to General Electric), 1957.
[7.8] D. I. Boos, U. S. Patent 2 536 963 (to Standard Oil, SOHIO), 1970.
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 CONTROLE DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
A implementação de uma (ou mais) malhas de controle tem por objetivo garantir a
precisão no ajuste da variável de saída, bem como a rápida correção de eventuais desvios
provenientes de transitórios na alimentação ou mudanças na carga.
Embora o sistema a ser controlado seja obviamente não-linear, o fato de a
freqüência de chaveamento ser muito maior que a freqüência de corte dos filtros passa-
baixas do sistema, torna razoável fazer o modelo do sistema considerando os valores
médios das variáveis sujeitas ao chaveamento.
A ferramenta básica de projeto é, em geral, o diagrama de Bode (figura 8.1),
usando-se os critérios de margem de fase e margem de ganho para estabelecer o
compensador adequado.
0
Margem de fase: 66 graus
-180
-400
50
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 CONTROLE DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Vi
Ii
..
N1 : N2
C
L
Ro
Rse
+
Vs
Vo
i
o
Compensador
Vc
+ Vref
Ip
Ii
0
t
T
Vi ⋅ t T
Ip = (8.1)
L
Vi ⋅ t 2T
Ii = (8.2)
2⋅L⋅τ
Vi 2 ⋅ t 2T
Pi = Vi ⋅ Ii = (8.3)
2⋅L⋅τ
Po = Ro ⋅ i o = Pi
2
(8.4)
tT Vc
=δ= (8.5)
τ Vs
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 CONTROLE DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
Vi 2 ⋅ t 2T Vi Vc
io = ⇒ io = ⋅
2
(8.6)
2 ⋅ L ⋅ Ro ⋅ τ 2 ⋅ L ⋅ Ro ⋅ f Vs
Seja:
Vi
A= (8.7)
2 ⋅ L ⋅ Ro ⋅ f
Desprezando Rse, o circuito de saída pode ser representado como na figura 8.4:
+
io C Ro Vo
dvo vo
io = C ⋅ + (8.8)
dt Ro
dvo vo A Vc
+ = ⋅ (8.9)
dt C ⋅ Ro C Vs
Vo(s) A
S ⋅ Vo(s) + = ⋅ Vc(s) (8.10)
Ro ⋅ C C ⋅ Vs
A função de transferência é:
Vo(s) Vi 1 1
G (s) = = ⋅ ⋅ (8.11)
Vc(s) 2 ⋅ L Vs (1 + s ⋅ Ro ⋅ C)
Ro ⋅ τ
Vi 1 (1 + s ⋅ Rse ⋅ C)
G (s) = ⋅ ⋅ (8.12)
2 ⋅ L Vs (1 + s ⋅ Ro ⋅ C)
Ro ⋅ τ
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Fontes Chaveadas - Cap. 8 CONTROLE DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
20
0
Ganho (dB)
Fase (graus) Rse=0
-100
20
0
Ganho (dB)
-100
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Figura 8.5 Diagramas de Bode do conversor “fly-back”, no modo descontínuo, para Rse=0
e Rse>0.
8.1.1 O compensador
Considerando os diagramas de Bode apresentados anteriormente, pode-se afirmar
que deve haver preocupação quanto à margem de fase, uma vez que, com realimentação
negativa e com o uso de algum elemento integrador, a máxima defasagem poderá atingir
360°, podendo levar o sistema à instabilidade. Quanto ao ganho, deve-se buscar elevar o
ganho CC a fim de reduzir o erro estático, além disso, para freqüências elevadas, deve-se
garantir um ganho decrescente.
A freqüência de cross-over (ganho 0dB), em malha fechada, deve ser ajustada para
cerca de 1/5 da freqüência de chaveamento.
Um possível compensador é mostrado na figura 8.6, o qual tem uma característica
de filtro passa-baixas, tendo o ganho CC ajustado pelas resistências. Sua freqüência de
corte é dada por: ωpa=1/RfCi.
Para evitar que a margem de fase se estreite muito, a freqüência de corte do
compensador deve ser colocada próxima à freqüência determinada pelo zero da função de
transferência.
Mostram-se a seguir os diagramas relativos a 2 compensadores diferentes. Na figura
8.7 tem-se a freqüência de corte do filtro alocada em um valor bem abaixo da freqüência
determinada por Rse e pela capacitância. Note-se a estreita margem de fase (menor que
12°). No segundo caso (figura 8.8) a freqüência do filtro foi alocada para a freqüência
relativa ao zero da função de transferência. Observa-se claramente a melhoria na margem
de fase (70°), a expansão da faixa de passagem para 266Hz (contra 16Hz do caso anterior),
mantendo-se o ganho CC (50dB) e a atenuação para freqüências crescentes.
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O deslocamento da freqüência de corte do filtro para valores mais elevados faz com
que a mudança na fase ocorra numa região em que o zero também esteja atuando, o que
provoca a melhoria na margem de fase.
Rf
Ganho CC = Rf/Ri
Ci
Ri
Ve
- Vc
Tensão de erro Ve=Vr-Vo
+
-100
-180
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Ganho (dB)
Fase (graus)
-100
-180
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
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D s ⋅ L
(1 − D)2 ⋅ 1 − ⋅ ⋅
Vo(s) Vi (1 − D)2 Ro
= ⋅ 2 2
(8.13)
Vc(s) Vs s⋅ L 1 1
1+ ⋅ + s ⋅L⋅C⋅
2
Ro 1 − D 1 − D
-0
Valores utilizados:
ganho (db)
Vi=100V
Vo=100V
Vs=10V
-100
Fly-back operando no modo contínuo, sem isolação Ro=100 ohms
L=10mH
C=100uF
fase (graus)
-200
Ganho Fase
50
100
freq freq
Figura 8.10 Resposta em freqüência de um zero no semiplano direito.
Isto o torna muito difícil de compensar, uma vez que se tentamos compensar o
ganho crescente (pelo uso de um filtro passa baixas, por exemplo), a defasagem tende a
360°, reduzindo drasticamente a margem de fase. Ao se tentar compensar a fase, o ganho se
torna crescente à medida que se eleva a freqüência, impedindo a atenuação do sinal
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Ro ⋅ (1 − D)
2
ω z ( RHP) = (8.14)
L⋅D
i
L
Io
T D
T D
Figura 8.11 Efeito de variação de carga sobre o ciclo de trabalho em malha fechada.
Estes conversores são aqueles que possuem um filtro de segunda ordem na saída,
como o abaixador de tensão ou o push-pull. A figura 8.12 mostra uma topologia típica com
controle de tensão.
O filtro LC produz a mais baixa freqüência de corte do sistema e significa um pólo
duplo (-40dB/dec e defasagem de -180°). O capacitor e sua resistência série representam
um zero (+20dB/dec e defasagem de +90°).
1 1
f LC = ωo = (8.15)
2⋅π⋅ L⋅C L⋅C
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1
fz = (8.16)
2 ⋅ π ⋅ C ⋅ Rse
Vi
.. V2
L
C
+Vo
N3
. N1 N2
Rse Ro
Vs
-
+
Compensador
Vc -
Vr
+
N2 Vi ⋅ N 2 ⋅ Vc
V2 = Vi ⋅ ⋅δ = (8.17)
N1 N 1 ⋅ Vs
V2 Vi ⋅ N 2
= (8.18)
Vc Vs ⋅ N 1
Vo 1
= (8.19)
V2 1 + s ⋅ L ⋅ C
2
A função de transferência é:
Vo(s) Vi ⋅ N 2
G (s) = = (8.20)
Vc(s) Vs ⋅ N1 ⋅ (1 + s2 / ω o 2 )
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Vo(s) Vi ⋅ N 2 ⋅ (1 + s / ω z )
G (s) = = (8.21)
Vc(s) Vs ⋅ N1 ⋅ (1 + s2 / ω 2o )
1
ωz = (8.22)
Rse ⋅ C
Os diagramas mostrados na figura 8.13 ilustram a resposta do filtro de segunda
ordem para diferentes resistências de carga. À medida que aumenta a resistência, o ganho
na freqüência de ressonância se eleva e a mudança de fase se torna mais abrupta.
Nos diagramas da figura 8.14 tem-se o efeito da presença de Rse associado ao
capacitor, introduzindo o zero na função, o que faz com que a atenuação passe a ser de
20dB/dec, e a defasagem se reduz para 90 graus em altas freqüências.
Note-se em ambos os casos que a defasagem produzida apenas pelo filtro de saída já
é de 180°. Adicionando-se a defasagem proveniente da realimentação negativa, chega-se
aos 360°, o que significa que se deve ter muito cuidado na escolha do compensador, o qual
deve garantir uma melhora na margem de fase.
50
Ganho (dB)
-200
0d
Fase (graus)
-200d
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Figura 8.13 Resposta de filtro de segunda ordem, para diferentes resistências de carga.
50
Ganho (dB)
-200
0d
Fase (graus)
-200d
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
Figura 8.14 Resposta de filtro de segunda ordem, considerando Rse, para diferentes
resistências de carga.
8.3.1 O compensador
O compensador mostrado na figura 8.15 tem como principal característica oferecer
uma defasagem positiva, o que permite uma melhoria na margem de fase.
Sua função de transferência é dada por:
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Vc(s) (1 + R iz ⋅ Ci ⋅ s) ⋅ (1 + C f ⋅ R fz ⋅ s)
= (8.23)
Ve(s) R ip ⋅ R iz
s ⋅ C f ⋅ ( R ip + R iz ) ⋅ 1 + s ⋅ Ci ⋅
R iz + R ip
Ci
Rfz
Cf
Ve
- Vc
Rip Riz
+
ω p1 = 0
R ip + R iz
ω p2 =
C i ⋅ R ip ⋅ R iz
1 (8.24)
ω z1 =
C i ⋅ R iz
1
ω z2 =
C f ⋅ R fz
Ganho (dB)
50
-50
Fase (graus)
-100
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
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Isto pode ser observado nos diagramas da figura 8.17, quando se obtém uma
margem de fase de 31 graus, numa freqüência de cross-over de 97Hz. O ganho decrescente
para altas freqüências é atingido pelo efeito do próprio filtro de saída.
100
Ganho (dB)
Fase (graus)
-100
-200
100mHz 1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz
2
s⋅ L 1
1− ⋅
Vo(s) Vi Ro 1 − D
G (s) = = ⋅ 2
(8.25)
Vc(s) Vs 2 s⋅ L 1
s ⋅L⋅C + +
R 1 − D
Vi 2 ⋅ Ro ⋅ τ Vi 1
G (s) = ⋅ ⋅ 1 − ⋅ (8.26)
Vs L Vo Vi Vi
2 − + 1 − ⋅ s ⋅ C ⋅ Ro
Vo Vo
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100
Ganho (dB)
Valores utilizados
-0 Vi=100V
Vo=200V
Ro=100 ohms
L=100mH
-100
C=100uF
Vs=10V
Fase (graus)
-200
-300
10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz
0 50
20
40 4 100 4
10 100 1000 1 10 10 100 1000 1 10
f(Hz) f(Hz)
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Vi maior Vs2
Vs1
Vc
δ1
δ2
Figura 8.20 Variação na amplitude da onda dente de serra e no ciclo de trabalho com
controle feed-forward.
.. L +
Ro Vo
Vr
Compensador
+ Comparador
. C
Vc
+
- Acionador
-
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a) histerese
b) tempo desligado constante
c) freqüência constante com acionamento sincronizado.
Vi
.. L +
Compensador Ro Vo
Vr
+
Ir
Clock . C
-
- Latch Acionador
io +
Comparador
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Imax
∆I Imédio=K.Vc
Imin
a) Histerese
Imax=K.Vc
toff=cte
b) Tempo desligado constante
Imax=K.Vc
τ = cte
c) Freqüência constante com acionamento sincronizado
Figura 8.23 Técnicas de controle no modo corrente.
a) Limite do pico de corrente pela chave de potência. Como se faz uma medida da corrente,
seja no indutor, seja na própria chave, é possível estabelecer um valor máximo para a
tensão de controle de modo a proteger a chave semicondutora contra sobre-corrente.
b) Redução da ordem do sistema. O fato de se controlar a corrente pelo elemento indutivo
(o que o torna uma "fonte de corrente") altera significativamente o comportamento
dinâmico dos sistemas.
Nos circuitos tipo "forward", com um filtro de segunda ordem na saída, o uso de
controle no modo corrente reduz a ordem do sistema, uma vez que se passa a ter um
capacitor alimentado por uma fonte de corrente, ou seja, um comportamento dinâmico
como o do conversor fly-back. A figura 8.24 mostra um diagrama de blocos para o controle
de corrente.
∆I
Vr + Ir Io Ro Vo
Gr Kc
+ 1+sCRo
Hv
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A função de transferência é:
Vo(s) Kc ⋅ Ro
= (8.27)
Ir (s) 1 + s ⋅ C ⋅ Ro
c) Modularidade. Saídas de mais de uma fonte podem ser facilmente paraleladas, mantendo
uma distribuição equilibrada de corrente, quando se usa uma mesma tensão de controle para
todos os módulos.
d) Simetria de fluxo. Em conversores push-pull ou em ponte, o controle de corrente elimina
o problema de desequilíbrio de fluxo, dado que se monitora os picos de corrente. Caso o
circuito tenda para a saturação, ocorre um aumento no valor instantâneo da corrente,
levando a uma redução da largura de pulso e, assim, da tensão aplicada, saindo-se da
saturação.
e) Comportamento antecipativo (feed-forward) em relação à tensão de entrada. Como a
derivada da corrente depende do valor da tensão de entrada, caso ocorra uma alteração em
tal tensão, a nova inclinação da corrente produz uma variação na largura de pulso que
automaticamente compensa a perturbação, de modo que ela não seja observada na saída,
conforme se vê na figura 8.25.
Imédia
∆ I
δ1
δ2
É claro que existem problemas com esta estratégia de controle, dentre as quais os
principais são:
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Zf
Vs
Vi
Zi
Vc Controlador δ Estágio de Vo
Potência e
Vr + PWM filtro
Compensador
Vo
T1(s)=
Vc
d Vo
Tm(s)= Tp(s)=
Tc(s) Vc d
Vr=0 + Ve Vc Controlador d Estágio de Vo
Compensador Potência e
- PWM filtro
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O objetivo deste estudo é obter uma função de transferência para pequenos sinais
entre a tensão de saída (vo) e o ciclo de trabalho (δ), em torno de seus pontos de operação, Vo
e D, respectivamente.
Quando for indicada a variável em tipo maiúsculo (Vo, por exemplo), refere-se ao
valor médio da variável. Quando for indicado vo, indica-se apenas o componente alternado,
relativo à perturbação, e quando se expressar a variável em tipo minúsculo (vo), refere-se à
soma de Vo com vo.
A análise que se segue refere-se à operação no modo contínuo, podendo a análise no
modo descontínuo ser encontrada na referência [9.2].
iL
x=
vC
Geralmente a variável de saída (tipicamente a tensão aplicada à carga) pode ser escrita
em termos apenas de suas variáveis de estado:
v o = C1 ⋅ x d ur a nte δ ⋅ τ (9.3)
b) Passo 2: Mediar a descrição das variáveis de estado usando o ciclo de trabalho (δ)
v o = C1 ⋅ δ + C 2 ⋅(1 − δ) ⋅ x (9.6)
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x= X+x
v o = Vo + v o (9.7)
δ = D+d
Em geral, vi=Vi+vi. Entretanto, como o objetivo aqui é obter uma função entre vo e δ,
consideraremos a tensão de entrada sem variação, de modo que vi=Vi.
Usando as equações precedentes e reconhecendo que X & =0, tem-se:
x& = A ⋅ X + B ⋅ Vi + A ⋅ x + [ ( A 1 − A 2 ) ⋅ X + ( B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d (9.8)
A = A 1 ⋅ D + A 2 ⋅(1 − D) (9.9)
B = B 1 ⋅ D + B 2 ⋅( 1 − D ) (9.10)
A ⋅ X + B ⋅ Vi = 0 (9.11)
x& = A ⋅ x + [ ( A 1 − A 2 ) ⋅ X + ( B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d (9.12)
Analogamente,
Vo + v 0 = C ⋅ X + C ⋅ x + (C1 − C 2 )⋅ X ⋅ d (9.13)
C = C 1 ⋅ D + C 2 ⋅( 1 − D ) (9.14)
Vo = C ⋅ X (9.15)
v o = C ⋅ x + (C 1 − C 2 )⋅ X ⋅ d (9.16)
Vo
= − C ⋅ A −1 ⋅ B (9.17)
Vi
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s ⋅ x ( s) = A ⋅ x ( s) + [( A1 − A 2 ) ⋅ X + ( B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d ( s) (9.18) ou,
x( s) = [ s ⋅ I − A] [( A1 − A 2 ) ⋅ X + ( B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] ⋅ d ( s)
−1
(9.19)
vo ( s)
= C ⋅ [ s ⋅ I − A] ⋅ [( A1 − A 2 ) ⋅ X + ( B 1 − B 2 ) ⋅ Vi ] + ( C1 − C2 ) ⋅ X
−1
Tp ( s) = (9.20)
d ( s)
9.1.1 Exemplo 1
Obter a função de transferência vo(s)/d(s) em um conversor abaixador de tensão,
operando no modo contínuo. As duas variantes da topologia estão indicadas na figura 9.3.
L RL x2 L RL x2
C C
+ +
x x
1 1
Ro Vo Ro Vo
Vi Rse Rse
(a) (b)
− x 2 − C ⋅ R se ⋅ x& 2 + Ro ⋅ ( x 1 − C ⋅ x& 2 ) = 0
(9.22)
Numa forma matricial, as equações anteriores, que são válidas durante o intervalo
normalizado δ, podem ser escritas como:
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Ro ⋅ ( R se + R L ) + R se ⋅ R L Ro
− − 1
x& 1 L ⋅ ( R se + Ro) L ⋅ ( Ro + R se ) x1
x& = + L Vi (9.23)
2 Ro
−
1 x2 0
C ⋅ ( Ro + R se ) C ⋅ ( Ro + R se )
Ro ⋅ R se ⋅ x 1 + Ro ⋅ x 2
v o = Ro ⋅ ( x 1 − C ⋅ x& 2 ) = (9.24)
Ro + R se
Então:
Ro ⋅ R se Ro
C1 = C 2 = (9.25)
Ro + R se Ro + R se
A = A1
B = B1.D
C = C1
R se + R L 1
− −
A = A1 = A2 = L L
1
1
(9.26)
−
C C ⋅ Ro
C = C1 = C 2 ≈ R se 1 (9.27)
1
B = B1 ⋅ D = L ⋅ D (9.28)
0
A inversa da matriz A é:
1 1
L ⋅ C ⋅ Ro −
A −1 = C ⋅ Ro L
R se + R L (9.29)
Ro + R se + R L − 1 −
C L
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Vo Ro + R se
= D⋅ ≅D (9.30)
Vi Ro + R se + R L
vo ( s) 1 + s ⋅ R se ⋅ C
Tp ( s) = ≅ Vi ⋅ (9.31)
d ( s) 1 R + RL 1
L ⋅ C ⋅ s2 + s⋅ + se +
Ro ⋅ C L L ⋅ C
Ganho (dB)
50 4 5 6
10 100 1000 1 10 1 10 1 10
Fase (graus)
100
200 4 5 6
10 100 1000 1 10 1 10 1 10
ω (rd/s)
Figura 9.4 Diagramas de Bode do conversor abaixador de tensão para pequenas perturbações.
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δ ( t ) = 1 se vc ( t ) ≥ v s ( t )
(9.34)
δ ( t ) = 0 se v c ( t ) < v s ( t )
Vc a ⋅ sin(ωt + φ)
δ( t ) = + + componentes de freqüência maior (9.35)
Vs Vs
v s (t) v c (t)
Vs
Vc
t
δ (t) Componente fundamental
1
D
0
t
Figura 9.5 Tensão de controle e sinal MLP.
Vc
D= (9.37)
Vs
a ⋅ sin(ωt + φ)
d( t ) = (9.38)
Vs
d ( s) 1
Tm ( s) = = (9.39)
vc ( s) Vs
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da saída, uma vez que o critério de estabilidade já o considera ao limitar a defasagem a 180o
para ganhos maiores que 0dB.
a) Tipo 1
10
Cf
Ri
ve - vc vc( ω ) 1
Tensão de erro +
ve=Vref-vo 0.1 4 5
1000 1 10 1 10
ω
Figura 9.6 Compensador Tipo 1 e respectivo diagrama de ganho
v c ( s) 1
= (9.40)
v e ( s) R i ⋅ C f ⋅ s
onde v e ( s) = v ref ( s) − v o ( s)
1
fc = (9.41)
2π ⋅ R i ⋅ C f
b) Tipo 2
R2
C1
C2
ve R1
- Vc
Tensão de erro
ve=Vref-vo +
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Aqui temos 1 zero e 1 pólo, e a defasagem sofre um crescimento entre -90° e 0°. O
circuito apresenta um ganho AV que pode melhorar a faixa de resposta, tendo os seguintes
valores característicos:
v c ( s) 1 + s ⋅ C1 ⋅ R 2
= (9.42)
v e ( s) s ⋅ R1 ⋅ ( C1 + C 2 + s ⋅ R 2 ⋅ C1 ⋅ C 2)
R2
O ganho AV é dado por: AV =
R1
0d
Fase (graus)
-100d
Ganho (dB)
-20 dB/dec
AV
1
fz = (9.43)
2π ⋅ R 2 ⋅ C1
C1 + C 2 1
fp2 = ≅ se C1 >> C 2 (9.44)
2π ⋅ R 2 ⋅ C1 ⋅ C 2 2π ⋅ R 2 ⋅ C 2
c) Tipo 3
Este circuito, mostrado na figura 9.9, apresenta 2 zeros e 3 pólos (sendo um deles na
origem). Isto cria uma região em que o ganho aumenta (o que pode melhorar a resposta
dinâmica) , havendo ainda um avanço de fase.
R2
AV1 = (9.45)
R1
R 2 ⋅( R 1 + R 3 ) R 2
AV2 = ≅ se R 1 >> R 3 (9.46)
R1 ⋅ R 3 R3
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C3 R3 R2
C1
C2
ve R1
- Vc
Tensão de erro
+
ve=Vref-vo
1
f1 = (9.47)
2 π ⋅ R 2 ⋅ C1
1 1
f2 = ≅ (9.48)
2 π ⋅ C 3 ⋅( R 1 + R 3 ) 2 π ⋅ C 3 ⋅ R 1
1
f3 = (9.49)
2 π ⋅ C3 ⋅ R 3
C1 + C 2 1
f4 = ≅ se C1 >> C 2 (9.50)
2 π ⋅ C1 ⋅ C 2 ⋅ R 2 2 π ⋅ C 2 ⋅ R 2
Fase (graus)
-100
Ganho (dB)
AV2
-20 dB/dec +20 dB/dec
-20 dB/dec
AV1
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d) O fator k
α π
k = tg + (9.51)
2 4
α π
2
k = tg + (9.52)
4 4
Avanço
de fase Tipo 3
(graus) 150
100
Tipo 2
50
0 4
1 10 100 1000 1 10
Fator k
Figura 9.11 Avanço de fase para diferentes compensadores.
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Tipo 1:
1
UGF = (9.53)
2π ⋅ C f ⋅ R i ⋅ G
Tipo 2:
1
UGF = (9.54)
2 π ⋅ R 1 ⋅( C 1 + C 2 )
1
C2 = (9.55)
2 π ⋅ f ⋅ G ⋅ k ⋅ R1
C 1 = C 2 ⋅( k 2 − 1 ) (9.56)
k
R2 = (9.57)
2 π ⋅ f ⋅ C1
Tipo 3:
1
UGF = (9.58)
2 π ⋅ R 1 ⋅( C 1 + C 2 )
1
C2 = (9.59)
2π ⋅ f ⋅ G ⋅ R1
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 MODELAGEM DE FONTES CHAVEADAS NO ESPAÇO DE ESTADO E SÍNTESE DE COMPENSADORES J. A. Pomilio
C1 = C 2 ⋅(k − 1) (9.60)
k
R2 = (9.61)
2 π ⋅ f ⋅ C1
R1
R3 = (9.62)
k −1
1
C3 = (9.63)
2π ⋅ f ⋅ R3 ⋅ k
9.3.3 Exemplo 1
Considere um conversor em meia ponte, operando a 20kHz, cuja função de
transferência apresenta os diagramas de Bode (vo(s)/vc(s)) mostrados na figura 9.12.
Determinar um compensador para que se tenha uma margem de fase de 60°.
Ganho(dB)
+ 40 Fase (graus)
-12
-20 -90
-155
-40
-180
0.1 1 4 10 100
Freq. (kHz)
Figura 9.12 Diagramas de Bode de conversor meia-ponte.
Solução:
A freqüência de corte em malha fechada será de 4kHz.
Nesta freqüência, o sistema apresenta uma atenuação de 12dB. Assim, o compensador
deve ter um ganho de 12dB (4 vezes).
Ainda em 4kHz, a defasagem provocada pelo sistema é de 155°. O avanço de fase
necessário é:
Avanço = 60° - (-155°) - 90° = 125°
Isto significa que devemos usar um controlador do tipo 3.
Usando as curvas mostradas anteriormente, determinamos um fator k = 16.
Os componentes são agora calculados, arbitrando um valor para R1 de 10kΩ.
C2 = 1nF
C1 = 15nF
R2 = 10,6kΩ
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R3 = 667Ω
C3 = 15nF
O zero duplo estará alocado em 1kHz, enquanto o pólo duplo estará em 16kHz.
O diagrama de Bode do compensador está mostrado na figura 9.13.
50d 40
Ganho (dB)
30
0d
20
-50d
10
Fase (graus)
-100d 0
10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz
9.3.4 Exemplo 2
Consideremos um conversor elevador de tensão, operando no modo contínuo. Como
já foi visto no capítulo anterior, neste caso tem-se um sistema que apresenta um zero no
semiplano direito, sendo de difícil controle.
A frequência de corte escolhida é de 400 Hz, quando a fase é de –219°. Para obter
uma margem de fase de 30°, o avanço de fase necessário é de 159°, devendo-se usar um
compensador tipo 3. O fator k vale 118, e os componentes do compensador estão mostrados
na figura 9.15. O indutor do conversor é de 10 mH, o capacitor é de 100 uF e a carga é de
100 ohms. A tensão de entrada é de 100 V e a de saída é de 200 V, com uma largura de
pulso de 0,5. A onda triangular tem amplitude de 10V.
A figura 9.14 mostra a resposta do sistema, em malha aberta (sem o compensador) e
em malha fechada, obtida a partir do circuito cujos parâmetros estão mostrados na figura
9.15. Na figura 9.16 tem-se a resposta no tempo a uma mudança de 2,5% na referência,
podendo-se notar a variação da saída inicialmente no sentido oposto ao desejado (sistema de
fase não mínima) e o comportamento estável mas subamortecido e o longo tempo de
estabilização, devido ao baixo ganho em baixas freqüências.
100 100
Fase (graus)
Ganho (dB)
0 50
Ganho (dB)
-100 0
Fase (graus)
-50
-200
-100
100mHz 10Hz 1.0KHz 100KHz
1.0Hz 100Hz 10kHz
100Hz 10kHz
100mHz 1.0Hz 10Hz 1.0KHz 100KHz
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1-s*100U*4
10
o
s*s*1u+s*100u+4
1511
R2 C1 2.86u
R3 C3
C2
855 43n 24.2n
e 0 c
- -
R1 100k
+ +
Compensador
E1
tipo 3
V3
+-
Referência
0
Figura 9.15 Diagrama do conversor boost simulado, incluindo o compensador.
100
Ganho (dB)
-100
Fase (graus)
-200
-300
-400
100mHz 10Hz 1.0KHz 100KHz
1.0Hz 100Hz 10kHz
210.0V
200.0V
220V
200V
Figura 9.16 Resposta em freqüência com o compensador e resposta no tempo a uma variação
em degrau na referência.
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Fontes Chaveadas - Cap. 9 MODELAGEM DE FONTES CHAVEADAS NO ESPAÇO DE ESTADO E SÍNTESE DE COMPENSADORES J. A. Pomilio
[9.1] R. D.Middlebrook and S. Cuk: "A General Unified Approach to Modeling Switching
Converter Power Stage". 1976 IEEE Power Electronics Specialists Conference
Record, pp. 18-34
[9.2] S.Cuk and R. D.Middlebrook: "A General Unified Approach to Modeling Switching
DC-to-DC Converter in Discontinuous Conduction Mode". 1977 IEEE Power
Electronics Specialists Conference Record, pp 36-57
[9.3] H. D. Venable: "The k-factor: A New Mathematical Tool for Stability Analysis and
Synthesis" Proc. of Powercon 10, March 22-24, 1983, San Diego, USA
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Fontes Chaveadas - Cap. 10 MODELAGEM DE CONVERSORES UTILIZANDO MODELO DA CHAVE PWM J. A. Pomilio
a c L L c p
ia ic ic
Vi
C Vi C
p a ia
L1 a p L2 a c p
C1 ia
ia
Vi C Vi L
C
c
ic
ic
Figura 10.1 Conversores básicos indicando terminais ativo (a), passivo (p) e comum (c).
a δ c
ia ic
δ*
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No intervalo complementar:
i a (t)= 0 (10.3)
v cp (t)= 0 (10.4)
Ia = δ⋅ Ic (10.5)
ia (t)
Ia=Ic. δ
tT t
τ
ic (t)
Ic
Vr = I c ⋅ R e (10.6)
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Vap Vr
tT tT
Vcp
δ δ∗ t δ δ∗ t
(a) (b)
Figura 10.4 Tensões nos terminais da chave PWM sem (a) e com (b) a ondulação na
corrente considerada.
Seja o ciclo de trabalho composto por uma componente de valor constante e uma
perturbação:
δ= D+ d (10.8)
(I a + i a ) = D ⋅ (I c + i c ) (10.9)
ia = D ⋅ ic (10.10)
v cp = D ⋅ v ap − D * ⋅D ⋅ R e ⋅ i c (10.11)
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c
a
ia . . D.D*.Re ic
1: D
vap
vcp
Figura 10.5 Circuito equivalente (fictício) para chave PWM com transformador CC.
ia = D ⋅ ic + Ic ⋅ d (10.12)
[ ]
v cp d
v ap = + i c ⋅ R e ⋅ D * − Vap + I c ⋅ ( D − D*) ⋅ R e ⋅ (10.14)
D D
c
a
- +
ia
VD d
. . D.D*.Re ic
D 1: D
d.Ic
v cp
p
Figura 10.6 Modelo da chave CA
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ic
δ ef = δ − (10.16)
I me
Ic
i a = D − ⋅ i + Ic ⋅ d (10.17)
I me c
v cp r V
v ap = + ic ⋅ R e ⋅ D * + m − D ⋅ d (10.18)
D D D
VD
rm = (resistência modulada)
I me
ia = D ⋅ ic + Ic ⋅ d (10.19)
a c
r D.D*.Re r
ia t m ic
r
d
v cp VD
v ap = + i c ⋅ rc − d ⋅ (10.21)
D D
rc = rm + D ⋅ rt + D * ⋅rd + D ⋅ D * ⋅R e (10.22)
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a c L
ia ic
Vi
C
p
VD d
D r D r t+D*rd L RL io
a a1 c1 D.D*'.Re m
- +
ia . . ic c
Rse +
d.Ic 1: D
vap va1p v c1p Ro vo
vi
v cp C
i1
p
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10.5.1 Análise CC
Analisando o modelo, e considerando que: o ciclo de trabalho é constante (d = 0); os
indutores são representados apenas por suas resistências; os capacitores estão abertos; a
tensão de entrada; Vi é constante; Re = 0, obtém-se:
Vap = Vi (10.24)
Vo
Io = (10.27)
Ro
Vo D ⋅ Ro
M= = (10.28)
Vi Ro + R L + rm + rt ⋅ D + rd ⋅ D *
Vo
M= =D (10.29)
Vi
di c
D ⋅ v i − v o = ( rm + D ⋅ rt + D * ⋅rd + R L ) ⋅ i c + L ⋅ (10.30)
dt
v o = Ro ⋅ i o (10.31)
R 1 = rm + D ⋅ rt + D * ⋅rd + R L (10.32)
1
v o = R se ⋅ i 1 + ∫ i ⋅ dt
C 1
(10.33)
i c = i o + i1 (10.34)
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D ⋅ Ro ⋅ (s ⋅ C ⋅ R se + 1)
vo (s) ( Ro ⋅ C ⋅ L + R se ⋅ C ⋅ L)
= (10.35)
vi (s) C ⋅ ( Ro ⋅ R + Ro ⋅ R + R ⋅ R ) + L Ro + R
s2 + s ⋅ 1 se 1 se
+
1
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
vi + 1 ic + i1 1 vo
δ Rse+
- sL+R 1 sC
-
io
1
Ro
1
vo (s) L⋅C
= D⋅ (10.36)
vi (s) s2 + s ⋅
1
+
1
Ro ⋅ C L ⋅ C
d
v ap = v a1p − VD ⋅ =0 (10.37)
D
v c1 p = D ⋅ v a 1 p (10.38)
v c1p = VD ⋅ d (10.39)
Como não existe ondulação de tensão em vap (já que para este conversor Re = 0),
pode-se escrever, de (10.23):
VD = Vi + I c ⋅ ( rd − rt ) (10.40)
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di c
VD ⋅ d − v o = R 2 ⋅ i c + L ⋅ (10.42)
dt
v o = Ro ⋅ i o (10.43)
1
C∫
v o = R se ⋅ i 1 + i 1 ⋅ dt (10.44)
i c = i o + i1 (10.45)
d + 1
ic + i1 1 vo
VD Rse+
- sL+R 2 sC
-
io
1
Ro
vo (s)
= VD ⋅ F(s) (10.46)
d (s)
Ro ⋅ (1 + s ⋅ C ⋅ R se )
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
F(s) = (10.47)
C ⋅ ( Ro ⋅ R 2 + Ro ⋅ R se + R se ⋅ R 2 ) + L Ro + R 2
s + s⋅
2
+
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
VD = Vi + I c ⋅ ( rd − rt ) (10.48)
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50
Ganho (db)
0
Com Rse e R2
Sem Rse e R2
50
1 10 100 1000 1 10 4 1 105
Valores usados:
0 Vi=100 rm=1
Ro=10 δ=0,5
Fase (graus)
Rse=0,3 C=100uF
L=10mH
100 Po=250W
rt=0,1 rd=0,3
200
1 10 100 1000 1 10 4 1 105
f (Hz)
Figura 10.13 Diagramas de Bode relativos à figura 10.12.
Do modelo, Vin(s) = vi(s) e Iin(s) = ia(s). Admitindo um ciclo de trabalho constante (d = 0),
tem-se:
ia = D ⋅ ic (10.50)
s ⋅ C ⋅ Ro R 1
⋅ se + + 1
i c (s) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) Ro s ⋅ C ⋅ Ro
= (10.51)
D ⋅ vi (s) L + C ⋅ ( Ro ⋅ ( R1 + R se ) + R1 ⋅ R se ) R1 + Ro
s + s⋅
2
+
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
L + C ⋅ ( Ro ⋅ ( R1 + R se ) + R1 ⋅ R se ) R1 + Ro
E = s2 + s ⋅ + (10.52)
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
v i (s) 1 E ⋅ C ⋅ L ⋅ ( Ro + R se )
Z in = = 2⋅ (10.53)
i a (s) D 1 + s ⋅ C ⋅ ( Ro + R se )
v (S) 1
Zout = o / / Ro / / R se + (10.54)
i c (S) S ⋅ C
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Fontes Chaveadas - Cap. 10 MODELAGEM DE CONVERSORES UTILIZANDO MODELO DA CHAVE PWM J. A. Pomilio
Módulo
[Ω]
6
4 4 5
10 100 1000 1 10 1 10
100
Fase
(graus)
50
0 5
10 100 1000 1 10 4 1 10
f (Hz)
Figura 10.14 Comportamento da impedância de entrada.
Do diagrama de blocos,
vo (s)
= s ⋅ L + R1 (10.55)
i c (s)
Ro ⋅ R1 S⋅ L
⋅ 1 + ⋅ [1 + s ⋅ C ⋅ R se ]
L ⋅ C ⋅ ( Ro + R se ) R1
Zout = (10.56)
E
1.5
Módulo
[Ω] 1
0.5
0 4 5
10 100 1000 1 10 1 10
Fase
(graus)
20
40 4 5
10 100 1000 1 10 1 10
f (Hz)
Figura 10.15 Comportamento da impedância de saída.
[10.1] Vorpérian, V.: “Simplify PWM Converter Analysis Using a PWM Switch Model”.
PCIM, March 1990, pp. 10-15.
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Osc. S
Técnica de controle Osc. Osc.
(esquemático) MLP S I
Q R
Ref.
Ref. R
MLP
Ref.
Formas de onda
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T1
Vi (ac)
Retificador e Vo
Retificador de Elementos de
Filtro de
entrada e filtros Chaveamento
Saída
T2
Amplif. de erro e
Controlador MLP
T1
Vi (ac)
Retificador e Vo
Retificador de Elementos de
Filtro de
entrada e filtros Chaveamento
Saída
Ampl.
Ref erro
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11.2 TL494
5
.
R
C
Oscilador
Comparador
FF
Q
. Q1
.
. 4
. com tempo morto
-
CK
Q
. .
0,12V
0,7V
+
-
. Q2
0,7mA
. +
MLP
+
-
1 . +
2-
GND
Referência
Vref
Vcc
12
Amplif. de erro
7 5V
1 2 3 15 16 14
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comparador MLP (pino 3) seja determinado pelo amplificador que apresentar a tensão
mais elevada, o que leva à menor largura de pulso nas saídas. A tensão neste pino
encontra-se entre 0,5 e 3,5V.
O CI dispõe de uma fonte de referência interna de 5V
11.3 UC1840
Parada ext.: 4
Comp. + 6: Limiar de
R
+ Comp. limite de corrente
S Erro
Latch
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Entrada cc
Rr Rin N3
Entrada ca +Vin N1
Vref
R4 16 15
Cin N4
11
Rt Ger.
Vref
9 Rampa 10
Osc.
Ct Cr N5
N2
+Vin
R1
Rf Cf 1 Drive
17
Rb Cd
14
R5 Vref
18 Ampl.
PWM 12
Erro
2 Vref Rd
R6 R8
sub-tensão
R2
6
sobre-tensão 3 7
Limite
R3 corrente
R7
Rs
Stop 4 Rcs
Remoto Partida 8
Reset 5 Suave
13 Rdc
UC1804 Cs
dv V( linha )
= (8.1)
dt R R ⋅ C R
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11.4 UC1524A
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Vin
15
. + 5V
Referência 16
Vref
Rt
3
6
. Osc. . .Clock Flop
. . 11
Ea
Ct
7
+
R . 13
Cb
Compensação
9 Ampl. Erro
. -
PWM
S Latch
14
Eb
Inv.
N. Inv.
1 -
+
. 8
GND
4
200mV
-
+
. 1k 10
Shutdown
5
Limite de corrente . 10k
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
11.5 UC1846
Este CI, mostrado na figura 11.7, é adequado ao controle no modo corrente [11.1].
Possui uma fonte interna de referência de 5,1V +1%, usada também para alimentar
circuitos de baixo consumo. Um gerador de rampa, com freqüência fixa, determinada por
um par RC conectado externamente (pinos 9 e 8), pode produzir um sinal de 1MHz. Um
sinal de sincronismo é fornecido no pino 10. O sinal de saída do oscilador tem um tempo
baixo mínimo, o qual inibe ambas as saídas durante um intervalo, garantindo um tempo
morto mínimo. A duração deste intervalo depende também do resistor e do capacitor do
oscilador, sendo coincidente com o intervalo de diminuição da tensão da onda dente de
serra.
Vin . + 5,1 V
Referência Vref
15
Sub- .
2
Vc
Sinc.
tensão
T
Q . . 13
Saída
11 A
Rt
10
. Clock
FF
Q
..
9 Osc.
Ct
8
Comp.
. . Saída
B
4
3 -
X3
+
PWM
+
-
S R
. 14
12
GND
S Q
Sensor de corrente
0,5 mA
0,5V
. .
1 Limite de
Corrente
6
Ampl. Erro
-
. . +
-
16
Shutdown
+ 350mV 6k
5 Comp.
7 Compensação
Figura 11.7 Diagrama de blocos do UC1846
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Rs Saída
+ 4
X3
+ Rs - 3
3
X3
-
(c)
4
(a)
+ 4 I
X3
+ - 3
Cf Rs
3
X3 Trafo de corrente
-
4
(d)
Spike
(b)
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
11.6 GP605
1 Sobretensão 12
RSD Soft-start
Subtensão
Soft-start
Remoto
15
UV/OV
13
VCO
14 VCO Monoestável
R
11 3
C 5V Vref
9
Ton
8
Out A
10 FF
Seq.
6
Out B
5
GND
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 11-11
Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
11.7 MC34262
A maneira mais simples de obter uma tensão CC para alimentar uma fonte
chaveada, a partir da rede, é utilizar um retificador e um filtro capacitivo. O capacitor se
carrega apenas quando a tensão da entrada for maior do que a tensão sobre ele, o que
implica em um pico de corrente pela alimentação. Isto resulta em um fator de potência
muito baixo (entre 0,5 e 0,7), além de grande conteúdo harmônico da corrente. A figura
11.12 mostra o circuito e a figura 11.13 mostra as formas de onda da corrente e da tensão
de entrada .
Carga
+
Vac
Conversor
Um fator de potência mais elevado pode ser obtido por meio de um filtro passivo
de entrada, mas o qual deve operar em 60Hz, chegando-se, nos melhores casos a um fator
de potência de 0,9.
Uma solução mais adequada é o uso de um circuito ativo [11.3], o qual possibilita
um fator de potência praticamente unitário, além de, por operar a alta freqüência, permitir
o uso de elementos de filtragem de baixo valor e tamanho.
Estes circuitos ativos podem ser, por exemplo, conversores elevadores de tensão
(de uso mais generalizado) ou ainda conversores abaixadores-elevadores. A figura 11.14
mostra um exemplo.
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
Carga
MC +
Vac 34262
Conversor
Cap. para Pré-regulador
altas freq.
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
Tensão da rede
ID5
Corrente de IQ1
entrada
corrente média
ON
OFF
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Fontes Chaveadas - Cap. 11 CIRCUITOS INTEGRADOS DEDICADOS J. A. Pomilio
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 11-15
Fontes Chaveadas - Cap. 12 CARACTERIZAÇÃO DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 12-1
Fontes Chaveadas - Cap. 12 CARACTERIZAÇÃO DE FONTES CHAVEADAS J. A. Pomilio
+100%
+30%
+6%
100% Regime
-30%
-70% -13%
-42%
0%
.001 .01 0.1 1 10 100 1000 ciclos
100u 1m 8.33m .1 .5 2s
+ +
Fonte
carga
Vi sob teste nominal
osciloscópio
- -
Tensão de entrada
100%
0
Tempo de sustentação
Vo
Vomin
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Vomax − Vomin
Regulaç ão de Linha = ⋅ 100 (12.1)
Voideal
onde Vomax e Vomin são medidas, respectivamente, à máxima e mínima tensão de entrada.
+ +
Fonte
Carga
Vi V sob teste nominal Vo
ajustável
- -
Vomax − Vomin
Regulaç ão de carga = ⋅ 100 (12.2)
Voideal
onde Vomax e Vomin são medidas, respectivamente, a 50% e 100% da carga nominal.
+ +
Fonte
1/2
Vi sob teste carga Vo
1/2
nominal nominal carga
nominal
- -
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Embora este parâmetro não seja usualmente publicado, ele é uma informação
interessante, especialmente para o projetista, uma vez que permite verificar o desempenho
do sistema de controle utilizado.
É basicamente um teste para medir o tempo necessário para que a realimentação
corrija a tensão de saída na ocorrência de uma variação em degrau na carga.
Este é um parâmetro que é pior nas fontes chaveadas do que nas lineares, dada a
limitação (ao inverso da freqüência de chaveamento) no mínimo tempo de resposta.
Em geral são necessários alguns ciclos para que ocorra a correção desejada. Isto
ocorre principalmente por que o filtro de saída impede uma resposta rápida à mudança na
carga, sendo necessário algum tempo para que todo o sistema atinja o novo ponto de
operação e possa corrigir a saída.
Tempos muito longos podem indicar um ganho CC muito baixo e ainda uma
freqüência de corte muito reduzida. Quanto mais os parâmetros do compensador são
ajustados para uma situação conservativa em termos de estabilidade, pior a resposta
dinâmica.
A figura 12.5 mostra o arranjo para a realização do teste.
+ +
Fonte
1/2
Vi sob teste carga 1/2
nominal nominal carga
nominal
osciloscópio
- -
carga
100%
50%
tempo de resposta
Vo
Este teste verifica se a isolação entre a entrada, chassis e saída(s) excede um valor
de tensão mínima especificado. As tensões de teste são, tipicamente, CA (50 ou 60Hz),
podendo ser substituídas por uma tensão CC com um valor equivalente ao pico da tensão
CA.
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+ +
Todas as
Entrada e retorno Fonte saídas e
sob teste
curtocircuitados retornos
curtocircuitados
conjuntamente
Alta - -
Tensão
CC
+ +
Todas as
Entrada e retorno Fonte saídas e
sob teste
Curto-circuitados retornos
curto-circuitados
conjuntamente
Alta - -
Tensão
Chassi/terra
CC
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Todos os caminhos nos quais circula corrente elevada devem ter o menor
comprimento possível, o que implica na proximidade física entre os componentes de
potência. Os elevados dv/dt e di/dt advindos do chaveamento devem ser minimizados por
meio de supressores e amaciadores.
Normalmente as fontes são colocadas dentro de caixas metálicas, as quais confinam
os campos magnéticos produzidos (baseando-se na teoria da esfera Gaussiana). A
blindagem deve envolver todo o circuito que produz interferência, formando um "curto-
circuito" em torno a ele. Qualquer junção na blindagem deve ter uma resistência de contato
muito baixa, sob o risco de se perder sua eficácia.
Limite
dB(uV) Medidas à distância de 10 m
50
40
37dB
30
Figura 12.8 Limites de IEM irradiada para equipamento ISM, grupo 1, classe B
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de fator de potência) são os principais responsáveis pela existência de IEM conduzida pela
rede.
No caso das correntes pulsadas, esta razão é óbvia, uma vez que a corrente presente
na entrada do conversor está sendo chaveada em alta freqüência, tendo suas harmônicas
dentro da faixa de verificação de IEM conduzida.
. L1
. L2
. 9 a 150 kHz
L1=250uH
150kHz a 30MHz
L1=0
C1 C2 C3 L2=50uH L2=50uH
Fonte
C1=4uF C1=0
Rede Vo C2=8uF C2=1uF
CA R1 R2 R3 C3=250nF C3=100nF
.. . . R1=10
R2=5
R3=1k
R2=0
R3=1k
Analisador
de Espectro
(50 ohms)
dBuV
100
90
80
70
60 Classe A
50 Classe B
Figura 12.10 Limites de IEM conduzida pela norma CISPR 11 (equipamentos de uso
Industrial, Científico e Médico - ISM)
A redução dos níveis de IEM conduzida pode ser obtida com o uso de filtros de
linha [12.6]. Seu objetivo é criar um caminho de baixa impedância de modo que as
componentes de corrente em alta freqüência circulem por tais caminhos, e não pela linha.
Devem-se considerar 2 tipos de corrente: a simétrica e a assimétrica.
No caso de correntes simétricas (ou de modo diferencial), sua existência na linha de
alimentação se deve ao próprio chaveamento da fonte. A figura 12.11 mostra esta situação.
A redução da circulação pela linha pode ser obtida pelo uso de um filtro de segunda ordem,
com a capacitância oferecendo um caminho de baixa impedância para a componente de
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corrente que se deseja atenuar. Os indutores criam uma oposição à fuga da corrente para a
rede. Em 60Hz a queda sobre tais indutâncias deve ser mínima.
Já para as correntes assimétricas (ou de modo comum), como sua principal origem
está no acoplamento capacitivo do transistor com o terra, a redução se faz também com um
filtro de segunda ordem. No entanto, o elemento indutivo deve ser do tipo acoplado e com
polaridade adequada de enrolamentos, de modo que represente uma impedância elevada
para correntes assimétricas, mas não implique em nenhuma impedância para a corrente
simétrica. Os capacitores fornecem o caminho alternativo para a passagem de tal
componente de corrente.
rede
.. fonte
aterramento
Filtro de linha
[12.1] “CISPR specification for radio interference measuring apparatus and measurement
methods”. International Electrotechnical Comission, International Special
Committee on Radio Interference, CISPR 16, second edition, 1987.
[12.6] Nave, Mark J.: “Power Line Filter Design for Switched-Mode Power Supplies”. Van
Nostrand Reinhold, New York, 1991.
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