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Capacitor, antigamente chamado condensador, é um componente que armazena energia num campo elétrico,
acumulando um desequilíbrio interno de carga elétrica. (definição segundo a wikipédia)
Não pretendo falar sobre exatamente o que um capacitor, como ele funciona e sua física envolvida. Esta pagina tem
o caráter didático de exemplificar alguns dos tipos de capacitores encontrados e como você lida com a leitura de seus
valores. Visto que em alguns tipos de capacitores, existe uma BAITA confusão, até mesmo entre os mais experientes. E
já deixo de aviso, caso eu mesmo cometa algum erro, não se acanhe em me corrigir.
Esta pagina é um apanhando de várias pesquisas feitas no próprio Google, e meus conhecimentos sobre capacitores.
Pode conter algum erro, se encontrar não se acanhe em me corrigir.
Capacitores tem o seu valor especificado em Farads que é a unidade básica, mas por conveniência e facilidade na
representação numérica é mais comum se utilizar de submúltiplos dessa unidade básica.
Imaginemos um capacitor de 100000pF. concorda que é um numero muito grande para gravar no corpo de um
capacitor? A solução é puxar a "virgula" três casas para a esquerda e subir um submúltiplo (Obs.: dividir um valor por
1000 tem o efeito de puxar a virgula em 3 casas a esquerda). Assim sendo este mesmo capacitor pode ser grafado como
100nF. Mas em alguns caso, com este valor pode acontecer uma simplificação maior ainda. Então basta deslocar a
"virgula" mais 3 casas a esquerda e subir mais uma unidade. Assim sendo o mesmo capacitor de 100000pf também pode
ser representado como 0,1µF
Bom, vamos falar dos capacitores em si, vamos começar pelos tipos mais comuns e conhecidos. Sempre irei fazer um
recorte da foto acima, e ao lado o texto correspondente. Começando...
Capacitor Cerâmico.
Certamente o tipo mais comum e conhecido deles. O capacitor cerâmico de disco ou mais simplesmente chamado de
capacitor cerâmico, consiste basicamente em um disco de cerâmica, com uma fina camada metálica em cada uma de
suas faces, geralmente esta camada metálica é uma deposição de prata.
A maior confusão neste tipo de capacitor fica por conta da leitura de seu valor quando abaixo de 1nF. Existem dois
"padrões" que causam muita confusão e certamente é o motivo de muitos circuitos de RF acabarem não funcionando na
mão dos menos experientes.
O sistema que tenho visto com mais freqüência é o apresentado na figura abaixo, onde os dois primeiros números são
os dígitos do valor e o terceiro é o fator de multiplicação.
O digito de multiplicação, quer dizer a quantidade de zeros que você deverá colocar a direita dos dois primeiros
números. Lembre-se que a menor unidade de medida dos capacitores é o pF (pico farads) então todos os capacitores
partem da premissa do valor marcado em pF.
Assim sendo, o exemplo da figura abaixo, marcado como 103, você deverá ler como:
Os cerâmicos são encontrados desde valores extremamente baixos como 0,5pF até por volta de 470nF. A tensão de
isolação nos capacitores modernos (que você vai encontrar a venda no balcão) é geralmente de 25 ou 50V. Capacitores
de tensão maior atualmente vem com a tensão estampada no corpo, geralmente você vai encontrar cerâmicos para
1Kv. Os reaproveitados de sucata, se estas forem de velhos equipamentos valvulados, costuma ser de 100V até 500V.
Fica um pouco complicado determinar a tensão máxima nestes casos, mas o tamanho do corpo do capacitor
geralmente é uma boa pista. Cerâmicos com isolação maior tendem a ser de maior diâmetro e mais espessos.
Porem é preciso tomar muito cuidado com a marcação de capacitores abaixo de 100pF, pois ai os dois sistema podem
se misturar e se você não conhecer bem o assunto ou não tiver um capacimetro, certamente pode se dar mal.
Um capacitor de 120pF, como do exemplo acima (o capacitor do meio) pode vir marcado como 121K que quer dizer
12 + um 0 = 120 ou também pode vir simplesmente marcado 120K. Note que não será 12 + nenhum zero e sim 120pF a
10% de tolerância. Pode parecer meio estranho mas é assim mesmo. Olhe o exemplo abaixo, de capacitores reais.
Todos são de 180pF mas cada um marca de um jeito.
Até parece sopa de letrinhas né? Bom, continuando... Nos capacitores atuais, quando você encontrar uma "pinta
preta" no topo do capacitor isso quer dizer que ele é NP0 (NP Zero e não NP Ó - Coeficiente de temperatura nulo ou
compensado), isso quer dizer sobre o seu coeficiente de temperatura. O coeficiente de temperatura também pode vir
codificado no sistema EIA conforme a tabela abaixo (como o caso dos capacitores da foto acima).
Classe 2:
Classe 1:
Além do sistema de marcação encontrado acima, existe um outro que já foi abandonado a muito tempo, mas por
sorte ainda é possível encontrar capacitores marcados desta forma em equipamentos bem antigos. São os capacitores
marcados por três listras coloridas como na foto abaixo:
Neste capacitores, o sentido de leitura é de " baixo para cima", ou seja você tem que girar o capacitor de forma que
seus terminais fiquem para cima. Dai a leitura processa-se como nos resistores. Tomemos o exemplo abaixo:
Marrom = 1
Verde = 5
Vermelho = x100
Como exercício, faça a leitura dos valores dos outros capacitores. Ah, em alguns deles parece haver apenas duas
faixas, mas não é verdade, a cor que não aparece direito é o marrom, pois devido a cor do corpo do capacitor, da
idade deles, a cor já esta meio desbotada e confunde-se com a cor da cerâmica.
O pequeno capacito quadrado de 12pF que esta na foto primeira foto dos capacitores cerâmicos, é um capacitor
tipo Plate. Abaixo temos uma foto de vários capacitores plate:
Plate é um tipo de capacitor cerâmico cujas principais vantagens e características são: Tamanho ultra reduzido,
grande estabilidade no valor da capacitância, baixo custo e uma estreita faixa de tolerância (+/-2% nos capacitores
NP0, ou TC, Temperatura Compensada). É um capacitor bastante usado em circuitos de VHF e UHF pelo seu tamanho
reduzido e estabilidade. Na tabela abaixo temos os principais tipos de capacitor plate. Neste link você pode baixar o
datasheet original de 1974 dos capacitores plate fabricados pela Ibrape, gentilmente cedido pelo Roland, PY4ZBZ.
A cor do corpo do capacitor e a faixa colorida que esta no topo, determina qual o tipo de capacitor e suas
características, conforme a tabela
Embora a tabela acima fale a partir de 1,8pF, você encontrará capacitores Plate de 0,56pF até 22nF. Os valores
entre 0,56pF e 820pF são marcados com o valor e a letra "p" minúscula. Valores de 1nF a 22nF vem marcados com o
valor e a letra "n" minúscula. Mas também podem vir marcados com a letra "n" minúscula, na foto acima temos alguns
exemplares com esta marcação.
Infelizmente este tipo de capacitor me parece que já não é mais fabricado, sendo possível encontrá-lo em estoques
antigos ou em sucatas. Se os encontrar, guarde-os com muito carinho!
Por fim falta falar dos "esquisitos" que estão a na foto ai a direita. Trata-se
de um capacitor cerâmico "Pin-Up" de fabricação da Ibrape (antiga divisão de
componente da philips), que eram muito utilizados em equipamentos philips.
É um capacitor cerâmico tubular, que era muito utilizado para
desacoplamento.
- TC = Temperatura Compensada
- GP = Uso Geral (General Purpouse)
- GMV = Valor mínimo garantido (Granted Minimum Value)
A leitura de seu valor segue o código de cores e o mesmo sistema utilizado nos resistores. Tem a tabela de cores no
datasheet acima ou mais pra baixo na sessão dedicada aos capacitores de poliéster, apenas ignore no caso desta tabela
as listras 4 e 5, pois os capacitores Pin-Up tem apenas 3 ou 4 listras e o significado da 4 listra é diferente, devendo ser
consultado no datasheet mencionado acima.
Também não é mais fabricado, e deve ser impossível encontrar mesmo em estoques antigos. O mais provável é
encontrar em sucatas de TV valvulada philips ou outras sucatas de valvulados.
O uso mais comum deste tipo de capacitor, era em circuitos sintonizados ou para desacoplamento. O valor é
impresso diretamente no corpo do capacitor. Quando na lateral deste houver uma marca preta, quer dizer que são do
tipo NP0 e se for roxa, é do tipo N750. Se não houver marca colorida nas pontas, será do tipo "GP", "S" ou "GMV". Para
maiores detalhes consulte o datasheet disponibilizado aqui (é o mesmo dos capacitores do tipo "pin-up").
Um lugar que ainda pode-se ver esse tipo de capacitor tubular, são em bobinas de FI de rádios transistores, na parte
debaixo da forma da bobina, sempre tem um pequeno capacitor tubular.
Capacitor Eletrolíticos.
Apenas a temperatura merece uma explicação um pouco mais detalhada. Os capacitores de 85ºC são utilizados na
maioria dos circuitos "convencionais" que trabalham com DC e sinais de áudio.
Os de 105ºC são utilizados em circuitos de fonte chaveada e onde é necessário uma temperatura de trabalho maior.
Você pode colocar sem problemas um capacitor de 105ºC no lugar de um de 85ºC mas nunca o contrário. Um
problema que afeta muito os capacitores eletrolíticos é a variação de sua ESR (resistência interna). Alguma coisa já foi
explicada neste texto. Capacitores que tem usa ESR elevada causam mal funcionamento em fontes chaveadas, e é
bastante comuns encontrá-los com vazamento do eletrólito ou estufados.
A tensão de trabalho merece uma atenção. Você sempre pode usar um capacitor de tensão de trabalho maior do que
o indicado, mas obviamente nunca o contrario. Os únicos dois problemas nessa substituição fica por conta do tamanho
(já que capacitores de tensão de isolação maior costumam ser maiores) e o preço.
Eletrolíticos são encontrados a partir de 0,1µF a até capacitores gigantes de 500.000µF ou até maiores mas mais
raros. Alem disso existem dois tipos de eletrolíticos: Polarizados e Bipolares (despolarizados). Os modelos bipolares são
utilizados com muita freqüência em divisores para caixas de som.
A marcação do terminal positivo e negativo requer um pouco de atenção, pois alguns fabricantes marcam no corpo
do capacitor o pólo negativo (mais comum) e alguns o pólo positivo. Mas nos capacitores Radiais, existe uma regra
prática, o terminal mais comprido sempre é o positivo.
Por ultimo eles também podem ser classificados como Axiais e Radiais. Na foto acima o capacitor laranja é Axial e os
outros dois Radiais.
Os capacitores de poliéster, obviamente são feitos de uma fina lamina de poliéster e aplicado uma fina lamina
de alumínio em uma de suas face. Um sanduíche é feito empilhando varias camadas de poliéster a alumínio, de
modo a construir o capacitor. Dessa forma o capacitor fica bastante compacto. Um exemplo desse tipo é o
capacitor prateado que esta ao lado do capacitor azul.
O capacitor de poliéster metalizado tem uma peculiaridade bastante curiosa, que é sua "auto regeneração" no caso
de centelhamento entre as camadas, por pulsos de tensão acima do especificado. No caso de haver uma centelha o
material metálico depositado sobre a folha de poliéster evapora (por ser uma camada muito fina), removendo a
possibilidade de curto-circuito.
Alternativamente pode ser utilizada uma folha de poliéster sem metalização e enrolado juntamente com uma folha
de metal, um "tubo" ou rolo. Dessa forma se consegue uma tensão de isolação muito maior, porem o capacitor fica
grande. É o exemplo do capacitor marrom e do grande capacitor amarelo.
A espessura da folha e a quantidade enrolada determina sua capacitância.
Os capacitores de poliéster podem utilizar dois métodos para marcar seu valor e tensão de isolação. O meio mais
comum e atual consiste em imprimir diretamente no corpo do capacitor o valor, tolerância e a tensão de isolação.
Quando houver a marcação da tolerância, este usará o mesmo método dos capacitores cerâmicos, porem com uma
menor quantidade de valores, conforme a tabela abaixo.
Modelos mais antigos, geralmente fabricados pela Ibrape usam o sistema de código de cores. Estes eram conhecidos
como "zebrinha" devido a suas listras coloridas. Este sistema usa 5 faixas coloridas que indicam o valor, tolerância em %
e a tensão de máxima de trabalho. Veja aqui o datasheet original colorido desses capacitores, editado em 1971,
gentilmente cedido pelo Roland, PY4ZBZ.
A leitura é feita de cima para baixo e segue o mesmo sistema utilizado nos resistores, onde as duas primeiras listras
indicam os dois primeiros dígitos do valor, a terceira indica o numero de zeros, a quarta a tolerância e por fim a quinta
listra indica a tensão de isolação.
Os capacitores de poliéster estão disponíveis com valores desde 1nF ate 4,7µF . Outra observação importante é que o
capacitor de poliéster não tem polaridade.
Capacitor Supressor de Ruído
(Classe Y ou X)
O capacitor do tipo "Y" é cerâmico e é utilizado para desacoplar a rede elétrica para o chassi do equipamento ou
aterramento. Com pode observar pela foto ao lado em geral eles são da cor azul e junto com o valor vem impresso
toda sorte de logotipo ou código de certificação.
Já o capacitor do tipo "X" é construído tal como os de filme de poliéster e é utilizado em paralelo com a linha de
alimentação. E também em seu corpo há um grande quantidade de logotipos e código de certificação. É possível
encontrar capacitores deste tipo sem os logotipos de certificação, mas é necessário ficar esperto, pois alguns
fabricantes, para cortar custos costuma usar capacitores cerâmicos e de poliéster comuns nessa aplicação.
Você vai encontrar este tipo quase sempre na entrada da rede elétrica de equipamentos que usem fonte chaveada.
Snubber
Aqui apenas uma notinha. Você pode topar com algo deste tipo por ai: Um capacitor e um resistor em série,
encerrado dentro de um bloco de resina. Isso é um snubber, um filtro RC utilizado para minimizar o faíscamento de
contatos de relés, escovas de motores e ruído de chaveamento causado
por SCR e Triacs.
São empregados também no acoplamento entre estágios de alta freqüência e filtros RC, capacitor de amostragem
para conversores ADC e circuitos osciladores.
É necessário tomar alguns cuidados ao utilizar e manusear estes capacitores, pois os terminais geralmente são frágeis
e partem com muita facilidade, rente ao corpo do capacitor. E também são sensíveis ao calor, por não terem nenhuma
proteção mais resistem ao lado de fora de seu corpo, tome cuidado para não tocar o ferro de solda em seu corpo ou
colocá-lo perto de fontes intensas de calor, como resistores de fio.
O valor é expresso em pF (pico-farads), no exemplo ai ao lado o capacitor maior esta marcado 10000K, ou seja é um
capacitor de 10000pF ou 10nF, A letra K indica que ele tem tolerância de ±10%. Outra letras podem ser usadas, a
tabela abaixo tem a equivalência de cada letra.
Observe também que alguns dos capacitores da foto acima, apresentam um anel vermelho ou preto em um dos lados
do capacitor. Isso não indica que ele é polarizado mas sim o lado preferencial para colocar do lado GND (preto ou sem
cor) ou ao +Vcc ou ainda lado com potencial maior. São capacitores de difícil obtenção hoje em dia, mas bastante
comuns em sucatas de equipamentos da década de 70 e 80, principalmente de TV a válvula.
Capacitor de Mica.
Por não possuir terminais e ser soldado diretamente sobre as trilhas da placa, isso minimiza as indutâncias parasitas
que terminais introduziriam no circuito. E isso também ajuda bastante na dissipação de calor quando trabalhando com
potencias elevadas.
Por fim falta falar do ultimo tipo de capacitor de mica, o grandalhão marrom da foto. Este é conhecido como
"capacitor castanha" e é empregado em circuitos de RF de alta potencia e/ou alta tensão. É um capacitor
dimensionado para agüentar altas correntes de RF o que não é possível com os capacitores comum. Geralmente os
capacitores castanha são feitos sob encomenda e inclusive alguns deles são feitos e testados especificamente em uma
freqüência determinada.
No Brasil capacitores de mica são fabricados pela ICL capacitores, na cidade de Pouso Alegre - MG.
Capacitor Variável, Ajustável e Trimmer
O modelo retangular, o clássico "trimmer cerâmico" de 3 - 30pF e o padder, usam isolação de mica. São bons para
circuitos que trabalhe com tensão elevada. O padder é um tipo de capacitor ajustável, seu valor geralmente é bem
mais alto que o dos trimmers. Trimmers geralmente atingem 150pF enquanto o padder pode chegar a 500pF. O padder
é bastante usado em rádios valvulados para correção de freqüência do oscilador local e/ou do rastreio da bobina de
antena.
O modelo redondo esquisito que esta bem embaixo na foto é um trimmer concêntrico Philips. O grandalhão a
esquerda é o clássico variável de sintonia, a ar.
Os capacitores variáveis costuma usar recortes diferenciados em suas placas, que acabam por determinar o seu modo
de trabalho, ou seja se serão de variação linear de freqüência, comprimento de onda ou capacitância.
A tensão de isolação dos capacitores variáveis a ar é dada pela distancia de suas placas, assim sendo capacitores pra
trabalho com altas tensões, como em taque PI de amplificadores lineares, necessita de um espaçamento compatível
nas placas para não centelhar. O centelhamento é um efeito indesejado e pode estragar o capacitor, provocando furos
nas placas dependendo do caso.
Um "meio termo" entre os variáveis e os trimmer são os "mini variáveis" ou capacitores ajustáveis, como os da foto ao
lado. São usados em circuitos de RF onde é necessário ajuste interno, pois seu eixo é curto e o ajuste feito por uma
fenda onde você encaixa uma chave de fenda para o ajuste.
Na parte superior da foto á um tipo bastante curioso de trimmer que é o tipo "borboleta". Este capacitor tem como
característica poder funcionar como um capacitor duplo (aterrando-se o eixo) ou um trimmer para altas correntes de
RF se usar somente as placas externas e isolar o eixo, pois um capacitor variável comum, com o eixo móvel dentro de
uma bucha ou rolamento, pode não prover um contato elétrico 100% livre de falhas. Um uso típico do capacitor
borboleta é nas antenas loop-magnéticas.
Os trimmers coloridos miniatura muRata TZ03 (o modelo verde da foto acima) tem um código de cor que indica sua
capacitância máxima e mínima e outros parâmetros conforme a tabela abaixo:
Já os trimmers DAU (o modelo amarelo da foto acima) utilizam outra codificação de cores, conforme a tabela
abaixo, alem de terem dois tipos distintos, os de PTFE (teflon) e de polipropileno. Como diferenciar um do outro?
Simples, os que tiverem as folhas isolantes (as que estão entre as placas) brancas leitosas, são de PTFE (Teflon) e os
que as folhas forem transparentes são de polipropileno.
Outros fabricantes podem utilizar outras codificações de cores, assim sendo no caso usar trimmers reaproveitados de
sucata ou quando comprados sem indicação do fabricante ou modelo, a melhor maneira de identificar a capacitância
máxima e mínima é medindo com um capacimetro ou LCMeter.
Um outro tipo de trimmer pouco conhecido na atualidade, é o trimmer tubular ou trimmer de pistão. É muito
usado em circuitos de UHF ou Microondas, onde o fator Q dos trimmers comuns é muito ruim.
Geralmente é constituído por um tubo de cerâmica ou vidro, com uma placa externa composta de uma camada de
deposição de prata ou mesmo um pequeno tubo metálico. Em seu interior há um parafuso que serve como a placa
interna e já prove o ajuste de capacitância.
A variação de capacitância destes trimmers é grande (diferença entre mínima e máxima), podem atingir poucos PF
quando o parafuso estiver totalmente fora do tubo, porem a capacitância máxima limita-se a algumas dezenas de PF,
dai o uso muito comum em circuitos de UHF.
Capacitor Multicamada.
Com a crescente miniaturização do circuitos, obviamente os componentes também quem que acompanhar, pois uma
coisa leva a outra. No caso dos capacitores cerâmicos, para se conseguir valores elevados com área diminuta, você
pode diminuir a espessura da lamina dielétrica.
- Tamanho reduzido
- Baixas perdas
- Capacitância estável
- Boa isolação
Essa técnica é empregada nos capacitores cerâmicos SMD e nos capacitores iguais ao da foto ao lado. Você vai
encontrar este capacitores em muitas placas de PC, no desacoplamento dos CI's. Não se assuste como uma coisinha tão
diminuta pode ter a mesma capacitância de um "trambolho" de um cerâmico de disco.
Capacitor de Tântalo.
Os capacitores de Tântalo utilizam o Óxido de Tântalo como
dielétrico. São utilizados geralmente em substituição ao
eletrolítico, onde é necessário miniaturização do circuito.
Tem uma baixa corrente de fuga e baixas perdas e tem uma vida
muito maior do que os eletrolíticos convencionais. É uma
tendência atual substituir os eletrolíticos em muitas aplicações por
capacitores de tântalo.
Os modelos SMD tem o corpo retangular, via geralmente o corpo tem a cor amarela ou preta. Já os modelos com
terminais (pin through hole) tem o formato de gota. A cor do corpo varia bastante de fabricante pra fabricante,
podendo ser amarelo, azul, vermelho, laranja, verde, entre outras cores.
Como são componentes polarizados, observe muito bem a indicação na hora de montar, pois um capacitor de tântalo
explodindo é bem pior no quesito "voar pedaços" do que os eletrolíticos, pois explodem quase que instantaneamente.
Alguns fabricantes utilizam a conhecida técnica de deixar o terminal positivo com um comprimento maior para facilitar
a identificação.
Capacitor feed through.
Em alguns modelos de baixo custo, o parafuso é substituído por um a espécie de "rebite" que você encaixa no chassi
e solda.
É possível encontrá-los em valores que vão desde poucos pF (usados em circuito de UHF e Microondas a alguns nF. Os
maiores que já vi foram de 10nF. Uma curiosidade é que em muitos deles não há qualquer menção ou anotação em seu
corpo sobre seu valor e tensão de isolação.
O uso principal deste tipo de capacitor é acoplamento do circuito de placa em amplificadores de RF valvulados,
filtros de RF da alta potencia e filtragem e desacoplamento.
A tensão de isolação em geral é bastante alta, já vi alguns para até 50Kv. E era enorme!
Capacitor a óleo.
Esse aqui é uma raridade. Não é mais fabricado, vou catalogá-lo aqui apenas para fins de registro. O capacitor óleo
era muito utilizado em equipamentos valvulados, e onde era necessário alta
isolação. Quem trabalhou com conserto de tv's valvuladas vai se lembrar
deste capacitor no circuito de saída horizontal.
Sua tensão de isolação varia entre 600 a 1600V. Os valores de 1nF a cerca de 47nF
Capacitor de papel.
Mais uma raridade que vou catalogar apenas pra fins históricos. É o capacitor de papel.
Este tipo de capacitor era muito usado nos primórdios da eletrônica, portanto será muito
difícil encontrá-los, exceto se você for restaurar algum radio valvulado muito antigo.
Eles eram constituídos por um tubo enrolado de papel e folhas metálicas e tudo isso
embebido em cera de abelha ou moldado em algum tipo de resina. Quando for o tipo
embebido em cera de abelha é fácil reconhecê-los, pois do lado externo sempre há uma
camada de cera pegajosa (e sempre lambuzada de sujeira). Uma forma de remover a sujeira e poder ler o valor do
capacitor é embeber um pano em WD40 e limpar tudo, porem sem remover muito da camada de cera. Os tipos
embebidos em cera de abelha foram os melhores tipos de capacitores de papel já feitos. A fabricação deste tipo data
por volta de década de 1930! Raramente dão problema.
Porém existem os tipos problemáticos. Existem alguns que são colocados dentro de tubos de vidro e selados com uma
resina ou piche. Em geral vai encontrá-los com essa resina desmanchando ou toda rachada, comprometendo a
integridade. Existem outros com o corpo moldado em resina e quase sempre essa resina esta toda craquelada ou
rachada. Quando encontrar deste tipo de capacitor, substitua por tipos mais modernos, pois invariavelmente eles já
não funcionam mais como deveriam, pois eles contaminam-se muito fácil com umidade.