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P936 – MORADIA CASA ALEGRE

FOZ DO DOURO, PORTO

Projeto de Execução de
Instalações Elétricas Gerais

Setembro 2016
MEMÓRIA DESCRITIVA
CONDIÇÕES GERAIS
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
DIMENSIONAMENTO
FICHAS TÉCNICAS

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ÍNDICE

Memória Descritiva .......................................................................................... 6


 Introdução .............................................................................................. 6
 Caracterização e Classificação do Imóvel .......................................................... 6
 Constituição do Imóvel ............................................................................ 6
 Codificação e classificação das influências externas .......................................... 6
 Classificação do Espaço ............................................................................ 7
 Estrutura da Rede de Energia Elétrica .............................................................. 7
 Ligação à Rede Pública ............................................................................ 7
 Estrutura da Rede .................................................................................. 7
 Dimensionamento da Rede ........................................................................ 8
 Contagem de Energia .............................................................................. 8
 Quadros Eléctricos ..................................................................................... 9
 Concepção ........................................................................................... 9
 Quedas de Tensão .................................................................................10
 Poder de Corte dos Aparelhos de Protecção.................................................... 10
 Instalação de Iluminação Interior ..................................................................... 10
 Introdução...........................................................................................10
 Instalações de Iluminação Normal................................................................10
 Sistema de Comando .............................................................................. 11
 Instalação de Tomadas e Força Motriz .............................................................. 11
 Canalizações ...........................................................................................12
 Generalidades ......................................................................................12
 Protecção das Canalizações ......................................................................13
 Rede de Terras e Protecção.......................................................................... 13
 Protecção de Pessoas .............................................................................13
 Rede de Terras .....................................................................................16

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 Diversos ................................................................................................16
Condições Gerais ...........................................................................................17
 Objeto ..................................................................................................17
 Apresentação de preços .............................................................................. 17
 Prazo de garantia .....................................................................................17
 Elementos a fornecer pelo empreiteiro após adjudicação ......................................17
 Ensaios, arranques e funcionamento da instalação .............................................. 18
 Telas finais ............................................................................................. 18
 Recepção provisória ..................................................................................18
 Recepção definitiva................................................................................... 18
 Propostas ...............................................................................................18
Especificações Técnicas ................................................................................... 19
 Introdução ..........................................................................................19
 Cabos Eléctricos .......................................................................................19
 Generalidades ......................................................................................19
 Normas de Fabrico e Ensaio ......................................................................20
 Embalagem de Cabos .............................................................................20
 Dados Técnicos a Indicar com o Fornecimento ................................................20
 Ensaios .............................................................................................. 21
 Condições de Instalação dos Cabos Eléctricos .................................................21
 Tubagens ...............................................................................................22
 Especificações Técnicas .......................................................................... 22
 Condições de Montagem .......................................................................... 23
 Caixas ...................................................................................................24
 Especificações Técnicas .......................................................................... 24
 Condições de Montagem .......................................................................... 24
 Aparelhagem ...........................................................................................25
 Para Montagem Embebida ........................................................................ 25
 Para Montagem Exterior ou Montagem Saliente .............................................. 26
 Quadros Eléctricos .................................................................................... 26

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 Generalidades ......................................................................................26
 Especificações......................................................................................29
 Equipamento .......................................................................................29
 Iluminação ............................................................................................. 29
 Generalidades ......................................................................................29
 Iluminação Normal ................................................................................30
 Rede de Terra ......................................................................................... 31
 Generalidades ......................................................................................31
 Condutores de protecção ......................................................................... 31
 Recepção da Obra e Garantia .......................................................................32

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Memória Descritiva

 Introdução

A presente memória descritiva refere-se ao projeto de execução de instalações elétricas de


uma moradia localizada na Rua Alegre nº 44, Foz do Douro, 4150-035 Porto.

Serviram de base à sua elaboração, todos os regulamentos, normas e outras legislações


aplicáveis, nomeadamente, as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
(R.T.I.E.B.T.), a Norma Portuguesa NP-1270 e ainda recomendações da EDP.

Em tudo o omisso nas partes integrantes deste projeto prevalecerão os regulamentos e normas
referidas e demais disposições regulamentares em vigor.

 Caracterização e Classificação do Imóvel

 CONSTITUIÇÃO DO IMÓVEL

Trata-se de uma moradia constituída por três pisos, com garagem e um pátio.

 CODIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS

A codificação e classificação das influências externas nos vários espaços de acordo com as
secções 320.2 a 323.2 do R.T.I.E.B.T. é a que se apresenta no quadro em anexo.

CODIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE INFLUÊNCIAS EXTERNAS


LOCAL CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO INDICE DE PROTECÇÃO
MÍNIMO
Salas/Quartos/Corredores AA4+AB4+XX1 IP20 IK04
Instalações Sanitárias – Volume 0 AA4 +AB4 +AD7 +BB3+BC3 +XX1 IP67 IK04
Instalações Sanitárias – Volume 1 AA4 +AB4 +AD5 +BB3+BC3 +XX1 IP65 IK04
Instalações Sanitárias – Volume 2 AA4 +AB4 +AD4+BB2 + BC3 +XX1 IP24 IK04
Instalações Sanitárias – Volume 3 AA4 + AB4 + AD2 + BB2 + BC3+XX1 IP21 IK04
Cozinhas AA4+AB4+AD2+BC2+BE2+XX1 IP41 Ik04

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Zona Técnica / Arrumos AA4 +AB4+BC2 +XX1 IP40 IK04
Varandas / Pátios AA4+AB4+AD3+AN3+AR2+AS2+BC3+ IPX3 IK04
XX1
Conforme Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão
Conforme a NP EN 60529 e EN 50102

 CLASSIFICAÇÃO DO ESPAÇO

Para efeitos de aplicação das Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
(R.T.I.E.B.T.), considera se um local de habitação (conforme indicado na secção 801.0 das
R.T.I.E.B.T.).

 Estrutura da Rede de Energia Elétrica

 LIGAÇÃO À REDE PÚBLICA

A alimentação de energia elétrica à moradia tem origem distribuidor público e será efectuada
em Baixa Tensão.

As instalações serão executadas de acordo com as especificações apresentadas nas peças


escritas e desenhos anexos e obedecerão integralmente às Regras Técnicas das Instalações
Elétricas de Baixa Tensão, aprovadas pela Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro.

 ESTRUTURA DA REDE

A moradia será alimentada em baixa tensão, conforme indicado no ponto anterior, e será
dotada de um Quadro Geral de Entrada (Q.G.E.), localizado no piso zero, devidamente
dimensionado e identificado. Será a partir deste quadro que serão alimentados os restantes
quadros por cada piso.
A potência prevista na moradia é de 10,35kVA.

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 DIMENSIONAMENTO DA REDE

Os traçados das alimentações estão definidos nas peças desenhadas assim como a secção dos
condutores e o diâmetro dos tubos.

Para o seu dimensionamento teve-se em consideração a selectividade dos dispositivos de


protecção, as quedas de tensão admissíveis conforme R.T.I.E.B.T. e critérios de
uniformização, pelo que a interligação destes requisitos, conduziram, por vezes, a um
sobredimensionamento das canalizações.

Os dimensionamentos das canalizações foram efectuados, tendo por base os valores de


potência a alimentar, considerando-se que a queda de tensão admissível é de 1,5%, nos
termos do disposto na secção 803.2.4.4 das R.T.I.E.B.T..

A queda de tensão entre a origem da instalação e qualquer ponto de utilização, não deve ser
superior a 6% para a iluminação e 8% para outros usos, de acordo com a secção 525 das
R.T.I.E.B.T..

Deverá ser sempre sinalizada a alimentação a quadros parciais no sentido de indicar a origem
do quadro eléctrico que os alimentam, nomeadamente no que diz respeito aos quadros que se
encontrem em pisos distintos dos quadros de origem.

 CONTAGEM DE ENERGIA

A contagem de energia é feita na parte exterior da entrada da moradia, como mostra nas
peças desenhadas.

Os contadores serão instalados entre 1 metro e 1,70 metros de altura, em relação ao


pavimento.

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 Quadros Eléctricos

 CONCEPÇÃO

Na concepção dos quadros eléctricos ter-se-á em consideração a modularidade, assim como a


fiabilidade que se pretende para as instalações.

Os Quadros Eléctricos serão equipados com a aparelhagem de manobra e protecção necessária


e obedecerão às prescrições regulamentares aplicáveis, nomeadamente às secções 253.2 a
253.7, 481, 512.1, 512.2, 53 (nomeadamente 531 a 536 e 539), 801.1.1.5, 801.1.5.6 e
801.5.5.1 das R.T.I.E.B.T..

Todos os Quadros Eléctricos possuirão índice mínimo de protecção de IP44.

Os esquemas unifilares dos quadros são os que constam dos desenhos anexos.

Todos os quadros dispõem de sinalização de presença de tensão.

Por forma a uniformizar os aparelhos de protecção e os cabos a utilizar optámos na medida do


possível pela utilização de disjuntores com a mesma corrente nominal.

Os quadros serão genericamente instalados em armários técnicos.

Os barramentos dos quadros eléctricos deverão ter uma secção tal que permita uma densidade
de corrente de 2A/mm2.

O nº de barras dos quadros dever ser compatível com o nº de fases, neutro e condutor de
protecção.

Os quadros serão da classe II de isolamento.

Todas as canalizações até 16mm2 inclusive, terão a secção do neutro igual à fase. Nas secções
superiores a 25mm2, quando a secção do neutro for metade da secção da fase, foram previstas
protecções contra sobreintensidades de acordo com as regras indicadas na secção 473.3.2 e
524.2 e 524.3 através da instalação de disjuntores com protecção do neutro reduzido (disjuntores
com disparadores com protecção do 4º pólo neutro reduzido protegido 4P 3d + N/2).

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 QUEDAS DE TENSÃO

As canalizações foram dimensionadas de forma a que as quedas de tensão se encontrem


dentro dos limites admissíveis, respeitando o disposto na Secção 525 e 803.2.4.42 das
R.T.I.E.B.T..

 PODER DE CORTE DOS APARELHOS DE PROTECÇÃO

Os aparelhos de protecção terão capacidade de corte adequada às correntes de curto-circuito


expectável nos seus pontos de instalação.

 Instalação de Iluminação Interior

 INTRODUÇÃO

Os sistemas de iluminação preconizados têm como premissas de base a adequação à função, a


optimização dos respectivos custos em regime de exploração e a garantia de flexibilidade dos
diversos espaços de utilização.

Em termos de soluções serão consideradas no presente projeto instalações de iluminação


normal.

De acordo com o número de aparelhos de iluminação escolhido para os diferentes locais,


potências em jogo, condições de exploração previstas, recomendações, quedas de tensão
admissíveis (Secção 525 R.T.I.E.B.T.) e imposições regulamentares, projetaram-se os circuitos
de iluminação que figuram nas peças desenhadas.

Todas as canalizações que passem nos volumes das casas de banho, terão que ser embebidas a
mais de 0,05m de profundidade, tal como indicado nas R.T.I.E.B.T..

 INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO NORMAL

No que se refere à escolha do tipo de comandos de iluminação, teve-se em vista, não só a sua
fácil acessibilidade, rápida identificação, como também, garantir a sua adequação ao tipo de
exploração e utilização aos diversos compartimentos.

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No presente projeto são representados os pontos de luz, conforme as peças desenhadas.

 SISTEMA DE COMANDO

Nas instalações de utilização e em áreas especificas a solução que se propõe tem por base o
comando local, efectuado pelo utilizador actuando em:

- Interruptores;

 Instalação de Tomadas e Força Motriz

Para permitir a ligação de aparelhos de utilização de energia eléctrica de pequena potência,


serão instaladas, nos diferentes compartimentos, tomadas para usos gerais, cujo número e
localização foram definidos, tendo em atenção as condições de exploração e a previsível
implantação de mobiliário e/ou equipamento em cada um dos locais, de acordo com as regras
usuais nestes casos.

A alimentação dos circuitos respectivos será executada sempre a partir dos quadros
correspondentes.

Existirão determinados equipamentos especiais que não devem ser alimentados pelos circuitos
de tomadas de usos gerais, os quais, ou por serem de potência relativamente elevada ou pela
fiabilidade que deve ser exigida à respectiva alimentação, necessitam de circuitos dedicados a
esse fim.

As alimentações específicas destinam-se a alimentar os dispositivos terminais ou outros


afectos aos sistemas de segurança integrada, de telecomunicações e informático.

A fim de permitir a ligação de aparelhos de utilização de energia eléctrica, serão instalados


nos diferentes espaços, tomadas para usos gerais, cujo número e localização foram definidos
tendo em atenção as quedas de tensão admissíveis (Secção 525 R.T.I.E.B.T.), condições de
exploração e a implantação de mobiliário e/ou equipamento, previstos para cada um dos
locais, de acordo com as regras usuais nestes casos.

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O número, composição e traçado, dos vários circuitos, a executar de acordo com as indicações
constantes das peças desenhadas, foram determinadas em função do total de pontos de
utilização previstos e das potências dos aparelhos que a eles serão ligados, tendo em atenção
as recomendações regulamentares que aconselham, tanto quanto possível, a existência de um
máximo de oito pontos de utilização por cada circuito monofásico. Todos eles serão
estabelecidos directamente, a partir dos quadros das respectivas instalações de utilização.

As tomadas monofásicas serão do tipo "Schuko" com pólo de terra, alvéolos protegidos e
apropriadas para os tipos de instalações definidas, de acordo com as normas CEI.

Todas as canalizações que passem nos volumes das casas de banho, terão que ser embebidas a
mais de 0,05m de profundidade, tal como indicado nas R.T.I.E.B.T..

As tomadas a instalar nas salas destinadas a ginásio, serão maioritariamente instaladas no


pavimento, em caixas apropriadas IP 24 IK 07. A localização será confirmada em obra pela
fiscalização. Nas restantes zonas deverá privilegiar-se o tipo de instalação embebida em
paredes.

 Canalizações

 GENERALIDADES

Serão executadas com cabos enfiados em tubos sempre que se esteja em presença de
instalações embebidas.

Nos locais de instalação "à vista", como sejam arrecadações, locais técnicos, assim como nos
locais de instalação “oculta” (por cima do tecto falso) empregar-se-ão canalizações
constituídas por cabos rígidos enfiados em tubos, estabelecidos sobre braçadeiras.

Os cabos a utilizar nos circuitos de iluminação estão de acordo com as características dos
equipamentos a alimentar e com as R.T.I.E.B.T., nomeadamente no respeitante a
selectividade dos dispositivos de protecção e quedas de tensão admissíveis. A secção nominal
mínima nunca será inferior a 1,5mm2.

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Os cabos a utilizar nos circuitos de tomadas, força motriz e alimentações específicas estão de
acordo com as características dos equipamentos a alimentar e com as R.T.I.E.B.T.,
nomeadamente no respeitante a selectividade dos dispositivos de protecção e quedas de
tensão admissíveis. A secção nominal mínima nunca será inferior a 2,5mm2.

 PROTECÇÃO DAS CANALIZAÇÕES

A secção dos condutores que compõem as canalizações das instalações e o calibre das
respectivas protecções, foram dimensionadas por forma a serem respeitadas as relações:

Ib  In  Iz ; I2  1,45 Iz

Em que In, Ib, Iz e I2 definidos de acordo com as secções 254.2 e 433.2 do R.T.I.E.B.T. do
seguinte modo:

- Ib - Corrente de serviço;

- In - Corrente estipulada do dispositivo de protecção;

- Iz - Corrente admissível na canalização (de acordo com a secção 523 do RTIEBT);

- I2 - Corrente convencional de funcionamento de um dispositivo de protecção.

 Rede de Terras e Protecção

O objectivo fundamental da correcta concepção da rede de terras e dos sistemas de protecção


é o de garantir condições de segurança a pessoas e equipamentos, apoiada numa elevada
fiabilidade dos sistemas, não descurando a optimização dos respectivos custos de implantação.

Para tal, serão dimensionados adequadamente os condutores de protecção, de forma a limitar


as tensões de contacto a valores não superiores aos permitidos regulamentarmente, e escolher
convenientemente os aparelhos de corte automático.

 PROTECÇÃO DE PESSOAS

No estabelecimento das instalações, serão adoptadas as disposições destinadas a garantir uma


adequada protecção das pessoas contra contactos directos e indirectos.

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A protecção contra contactos directos assegura-se pelo cumprimento das disposições
regulamentares (isolamentos, afastamento das partes activas, etc.) de acordo com as
R.T.I.E.B.T..

A protecção contra contactos indirectos consiste neste projecto, para além do uso de
equipamento de classe II de isolamento, conforme indicado na secção 413.2 das R.T.I.E.B.T.,
na ligação directa das massas à terra e emprego de aparelhos de corte automático associado,
sensíveis à corrente de defeito. A protecção contra contactos indirectos deverá cumprir a
secção 701.413.1.6 (ligação equipotencial suplementar) das R.T.I.E.B.T..

As Medidas de protecção das pessoas (protecção contra choques eléctricos) serão asseguradas
pelo indicado nas secções 471 e 48 do R.T.I.E.B.T..

A protecção contra contactos directos será assegurada pelo cumprimento das prescrições de
segurança descrita na secção 412 do R.T.I.E.B.T., nomeadamente no que se refere a:

- Isolamento das partes activas (Secção 412.1);


- Protecção das partes activas por meio de Barreiras ou de invólucros (Secção 412.2);
- Protecção por meio de obstáculos (Secção 412.3);
- Protecção por colocação fora de alcance (Secção 412.4);
- Protecção complementar e por dispositivos de protecção sensíveis à corrente
diferencial residual (Secção 412.5).

Como equipamentos de protecção contra contactos indirectos prevê-se o recurso aos


aparelhos normais de protecção contra sobreintensidades (disjuntores) e aparelhos sensíveis à
corrente diferencial residual, dimensionados segundo os critérios de selectividade mais
aconselhados, tendo em atenção a optimização dos custos de execução e exploração, sempre
que sempre que possível adoptou-se a instalação de equipamentos/quadros da classe II de
isolamento, conforme disposto nas R.T.I.E.B.T..

Como solução geral, destinada a garantir a protecção das pessoas contra contactos indirectos,
adoptar-se-á a de "ligação à terra de todas as massas metálicas, associada à utilização de
aparelhos de corte automático sensíveis à corrente residual - diferencial, de média

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sensibilidade, disjuntora ou interruptora, conforme os casos, instalados nos diferentes quadros
eléctricos."

Haverá, portanto, um circuito geral de terra, ao qual estarão ligadas todas as massas
metálicas das instalações que, em funcionamento, não devem estar em tensão, tais como:

- Caixas do sistema de CATV e MATV;


- Pólos de terra das tomadas;
- Base metálica dos aparelhos de iluminação normal e de segurança;
- Estrutura dos tectos falsos;
- Carcaça metálica dos aparelhos de climatização ambiente e ventilação;
- Canalizações metálicas;
- Caixa do Armário de Telecomunicações Individual – ATI (bastidor);
- Centrais de detecção, alarme e sinalização;
- Estruturas resistentes metálicas ou as armaduras de betão armado;
- Todas as estruturas metálicas dentro dos diversos espaços, nomeadamente tubos de
água, bancadas, lavatórios, banheiras, etc;
- Outros.

A ligação à terra dos diversos aparelhos de utilização será feita a partir dos correspondentes
quadros eléctricos, devendo os respectivos condutores de protecção ser do mesmo tipo que os
condutores activos da canalização a que dizem respeito e fazer parte integrante da mesma.

No que diz respeito às características e montagem dos condutores de protecção serão


rigorosamente observadas as disposições das secções 543 das R.T.I.E.B.T..

Sendo a protecção de pessoas e equipamentos baseada na rigorosa observância das tensões


limite convencionais de segurança (50V e 25V), de acordo com o prescrito
regulamentarmente, tem importância fundamental a escolha dos aparelhos de corte
automático, o dimensionamento dos condutores de protecção e ainda o esquema utilizado nas
ligações à terra da instalação.

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 REDE DE TERRAS

A rede de terras da instalação será interligada à rede de terras existente na moradia. Para
diminuir os valores das tensões de contacto que possam ocorrer entre equipamentos
simultaneamente acessíveis, e limitá-los a valores compatíveis com condições de utilização
seguras, será estabelecida uma rede de terras que se sobrepõe ou é parte integrante dos
circuitos de distribuição de energia eléctrica.

No caso de não se verificar este valor, deverá ser acrescentado à instalação tantos piquetes
conforme o necessário para o cumprimento do valor atrás referenciado.

 Diversos

Em tudo o omisso nas partes integrantes deste projecto, prevalecerão, entre outros, os
regulamentos e normas a seguir referidos e demais disposições regulamentares em vigor:

- Regras técnicas de instalações eléctricas em Baixa Tensão (R.T.I.E.B.T.);


- Normas Portuguesas;
- Normas CEI.

Todos os equipamentos e materiais a utilizar nas presentes instalações deverão estar em


conformidade com as R.T.I.E.B.T., nomeadamente no que se refere à classe de isolamento II
para os quadros de colunas, caixas de protecção e contagem, caixas de contadores e quadros
de entrada, normas e regulamentações nacionais em vigor e à sua falta as normas CEI e
CENELEC.

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Condições Gerais

 Objeto

As presentes condições técnicas referem-se às instalações elétricas de uma moradia localizada


na Rua Alegre nº 44, Foz do Douro, 4150-035 Porto. O empreiteiro tem a seu cargo pelos
preços estabelecidos o fornecimento e montagem de todos os equipamentos e acessórios
necessários ao correto funcionamento das instalações eléctricas gerais.

O empreiteiro tem, também, a seu cargo e pelo preço estabelecido a realização de todos os
ensaios de acordo com a regulamentação em vigor e com o estabelecido neste projecto.

 Apresentação de preços

Com a proposta devem ser apresentados todos os preços unitários e compostos para os
materiais e equipamentos. Estes preços incluirão todos os encargos relativos a custos,
transportes e elevações, montagem e lucro.

Deverão ser fornecidos catálogos com as características de todos os equipamentos propostos.

 Prazo de garantia

O prazo de garantia dos equipamentos será de dois anos e de cinco anos para os restantes
materiais, após a recepção provisória e depois de resolvidos os defeitos de fabrico,
deficiências de funcionamento e montagem.

 Elementos a fornecer pelo empreiteiro após adjudicação

Após a recepção da encomenda, o empreiteiro deve fornecer:

 Fichas técnicas dos materiais a utilizar e, se a fiscalização assim o entender, amostras


dos equipamentos propostos;
 Layouts de quadros eléctricos e traçado de cablagens;
 Planeamento pormenorizado dos trabalhos;
 Planeamento financeiro.

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 Ensaios, arranques e funcionamento da instalação

O adjudicatário é responsável pela eficiência de toda a instalação e equipamentos, não


podendo a interpretação do projecto justificar deficiências. Por isso, deve o adjudicatário
incluir todos os elementos que, porventura omissos no projecto, considera indispensáveis ao
bom funcionamento das instalações e deve apresentar uma lista de preços destas omissões.

Deverá realizar todos os ensaios indispensáveis ao bom funcionamento da instalação,


conforme descrito nas condições técnicas específicas.

 Telas finais

Antes da recepção provisória deve o empreiteiro fornecer uma colecção dos desenhos finais de
todas as instalações e montagens realizadas, bem como todos os manuais de instalação dos
equipamentos, manuais de condução da instalação e plano detalhado de manutenção dos
equipamentos. Deve fornecer uma cópia de todos os documentos em suporte digital.

 Recepção provisória

A recepção provisória será após a conclusão dos trabalhos, dos ensaios, arranques e
verificação de funcionamento da instalação.

 Recepção definitiva

A recepção definitiva será no fim do prazo de cada garantia.

 Propostas

Os concorrentes deverão fazer acompanhar as suas propostas de um mapa de quantidades


necessários para a execução da obra, de acordo com as medições que fazem parte deste
Caderno de Encargos, e que poderá eventualmente ser completado, com outros elementos,
que o adjudicatário julgue necessários.

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Especificações Técnicas

 INTRODUÇÃO

Pretende-se neste capítulo, apresentar uma descrição das características técnicas e


construtivas dos equipamentos e acessórios das instalações eléctricas deste espaço, de modo a
que os concorrentes fiquem elucidados sobre a qualidade da obra que se pretende executar e
em conformidade, elaborarem as suas propostas.

 Cabos Eléctricos

 GENERALIDADES

Todos os cabos eléctricos serão de origem nacional, com capacidade de condução não inferior
à indicada na norma portuguesa NP-2356.

As secções dos condutores serão as que estão indicadas nas peças desenhadas, entendendo-se
que os valores indicados são mínimos, não sendo permitido em caso algum a sua diminuição.

Os condutores de protecção deverão ser do mesmo tipo dos condutores activos da canalização
a que disserem respeito e fazerem parte da mesma.

Os cabos eléctricos instalados no exterior (expostos às radiações solares) terão isolamento


com a cor preta.

Os condutores serão identificados pelas cores regulamentares seguintes:

- Condutores Fase: Preto, Castanho, Cinzento


- Condutores Neutro: Azul
- Condutores Terra: Verde/Amarelo

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 NORMAS DE FABRICO E ENSAIO

Os cabos eléctricos de Baixa Tensão deverão obedecer às seguintes normas de fabrico e


ensaio:

- NP - 2.365 (1984) - Fabrico


- NP - 2.366 (1984) - Ensaio
- CEI 502 (1983) - Fabrico
- CEI 540 (1982) - Ensaio
- CEI 189
- CEI 304

 EMBALAGEM DE CABOS

Os cabos serão fornecidos, por tipos e secções, enrolados em bobines, convenientemente


embalados, isto é, protegidos de danos no transporte e no manuseamento.

Estas bobines possibilitarão a montagem de um eixo central que se apoiará sobre macacos
durante a fase de montagem e terão as seguintes indicações bem visíveis e indestrutíveis pela
intempérie:

- Fabricante;
- Ano de Fabrico;
- Secção em mm2;
- Tipo de cabo;
- Tensão nominal especificada em Volts;
- Sentido de desenrolar;
- Quantidade em metros.

As extremidades dos cabos serão convenientemente seladas, de forma a protegê-los contra a


humidade.

 DADOS TÉCNICOS A INDICAR COM O FORNECIMENTO

Para os cabos eléctricos deverão ser indicados os seguintes dados técnicos:

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- Diâmetro exterior máximo em mm;
- Peso por unidade de comprimento em Kg/Km;
- Resistência Óhmica a 20ºC por unidade de comprimento em Ohm/Km;
- Indutância por unidade de comprimento em mH/km;
- Força de tracção máxima admissível para a montagem em Kg, para aplicação
por manga de tracção ou directamente aos condutores;
- Comprimentos máximos por secção e tipo de cabo nas bobines.

 ENSAIOS

Com a entrada dos cabos em obra, o Adjudicatário deverá apresentar os certificados dos
ensaios, por lotes estatísticos, conforme as normas CEI referidas.

Após a execução das diversas instalações e por fases, deverão ser realizados os seguintes
testes e verificações, objecto de relatórios a apresentar à Fiscalização/Dono da Obra:

- Verificação de etiquetagens;
- Controlo da fixação dos cabos;
- Ensaio da resistência de isolamento dos cabos de potência;
- Ensaio de continuidade de todos os circuitos;

 CONDIÇÕES DE INSTALAÇÃO DOS CABOS ELÉCTRICOS

Na montagem dos cabos eléctricos serão tidos em consideração os Regulamentos Nacionais em


vigor e também as seguintes condições:

- Os cabos de isolamento termoplástico de características não inferiores às dos


classificados sob o código 305100, poderão ser montados sobre abraçadeiras
extensíveis simples, duplas ou triplas, cuja tampa única deverá ser fixada por
meio de parafusos de latão.
- Os cabos serão agrupados em caminhos de cabos separados conforme sejam de
energia ou de telecomunicações.
- Os cruzamentos, entre cabos de energia e os cabos de telecomunicações,
deverão ser efectuados sempre que possível a 90°.

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- Os cabos da rede de distribuição de energia serão instalados de modo a
evitarem-se cruzamentos e serem facilmente acessíveis e identificáveis.
- O lançamento dos cabos nos caminhos de cabos deverá ser efectuado de forma a
evitarem-se esforços de tracção que lhes possam causar danos.
- Não serão permitidas emendas nos comprimentos dos cabos, salvo em casos
muito especiais e após autorização da fiscalização da obra.
- Os cabos eléctricos deverão ser marcados de acordo com a denominação e a
numeração dos circuitos eléctricos, através de cintas em PVC com placa cravada
durável, nas entradas e saídas dos quadros eléctricos, mudanças de direcção,
mudanças de compartimento e próximo dos equipamentos, nos percursos
rectilíneos os cabos eléctricos deverão ser marcados de 15 em 15 metros.
- No caso dos circuitos eléctricos constituídos por cabos monopolares, estes serão
agrupados em triângulo e segundo as fases L1, L2 e L3, mais o condutor de
neutro e o condutor de protecção quando for o caso. O conjunto será abraçado
por fivelas em PVC de metro em metro.
- Os cabos agrupados em triângulos, ou os cabos tripolares, serão montados ao
lado uns dos outros, afastados na horizontal e na vertical de uma distância igual
ao diâmetro.
- As extremidades dos cabos serão protegidas contra penetração de humidade.
Após um corte, a extremidade de secção que fica em armazém deverá de novo
ser protegida.

Durante o período em que o cabo aguarda ligação, as suas pontas deverão ser protegidas
contra penetração de humidade e contra acções mecânicas.

 Tubagens

 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

As tubagens a instalar serão na generalidade do tipo VD (código 5101100), quando embebidas


em roços nas paredes ou instaladas sobre tectos e paredes.

A tubagem quando embebida no betão será do tipo ERFE (código 7101100).

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A ligação dos tubos entre si, será feita por uniões de plástico do tipo apropriado, devidamente
colocadas, não sendo permitido abocardagens. A ligação dos tubos às caixas de passagem,
caixas de derivação, caixas de aparelhagem, caixas de aplique e quadros eléctricos será
executada através de boquilhas com porca e batentes, em PVC rígido devidamente coladas.

Não poderão ser diminuídos os diâmetros nominais das tubagens, indicadas nas peças
desenhadas. Em caso de omissão, as tubagens não poderão ter diâmetros nominais inferiores
aos indicados na Portaria n.º 949-A/2006 e R.T.I.E.B.T.. Toda a tubagem e respectivos
acessórios a utilizar nesta empreitada será de fabrico JSL ou qualidade equivalente.

 CONDIÇÕES DE MONTAGEM

No traçado das canalizações embebidas nas paredes, deverão ser evitados troços oblíquos,
devendo estabelecer-se troços horizontais ou verticais a partir dos aparelhos intercalados nas
canalizações, ao longo dos rodapés, ombreiras, sancas e intersecção de paredes. Os tubos
nunca poderão ser curvados, com raio inferior ao mínimo regulamentar.

Os tubos que correm paralelamente no mesmo roço deverão ficar afastados entre si de modo a
permitir que a argamassa de tapamento penetre entre eles ao longo de todo o percurso. O
tapamento dos roços só poderá ser efectuado depois de autorizado pela Fiscalização da Obra,
após vistoria efectuada. Contudo as tubagens poderão ser fixadas provisoriamente com
"pregos" de argamassa de cimento, mas nunca colocados sobre as uniões.

Quando a tubagem atravessa uma junta de dilatação do edifício, a referida tubagem deverá
ser instalada por forma a poder acompanhar o funcionamento da junta sem nenhum
inconveniente.

As tubagens que circulem à vista, quer nos tectos ou noutros locais, serão assentes sobre
abraçadeiras extensivas de aperto mecânico simples, duplas ou triplas, cuja tampa deverá ser
fixada por meio de parafusos de latão.

Em distâncias curtas admite-se que os tubos VD possam ser assentes na camada de


regularização do pavimento, desde que sejam imediatamente acompanhados com argamassa
logo após a montagem.

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Em distâncias longas, deverão ser consideradas caixas de passagem, de modo a facilitar o
enfiamento dos condutores na respectiva tubagem.

 Caixas

 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

As caixas (derivação, aparelhagem, aplique, etc.) a utilizar nas instalações embebidas, serão
de baquelite moldada, com tampas fixadas por parafusos de latão cromado ou cadmiado que
apertam em casquilhos de latão roscados e cravados nas próprias caixas.

As caixas de derivação serão largamente dimensionadas e não terão dimensões inferiores a


80x80x40 mm até 6 entradas e 120x80x40 para além de 6 entradas.

As caixas a utilizar nas instalações à vista para derivação de circuitos, serão de baquelite
moldada com parede de espessura não inferior a 1,5 mm na cor creme ou branca. Serão do
tipo estanque com junta que garanta essa estanquecidade e com tampa de aperto por quatro
parafusos de latão cromado ou cadmiado.

Todas as caixas a utilizar não deverão ser de qualidade inferior às de fabrico J. Santos ou
equivalente.

 CONDIÇÕES DE MONTAGEM

Não será aceite mais do que um tipo de circuito em cada caixa de derivação.

As caixas deverão ficar agrupadas e sempre em locais facilmente acessíveis.

Nas caixas de derivação, as ligações dos condutores deverão ser efectuadas por meio ligador
Wago, ou equivalente. As caixas deverão ser preparadas para utilização de bucins ou boquilhas
com porca consoante o tipo de instalação em que são inseridas. Estes acessórios deverão ser
sempre da mesma marca dos tubos utilizados. Nas instalações embebidas, não se aceita a
utilização de boquilhas de material maleável.

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Só serão admitidas derivações em caixas de aparelhagem desde que esta caixa tenha uma
profundidade conveniente (duplo-fundo), para permitir alojar a placa de bornes ou ligador do
tipo Wago, que deverá ser fixada no fundo da caixa.

Todas as caixas de derivação, ou de passagem serão convenientemente identificadas quer na


tampa respectiva quer no seu interior, através de letras que possam identificar facilmente o
circuito a que pertencem, como por exemplo:

IL - Iluminação

T - Tomadas

Etc.

O tipo e dimensão da identificação deverão ser sujeitas à aprovação da Fiscalização/Dono da


Obra.

 Aparelhagem

 PARA MONTAGEM EMBEBIDA

A aparelhagem de comando, manobra e utilização, deverá ter bornes de ligação por aperto
mecânico (mola ou parafuso). Antes de adquirida, a aparelhagem deverá ser submetida à
aprovação da Fiscalização/Dono da Obra.

Toda a aparelhagem de manobra (interruptores, comutadores, botões de pressão, etc.) serão


para 10A/250V, com IP adequado ao local de instalação. Os interruptores e comutadores serão
do tipo basculante para uma intensidade nominal de 10A.

As tomadas deverão estar dimensionadas para uma intensidade nominal 16A e serão do tipo
SCHUKO com pólo de terra e alvéolos protegidos. As tomadas para telefone e TV deverão ser
da mesma marca e modelo da restante aparelhagem.

Em situações em que se verifique a colocação de aparelhagem no mesmo local, esta deverá


ser agrupada através de espelhos duplos consoante os casos. Os espelhos serão colocados na
horizontal ou na vertical mediante confirmação da Fiscalização/Dono de obra.

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Toda a aparelhagem deverá ser fixada à respectiva caixa de aparelhagem (montagem
embebida) por meio de parafusos de latão ou cadmiados, não podendo em caso algum ser
fixada por meio de garras.

Prevê-se que a aparelhagem seja da marca THPG, white bakelite switch system – duroplast.

Os interruptores serão dos seguintes modelos:

 Toggle switch – duroplast;

 Single covering (redondos).

As tomadas serão dos seguintes modelos:

 Outlet with safety contact duroplast;

 Single covering.

 PARA MONTAGEM EXTERIOR OU MONTAGEM SALIENTE

Os aparelhos de comando, manobra e utilização serão do tipo estanque, com invólucro de


baquelite, bucins do tipo sede e de cabeça sextavada, igualmente em baquelite.

Os interruptores e comutadores serão de comando basculante e deverão ser previstos para a


intensidade nominal de 10A.

As tomadas levarão tampa com mola e batente vedante, serão dimensionadas para uma
intensidade nominal de 16A (monofásicas), providas com pólo de terra do tipo SCHUKO e
alvéolos protegidos.

 Quadros Eléctricos

 GENERALIDADES

Os quadros eléctricos deverão ser em poliéster com porta e fechadura e dotados de uma
estrutura em cantoneira com rigidez suficiente para suportar a actuação da aparelhagem a
manobrar.

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A distribuição da aparelhagem no quadro deverá ser criteriosa e simétrica.

Os quadros deverão ter um painel interior com rasgos para encastrar a aparelhagem e uma
porta exterior normal, para o caso destes ficarem acessíveis para pessoal não-qualificado. O
acesso a todos os componentes para manobra e manutenção deverá ser apenas pela parte
frontal e os órgãos sob tensão deverão ficar protegidos contra contactos acidentais, nas
condições normais de operação.

Os Quadros serão equipados com portas, com fechos de boa qualidade e respectivas chaves. As
portas terão dobradiças metálicas de alta qualidade, que permitam retirar a porta sem
desaparafusar as dobradiças.

Os barramentos serão construídos em barra de cobre electrolítico, dimensionado de acordo


com a intensidade nominal do quadro e a norma EN 60439-1.

Os quadros terão barras para as fases, neutro e terra.

Os barramentos serão fixados num material isolante, auto-extinguível, que suporta os esforços
dinâmicos e térmicos no caso de curto-circuito simétrico, de acordo com a norma EN 60439-1.

Os barramentos serão sempre montados em compartimento próprio, de modo a evitar curto-


circuitos acidentais, limitando também os estragos que estes possam eventualmente causar.

As barras serão identificadas de modo durável no tempo e resistentes a uma temperatura


elevada.

Toda a cablagem dentro dos quadros será feita por condutores flexíveis, na secção mínima de
4,0 mm2. Para ligações e derivações do barramento às aparelhagens de saída de elevada
potência, também é permitido utilizar barra de cobre flexível com isolamento.

Todos os condutores de derivação do barramento serão devidamente identificados em ambos


os extremos.

A cablagem horizontal entre secções do quadro será feita através de tampas plásticas para
evitar o contacto dos cabos com a estrutura metálica do quadro.

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Todos os circuitos de saída ligarão a uma régua de terminais convenientemente dimensionados
e identificados. Estas réguas ficam em compartimentos próprios sem outra aparelhagem, e
cada compartimento destes tem barras/terminais de neutro e terra para as saídas. Os
terminais de potência e comando serão sempre claramente separados.

Serão utilizados bornes com um e só um condutor por cada ponto de aperto (DIN VDE
0607/11.74, Clausula 3.1.8), podendo esse condutor ser rígido ou flexível. Os elementos
metálicos devem estar inseridos num invólucro isolante de forma a reduzir o risco de curto-
circuito e de contactos acidentais. Os bornes devem ter ainda um contacto preciso e
uniforme, cuja qualidade desse contacto seja independente do operador, devem ser isentos
de conservação, ou seja que a qualidade do contacto não seja afectada quando sujeito a
variações de temperatura ou inseridos em ambientes corrosivos.

Os compartimentos de conexão serão espaçosos a fim de facilitar a ligação dos cabos aos
terminais. A dimensão do compartimento de conexão deverá ser posto à consideração do dono
da obra durante a concepção da construção do quadro.

Todas as saídas deverão ser identificadas por etiquetas de alta qualidade, resistentes às
condições ambientais, com designação a indicar pela Direcção da Obra. É expressamente
proibido utilizar fitas do tipo Dymo.

A protecção dos quadros quanto à penetração de líquidos e poeiras, deverá ser adequada ao
local onde estão instalados, não sendo em caso algum inferior a IP44.

As saídas e entradas de cabos serão feitas através de bucins ou outras soluções equivalentes,
garantindo a classe de protecção do quadro.

A equipotencialidade eléctrica das partes metálicas será rigorosamente assegurada, por


exemplo, com ligações feitas em trança de cobre, ligando as várias partes metálicas.

Os quadros terão 20% do espaço para reservas não equipadas, além das reservas mencionadas
nos esquemas unifilares.

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Fará parte integrante dos quadros o seu esquema unifilar, fixado no interior da porta de cada
quadro.

 ESPECIFICAÇÕES

Os Invólucros dos quadros serão HAGER, ou equivalente, com portas exteriores opacas, em RAL
a definir em obra.

 EQUIPAMENTO

Serão instalados nos quadros eléctricos, todos os equipamentos indicados nas peças
desenhadas, indicando como referência de qualidade o equipamento das séries da HAGER, ou
equivalente.

Os disjuntores deverão ter as seguintes curvas de disparo:

. Curva C - Iluminação, tomadas de usos gerais

. Curva D - Força electro-motriz (motores, bombas, etc.)

 Iluminação

 GENERALIDADES

Os aparelhos de iluminação especificados neste caderno de encargos, deverão ser previamente


aprovados pela Fiscalização/Dono da Obra antes de serem adquiridos.

Os aparelhos de iluminação a propor deverão corresponder obrigatoriamente às especificações


indicadas no presente caderno de encargos, salvo se for sugerida a sua equivalência ao critério
do proponente ou indicados mais do que um modelo, dos quais será feita a necessária opção.

Todos os aparelhos de iluminação serão devidamente electrificados e equipados com lâmpadas


e demais acessórios.

As ligações dos condutores no interior das armaduras deverão ser executadas em placas de
terminais, com aperto por parafusos de latão ou cadmiados.

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Os acessórios dos aparelhos de iluminação como lâmpadas fluorescentes, balastros
electrónicos, condensadores e suportes, deverão ser de boa qualidade e durabilidade, de
consumo reduzido e de características adequadas às condições de funcionamento dos
respectivos aparelhos de iluminação.

Todos os balastros electrónicos deverão ser silenciosos e isolados a "Poliester" calibrados para
as potências das respectivas lâmpadas e de perdas reduzidas.

Os suportes das lâmpadas tubulares fluorescentes, serão de rotor, de forma a assegurar um


bom contacto eléctrico e uma perfeita fixação da lâmpada.

Todos os aparelhos de iluminação para lâmpadas fluorescentes deverão ser de alto factor de
potência, por forma a que o factor de potência não seja inferior a 0,98.

 ILUMINAÇÃO NORMAL

A iluminação normal a instalar será no interior da habitação e exterior. Foram previstos vários
pontos de luz interior e no exterior, conforme se verifica nas peças desenhadas. O tipo de
luminárias a instalar nos pontos de luz serão posteriormente selecionados.

As características técnicas das luminárias a utilizar, estão presentes no capítulo referente às


Fichas Técnicas. Deverá ser efectuado um ensaio no local, antes da aquisição do material,
com o objectivo de aferir o correcto posicionamento e temperatura de cor de toda a
iluminação. Todas as cotações de Instalações eléctricas, referentes as luminárias devem ser
cotadas discriminadamente, ou seja preço das luminárias separado da mão-de-obra, podendo
o dono de obra alterar os equipamentos previstos em projecto ou adquiri-los directamente,
retirando este equipamento da empreitada, não afectando em nada a responsabilidade do
instalador sobre a instalação.

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 Rede de Terra

 GENERALIDADES

Neste ponto pretende-se descrever a constituição das redes de terra a implementar, destinada
à terra geral do Edifício.

Os circuitos de terra deverão ser estabelecidos de modo a que ofereçam toda a segurança, sob
o ponto de vista eléctrico e mecânico.
A rede geral de terras será utilizada como única, a qual funcionará como terra das massas
(protecção) e terra das alimentações (serviço), pois o valor da resistência terra máxima
admissível é de 83.3 Ohm.
A rede de terras será interligada à rede de terras existente no edifício.

 CONDUTORES DE PROTECÇÃO

Os condutores de protecção terão bainha exterior em cor verde/amarelo e serão do mesmo


tipo dos condutores activos. A sua continuidade eléctrica está perfeitamente assegurada ao
longo de todo o percurso e não terão partes metálicas da instalação em série com eles.

Os diferentes condutores de protecção presentes nas canalizações, são reunidos na barra


colectora de terra dos quadros gerais de baixa tensão, a qual será ligada ao anel de terra,
através de condutor geral de protecção.

Para garantir a protecção mecânica dos condutores gerais de protecção, nas baixadas ao
electrodo de terra, estes serão enfiados no interior de tubos de polietileno de diâmetro
adequado.

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 Recepção da Obra e Garantia

Todos os equipamentos e montagem terão uma garantia mínima de dois anos após a conclusão
de todos os trabalhos e da realização com aprovação dos respectivos ensaios.

Após a realização com aprovação de todos os ensaios e por forma a realizar-se a recepção
provisória da instalação, serão entregues os seguintes elementos em duplicado:

 colecção de desenhos com a implantação definitiva de equipamentos, tubagens,


condutas, cablagem eléctrica, etc.;
 colecção com os catálogos e manuais técnicos de todos os equipamentos instalados (2
cópias);
 manual de instruções de funcionamento e plano de manutenção preventiva da
instalação.

Obriga-se, ainda, o empreiteiro a:

 instruir o dono de obra, ou quem por ele designado, do modo de operação e condução
da instalação;

 prestar assistência técnica durante o período de garantia da instalação (2 anos).

Setembro de 2016

O Técnico responsável,

Jorge Lopes

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