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P936 – MORADIA CASA ALEGRE

FOZ DO DOURO, PORTO

PROJETO DE EXECUÇÃO
INSTALAÇÕES MECÂNICAS DE AVAC

Setembro 2016
MEMÓRIA DESCRITIVA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
ÍNDICE DE PEÇAS DESENHADAS
ÍNDICE

ÍNDICE ......................................................................................................... 5
Memória Descritiva .......................................................................................... 9
1 Introdução .............................................................................................. 9
2 Objetivo ................................................................................................. 9
3 Soluções Adoptadas ................................................................................... 11
3.1 Sistema de Produção de água aquecida ..................................................... 11
3.2 Produção de água quente sanitária .......................................................... 12
3.3 Sistema de ventilação normal ................................................................ 12
3.4 Exaustão dos Produtos de Combustão da Habitação....................................... 13
3.4.1 Fogão a gás ................................................................................... 13
3.4.2 Caldeira a gás ................................................................................ 13
3.4.3 Salamandra a Pellets ........................................................................ 14
3.5 Comando e Controlo dos Sistemas ........................................................... 14
3.5.1 Sistema de Tratamento Ambiente - Aquecimento ...................................... 14
3.5.2 Produção de Água Quente Sanitária ...................................................... 15
3.5.3 Sistema de ventilação ....................................................................... 16
3.6 Instalações Elétricas ........................................................................... 16
4 Condições de Referência e Bases de Dimensionamento ......................................... 17
4.1 Legislação ........................................................................................ 17
4.2 Taxa de Ventilação ............................................................................. 17
4.3 Dados Climáticos ................................................................................ 17
4.4 Condições Ambiente Interiores ............................................................... 19
4.5 Parâmetros de Caracterização Térmica ..................................................... 19
4.5.1 Coeficientes de transmissão térmica de elementos de envolvente .................. 19
4.5.2 Renovação do ar ............................................................................. 20
4.5.3 Ganhos internos .............................................................................. 20
4.5.3.1 Equipamentos ............................................................................. 21
4.6 Cargas Térmicas ................................................................................ 21
4.7 Sistemas de Produção de Água Quente Sanitária .......................................... 22
5 Dimensionamento dos sistemas e redes associadas .............................................. 22
5.1 Sistema de aquecimento ambiente e produção de AQS ................................... 22
5.2 Rede de tubagem ............................................................................... 23
5.3 Bombas circuladoras ........................................................................... 23
5.4 Sistema de Ventilação ......................................................................... 23
5.5 Redes de ar ...................................................................................... 24
5.5.1 Condutas...................................................................................... 24
5.5.2 Grelhas e bocas de extração ............................................................. 24
Condições Gerais ........................................................................................... 31
1 Objetivo ................................................................................................ 31
2 Trabalhos e Obrigações Compreendidos na Empreitada ......................................... 31
3 Local .................................................................................................... 34
4 Apresentação de propostas .......................................................................... 34
4.1 Equipamentos e materiais ..................................................................... 34
4.2 Apresentação de preços ....................................................................... 34
5 Elementos a fornecer pelo empreiteiro após adjudicação ...................................... 35
6 Prazo de garantia ..................................................................................... 35
7 Execução da instalação .............................................................................. 35
7.1 Disposições regulamentares ................................................................... 35
7.2 Equipamento e materiais ...................................................................... 36
7.3 Desenhos de montagem ........................................................................ 36
7.4 Alterações ....................................................................................... 36
7.5 Mão-de-obra ..................................................................................... 37
7.6 Danos e reparações ............................................................................. 37
8 Telas finais ............................................................................................. 37
9 Ensaios, arranques e funcionamento da instalação .............................................. 37
10 Receção provisória ................................................................................ 38
11 Garantia .............................................................................................38
12 Receção Definitiva ................................................................................ 38
13 Propostas ........................................................................................... 38
14 Dúvidas e Omissões ................................................................................ 39
Especificações Técnicas ................................................................................... 41
0 Preâmbulo..............................................................................................41
1 Sistema de Produção de Água Quente ............................................................. 42
1.1 Caldeira .......................................................................................... 42
2 Sistema de Tratamento Ambiente - Aquecimento ............................................... 44
2.1 Painéis Radiadores a Água ..................................................................... 44
2.2 Radiadiores elétricos a fluído ................................................................. 45
2.3 Toalheiros a Água ............................................................................... 46
2.4 Toalheiros elétricos ............................................................................ 47
3 Sistema Solar para Produção de Água Quente Sanitária (AQS) ................................. 49
3.1 Painéis Solares .................................................................................. 49
3.2 Depósito Termoacumulador para água quente sanitária .................................. 50
3.3 Vaso de expanção;.............................................................................. 52
3.4 Grupos Circuladores ............................................................................ 53
3.5 Central de Controlo Solar ..................................................................... 54
3.6 Acessórios para Instalação Solar .............................................................. 55
4 Tubagens, Isolamento Térmico e Acabamentos .................................................. 56
4.1 Tubagens ......................................................................................... 56
4.1.1 Tubagem de distribuição para Aquecimento Ambiente ................................ 57
4.1.2 Tubagem do Sistema Solar ................................................................. 57
4.2 Enchimento e Esgotos .......................................................................... 57
4.3 Drenagem de Condensados .................................................................... 58
4.4 Identificação dos Circuitos .................................................................... 58
4.5 Suportes de Tubagem .......................................................................... 59
4.6 Isolamento Térmico e Acabamento de Tubagens .......................................... 59
5 Válvulas e acessórios diversos .......................................................................60
5.1 Acessórios para rede de Distribuição de Água .............................................. 61
5.1.1 Válvulas e acessórios ........................................................................ 61
5.2 Acessórios para Painéis radiadores e Toalheiros ........................................... 64
6 Sistema de Ventilação ................................................................................ 65
6.1 Ventiladores ..................................................................................... 65
6.1.1 Ventiladores Helicocentrífugos de Cobertura ........................................... 66
7 Redes de Condutas .................................................................................... 67
7.1 Grelhas e Bocas de Extração e de Admissão de Ar ......................................... 69
8 Equipamentos e Circuitos Elétricos................................................................. 69
9 Equipamentos de Controlo ........................................................................... 70
9.1 Sistema Central ................................................................................. 70
9.2 Sistema de Tratamento Ambiente............................................................ 71
9.2.1 Painéis Radiadores/Toalheiros ............................................................. 71
9.2.2 Equipamento de Campo..................................................................... 72
9.2.2.1 Sensores de temperatura do ar exterior .............................................. 72
9.2.2.2 Sensores de temperatura da água ...................................................... 72
9.2.2.3 Sensores de temperatura da água para imersão ..................................... 72
10 Ensaios ..............................................................................................72
10.1 Caldeira .......................................................................................... 73
10.2 Painéis Radiadores Parede/Toalheiros ...................................................... 73
10.3 Depósitos de Acumulação de Água ........................................................... 74
10.4 Bombas Circuladoras ........................................................................... 74
10.5 Ensaios Hidráulicos ............................................................................. 74
10.5.1 Tubagem de Distribuição de Água ...................................................... 74
10.6 Equipamento Estático .......................................................................... 74
10.7 Ventiladores ..................................................................................... 75
10.8 Condutas ......................................................................................... 75
10.9 Distribuição de Ar .............................................................................. 75
10.10 Equipamentos de Controlo ................................................................. 76
10.11 Consumos ..................................................................................... 76
10.12 Proteções Elétricas .......................................................................... 76
10.13 Sentido de Rotação .......................................................................... 76
10.14 Verificação da Eficiência nominal ......................................................... 77
10.15 Quadros Elétricos ............................................................................ 77
10.16 Níveis de Ruído ............................................................................... 77
10.17 Limpeza da Instalação ...................................................................... 78
10.18 Diversos ....................................................................................... 78
11 Diversos .............................................................................................78
11.1 Apoios Anti-Vibráticos ......................................................................... 79
11.2 Estruturas Metálicas ............................................................................ 79
12 Receção da obra e garantia ...................................................................... 79
13 Projetista ...........................................................................................80
ÍNDICE DE PEÇAS DESENHADAS ........................................................................... 85
Memória Descritiva

1 Introdução

Neste texto pretende-se justificar e caracterizar as soluções propostas para os sistemas de


ventilação, aquecimento, climatização e produção de Águas quentes sanitárias, relativo à
moradia, a localizar na Rua Alegre nº44, Foz do Douro, União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro
e Nevogilde, e cujo Licenciamento foi requerido por Helmut Olaf Kempin, com morada na Rua Sá
Albergaria Nº 205-A, 4150-646, Porto, e número de identificação fiscal (NIF) 277953910.

Esta moradia divide-se em duas frações autónomas.

2 Objetivo

O objetivo do presente projeto é o de justificar que estão garantidas as necessidades de ventilação e


aquecimento específicas de cada espaço, nomeadamente:

• assegurar os níveis de conforto térmico em aquecimento ambiente para a generalidade dos


espaços, por intermédio de radiadores a água;

• assegurar os níveis de conforto térmico em aquecimento ambiente para a generalidade das


instalações sanitárias, por intermédio de Toalheiros a água;

• assegurar o caudal de ar de extração, requerido por razões higiénicas, para as instalações


sanitárias, cozinhas e arrumos;

• assegurar a produção de Água Quente Sanitárias (AQS);

• cozinha: para além da ventilação higiénica normal é necessário, também, garantir a


evacuação de vapores e eliminação de odores provenientes da confeção de alimentos, pelo
que, está prevista a instalação de um exaustor mecânico com ventilador incorporado cujo
funcionamento será pontual, e não permanente, sendo a compensação do ar extraído
conseguida pelo processo natural de infiltração através dos vãos envidraçados;

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• quartos/salas: a qualidade do ar interior dos quartos e salas é garantida através da admissão
de ar diretamente do exterior, pelo processo natural de infiltração através dos vãos
envidraçados;

3 Soluções Adoptadas

3.1 SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA AQUECIDA

A habitação possuirá um sistema centralizado de produção água aquecida para


tratamento ambiente em aquecimento e de apoio à produção de AQS (Água quente sanitária).

O sistema energético para produção de água Gás Natural a dois tubos, assegurando
desta forma a produção de água aquecida necessária para o estabelecimento das
necessidades de aquecimento dos espaços que o requerem.

Desta forma, a potência útil a assegurar pela caldeira deverá ser a necessária para satisfazer
as necessidades perspetivadas em aquecimento afetadas da simultaneidade da sua utilização
e das perdas associadas à distribuição e para satisfazer as necessidades de AQS.

A caldeira, deverá ser instalada num dos armários da lavandaria, devidamente previsto para
o efeito.

É da caldeira que se deverá iniciar toda a distribuição de água aquecida, para o


tratamento ambiente em aquecimento, e para interligação ao Depósito DAQS, e onde
se situarão os equipamentos mecânicos afetos à distribuição de água aquecida a interligar
aos circuitos dos radiadores/toalheiros, tais como: bombas circuladores e demais acessórios
(válvulas, termómetros, manómetros, etc.) necessários ao correto desempenho e
funcionamento da instalação.

A alimentação elétrica à caldeira dependerá do quadro elétrico localizado na “Área Técnica”,


pertencente às instalações elétricas.

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3.2 PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA

A produção de AQS é garantida pela conjugação do sistema solar com a caldeira a gás natural
(prevista para aquecimento ambiente).

Genericamente, o sistema proposto para produção de AQS é, assim, constituído pelos


seguintes elementos:

• sistema base composto por dois painéis solares;


•sistema de apoio, por armazenamento, através da caldeira mural a gás natural (afeta
também ao aquecimento ambiente).
Quando necessário, isto é, sempre que o contributo solar não seja suficiente para colocar a
água do depósito à temperatura pretendida (60ºC), a caldeira fará o complemento à
temperatura de consumo desejada. Todo este processo tem por base a alimentação da água
da rede ao nível do depósito DAQS, localizado na lavandaria.

A tubagem referente ao circuito solar é do tipo a 2 tubos e é realizada em tubo de cobre


termicamente isolado e revestido. A tubagem será revestida a chapa de alumínio quando à
vista no exterior e será protegida a tubo de PVC corrugado quando circule em vala (enterrada).

A partir da caldeira é iniciada a rede de distribuição de água quente sanitária (pertencente ao


projeto de Instalações Hidráulicas) da habitação.

3.3 SISTEMA DE VENTILAÇÃO NORMAL

A ventilação é assegurada tendo em atenção o tipo funcional e temporal dos espaços em


questão.

De um modo geral a ventilação dos diversos espaços é garantida através da admissão de ar


diretamente do exterior pelo processo natural de infiltração por intermédio de grelhas de
admissão devidamente integradas na fachada ou na caixilharia dos vãos envidraçados.

A ventilação da cozinha é garantida através da instalação de um exaustor doméstico, com


ventilador incorporado, a localizar sobre o fogão, de modo a eliminar gases e maus cheiros. O
exaustor é interligado ao exterior através de uma conduta que se desenvolve até à fachada. A
compensação do ar extraído é conseguida pela admissão natural de ar por infiltração. Este
exaustor não integra o presente projeto, mas integra o projeto de arquitetura, fazendo parte
deste projeto apenas a conduta de interligação do mesmo ao exterior.
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O acionamento do ventilador associado ao exaustor é manual mediante uma botoneira
incorporada no próprio exaustor.

3.4 EXAUSTÃO DOS PRODUTOS DE COMBUSTÃO DA HABITAÇÃO

A montagem dos aparelhos de queima de gás combustível, termoacumulador e fogão, deverá


ser feita segundo a norma NP - 1037, em ambiente com boa ventilação, de modo a garantir uma
boa renovação do ar.

3.4.1 Fogão a gás

Na cozinha, as entradas de ar são realizadas por intermédio de aberturas protegidas por grelhas,
cuja soma das áreas será maior ou igual ao valor exigido pela norma acima mencionada,
designadamente, 120 cm2. Aquela abertura está colocada numa parede exterior, de cada fração, a
uma altura máxima de 1.0 m.

A exaustão dos aparelhos do tipo A:


• fogão: aparelho em que os gases de combustão neles produzidos descarregam diretamente
para a atmosfera envolvente.

Pelo que, o compartimento em que o aparelho está instalado é provido de um sistema de ventilação
apropriado, exaustor mecânico, conforme descrito no ponto anterior.

3.4.2 Caldeira a gás

A exaustão dos aparelhos do tipo B:

• caldeira de combustão: aparelho em que os gases de combustão neles produzidos


descarregam diretamente para o exterior por intermédio de conduta específica. No entanto
as entradas de ar são realizadas por intermédio de aberturas protegidas por grelhas, cuja
soma das áreas será maior ou igual ao valor exigido pela norma acima mencionada.

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Os aparelhos deste tipo são ligados a uma conduta específica do tipo coaxial, que permite, em
simultâneo, a exaustão dos gases de combustão e a admissão de ar para alimentar aquela
combustão. Desta forma, a zona onde está instalado a caldeira não necessita de qualquer ventilação
específica.

3.4.3 Salamandra a Pellets

A exaustão dos aparelhos do tipo C:

• salamandra de combustão do tipo estanque: aparelho sem qualquer comunicação


permanente entre o local em que se efectua a combustão. Podendo ser instalados em
qualquer compartimento da habitação sem qualquer necessidade de se prever ventilação
específica (NP-1037).

Os aparelhos deste tipo são ligados a pelo menos duas condutas específicas (em número querente
com a dimensão do equipamento de queima), que permitem em simultâneo a exaustão dos gases de
combustão e a admissão de ar para alimentar aquela combustão.

Pelo que, a zona onde está instalado a salamandra não necessita de qualquer ventilação específica.

3.5 COMANDO E CONTROLO DOS SISTEMAS

Genericamente, o sistema de controlo dos diversos sistemas permitirá o comando e regulação


funcional dos equipamentos neles integrados. Fornecerá, ainda, as informações relativas às
condições operacionais e à contabilização dos períodos funcionais tendo em vista a gestão
energética e de manutenção das instalações e sistemas.

3.5.1 Sistema de Tratamento Ambiente - Aquecimento

De um modo geral, o funcionamento e condução geral, do sistema de tratamento ambiente local da


habitação é baseado em controladores DDC, que permite o controlo e comando de todo o sistema de
AVAC, assim como medir, sinalizar e reportar alarmes.

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Resumidamente o controlo baseia-se em:

• O funcionamento da caldeira será controlado e garantido mediante microprocessador


interno devidamente incorporado na unidade. A bomba circuladora integrada na
caldeira, bomba circuladora associada ao circuito de aquecimento ambiente,
integrada no circuito primário, e a válvula de três vias (com prioridade ao apoio ao
AQS) serão comandadas pelo microprocessador da caldeira, com possibilidade de
controlo horário, com programação a definir em função do tipo de utilização.

• o controlo da temperatura interior dos espaços cujo aquecimento é garantido mediante


painéis radiadores de parede, é garantido ao nível de cada painel, através de válvulas
termostáticas a instalar com os mesmos aparelhos, permitindo uma regulação local.
A alimentação elétrica aos equipamentos de comando e controlo deste sistema dependerá do
quadro elétrico local previsto. Por outro lado, o instalador das instalações mecânicas
deverá fornecer, atempadamente, todas as características dos equipamentos instalados ao
instalador das instalações elétricas.

3.5.2 Produção de Água Quente Sanitária

O controlo do apoio à produção de água quente sanitária até à temperatura final será realizado
também pelo microprocessador associado à caldeira mediante a informação recebida do
respetivo sensor de temperatura inserido no depósito DAQS, devidamente interligado com o
sistema solar.

Por sua vez, o sistema solar apresenta uma central de comando, devidamente prevista para o
efeito, que garantirá o funcionamento de todo o sistema solar e a conjugação/interação com o
sistema de apoio da caldeira.

O armazenamento de AQS, ao nível do depósito DAQS será efetuado a 60ºC, e o controlo de


produção de água quente sanitária tem prioridade sobre o controlo aquecimento ambiente.

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3.5.3 Sistema de ventilação

O acionamento dos diversos ventiladores de extração serão de modo garantir uma das seguintes
funções (automático; off):

• controlo automático – horário;

• controlo manual – off;

O acionamento do ventilador associado ao exaustor da cozinha será manual mediante uma


botoneira incorporada no próprio exaustor.

3.6 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A alimentação e proteção elétrica dos equipamentos previstos nesta empreitada dependerá dos
quadros elétricos locais previstos pelas Instalações Elétricas. Cabe ao empreiteiro das
instalações elétricas deixar o cabo de alimentação junto de cada equipamento, cabendo ao
empreiteiro das mecânicas efetuar a interligação finais dos mesmos.

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4 Condições de Referência e Bases de Dimensionamento

4.1 LEGISLAÇÃO

O novo sistema de tratamento ambiente, respeita:

• na Norma Portuguesa NP 1037-1: Edifícios de habitação. Ventilação natural;


• nas recomendações da American Society of Heating and Air Conditioning Engineers,
Inc.- ASHRAE;
• Decreto-Lei n.º 118/2013 de 20 de agosto.

4.2 TAXA DE VENTILAÇÃO


Os valores de referência de renovação do ar a garantir para cada tipo de espaço são,
consoante os casos, estabelecidos com base:

• na Norma Portuguesa NP 1037-1: Edifícios de habitação. Ventilação natural;


• nas recomendações da American Society of Heating and Air Conditioning Engineers,
Inc.- ASHRAE.

Donde resultam os caudais a seguir especificados:

• 1 rph (mínimo) nas salas e quartos.


• 4 rph (mínimo) nas instalações sanitárias.
• 5 rph (mínimo) para as cozinhas.

4.3 DADOS CLIMÁTICOS

Tomando como referência o Decreto-Lei n.º 118/2013 de 20 de agosto e a publicação do


INMG/LNEC "Temperaturas Exteriores de Projeto e Números de Graus-Dias", os elementos de
caracterização climática do Porto, são os apresentados no quadro seguinte.

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Quadro 1 - Dados climáticos
Inverno Verão

Zonamento climático I1 V2

Graus Dia (GD) 1140 -

Duração da Estação (meses) 6.1 -

Temperaturas média (ºC) * 10.4 20.9

Temperaturas exteriores de projecto (ºC) * 1.3 29.7

Temperatura de bolbo húmido (ºC) - 19.7

Amplitude térmica diária - 10.1

* Inverno – para uma probabilidade acumulada de ocorrência de 2.5% Verão –

para uma probabilidade acumulada de ocorrência de 97.5%

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4.4 CONDIÇÕES AMBIENTE INTERIORES

Para o cálculo das necessidades energéticas tomam-se como base valores convencionais de
temperatura do ar interior capazes de satisfazer as exigências de conforto térmico ambiente
requeridas para o tipo de atividade prevista.

Não se prevê um controlo efetivo da humidade do ar interior, mas apenas o resultante do


tratamento térmico a que o ar é sujeito, tratamento esse, que é suficiente para garantir valores de
humidade relativa do ar dentro de valores aceitáveis de conforto térmico.
Espaços em geral:
• aquecimento ......................................................................22 ºC;
• humidade relativa ................................... não controlada (30 % a 70 %).

4.5 PARÂMETROS DE CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA

Os parâmetros de qualidade térmica da envolvente dos edifícios a caracterizar são:

• Coeficientes de transmissão térmica através da envolvente opaca (U [W/m2/ºC]);


o UI [W/m²ºC], condições de Inverno;
o UV [W/m²ºC], condições de Verão;
• Fatores solares dos envidraçados (g⊥);

4.5.1 Coeficientes de transmissão térmica de elementos de envolvente

Os coeficientes de transmissão térmica dos elementos de envolvente do edifício, exteriores e


interiores, são calculados com base nos materiais construtivos que os constituem (de acordo com
o projeto de arquitetura, o qual, integra também os respetivos elementos estruturais) e nos
respetivos valores de condutibilidade térmica, tendo sido, para o efeito, considerados os valores
estabelecidos na publicação do LNEC: Coeficientes de Transmissão Térmica de Elementos da
Envolvente dos Edifícios – versão atualizada 2006 (ITE 50).

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4.5.2 Renovação do ar

A ventilação de extração de ar prevista para as instalações sanitárias e lavandaria é baseada em


ventiladores específicos, cujo dimensionamento é realizado tomando em consideração os caudais
de ar em jogo, a perda de carga associada à respetiva rede aeráulica.

A ventilação das cozinhas é baseada em ventiladores, associados a exaustores do tipo doméstico,


dimensionado para assegurar o caudal de ar de extração, igualmente, abaixo especificado.
Estes exaustores não integram o presente projeto, no entanto, o caudal registado no quadro abaixo
deve ser respeitado, como caudal de referência, qualquer que seja o equipamento efetivamente
instalado.

Os valores de referência de renovação do ar a garantir para cada tipo de espaço são, consoante os
casos, estabelecidos com base:

• na Norma Portuguesa NP 1037-1: Edifícios de habitação. Ventilação natural;


• nas recomendações da American Society of Heating and Air Conditioning
Engineers, Inc.- ASHRAE.

O valor de referência de renovação do ar a garantir por razões higiénicas, caudal de ar


novo para os espaços com necessidades de extracção de ar por razões higiénicas:

• 1 rph (mínimo) nas salas e quartos;


• 2 a 5 rph (mínimo) instalações sanitárias;
• 5 rph (mínimo) para as cozinhas.

4.5.3 Ganhos internos

Para efeito de contabilização dos ganhos internos admitiram-se valores de ocupação


consentâneos com a utilização de cada espaço e de potência instalada em iluminação
e equipamentos de acordo com as recomendações da "American Society of Heating and
Air Conditioning Engineers, Inc. - ASHRAE".

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4.5.3.1 Equipamentos

Para efeitos de contabilização dos ganhos internos correntes, admitiu-se de potência


instalada em equipamentos de acordo com as recomendações da "American Society of
Heating and Air Conditioning Engineers, Inc. - ASHRAE".

4.6 CARGAS TÉRMICAS

Com base nas características físicas da envolvente, nas condições nominais de


temperatura exterior (dados climáticos), nas temperaturas interiores assumidas, nas taxas de
renovação do ar por infiltração ou de caudal de ar novo e ainda nos níveis de ganhos internos
considerados, obtiveram-se as necessidades térmicas em aquecimento da fração autónoma.
Apresentamos em anexo cargas térmicas calculadas via software de simulação detalhada -
Trace 700.

Carga arrefecimento Carga aquecimento


Total [kW] Sensível [kW] [kW]
Banho 1 0.34 0.34 0.3
Banho 2 0.1 0.1 0.1
Banho 3 0.21 0.21 0.2
Cozinha_Piso 0 0.45 0.39 0.3
Cozinha_Piso 1 1.4 1.31 0.6
Escritório 0.97 0.93 0.6
Hall _ Piso 0 0.3 0.3 0.5
Hall_Piso 2 0.42 0.42 0.3
Lavandaria 0.73 0.73 0.4
Quarto 1 1.56 1.56 0.6
Quarto 2 0.74 0.62 0.5
Quarto 3 1.34 1.34 0.7
Quarto_Piso 1 0.5 0.44 0.3
Sala comum 3.7 3.68 2.2

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4.7 SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE SANITÁRIA

Os valores considerados para o cálculo das necessidades energéticas de preparação da água


quente de sanitária (AQS), para o edifício, são os que se apresentam no quadro seguinte.

Quadro 4 -Necessidades em Água Quente Sanitária

Consumo unitário Consumo de ponta


Tipologia Número ocupantes Acumulação [litros]
[l/dia] [l/dia]

T4 5 80 l/ocupante 400 300

Considerando-se as seguintes temperaturas base:

• Volume de armazenamento de água para consumo de AQS .......... 300 litros


• na acumulação ....................................................................60 ºC;
• no consumo........................................................................45 ºC;
• na rede.............................................................................10 ºC.

Capacidade térmica para estabelecimento da água do depósito a 60ºC: 45kW

5 Dimensionamento dos sistemas e redes associadas

5.1 SISTEMA DE AQUECIMENTO AMBIENTE E PRODUÇÃO DE AQS

A potência térmica do sistema de aquecimento a instalar proveniente da caldeira, é de modo a


cobrir as cargas térmicas associadas ao tratamento ambiente em aquecimento, da generalidade dos
espaços, e à produção de águas quentes sanitárias. Assim, de acordo com as necessidades
perspetivadas em aquecimento ambiente, com a simultaneidade da sua utilização e das perdas
associadas à distribuição, a potência útil total a ser disponibilizada pelo sistema energético, é de:

• aquecimento/produção AQS: .....................................................................24kW

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5.2 REDE DE TUBAGEM

A tubagem de distribuição de água é dimensionada pelo método da perda de carga constante e


tomando como referência o caudal de água que nela circula e, consoante os casos, o diferencial
de temperatura atrás indicado.

É dimensionada tendo em consideração os caudais em jogo e uma velocidade de circulação da


água que poderá variar, conforme os diâmetros, de 0,5 a 2,5 m/s, de forma a manter uma
perda de carga de aproximadamente 250 Pa/m.

5.3 BOMBAS CIRCULADORAS

As bombas são dimensionadas para os caudais a movimentar, para as alturas manométricas


exigíveis para os circuitos a que estão associadas e para as temperaturas de referência, ou
seja,

• água quente Produção (ida/retorno) ..................................... 80/60 ºC;

• água quente DAQS (ida/retorno) .......................................... 80/60 ºC;

• água quente - Tratamento Ambiente (ida/retorno) .................. 80/65 ºC;

As bombas circuladoras afetas ao circuito dos painéis solares são fornecidas e dimensionadas
juntamente com as respetivas centralinas.

5.4 SISTEMA DE VENTILAÇÃO

Para as instalações sanitárias e lavandaria, serão previstos ventiladores de extração


devidamente previstos para o efeito. Para cada cozinha está previsto pela arquitetura um
exaustor do tipo doméstico, com ventilador incorporado, próprio para extração de ar
proveniente da confecão de alimentos e da combustão de gás afeta ao fogão.

A saída de cada ventilador está equipa com proteção apropriada a cada caso, de forma a
garantir a sua proteção contra a chuva e entrada de corpos estranhos.

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Memória Descritiva
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Quadro 5 - Ventiladores


Ventilador Tipo Caudal (m3/h) Área tratada
unidades

Ve 1 3 Extração 60/90 Instalações sanitárias

Ve 1 1 Extração 60 Lavandaria

Ve cozinha 2 Extração 400 Cozinha

5.5 REDES DE AR

5.5.1 Condutas

O dimensionamento das condutas é realizado tomando em consideração o caudal que nelas


circula e, consoante os locais que atravessa e por razões de ruído, uma perda de carga
admissível de 0,7 Pa/m a 0,85 Pa/m.

5.5.2 Grelhas e bocas de extração

A área de passagem de ar, nas grelhas e bocas de extração, é dimensionada tendo em conta o
caudal de ar previsto, a velocidade máxima de passagem admissível de 2 a 3 m/s e o nível de
ruído máximo do espaço que servem.

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Memória Descritiva
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Condições Gerais

1 Objetivo

Compreende o presente projecto os elementos base para o fornecimento e montagem dos


equipamentos e materiais para as Instalações Mecânicas de ventilação, aquecimento, e produção de
Águas quentes sanitárias, relativo à moradia, a localizar na Rua Alegre nº44, Foz do Douro, União de
Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, e cujo Licenciamento foi requerido por Helmut Olaf
Kempin, com morada na Rua Sá Albergaria Nº 205-A, 4150-646, Porto, e número de identificação
fiscal (NIF) 277953910.

2 Trabalhos e Obrigações Compreendidos na Empreitada

O empreiteiro tem a seu cargo pelos preços que estabelecer no orçamento, os fornecimentos,
montagens e obrigações descritas a seguir:

• fornecimento e montagem das instalações de tratamento ambiente (em arrefecimento e


aquecimento), ventilação, aquecimento de água sanitária de acordo com o definido na
memória descritiva, especificações técnicas, peças desenhadas e medições;

• fornecimento e montagem das ligações de alimentação de água e esgoto dos


equipamentos (drenos, purgas, descarga de válvulas de segurança, etc.);
• fornecimento e montagem dos quadros elétricos e de comando, das respetivas
interligações elétricas e de comando, cabos, relés e contactores, de todos os
equipamentos inseridos no presente projeto, assim como, a ligação elétrica dos
equipamentos alimentados pela Empreitada de Instalações e Equipamentos Elétricos,
caso existam;
• todos os trabalhos de construção civil, tais como, abertura de valas, roços e furos,
maciços para assentamento de equipamento, estruturas metálicas de suporte de
equipamentos e para acesso a futura manutenção, etc., e respetivos remates;
• transporte e todos os meios de elevação necessários à execução da instalação;

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Condições Gerais
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• todas as pinturas de proteção e acabamento e marcas de identificação, conforme
referido neste caderno de encargos;
• a legalização de todo o equipamento a instalar e a obtenção das licenças oficiais
necessárias à instalação do equipamento (equipamentos com certificado de
conformidade conforme Art.9 DL 113/93). A inclusão de chapas de identificação em
todos os equipamentos a instalar, em língua portuguesa;
• a realização de todos os ensaios de acordo com o estabelecido nas especificações
técnicas;
• as despesas com energia elétrica, água, telefone e combustível, tanto no decorrer da
montagem, como no período dos ensaios;
• todos os trabalhos de apoio técnico como a execução e fornecimento de desenhos de
pormenorização e de preparação, apoio técnico à integração dos seus desenhos de
preparação com os desenhos de todas as especialidades desta empreitada e apoio na
compatibilização entre empreitadas antes da execução dos trabalhos;
• dimensionar os tipos de suportes mais adequados em função do tipo, diâmetro/secção e
localizações das tubagens e condutas a suportar;
• dimensionar os tipos de calhas mais apropriados para encaminhamento dos cabos de
potência e comando associados aos equipamentos que vai instalar;
• dimensionar os cabos de alimentação de potência associados aos equipamentos que vai
instalar, em função destes e dos comprimentos verificados;
• dimensionar as estruturas metálicas necessárias ao adequado suporte dos seus
equipamentos;
• impermeabilizar as áreas técnicas e couretes criadas e/ou aproveitadas para o
atravessamento de condutas
• realizar protótipos de instalação para aprovação pela fiscalização, em especial, quando
se trata da inserção de elementos com impacto visual na arquitetura, como são o caso
de bocas, grelhas, difusores, unidades terminais locais de tratamento ambiente, etc.

• fornecer, atempadamente, aos empreiteiros das outras especialidades que tenham


interacção com a sua, todas as localizações e características dos seus equipamentos e
das necessidades específicas de cada um e certificar-se que os ramais a executar estão

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Condições Gerais
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de acordo com as especificações dos equipamentos que se propõe instalar e respondem
integralmente ao pretendido;

• dentro de prazos que não prejudiquem o andamento da obra, serão entregues à fiscalização
para aprovação:
o catálogos e normas construtivas de todos os equipamentos que se propõem
instalar;
o esquemas de potência e listagem dos equipamentos dos quadros elétricos e
traçados dos respetivos caminhos de cabos;
o esquemas de controlo e listagem dos equipamentos de comando
automático/manual da instalação e traçados dos respetivos caminhos de cabos;
o esquemas e pormenores de fixação e de suportes de tubagens e condutas;
o plantas, cortes e alçados, com a implantação de todo o equipamento, condutas,
tubagem e circuitos elétricos. Serão ainda executados desenhos de pormenor de
assentamento e fixação das máquinas, condutas, tubagens e cablagens elétricas
e de comando (1 base digital, em CAD, e 2 cópias em papel);
o telas finais constituídas por desenhos pormenorizados (1 base digital, em CAD, e
2 cópias em papel) de todas as condutas, tubagens, implantação de máquinas e
todos os outros desenhos correspondentes às instalações efetivamente
realizadas, sendo ainda fornecidos esquemas de princípio da instalação
encaixilhados para afixação nas respetivas centrais térmicas;
o manual de instruções de funcionamento da instalação e das instruções de
manutenção e assistência técnica (2 cópias);
o instrução do pessoal que vai ficar encarregado da condução das instalações e
apoio técnico durante o períodos de garantia.

E, ainda, tudo o que mais se julgar necessário para que as instalações possam responder
corretamente ao objetivo para que foram projetadas.

Assim, caso os concorrentes considerarem que as medições apresentadas contêm omissões,


aquelas devem ser completadas em alíneas autónomas, a figurar no final da lista de medições
agora apresentada.

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Condições Gerais
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3 Local

Deverão os concorrentes, no seu próprio interesse e para além do estudo do presente texto,
inteirar-se no local da obra dos trabalhos que constituem a sua empreitada.

Chama-se especial atenção para os meios de elevação necessários face à altura dos locais de
instalação e ao vão a vencer, bem como, para os pesos e as estruturas de suporte dos diferentes
equipamentos.

Não será aceite qualquer reclamação do adjudicatário evocando falta de conhecimento do


local.

4 Apresentação de propostas
As propostas serão elaboradas com base no que seguidamente se escreve e serão apresentadas
em número de exemplares a definir pelo dono da obra.

4.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

As propostas deverão conter a discriminação completa das características de todos os


equipamentos e materiais portadores de certificado de conformidade, além, e de uma forma
geral, de toda a documentação e catálogos suscetíveis de permitirem uma apreciação
adequada do proposto.

4.2 APRESENTAÇÃO DE PREÇOS

Com a proposta devem ser apresentados todos os preços unitários e compostos para os materiais
e equipamentos.

Estes preços incluirão todos os encargos relativos a custos, transportes e elevações, montagem
e lucro.

Deverão ser fornecidos catálogos com as características de todos os equipamentos propostos.

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Condições Gerais
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5 Elementos a fornecer pelo empreiteiro após adjudicação

Após a recepção da encomenda, o empreiteiro deve fornecer:

• Desenho com marcação de furações, aberturas e valas, suportes de máquinas e


condutas, etc., que irá executar;
• Desenhos de quadros elétricos (potência e comando) e traçado de cablagens;
• Planeamento pormenorizado dos trabalhos;
• Planeamento financeiro.

6 Prazo de garantia
O prazo de garantia dos equipamentos será de dois anos e de cinco anos para os restantes
materiais, após a receção provisória e depois de resolvidos os defeitos de fabrico, deficiências
de funcionamento e montagem. Caso existam, o prazo de garantia dos painéis solares será de 6
anos.

7 Execução da instalação

7.1 DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES

O adjudicatário deverá executar as suas instalações de acordo com as disposições


regulamentares em vigor, obedecendo para além do especificado nas Especificações Técnicas
deste projeto, às Normas Portuguesas e Regulamentos de Segurança em vigor e, ainda, às
Normas Gerais estabelecidas para este tipo de instalações.

O técnico de instalação e manutenção do sistema de climatização desta empreitada deve


satisfazer os requisitos impostos pelo DL – 79/2006 (RSECE), nomeadamente numa das seguintes
condições:

a) Habilitação com o curso de formação de Técnico de Refrigeração e Climatização do


IEFP, nível III, ou com outro curso equivalente aprovado pelo SCE e com mais de cinco
anos de prática profissional, após aproveitamento em curso de especialização em QAI
aprovado pelo SCE;
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Condições Gerais
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b) Experiência profissional como electromecânico de refrigeração e climatização com
mais de sete anos de prática profissional devidamente comprovada, após
aproveitamento em curso de especialização em qualidade do ar interior aprovado pelo
SCE e aprovação em exame após análise do seu curriculum vitae por uma comissão
tripartida a estabelecer em protocolo entre o SCE e as associações profissionais e do
sector de AVAC.

7.2 EQUIPAMENTO E MATERIAIS

Pretende-se que todos os equipamentos e materiais a instalar sejam de primeira qualidade,


estando sujeitos a prévia aprovação da Fiscalização da Obra. Esta reserva-se ainda o direito de
mandar ensaiar aqueles para comprovação da sua qualidade, a expensas do adjudicatário.

7.3 DESENHOS DE MONTAGEM

Igualmente, antes de iniciar os trabalhos o adjudicatário deverá submeter à aprovação da


Fiscalização da Obra, a pormenorização de todos os trabalhos a efectuar, tendo em atenção a
sua implicação com os projectos das restantes especialidades.

O adjudicatário deverá manter em obra e em bom estado de conservação, uma colecção de


todos os elementos que constituem o presente projecto, em que nas peças desenhadas estejam
clara e inequivocamente assinaladas todas as alterações introduzidas de acordo com as
notificações escritas pela Fiscalização, para consulta daquela entidade, do projectista e do
dono de obra.

7.4 ALTERAÇÕES

A Fiscalização poderá determinar, antes ou durante a execução dos Trabalhos, as alterações


que julgar convenientes, não podendo o adjudicatário recusar-se a cumpri-las.

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Condições Gerais
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7.5 MÃO-DE-OBRA

Todas as obrigações inerentes à mão-de-obra empregue na empreitada são da responsabilidade


do adjudicatário.

A Fiscalização, porém, reserva-se o direito de mandar retirar o pessoal que entenda não possuir
as habilitações suficientes ou cuja permanência no local da obra julgue inconveniente ao bom
andamento dos trabalhos.

7.6 DANOS E REPARAÇÕES

Todos os danos provocados pela execução dos trabalhos são da responsabilidade do


adjudicatário, o qual se obrigará à sua reparação.

8 Telas finais
Após a receção provisória, e no prazo de um mês, deve o empreiteiro fornecer uma coleção de
exemplares completa e três cópias dos desenhos finais de todas as instalações e montagens
realizadas, bem como todos os manuais de instalação dos equipamentos, manuais de condução
da instalação e plano detalhado de manutenção dos equipamentos. Estes manuais deverão ser
fornecidos em quadruplicado e sempre em língua portuguesa.

9 Ensaios, arranques e funcionamento da instalação

O adjudicatário é responsável pela eficiência de toda a instalação e equipamentos, não


podendo a interpretação do projeto justificar deficiências.

Por isso, deve o adjudicatário incluir todos os elementos que, porventura omissos no projecto,
considera indispensáveis ao bom funcionamento das instalações e deve apresentar uma lista de
preços destas omissões.

Deverá realizar todos os ensaios indispensáveis ao bom funcionamento da instalação, conforme


descrito nas condições técnicas específicas.

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Condições Gerais
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10 Receção provisória

A receção provisória será após a conclusão dos trabalhos, dos ensaios, arranques e verificação
de funcionamento da instalação.

No ato da receção deverá ser entregue um relatório de todos os ensaios e deverá ser
aleatoriamente confirmado. Pelo que, o empreiteiro deverá fazer a prova destes ensaios, com o
recurso a anemómetro, termómetro, higrómetro e multímetro.

11 Garantia

Durante o prazo de garantia o adjudicatário será responsável pela conservação e afinação dos
equipamentos e instalações, assim como, de quaisquer deficiências não atribuíveis a falta de
cuidado na sua utilização.

Das inspeções à instalação - pelo menos de 4 em 4 meses - o adjudicatário apresentará relatório


da Obra.

12 Receção Definitiva

A receção definitiva far-se-á no fim do prazo de garantia, desde que as instalações tenham
funcionado convenientemente durante aquele prazo.

Antes da receção definitiva, o adjudicatário entregará 3 coleções completas, sendo uma em


base digital, dos desenhos finais da instalação, caso lhe tenham sido introduzidas alterações
durante o período de garantia.

13 Propostas

Os concorrentes deverão fazer acompanhar as suas propostas de um mapa de quantidades


necessários para a execução da obra, de acordo com as medições que fazem parte deste
Caderno de Encargos, e que poderá eventualmente ser completado, com outros elementos, que
o adjudicatário julgue necessários.

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Condições Gerais
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Os concorrentes farão acompanhar as suas propostas ainda dos seguintes elementos
elucidativos:

• Memória Descritiva e Justificativa, com indicação das marcas e modelos dos


equipamentos, acompanhada de catálogos dos equipamentos;
• Características técnicas fundamentais dos equipamentos, que se propõem a instalarem;
• Lista de preços unitários;
• Lista de equipamentos alternativos, desde que sejam equivalentes, com as respetivas
mais ou menos valias e acompanhada de catálogos detalhados dos equipamentos;
• Lista de referências que achem de interesse apresentar.

14 Dúvidas e Omissões

Compete à Fiscalização da Obra a resolução de quaisquer dúvidas suscitadas por omissões das
Especificações Técnicas ou Peças Desenhadas dentro, evidentemente, dos princípios de justiça
e mútua compreensão.

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Condições Gerais
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Especificações Técnicas

0 Preâmbulo

As características que se indicam de seguida para os diversos equipamentos servem de


orientação para a sua seleção.

A descrição das características técnicas de equipamentos e de materiais apresentada não


é exaustiva, de forma a manter uma generalidade que permita propostas de
equipamentos de diversas marcas de referência existentes no mercado.

Aquelas características descritivas representam condições mínimas a satisfazer pelo


equipamento proposto, devendo todas as propostas indicar, claramente, a sua satisfação
e quaisquer outras que possam representar uma mais-valia relativamente àqueles
mínimos exigidos.

No entanto, os concorrentes ficam obrigados a cotar na sua proposta base os


equipamentos referenciados no caderno de encargos sem prejuízo da apresentação de
outras alternativas que considerem oportunas.

Fica salvaguardado que, qualquer solução alternativa, para além de cumprir as


especificações técnicas discriminadas, deverá ser compatível com a Arquitetura,
nomeadamente, no que diz respeito aos atravancamentos dos equipamentos e, quando
aplicável, à sua estética.

Para os equipamentos considerados mais importantes, indicam-se modelos tipo que


satisfazem os requisitos mínimos especificados.

A localização dos diversos equipamentos está representada nas peças desenhadas e foi
devidamente coordenada com a Arquitetura durante o período de execução do presente
projeto. No entanto, a sua localização final em obra deverá ser realizada sob estrita
orientação da Arquitetura e da fiscalização da obra. Pelo que, se obriga o instalador a

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 41 / 80
solicitar esta coordenação atempadamente de modo a não prejudicar a normal evolução
da obra.

O presente projeto inclui o fornecimento e montagem dos equipamentos e materiais a


seguir especificados de acordo com as peças escritas, peças desenhadas e mapa de
quantidades. Todos os equipamentos serão obrigatoriamente fornecidos e cotados com os
acessórios expressamente indicados nas Especificações Técnicas e todos os outros
essenciais ao seu correto funcionamento e instalação, ainda que ali omissos.

Chama-se especial atenção para os meios de elevação necessários face à altura dos locais
de instalação e ao vão a vencer, bem como, para os pesos e as estruturas de suporte dos
diferentes equipamentos.

1 Sistema de Produção de Água Quente

1.1 CALDEIRA

Está prevista a instalação de uma caldeira de alimentação a Gás Natural, na


lavandaria, dedicada aos equipamentos de aquecimento ambiente e produção de AQS.

tipo

• condensação;
• baixa emissão de NOx;
• mural, para produção de água quente destinada ao aquecimento ambiente e
produção de água quente sanitária;
• queima de gás

natural; condições de

operação

• potência útil nominal (aquecimento ambiente): 3.4 a 20 kW, modulante;


• rendimento térmico de 107.5% a 30% da carga nominal e

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 42 / 80
105.8%;

composição

• queimador de radiação modulante em aço inoxidável de baixa emissão de NOX e


CO;
• equipamento hidráulico completo, incluindo: válvula modulante de 3 vias, bomba
circuladora de velocidade variável e purgador automático;
• quadro de montagem com válvulas e vaso de expansão;
• conduta para expulsão dos gases de combustão, incluindo os respetivos
acessórios (curvas, chapéu de saída de cobertura plana, remate de cobertura,
anilhas, etc.); o comprimento total da conduta será o indicado nas peças
desenhadas, devendo antes da instalação aquele comprimento ser verificado em
obra;

• quadro de regulação e controlo eletrónico com todos os elementos necessários


para o funcionamento automático, com compensação da temperatura de ida da
água em função da temperatura do ar exterior;
• sonda de temperatura exterior;
• linha de gás com todos os elementos de segurança e regulação incorporados.

Como referência construtiva indica-se o modelo PLATINUM PLUS 24 AF, e respetivos


acessórios, tudo da marca BaxiRoca, ou equivalente.

A ligação final da rede interna de distribuição de gás natural à caldeira é da


responsabilidade do instalador de Gás. No entanto, esta ligação será obrigatoriamente
realizada em estrita coordenação com o instalador de Mecânica.

Cumpre, ainda, ao empreiteiro de Instalações Mecânicas fornecer, atempadamente, ao


empreiteiro de Instalações de Gás a localização e características da caldeira e
certificar-se que o ramal a executar está de acordo com as especificações do
equipamento que se propõe instalar e respondem integralmente ao pretendido.

A alimentação elétrica da caldeira, necessária para o isqueiro e para a bomba de


circulação interna, dependerá do quadro elétrico.

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Especificações Técnicas 43 / 80
2 Sistema de Tratamento Ambiente - Aquecimento

2.1 PAINÉIS RADIADORES A ÁGUA

Para aquecimento da generalidade dos espaços está prevista a instalação de painéis


radiadores a água com as seguintes características principais:

tipo

• circulação de água quente;


• frontal plano;
• fixação à parede;
• altura nominal: 600mm;
• profundidade:

102mm; construção

• radiadores em chapa de aço;


• pintado com um recobrimento base por cataforese e acabamento a pó epoxi-
poliester de cor branca, RAL 9010;
• uniões de ligação

de ½”; acessórios

• suportes de fixação à parede;


• tampão com purgador manual orientável;
• reduções, tampões, juntas, anilhas, parafusos e buchas;
• válvula termostática regulável na entrada;
• válvula de regulação e corte à

saída; condições de

dimensionamento

• conforme a UNE EN-442;


P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 44 / 80
• ∆T = 50 ºC (∆T = temperatura média do radiador - temperatura ambiente);
• temperatura da água aquecida (entrada/saída): 80ºC / 65ºC;
• temperatura máxima de funcionamento: 110 ºC;
• pressão mínima e máxima de funcionamento: 0,5 e 6 bar;

Os painéis radiadores não deverão ter características inferiores às indicadas no quadro


seguinte:

Quadro 15 - Painéis Radiadores

Referência / modelo Caudal de Água [l/h] Potência [W]

R1 / Adraplan 600/300 40 500

R2 / Adraplan 600/450 60 700

R3 / Adraplan 600/750 100 1200

Como referência construtiva para os painéis radiadores indica-se a marca BaxiRoca, no


modelo Adraplan indicado no quadro anterior, incluindo válvulas e respetivos acessórios
de ligação e fixação, ou equivalente.

2.2 RADIADIORES ELÉTRICOS A FLUÍDO

Para aquecimento de alguns espaços (cozinha do piso 0, quarto 3 e quarto 1 do piso 1) está
prevista a instalação de emissores murais com fluido de alta inércia térmica, digitais e
programáveis, com as seguintes características principais:

• Estrutura em alumínio injectado;

• Termostato eletrónico de grande precisão e três modos de funcionamento (modo


conforto, modo redução e modo anti-gelo);

• Painel LCD;

• Programação através do controlo remoto MP-Emiblue.


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Especificações Técnicas 45 / 80
Os emissores não deverão ter características inferiores às indicadas no quadro seguinte:

Referência / modelo Potência [W]

R4 / S&P EMIBLUE-4DP 500

R5 / S&P EMIBLUE-6DP 750

Como referência construtiva para os emissores indica-se a marca S&P, no modelo EMIBLUE
DP indicado no quadro anterior, incluindo válvulas e respetivos acessórios de ligação e
fixação, ou equivalente.

2.3 TOALHEIROS A ÁGUA

Para apoio ao aquecimento das instalações sanitárias, nomeadamente a secagem de


toalhas, está prevista a instalação toalheiros com as seguintes características principais:

tipo

• Funcionamento com circulação de água quente;


• tubo de aço inox;
• fixação à parede;
• altura nominal: 760mm;
• largura:

500mm;

construção

• radiadores em tubo de aço inoxidavel;


• uniões de ligação

de ½”; acessórios

• suportes de fixação à parede;


• tampão com purgador manual orientável;
• reduções, tampões, juntas, anilhas, parafusos e buchas;

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 46 / 80
• válvula termostática regulável na entrada;
• válvula de regulação e corte à saída.

condições de dimensionamento

• conforme a UNE EN-442;


• ∆T = 50 ºC (∆T = temperatura média do radiador - temperatura ambiente);
• temperatura máxima de funcionamento: 110 ºC;
• pressão mínima e máxima de funcionamento: 0,5 e 6 bar;

Os toalheiros não deverão ter características inferiores às indicadas no quadro seguinte:

Quadro 16 - Toalheiros

Referência / modelo Caudal de Água [l/h] Potência [W]

T/ CL 50-800 3 350

Como referência construtiva para os toalheiros indica-se a marca BaxiRoca, no modelo


CL50- 800, incluindo válvulas e respetivos acessórios de ligação e fixação, ou
equivalente.

2.4 TOALHEIROS ELÉTRICOS


Na instalação sanitária 3 está previsto a instalação de um toalheiro elétrico próprio para casas de
banho.

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Especificações Técnicas 47 / 80
Para apoio ao aquecimento das instalação sanitária 3, nomeadamente a secagem de
toalhas, está prevista a instalação de um toalheiro elétrico com as seguintes
características principais:

tipo

• Funcionamento com circulação de água glicolada;


• tubo de aço ao carbono;
• fixação à parede;
• altura nominal: 856mm;
• largura:

500mm;

construção

• radiadores em tubo de aço ao carbono pintado;

acessórios

• suportes de fixação à parede;


• parafusos e buchas.

O toalheiro elétrico não deverá ter características inferiores às indicadas no quadro


seguinte:

Quadro 16 - Toalheiro

Referência / modelo Potência [W]

T2/ CL 50-800 ELÉTRICO 300


0000

Como referência construtiva para o toalheiro elétrico indica-se a marca BaxiRoca, no


modelo CL50-800 ELÉTRICO, incluindo respetivos acessórios de ligação e fixação, ou
equivalente.
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Especificações Técnicas 48 / 80
3 Sistema Solar para Produção de Água Quente Sanitária (AQS)

O principal responsável pelo aquecimento das águas quentes sanitárias será o


sistema de coletores solares. Será instalado um grupo de painéis solares próprios para
circuito fechado, composto por 2 painéis solares. Os painéis solares serão
constituídos por placas absorventes através de lâminas de cobre com um coeficiente
muito elevado e absorção sobre a grelha de tubos de cobre.

3.1 PAINÉIS SOLARES

Os painéis solares terão as seguintes características:

tipo
• coletor solar plano;
• colocação vertical na cobertura do edifício.

construção

• placa absorsora fabricada em cobre e tratamento da superfície com crómio negro;


• caixilharia em fibra de vidro, com esquinas ABS e chapa de aço tratada com
alumínio zincado;
• estrutura em material compósito com isolamento do painel traseiro e lateral
em lã mineral de 40 mm de espessura;
• suportes para os

colectores. características

técnicas

• dimensões (largura x altura x profundidade): A 1175 x L 2010 x P 87 mm;


• peso: 40,0 kg;
• capacidade: 1,35 litros;

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 49 / 80
• área de captação: 2.18 m2;
• coeficiente de transmissão térmica (perdas): 3,871 W/m2ºC;
• rendimento óptico: 77 %;
• pressão de funcionamento: 6 bar

características técnicas
• Inclinação: equivalente ao telhado;

Como referência construtiva para os painéis solares indica-se o modelo Sol 200, com
certificação de qualidade CERTIF, Solar Keymark e CE, e respectivos acessórios, tudo da
marca Baxiroca, ou equivalente.

Deverá ainda ser prevista uma estrutura de suporte dos painéis solares de modo a
assegurar a instalação daqueles na cobertura, conforme indicado nas peças
desenhadas. O suporte será instalado com uma inclinação de 15º relativamente ao
plano da cobertura (horizontal) e com orientação a sudeste.

A estrutura e respetivas fixações devem ser devidamente dimensionadas tendo em


consideração as solicitações de carga mas, também, as ações externas a que serão
sujeitos.

Juntamente com os painéis solares deverão ser fornecidos de fábrica as respetivas


ligações hidráulicas para a instalação na cobertura.

O líquido solar para o circuito primário, assim como, a percentagem de mistura,


deve ser coordenado e aconselhado pelo fornecedor dos painéis solares.

O sistema solar térmico deverá ser instalado por empresa acreditada pela DGGE e o
sistema deverá apresentar uma garantia de manutenção em funcionamento eficiente de 6
anos.

3.2 DEPÓSITO TERMOACUMULADOR PARA ÁGUA QUENTE SANITÁRIA

Está previsto um depósito acumulador duplo próprio para instalações de água quente
sanitária em interligação com painéis solares e com a caldeira. O depósito de 300 litros +

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 50 / 80
200 litros incorpora tanto o acumulador solar como o acumulador auxiliar de apoio, um
por cima do outro, formando um conjunto único de dimensões compactas. Este depósito
garantirá o armazenamento da água quente sanitária produzida, e o apoio estabelecido à
produção de AQS pela caldeira. O depósito terá as seguintes características principais:

tipo

• cilíndrico, vertical de chão;


• dupla serpentina;
• instalação nointerior;

construção

• Cuba de aço esmaltado;


• Protecção catódica mediante ânodo de magnésio;
• Isolamento em espuma de PU livre de CFCs;
• Entrada para recirculação;
• Bainha para inserção de sonda de temperatura;
• Formato que facilita a estratificação (ligações hidráulicas de entrada de água
fria na parte inferior do depósito e existência de deflactores);
• dupla Serpentina de grande potência.

acessórios

• ânodo de magnésio para protecção catódica;


• válvula de segurança;
• manómetro;
• termómetro;
• purgador de ar automático;
• dreno;
• sonda de temperatura com bainhas.
• condições de referência;
o pressão máxima de serviço do circuito primário (apoio da caldeira): 25 bar;
o temperatura máxima de serviço do circuito primário (apoio da caldeira): 200
ºC;
• capacidade unitária:
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Especificações Técnicas 51 / 80
o DAQS solar: 300 litros;

Como referência indica-se a gama Solar Easy AQS Duplo, da marca BaxiRoca no modelo Solar
Easy 300/200, ou equivalente.

3.3 VASO DE EXPANÇÃO;

Está previsto um vaso de expansão associado ao circuito primário do sistema solar, e um


vaso associado ao depósito DAQS.

A capacidade do vaso de expansão, foi calculado a título indicativo e para facilitar a sua
pré- seleção. O seu cálculo foi realizado com base no volume de água da instalação,
temperaturas e pressões estáticas do circuito aqui previsto.

Pelo que o instalador fica obrigado a efetuar e apresentar o seu redimensionamento


em função dos equipamentos e dos circuitos efetivamente instalados ou executados.

Estão previstos vasos de expansão para proteger os seguintes circuitos e respetivos


equipamentos:

• circuitos do sistema solar;


• circuitos de alimentação de água aos depósitos de acumulação e distribuição de
água quente sanitária dedicados ao sistema solar;

As características principais são as

seguintes: tipo
• fechado;
• duas câmaras (água/azoto) separadas;
• com qualidade alimentar, no caso do vaso destinado ao

circuito AQS; construção

• vaso em chapa de aço pintada;


• câmara de azoto;
• câmara de expansão da água com um revestimento anti-corrosão;

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Especificações Técnicas 52 / 80
• membrana elástica;
• válvula de enchimento de gás

selada; condições de operação

• temperatura máxima circuito solar: 120 ºC;


• temperatura máxima circuito de armazenamento de água quente sanitária: 70 ºC;
• pressão máxima de funcionamento: 8 e 10 bar, conforme os

casos. capacidade dos vasos

• sistema solar:
o Ve solar: 18 litros;

3.4 GRUPOS CIRCULADORES

Está previsto um grupo de circulação hidráulica associados, à central solar (GC), para
preparação de água quente sanitária.

As condições de operação dos grupos circuladores serão as seguintes:

• fluido: água-glicolada;
• temperatura mínima / máxima da água: -10ºC /
• 120 ºC.

O grupo circulador será composto pelos seguintes

elementos:

• bomba circuladora específica para circuitos solares térmicos;


• regulador de caudal;
• caudalímetro;
• válvulas de esfera com termómetros;
• válvulas de enchimento;
• válvula anti-retorno com bloqueio;
• válvula de segurança com manómetro;
• separador de ar com purgador manual;

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Especificações Técnicas 53 / 80
• ligação para o vaso de expansão.

Terá ainda as seguintes características construtivas:

• todos os elementos isolamento em espuma rígida de poliuretano injectado;


• tipo centrífugo e veio cilíndrico em aço inoxidável;
• acionamento por motor elétrico;
• próprio para fixação mural.

O grupo circulador será fornecido com os respetivos suportes. A montagem será de modo a:

• proporcionar baixo ruído de funcionamento;


• evitar a transmissão e propagação de vibrações e ruídos, quer às tubagens,
quer a elementos estruturais;
• facilitar a manutenção.
Os grupos eletrobombas serão de comando elétrico, temporizado, de modo a
garantirem a circulação da água quente quando solicitados.

As propostas dos concorrentes deverão indicar para as bombas selecionadas, o


ponto de funcionamento, a potência absorvida, a potência nominal dos motores e os
níveis de ruído.

As alturas manométricas do grupo circulador foram calculadas a título indicativo de


forma a facilitar a sua pré-selecção, e com base nos equipamentos e traçados
propostos, pelo que, no caso de alteração do traçado da tubagem ou de qualquer
equipamento aqui proposto, terão obrigatoriamente, de ser recalculadas pelo
instalador em função dos equipamentos e dos circuitos efetivamente instalados ou
executados.

3.5 CENTRAL DE CONTROLO SOLAR

O sistema solar será totalmente controlado pelo kit e estações solares previstos em
conjunto com os painéis solares. Como referência para as estações de controlo solar
refere-se o modelo tipo BSOL-050, da marca Vulcano, ou equivalente, devidamente
compatível com o sistema a controlar.
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Especificações Técnicas 54 / 80
A estação de controlo terá por finalidade controlar o funcionamento de todos os
equipamentos inseridos no sistema solar.

O controlo do apoio à produção de água quente sanitária até à temperatura final será
realizado também pelo microprocessador associado à caldeira mediante a informação
recebida do respetivo sensor de temperatura inserido na alimentação da água da rede,
proveniente do sistema solar.

O controlo de produção de água quente sanitária tem prioridade sobre o controlo


aquecimento ambiente.

3.6 ACESSÓRIOS PARA INSTALAÇÃO SOLAR

No caso particular das válvulas e acessórios associados aos painéis solares devem ser
próprios para funcionarem com água contendo propileno-glicol até concentrações de 50
%.

• Válvulas de corte em geral;


• Válvulas de segurança;
• Válvulas anti-retorno;
• válvulas de regulação e medição de caudal, do tipo globo com tomadas de
pressão (para controlo dos caudais de água a circular em ambos os depósitos);
• Filtros;
• Purgadores (Os purgadores automáticos especiais para a instalação solar,
deverão ser equipados com câmara de acumulação de vapor, que facilita a
eliminação do ar
contido no liquido solar. Intervalo de temperatura de -30ºC a +150ºC, com válvula
de esfera incorporada;

• Tratamento Químico: o líquido solar para o circuito primário, assim como, a


percentagem de mistura, deve ser coordenado e aconselhado pelo fornecedor dos
painéis solares.

Todas as válvulas e acessórios devem ser próprios para funcionarem com água
contendo propileno-glicol até concentrações de 50 %.

No caso particular das válvulas de segurança associadas ao sistema solar aquelas


serão de dupla atuação, isto é, atuam por pressão ou por temperatura.
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Especificações Técnicas 55 / 80
4 Tubagens, Isolamento Térmico e Acabamentos

4.1 TUBAGENS

Na instalação das tubagens deverão ser assegurados os seguintes aspetos:

• a compatibilização dos traçados com as estruturas dos tetos e/ou pavimentos


previstos pela Arquitetura;
• a compatibilização e coordenação dos trajetos propostos com as infra-estruturas
das restantes especialidades;
• a possibilidade da livre dilatação/contração das tubagens criando-se para o
efeito
pontos fixos e liras do tipo U largo ou, em especial nas tubagens de maior
diâmetro, por interposição de juntas de dilatação;

• os corretos caimentos, por forma a facilitar a completa drenagem da instalação;


• no atravessamento das paredes, pavimentos ou tetos as tubagens são
envolvidas por mangas de proteção (salientes 10 mm para cada lado e
preenchidas com material termicamente isolante) de modo a permitirem a sua
livre dilatação.
• as distâncias livres mínimas às superfícies adjacentes serão:
• paredes………………………………………………………………………………………………25 mm
• pavimento…………………………………………………………………………………………-150 mm
• tetos………………………………………………………………………………………………….-100 mm
• tubagem isolada…………………………………………………………………………………..25 mm
• tubagem não isolada…………………………………………………………………………100 mm
• todos os extremos de tubagem serão devidamente protegidos desde a sua
instalação até ao momento de ligação aos equipamentos terminais, por forma a
evitar a entrada de pequenos animais, lixo e outros objetos estranhos.

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Especificações Técnicas 56 / 80
4.1.1 Tubagem de distribuição para Aquecimento Ambiente

As redes de tubagem de distribuição de água serão executadas em tubo do tipo


multicamada, para aplicação em sistemas de circulação de água a temperatudas elevadas
(até 80ºC) e com ciclo de vida associado elevado, constituído por uma lâmina de alumínio
interposta e soldada longitudinalmente e de uma camada de PERT no exterior e interior,
e acessórios de ligação “pressfitting”.

Tubagem e acessórios multicamada serão obrigatoriamente do mesmo fabricante e


compatíveis entre si. Na execução das redes de tubagem devem ser tidas em
consideração as especificações de montagem aconselhadas pelo fabricante da tubagem e
na aplicação de acessórios de ligação só devem ser utilizadas ferramentas apropriadas e
recomendadas pelo fabricante da tubagem a utilizar. Como referência construtiva indica-
se o sistema da marca Rehau, ou equivalente.

4.1.2 Tubagem do Sistema Solar

A tubagem que interliga os colectores solares e os depósitos de acumulação de água quente


sanitária será executada em cobre desoxidado e desidratado com o menor número de
soldaduras possível. Nos casos de necessidade de efectuar soldaduras, estas deverão ser do
tipo “soldadura forte” em prata (Ag 60%) de modo às ligações suportarem elevadas
temperaturas.

4.2 ENCHIMENTO E ESGOTOS

Faz parte integrante das instalações mecânicas o fornecimento e montagem das ligações
de alimentação de água e esgoto dos equipamentos (drenos, purgas, descargas de
válvulas de segurança, etc.) na central técnica respetiva.

Os ramais de água de alimentação aos equipamentos e de enchimento da instalação (água


da rede) serão executados em tubo de aço inoxidável AISI 316 com acessórios do sistema

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Especificações Técnicas 57 / 80
Pressfiting, ou equivalente, de acordo com o previsto no projeto de Instalações e
Equipamentos Hidráulicos.

As ligações dos equipamentos ao esgoto (drenos, purgas, descargas de válvulas de


segurança, etc.) serão executadas em tubo de ferro preto com o mesmo tipo de
tratamento especificado para as tubagens de distribuição de água para tratamento
ambiente.

Cumpre, igualmente, ao empreiteiro de Instalações Mecânicas fornecer, atempadamente,


ao empreiteiro de Instalações Hidráulicas todas as localizações e pontos de enchimento
necessários e certificar-se que as redes estão de acordo com as especificações dos
equipamentos que se propõe instalar e respondem integralmente ao pretendido.

Os equipamentos pertencentes às instalações mecânicas que necessitam de enchimento


são os seguintes:

• Caldeira - circuito primário e secundário de aquecimento;


• Sistema Solar;

4.3 DRENAGEM DE CONDENSADOS

A drenagem de todas as unidades terminais de tratamento ambiente, será prevista na


empreitada de instalações hidráulicas.

4.4 IDENTIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS

Todos os circuitos de tubagens serão devidamente identificados quanto ao sentido de


circulação e dos equipamentos que servem (mesmo a nível das diversas prumadas e ao
longo das linhas não visíveis) de acordo com um código a definir pela fiscalização. A tinta
a utilizar será constituída à base de polietileno clorossulfurado.

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Especificações Técnicas 58 / 80
4.5 SUPORTES DE TUBAGEM

Os suportes de apoio e/ou fixação (pontos fixos), implantados e espaçados de modo a


garantirem os requisitos especificados e necessários à correta execução da instalação,
serão:

• executados em perfilados de aço com tratamento e acabamento final, quando


localizados em centrais técnicas, courettes, tetos ou pavimentos falsos;
• do tipo pré-fabricado constituídos por abraçadeiras em zinco galvanizado e
revestidas interiormente por borracha, quando à vista em espaços comuns
como garagens, arquivos, etc..

Como referência construtiva indicam-se os suportes Flamco da Hilti, ou equivalente.

Em qualquer das situações, os suportes não permitirão a transmissão de vibrações à


estrutura. Os espaçamentos entre suportes serão os seguintes:

• até DN 40 ........................................................................... 2 m
• de DN 50 até DN 80................................................................ 3 m
• de DN 100 até DN 150............................................................. 4 m
• de DN 200 até DN 300............................................................. 5 m

4.6 ISOLAMENTO TÉRMICO E ACABAMENTO DE TUBAGENS

Deverá ser previsto o isolamento térmico das tubagens associadas à circulação de água
arrefecida e aquecida, e respectivos acessórios.

As espessuras e revestimentos do isolamento térmico variam de acordo com:

• a temperatura do fluido transportado: água quente ou água arrefecida;


• a localização da tubagem;
• o diâmetro da tubagem, conforme indicado nos quadros seguintes.

Quadro 2 - Isolamento térmico de tubagens de água quente


Diâmetro Exterior Espessura nominal [ mm ] Acabamento
Após saída de courettes: tectos, tectos falsos, pavimentos e courettes

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Especificações Técnicas 59 / 80
D ≤ 35 20

35 < D ≤ 60 30 Revestido a chapa de aço inoxidável quando à vista

60 < D ≤ 90 30
Centrais técnicas (térmicas e de ventilação), exterior

D ≤ 35 30

35 < D ≤ 60 40 Revestido a chapa de aço inoxidável

60 < D ≤ 90 40

O isolamento térmico será executado de modo a garantir que:

• nenhum isolamento é aplicado em qualquer elemento do sistema de tubagem


sem que os respetivos testes hidráulicos tenham sido realizados;
• todos os acessórios de tubagem serão isolados, excepto quando estes tiverem
de ser acessíveis ao utilizador (e apenas nas partes móveis específicas, por
exemplo, manípulos de válvulas não isolados mas corpo das válvulas isolado);
• todas as coquilhas serão perfeitamente ajustadas ao diâmetro da tubagem que
isolam e, sempre que possível, enfiadas;
• todas as uniões serão de recorte perfeito e devidamente coladas.

As tubagens embebidas, além de isoladas, serão envolvidas numa manta geotêxtil


de 105 g/m2, do tipo Imperset 105 da Imperalum ou equivalente.

Como referência de qualidade e gama dos isolamentos térmicos a aplicar indica-se a


marca Armaflex da Amstrong nos tipos SH, para aquecimento e nos tipos AF, para
arrefecimento, ou equivalente.

5 Válvulas e acessórios diversos

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Especificações Técnicas 60 / 80
5.1 ACESSÓRIOS PARA REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

5.1.1 Válvulas e acessórios

As válvulas e acessórios diversos (filtros, purgadores, etc.) terão as seguintes


características gerais principais:

material

• até DN 50 (2”) inclusive: corpo em bronze (PN 10);


• acima de DN 50: corpo em ferro fundido (PN 16) ou aço ao carbono vazado
(PN 10). ligações
• até DN 50 inclusive: roscadas;
• acima de DN 50: flangeadas.

e as seguintes características particulares:

• válvulas de equilibragem dinâmicas com cartucho adequado(54 l/h a 11 350 l/h),


com ou sem válvula de corte incorporada e ligações para leituras de pressão e
temperaturaPN25; válvula constituída por corpo em latão forjado (Cu Zn 39 Pb2),
câmara de regulação em polyoxy metaleno e borracha acrylonitrilo-butadieno
hidrogenada e mola em aço inoxidável AISI 302, com uma tolerância de
funcionamento de +/- 5%; como referência construtiva indicam-se as válvulas da
gama Alpha da marca Frese, ou equivalente; as válvulas serão selecionadas para
os caudais que estão indicados nos quadros dos respetivos equipamentos e peças
desenhadas;

• válvulas de regulação e medição de caudal, do tipo globo com tomadas de


pressão:
corpo da válvula em ferro fundido e mola em aço inoxidável; gama de
pressão de funcionamento de 20 a 160 kPa e máxima de 350 kPa; as
temperaturas máximas de funcionamento de -10 a 80 ºC;

• válvulas de seccionamento até 2”, de montagem no exterior, serão roscadas do


tipo

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Especificações Técnicas 61 / 80
globo ou cunha, com o corpo em bronze, obturador em latão e juntas em
PTFE e volante em alumínio. No interior, serão do tipo macho esférico, com
corpo em latão niquelado, esfera em latão duro-cromado e vedantes em PTFE.
As válvulas de seccionamento acima 2 ½” (inclusivé) serão do tipo borboleta com
o corpo e borboleta em ferro fundido GG-25, vedante em EPDM, eixo em aço
inox AISI 316 e manípulo em alumínio com posicionador;

• válvulas de regulação, do tipo globo;


• válvulas de retenção serão de aperto entre flanges de duplo prato, com corpo em
ferro fundido GG-25, pratos em latão (até ∅ 4”) e bronze (acima de ∅ 4”), eixo
em aço inox
AISI 304 e sede em nítrilo. As válvulas serão pintadas com tinta epoxi. As
válvulas de entrada de água da rede serão de charneira em bronze;

• válvulas de segurança, certificadas e reguladas para a pressão de disparo


requerida
pelos circuitos ou equipamentos que protegem. Sob a saída de escape das
válvulas serão montados copos de recolha ligados aos circuitos de esgoto e
drenagem. Os copos de recolha deverão ser montados para que seja visível se a
válvula se encontra aberta ou fechada. A pressão nominal das válvulas de
segurança a instalar na central térmica deverá ser de 4 bar;

• válvula redutora de pressão de corpo em bronze que deverá permitir regular


automaticamente a pressão a jusante da válvula para o valor pretendido, de tal
modo que a variação não exceda 5% da variação da pressão a montante. Deverá
ter botão de ajuste da pressão a jusante e a gama de pressões reguláveis a
jusante deverá conter o intervalo 1-6 bar;
• filtros, tipo Y, cartucho com filtro interno em rede de aço inoxidável, malha do
filtro
de 0,87 a 0,73 mm, facilmente amovível para limpeza, e tomadas de pressão
para monitorização de colmatação do respectivo filtro; filtros de diâmetro
superior a 3” serão flangeados em ferro fundido, com cesto em chapa de aço
inox perfurada e dimensionada para água. O filtro terá a base do cesto flangeado

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Especificações Técnicas 62 / 80
para a sua limpeza. Os filtros com diâmetro inferior a 2 ½” serão roscados em
bronze e cesto em chapa de aço inox perfurada;

• purgadores de ar com bóia, sedes e obturador em aço inoxidável colocados em todos


os
pontos altos de instalação antecedidos de válvula de fecho;

• manómetros de quadrante circular, ø mínimo = 100 mm, com 0.1 bar de


resolução, com mostrador inserido em banho de glicerina, graduados de 0 a 1.5
vezes a pressão de serviço do ponto da instalação em que estão inseridos e
serão fornecidos com válvula de fecho;
• termómetros em aço inox AISI 304, mola térmica em aço inox AISI 316L e
diâmetro da caixa de 100mm, visor em plexigás e IP65. O comprimento da bainha
em aço inox terá de ser superior a meio diâmetro da tubagem em que se insere.
Termómetros de quadrante circular, ø mínimo = 100 mm, com 1ºC de resolução,
graduados de 0 a 100ºC quando para água quente e de 0 a 40 ºC quando para água
refrigerada;
• juntas antivibráteis constituídas por fole em borracha com elevada resistência ao
envelhecimento e serão apropriadas para água com temperaturas entre 0 ºC e
100 ºC. Deverão ser capazes de absorver as dilatações das tubagens em que se
encontram inseridas, assim como as vibrações produzidas pelos motores dos
equipamentos. Serão ligadas às tubagens por flanges e contra-flanges em aço,
fixadas por parafusos e porcas para permitir fácil desmontagem;
• foles ou dispositivos equivalentes que permitam a dilatação térmica de toda a
tubagem, nomeadamente nos tramos mais longos e de maior diâmetro.
• grupo de enchimento dos circuitos, constituído por 2 válvulas de corte, filtro em
Y, válvula redutora de pressão e válvula de retenção; como referência para o
grupo de enchimento indica-se a marca Caleffi, no modelo 574001;
• válvula anti-poluição de corpo em liga antidezincificação, haste, molas e
cartucho com filtro em aço inox e vedantes em borracha EPDM. A válvula será
constituída uma válvula de retenção de modo a evitar refluxo da água da rede e

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Especificações Técnicas 63 / 80
com ligação ao dreno. Como referência construtiva indicas o desconector de zona
de pressão no modelo BA, da marca Caleffi, ou equivalente;
As válvulas de comando manual, de retenção e os filtros terão os diâmetros das tubagens
em que forem inseridas. As válvulas motorizadas terão o seu diâmetro ajustado à perda
de carga pretendida, conforme acima já descrito.

As válvulas e acessórios deverão ser próprios para suportarem as temperaturas a que


estão sujeitos.

5.2 ACESSÓRIOS PARA PAINÉIS RADIADORES E TOALHEIROS

No caso particular das válvulas associadas aos painéis radiadores de parede, estas
terão as seguintes características particulares:

válvula termostática

• corpo em latão estampado com acabamento exterior cromado mate;


• ligações roscadas em esquadria ou reta, consoante os casos;
• cabeça termostática com escala graduada para seleção da temperatura ambiente;
• temperatura máxima de trabalho: 110 ºC;
• pressão máxima de trabalho: 10 bar.
Como referência construtiva indica-se o modelo Monogiro NT Termostática, da marca
ROCA, ou equivalente.

válvula de regulação e corte

• corpo em latão estampado com acabamento exterior cromado mate;


• ligações roscadas em esquadria ou recta, consoante os casos;
• temperatura máxima de trabalho: 110 ºC;
• pressão máxima de trabalho: 10 bar.

Como referência construtiva indica-se a união com fecho Série NT para roscar, da
marca ROCA, ou equivalente.
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Especificações Técnicas 64 / 80
As válvulas dos painéis radiadores deverão ser cotadas juntamente com estes.

6 Sistema de Ventilação

6.1 VENTILADORES

A montagem será de modo a:

• proporcionar baixo ruído de funcionamento;


• evitar a transmissão e propagação de vibrações e ruídos, quer às condutas,
quer a elementos estruturais;
• facilitar a manutenção garantindo os espaços necessários retirar quaisquer
elementos, designadamente, filtros e ventiladores.

As ligações entre os ventiladores e as condutas serão executadas através de gola


flexível, desmontável e imputrescível.

• Dever-se-á, ainda, tomar especial atenção aos seguintes procedimentos:


• todos os ventiladores serão devidamente protegidos contra a intempérie, caso a
sua montagem não seja imediata aquando da sua chegada ao local da obra;
• os ventiladores manter-se-ão sempre protegidos contra a intrusão de animais,
lixos e outros objetos estranhos enquanto não forem ligadas às condutas
respectivas.

• Todos os ventiladores serão equipados com:
• dispositivo térmico de corte automático da alimentação de energia elétrica em
caso de sobreaquecimento;
• comutador de corte local de energia elétrica;
• placa de identificação no exterior com indicação expressa das principais
características técnicas, nomeadamente: os caudais de ar, as pressões estáticas
dos ventiladores e as potências elétricas dos respetivos motores; terá ainda a
indicação expressa da referência atribuída para identificação na presente
instalação (VE ..., VS …);

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 65 / 80
• os acessórios indicados nos respectivos quadros.

As marcas e modelos de referência considerados para os ventiladores são apresentados,


respetivamente, nos pontos seguintes e nos quadros de ventiladores. Estes
equipamentos deverão ser cotados e fornecidos com os acessórios específicos
referenciados nos quadros respetivos.

Qualquer alternativa que seja apresentada terá obrigatoriamente que atender às


dimensões máximas admissíveis representadas nas peças desenhadas, devendo ser
cotados.

6.1.1 Ventiladores Helicocentrífugos de Cobertura

Ventiladores do tipo helicocentrífugo, especialmente indicados para intercalar em


condutas (ligação in-line), dedicados à extração de ar de instalações sanitárias e espaços
similares. As suas características gerais são as seguintes:

tipo

• helicocentrífugo;
• instalação no exterior (cobertura);
• próprio para acoplar em condutas; construção

• chapéu em aço galvanizado;


• base de alumínio;
• pintura poliéster de protecção anti-corrosão;
• classe de protecção IP 44;
• protecção térmica incorporada, de rearme automático;
• uniões de ligação em chapa de aço pintada com epoxipoliester;
• cor a definir pela arquitectura.

composição

• ventilador helicocentrífugo, com motor directamente acoplado;


• motor de indução assíncrona monofásico:
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Especificações Técnicas 66 / 80
o com condensador permanente;
o rotor exterior em curto-circuito;
o de 1 velocidade;
o alimentação do motor: 230 V 50 Hz;
• reguladores electrónicos ou electromecânicos para variação da velocidade do motor.

Como referência construtiva para os ventiladores helicocentrífugos de conduta


indica-se a marca SystemAir e nos modelos indicados no quadro seguinte.

Referência VE1

Área Tratada IS/Lavandaria


Localização Es
cobertura
Tipo exterior
Função extracção
Caudal de Ar Nominal m³/h 60/90
Pressão estática disponível Pa 140
Nº de Velocidades 1
Transmissão directa
Alimentação Eléctrica V 230
Potência motor (aprox.) W 25
Quadro eléctrico QE Inst. Elétricas
Controlo/Comando Automático/horário
Variador de tensão Chapéu acústico
Acessórios

funcionamento c/ caudal constante


Observações

Modelo Ve TFSR 125 M

7 Redes de Condutas

As condutas serão construídas em chapa de aço galvanizado executadas de acordo com as


normas SMACNA - Sheet Metal and Air Conditioning Contractors National Association e as
normas Europeias NP-EN 1505 e NP-EN 1506, com as espessuras definidas pela maior dimensão.

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Especificações Técnicas 67 / 80
As características mecânicas do tratamento superficial e do aço de base são conforme a
Norma AFNOR A 26-321. As chapas galvanizadas a utilizar são da classe 02 com revestimento
de zinco não inferior a 275 gr/m2.

As condutas de secção circular e respetivos acessórios serão executadas em tubo espiralado


rígido com juntas de estanquidade segundo a norma DW142, classe C, produzidas em chapa de
aço galvanizada Dx51D e tratamento superficial da classe Z275 em zinco com 275 g/m2 e uma
espessura de 19 µm, segundo a norma EN 10142, e com vedante em borracha EPDM, isento de
solventes, resistente ao ozono e raios ultra violetas. As condutas e acessórios serão próprias
para funcionar a pressões entre -5000 a 3000 Pa e temperaturas de -30 a 100 ºC.

A interligação entre troços de conduta ou entre estes e os acessórios será realizada pela
utilização de uniões adequadas, cravadas com rebites ou parafusos autorroscantes. Em todas
as uniões deverá aplicar-se uma cola, pasta de silicone ou outro vedante adequado de forma a
eliminar todas as fugas de ar nas condutas. Após a aplicação do material vedante será aplicada
sobre todas as juntas fita auto-adesiva de alumínio.

As condutas flexíveis serão de secção circular de fabrico de série, com conduta interior
constituída por estrutura de suporte em arame de aço enrolado em espiral envolvido por
películas de alumínio e poliéster coladas entre si formando a parede da própria conduta,
manga de isolamento térmico em lã de vidro com 25mm ou 50mm, consoante os casos, de
espessura e revestimento exterior em folha de alumínio reforçada com malha de nylon.

A ligação da hotte da cozinha ao exterior para a respetiva extração do ar será efetuada


através de conduta flexível de parede dupla, com baixa rugosidade interior.

O tubo flexível será construído em aço inoxidável AISI 316 L, de estrutura dupla (0.12 mm +
0.12 mm). A parede interior será lisa, ou de baixa rugosidade, permitindo uma baixa perda de
carga, um menor nível de ruído e uma redução dos problemas do depósito de gorduras e de
condensações.

Condutas e acessórios serão obrigatoriamente do mesmo fabricante.

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 68 / 80
Serão previstos os suportes e meios de fixação necessários à correta execução das redes de
condutas.

A saída de cada conduta é protegida por um chapéu apropriado, garantindo a sua proteção
contra a chuva e a entrada de corpos estranhos na conduta.

Nas peças desenhadas assinalam-se as dimensões interiores das condutas em mm.

7.1 GRELHAS E BOCAS DE EXTRAÇÃO E DE ADMISSÃO DE AR

Para as instalações sanitárias e a lavandaria está previsto a instalação de bocas de extração


para aplicação em teto falso, próprias para instalações de ventilação mecânica.

A área de passagem de ar, na boca de extração, é dimensionada tendo em conta o caudal de


ar previsto, a velocidade máxima de passagem admissível de 2 a 3 m/s e o nível de ruído
máximo do espaço que servem.

8 Equipamentos e Circuitos Elétricos

Serão executados de acordo com a legislação e as normas regulamentares em vigor. De uma


forma geral, serão executadas em cabo VV (ZH), excepto quando embebidas, caso em que se
utilizarão condutores do tipo V (ZH), enfiados em tubo VD.

Todas as peças metálicas acessíveis dos equipamentos que não sejam diretamente ligadas ao
condutor de terra, que deverá existir em todas as alimentações, serão interligadas por meio
de cabo nu de 6 mm² de forma a estabelecerem-se ligações equipotenciais. Este condutor será
levado até junto das caixas elétricas, deixadas pelo empreiteiro das instalações elétricas,
sendo-lhe dada continuidade a partir destes pontos.

P936 Casa Alegre Projeto Execução - AVAC

Especificações Técnicas 69 / 80
As interligações e encravamentos de todos os equipamentos pertencentes às Instalações
Mecânicas da fração, serão efetuados e protegidos a partir do Quadro Elétrico local, previsto
pelas Instalações Elétricas.

As características das cablagens e demais aparelhagem elétrica a fornecer e instalar no âmbito


terão em conta as especificações existentes sobre os mesmos equipamentos no projeto de
Instalações Elétricas.

9 Equipamentos de Controlo

9.1 SISTEMA CENTRAL

O controlo geral do aquecimento ambiente é realizado pela própria caldeira (controlo


horário e termostático incorporado na caldeira) em associação com um termóstato
ambiente de exterior (a instalar em local a definir em obra em coordenação com
a arquitetura e o projetista de instalações mecânicas) que dá informação à caldeira
da temperatura exterior verificada a cada momento para aquela ajustar a temperatura
da água.

Aquele controlo é, então, baseado num microprocessador (integrado na caldeira)


informado por várias sondas de temperatura a instalar nas seguintes posições:

• fachada exterior orientada a Norte (à sombra), a uma distância do pavimento


entre 2,0 e 2,5 metros;

• na tubagem de alimentação, à saída da caldeira, para regulação e limitação da


temperatura da água a fornecer pela caldeira aos sistemas de aquecimento;
• inserida no depósito de acumulação de água quente sanitária (DAQS), para
regulação e limitação da temperatura da água do referido depósito.

O controlo inclui a possibilidade de aceitar programas diários e semanais e de redução


automática da temperatura durante o período noturno.

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Especificações Técnicas 70 / 80
Permitindo regular:

• a temperatura de ida da água da caldeira em função da temperatura exterior;


a temperatura de ida da água de alimentação aos circuitos de painéis

radiadores/Toalheiros;
A produção da água sanitária (AQS) será controlada automaticamente, de igual modo,
pela caldeira mediante uma sonda inserida na acumulação de água quente (DAQS). Como
valor base de regulação de temperatura de acumulação indica-se o valor de 60ºC, e o
valor base da água quente de consumo aponta-se o valor de 45ºC. O aquecimento da
água de consumo será prioritário relativamente ao sistema de aquecimento ambiente
(por atuação sobre a válvula de três vias on-off).

Como referência construtiva para o quadro de controlo e respetivas sondas tudo da


marca Baxi Roca.

As referências que se indicam de seguida para cada tipo de equipamento têm como base
para a sua seleção a marca referenciada como base para a caldeira, isto é, a marca Baxi
Roca.

9.2 SISTEMA DE TRATAMENTO AMBIENTE

9.2.1 Painéis Radiadores/Toalheiros

O funcionamento e condução do sistema de aquecimento ambiente por painéis radiadores


são garantidos, ao nível de cada painel, através de uma válvula termostática, permitindo
uma regulação local.

Como referência para as válvulas e para as cabeças termostáticas indica-se a marca


BaxiRoca, ou equivalente, desde que compatíveis com o painel radiador.

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Especificações Técnicas 71 / 80
9.2.2 Equipamento de Campo

9.2.2.1 Sensores de temperatura do ar exterior

Será um sensor de temperatura próprio para instalação no exterior, as suas características


principais são:

• sensor: NTC
• gama de funcionamento: -40 a 70ºC
• protecção eléctrica: IP 43

9.2.2.2 Sensores de temperatura da água

• tipo: contacto
• protecção elétrica: IP 32
• gama de funcionamento: 0 a 100ºC

9.2.2.3 Sensores de temperatura da água para imersão

É um sensor de imersão próprio para medir a temperatura da água do depósito de AQS.

10 Ensaios
Serão efetuados os ensaios, medições e verificações seguintes, devendo para tal o
adjudicatário dispor dos aparelhos de medida adequados, devidamente calibrados.

Os ensaios que se enumeram a seguir são de cumprimento obrigatório, desde que os


componentes em causa estejam presentes na instalação.

A receção da instalação só pode ser feita após a entrega das telas finais e do
relatório de todos os ensaios e verificações efetuadas.

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Especificações Técnicas 72 / 80
10.1 CALDEIRA

A capacidade da caldeira será determinada da seguinte forma:

• medindo o caudal que nele circula;

• verificando a diferença de temperatura da água entre a entrada e a saída, pela


leitura em termómetros de grande sensibilidade.
O caudal de água quente poderá ser obtido entrando com a diferença de pressão
entre a entrada e a saída da água indicada pelos manómetros, na curva caudais/perdas
de carga do fabricante dos grupos.

Se esta curva não for fornecida pelo fabricante, o caudal será medido por meio
de um debitómetro.

O arranque deste equipamento deve ser realizado com acompanhamento dos


técnicos da marca a instalar.

10.2 PAINÉIS RADIADORES PAREDE/TOALHEIROS

Serão feitas as seguintes medições nestes aparelhos (em todos, ou em alguns, segundo o
critério da fiscalização):

• caudal de água;
• temperatura de entrada de água;
• temperatura de saída de água;
• funcionamento dos purgadores;
• funcionamento das válvulas termostáticas.
• verificação dos pontos de monitorização e sistema de controlo;
• verificação dos sistemas de drenagem;
• verificação do sentido de colmatação dos filtros, das válvulas e circuladores, etc.

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Especificações Técnicas 73 / 80
10.3 DEPÓSITOS DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA

Deverão ser fornecidos pelo fabricante dos depósitos os certificados de fabricação e mapa dos
respectivos ensaios de pressão elaborados.

Por ultimo, nos ensaios aos depósitos de acumulação de água deverá ainda ser efetuada:

• verificação dos sistemas de drenagem;

10.4 BOMBAS CIRCULADORAS

O desempenho das bombas circuladoras será determinado da seguinte forma:

• medindo as pressões na aspiração e na descarga;


• medindo a potência absorvida pelos motores;
• verificar os caudais através das curvas fornecidas pelo fabricante.

10.5 ENSAIOS HIDRÁULICOS

10.5.1 Tubagem de Distribuição de Água

Os ensaios serão realizados a uma pressão 1,5 vezes a pressão máxima de serviço (3 bar).
Toda a tubagem e acessórios, incluindo válvulas, deverão permanecer à pressão de ensaio
durante 24 horas, sem que o manómetro instalado na tubagem acuse variação de
pressão. Os ensaios deverão ser realizados a 100% da rede de tubagem.

A rede de tubagem deve permanecer à carga durante toda a obra e deve permanecer
equipada com um manómetro de modo a verificar-se alguma variação.

Todos os equipamentos e materiais necessários à lavagem e ensaios (bombas, mangueiras,


manómetros, flanges cegas, etc), serão fornecidos pelo adjudicatário.

10.6 EQUIPAMENTO ESTÁTICO

Os ensaios serão realizados de acordo com os códigos internacionais aceites pelo cliente.

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Especificações Técnicas 74 / 80
10.7 VENTILADORES

Serão realizadas as seguintes verificações:

• Medição dos caudais de ar;


• velocidade de rotação do ventilador;
• velocidade de descarga de ar;
• pressão estática exterior.
• verificação dos pontos de monitorização e sistema de controlo;
• verificação do sentido de rotação dos ventiladores.

10.8 CONDUTAS

As condutas dos sistemas de climatização serão sujeitas a teste de pressão após a


montagem e com recurso a bombas de fumos para confirmação das fugas nas
interligações entre condutas antes da instalação dos elementos terminais e da montagem
de tectos falsos.

Para realizar este teste será necessário abrir portas de visita para montar as bombas de
fumos ou um pequeno gerador de fumos associado a um ventilador axial ou centrífugo e
testá-las a fechando temporariamente todas as ligações aos elementos terminais ou nas
derivações.

As perdas na rede de condutas têm de ser inferiores a 1,5 l/s.m2 de área de conduta
quando sujeitas a uma pressão estática de 400 Pa. O ensaio pode ser feito, em primeira
instância, a 10 % da rede, escolhida aleatoriamente. Caso o ensaio na primeira instância
não seja satisfatório, o ensaio da segunda instância deve ser feito em 20% da
instalação, também escolhidos aleatoriamente, para além das 10% iniciais. Caso esta
segunda instância não satisfaça o critério pretendido, todos os ensaios seguintes devem
ser feitos a 100 % da rede de condutas.

10.9 DISTRIBUIÇÃO DE AR

Serão realizadas as seguintes medições em locais a escolher pela fiscalização:

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Especificações Técnicas 75 / 80
• temperatura do ar à saída das grelhas e difusores;
• velocidade do ar à saída das grelhas e difusores, através de balometer
electrónico (medidor de caudal de saco);
• temperatura do ar, no mínimo em quatro pontos do local condicionado a uma
altura média de 1.60 m;
• temperatura do ar no exterior, no instante das outras medições de temperatura;
• velocidade do ar em condutas;
• níveis de ruído;
• velocidade do ar nas zonas de ocupação, que não deverá ultrapassar 0.25 m/s.

10.10 EQUIPAMENTOS DE CONTROLO


Será verificada a sua capacidade e, ainda, a atuação de todos os equipamento de
controlo, isto é: variando os ajustes dos termóstatos para valores superiores ou inferiores
e verificando se as válvulas automáticas actuam correctamente, se as unidades de
climatização, consoante as solicitações.

10.11 CONSUMOS

Deverão ser medidos e registados todos os consumos em cada propulsor de fluído (ventilador,
bombas, etc..) e máquina frigorífica.

10.12 PROTEÇÕES ELÉTRICAS

Deverão ser verificadas as protecções eléctricas em todos os propulsores de fluidos e máquina


frigorífica.

10.13 SENTIDO DE ROTAÇÃO

Deve ser verificado o sentido de rotação em todos os motores e propulsores de fluidos;

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Especificações Técnicas 76 / 80
10.14 VERIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA NOMINAL

Deve ser verificada a eficiência nominal em todos os motores e propulsores, assim como
todas as caldeiras e máquinas frigoríficas.

10.15 QUADROS ELÉTRICOS

• Verificação dos relés térmicos e proteções de cada motor, e o respetivo


calibre e regulação em relação aos valores de intensidade medidos.
• As medições e verificações serão efetuadas na presença da fiscalização, que
rubricará os respetivos registos.

10.16 NÍVEIS DE RUÍDO

Serão realizadas medições de ruído de forma a comprovar-se que toda a instalação está
dentro dos limites de ruído máximos admissíveis especificados na memória descritiva
deste projeto.

Aquelas medições devem ser realizadas com equipamento de medição de som


(sonómetro) devidamente certificado e calibrado. O sonómetro será obrigatoriamente
calibrado antes da realização das medições.

As medições de ruído devem respeitar os seguintes requisitos:

• o microfone deve ser colocado num espaço livre a uma distância nunca inferior a
1,5 m do pavimento, paredes ou outras superfícies de grandes dimensões; onde
tal não seja possível, no registo daquelas medições devem ser indicadas as
condições em que tais foram realizadas;

• o microfone deve ser colocado a uma distância de 2 m do equipamento ou


elemento do qual se pretende realizar as medições; onde tal não seja possível,
no registo daquelas medições devem ser indicadas as condições em que tais
foram realizadas;

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Especificações Técnicas 77 / 80
• para grandes equipamentos ou superfícies (UTA’s, grelhas de exterior, etc.) a
distância anteriormente referida será de 3 m.

• para um mesmo equipamento ou superfície serão realizadas medições em


diversos pontos do espaço circundante;

• as medições serão realizadas em locais a escolher pela fiscalização e os valores


medidos serão comparados com os níveis máximos; caso os valores reais
ultrapassem os limites impostos obriga-se o empreiteiro a proceder a todas as
correções acústicas necessárias por forma a cumprir o estipulado.

10.17 LIMPEZA DA INSTALAÇÃO

Deve ser confirmada a limpeza e desempenho de todos os componentes.

As unidades de tratamento de ar durante a montagem o instalador deve ter o material


isento de poeiras e detritos e deve limpar sempre os filtros após o arranque das mesmas e
assegurar que ao fim do primeiro mês de operação fará uma nova limpeza aos filtros.

As redes de condutas devem ser inspecionadas depois de devidamente limpas, e para


isso é necessário prever portas de inspeção em todas as condutas. Estas serão localizadas
durante a execução da obra.

10.18 DIVERSOS
Realizar outros ensaios necessários à demonstração de que todos os equipamentos
trabalhando em simultaneidade, satisfazem as condições exigidas no caderno de
encargos e, ainda, que a instalação se encontra regulada do ponto de vista de
caudais de ar e água, temperaturas e rendimentos.

11 Diversos

Face às características da obra, chama-se especial atenção para a correta definição e


dimensionamento dos meios de suporte/assentamento a prever para os diversos
equipamentos a fornecer no âmbito deste projeto, bem como, aos procedimentos de
fixação e elevação dos mesmos e restantes materiais a instalar.
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Especificações Técnicas 78 / 80
11.1 APOIOS ANTI-VIBRÁTICOS

A unidade exterio, será assentes sobre apoios anti-vibráticos próprios e dimensionados


para absorverem todas as vibrações verticais ou laterais.

Como referência construtiva de apoios anti-vibráticos dos respetivos equipamentos


indica-se os sistemas da marca ISO-CDM, ou equivalente.

11.2 ESTRUTURAS METÁLICAS

Estão previstas estruturas metálicas para suporte de equipamentos, condutas e para


passadiços de acesso a equipamentos. Essas estruturas serão executadas em quadrícula
metálica e perfilados de aço ST 37.2 galvanizado a quente, consoante o necessário.

Os suportes de equipamentos, constituídos por prateleira assente em cantoneiras


fixas à parede ou por fixação à laje ou estrutura de teto, devem apresentar dimensões
em planta compatíveis com as dimensões dos equipamentos, devendo exceder em pelo
menos 100 mm as dimensões máximas exteriores do respetivo equipamento. Devem ser
dimensionados para as cargas que efetivamente têm de suportar.

Os passadiços de acesso para manutenção aos equipamentos devem ter as dimensões


mínimas para passagem de uma pessoa. Devem ser dimensionados para uma sobrecarga
de 2 kN.

Obriga-se o instalador a apresentar atempadamente para aprovação os suportes e


passadiços que se propõe executar, bem como, o esquema de passadiços que propõe
para acesso aos equipamentos.

12 Receção da obra e garantia


Todos os equipamentos e montagem terão uma garantia mínima de dois anos após a
conclusão de todos os trabalhos e da realização com aprovação dos respetivos ensaios.

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Especificações Técnicas 79 / 80
Após a realização com aprovação de todos os ensaios e de forma a realizar-se a
receção provisória da instalação, serão entregues os seguintes elementos em duplicado:

• coleção de desenhos com a implantação definitiva de equipamentos, tubagens,


condutas, cablagem elétrica, etc.;

• coleção com os catálogos e manuais técnicos de todos os equipamentos


instalados (2 cópias);

• manual de instruções de funcionamento e plano de manutenção preventiva da


instalação.
Obriga-se, ainda, o empreiteiro a:

• instruir o dono de obra, ou quem por ele designado, do modo de operação e


condução da instalação;

• prestar assistência técnica durante o período de garantia da instalação (2 anos).

13 Projetista

Projetou: André Borges


Desenhou: Sérgio Oliveira

Porto, Setembro de 2016

André Borges

(Engenheiro Mecânico, n.º 061421)

(Nº ID Civil: 11951737, com validade de 02/06/2020, pelo AI Porto)

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Especificações Técnicas 80 / 80
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Especificações Técnicas 81 / 80
P936 – MORADIA CASA ALEGRE

FOZ DO DOURO, PORTO

Peças Desenhadas

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Peças Desenhadas 83 / 80
ÍNDICE DE PEÇAS DESENHADAS

Desenho n.º P936-IM-RA-PE-001-R00 Ventilação Planta do Piso 0 e Piso 1

Desenho n.º P936-IM-RA-PE-002-R00 Ventilação Planta do Piso 2 e Cobertura

Desenho n.º P936-IM-RT-PE-001-R00 Ventilação Esquema Princípio

Desenho n.º P936-IM-RT-PE-002-R00 Ventilação Planta do Piso 0 e Piso 1

Desenho n.º P936-IM-RT-PE-003-R00 Ventilação Planta do Piso 2 e Cobertura

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Peças Desenhadas 85 / 80

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