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PRONTUARIO DE INSTALAÇÕES ELETRICAS

(Portaria 598, de 07/12/04 item 10.2.4 da NR 10 )

xxxxxxxxx, Fevereiro de 2010.


1. APRESENTAÇÃO

ESTE DOCUMENTO TEM COMO OBJETIVO O ATENDIMENTO A


NORMA REGULAMENTADORA DE NÚMERO 10, AQUI
DENOMINADA NR-10.

ORIGINALMENTE APROVADA PELA PORTARIA N° 3.214 DE 08 DE


JUNHO DE 1978 E QUE TEVE SUA REVISÃO REGULAMENTADA
PELA PORTARIA 598 DO MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E
EMPREGO E PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO DIA 08/12/2004.

ESTA NORMA É PARTE INTEGRANTE DO CAP. V DA CLT –


CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS APROVADA PELO
DECRETO LEI N° 5.452 DE 1° DE MAIO DE 1943 E ALTERADA PELA
LEI N° 6.514 DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977.

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2. SUMÁRIO

VOLUME 1

1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 2
2. SUMÁRIO ................................................................................................................... 3
3. SIGLAS E ABREVIAÇÕES ....................................................................................... 6
4. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 8
5. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................. 9
6. METODOLOGIA ....................................................................................................... 13
6.1 CODIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS ............................................................... 19
7. GRUPO DE TRABALHO ......................................................................................... 22
8. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS ................................................................................. 23
9. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA EMPRESA .......................... 23
9.1 RAMAL DE ENTRADA........................................................................................ 23
9.2 SUBESTAÇÃO PROTEÇÃO/MEDIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO – SE052...... 24
9.2.1 SUBESTAÇÃO ABATEDOURO – SE-069 ........................................................ 28
10. RESPONSABILIDADES...................................................................................... 38
11. MEDIDAS DE CONTROLE ................................................................................. 56
12. AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ............................................................ 59
13. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS AUTORIZADOS .............................. 62
14. ORDEM DE SERVIÇO......................................................................................... 65
15. ANALISE DE RISCO ........................................................................................... 68
16. PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS ............................................. 73
17. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ..................................................................... 92
18. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS ............................................................................ 93
19. TREINAMENTOS ................................................................................................. 95
20. PROJETO EXECUTIVO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................ 95
20.1 ESQUEMAS UNIFILARES ................................................................................111
20.2 PLANTAS DO PROJETO ELÉTRICO ..............................................................113
21. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO ..........................................114
22. CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL EM ÁREAS CLASSIFICADAS ..................118

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2. SUMÁRIO

VOLUME 1

1. APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 2
2. SUMÁRIO ................................................................................................................... 3
3. SIGLAS E ABREVIAÇÕES ....................................................................................... 6
4. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 8
5. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................. 9
6. METODOLOGIA ....................................................................................................... 13
6.1 CODIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS ............................................................... 19
7. GRUPO DE TRABALHO ......................................................................................... 22
8. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS ................................................................................. 23
9. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA EMPRESA .......................... 23
9.1 RAMAL DE ENTRADA........................................................................................ 23
9.2 SUBESTAÇÃO PROTEÇÃO/MEDIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO – SE052...... 24
9.2.1 SUBESTAÇÃO ABATEDOURO – SE-069 ........................................................ 28
10. RESPONSABILIDADES...................................................................................... 38
11. MEDIDAS DE CONTROLE ................................................................................. 56
12. AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ............................................................ 59
13. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS AUTORIZADOS .............................. 62
14. ORDEM DE SERVIÇO......................................................................................... 65
15. ANALISE DE RISCO ........................................................................................... 68
16. PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS ............................................. 73
17. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ..................................................................... 92
18. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS ............................................................................ 93
19. TREINAMENTOS ................................................................................................. 95
20. PROJETO EXECUTIVO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................ 95
20.1 ESQUEMAS UNIFILARES ................................................................................111
20.2 PLANTAS DO PROJETO ELÉTRICO ..............................................................113
21. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO ..........................................114
22. CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL EM ÁREAS CLASSIFICADAS ..................118

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33.7.8 TREINAMENTO ESPAÇO CONFINADO – VIGIA – 16H/A ........................175
33.7.9 TREINAMENTO ÁREAS CLASSIFICADAS (PENDENTE) ........................175
33.7.10 TREINAMENTO ALTURA – 16H/A ..............................................................175
33.7.11 TREINAMENTO RESGATE ALTURA E ESPAÇO CONFINADO – 16H/A175
33.8 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DOS EPIS.................................175
33.9 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DOS EPCS ...............................175
33.10 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS ........175
33.11 CÓPIA INTEGRAL DA NR-10 ......................................................................175
33.12 PLANTAS DO PROJETO .............................................................................176
33.13 ESQUEMAS UNIFILARES DO PROJETO ..................................................176
33.14 LAUDO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................177
34. CONTROLE DAS ALTERAÇÕES ....................................................................178

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23. RELATÓRIOS TÉCNICOS ................................................................................124
24. DESCRIÇÃO GERAL PARA EPCS, EPIS E FERRAMENTAS ......................127
24.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC ...................................127
24.1.1 DESCRIÇÃO DOS EPCS DA UNIDADE .....................................................131
24.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI...................................132
24.2.1 DESCRIÇÃO DOS EPIS DA UNIDADE .......................................................135
24.3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS .......................................136
24.3.1 DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS DISPONÍVEIS NA UNIDADE ..........140
25. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS, SINALIZAÇÃO ................................................142
26. RISCOS ADICIONAIS .......................................................................................145
27. DIREITO DE RECUSA ......................................................................................148
28. PLANO DE EMERGÊNCIA ...............................................................................151
29. PROIBIÇÃO DE ADORNOS .............................................................................153
30. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................155
31. NORMAS TÉCNICAS ........................................................................................164
32. GLOSSÁRIO ......................................................................................................170
33. ANEXOS .............................................................................................................174
33.1 AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS - FABRICA SA ................................174
33.2 AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS - EMPRESAS CONTRATADAS ....174
33.3 RELAÇÃO DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA ALTA TENSÃO ................174
33.4 RELAÇÃO DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA BAIXA TENSÃO ..............174
33.5 RELAÇÃO DE INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA ...........................................174
33.6 RELAÇÃO DE ANALISES DE RISCO .............................................................174
33.7 ESCOPO MÍNIMO PARA TREINAMENTOS ...................................................175
33.7.1 TREINAMENTO BÁSICO – 40H/A-SEG. EM ELETRICIDADE ..................175
33.7.2 TREINAMENTO COMPLEMENTAR – 40H/A-SEG. EM ELETRICIDADE 175
33.7.3 TREINAMENTO RECICLAGEM BÁSICO – 16H/A .....................................175
33.7.4 TREINAMENTO RECICLAGEM COMPLEMENTAR – 16H/A ...................175
33.7.5 TREINAMENTO PRIMEIROS SOCORROS – 08H/A ..................................175
33.7.6 TREINAMENTO COMBATE A INCÊNDIOS – 08H/A .................................175
33.7.7 TREINAMENTO ESPAÇO CONFINADO – SUPERVISOR– 40H/A...........175

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Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
SUB Subestação Elétrica
RAC Regulamento de Avaliação de Conformidade
TC Transformador de corrente
TFM Transformador
TP Transformador de potencial

Para elaboração da relação de siglas e abreviações utilizou-se como referencia o documento


CE 2181 – Lista Padrão de Nomenclatura para Equipamentos da Manutenção da Fabrica sa.

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33.7.8 TREINAMENTO ESPAÇO CONFINADO – VIGIA – 16H/A ........................175
33.7.9 TREINAMENTO ÁREAS CLASSIFICADAS (PENDENTE) ........................175
33.7.10 TREINAMENTO ALTURA – 16H/A ..............................................................175
33.7.11 TREINAMENTO RESGATE ALTURA E ESPAÇO CONFINADO – 16H/A175
33.8 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DOS EPIS.................................175
33.9 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DOS EPCS ...............................175
33.10 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS ........175
33.11 CÓPIA INTEGRAL DA NR-10 ......................................................................175
33.12 PLANTAS DO PROJETO .............................................................................176
33.13 ESQUEMAS UNIFILARES DO PROJETO ..................................................176
33.14 LAUDO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ................................................177
34. CONTROLE DAS ALTERAÇÕES ....................................................................178

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Em qualquer ambiente, seja na empresa, produção, manutenção, nos ensaios de bancada, no
supermercado, na loja de conveniência ou no seu lar; estamos de alguma forma em contato
com a eletricidade. Portanto, conhecê-la e respeitá-la é obrigação de todos.

5. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

A elaboração e composição deste documento tem o objetivo de atendimento aos requisitos es-
tabelecidos pela portaria 598 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE que regulamenta a
revisão da Norma Regulamentadora de número 10, denominada NR10, que trata da segurança
em Instalações e Serviços em Eletricidade; em específico o item 10.2.4.

Este documento é exclusivo da unidade industrial do Abate de Aves da Fabrica sa situada na


Rod. xxxx, s/n na cidade de xxxx – SP.

Conforme item 10.1.1; esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condi-


ções mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, intera-
jam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

Desta forma, cabe aos profissionais responsáveis pela elaboração deste documento ou
os responsáveis pela sua implantação, supervisão ou atualização a responsabilidade da
analise dos requisitos necessários para o controle dos riscos e das medidas preventivas
adotadas. Se o estabelecido pela norma mostrar-se insuficiente para o controle dos ris-
cos, cabe ao profissional responsável a determinação das medidas complementares ne-
cessárias.

Conforme item 10.1.2; esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e


consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção
das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, obser-
vando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência

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3. SIGLAS E ABREVIAÇÕES

SIGLA DESCRIÇÃO
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
AT Alta Tensão
BC Banco de Capacitores
BT Baixa Tensão
CA Certificado de Aprovação
CBM Cabine de Medição
CEI Central Emergência de Incêndio
CLT Consolidação das Leis Trabalhistas
COMPANT Comissão Panamericana de Normas Técnicas
DJ-AT Disjuntor de alta tensão
DJ-BT Disjuntor de baixa tensão
DOU Diário Oficial da União
EBT Extra Baixa Tensão
EHS Environment, Health and Safety
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
EPI Equipamento de Proteção Individual
EXT Extintor
GMG Grupo Moto Gerador
IEC International Electrotechnical Commission
ILE Iluminação de Emergência
INMETRO Instituto Nacional de Normalização e Metrologia
IT Instrução Técnica
kW Kilo Watt
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NA Norma Administrativa
NBR Norma Brasileira Registrada
NR Norma Regulamentadora
PIE Prontuário das Instalações Elétricas
PNE Painel Elétrico
QFC Quadro Força/Comando
QGD Quadro Geral de Distribuição
RH Recursos Humanos
SEC Sistema Elétrico de Consumo
SEP Sistema Elétrico de Potência
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do

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Ainda no item 10.2.5.1 esta norma determina que; as empresas que realizam trabalhos em pro-
ximidade do SEP devem constituir o prontuário contemplando:
→ Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saú-
de; implantadas e relacionadas a esta NR;
→ e descrição das medidas de controle existentes, especificando os equipamentos de pro-
teção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR.
→ Anexar documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autoriza-
ção dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
→ Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção in-
dividual e coletiva, constantes no item 10.2.4.
→ Para os trabalhos em proximidades deverão ser acrescentados também a descrição dos
procedimentos para emergências;
→ e certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

Dadas as características das instalações elétricas desta unidade, a Fabrica sa deverá atender
a todos os itens descritos acima.

Este PIE objetiva deve descrever o atendimento em sua plenitude por todos os setores
da unidade. Trata-se de um documento originário de uma norma regulamentadora de se-
gurança, que trata aborda uma área técnica e específica que é a Energia Elétrica, mas
que deve ser de conhecimento e atendida por todos. Seja da área mecânica, eletrônica,
ar comprimido, geração de frio, setor produtivo, administrativo ou alta gerência.

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Trabalho
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
SUB Subestação Elétrica
RAC Regulamento de Avaliação de Conformidade
TC Transformador de corrente
TFM Transformador
TP Transformador de potencial

Para elaboração da relação de siglas e abreviações utilizou-se como referencia o documento


CE 2181 – Lista Padrão de Nomenclatura para Equipamentos da Manutenção da Fabrica sa.

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6. METODOLOGIA

Este trabalho está fundamentado com base na NR-10 do Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE conforme descrito no item 5 – Objetivo e Campo de Aplicação.

Para definições técnicas estão sendo adotadas as Normas técnicas Brasileiras Registradas -
NBR, e na sua ausência, adota-se as normas internacionais. Na ausência ou omissão destas
utilizaram-se as normas e recomendação dos fabricantes.

Deverá sempre ser observada a hierarquia das normas nacionais e internacionais. Assim como
a diferenciação entre normas internacionais e normas estrangeiras. Normas internacionais são
consideradas aquelas reconhecidas, aceitas e adotadas por vários países. Atualmente, no Bra-
sil, são consideradas normas internacionais as normas do Mercosul, Compant e IEC.

Os documentos técnicos, de segurança do trabalho e documentos de ordem administrativa que


se tornam necessários foram desenvolvidos com base nas normas técnicas, nas normas de
segurança, e no ornamento jurídico Pátrio.

Conforme item 10.14.4; a documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à


disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as
abrangências, limitações e interferências nas tarefas.

Todos os documentos que compõem o PIE deverão estar a disposição de todos os profissio-
nais devidamente autorizados e identificados conforme esta NR e que desenvolvem suas ativi-
dades no sistema elétrico da unidade. Desta forma a unidade deverá, através do seu supervi-
sor de manutenção, setor de RH, Médico do trabalho e do setor de EHS manter este documen-
to permanentemente atualizado e a disposição dos profissionais em qualquer circunstância –
inclusive na falta de energia elétrica.

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4. INTRODUÇÃO

Não é recente a preocupação e a busca pela segurança em eletricidade. Elas remotam aos
primórdios da invenção da geração de energia elétrica. Uma curiosa constatação de quã antiga
é a preocupação com segurança nos leva ao ano de 1886, quando Thomas Edison e George
Westinghouse disputavam a distribuição de energia elétrica em corrente contínua ou em cor-
rente alternada. Sendo um dos argumentos desta disputa utilizado por uma das partes era o
fator segurança.

Não obstante, durante muitas décadas o uso da eletricidade vem provocando graves acidentes,
no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Seja pela falta de conhecimento adequado sobre seus
efeitos e conseqüências, seja pela falta de medidas de segurança.

Desta forma, também a Fabrica sa S.A., preocupada com a saúde e segurança de seus funcio-
nários e fornecedores objetiva, através da NR-10, implantar um sistema de gestão de saúde e
segurança em eletricidade de forma a alcançar os níveis máximos de segurança e controle dos
riscos; proporcionando níveis mínimos de exposição aos riscos, incidentes e acidentes.

É fundamental a participação e conscientização de todos quanto a importância desta norma,


independente do seu setor ou de sua área de trabalho. Entendendo os conceitos básicos, co-
nhecendo seus benefícios e analisando os riscos que a energia elétrica utilizada de forma ina-
dequada pode oferecer.

Proporcionar e manter a sua segurança e da de seus colegas, assim como manter um ambien-
te de trabalho seguro e saudável não é de responsabilidade exclusiva do setor de segurança
do trabalho da unidade, mas sim de todos os funcionários. Por isso participe ativamente dos
treinamentos, tire dúvidas, repasse estas informações para as pessoas que não participaram
ou não tem acesso fácil as informações. Informe ao seu supervisor qualquer situação de risco
identificada no seu local de trabalho.

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de armazenagem, e responsáveis das demais áreas de forma a estar em condições de prestar
todo tipo de informação necessária seja para fiscalização, seja para os profissionais autoriza-
dos da área.

Este item será se objeto de auditoria anual.

Conforme item 10.2.2; as medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciati-
vas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do
trabalho.

A Fabrica sa possui uma política de segurança solidamente desenvolvida e implantada, desta


forma alguns dos documentos necessários para o atendimento da NR10, já são existentes
através de “programas” implantados a nível corporativo em todas as unidades do grupo. Para
atendimento do item 10.2.2, estes documentos passaram por uma revisão elaborada pelo gru-
po de trabalho responsável pela implantação da NR-10 objetivando o pleno atendimento dos
requisitos desta norma, sem a necessidade da elaboração de novos documentos.

Segue abaixo a relação dos documentos já existes, revisados e que serão aproveitados na
composição do prontuário e implantação da NR10.

Documentos
Descrição Objetivo
existente

EHS001 Procedimento investigação dos acidentes Atender ao item 10.2.4a,


10.13.3
IT5006 Contratação de serviços de terceiros Atender ao item 10.2.2
EHS 63 Permissão para entrada em ambiente de Atender ao item 10.2.1,
acesso restrito. 10.2.4a, 10.4.2
EHS D5 Programa de espaço confinado Atender ao item 10.2.1, 10.4.2
EHS D6 Programa de bloqueio Atender ao item 10.2.4a, 10.5
CE 2181 Lista padrão de nomenclatura para equipa- Complemento
mentos da manutenção da Fabrica sa
CE-121320 Procedimento de controle e acesso de ter- Atender ao item 10.8.5

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Em qualquer ambiente, seja na empresa, produção, manutenção, nos ensaios de bancada, no
supermercado, na loja de conveniência ou no seu lar; estamos de alguma forma em contato
com a eletricidade. Portanto, conhecê-la e respeitá-la é obrigação de todos.

5. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

A elaboração e composição deste documento tem o objetivo de atendimento aos requisitos es-
tabelecidos pela portaria 598 do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE que regulamenta a
revisão da Norma Regulamentadora de número 10, denominada NR10, que trata da segurança
em Instalações e Serviços em Eletricidade; em específico o item 10.2.4.

Este documento é exclusivo da unidade industrial do Abate de Aves da Fabrica sa situada na


Rod. xxxx, s/n na cidade de xxxx – SP.

Conforme item 10.1.1; esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condi-


ções mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, intera-
jam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

Desta forma, cabe aos profissionais responsáveis pela elaboração deste documento ou
os responsáveis pela sua implantação, supervisão ou atualização a responsabilidade da
analise dos requisitos necessários para o controle dos riscos e das medidas preventivas
adotadas. Se o estabelecido pela norma mostrar-se insuficiente para o controle dos ris-
cos, cabe ao profissional responsável a determinação das medidas complementares ne-
cessárias.

Conforme item 10.1.2; esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e


consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção
das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, obser-
vando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência

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PIE 08 Autorização para trabalho para funcionários de Atender ao item 10.8.4
empresas contratadas em serviços temporários.
PIE 09 Padrão de sinalização de segurança para eletri- Atender ao item 10.10
cidade em alta e baixa e riscos adicionais.
PIE 10 Condições mínimas para elaboração de proje- Atender ao item 10.3
tos, instalações e equipamentos.
PIE 11 Direito de recusa Atender ao item 10.6.3,
10.6.5, 10.14.1
PIE 12 Procedimentos de identificação para funcioná- Atender ao item 10.8.5
rios da Fabrica sa e para funcionários de em-
presas contratadas em serviços temporários.
PIE 13 Comunicação dos riscos envolvidos a todos os Atender ao item 10.8.9,
profissionais da Fabrica sa e das empresas 10.13.2
contratadas para executar serviços temporários
PIE 14 Treinamento gestores – Responsabilidade civil Atender ao item 10.13,
criminal e administrativa no âmbito da NR-10 10.14
PIE 15 Modelo de esquema unifilar para alta tensão Atender ao item 10.3
PIE 16 Modelo de esquema unifilar para baixa tensão Atender ao item 10.3
PIE 17 Modelo de esquema unifilar para banco de ca- Atender ao item 10.3
pacitores em baixa tensão
PIE 18 Procedimento técnico para resgate em altura Atender ao item 10.2.5,
10.2.5.1, 10.12.1, 10.12.2,
10.12.3
PIE 19 Procedimento técnico para resgate em espaço Atender ao item 10.2.5,
confinado 10.2.5.1, 10.12.1, 10.12.2,
10.12.3
PIE 20 Procedimento técnico para resgate em espaço Atender ao item 10.2.5,
restrito 10.2.5.1, 10.12.1, 10.12.2,
10.12.3
PIE 21 Procedimento técnico para resgate em subesta- Atender ao item 10.2.5,
ções e salas de painéis 10.2.5.1, 10.12.1, 10.12.2,
10.12.3
PIE 22 Formulário não atendimento integral do proce- Atender ao item 10.5.3
dimento de desenergização
PIE 23 Procedimento aquisição, testes e ensaios de Atender ao item 10.2.4.c,
EPCs 10.2.4.e, 10.2.5, 10.4.3.1,
10.7.8
PIE 24 Procedimento aquisição, testes e ensaios de Atender ao item 10.2.4.c,
EPIs 10.2.4.e, 10.2.5, 10.4.3.1,

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ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis. Assim, a norma aplica-se a qualquer
serviço no sistema elétrico, qualquer área ou setor desta unidade.

O item 10.2.4 da NR-10 determina que os estabelecimentos com carga instalada superior a
75kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, aqui denominado PIE,
contendo:
→ Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos
com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos
de proteção;
→ Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saú-
de, implantadas e relacionadas a esta NR;
→ Descrição das medidas de controle existentes;
→ Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas at-
mosféricas e aterramentos elétricos;
→ Especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, apli-
cáveis conforme determina esta NR;
→ Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos
trabalhadores e dos treinamentos realizados;
→ Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção in-
dividual e coletiva;
→ Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;
→ Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de ade-
quações, contemplando os itens descritos neste parágrafo;

No item 10.2.5, desta mesma norma estabelece que as empresas que operam em instalações
ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência, aqui denominado SEP, devem
constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4; acrescentando ao prontuário os documen-
tos contendo a descrição dos procedimentos para emergências e certificações dos equipamen-
tos de proteção coletiva e individual.

10
Todo acréscimo de documentos, ou revisão dos mesmos deverá ser registrada como uma revi-
são do documento geral do PIE; informando qual revisão efetuada ou documento incluso, data
da revisão e autor da revisão. Qualquer revisão necessária neste documento deverá ser apro-
vada pelo profissional responsável pela área na unidade (medicina do trabalho, EHS, supervi-
são de manutenção, RH, etc).

Conforme item 10.2.7 da NR-10, os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instala-


ções Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado.

Este prontuário foi elaborado por um grupo de trabalho com profissionais legalmente habilita-
dos nas diversas áreas envolvidas neste processo. Todos os documentos que compõem este
prontuário assim, como os demais elaborados posteriormente deverão atender a este quesito.
Estes documentos podem ser das mais diversas áreas envolvidas como: segurança do trabalho
(técnico ou engenheiro), engenharia elétrica (técnico ou engenheiro), medicina do trabalho, ju-
rídica. Cada documento deverá ser assinado pelo profissional habilitado da área a que se des-
tina. Para tanto deverão ser observadas as resoluções que regulamentam e controlam as ativi-
dades de cada área junto aos seus conselhos de classe regionais e federais.

Os documentos elaborados para atendimentos dos requisitos técnicos desta normativa como
formulários, instruções técnicas, procedimentos técnicos, procedimentos de segurança, normas
administrativas não poderão ter seu modelo, conteúdo e formatação alterados. Cabe ao res-
ponsável da área efetuar somente o preenchimento de dados conforme orientação constante
na versão eletrônica do arquivo. O uso e aplicação destes documentos são corporativos, desta
forma, qualquer alteração no modelo, conteúdo ou formato deverá ser aprovado pela equipe de
elaboração do PIE.

O cumprimento dos itens desta norma será objeto de auditoria anual em todas as unidades.

6.1 CODIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS

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Ainda no item 10.2.5.1 esta norma determina que; as empresas que realizam trabalhos em pro-
ximidade do SEP devem constituir o prontuário contemplando:
→ Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saú-
de; implantadas e relacionadas a esta NR;
→ e descrição das medidas de controle existentes, especificando os equipamentos de pro-
teção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR.
→ Anexar documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autoriza-
ção dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
→ Resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção in-
dividual e coletiva, constantes no item 10.2.4.
→ Para os trabalhos em proximidades deverão ser acrescentados também a descrição dos
procedimentos para emergências;
→ e certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

Dadas as características das instalações elétricas desta unidade, a Fabrica sa deverá atender
a todos os itens descritos acima.

Este PIE objetiva deve descrever o atendimento em sua plenitude por todos os setores
da unidade. Trata-se de um documento originário de uma norma regulamentadora de se-
gurança, que trata aborda uma área técnica e específica que é a Energia Elétrica, mas
que deve ser de conhecimento e atendida por todos. Seja da área mecânica, eletrônica,
ar comprimido, geração de frio, setor produtivo, administrativo ou alta gerência.

11
Os novos documentos criados após a implantação do PIE deverão seguir a codificação princi-
pal recebendo o número correspondente.

O cumprimento e atendimento deste item será objeto de auditoria anual em todas as unidades.

21
7. GRUPO DE TRABALHO

Segue abaixo a relação dos profissionais integrantes do grupo de trabalho que participaram de
forma efetiva para elaboração e implantação do prontuário das instalações elétricas nesta uni-
dade. Seja de forma direta, na sua organização; seja de forma indireta, no repasse de informa-
ções.

Nome Área/
E_mail
Setor de trabalho

Fulano1 Gerente de Energia


Fulano2 Gerente de Engenharia
Fulano3 Jurídico
Fulano4 RH
Fulano5 EHS Matriz
Fulano6 Jurídico
Fulano7 Medicina do Trabalho
Fulano8 Segurança do Trabalho
Fulano9 RH
Fulano10 Gerente de Manutenção
Fulano11 Eletricista
Fulano12 Eletricista

22
8. RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

Nome Habilitação Registro Profissional

Fulano1 Engenheiro Eletricista CREA SC


Fulano2 Engenheiro Mecânico
Fulano3 Advogado OAB
Fulano4 Engenheiro de Segurança CREA xxxx
Fulano5 Medico do Trabalho CRM: xxxxx
Fulano6 Gerente de Manutenção
Fulano7 Engenheira Eletricista / CREA xxxxx
Engenheira Segurança

9. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ELÉTRICO DA EMPRESA

O presente documento visa atender as instalações da Fabrica sa – unidade XXXX – Abate


SUINOS com localização:
Rod. xxxxxx, s/n
Zona Rural – xxxxxxxxx/ SP
Cep: xxxxxxxxxx
CNPJ: xxxxxxxxxxxx
I.E.: xxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxx
2.300

O Sistema Elétrico da Fabrica sa unidade xxxxxxxxxxx– Abate de Suinos encontra-se atual-


mente estruturado conforme descrito abaixo e conforme pode ser verificado no esquema unifi-
lar geral anexo a este documento, no qual estão representadas as suas partes constituintes, a
saber:

9.1 RAMAL DE ENTRADA

O fornecimento de energia elétrica da unidade consumidora é em alta tensão com valor nomi-
nal de 13.800Vca e tensão de isolamento de 15.000Vca.

23
O ramal de entrada da energia elétrica encontra-se instalado em ramal derivando da rede de
distribuição de energia elétrica da concessionária local – CPFL.

Junto ao poste de derivação do ramal subterrâneo aéreo encontra-se instalado um conjunto


deuma chave tipo “elo fusívelfaca”. Esta chave é identificada através do número 71044 cons-
tante na placa de sinalização fixada no poste da rede pública. Sempre que houver a necessi-
dade de contato com a concessionária para qualquer manobra ou intervenção no sistema tor-
na-se necessário usar este número como referencia.

A finalidade desta chave é o seccionamento visual do circuito e desligamento completo da ali-


mentação de energia elétrica da unidade.
É proibido que os funcionários da Fabrica sa, ou funcionários de empresas contratadas
(terceirizadas) para serviços temporários nas instalações elétricas efetuem manobras
nesta chave..

9.2 CABINE SUBESTAÇÃO DE ENTRADA, PROTEÇÃO/MEDIÇÃO E


TRANSFORMAÇÃO, SUBESTAÇÃO – SE052

O ramal de alta tensão aéreo derivado do poste da concessionária segue em cabo de alumínio
nu 4/0 AWG (a confirmar) para condutores de fase até o poste anterior a cabine. Esta unidade
não faz uso do neutro contínuo da rede de distribuição da concessionária até a cabine de me-
dição e proteção conforme esquema unifilar anexo ao PIE. A partir deste poste o ramal segue
em cabo subterrâneo com cabo de cobre isolado 3#70mm² + #70mm² (reserva) – EPR-
12/20kV até o cubículo de entrada da cabine de medição e proteção com instalação das mu-
flas, para raios, seccionadora e do disjuntor de alta tensão.

24
Esta subestação é do tipo abrigada em alvenaria possuindo pára-raios 12kV/5kA instalados no
cubículo junto com as muflas internas na cabine de proteção e medição para proteção contra
descargas atmosféricas.

Conforme esquema unifilar esta subestação, no prontuário das instalações elétricas será de-
nominada SE-052.
O ramal de alta tensão subterrâneo derivado do poste da concessionária segue em cabo de
cobre isolado 3#35mm² + 1#35mm² reserva e neutro contínuo até a cabine de entrada, medi-
ção/proteção e transformação – neste prontuário denominada de SE-26 conforme esquema
unifilar anexo ao PIE. Esta subestação é do tipo abrigada em alvenaria possuindo pára-raios
12kV/10kA instalados no poste de derivação da entrada para proteção contra descargas at-
mosféricas. Esta subestação não possui para-raios instalado interior da subestação de energia
elétrica.

Conforme esquema unifilar esta subestação, no prontuário das instalações elétricas será de-
nominada SE-26.

Na subestação que comporta a cabine de entrada, proteção e medição de energia elétrica


construída em alvenaria é constituída por 05 04 (cincoquatro) cubículos, sendo um exclusivo
para entrada e medição de energia elétrica em alta tensão da concessionária. Para tanto, neste
cubículo encontram-se instalados os 02 03 TCs - transformadores de corrente e 02 03 TPs -
transformadores de potencial para efetuar a medição da concessionária.

O cubículo de medição, possui TCs (transformadores de corrente) e TPs (transformadores de


potencial) com circuitos secundários derivando para uma caixa de medição localizada na pare-
de, contendo os medidores de consumo de energia elétrica ativa e reativa e demanda, de pro-
priedade da CPFL. Esta caixa de medição não poderá ser violada, sendo de uso exclusivo da
concessionária de energia elétrica.

25
O segundo cubículo comporta o disjuntor para manobra (Disjunção) do sistema elétrico e a
chave seccionadora.

O disjuntor de alta tensão é do tipo PVO (pequeno volume de óleo) a vácuo, modelo
DSF356/17VA8012/17 – 631250A de fabricação AEG e possui instalado, como parte integran-
teem caixa separada, o relé primáriosecundário com a função de proteção do sistema elétrico
contra sobrecargas e curto circuito.

A medida de seccionamento visual do circuito é feita através de uma chave seccionadora sob
carga com dispositivo de extinção de arco instalada a montante do disjuntor.

Esta chave SOMENTE poderá ser manobrada após a manobra de abertura do disjuntor de alta
tensão conforme procedimento específico e sinalização existente fixada na grade de proteção
do cubículo.

É proibida a manobra desta chave sob carga – ou seja, com o disjuntor fechado; conforme
procedimento disponibilizado na subestação. Esta sequencia de operação é garantida pelo
próprio principio de funcionamento do conjunto, ou seja, o sistema de segurança através dos
intertravamentos elétricos e mecânicos não permitem a manobra da chave seccionadora antes
de manobrar o disjuntor.

Para manobra do conjunto disjuntor + chave seccionadora deverá ser seguido o procedimento
técnico anexado a este prontuário na seção “Procedimentos de AT”. Este procedimento tam-
bém deverá ser disponibilizado fixado na SE-26052 conforme descrição na seção procedimen-
tos e instruções técnicas deste prontuário.

O terceiro cubículo comporta um transformador que tem a função de rebaixar o nível da tensão
de 13.800Vca para níveis de tensão utilizados no processo do parque industrial de 380/220Vca
na torre de resfriamento e o prédio administrativo. Composta por:

26
→ 01 transformador a óleo = 500kVA – TR-053

A manobra de seccionamento visual do circuito deste transformador deverá ser efetuada atra-
vés de uma chave seccionadora sob carga, com dispositivo de extinção de arco e com fusíveis
de alta tensão tipo HH. Esta chave seccionadora está instalada a montante do transformador
dentro do cubículo de alvenaria deste equipamento.

Esta chave SOMENTE poderá ser manobrada após a retirada completa da carga do transfor-
mador através do disjuntor geral de baixa tensão instalado no painel geral denominado QB-054
localizado nesta subestação.

Para manobra da chave seccionadora deste transformador deverá ser seguido o procedimento
técnico anexado a este prontuário na seção “Procedimentos de AT”. Este procedimento tam-
bém deverá ser disponibilizado fixado na SE-052 conforme descrição na seção procedimentos
e instruções técnicas deste prontuário.

O quarto cubículo comporta a saída subterrânea do ramal em alta tensão correspondente ao


ramal aéreo particular que alimenta a subestação denominada SE-069 do abatedouro. O sec-
cionamento visual deste circuito deverá ser efetuado atarvés da chave seccionadora instalada
neste cubículo. Esta chave seccionadora é do tipo “sem carga”.

Este ramal segue em cabo subterrâneo com cabo de cobre isolado 3#70mm² + #70mm² (re-
serva) – EPR-12/20kV da subestação até o primeiro poste próximo a subestação para derivar e
alimentar o ramal aéreo.

A proteção contra descargas atmosféricas do ramal é efetuada através da instalação de um


conjunto de para-raios 12kV/5kA instalados no cubículo junto com as muflas internas na deri-
vação do ramal na cabine de proteção e medição e outro conjunto instalado no poste na mu-
dança do ramal subterrâneo para aéreo.

27
SEMPRE deverá se verificado se o procedimento a ser utilizando corresponde a unidade
e ao equipamento em que será efetuada a manobra.

Sempre deverão ser utilizados os equipamentos de proteção coletiva e individuais necessários


para a atividade conforme descrito na analise de risco ou no procedimento técnico ou de segu-
rança.

Qualquer atividade desenvolvida dentro desta área deverá ser precedida de:
1 – Analise de risco;
2 – Ordem de serviço;
3 – Procedimento técnico/segurança;

Toda atividade desenvolvida na cabine de medição/proteção e transformação ou no ra-


mal aéreonesta área deverá ser executada por NO MÍNIMO 02 (dois profissionais autori-
zados) ou de acordo com a analise de risco e a ordem de serviço.

9.2.1 SUBESTAÇÃO FÁBRICA – SE-069

A subestação de energia elétrica do abatedouro é alimentada através de ramal aéreo derivado


da cabine de medição e proteção.

Não existe contato visual entre a cabine de medição/proteção e a subestação SE-069. Para
que a SE-069 seja considerada desenergizada, NECESSARIAMENTE o disjuntor de alta ten-
são localizado na cabine de medição/proteção denominada SE-052 DEVE estar aberto.

O ramal de alta tensão que alimenta esta subestação é do tipo aéreo derivando direto da cabi-
ne de medição/proteção. Seguindo aéreo até próximo da SE-069. A partir do último poste o
circuito de alta tensão derivada para ramal subterrâneo com cabo de cobre isolado 3#70mm² +

28
#70mm² (reserva) – EPR -12/20kV até o cubículo de entrada da subestação com instalação
das muflas, seccionadora e do disjuntor de alta tensão.

A forma de seccionamento do ramal de alta tensão que alimenta a SE-069 deve ser realizado
através da chave seccionadora instalada no cubículo de saída do ramal de alta tensão junto ao
cubículo de medição/proteção. Esta chave SOMENTE poderá ser manobrada com o disjuntor
geral de alta tensão da SE-069 já manobrado (aberto).

A proteção contra descargas atmosféricas desta subestação é feita através da instalação de


um conjunto de pára-raios tipo óxido de zinco 12kV/5kA instalados no poste de derivação do
ramal aéreo para subterrâneo.

É condição fundamental que os eletricistas que possuem autorização para efetuar manobras
no sistema de alta tensão conheçam integralmente todo o sistema elétrico da unidade. Para
tanto, o esquema unifilar de alta tensão COMPLETO (entenda-se de toda unidade) sempre de-
verá estar disponível EM TODAS as subestações. Este item será objeto de auditoria anual.

A subestação denominada SE-069 que alimenta a casa máquinas do abatedouro é do tipo


abrigada em alvenaria composta por 07 (sete) cubículos.

O primeiro cubículo recebe o ramal de alta tensão com cabo subterrâneo, instalação das mu-
flas e possui instalado a proteção geral do sistema através de um disjuntor de alta tensão do
tipo fixo, modelo Evolls - fabricação Merlin Gerin – 630A. Este disjuntor possui instalado como
parte integrante o relé secundário com a função de proteção do sistema elétrico contra sobre-
cargas e curto circuito.

A medida de seccionamento do circuito é feita através de uma chave seccionadora com carga
e com dispositivo de extinção de arco instalada a montante do disjuntor.

Esta chave SOMENTE poderá ser manobrada após a manobra de abertura do disjuntor de alta
tensão conforme procedimento específico e sinalização existente fixada na grade de proteção

29
do cubículo. É proibida a manobra desta chave sob carga – ou seja, com o disjuntor fecha-
do; conforme procedimento disponibilizado na subestação.

Para manobra do conjunto disjuntor + chave seccionadora deve ser seguido o procedimento
técnico anexado a este prontuário na seção “Procedimentos de AT”. Este procedimento tam-
bém deverá ser disponibilizado fixado na SE-069 conforme descrição na seção procedimentos
e instruções técnicas deste prontuário.

Neste mesmo cubículo encontra-se instalada uma derivação do ramal de alta tensão que ali-
menta o segundo conjunto de transformadores desta subestação instalados no lado oposto
desta sala.

O demais cubículos comportam os transformadores que tem a função de rebaixar o nível da


tensão de 13.800Vca para níveis de tensão utilizados no processo do parque industrial de
380/220Vca. Composta por:

Lado 1(grupo 1 de transformadores)


→ 01 transformador a óleo = 750kVA – TR-070
→ 01 transformador a óleo = 750kVA – TR-071
→ 01 transformador a óleo = 1.500kVA – TR-072
Formatado: Recuo: À esquerda: 0 cm

Lado 2 (grupo 2 de transformadores)


→ 01 transformador a óleo = 1.000kVA – TR-073
→ 01 transformador a óleo = 1.500kVA – TR-074
→ 01 transformador a óleo = 750kVA – TR-075

A manobra de seccionamento visual do circuito de cada um destes transformadores deverá ser


efetuada através de uma chave seccionadora sem carga para o grupo 1 dos transformadores e
sob carga e com dispositivo de extinção de arco para o grupo 2 dos transformadores. Esta cha-

30
ve seccionadora está instalada a montante de cada um dos transformadores dentro do cubículo
de alvenaria de cada equipamento.

Esta chave SOMENTE poderá ser manobrada após a retirada completa da carga do transfor-
mador através do disjuntor geral de baixa tensão instalado no painel geral de cada transforma-
dor que está localizado no mesmo ambiente da subestação.

Para manobra da chave seccionadora deverá ser seguido o procedimento técnico anexado a
este prontuário na seção “Procedimentos de AT”. Este procedimento também deverá ser dis-
ponibilizado fixado na SE-069 conforme descrição na seção procedimentos e instruções técni-
cas deste prontuário.

ATENÇÃO
Os transformadores denominados TR-070 e TR-071 estão ligados EM PARALELO através do
quadro de distribuição denominado QB-077. Desta forma, as chaves seccionadoras de cada
um destes dois transformadores somente poderão ser manobradas após a retirada total das
cargas neste painel.

Para considerar o circuito desenergizado do painel - QB-077 NECESSARIAMENTE as duas


chaves seccionadoras dos transformadores TR-070 e TR-071 devem estar seccionadas (aber-
tas), bloqueadas e sinalizadas.

Todos os transformadores desta subestação possuem capacitores fixos instalados no lado da


baixa tensão dos transformadores. Desta forma qualquer manutenção efetuada nesta subesta-
ção, seja na baixa ou alta tensão deverá aguardar no mínimo 15 minutos antes de iniciar a ati-
vidade. E necessariamente deverá ser executado o procedimento de detecção de tensão no
circuito antes do inicio da atividade.

SEMPRE deverá se verificado se o procedimento a ser utilizando corresponde a unidade


e ao equipamento em que será efetuada a manobra.

31
Sempre deverão ser utilizados os equipamentos de proteção coletiva e individuais necessários
para a atividade conforme descrito na analise de risco ou no procedimento técnico ou de segu-
rança.

Qualquer atividade desenvolvida dentro desta área deverá ser precedida de:
4 – Analise de risco;
5 – Ordem de serviço;
6 – Procedimento técnico/segurança;

Toda atividade desenvolvida nesta área deverá ser executada por NO MÍNIMO 02 (dois
profissionais autorizados) ou de acordo com a analise de risco e a ordem de serviço.

ATENÇÃO:
Em hipótese nenhuma a chave seccionadora localizada a montante do disjuntor geral de
alta tensão pode ser manobrada se o disjuntor geral da SE-069 de alta tensão não estiver
desligado/aberto.

O não atendimento deste requisito representa a exposição ao risco grave e iminente tan-
to a você quanto aos seus colegas de trabalho. Leia o item referente a responsabilidades
do trabalhador deste documento para as implicações legais do não atendimento das
medidas de controle estabelecidas neste documento.

A partir dos transformadores a energia elétrica, já em baixa tensão, é conduzida através de ca-
bos isolados instalados em canaletas no piso até os painéis gerais de distribuição (QGD), onde
estão instalados os disjuntores gerais e as proteções dos circuitos de alimentação dos equipa-
mentos, iluminação e tomadas.

Após cada disjuntor geral de baixa tensão encontra-se instalados os disjuntores ou seccionado-
ras individuais que alimentam os quadros de distribuição secundários instalados e localizados
em salas de painéis localizadas no ambiente industrial, mais próximo das cargas.

32
Os cabos que conduzem a energia elétrica em baixa tensão da SE-069 até a fábrica encon-
tram-se instalados em linhas do tipo aparentes acondicionados em leitos e eletrocalhas metáli-
cas.

Para visualizar a distribuição e alimentação dos circuitos na unidade fabril, o profissional deverá
consultar os esquemas unifilares anexo a este documento ou que está disponível em cada su-
bestação e/ou painel.
Em cada subestação ou sala de painéis deverão estar disponíveis os EPCs e EPIs mínimos
como:
• Conjunto de aterramento temporário;
• Tapete isolante;
• Luvas isolantes;
• Luvas de proteção mecânica;
• Luvas tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Jaleco tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Capuz tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Balaclava tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Protetor facial total (capuz com visor) tipo FR nível II (proteção contra arcos);
• Detector de tensão;
• Detector de tensão com vara de manobra;
• Vara de manobra para chave elo fusível e chave faca,
• Bastão de salvamento (gancho);

Para a guarda destes EPCs, EPIs e ferramentas deverá ser disponibilizado um armário para a
correta armazenagem e higienização dos mesmos. Este armário deverá estar localizado o mais
próximo possível da subestação e/ou sala de painéis, sempre próxima a porta de acesso prin-
cipal; deverá ser identificada no seu frontal quanto a sua finalidade e conter documento formal
fixado em local visível com a descrição dos EPIS e/ou EPCs disponibilizados neste ambiente.

33
Estes EPCs, EPIs e ferramentas deverão ser inspecionadas periodicamente sempre antes do
seu uso pelo profissional que executará a tarefa e mensalmente pelo profissional do EHS e/ou
da manutenção elétrica.

Os EPCs, EPIs e ferramentas com finalidade exclusiva de isolação elétrica deverão ser testa-
das e/ou ensaiadas periodicamente. Ver no item específico deste PIE nos procedimentos de
aquisição destes equipamentos a periodicidade que estes ensaios e/ou testes deverão ser rea-
lizados e o setor responsável pelo controle da documentação.

As luvas isolantes disponibilizadas neste armário, não sendo do tipo halogenadas, deverão ser
higienizadas após cada uso. Esta higienização é de responsabilidade do setor de manutenção
elétrica. O atendimento deste requisito deverá ser supervisionado pelo supervisor de manuten-
ção e pelo responsável da área de EHS da unidade. Na seção dos procedimentos deste PIE
constam os procedimentos para uso, armazenagem e higienização das luvas isolantes. Na se-
ção específica sobre EPIs e EPCs deste PIE podem ser encontrados maiores detalhes.

Os procedimentos técnicos, a analise de risco da atividade e o programa de manutenção deve-


rão prever os riscos adicionais das atividades realizadas na linha de alta tensão externa distri-
buída no pátio da unidade consumidora. São considerados riscos adicionais mínimos desta
atividade: animais peçonhentos, iluminação precária (nos trabalhos noturnos), insolação, chu-
va, descargas atmosféricas, trabalho em altura, indução, etc. O caminho (trecho) sob a rede de
alta tensão aérea externa deverá estar sempre bem roçado (em condições para caminhar li-
vremente) e em condições de acesso de caminhão muck ou outro veículo responsável pela
manutenção da rede.

Para qualquer atividade desenvolvida no pape rack instalado perpendicularmente ao ramal aé-
reo de alta tensão que alimenta a SE-069 deve ser elaborada analise de risco da tarefa. Todas
as tarefas desenvolvidas na tubulação instalada no trecho de cruzamento entre o ramal de alta Formatado: Sublinhado

tensão e o pape rack deverá ser executado com o ramal de alta tensão DESENERGIZADO.

34
Os transformadores instalados na subestação de força, que neste documento será denominada
SE-26 conforme esquema unifilar, tem a função de rebaixar o nível da tensão de 13.800Vca
para níveis de tensão utilizados no processo do parque fabril 380/220Vca e é composta por 03
(três) cubículos para os transformadores abaixadores com potência de transformação total de
2500kVA. Composta por:
→ 02 transformadores óleo = 750kVA (cada)
→ 01 transformador óleo = 1.000kVA

Cada um destes transformadores da SE-26 possui uma chave seccionadora sob carga sem
fusíveis de alta tensão para efetuar o seccionamento do equipamento.

Esta chave seccionadora é do tipo sob carga com dispositivo de extinção de arco, instalada a
montante dos transformadores dentro do cubículo de alvenaria.

Estas chaves SOMENTE poderão ser manobradas após a retirada da carga através do disjun-
tor de baixa tensão localizado no quadro geral de distribuição.

Para manobra das chaves deverá ser seguido o procedimento técnico anexado a este prontuá-
rio na seção “Procedimentos de AT”. Este procedimento também deverá ser disponibilizado
fixado na SE-26 conforme descrição na seção procedimentos e instruções técnicas deste pron-
tuário.

SEMPRE deverá se verificado se o procedimento a ser utilizando corresponde a unidade


e ao equipamento em que será efetuada a manobra.

Sempre deverão ser utilizados os equipamentos de proteção coletiva e individuais necessários


para a atividade conforme descrito na analise de risco ou no procedimento técnico ou de segu-
rança.

Qualquer atividade desenvolvida dentro desta área deverá ser precedida de:

35
4 – Analise de risco;
5 – Ordem de serviço;
6 – Procedimento técnico/segurança;

Toda atividade desenvolvida nesta área deverá ser executada por NO MÍNIMO 02 (dois
profissionais autorizados) ou de acordo com a analise de risco e a ordem de serviço.

ATENÇÃO:
Em hipótese nenhuma a chave seccionadora localizada a montante do disjuntor pode ser
manobrada se o disjuntor geral da SE-26 de alta tensão não estiver desligado/aberto.

O não atendimento deste requisito representa a exposição ao risco grave e iminente tan-
to a você quanto aos seus colegas de trabalho. Leia o item referente a responsabilidades
do trabalhador deste documento para as implicações legais do não atendimento das
medidas de controle estabelecidas neste documento.

A partir dos transformadores a energia elétrica, já em baixa tensão, é conduzida através de ca-
bos isolados instalados em canaletas no piso até os painéis gerais de distribuição (QGD), onde
estão instalados os disjuntores gerais e as proteções dos circuitos que alimentam na unidade
industrial para alimentação dos equipamentos, iluminação e tomadas.

Os quadros gerais estão instalados no mesmo ambiente da sala dos transformadores.

Após cada disjuntor geral de baixa tensão encontra-se instalados os disjuntores ou seccionado-
ras individuais que alimentam os quadros de distribuição secundários instalados e localizados
em salas de painéis localizadas no ambiente industrial, mais próximo das cargas.

Os cabos que conduzem a energia elétrica em baixa tensão da SE-26 até a fábrica encontram-
se instalados em linhas do tipo aparentes acondicionados em leitos e eletrocalhas metálicas.

36
Para visualizar a distribuição e alimentação dos circuitos na unidade fabril, o profissional deverá
consultar os esquemas unifilares anexo a este documento ou que está disponível em cada su-
bestação e/ou painel.

Em cada subestação ou sala de painéis deverão estar disponíveis os EPCs e EPIs mínimos
como:
• Conjunto de aterramento temporário;
• Tapete isolante;
• Luvas isolantes;
• Luvas de proteção mecânica;
• Luvas tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Jaleco tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Capuz tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Balaclava tipo FR nível IV (retardante a chamas);
• Protetor facial para capacete tipo FR nível II (proteção contra arcos);
• Detector de tensão;

Para a guarda destes EPCs, EPIs e ferramentas deverá ser disponibilizado um armário para a
correta armazenagem e higienização dos mesmos. Este armário deverá estar localizado o mais
próximo possível da subestação e/ou sala de painéis, sempre próxima a porta de acesso prin-
cipal; deverá ser identificada no seu frontal quanto a sua finalidade e conter documento formal
fixado em local visível com a descrição dos EPIS e/ou EPCs disponibilizados neste ambiente.

Estes EPCs, EPIs e ferramentas deverão ser inspecionadas periodicamente sempre antes do
seu uso pelo profissional que executará a tarefa e mensalmente pelo profissional do EHS e/ou
da manutenção elétrica.

Os EPCs, EPIs e ferramentas com finalidade exclusiva de isolação elétrica deverão ser testa-
das e/ou ensaiadas periodicamente. Ver no item específico deste PIE, nos procedimentos de

37
aquisição destes equipamentos a periodicidade que estes ensaios e/ou testes deverão ser rea-
lizados e o setor responsável pelo controle da documentação.

As luvas isolantes disponibilizadas neste armário, não sendo do tipo halogenadas, deverão ser
higienizadas após cada uso. Esta higienização é de responsabilidade do setor de manutenção
elétrica. O atendimento deste requisito deverá ser supervisionado pelo supervisor de manuten-
ção e pelo responsável da área de EHS da unidade. Na seção dos procedimentos deste PIE
constam os procedimentos para uso, armazenagem e higienização das luvas isolantes. Na se-
ção específica sobre EPIs e EPCs deste PIE podem ser encontrados maiores detalhes.

10. RESPONSABILIDADES

A descrição deste item está baseada no documento denominado PIE 14/0000-220/AV


TREINAMENTO GESTORES-RESPONSABILIDADE CIVIL CRIMINAL E ADMINISTRATIVA
NO AMBITO DA NR-10. Este documento foi desenvolvido e aprovado pela equipe do setor jurí-
dico da Fabrica sa e foi utilizado para treinar todos os gestores e responsáveis pela implanta-
ção, supervisão e manutenção do sistema de gestão de segurança em eletricidade que está
fundamentado na NR-10.

Conforme item 10.13.1, as responsabilidades quanto ao cumprimento e atendimento desta NR


são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. Desta forma, o atendimento a todos
os requisitos deste documento também deverão ser exigidos das empresas contratadas para
execução de serviços temporários; aqui denominados “terceirizados”. Deverá ser exercida su-
pervisão durante a execução destas tarefas pelas áreas responsáveis da Fabrica sa como
EHS, supervisão de manutenção elétrica, RH (na contratação).

O conceito da responsabilidade solidária fundamenta-se na culpa in eligendo, proveniente da


falta de cautela ou providencia na seleção ou escolha de profissionais, pessoas ou empresa a
quem confia a execução de um serviço contratado.

38
Pode ainda fundamenta-se pela culpa in vigilando, aquela ocasionada pela falta de diligência,
atenção, vigilância, fiscalização, ou qualquer outro ato de supervisão do tomador de serviço, no
cumprimento do dever para evitar prejuízo a alguém.

Este conceito fundamenta-se também na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, art. 157 e
na NR-1, item 1.7, alínea “a” – “Cabe ao empregador cumprir e fazer cumprir as disposições
legais e regulamentares sobre segurança e medicina do Trabalho”.

Fica estabelecida desta forma a responsabilidade da tomadora dos serviços, assim co-
mo a responsabilidade dos profissionais das diversas áreas responsáveis pela contínua
manutenção e atualização deste documento bem como a supervisão do seu cumprimen-
to por todos os profissionais.

Todos os gestores envolvidos no processo de implantação e manutenção da gestão de segu-


rança em eletricidade devem passar (incluindo os novos gestores de contratações futuras) por
treinamento referente as implicações legais quanto ao não atendimento dos dispositivos legais
conforme documento PIE 14/0000-220/AV - Treinamento Gestores – Responsabilidade civil
criminal e Administrativa no Âmbito da NR-10 ministrado pelo profissional responsável pela
área jurídica da Fabrica sa. O documento PIE 14/0000-220/AV encontra-se em anexo após
descrição do item referente às responsabilidades.

Segue abaixo a descrição resumida relativa as responsabilidades de cada setor.

Setor de RH:
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos gestores das unidades e
dos profissionais responsáveis pela elaboração e atualização do prontuário, consideran-
do também a demanda em função de novos profissionais nestes cargos.
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para curso básico conforme demanda solicitada pela supervisão de manutenção;

39
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para curso complementar conforme demanda solicitada pela supervisão de manutenção;
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para espaço confinado conforme demanda solicitada pela supervisão de manutenção;
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para áreas classificadas conforme demanda solicitada pela supervisão de manutenção;
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento de reciclagem dos profissionais
autorizados para curso básico ou complementar conforme demanda solicitada pela su-
pervisão de manutenção;
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para resgate em altura e espaço confinado conforme demanda solicitada pela supervi-
são de manutenção;
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para primeiros socorros conforme demanda solicitada pela supervisão de manutenção;
→ Controle e registro quanto a necessidade de treinamento dos profissionais autorizados
para combate a incêndio conforme demanda solicitada pela supervisão de manutenção;
→ Ver no item “treinamentos” a documentação necessária para comprovação do treina-
mento. Estes documentos que comprovam a aplicação do treinamento, bem como o
aproveitamento do profissional (ou cópia) deverão ser anexados a ficha do profissional
no setor de RH da unidade.
→ Manter atualizado o sistema de registro dos profissionais autorizados referente a forma-
ção técnica, exames médicos, treinamento, autorização, identificação.
→ Gestão do sistema de identificação específica dos profissionais da área elétrica e provi-
denciar modelo conforme PIE 12/0000-220/AV conforme demanda solicitada pela super-
visão de manutenção e descrito na seção específica deste PIE;
→ Gestão, controle e armazenamento dos documentos dos profissionais referente a qualifi-
cação, habilitação e capacitação;
→ Gestão e solicitação de exames complementares para o setor de medicina do trabalho;
→ É de responsabilidade do setor de RH emitir e fazer a gestão da autorização formal dos
eletricistas da Fabrica sa assim como para os profissionais de empresas terceirizadas

40
contratados para serviços temporários conforme documento PIE 07/0000-220/AV - Auto-
rização para Trabalho Fabrica sa e PIE 08/0000-220/AV – Autorização para Trabalho
Terceiros. Ver descrição e informações complementares sobre o assunto no item espe-
cífico “autorização dos profissionais” deste documento.
→ Conforme item 10.8.6; os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas
devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa.
Para o profissional que recebeu autorização para desenvolver suas atividades no ou pa-
ra sistema elétrico da Fabrica sa, esta condição deverá constar em seu registro profissi-
onal. O atendimento deste item também deverá ser observado na contratação de servi-
ços terceirizados. A supervisão do atendimento deste requisito é de responsabilidade do
setor de RH.
→ Promover a entrega da identificação de cada profissional autorizado através de docu-
mento formal;

Setor jurídico:
→ Treinamento de conscientização para todos os gestores e responsáveis pela implanta-
ção e/ou manutenção do prontuário das instalações elétricas conforme PIE 14/0000-
220/AV através de treinamentos específicos;
→ Dar suporte e fomentar todas as áreas envolvidas com o PIE referente a necessidade do
atendimento normativo assim como expor possíveis punições e passivo fiscal da empre-
sa em caso de não atendimento.

Setor de Compras: (contratação de serviços)


→ Na contratação de mão de obra para serviços, para ou em instalações elétricas da Fa-
brica sa, ou nas suas proximidades exigir documentação conforme documento denomi-
nado “Contrato de Compra - Anexo Documentos NR-10” e PIE 29/0000-220/AV. Este
documento encontra-se em anexo após a descrição desse item.
→ Encaminhar os documentos recebidos da contratada (conforme “Contrato de Compra -
Anexo Documentos NR-10”) para analise do gestor de contrato para, somente após re-
ceber o parecer favorável do gestor de contrato, através do documento denominado PIE

41
29/0000-220/AV; liberar o inicio da obras e/ou instalações. O parecer do gestor de con-
trato sempre deverá ser via documento formal preenchido conforme modelo apresentado
no procedimento PIE 29/0000-220/AV que se encontra anexo neste PIE após o item re-
ferente a responsabilidades.
→ Após receber o parecer de aprovação da documentação pelo gestor de contrato, enviar
para o setor de RH a solicitação de fornecimento da identificação (braçadeira) dos pro-
fissionais. Neste mesmo check list o gestor de contrato deverá informar no campo espe-
cífico o código da identificação conforme estabelecido no procedimento PIE-12/0000-
220/AV.

Gestor de Contratos:
→ Analisar os documentos recebidos do departamento de compras da Fabrica sa referente
as empresas candidatas a executar serviços para ou nas instalações elétricas ou nas
suas proximidades de acordo com as atividades a desenvolver. Para esta analise deve-
rá ser preenchido o check list conforme estabelecido no procedimento PIE-29/0000-
220/AV. O modelo deste documento encontra-se em anexo na sequencia da descrição
deste item.
→ Informar no PIE-29/0000-220/AV os códigos das identificações necessárias para os pro-
fissionais autorizados que o setor de RH deverá providenciar;
→ Solicitação no PIE-29/0000-220/AV das autorizações formais necessárias para os profis-
sionais que devem ser emitidas pelo setor de RH;

Gerencia da unidade:
→ Participar da palestra de conscientização realizada pela área jurídica com todos os ges-
tores e responsáveis pela implantação e/ou manutenção do PIE;
→ Trabalhar em conjunto (fazer parte) com a equipe responsável pela implantação do pron-
tuário das instalações elétricas na unidade;
→ Viabilizar a realização dos treinamentos necessários junto com a supervisão de manu-
tenção;
→ Supervisionar o atendimento aos requisitos normativos pelas áreas envolvidas;

42
Supervisor e Gerencia de manutenção:
→ O supervisor de manutenção é responsável por solicitar a emissão das autorizações
formais para trabalho dos profissionais da área elétrica que atendam a todos os pré-
requisitos para receber esta autorização de trabalho junto ao RH da unidade. Maiores
detalhes sobre a autorização de trabalho deve ser obtida na descrição específica do item
neste PIE. O modelo do documento PIE 07/0000-220/AV – Autorização para Trabalho -
Fabrica sa e PIE 08/0000-220/AV – Autorização para Trabalho – Terceiros encontra-se
em anexo a este PIE após descrição específica sobre o assunto. Em hipótese alguma os
profissionais que desenvolvem suas atividades no ou para o setor elétrico ou nas suas
proximidades, sejam próprios ou terceiros, poderão desenvolver suas atividades nas ins-
talações da Fabrica sa sem possuir a autorização formal emitida pela empresa. A super-
visão para atendimento deste item é de responsabilidade do supervisor da área elétrica
em parceria com o supervisor de EHS.
→ Todo profissional que desenvolve suas atividades no sistema elétrico da Fabrica sa ou
em suas proximidades deverá possuir uma identificação que permita a qualquer momen-
to identificar sua condição de profissional habilitado, qualificado ou capacitado e abran-
gência da autorização formal recebida. O supervisor de manutenção da unidade deverá
solicitar ao setor de RH a identificação necessária para os profissionais anteriormente
formalmente autorizados a intervir no sistema elétrico. A solicitação deverá utilizar os
códigos estabelecidos na norma administrativa denominada PIE 12/0000-220/AV – Pro-
cedimento de Identificação. Ver descrição e informações complementares sobre o as-
sunto no item específico “identificação dos profissionais autorizados” deste PIE. Para os
profissionais de empresas terceirizadas o processo será conforme descrito nas respon-
sabilidades do setor de compras e do gestor de contrato. O supervisor de manutenção e
o EHS são responsáveis pela supervisão para atendimento deste item.
→ É de responsabilidade do supervisor de manutenção em conjunto com o profissional
responsável pela área de EHS da unidade a solicitação de treinamento de reciclagem
para os profissionais vindos, através de transferência, de outra unidade. Esta solicitação
deverá ser feita via sistema ao setor de RH da unidade. Esta reciclagem poderá ser mi-

43
nistrada pelo profissional habilitado da unidade (ver definição de profissional habilitado)
ou através de profissional terceirizado.
→ A solicitação quanto a necessidade dos treinamentos específicos (primeiros socorros,
combate a incêndio, espaço confinado, trabalho em altura, áreas classificadas) é de res-
ponsabilidade do supervisor de manutenção em conjunto com a área de EHS ao setor
de RH.
→ Não é permitido que profissionais de empresas terceirizadas efetuem o procedimento de
desenergização do sistema ou circuito elétrico. Esta é uma atividade exclusiva dos pro-
fissionais autorizados da Fabrica sa. Porém o profissional terceirizado deverá acompa-
nhar o processo de desenergização e adicionar o seu bloqueio mecânico. É de respon-
sabilidade do supervisor de manutenção a supervisão para atendimento deste item.
→ Conforme item 10.11.8; a alternância de atividades deve considerar a análise de riscos
das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segu-
rança e a saúde no trabalho. E conforme item 10.2.1; em todas as intervenções em ins-
talações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico
e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir
a segurança e a saúde no trabalho. É de responsabilidade do supervisor de manutenção
em conjunto com o profissional Da área de EHS elaborar a analise de risco da atividade
e supervisionar a sua utilização nas intervenções realizadas. Para complementação das
informações sobre analise de risco, ver item específico sobre o assunto na sequencia
deste documento.
→ Fazer a verificação em conjunto com a área de EHS da analise de risco dos novos equi-
pamentos instalados, para a entrada em operações de novas instalações ou equipamen-
tos elétricos antes de sua entrada em operação conforme determina o item 10.6.4. Esta
analise de risco deverá ser desenvolvida com circuitos desenergizados e respectivos
procedimentos de trabalho. Esta analise de risco deverá ser preenchida pelo profissional
eletricista autorizado, que deve receber treinamento para executar esta tarefa.
→ Todo trabalho realizado no sistema elétrico deverá ser precedido de ordem de serviço. É
de responsabilidade do supervisor de manutenção assinar a ordem de serviço e supervi-
sionar o atendimento deste item. O supervisor de manutenção não poderá assinar a or-

44
dem de serviço sem que esteja acompanhada da analise de risco e do procedimento
técnico e/ou de segurança.
→ Na programação da Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT deverão ser
desenvolvidas atividades relacionadas a divulgação de informações relativas ao uso cor-
reto da energia elétrica, possíveis riscos e medidas de proteção aplicáveis. Para que to-
dos possam receber as informações básicas necessárias para prevenção contra os ris-
cos no uso da energia elétrica, deverão ser distribuídos cartazes didáticos nos murais de
comunicação da unidade. A gestão e controle desta atividade serão de responsabilidade
do EHS e do supervisor de manutenção de cada unidade.
→ É de responsabilidade da empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo
instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
Para atendimento deste requisito será utilizado o programa de investigação de acidentes
já implantado e utilizado na Fabrica sa denominado EHS 001- Procedimento Investiga-
ção de Acidentes. É responsabilidade do supervisor de manutenção a participação na
investigação dos acidentes de origem elétrica.
→ Supervisionar e dar suporte ao setor de programação de manutenção da unidade para o
atendimento dos requisitos do PIE.
→ Supervisionar em campo a abrangência da autorização emitida para os profissionais au-
torizados próprios e terceiros.
→ Ao receber a solicitação de atualização do projeto, incluindo os esquemas unifilares o
supervisor de manutenção que deverá providenciar a atualização dos documentos e se
responsabilizar pela sua substituição neste PIE. O supervisor de manutenção será res-
ponsável por repassar aos profissionais autorizados a informação referente as atualiza-
ções e/ou alterações executadas.
→ É de responsabilidade do supervisor de manutenção instruir e supervisionar os profissi-
onais autorizados quanto a necessidade de executar a higienização das luvas isolantes.
Estas luvas necessitam de higienização após cada uso conforme procedimento específi-
co PIE 03/0005-220/AV - Procedimento Inspeção, Higienização e Armazenagem de Lu-
vas Isolantes.

45
→ Supervisionar a execução do bloqueio e sinalização para equipamentos desativados
temporária ou definitivamente, mas que não são efetivamente desinstalados eletrica-
mente informando esta condição. O documento padrão denominado PIE 09/0000-
220/AV - Padrão Sinalização NR 10, prevê sinalização para esta situação.
→ Supervisionar o atendimento ao padrão de sinalização estabelecido no PIE 09/0000-
220/AV. Participar do processo de revisão do procedimento de sinalização para instala-
ções elétricas de baixa e alta tensão.
→ Supervisionar o atendimento da proibição de uso de adornos pelos profissionais autori-
zados a intervir no sistema elétrico da Fabrica sa.
→ O supervisor de manutenção NÃO poderá conceder uma autorização de serviços para
terceiros se envolver a execução de desenergização de circuitos. Esta tarefa é exclusiva
para os profissionais autorizados da Fabrica sa.
→ Solicitar novos uniformes para os profissionais autorizados quando estes apresentarem
rasgos, desgastes excessivos ou se apresentarem insuficientes para a proteção exigida
no local da tarefa.
→ Solicitar novas identificações quando estas se apresentam danificadas.
→ É responsabilidade do supervisor de manutenção a aplicação ou supervisionar a aplica-
ção de DDS aos profissionais que desenvolvem suas atividades no sistema elétrico da
unidade. Tanto para funcionários próprios como os terceirizados. O desenvolvimento
destes DDS deverá ser realizado em conjunto com o profissional de EHS.
→ É de responsabilidade do supervisor de manutenção em conjunto com o profissional
responsável pela área de EHS da unidade a supervisão quanto ao atendimento dos re-
quisitos técnicos e administrativos desta norma.
→ É de responsabilidade do supervisor de manutenção, quando identificado pela progra-
mação de manutenção, providenciar a atualização dos documentos pertencentes aos
projetos (plantas e esquemas unifilares) e responsabilizar-se pela substituição dos do-
cumentos atualizados neste PIE.
→ É de responsabilidade do supervisor da área elétrica, antes de assinar a ordem de servi-
ços para atividades especiais a verificação da existência dos exames médicos específi-
cos para a atividade em questão dos profissionais escalados para a execução da tarefa.

46
→ É de responsabilidade do supervisor da área elétrica em conjunto com o profissional da
área de EHS instalar processo de investigação para adoção das medidas cabíveis em
caso de preenchimento do formulário de direito de recusa pelo profissional autorizado.
Para informações complementares ver descrição no item específico neste PIE;
→ É de responsabilidade do supervisor da manutenção elétrica solicitar e controlar a ne-
cessidade de higienização das vestimentas tipo FR pela lavanderia da Fabrica sa;
→ É de responsabilidade do supervisor da manutenção elétrica solicitar e controlar ou pro-
videnciar a higienização das luvas e mangas isolantes;

Setor EHS:
→ É de responsabilidade do profissional responsável pela área de EHS da unidade em
conjunto com os demais profissionais responsáveis a supervisão quanto ao atendimento
dos requisitos técnicos e administrativos desta norma;
→ A solicitação quanto a necessidade dos treinamentos específicos (primeiros socorros,
combate a incêndio, espaço confinado, trabalho em altura, áreas classificadas) é de res-
ponsabilidade do supervisor de manutenção em conjunto com a área de EHS.
→ Em hipótese alguma os profissionais que executam suas atividades no ou para o siste-
ma elétrico ou nas suas proximidades, sejam próprios ou terceiros, poderão desenvolver
suas atividades nas instalações da Fabrica sa sem possuir a autorização formal emitida
pela empresa e sem possuir a identificação no uniforme de uso diário. Para verificar pa-
drão de autorização e identificação ver os itens específicos sobre o assunto e PIE
12/0000-220/AV – Procedimento de Identificação, PIE 07/0000-220/AV – Autorização
para Trabalho - Fabrica sa e PIE 08/0000-220/AV – Autorização para Trabalho - Tercei-
ros. O profissional de EHS é responsável pela supervisão para atendimento deste item.
→ Durante a integração todos os profissionais, próprios e terceirizados, deverão receber
informação formal sobre os riscos no uso da energia elétrica e das medidas de controle
existentes. Para tanto deverá ser utilizado o documento PIE 13/0000-220/AV - Comuni-
cação dos Riscos Envolvidos. A última página deste documento (PIE 13) está reservada
para o “protocolo de recebimento das instruções”. Esta folha deverá ser preenchida pelo

47
profissional que recebeu a informação e arquivada no setor de EHS conforme sistemáti-
ca atual. A aplicação prática deste requisito é de responsabilidade da área de EHS.
→ Conforme item 10.11.8; a alternância de atividades deve considerar a análise de riscos
das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segu-
rança e a saúde no trabalho. E conforme item 10.2.1; em todas as intervenções em ins-
talações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico
e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir
a segurança e a saúde no trabalho. Todo trabalho realizado no sistema elétrico deverá
ser precedido de análise de risco para determinar as medidas de proteção e controle dos
riscos envolvidos. O processo de analise de risco deverá ser entendido como uma ativi-
dade multidisciplinar, desta forma deverá ser elaborada pelo profissional autorizado da
área elétrica em conjunto com o profissional do EHS por abranger todos os riscos da ati-
vidade: tanto os específicos da área elétrica como os considerados adicionais. Para
complementação das informações sobre analise de risco, ver item específico sobre o
assunto neste documento.
É de responsabilidade do profissional do EHS em conjunto com o supervisor de manu-
tenção elaborar a analise de risco da atividade e supervisionar a sua utilização nas inter-
venções realizadas.
→ Fazer a verificação em conjunto com a supervisão da área elétrica da analise de risco
dos novos equipamentos instalados, para a entrada em operações de novas instalações
ou equipamentos elétricos antes de sua entrada em operação conforme determina o
item 10.6.4. Esta analise de risco deverá ser desenvolvida com circuitos desenergizados
e respectivos procedimentos de trabalho. Esta analise de risco deverá ser preenchida
pelo profissional eletricista autorizado, que deve receber treinamento para executar esta
tarefa.
→ Na programação da Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT deverão ser
desenvolvidas atividades relacionadas a divulgação de informações relativas ao uso
consciente da energia elétrica, possíveis riscos e medidas de proteção possíveis. Para
que todos possam receber as informações básicas necessárias para prevenção contra
os riscos no uso da energia elétrica, deverão ser distribuídos cartazes didáticos nos mu-

48
rais de comunicação da unidade. A gestão e o controle desta atividade será de respon-
sabilidade do EHS com o apoio do supervisor de manutenção de cada unidade.
→ É de responsabilidade da empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo
instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
Para atendimento deste requisito será utilizado o programa de investigação de acidentes
já implantado e utilizado na Fabrica sa denominado EHS 001- Procedimento Investiga-
ção de Acidentes. É de responsabilidade do setor de EHS participar do processo de in-
vestigação dos acidentes de origem elétrica.
→ Auxiliar o supervisor de manutenção no desenvolvimento e aplicação de DDS para ser
aplicado aos profissionais que desenvolvem suas atividades no ou para o sistema elétri-
co da unidade. Tanto para funcionários próprios como os terceirizados.
→ Todos os treinamentos, integração, DDS deverão ser documentados com nome, data e
visto do profissional que recebeu a informação. É de responsabilidade do setor de EHS
a supervisão para atendimento deste requisito.
→ Supervisionar o uso da identificação dos profissionais autorizados próprios e terceiros.
→ Supervisionar a abrangência da autorização emitida para os profissionais autorizados
próprios e terceiros.
→ É de responsabilidade do profissional de EHS supervisionar se a higienização das luvas
isolantes está sendo efetuada conforme procedimento específico PIE 03/0005-220/AV -
Procedimento Inspeção, Higienização e Armazenagem de Luvas Isolantes.
→ Na elaboração deste PIE estão sendo utilizados documentos e programas de segurança
já existentes e implantados na Fabrica sa pelo setor de EHS. A nomenclatura destes do-
cumentos será mantida por já serem conhecidos por todos os profissionais da empresa.
É de responsabilidade do setor de EHS manter as cópias destes documentos anexos no
PIE sempre atualizadas de acordo com a última versão em vigente.
→ Supervisionar o atendimento ao padrão de sinalização estabelecido no PIE 09/0000-
220/AV. Participar do processo de revisão do procedimento de sinalização para instala-
ções elétricas de baixa e alta tensão.
→ Supervisionar o atendimento da proibição de uso de adornos pelos profissionais autori-
zados a intervir no sistema elétrico da Fabrica sa.

49
→ Acompanhar o processo de certificação dos EPIs junto ao MTE.
→ Supervisionar o controle para execução dos testes e ensaios dos EPIs e EPCs com fina-
lidade de isolação elétrica.
→ É de responsabilidade do profissional da área de EHS em conjunto com o supervisor de
manutenção da unidade, instalar processo de investigação para adoção das medidas
cabíveis em caso de preenchimento do formulário de direito de recusa pelo profissional
autorizado. Para informações complementares ver descrição no item específico neste
PIE;
→ É de responsabilidade do profissional da área de EHS em conjunto com o supervisor de
manutenção da unidade a supervisão quanto ao atendimento dos requisitos técnicos e
administrativos desta norma.
→ É de responsabilidade da área de EHS supervisionar a higienização das vestimentas ti-
po FR pela lavanderia da Fabrica sa;
→ É de responsabilidade do profissional da área de EHS em conjunto com o supervisor de
manutenção da unidade a solicitação de treinamento de reciclagem para os profissionais
vindos, através de transferência, de outra unidade. Esta solicitação deverá ser feita via
sistema ao setor de RH da unidade. Esta reciclagem poderá ser ministrada pelo profissi-
onal habilitado da unidade (ver definição de profissional habilitado) ou através de profis-
sional terceirizado.

Medicina do trabalho:
→ É de responsabilidade do profissional da área de Medicina do Trabalho indicar ao setor
de RH os exames complementares necessários para os profissionais autorizados de
acordo com as atividades desenvolvidas como, por exemplo, exames físicos para de-
senvolvimento das atividades específicas, trabalho em altura, trabalho em espaço confi-

50
nado, trabalho sob tensão elétrica. O objetivo destes exames deve ser identificar possí-
veis doenças ou características profissionais que impeçam o profissional autorizado a
executar determinada tarefa por representar um risco de acidente grave e. Como exem-
plos, podemos citar o profissional que sofre de claustrofobia que não poderá executar
trabalhos em espaço confinado, ou o profissional que sofre de acrofobia não poderá de-
senvolver trabalhos em altura. Outro exemplo que pode ser citado é o profissional que
possui alguma disfunção cardíaca e desenvolve suas atividades no sistema elétrico
energizado; sendo que esta disfunção pode ser agravada em caso de pequenos aciden-
tes de choque elétrico que normalmente não são registrados como acidentes e sim co-
mo “incidentes”.

Setor de programação de manutenção:


→ Emitir ordem de serviço para todas as atividades desenvolvidas no sistema elétrico da
Fabrica sa; encaminhando para assinatura da supervisão da área elétrica.
→ Preencher todos os campos da ordem de serviço de acordo com o PIE 30/0000-220/AV;
→ Identificar a necessidade da realização de analise de risco específica para a atividade;
→ Solicitar a elaboração da analise de risco da tarefa ao profissional eletricista designado
para a tarefa;
→ Solicitar ao supervisor da manutenção elétrica e ao setor de EHS a verificação e valida-
ção da analise de risco;
→ Anexar a analise de risco da tarefa a ordem de serviço;
→ Anexar os procedimentos técnicos ou de segurança a ordem de serviço;
→ Solicitar a assinatura do supervisor de manutenção na ordem de serviço;
→ Solicitar a elaboração de novos procedimentos técnicos ou de segurança ao supervisor
de manutenção/elétrica ou ao setor de EHS;
→ Armazenar a ordem de serviço e analise de risco para efeito de auditoria por no mínimo
06 (seis) meses e depois enviar para arquivo;
→ Ao receber a solicitação de manutenção identificar se a mesma exige atualização de
projeto, incluindo os esquemas unifilares. Gerando esta necessidade a solicitação deve-
rá ser encaminhada formalmente ao supervisor de manutenção que deverá providenciar

51
a atualização dos documentos e responsabilizar-se pela substituição dos documentos
atualizados neste PIE.
→ Fazer o controle da necessidade de elaboração dos laudos técnicos periódicos conforme
determina este PIE e seus procedimentos;

Setor de calibração e aferição:


→ Fazer o controle e rastreabilidade de todos os EPCs, EPIs e ferramentas existentes na
unidade com a finalidade de isolação elétrica. Para tanto deverá ser elaborado docu-
mento para registro e controle de cada EPC, EPI e ferramenta. Este documento deverá
ser armazenado no setor de calibração e aferição e estar disponível a qualquer tempo
para consulta dos profissionais autorizados, do setor de EHS e do supervisor de manu-
tenção. Os requisitos de ensaios constam nos procedimentos específicos para os EPCs,
EPIs e ferramentas. PIE 23/0000-220/AV, PIE 24/0000-220/AV e PIE 25/0000-220/AV
respectivamente. Segue em anexo, no item específico sobre EPIs, EPCs e ferramentas
o modelo do documento para controle dos testes e ensaios destes equipamentos, de-
nominado PIE-24/0010-220/AV.
→ Inutilizar e descartar com destino correto os equipamentos não aprovados nos ensaios
realizados nos laboratórios e/ou testes visuais efetuados.
→ Informar com antecedência mínima de uma semana ao supervisor de manutenção e
EHS o envio dos materiais para laboratório, de forma que possam ser providenciados os
equipamentos de substituição.

Profissionais autorizados:
→ Atender e executar todos os requisitos normativos para atendimento da NR-10 conforme
determina este PIE.
→ Informar a seu superior hierárquico sempre que identificar uma situação de risco;
Conforme item 10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas
ações ou omissões no trabalho;

52
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regula-
mentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que conside-
rar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

a) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho;
O item “responsabilidades” consta no Anexo II (treinamento) desta NR e, portanto deverá sem-
pre ser abordado e transmitido aos profissionais a necessidade de atenção no desenvolvimento
de suas atividades, em suas ações ou omissões que possam implicar em negligência, impru-
dência ou imperícia. Zelando tanto pela sua segurança e saúde como de outras pessoas ou
mesmo pelas instalações da empresa. Podendo, em caso de danos ou acidentes, o profissional
responder na esfera civil e criminal.

b) Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e re-
gulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
É de responsabilidade dos profissionais cumprir as disposições legais estabelecidas pelas
normas técnicas, pelos regulamentos ou mesmo pelas normas internas da empresa.

Inclui-se aqui:
− Iniciar a tarefa somente mediante ordem de serviço;
− Preencher a analise de riscos corretamente;
− Executar as atividades sempre mediante a utilização dos procedimentos técnicos;
− Ler a analise de risco antes de iniciar a tarefa;
− A conversa entre os profissionais da equipe antes do desenvolvimento da tarefa abor-
dando a tarefa a ser executada, seus riscos, medidas de controle adotadas e o proce-
dimento a ser seguido;
− A utilização do EPC, EPI e da ferramenta adequada;
− A utilização correta do EPC, EPI e da ferramenta;
− A imediata comunicação de qualquer situação de risco observada na unidade;

53
− A execução do direito de recusa quando da existência de situação que coloque em risco
grave e iminente qualquer profissional autorizado da equipe;
− Participar atentamente dos DDS, treinamentos e reuniões realizadas;

c) Comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que


considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

O item antecede o item correspondente ao direito de recusa. Desta forma, antes da execução
do direito de recusa, deverá o profissional solicitar a presença do responsável pela execução
da tarefa, ou seja, que assinou a ordem de serviço. Caso a situação ou condição de risco per-
maneça, o profissional executor da tarefa deverá preencher o documento PIE 11/0000-220/AV
- Direito de Recusa. Para complementação das informações sobre direito de recusa, ver item
específico sobre o assunto neste PIE.

Os documentos com informações pessoais, pertencentes ao prontuário das instalações elétri-


cas ficarão com acesso restrito e exclusivo ao setor de RH da unidade.

A partir deste documento fica proibida a execução de atividades no sistema elétrico por profis-
sional vindo transferido de outra unidade sem passar por treinamento de reciclagem na unida-
de de destino.

Atenção especial para a contratação de profissionais que efetuam serviços diversos em subes-
tações e/ou salas elétricas com o sistema energizado ou executam serviços de outra natureza
dentro da zona controlada. Estes profissionais devem atender os requisitos de Capacitação,
Qualificação e Habilitação desta norma.

Para os serviços de limpeza realizados em ambientes como salas de painéis, corredores de


subestações; este serviços somente poderão ser executados se acompanhados de um profis-
sional autorizado da Fabrica sa.

54
As atividades de serviços gerais desenvolvidas dentro da zona controlada (sistema energizado)
somente poderão ser desenvolvidas por profissionais autorizados. Se o sistema estiver dese-
nergizado em todo o ambiente, a atividade poderá ser desenvolvida por um profissional não
autorizado.

O procedimento de desenergização SEMPRE deverá ser executado por profissional autorizado


da Fabrica sa.

Conforme item 10.13.2; é de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores infor-


mados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medi-
das de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

Desta forma, entende-se que é de responsabilidade da Fabrica sa manter os trabalhadores in-


formados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e me-
didas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. Para o atendimento deste requi-
sito, todos os profissionais da área elétrica já passaram pelo treinamento básico e conforme
planos de treinamentos elaborados pelo setor de RH deverão receber também o treinamento
complementar assim como os específicos necessários de acordo com os riscos elétricos e adi-
cionais envolvidos. Ver item específico que trata dos treinamentos.

Estes itens serão objeto de auditoria anual.

55
11. MEDIDAS DE CONTROLE

Conforme item 10.2.2; as medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciati-
vas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do
trabalho.

Para atendimento da NR10 estão sendo implantadas medidas de controle do risco elétrico
complementar como:
→ Treinamento dos gestores envolvidos no processo de implantação da NR10;
→ Analise de Risco;
→ Ordem de serviço;
→ Procedimentos técnicos para alta e baixa tensão;
→ Procedimentos de segurança;
→ Procedimentos de resgate;
→ Procedimentos de sinalização;
→ Programa de bloqueio;
→ Procedimento de desenergização/reenergização para alta e baixa tensão;

56
→ Procedimento para investigação de acidentes;
→ Programa de proteção contra quedas;
→ Programa para acesso de espaço confinado;
→ Programa de resgate em espaço confinado;
→ Procedimento para trabalho em área classificada;
→ Guia de serviços para empreiteiros;
→ Contratação de serviços temporários;
→ Controle de acesso de terceiros;
→ Procedimento de autorização dos profissionais da área elétrica;
→ Procedimento de identificação dos profissionais da área elétrica;
→ Comunicação dos riscos envolvidos;
→ Procedimento para exercer o direito de recusa;
→ Processo para investigação de acidentes;

Para obter um programa eficaz de saúde e segurança no trabalho e conforme a NR-10; as me-
didas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da
preservação da segurança, saúde e do meio ambiente do trabalho, em particular, ao Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA estabelecido na NR-9; o Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR 7 e ao plano de emergência – PAE da
unidade.

A elaboração do PPRA e do PCMSO deve analisar os riscos envolvidos e a necessidade dos


treinamentos de acordo com as atividades desenvolvidas pelos profissionais autorizados da
área elétrica. Assim como estabelecer os exames complementares necessários para os profis-
sionais autorizados de acordo com as atividades desenvolvidas por estes profissionais (traba-
lho em altura, espaços confinados, áreas classificadas).

Outra forma de integração foi obtida através da revisão do Plano de Atendimento de Emergên-
cia – PAE de cada unidade já existente e implantado, inserindo os cenários possíveis de aci-
dente com energia elétrica e os métodos de resgate.

57
Foi efetuado levantamento na unidade identificando os cenários de risco elétrico que necessi-
tam de procedimento de atendimento e resgate. Este levantamento foi efetuado durante a im-
plantação do prontuário na unidade. Foi desenvolvido e elaborado o plano de atendimento a
emergências para cada cenário identificado e estabelecido os equipamentos necessários para
executar os resgates. Para viabilizar a implementação do sistema de atendimento e resgate a
acidentados foram introduzidos temas específicos para treinamentos como primeiros socorros,
combate a incêndios, resgate em altura e espaço confinado.

Para complementação das informações sobre os treinamentos ver item específico sobre o tema
e na seção dos anexos deste PIE o escopo mínimo destes treinamentos.

Para complementação das informações referente ao PAE ver item específico referente ao “pla-
no de emergência” constante neste prontuário.

Outra medida de controle do risco adotada será com a implementação do PIE 13/0000-220/AV
– Comunicação dos riscos envolvidos referente a energia elétrica.

É obrigatório a utilização deste procedimento em toda a integração realizada com os tra-


balhadores, seja com funcionários próprios para trabalhar no setor de produção, manutenção,
administrativo, etc; seja com funcionário de empresas terceirizadas que desenvolverão serviços
temporários dentro das instalações da Fabrica sa nas mais diversas áreas.

A última pagina deste documento está reservada para o “protocolo de recebimento das instru-
ções”. Esta folha deverá ser preenchida pelo profissional que recebeu a informação e arquiva-
da no setor de EHS conforme sistemática atual.

O modelo do PIE 13/0000-220/AV – Comunicação dos riscos envolvidos referente a energia


elétrica segue em anexo após a descrição deste item.

58
12. AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS

Conforme item 10.8.4; são considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capaci-


tados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.

Conforme item 10.8.8.1; a empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhado-
res capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com
avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR.

Conforme item 10.11.5; a autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o
treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR.

Para atendimento deste requisito foi estabelecido procedimento de autorização conforme do-
cumento PIE 07/0000-220/AV - Autorização para Trabalho -Seara para funcionários próprios da
Fabrica sa e PIE 08/0000-220/AV - Autorização para Trabalho –Terceiros. Sendo o primeiro
específico para os funcionários da Fabrica sa e o segundo para funcionários de empresas con-
tratadas para serviços temporários, denominados terceirizados.

59
Todos os profissionais da Fabrica sa assim como os profissionais de empresas contratadas
(terceiros) que executam suas atividades em ou para o sistema elétrico deverão receber autori-
zação formal da Fabrica sa conforme procedimento citado acima e modelo apresentado em
anexo na sequencia deste item.

No item “anexos” deste PIE, na seção “Autorização dos Profissionais – Fabrica sa” e na seção
“Autorização dos Profissionais – Terceiros” deverá ser preenchida a relação com o nome dos
profissionais que receberão a autorização formal da Fabrica sa. Cada nome corresponderá a
um código (número) seqüencial desta relação e este número deverá constar na autorização
para controle interno do RH.

A autorização de cada trabalhador deve ter a abrangência segundo o seu conhecimento, trei-
namento e interesse do empregador. A autorização está acompanhada da responsabilidade em
autorizar, desta forma, o item é complementado pelo 10.13.1 desta mesma norma; aplicando
também a terceiros.

Para que a empresa emita a autorização dos profissionais que desenvolvem suas atividades no
setor elétrico é imprescindível o atendimento na íntegra dos itens 10.8.8 e 10.8.8.1.

No enceramento do contrato do profissional autorizado com a Fabrica sa a sua autorização de-


verá ser cancelada. Este cancelamento deverá ser feito com a utilização de um carimbo com
inscrição de “CANCELADO”, a data do cancelamento e visto do supervisor da área elétrica so-
bre a autorização. Este documento deverá ser arquivado junto com os demais documentos
deste profissional por um período mínimo de 05 anos.

ATENÇÃO:
A autorização emitida é válida apenas para a unidade base do profissional. Se este profissio-
nal, por transferência ou cedido temporariamente executar suas atividades em outra unidade, a
unidade que recebe este profissional deverá emitir nova autorização de trabalho. Neste caso a

60
solicitação para emissão da autorização deverá ser feita pelo supervisor de manutenção direto
ao setor de RH.

Para complementação das informações sobre profissionais capacitados, qualificados e habilita-


dos, ver item referente a “treinamentos” neste documento.

O controle da documentação de autorização é de responsabilidade do setor de RH.

Esta autorização deverá ser emitida antes de iniciar qualquer atividade realizada no sistema
elétrico com a contratação de empresas terceirizadas. Na autorização de serviços temporários
deverá constar data início e término da autorização emitida. Para os funcionários de empresas
terceirizadas, conforme consta no procedimento PIE 29/0000-220/AV – Check List de Docu-
mentos para Contratadas; deverá ser exigida também a autorização emitida pela empresa na
qual este profissional possui o sistema de registro. O modelo deste procedimento encontra-se
em anexo a este PIE no item “responsabilidades”. O controle desta documentação é de res-
ponsabilidade do departamento de compras em conjunto com o gestor de contratos.

Este item será objeto da auditoria anual.

61
13. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS AUTORIZADOS

Conforme item 10.8.4; são considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capaci-


tados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.

Conforme item 10.8.5; a empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a
qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item
10.8.4.

Para atendimento deste requisito o sistema de identificação estabelecido para Fabrica sa será
conforme procedimento PIE 12/0000-220/AV - Procedimento de Identificação anexado na se-
quencia deste item. Este procedimento contempla a identificação dos funcionários próprios da
Seara e a identificação de funcionários de empresas prestadoras de serviço.

Para os profissionais autorizados da Fabrica sa a identificação será bordada e deve ficar sobre
a manga esquerda da camisa.

Para os profissionais que desempenham suas atividades em ou para o sistema elétrico da Fa-
brica sa, vindas de empresas contratadas para serviços temporários a identificação será execu-

62
tada através de abraçadeira com a identificação que deverá ser utilizada em tempo integral en-
quanto desempenham suas atividades nas instalações da Fabrica sa.

Para os funcionários da Fabrica sa a identificação deverá ser solicitada pelo supervisor da área
elétrica ao setor de RH da unidade. Para os profissionais de serviços temporários (contratados
ou terceirizados), o gestor de contrato deverá solicitar a identificação após analise da documen-
tação e preenchimento do documento PIE-29/0000-220/AV e conforme descrito no item “res-
ponsabilidades”.

O setor de RH somente poderá entregar a identificação mediante o atendimento na íntegra dos


itens 10.8.1, 10.8.2 ou 10.8.3 e os itens 10.8.4, 10.8.6, 10.8.7, 10.8.8 dos quais o controle de
documentação é de responsabilidade do setor de RH.

Necessitando de substituição da identificação danificada a mesma deverá ser entregue no ato


do recebimento da nova. A identificação danificada deverá ser descartada pelo setor de RH.

Em caso de perda da identificação, o setor de RH deverá ser comunicado imediatamente.

Esta identificação deverá ser usada sempre de forma visível e legível.

Cabe a empresa manter o sistema em perfeito funcionamento e uso, mantendo o controle de


eventuais abusos.

No ato da entrega da identificação aos profissionais da Fabrica sa deverá ser promovido trei-
namento com entrega de documento formal com descrição da finalidade, abrangência e res-
ponsabilidades de cada profissional. Este documento deverá ser emitido em duas vias assina-
das pelo funcionário, pelo responsável pela área elétrica, e pelo EHS. Ficando uma via com o
profissional e a outra deverá ser anexada a ficha de documentos sob responsabilidade do setor
de RH.

63
Para os profissionais contratados para serviços temporários esta identificação deverá ser en-
tregue imediatamente após a realização da integração; devendo constar na formalização da
integração também o recebimento da identificação. Estes profissionais, no término do expedi-
ente de cada dia deverão entregar a identificação na portaria. Nenhum profissional de serviços
temporários poderá sair do pátio da Fabrica sa sem entregar esta identificação.

O responsável pelo setor de manutenção elétrica deverá diariamente verificar e supervi-


sionar o uso da identificação pelos profissionais da área elétrica. Assim como supervisi-
onar a abrangência da autorização dos profissionais.

O setor de EHS também deverá exercer a supervisão diária quanto ao atendimento do


desenvolvimento das atividades conforme autorização emitida pela empresa para os pro-
fissionais que desenvolvem suas atividades no setor elétrico. É de responsabilidade do
setor de EHS verificar semanalmente o estado de conservação das identificações que se
encontram na portaria.

Após o término do contrato o responsável pelo controle de acesso deverá encaminhar


estas identificações (braçadeiras) para o setor de RH.

Em caso de descumprimento no uso da identificação ou na exorbitância no desenvolvimento de


suas atividades em relação a autorização recebida, o profissional ficará sujeito as sanções es-
tabelecidas pela Fabrica sa, como suspensão temporária das atividades ou desligamento defi-
nitivo da empresa (demissão por justa causa).

Este item será objeto da auditoria anual pela da Fabrica sa;

64
14. ORDEM DE SERVIÇO

A NR-10 estabelece a obrigatoriedade do uso de instrumento para controle da execução dos


serviços conforme itens transcritos na integra abaixo.

Conforme item 10.7.4; todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aquelas que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço es-
pecífica para data e local, assinada por superior responsável pela área.

Conforme item 10.11.2; os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens
de serviço especificas aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a
data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados.

Toda e qualquer solicitação de serviços, seja na BT ou AT, antes de sua execução deverá pas-
sar pela programação de manutenção para a emissão de uma ordem de serviço. Fica proibida
a execução de qualquer serviço no sistema elétrico sem emissão de ordem de serviço.

A programação de manutenção deverá receber a solicitação de serviço das áreas. Esta solici-
tação poderá ser via telefone, rádio, mídia digital, verbalmente ou via escrita. Na sequencia a
programação de manutenção deverá solicitar a analise de risco da tarefa ao profissional desig-
nado para execução da atividade, este por sua vez deverá solicitar ao supervisor da área elétri-
ca (ou responsável) em conjunto com o EHS validar e assinar a analise de risco. Recebendo a
analise de risco assinada, a programação de manutenção deve anexar o procedimento técnico
e/ou de segurança para posteriormente emitir a ordem de serviço.

65
O documento que atende a este requisito encontra-se em anexo na sequencia deste documen-
to e será denominado PIE 30/0000-220/AV. Toda ordem de serviço deverá ser acompanhada
pela analise de risco.
Toda ordem de serviço deverá ser assinada pelo responsável da área elétrica. Este responsá-
vel não poderá assinar a ordem de serviço se não existir uma analise de risco e o procedimento
técnico ou de segurança.

A analise de risco deverá sempre ser preenchida ANTES da assinatura da ordem de serviço.

A responsabilidade pela supervisão do atendimento deste item é do supervisor de manutenção


e do EHS.

O modelo foi desenvolvido a partir da ordem de serviço já existente e utilizada na Fabrica sa,
fazendo suas adequações para atendimento do item 10.11.2.

Sempre que a programação de manutenção emitir um planejamento de manutenção deve ge-


rar a ordem de serviço. E somente poderá entregar o planejamento de manutenção para o(s)
profissional(s) autorizado(s) com a ordem de serviço assinada pelo profissional autorizado e
responsável pela área, juntamente com a analise de risco preenchida e o procedimento técnico
ou de segurança para a execução da tarefa.

Na ordem de serviço emitida pelo responsável da área elétrica deverá constar o código do pro-
cedimento técnico ou de segurança a ser utilizado para a execução da tarefa.

O atendimento deste requisito é complementado pelo atendimento do item 10.11.2.

A ordem de serviço somente poderá ser assinada se acompanhada dos documentos:


→ Analise de risco;
→ Procedimento de trabalho e/ou
→ Procedimento de segurança;

66
Quando emitida a ordem de serviço, a programação de manutenção deverá identificar se a in-
tervenção solicitada exige a atualização do projeto, incluindo os esquemas unifilares. Se ne-
cessária a atualização de projeto, a programação de manutenção deverá encaminhar a solici-
tação ao supervisor de manutenção sempre via sistema, registrando a solicitação.

Para complementação das informações sobre atualização de projeto e esquemas unifilares, ver
item específico sobre o assunto neste documento.

A ordem de serviço deverá informar se o trabalho será realizado no SEP.

Conforme item 10.11.6; toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condi-
ções de exercer a supervisão e condução dos trabalhos.

Para atender este requisito normativo, toda ordem de serviço emitida deverá indicar um de
seus participantes em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos. Este pro-
fissional deverá exercer a supervisão e condução no local de execução da tarefa. O modelo da
ordem de serviço prevê item específico para preenchimento e atendimento desta demanda.

Desta forma, o profissional indicado para exercer a supervisão e condução dos serviços duran-
te a execução da tarefa deverá participar efetivamente dos serviços realizados. Não será per-
mitida que um mesmo profissional seja o supervisor de duas equipes simultâneas. Mesmo que
as duas equipes trabalhem na mesma obra.

O profissional responsável pela assinatura da ordem de serviço deverá participar do processo


de investigação no procedimento do direito de recusa. Ver item específico referente ao direito
de recusa.

A emissão de ordem de serviço será ser objeto da auditoria anual.

67
15. ANALISE DE RISCO

Conforme item 10.2.1, em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técni-
cas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

A implantação da analise de risco deverá ter a participação direta e o acompanhamento do


EHS da unidade.

Este documento deve anteceder a ordem de serviço, sendo o seu preenchimento é condição
exclusiva para a autorização formal da execução da tarefa através da ordem de serviço. O mo-
delo da analise de risco, denominada PIE 06/0001-220/AV - Analise de Risco encontra-se em
anexo na sequencia deste item.

O setor de programação de manutenção, ao receber a solicitação de serviço deverá solicitar ao


profissional eletricista que será responsável pela execução da tarefa o preenchimento da anali-
se de risco. Após o seu preenchimento o supervisor de manutenção e o profissional de EHS
devem validar esta analise de risco, assinando o documento.

Com a validação da analise de risco o responsável da área elétrica pode assinar a ordem de
serviço, autorizando a execução da tarefa.

O documento de analise de risco por definição é um documento específico da área de segu-


rança do trabalho, porém a analise de risco que se objetiva na NR-10 visa identificar também
os riscos de uma área específica que é a eletricidade.

Como a energia elétrica apresenta riscos específicos em função das características técnicas de
cada instalação; o preenchimento da analise de risco deverá ser efetuado pelo profissional da
área elétrica com o suporte do profissional do EHS da unidade. Sendo que o profissional de

68
cada área deverá analisar e contribuir objetivando a identificação de todos os riscos presentes
para a definição dos EPCs, EPIs e ferramentas necessárias e desta forma garantir a saúde e
segurança dos profissionais que deverão executar a tarefa.

A elaboração da analise de risco das atividades que intervêm nas instalações elétricas deverá
levar em consideração, além dos riscos elétricos, todos os riscos adicionais à atividade referi-
da. Podemos citar como exemplos de riscos adicionais: trabalho em altura, umidade, poeiras,
produtos químicos, ruído, espaço confinado, áreas classificadas, fauna, flora, calor, riscos er-
gonômicos. Para as atividades com risco adicional de “trabalho em altura”, a analise de risco
deverá ser desenvolvida a partir do formulário padrão EHS004 – Analise de Tarefa em Altura,
atualmente já utilizado pela Fabrica sa e de conhecimento de todos. O modelo deste formulário
encontra-se em anexo após a descrição do item riscos adicionais.

Os profissionais responsáveis pela execução de manutenção das instalações elétricas e res-


ponsáveis pelo preenchimento da analise de risco deverão receber treinamento específico para
a atividade. A área de EHS de cada unidade deverá desenvolver a elaboração de um livro tipo
manual de bolso com as orientações básicas para o preenchimento da analise de risco. Este
manual de bolso deverá ser utilizado nos treinamentos dos profissionais da área responsáveis
pelo preenchimento das analises de risco e distribuído aos profissionais possibilitando a consul-
ta, se necessário, durante o preenchimento do documento.

As analises de risco elétrico, espaço confinado, trabalho em altura, áreas classificadas, proce-
dimentos técnicos ou de segurança ou outros riscos adicionais deverão sempre acompanhar a
ordem de serviço e estar junto com o eletricista no local de execução da tarefa.

Na seção “anexos” deste PIE encontra-se um formulário com a relação das analises de risco
elaboradas no sistema elétrico durante a elaboração deste PIE como modelos.

Uma analise de risco pode ser revalidada uma única vez, em situações de troca de turno. Salvo
esta situação, deverá ser efetuada a analise de risco em cada nova atividade.

69
Após a conclusão da tarefa, a ordem de serviço e a analise de risco devem ser grampeadas e
entregues ao supervisor de manutenção ou programador de manutenção para dar baixa no
sistema da tarefa e posteriormente arquivar os documentos.

Conforme item 10.6.4; sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a en-
trada em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente
elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos pro-
cedimentos de trabalho.

Sempre que a programação de manutenção juntamente com a engenharia receber a solicita-


ção para instalação de novos equipamentos deverá solicitar ao supervisor da manutenção elé-
trica a elaboração de analise de risco do equipamento e a elaboração do procedimento técnico
e/ou de segurança para execução de manutenção elétrica.

Este processo deverá ser realizado com o sistema desenergizado e, portanto deverá ser a
atendido conforme o item 10.5 da NR-10, ou seja, atender ao procedimento de desenergização
conforme PIE 04/0000-220/AV - Procedimento Desenergização - BT e PIE 05/0000-220/AV -
Procedimento Desenergização - AT.

O atendimento deste requisito é complementado pelo atendimento do item 10.2.1 da NR-10.

Conforme item 10.11.8; a alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das ta-
refas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saú-
de no trabalho.

É de responsabilidade do supervisor de manutenção em conjunto com o EHS elaborar a anali-


se de risco para as alternâncias de atividades.

70
A alternância de atividades deverá ser observada também quando o profissional autorizado de
uma unidade é transferido para atividades temporárias em outra unidade. É de responsabilida-
de do supervisor de manutenção e da área de EHS da unidade que recebem este profissional
transferido, a supervisão de atendimento deste requisito.

Conforme item 10.14.6; esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-
baixa tensão.

A extra baixa tensão também conhecida como tensão de segurança é definida pela NR-10 co-
mo a tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua,
entre fases ou entre fase e terra.

A NR-10 definiu os limites máximos da EBT; porém, conforme NBR5410 a extra baixa tensão
terá seus níveis de tensão definidos em função das influências externas; que na NR-10 são
desconsiderados. Assim, os limites de tensão da EBT devem ser estabelecidos levando em
consideração as influências externas conforme prevê a NBR5410 em seu anexo C e não ape-
nas pela NR-10. Tal decisão esta fundamentada no item 10.1.1 da NR-10.

10.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas


objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam
em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

A definição dos limites da extra baixa tensão deverá ser do profissional responsável pela área
da engenharia elétrica.

Na analise de risco deverá ser levado em consideração as influências externas e desta forma
determinar o limite da EBT deste ambiente ou instalação. A partir desta analise de risco será
determinado se existe a necessidade de atendimento dos requisitos da NR-10 ou não. Esta

71
analise de risco deverá ser elaborada pela área de manutenção elétrica. Para fundamentação
técnica deverá ser utilizada NBR5410.

Atenção especial deverá ser dada as instalações elétricas internas no frigorífico em função da
presença da umidade e baixas temperaturas.

As atividades desenvolvidas em instalações ou equipamento alimentadas com EBT não neces-


sitam do atendimento dos requisitos da NR10. Caso estes circuitos estejam instalados nas pro-
ximidades, ou seja, dentro da zona controlada, de circuitos alimentados por baixa ou alta ten-
são; mesmo que alimentados em extra-baixa tensão devem ser contemplados com o atendi-
mento de todos os requisitos da NR-10.

72
16. PROCEDIMENTOS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS

Conforme determina o item 10.2.4; a) a empresa deverá providenciar e anexar ao prontuário


das instalações elétricas o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas
de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de con-
trole existentes;

Este item é atendido a medida que os documentos apresentados são anexados ao PIE.

Compõem o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e


saúde, bem como medidas de controle pertencentes a este PIE:
1) Controle de documentação;
2) Autorização para trabalho – Fabrica sa;
3) Autorização para trabalho – Terceiros;
4) Procedimento de identificação;
5) Direito de recusa;
6) Investigação de acidentes;
7) Padrão de sinalização;
8) Ordem de serviço;
9) Analise de Risco;
10) Ordem de serviço especial;
11) Contrato de compra;
12) Treinamento gestores – responsabilidade civil criminal e administrativa no âmbito da
NR-10;
13) Comunicação dos riscos envolvidos;
14) Procedimentos de resgate;

73
15) Procedimentos técnicos;
16) Procedimentos de segurança;
17) Condições mínimas para projetos, instalações e equipamentos;
18) Plano de atendimento a emergências;
19) Guia de segurança para empreiteiros;
20) Contratação de serviços de terceiros;
21) Programa de proteção contra quedas;
22) Programa de bloqueio;
23) Programa de espaço confinado;
24) Escopo mínimo para treinamentos;

Conforme determina o item 10.2.5; as empresas que operam em instalações ou equipamentos


integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item
10.2.4 e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados:
a) descrição dos procedimentos para emergências;

No caso da Fabrica sa, a aplicação do conceito do SEP se estende até a medição de energia
elétrica da concessionária na unidade inclusive. Ao executar qualquer atividade no sistema elé-
trico, desde a derivação da rede da concessionária até a medição deverá ser elaborado o pro-
cedimento para atendimento das situações de emergência que a execução da atividade pode
proporcionar. Este procedimento deverá ser anexado a ordem de serviço e o responsável por
executar a supervisão da tarefa, com a função de condução dos trabalhos (conforme item
10.11.6) deverá abordar o procedimento de resgate com a equipe antes do início das ativida-
des. Este procedimento antes do inicio da execução da tarefa complementa o atendimento do
item 10.7.5.

Conforme item 10.2.5.1; as empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elé-
trico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item
10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5.

74
Consideram-se trabalhos nas proximidades do sistema elétrico de potência os trabalhos reali-
zados dentro da zona controlada de acordo com o nível de tensão no local da tarefa.

Considerando o nível de tensão nominal de 380V o limite da zona controlada deverá ser consi-
derado de 0,70m.

Considerando o nível de tensão nominal de 13.800V o limite da zona controlada deverá ser
considerado de 1,38m.

Deverá ser consultado o relatório técnico das instalações elétricas da unidade anexo ao PIE
para verificação das distâncias de segurança determinadas pelo estudo de energia incidente na
ocorrência de arco elétrico delimitando espaços seguros para zona de risco e zona controlada.
Deverá sempre ser considerada a maior distância determinada entre o estudo de energia inci-
dente e o nível de tensão do anexo II da NR-10.

Considerando a definição de zona controlada, a mesma somente existe com o sistema elétrico
estiver energizado. Estas distâncias são aproximadas e devem ser consideradas como míni-
mas para uma condição segura, deverão ser observadas visualmente, sem a utilização de ins-
trumento de medição.

Cabe ao responsável pela analise de risco, validação da analise de risco e liberação da ordem
de serviço, a avaliação do nível de segurança oferecido por esta condição mínima. Se necessá-
rio, esta distância deverá ser aumentada ou o sistema desenergizado. Preferencialmente os
trabalhos devem ser realizados com o sistema desenergizado.

Conforme determina o item 10.2.8.1; em todos os serviços executados em instalações elétricas


devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, me-
diante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores.

75
Conforme princípios básicos da engenharia de segurança do trabalho, a execução de qualquer
tarefa deverá priorizar o uso dos equipamentos de proteção coletiva.

Esta prioridade deverá ser observada na analise de risco para a determinação das medidas de
controle dos riscos e especificação das medidas de segurança a adotar.

Conforme determina o item 10.5.1; somente serão consideradas desenergizadas as instalações


elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a se-
qüência abaixo:
a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização;
c) constatação da ausência de tensão;
d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); e
f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

O atendimento deste requisito é obtido através da implantação e adoção do programa de blo-


queio já existente e denominado EHS–D6 e através do procedimento de desenergização de-
nominado PIE 04/0000-220/AV - Procedimento de desenergização - BT e PIE 05/0000-220/AV
- Procedimento de desenergização - AT.

A etiqueta de sinalização que complementa o processo de desenergização (ou aplicação do


bloqueio) deverá possuir numeração seqüencial conforme modelo apresentado no PIE
05/0000-220/AV – Padrão de sinalização NR10. Como este número seqüencial deve constar
no cartão principal e na parte destacável que ficará com o executor da tarefa, todo trabalhador
que utilizar este carão deverá conferir se os números do cartão estão corretos e iguais.

Sempre que durante uma manutenção houver necessidade de desativar/desabilitar temporari-


amente os dispositivos de segurança como sensores, cabos de segurança, botões de emer-
gência, alarmes, outros; deverá ser fixada no local do botão de emergência ou sistema de se-

76
gurança a etiqueta específica para esta finalidade conforme consta no PIE 05/0000-220/AV –
Padrão de sinalização NR10.

Nos casos em que o responsável pelo bloqueio por algum motivo se ausentar da unidade, an-
tes de remover o bloqueio, o supervisor da área de manutenção deverá preencher o formulário
EHS 005 – Remoção de Bloqueio. Somente o supervisor de manutenção possui autorização
para preenchimento deste documento.

O documento EHS 005 – Remoção de Bloqueio encontram-se em anexo na sequencia da des-


crição deste item.

O programa EHS–D6 encontram-se em anexo na sequencia da descrição deste item.

Os documentos PIE 04/0000-220/AV e PIE 05/0000-220/AV encontram-se em anexo na se-


quencia da descrição deste item.

O sistema somente poderá ser considerado desenergizado, se todos os itens descritos acima e
constantes nos procedimentos de desenergização forem atendidos.

Caso um dos itens não for aplicável, ou em função das características técnicas da instalação
não seja possível sua execução; o sistema deverá ser considerado energizado conforme cons-
ta no item 10.5.4. E consequentemente todas as medidas de controle e segurança adotadas,
como EPCs, EPIs e ferramentas deverão ser especificadas prevendo o sistema energizado.

Em caso de violação dos procedimentos de desenergização, os seus executores estarão sujei-


tos as normas administrativas da Fabrica sa que podem variar desde suspensão temporária
das atividades ao desligamento definitivo do profissional.

77
O procedimento de desenergização dos circuitos SOMENTE poderá ser executado por profis-
sionais da Fabrica sa. Nenhum profissional de serviços temporários (terceirizado) poderá exe-
cutar o processo de desenergização.

O supervisor de manutenção NÃO poderá conceder uma autorização de serviços para terceiros
se envolver a execução de desenergização.

Em casos em que o procedimento de desenergização não pode ser implantados e/ou atendi-
dos na sua totalidade, o profissional Habilitado da área da engenharia elétrica deverá preen-
cher o documento PIE 22/0000-220/AV – Formulário de não atendimento procedimento de de-
senergização.

Conforme consta no item 10.5.4; os serviços a serem executados em instalações elétricas des-
ligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao
que estabelece o disposto no item 10.6.

No contexto da NR-10 não existe o conceito de trabalho em circuito energizado, desenergizado


ou desligado. Existe apenas o conceito de trabalho em circuito energizado ou desenergizado.
O item 10.5.4 reforça este entendimento quando afirma que o trabalho em um circuito desliga-
do, onde não foi possível atender e implantar todas as etapas da desenergização, este deverá
ser considerado como energizado. Como exemplo, podemos citar um circuito seccionado atra-
vés de uma chave seccionadora e esta chave não possui dispositivo para aplicação de um blo-
queio mecânico; desta forma, este circuito poderá ser reenergizado a qualquer momento. Neste
caso do exemplo; este trabalho deverá ser executado com todas as medidas de segurança ne-
cessárias para um trabalho com circuito energizado, mesmo estando seccionado (desligado).
Entenda-se por medidas de segurança os EPCs, EPIs e ferramentas necessárias para um tra-
balho no sistema energizado.

78
Conforme determina o item 10.5.2; o estado de instalação desenergizada deve ser mantido até
a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de pro-
cedimentos abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reen-
ergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e
e) destravamento se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

A autorização para reenergização somente poderá ser concedida pelo executor da tarefa. A
sistemática deverá seguir conforme descrito a seguir:

A. Se o executor da tarefa NÃO É o mesmo profissional que executa o processo de


desenergização.
I. O profissional autorizado e responsável por executar a desenergização do sistema e/ou
circuito executa o procedimento;
II. Esta etapa (desenergização) deverá ser acompanhada pelo executor da tarefa equiva-
lente a ordem de serviço recebida;
III. O executor da tarefa deverá aplicar também o seu bloqueio mecânico junto com o blo-
queio do responsável pela desenergização. Mas somente após todo o procedimento de
desenergização executado pelo profissional autorizado da Fabrica sa;
IV. O profissional autorizado e responsável por executar a desenergização do circuito deve-
rá destacar a etiqueta verde do cartão de sinalização para circuito energizado, preencher
os campos específicos e entregar ao executar da tarefa;
V. O executor da tarefa recebe o sistema de desenergizado. A formalização é registrada
através da entrega da etiqueta verde (destacável) do cartão de sinalização constante no
PIE 04/0000-220/AV - Procedimento Desenergização - BT ou PIE 05/0000-220/AV- Pro-
cedimento Desenergização - AT;
VI. Executar a tarefa;

79
VII. Informa a conclusão da tarefa ao responsável por reenergizar o sistema ou circuito;
VIII. Para formalizar a informação de “circuito pronto pra reenergizar” o executor da tarefa ne-
cessariamente deverá entregar de volta da etiqueta verde preenchendo os campos es-
pecíficos, anteriormente destacada do cartão de sinalização;
IX. A partir deste momento, o circuito está liberado para ser reenergizado;

B. Se o executor da tarefa É O MESMO profissional que executa o processo de dese-


nergização.
I. O executor da tarefa executa o procedimento de desenergização conforme procedimen-
to PIE 04/0000-220/AV - Procedimento Desenergização - BT ou o PIE 05/0000-220/AV -
Procedimento Desenergização - AT;
II. Executar a tarefa;
III. Executar o procedimento para reenergizar o circuito;

Conforme consta no item 10.5.3; as medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens
10.5.1 e 10.5.2 podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das
peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante
justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segu-
rança originalmente preconizado.

Em função das características particulares das instalações elétricas da unidade, poderão ocor-
rer situações em que não será possível executar todos os itens do procedimento de desenergi-
zação. Nestas situações, deverá ser envolvido o profissional habilitado autorizado e identificado
da área elétrica da Fabrica sa que deverá, mediante uso de documento formal conforme pa-
drão PIE 22/0000-220/AV – Não Atendimento Integral do Procedimento de Desenergização;
fazer a justificativa técnica do não atendimento do requisito. Deverá ainda informar neste do-
cumento que, está garantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado; ou seja,
garantindo o mesmo nível de segurança previsto com a adoção de todas as medidas.

80
O preenchimento e assinatura deste documento deverá necessariamente ocorrer antes do iní-
cio da execução da tarefa.

O modelo deste documento (PIE 22) consta em anexo na sequencia da descrição deste item.
Este formulário quando preenchido, deverá sempre seguir anexo a ordem de serviço.

Conforme determina o item 10.6.2; os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada de-
vem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no
Anexo I.

O anexo I (identificado como Anexo II) da NR-10 trata das distâncias que delimitam a zona de
risco, a zona controlada e a zona livre.

Conforme determina a norma, abaixo estão representadas estas distâncias para as tensões de
13.800V e 380V que representam a tensão de alimentação do sistema de energia da unidade e
a tensão de distribuição interna respectivamente.

Nível de tensão Zona de Risco Zona Controlada Zona livre


(Volts) (metros) (metros) (metros)
13800 0,38 1,38 a partir de 1,38
380 0,20 0,70 a partir de 0,70

As distâncias para os demais níveis de tensão constam no anexo III da NR-10. Na seção “ane-
xos” deste PIE encontra-se uma cópia na íntegra da NR-10 conforme publicada no DOU - Diá-
rio Oficial da União.

A determinação destas distâncias sempre deverá ser feita a partir do ponto energizado e con-
servador a favor da segurança.

81
Não é permitida a utilização de ferramentas condutoras para verificação desta distância reco-
menda-se que a determinação destas distâncias seja feita previamente com o sistema dese-
nergizado ou que seja feita apenas visualmente na impossibilidade da desnergização.

Nas instalações internas e fixas a distância da zona de risco e controlada serão demarcadas no
piso conforme procedimento de sinalização PIE 09/0000-220/AV - Padrão Sinalização NR 10 e
em concordância com o relatório técnico com o estudo e cálculo de energia incidente na ocor-
rência de arco elétrico. Sempre deve prevalecer a maior distância determinada. Para maiores
informações referente a sinalização de segurança deverá ser verificada a descrição no item
específico sobre o tema neste PIE.

Para as novas instalações ou equipamentos elétricos instalados (painéis, CCMs, banco de ca-
pacitores) esta sinalização deverá ser executada.

Serviços de manutenção do sistema de iluminação nos ambientes industriais somente poderão


ser executados fora do horário de expediente da produção, intervalos ou preferencialmente
nos finais de semana; entrando na programação de outras atividades de manutenção que nor-
malmente devem e já são desenvolvidos com os sistemas produtivos parados. Para tanto, cada
luminária do sistema produtivo deverá receber um número que identifica a luminária. Este nú-
mero deve estar fixado na parte inferior do corpo da luminária, de forma que fique facilmente
visível, legível e indelével conforme ilustração abaixo. Os supervisores de produção e o contro-
le de qualidade devem auxiliar no controle e necessidade de manutenção do sistema de ilumi-
nação, anotando a numeração de luminárias que necessitam de manutenção. Devem repassar
esta numeração para a programação de manutenção que deve efetuar a programação de ma-
nutenção com os profissionais da área elétrica.

82
Conforme determina o item 10.6.4; sempre que inovações tecnológicas forem implementadas
ou para a entrada em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser
previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e res-
pectivos procedimentos de trabalho.

É de responsabilidade do supervisor da área elétrica a manutenção para atendimento deste


requisito. Quando novos equipamentos elétricos instalados ou inovações tecnológicas imple-
mentadas, deverá ser elaborada uma analise de risco com o sistema desenergizado. Para ga-
rantir a eficiência desta analise de risco a mesma deverá ser elaborada pelo profissional habili-
tado da área elétrica em conjunto com o responsável da área de EHS.

Após a elaboração da analise de risco, deverá o responsável pela área elétrica, elaborar o pro-
cedimento técnico para execução de tarefas neste novo equipamento instalado.

Com a elaboração de novos documentos como analise de risco e procedimentos técnicos e/ou
de segurança deverá ser seguido a sequencia numérica iniciada no PIE 01/0000-220/AV - Con-
trole de documentos na planilha referente a “relação de ITs” (instruções técnicas) e “PIE
06/0000-220/AV Analise Preliminar de Risco”. Estas duas planilhas tratam das relações para
numeração e controle dos documentos.

Estes documentos deverão ser anexados a este prontuário.

83
Neste item, fica evidente a necessidade de manutenção e atualização deste PIE pelos profissi-
onais autorizados e responsáveis pelo sistema de gestão de saúde e segurança nas instala-
ções elétricas.

Conforme determina o item 10.7.5; antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o
superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma ava-
liação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a aten-
der os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicá-
veis ao serviço.

Conforme determina o item 10.7.6; os serviços em instalações elétricas energizadas em AT


somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assi-
nados por profissional autorizado.

Todo e qualquer trabalho desenvolvido no sistema elétrico energizado em alta tensão deverá
possuir procedimento técnico específico para a atividade.

O profissional responsável por exercer a supervisão e condução da equipe de trabalho, somen-


te poderá permitir o início das atividades se possuírem este procedimento técnico. Este mesmo
profissional deverá utilizar este documento, e passar os itens constantes no mesmo em conjun-
to com a equipe revisando as medidas de controle previstas analisando a sua eficiência e for-
ma de utilização. Este momento deverá ser utilizado para concentração da equipe de trabalho
que deve estar totalmente focada no desenvolvimento da tarefa e ciente dos riscos aos quais
vai estar exposta bem como as medidas de segurança que devem ser adotadas. Se neste mo-
mento o profissional responsável por exercer a supervisão e condução da equipe de trabalho
identificar falha no procedimento técnico e/ou de segurança que possa comprometer a saúde e
segurança dos demais integrantes da equipe; deverá ser exercido o direito de recusa previsto
nesta norma.

84
Para exercer o direito de recusa o profissional deverá utilizar o formulário identificado como PIE
11/0000-220/AV - Direito de Recusa. Para sistemática de implementação deste documento ver
item específico com descrição neste PIE.

Na seção de anexos deste PIE encontram-se os procedimentos técnicos e de segurança já de-


senvolvidos para a execução das tarefas conforme levantamentos realizados na unidade. Para
novas configurações e/ou novos cenários deverão ser elaborados novos procedimentos ou re-
visados os já existentes.
Conforme determina o item 10.7.7.1 os equipamentos e dispositivos desativados devem ser
sinalizados com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho
específico padronizado.

Os equipamentos desativados temporária ou definitivamente, mas que não são efetivamente


desinstalados eletricamente deverão ser sinalizados informando esta condição. O documento
padrão denominado PIE 09/0000-220/AV - Padrão Sinalização NR 10, prevê sinalização para
esta situação.

Esta sinalização deverá ser mantida enquanto este equipamento permanece nesta condição
podendo ser removida quando entrar em funcionamento normal ou quando eletricamente de-
sinstalados. Deve ser entendido “eletricamente desinstalado” a remoção do circuito que permite
o equipamento ser religado a qualquer momento.

A responsabilidade pela supervisão e manutenção para atendimento deste requisito é do su-


pervisor de manutenção.

Conforme determina o item 10.7.8; os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou


equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submeti-
dos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações
do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente.

85
Para especificação dos requisitos de ensaios e/ou testes dos EPCs, EPIs e ferramentas isolan-
tes ou equipados com materiais isolantes destinados ao trabalho em alta tensão deverá ser
consultado item específico deste tema neste PIE.

Como destaque, deve ser observado que na ausência de normas específicas nacionais ou in-
ternacionais ou ainda especificações do fabricante deverão ser estabelecidos procedimentos
internos pela Fabrica sa.

Conforme determina o item 10.11.1; os serviços em instalações elétricas devem ser planejados
e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com
descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao
que estabelece o item 10.8 desta NR.

Toda a descrição deste item visa o atendimento dos requisitos referente a necessidade de pro-
cedimentos de trabalho contendo o passo a passo da atividade.

Todos os procedimentos técnicos devem ser elaborados por profissional habilitado na área elé-
trica e autorizado pela Fabrica sa.

Quando se tratar de procedimentos de segurança, estes deverão ser elaborados por profissio-
nal habilitado na área elétrica em conjunto com o profissional da área de EHS.

Conforme determina o item 10.11.2; os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos
de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo,
o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados.

Todo trabalho no sistema elétrico deverá ser precedido de ordem de serviço conforme descrito
no item específico sobre o tema. Nesta ordem de serviço existe um campo específico para
identificar o procedimento que deverá ser utilizado. Ao emitir a ordem de serviço, a programa-
ção de manutenção deverá indicar qual o número do procedimento necessário.

86
A ordem de serviço não poderá ser assinada pelo profissional responsável pela área elétrica se
não possuir a indicação do procedimento de trabalho.

O cumprimento deste requisito é de responsabilidade da programação de manutenção e a su-


pervisão é de responsabilidade do supervisor de manutenção.

Se a atividade ainda não possuir procedimento escrito a programação de manutenção deverá


solicitar a sua elaboração para o supervisor de manutenção.

Conforme determina o item 10.11.3; os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo,


objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições
gerais, medidas de controle e orientações finais.

Os procedimentos técnicos já escritos atendem a todos os requisitos do item 10.11.3. Os pro-


cedimentos que serão escritos futuramente, conforme a demanda exigida deverão seguir o
mesmo formato dos apresentados neste PIE.

Não é permitida a alteração do formato destes documentos. As alterações deverão ser feitas no
contexto técnico para preenchimento dos mesmos e não na sua formatação.

Os procedimentos técnicos e/ou de segurança aplicados para as cabines de entrada de ener-


gia, medição/proteção, transformação e sala de painéis deverão ser disponibilizados nestas
áreas além de constarem em anexos ao PIE e anexo a ordem de serviço.

Os procedimentos técnicos de manobra de disjuntores de alta tensão e chaves seccionadoras


deverão ser fixados direto na grade de proteção ou no cubículo metálico.

Na sua total impossibilidade poderá ser utilizado suporte com pedestal ou de parede para dis-
ponibilizar os procedimentos em pastas de proteção.

87
Segue abaixo uma foto ilustrativa para exemplificar o suporte tipo pedestal ou de parede permi-
tidos para disponibilizar os procedimentos.

Independente da forma de disponibilização dos procedimentos, as pastas deverão ser fabrica-


das em material resistente, protegendo os documentos de óleo, graxas, poeiras, etc. devem ser
específicas para troca frequente dos procedimentos, alto índice de transparência e película de
proteção.

Os profissionais que executam suas atividades no ou para o sistema elétrico sempre deverão
estar de posse dos seguintes documentos durante a execução da tarefa em campo: analise de
risco, procedimento técnico e/ou de segurança, ordem de serviço. Estes documentos devem
ser armazenados em envelope plástico transparente tipo “porta documentos”. Finalizada a exe-

88
cução da tarefa estes documentos devem ser devolvidos ao supervisor de manutenção ou pro-
gramação de manutenção que devem promover o seu arquivamento pelo período de seis (06)
meses.

IMPORTANTE:
Ao escolher o local de fixação para disponibilizar estes procedimentos, optar sempre
pelo local em que estes documentos não fiquem expostos a condições adversas como
sujeira, umidade, óleos. É proibido fixar estes procedimentos em local próximo a pontos
energizados e locais com altas temperaturas. Manter em local de fácil visualização.

Conforme determina o item 10.11.4; os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança


e saúde e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de
desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Traba-
lho - SESMT, quando houver.

Durante a descrição deste PIE, em diversos momentos é solicitada a participação do profissio-


nal de EHS. Esta solicitação visa o atendimento deste requisito.

Conforme descrito anteriormente, esta norma é parte integrante do conjunto de normas do mi-
nistério de trabalho referente a segurança do trabalho. Pertencendo a área de engenharia de
segurança do trabalho. Por abranger uma área técnica com características específicas da
energia elétrica, esta norma deverá ser implantada e atualizada por duas áreas: a engenharia
de segurança do trabalho com a engenharia elétrica. E desta forma os diversos itens, conforme
necessidades deverão ser atendidas com o trabalho em conjunto destas duas áreas.

A responsabilidade pela supervisão e manutenção deste PIE é da área da engenharia elétrica


e da área de engenharia de segurança do trabalho. Além das outras áreas conforme descrito
na seção “responsabilidades deste PIE.

89
Conforme determina o item 10.11.6; toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado
e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos.

Toda equipe de trabalho deverá um de seus integrantes indicado para exercer a função de su-
pervisão e condução dos trabalhos.

Esta indicação deverá ser efetuada na emissão da ordem de serviço. A ordem de serviço pos-
sui espaço específico para esta especificação.
Para informações específicas e complementares ver item na seção “ordem de serviço” deste
PIE.

A responsabilidade pela indicação do profissional que deverá exercer a supervisão e condução


dos serviços durante a execução da tarefa é do supervisor de manutenção.

Conforme determina o item 10.13.2, é de responsabilidade dos contratantes manter os traba-


lhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedi-
mentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

Cabe a Fabrica sa como contratante, manter os profissionais informados quanto a medidas de


segurança disponibilizados. Esta informação deve abranger a todos os profissionais, sejam os
próprios assim como os profissionais de empresas contratadas para serviços temporários (ter-
ceirizados).

Esta instrução deverá ocorrer durante os treinamentos de segurança básico, complementar ou


de reciclagem dos profissionais da Fabrica sa. Para os profissionais de empresas terceirizadas
estas informações deverão ser repassadas durante a integração, antes do início das ativida-
des.

Estas informações básicas também devem ser abordadas durante os DDS desenvolvidos pela
área de segurança do trabalho.

90
Conforme determina o item 10.13.4; Cabe aos trabalhadores:
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regula-
mentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

Este item reforça a responsabilidade dos profissionais que desenvolvem as atividades


no sistema elétrico, aqui denominado “trabalhadores”.

É necessário destacar novamente que a responsabilidade legal pelo cumprimento desta


norma é do contratante e dos contratados. Entenda-se por contratante a Fabrica sa e
contratados todos os profissionais que desenvolvem suas atividades no sistema elétrico
ou EHS.

Para informações complementares sobre “responsabilidades” ver item específico neste PIE.

Este item será objeto de auditoria anual.

91
17. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

Conforme determina o item 10.13.3; cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho


envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e cor-
retivas.

Cabe a Fabrica sa na ocorrência de um acidente ou incidente, iniciar o processo de investiga-


ção da ocorrência. Para implantação deste procedimento deverá ser composta a equipe de in-
vestigação que deverá utilizar o programa já existente e denominado EHS 001 Procedimento
Investigação Acidentes para sequencia dos trabalhos.

Em caso de incidentes ou acidentes envolvendo as instalações elétricas ou causadas em fun-


ção dos riscos adicionais destes trabalhos; deverá ser composta uma comissão de investiga-
ção da ocorrência pelas áreas: de EHS, engenharia elétrica, supervisor de manutenção, execu-
tor da tarefa, gerencia da unidade. A análise de risco deverá ser avaliada, assim como os pro-
cedimentos técnicos e/ou de segurança.

O executante que assinou a analise de risco deverá necessariamente participar da equipe de


investigação do acidente.

92
Com a conclusão da investigação deverão ser apresentadas as propostas com as medidas de
controle preventivas e corretivas determinadas.

Este processo de investigação segue em anexo após a descrição deste item.

18. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

Todos os requisitos especificados para os funcionários próprios da Fabrica sa deverão ser apli-
cados e supervisionados para os serviços terceirizados contratados por períodos temporários.

A partir da implantação desta norma está proibido que profissionais de empresas tercei-
rizadas executem qualquer tipo manobras no sistema elétrico da Fabrica sa. Assim como
desenvolver quaisquer atividade no sistema energizado.

Desta forma, todo e qualquer serviço realizado no sistema elétrico deverá ser entregue dese-
nergizado para o profissional da empresa terceirizada. Sendo que o processo de desenergiza-
ção deverá ser executado pelo profissional autorizado da Fabrica sa.

Importante:
O profissional da empresa terceirizada deverá participar do processo de desenergização e co-
locar o seu dispositivo de bloqueio junto com o bloqueio do profissional da Fabrica sa. Porém a
colocação deste bloqueio somente poderá ser efetuada após a conclusão de todo procedimen-
to de desenergização pelo profissional da Fabrica sa. O profissional autorizado da Fabrica sa
deverá entregar a etiqueta destacável da sinalização de bloqueio preenchida nos campos es-
pecíficos para quem vai executar a tarefa e somente reenergizar o sistema após receber esta
etiqueta de volta do executor com visto de “tarefa concluída”. Ver instrução de trabalho PIE

93
04/0000-220/AV – Processo de desenergização – BT e PIE 05/0000-220/AV – Processo de
desenergização – AT.

O profissional autorizado e identificado da Fabrica sa somente poderá retirar o seu bloqueio


mecânico após a retirada do bloqueio mecânico do profissional terceirizado. Este deve ser o
primeiro bloqueio a ser retirado.

Os funcionários de empresas contratados para serviços temporários – terceirizados – deverão


ser identificados conforme norma administrativa PIE 12/0000-220/AV – Procedimento de Identi-
ficação, anexada a este documento no item específico.

Esta identificação deverá ser usada em tempo integral, enquanto este profissional estiver exe-
cutando suas atividades nas dependências da Fabrica sa. Na conclusão do serviço ou encer-
ramento do turno de trabalho esta identificação deverá ser entregue na portaria ao profissional
da segurança responsável pelo acesso de pessoas nas unidades.

A solicitação da identificação deverá ser efetuada pelo profissional responsável pelo contrato
junto ao setor de RH com antecedência o suficiente, pois nenhum trabalho na área elétrica po-
derá ser iniciado sem os profissionais devidamente identificados.

Também para os terceiros, a supervisão para atendimento dos requisitos estabelecidos neste
documento é de responsabilidade do supervisor de manutenção e do EHS.

As empresas contratadas para os serviços temporários (terceirizados) nas instalações elétricas


da Fabrica sa seja para reforma, ampliação, manutenção preditiva, preventiva, corretiva ou no-
vas instalações devem atender os requisitos do MT 700 – Guia de Segurança para Empreitei-
ros, CE 12132 – Procedimento de controle de Terceiros e do IT5006 – Contratação de Servi-
ços de Terceiros.

Estes documentos encontram-se em anexo após a descrição deste item.

94
Por se tratar de documentos já existentes e implantados atualmente pelo setor de EHS, sempre
que houver uma revisão destes documentos os mesmos deverão ser substituídos neste PIE. A
responsabilidade pelo controle da atualização destes é do setor de EHS.

3 TREINAMENTOS

Conforme item 10.6.1; as intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a
50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem
ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma.

O item 10.8 desta norma apresenta quem são os profissionais que podem receber a autoriza-
ção formal para trabalho emitido e assinado pela contratante.

Estes profissionais deverão possuir características de formação profissional conforme determi-


na esta NR: Habilitado, Qualificado ou Capacitado.

Na sequencia serão descritos os critérios para validação da condição de profissional apto a


executar serviços nas instalações elétricas de que trata o item 10.8 e conforme descrito no pa-
rágrafo anterior.

Conforme item 10.6.1.1; os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treina-
mento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo míni-
mo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.

O anexo II desta norma trata dos treinamentos básico e complementar, exigidos dos profissio-
nais com características de qualificação técnica para executar serviços no sistema elétrico. Es-
ta qualificação técnica poderá ser uma das três modalidades prevista nesta norma e descritas
ainda nesta seção, podendo ser o Habilitado, Qualificado ou Capacitado.

95
Qualquer profissional que intervenha no sistema elétrico deverá possuir no mínimo o curso bá-
sico de segurança em eletricidade.

E conforme as características da instalação, somado a abrangência da autorização que o pro-


fissional recebeu da contratante, é que se determina a necessidade do treinamento comple-
mentar.

Nenhum profissional poderá receber autorização para iniciar seus trabalhos dentro das
instalações da Fabrica sa sem possuir estes treinamentos determinados de acordo com
a característica do local de trabalho e a abrangência de sua autorização.

Este treinamento de segurança em eletricidade não qualifica ninguém tecnicamente. É


exclusivo para aprendizagem dos conceitos básicos de SEGURANÇA; não objetiva a
qualificação técnica do profissional. Ou seja, ninguém sai mais ou menos eletricista em
função deste treinamento. Recomenda-se frizar este tópico no inicio dos treinamentos dos
profissionais.

O item 10.8, conforme apresentado a seguir, trata dos profissionais habilitados, qualificados e
capacitados e dos treinamentos necessários conforme 10.8.8.

Para tratar do item “treinamentos” torna-se necessário transcrever algumas definições da pró-
pria norma para melhor compreensão da sequencia deste documento.

Conforme item 10.8.1, é considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão
de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.

A comprovação da condição de trabalhador qualificado é obtida através do recebimento de ins-


trução específica em curso reconhecido e autorizado pelo Sistema Oficial de Ensino e através
do aproveitamento, avaliação e frequencia obtendo um diploma ou certificado.

96
Enquadram-se nessa categoria os profissionais de nível superior (sem registro no conselho de
classe, ou sem anuidade em dia), de nível médio (sem registro no conselho de classe, ou sem
anuidade em dia), eletricistas montadores, de manutenção, eletricista predial ou outra modali-
dade com certificado aprovado junto ao Sistema Oficial de Ensino.

Conforme item 10.8.2, é considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previa-


mente qualificado e com registro no competente conselho de classe.

A comprovação da condição de trabalhador habilitado é obtida através da qualificação profissi-


onal e registro junto ao conselho de classe da categoria responsável pela fiscalização do exer-
cício profissional, no caso da eletricidade, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura -
CREA. A condição de profissional habilitado é complementada com o documento que compro-
ve o pagamento da anuidade – obrigatório conforme regulamentação do CONFEA. Enqua-
dram-se nessa categoria os profissionais de nível superior e de nível técnico com registro pro-
fissional junto ao conselho de classe.

Conforme item 10.8.3; é considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes
condições, simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autoriza-
do; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

Enquadram-se nessa categoria os profissionais que adquiriram conhecimentos para desenvol-


vimento das atividades através da prática diária. Não tendo freqüentado cursos específicos da
área elétrica que lhes forneça a qualificação necessária para o exercício da profissão.

Existindo profissionais com necessidade de receber a capacitação técnica de profissional habi-


litado, deverá ser elaborado e incluso no plano de treinamento da empresa esta necessidade.
Um profissional devidamente autorizado e habilitado deverá ser responsável pelo treinamento
de capacitação técnica conforme subitem “a” descrito acima. Este profissional habilitado poderá

97
ser um profissional do quadro de funcionários da Fabrica sa ou através da contratação de um
profissional terceirizado.
A documentação para comprovação referente a capacitação deverá ser composta por:
a. Plano de treinamento contendo os temas abordados;
b. Controle de freqüência;
c. Avaliação aplicada;
d. Certificado de capacitação com descrição conforme mencionado no item 10.2.4.d. Nes-
te certificado deverá estar destacado que a capacitação aplicada, bem como este certifi-
cado somente tem validade para a empresa que capacitou o profissional;
e. ART registrada emitida pelo profissional habilitado na qual deverá constar na descrição o
objetivo da capacitação para atendimento do item 10.8.3 da Resolução 598 do MTE.

Conforme 10.8.3.1, a capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas con-
dições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.

Deverá ser registrado no certificado do profissional Capacitado que esta qualificação


técnica tem validade jurídica, somente dentro das instalações da Fabrica sa.

A autorização emitida pela Fabrica sa para o profissional capacitado deverá possuir abrangên-
cia em conformidade com o treinamento de capacitação aplicado. Este item deverá ser rigoro-
samente atendido e auditado anualmente.

A supervisão quanto ao atendimento deste requisito é de responsabilidade do supervisor de


manutenção e do profissional do EHS da unidade.

Para contratação de serviços terceirizados o atendimento dos itens 10.8.1, 10.8.2, 10.8.3 deve-
rá ser obtido através da solicitação da documentação que comprove a condição dos profissio-
nais antes dos inícios das atividades, a supervisão do atendimento deste requisito deverá ser
da gerencia de contrato através dos documentos: PIE 29-220/AV -Checklist Contratadas NR10
e Contrato de Compra – Anexo de documentos NR-10.

98
Ao fazer a solicitação de “compra” de qualquer serviço no ou para o sistema elétrico ao depar-
tamento de compras o supervisor de manutenção deve preencher o documento Contrato de
Compra – Anexo de documentos NR-10 onde constam os requisitos que devem ser exigidos
para a contratada. Após receber o retorno da documentação da empresa candidata a contrata-
ção, o supervisor de manutenção deverá analisar estes documentos e preencher o documento
PIE 29-220/AV - Checklist Contratadas NR10. Com todos os documentos conforme solicitação
anterior da contratante o supervisor de manutenção deve preencher e assinar o PIE 29-
220/AV e reencaminhar para o setor de compras, que por sua vez deve encaminhar ao setor de
RH responsável pelo controle dos documentos legais e providência das identificações dos pro-
fissionais.

O controle da documentação que comprove o atendimento deste requisito é de responsabilida-


de do setor de RH.

Conforme item 10.7.1; os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas


com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas
controladas e de risco, conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item 10.8 desta NR.

Fica reforçada a necessidade de profissionais com formação técnica para execução das tarefas
relacionadas com as instalações elétricas da unidade. Sendo que esta formação técnica deverá
ser comprovada através de documentos legais.

Conforme item 10.7.2; os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento
de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas pro-
ximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no
Anexo II desta NR.

Conforme já descrito anteriormente, qualquer trabalho realizado no sistema elétrico com alta
tensão ou no SEP deverá ser executado por profissionais que receberam o treinamento com-

99
plementar conforme determina esta NR com currículo mínimo estabelecido no anexo II da
mesma norma.

Conforme item 10.8.8.4; os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treina-
mento especifico de acordo com risco envolvido.

Como a Fabrica sa ainda não possui classificação de áreas, conforme descrito na seção refe-
rente a proteção contra incêndio e explosão; e conforme determina o cronograma de adequa-
ções desenvolvido a partir do relatório das instalações elétricas que já elaborado, o conteúdo
programático e carga horária deste treinamento deverá ser estabelecido pela empresa respon-
sável pela elaboração da classificação de área.

Todo profissional da área elétrica que desenvolve suas atividades de manutenção e/ou instala-
ção elétrica em áreas classificadas (com risco de explosão) deverá receber treinamento con-
forme descrito no procedimento específico constante na seção anexos - “Escopo Mínimo para
Treinamentos”.

Após a contratação destes serviços este PIE deverá ser revisado.

Conforme item 10.8.8; os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem


possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o esta-
belecido no Anexo II desta NR.

Este item reforça a necessidade dos treinamentos básico e/ou complementar para os profissio-
nais com formação técnica para execução de atividades no sistema elétrico.

Para novas contratações somente serão aceitos os certificados de treinamento básico emitidos
pelo SENAI. Não sendo desta instituição o treinamento deverá ser refeito.

100
Todo profissional que desenvolve suas atividades intervindo nas instalações elétricas ou dentro
da zona controlada obrigatoriamente deve receber treinamento específico conforme Anexo II
da NR10. Este treinamento deve abordar os conceitos de segurança relativos a energia elétri-
co.

ATENÇÃO
Este treinamento não tem como objetivo a formação técnica de nenhum profissional.

Este treinamento deverá ser composto de dois módulos e deverá ser aplicado conforme neces-
sidade da abrangência da autorização de cada profissional:

Básico (carga horária 40horas/aula mínimo): para todo profissional que intervêm em insta-
lações elétricas do sistema elétrico em baixa tensão;

Complementar (carga horária 40 horas/aula mínimo): para todo profissional que intervêm
em instalações elétricas do sistema elétrico de consumo (SEC) em alta tensão; ou em ins-
talações elétricas do sistema elétrico de potência (SEP) em baixa e/ou alta tensão.

É requisito básico para participar do curso no módulo complementar ter participado com apro-
veitamento satisfatório do módulo básico.

Deverá ser considerado como parâmetro para avaliação de aproveitamento satisfatório nos
treinamentos de segurança para eletricidade:
Freqüência: 100%
Avaliação escrita: 7,5

Devem ser observados os requisitos mínimos para contratação dos treinamentos previstos na
NR10:

101
→ Treinamento aplicado por equipe multidisciplinar: engenheiro eletricista, engenheiro de
segurança, profissional da área de combate a incêndios, profissional da área de primei-
ros socorros. Sendo que um profissional poderá ter a formação em mais de uma área
como, por exemplo, engenheiro eletricista com especialização em engenharia de segu-
rança. Não será permitido que um profissional com especialização em engenharia de
segurança e graduação em outra área que não engenharia elétrica ministre todo o trei-
namento. Os temas relativos a engenharia elétrica necessariamente devem ser ministra-
dos por profissional especialista dessa área.
→ Contratar profissionais com experiência prática comprovada;
→ Certificado de participação de todos os profissionais participantes do treinamento e que
obtiveram aprovação através da avaliação aplicada e freqüência mínima;
→ Certificado assinado por todos os profissionais responsáveis (instrutores) pelo treina-
mento aplicado;
→ Diário contendo:
o Avaliação final aplicada aos profissionais participantes corrigida;
o Folha de freqüência com assinatura diária de cada participante;
o Descrição do conteúdo programático aplicado;

O conteúdo programático mínimo aceito será o constante no anexo II da NR10 e conforme


consta na seção “anexos” deste PIE.

Nesta seção de anexos constam os conteúdos mínimos dos treinamentos necessários no es-
copo da NR-10 composto por:
→ PIE 27-0001-Escopo Mínimo Treinamento – Básico,
→ PIE 27-0002-Escopo Mínimo Treinamento – Complementar,
→ PIE 27-0003-Escopo Mínimo Reciclagem – Treinamento Básico,
→ PIE 27-0004-Escopo Mínimo Reciclagem – Treinamento Complementar,
→ PIE 27-0005-Escopo Mínimo Treinamento – Primeiros Socorros,
→ PIE 27-0006-Escopo Mínimo Treinamento – Combate a Incêndios,
→ PIE 27-0007-Escopo Mínimo Treinamento – Espaço Confinado – Supervisor,

102
→ PIE 27-0008-Escopo Mínimo Treinamento – Espaço Confinado – Vigia,
→ PIE 27-0009-Escopo Mínimo Treinamento – Resgate e Espaço Confinado,
→ PIE 27-0010-Escopo Mínimo Treinamento – Áreas Classificadas (escopo não elaborado
em função da ausência do relatório de classificação de área),

Cada um dos treinamentos descritos acima possui procedimento com conteúdo mínimo defini-
do, atividades mínimas, escopo, carga horária e critérios de avaliação destes treinamentos.

Para o treinamento de que trata o item 10.7.2 (treinamento complementar), os programas de


treinamento deverão ser adequados a cada área específica da Fabrica sa, visto que existem
particularidades em cada instalação.

Todo profissional contratado da área elétrica deverá já possuir o certificado ou ser encaminha-
do para o treinamento necessário antes do início de suas atividades nas instalações da Fabrica
sa.

Conforme item 10.12.2; os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e
prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-
respiratória.

Conforme item 10.12.3; a empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequa-
dos às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação.

Conforme item 10.12.4; os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar
equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.

O atendimento destes requisitos é complementado pelo atendimento dos itens 10.6.1 e


10.6.1.1, 10.8 e 10.11.5 desta norma.

103
O controle da documentação que comprove o atendimento deste requisito é de responsabilida-
de do setor de RH. Assim como o controle da necessidade das reciclagens motivadas (bienal)
conforme item 10.8.8.2.

Os registros do treinamento (certificados) destes profissionais devem possuir informações mí-


nimas como:
→ O programa detalhado do treinamento;
→ As atividades desenvolvidas;
→ A duração das atividades;
→ As ações de continuidade previstas;
→ Registros do controle de freqüência e da avaliação;

Nos certificados de “capacitação” de profissionais deverá constar de forma clara e destacada


na “frente” do certificado “EXCLUSIVO PARA TRABALHO NAS INSTALAÇÕES DA FABRICA
SA”.

Após a execução dos treinamentos deverá ser obtida uma cópia dos certificados pelo setor de
RH e os dados referente aos treinamentos inseridos no sistema informatizado denominado
“TR”, onde constam todos os dados referentes aos treinamentos realizados pelo profissional.

Este item, assim como os demais é passível de auditoria pelo auditor do MTE e neste caso o
setor de RH deverá possuir o controle integral das necessidades de treinamentos e cronogra-
mas.

A necessidade da reciclagem motivada pelo item 10.8.8.2 específica para os itens:


a) troca de função ou mudança de empresa, e
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e orga-
nização do trabalho.

104
deverá ser solicitada pelo supervisor de manutenção da unidade junto ao setor de RH via do-
cumento formal.

Todo profissional que desenvolve suas atividades no sistema elétrico e que seja transfe-
rido de uma unidade para outra, o supervisor de manutenção da unidade de SAÍDA deve-
rá solicitar a necessidade de reciclagem para o supervisor de manutenção da unidade de
CHEGADA. Esta solicitação deverá ser efetuada formalmente, podendo ser via sistema
eletrônico. A partir deste momento, o supervisor de manutenção da unidade de chegada
deste profissional fica responsável pela sequencia do processo da necessidade deste
treinamento de reciclagem.

A responsabilidade do supervisor de manutenção da unidade de saída deste profissional


cessa com a solicitação da reciclagem para a unidade de destino.

Se este profissional retornar para a sua unidade original, todo o processo deverá ser efe-
tuado, porém em sentido inverso. Ou seja, a solicitação de reciclagem deverá ser efetua-
do pelo supervisor de manutenção que inicialmente recebeu este profissional.

Todos os profissionais que atuam na área elétrica já receberam o treinamento básico para se-
gurança em eletricidade de 40h/A. Para os profissionais que desenvolvem suas atividades em
tensões superiores a 1.000V devem receber o treinamento complementar de 40h/A conforme
cronograma de treinamento já elaborado pelo setor de RH da unidade e conforme consta no
cronograma de adequações elaborado a partir do laudo das instalações elétricas da unidade.

Os profissionais que entram em espaço confinado devem receber treinamento de acordo com o
Anexo I da NR33 que foi transcrito na íntegra na seção anexos deste PIE como escopo mínimo
para treinamento assim como a sua carga horária.

Deverão ser considerados documentos mínimos de comprovação da formação técnica dos pro-
fissionais que desenvolvem suas atividades no sistema elétrico:

105
→ Habilitado:
o Cópia do certificado de conclusão do curso;
o Cópia do registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura;
o Cópia do comprovante de pagamento da anuidade;
→ Qualificado:
o Cópia de certificado de conclusão do curso que deverá ser reconhecido pelo sis-
tema oficial de ensino (nível técnico ou superior);
→ Capacitado:
o Cópia de certificado do curso de capacitação técnica assinada pelo profissional
habilitado e responsável pela capacitação técnica;
o Cópia do conteúdo programático aplicado no treinamento de capacitação técnica;
o Cópia da avaliação aplicada ao profissional que recebeu a capacitação técnica;
o ART referente a capacitação ministrada, registrada e assinada pelo profissional
habilitado e responsável pela capacitação técnica;
→ Dos treinamentos realizados:
o Cópia do certificado de conclusão, com aproveitamento satisfatório, do(s) curso(s)
básico de 40 horas do treinamento de segurança em instalações elétricas (Anexo
II da NR-10);
o Cópia do certificado de conclusão, com aproveitamento satisfatório, do(s) curso(s)
complementar de 40 horas de treinamento de segurança em instalações elétricas
(Anexo II da NR-10);
o Cópia do certificado de conclusão, com aproveitamento satisfatório, do(s) curso(s)
de espaço confinado;
o Cópia do certificado de conclusão, com aproveitamento satisfatório, do(s) curso(s)
para trabalhos de instalação e manutenção elétrica em área classificadas;
o Cópia do certificado de conclusão, com aproveitamento satisfatório, do(s) curso(s)
para trabalhos em altura;

106
→ Autorização dos trabalhadores:
o Documento formal de autorização emitido pela empresa para trabalhadores que
executam serviços nas instalações elétricas da empresa conforme PIE 07/000-
220/AV - Autorização para Trabalhos - Fabrica sa e PIE 08/000-220/AV - Autori-
zação para Trabalhos - Terceiros;

Esta autorização deve conter no mínimo:


a) Nome completo;
b) Data;
c) Local;
d) Grau de instrução/formação;
e) Formação de acordo com a NR10;
f) Descrição da unidade e setor de trabalho;
g) Descrição completa das atividades autorizadas;
h) Descrição das atividades NÃO autorizadas de forma resumida;
i) Nome dos responsáveis pela autorização;

Este item será objeto da auditoria anual.

19. PROJETO EXECUTIVO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O projeto das instalações elétricas existentes deverá estar a disposição dos profissionais auto-
rizados a intervir no sistema elétrico de forma permanente. As plantas que compõem o projeto
elétrico encontram-se anexas a este documento e estão disponíveis também na versão eletrô-
nica do prontuário.

Os projetos existentes deverão ser atualizados sempre que alterações nas instalações ocorre-
rem. Através de alterações de layout, ampliações ou reformas.

107
Após a atualização do projeto, alimentar o sistema eletrônico que comporta cópia de todo o
prontuário com a atualização e enviar a todas as áreas envolvidas e os responsáveis pelo pron-
tuário nota de informação sobre a atualização efetuada.

Informar aos demais responsáveis pelas áreas de composição do prontuário da revisão efetua-
da.

Em caso de ampliação, mudança de layout ou novas áreas e instalações esta solicitação deve-
rá partir da supervisão de manutenção ou engenharia responsável pela obra;

O processo de atualização dos projetos elétricos deve seguir a metodologia abaixo:

1. Periodicidade,
a. Sempre que houver alterações como instalação de novos equipamentos, mudan-
ças de layout, reformas, ampliações, substituição de equipamentos.

2. Responsabilidade.
a. Área de manutenção elétrica de cada unidade sob coordenação do supervisor de
manutenção.

3. Processo para manter atualização dos projetos:


a. Através de solicitação de ordem de serviço;
b. Através da supervisão de manutenção;
c. Através da engenharia de projetos;

• Quando solicitada a ordem de serviço, a programação de manutenção deverá identificar


se a intervenção solicitada exige a atualização do projeto;
• Se necessária a atualização de projeto encaminhar a solicitação ao profissional autori-
zado para executar a atualização;

108
• Alimentar o sistema eletrônico que comporta cópia de todo o prontuário com a atualiza-
ção e enviar a todas as áreas envolvidas e os responsáveis pelo prontuário nota de in-
formação sobre a atualização efetuada.
• Informar aos demais responsáveis pelas áreas de composição do prontuário da revisão
efetuada.
• Em caso de ampliação, mudança de layout ou novas áreas e instalações esta solicitação
deverá partir da supervisão de manutenção ou engenharia responsável pela obra;

Este item deverá ser objeto da auditoria anual. Esta auditoria deverá abranger também os
equipamentos que compõem o sistema elétrico como disjuntores de média tensão, transforma-
dores, quadros gerais de distribuição de força, painéis elétricos para distribuição de iluminação,
força, comando, CCMs,...

O controle da auditoria de equipamentos será executado através de “selo de verificação” con-


forme modelo abaixo.
Neste selo deverão constar:
a) Data da auditoria;
b) Nome do auditor;

Em caso de “equipamento reprovado” deverá constar:


a) Data da auditoria;
b) Nome do auditor;
c) Número do processo;

Nos casos em que a auditoria identificar equipamentos reprovados nos critérios técnicos e de
segurança deverá ser aberto “processo” para controle das adequações e prazos estabelecidos
para as adequações.

109
O selo deverá ser confeccionado em material auto-adesivo tipo lacre (casca de ovo) em mate-
rial polietileno, resistente a intempéries e agentes químicos, destrutível branco permitindo a
marcação com caneta esferográfica.

O objetivo do selo é atestar que o equipamento, quando auditado, está atendendo os requisitos
normativos técnicos e de segurança.

No selo constará a palavra “aprovado” ou “reprovado”; de acordo com a definição dos critérios
de auditoria aplicados.

Após aplicado, este selo não poderá ser removido pela unidade até que todas as não confor-
midades sejam resolvidas e a auditoria fornecer parecer de equipamento aprovado e efetuar a
troca do selo no equipamento.

Para cada equipamento o auditor deverá preencher check list dos itens de verificação para re-
gistro e acompanhamento futuro e rastreabilidade do processo de auditoria.

Em caso de remoção inadequada do selo, o responsável pela manutenção deverá formalmente


justificar o fato e anexar ao processo de auditoria ficando a critério do auditor a analise da justi-
ficativa.

110
Os novos projetos deverão ser elaborados conforme instrução técnica PIE 10/0000-220/AV-
Condições Mínimas para Projetos, Instalações e Equipamentos e auditados pela engenharia
para atendimento dos requisitos normativos exigidos para cada tipo de instalação.

20.1 Esquemas Unifilares

Conforme item 10.2.3 da NR-10, as empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares
atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sis-
tema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.

Os esquemas unifilares são parte integrante do projeto de uma instalação elétrica e desta for-
ma deverão ser anexados a este prontuário.

O laudo das instalações elétricas de cada unidade apresenta o esquema unifilar conforme ins-
talação existente (as_built). Estes esquemas também são disponibilizados junto os painéis elé-
tricos ou nas salas elétricas e nas subestações. Estes esquemas também estão disponíveis
neste prontuário das instalações elétricas na sua versão eletrônica.

Esquemas unifilares devem ser cópias controladas. O controle da distribuição destes documen-
tos deverá ser efetuada pela programação de manutenção.

A responsabilidade de revisão e/ou atualização dos esquemas unifilares das instalações elétri-
cas será do setor de manutenção elétrica de cada unidade. O profissional responsável pela
atualização deverá ser um profissional autorizado e qualificado da unidade.

Estes documentos deverão ser revisados sempre que houver alguma mudança na instalação,
ou no mínimo uma revisão anual.

O processo de revisão inicia com a ordem de serviço para execução da tarefa. Como esta
passa pela programação de manutenção, este profissional, quando necessário, deve encami-

111
nhar solicitação para atualização do esquema unifilar para o responsável pela tarefa. Sempre
via sistema, registrando a solicitação.

Todos os esquemas unifilares deverão apresentar os sistemas de proteção, características


destas proteções, a existência de gerador na unidade com todas as características de funcio-
namento e intertravamentos CONFORME EXISTENTE na unidade.

Nos treinamentos de reciclagens dos profissionais autorizados do sistema elétrico, deverão ser
utilizadas as informações do sistema elétrico da Fabrica sa para elaboração do seu conteúdo
programático.

Não será admitido que um profissional autorizado desempenhe suas funções no sistema
elétrico energizado da Fabrica sa sem conhecer profundamente a configuração do sis-
tema elétrico de sua unidade de trabalho.

Se o supervisor de manutenção identificar um profissional com deficiência nestes co-


nhecimentos, é de sua responsabilidade solicitar treinamento de reciclagem para o setor
de RH.
Os novos projetos deverão ser elaborados conforme instrução técnica PIE 10/0000-220/AV -
Condições Mínimas para Projetos, Instalações e Equipamentos e auditados pela engenharia. E
para elaboração dos esquemas unifilares deverão ser atendidas as especificações e requisitos
técnicos constantes nos documentos PIE 15/0000-220/AV - Esquema Unifilar Padrão - Alta
Tensão, PIE 16/0000-220/AV - Esquema Unifilar Padrão - Baixa Tensão e PIE 17/0000-220/AV
- Esquema Unifilar Padrão - Banco de Capacitores.

A cópia dos documentos citados segue em anexo após a descrição deste item.

Este item deverá ser auditado anualmente.

112
20.2 Plantas do projeto elétrico

As plantas que compõem o projeto das instalações elétricas deverão ser anexadas a este pron-
tuário.

Todas as plantas pertencentes a um projeto deverão ser assinadas por profissional habilitado e
acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.

Após a execução das instalações elétricas de uma obra nova, mudança de layout, reforma,
ampliação deverá ser elaborado o projeto de as_built (conforme o executado) deste projeto.

As plantas pertencentes ao projeto da unidade serão inseridas neste PIE na forma de anexo
em função do volume que ocupam.

Devem ser consideradas plantas mínimas a constar neste prontuário:


→ Planta baixa e detalhes da entrada de energia elétrica da unidade. Nesta planta deverá
constar se a unidade possui mais de uma entrada de energia elétrica;
→ Planta baixa com a localização das salas elétricas e sala de gerador (se existir);
→ Planta baixa com a localização de todos os quadros de distribuição (força, tomadas e
iluminação) da unidade;
→ Todas as plantas contendo os esquemas unifilares de todos os painéis. Nos esquemas
unifilares deverá constar a existência de gerador na unidade com todas as característi-
cas de funcionamento e intertravamentos CONFORME EXISTENTE;

113
20. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO

Conforme item 10.9.1; as áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser
dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 - Proteção Contra
Incêndios.

Os projetos dos ambientes que comportam instalações e/ou equipamentos elétricos deverão
ser desenvolvidos conforme normas específicas para proteção contra incêndio e explosão.
Além da NR-23 deverão ser observadas normas técnicas registradas como NBR 13231,
NBR10898, NBR13434-1, NBR13434-2, NBR9441, NBR5419, normativa estadual do Corpo de
Bombeiros, e normas estabelecidas pela seguradora da Fabrica sa.

Em caso de divergências entre normas, deverá ser adotada a condição mais favorável para a
segurança das instalações e profissionais da unidade.

Nestas áreas; em todas as entradas e saídas de cabos, eletrocalhas, leitos ou eletrodutos que
comportam cabos elétricos deverá ser prevista a proteção passiva de cabos. O material utiliza-
do para execução da proteção passiva deverão ser materiais com certificação UL e executadas
por empresas especializadas com certificado de garantia e ART específica referente a execu-
ção deste serviço.

Esta seção é complementada pelo item que trata da certificação de material em áreas
classificadas.

114
Conforme item 10.12.4; os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar
equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.

O atendimento deste requisito é obtido conforme descrição no item específico referente a trei-
namentos deste PIE e conforme procedimento PIE 27/0006-220/AV – Escopo Mínimo Treina-
mento – Combate a Incêndio.
Em toda a unidade foi efetuado levantamento das necessidades referente aos projetos para
prevenção contra incêndio e explosão. Toda unidade deverá possuir projeto elaborado por pro-
fissional habilitado e a instalação executada por empresa habilitada para atendimento da prote-
ção contra incêndio. Este item será atendido conforme cronograma elaborado a partir do relató-
rio técnico das instalações elaborado de cada unidade.

Conforme item 10.2.4 f) as empresas devem constituir e manter o Prontuário de Instalações


Elétricas, contendo entre outros itens: certificações dos equipamentos e materiais elétricos em
áreas classificadas;

O atendimento deste requisito deve ocorrer conforme descrição item que trata de certificação
de material em áreas classificadas.

Conforme item 10.9.2; os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à


aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas
devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifica-
ção.

O atendimento deste requisito deve ocorrer conforme descrição no item seguinte que
trata da certificação de material em áreas classificadas.

Conforme item 10.9.4, nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acen-
tuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e

115
seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento,
aquecimentos ou outras condições anormais de operação.

Toda instalação elétrica em ambiente com potencial de formar uma área classificada deverá
ser precedido de projeto específico que por sua vez deve ser antecedido de um trabalho de
engenharia para elaboração da classificação de áreas. Este trabalho de classificação de área
deverá ser elaborado segundo NBR IEC 60079-10 para conhecer os tipos de áreas, os zonea-
mentos, os grupos de gases e temperaturas de autoignição dos produtos presentes nas áreas.
O relatório de classificação de área deverá ser acompanhado de ART específica para o servi-
ço.

A inspeção de instalações existentes deve ser baseada na NBRIEC 60079-17, que trata do de-
talhamento das não conformidades e dos equipamentos empregados. Por meio deste docu-
mento, é possível verificar se a instalação foi executada de forma adequada e se os equipa-
mentos estão de acordo com o tipo de zoneamento – Zona 0, zona 1, e zona 2, referente a
produtos inflamáveis, ou zona 20, zona 21, zona 22, referente as poeiras combustíveis. Apenas
com a classificação de áreas e com a inspeção em mãos é possível iniciar o processo de ade-
quação das não conformidades nas instalações em áreas classificadas.

O relatório das instalações elétricas das áreas classificadas deverá ser anexada ao PIE na for-
ma de anexo.

Conforme item 10.9.5; os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente
poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, con-
forme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação
da área.

O atendimento deste requisito deve ocorrer após a elaboração de classificação de área con-
forme descrição abaixo.

116
Conforme item 10.8.8.4; os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treina-
mento especifico de acordo com risco envolvido.

Ver item específico sobre treinamento para atendimento deste requisito e procedimento PIE-
27/0010-220/AV que deverá ser desenvolvido baseado na classificação de área.

Conforme item 10.9.3; os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletri-


cidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica.

O atendimento destes itens será realizado conforme cronograma elaborado a partir do relatório
das instalações elétricas elaborado da unidade. Após o atendimento deste requisito, este item
do PIE deverá ser revisado contemplando o seu atendimento na íntegra.

Observar que a norma brasileira da ABNT que regia as instalações elétricas em áreas classifi-
cadas – NBR 5418 está cancelada. Atualmente, está em vigor a série de normas da NBRIEC
60079.

Este item será ser objeto da auditoria anual.

117
21. CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL EM ÁREAS CLASSIFICADAS

Conforme item 10.2.4.f; deverão ser anexados ao prontuário as certificações dos equipamentos
e materiais elétricos em áreas classificadas;

Conforme item 10.9.2 da NR-10, os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas


destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencial-
mente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Bra-
sileiro de Certificação.

Os equipamentos e materiais utilizados nas instalações elétricas de áreas classificadas possu-


em certificação compulsória. Conforme determina este item da NR-10, portaria 176/00 de
17/07/2000 do SINMETRO e Portaria do Inmetro n. 83/2006, o fabricante dos materiais deverá
fornecer certificação dos materiais destinados as instalações elétricas em áreas classificadas.

No equipamento Ex, devemos observar as seguintes marcações:

Figura 3 – Selo de certificação do Inmetro

E o selo do laboratório credenciado ao Inmetro responsável pela certificação.

118
Segue abaixo um exemplo de certificação de equipamento elétrico para áreas potencialmente
explosivas.

Todos os equipamentos elétricos certificados possuem uma marcação que foi concedida no
processo de certificação e que obedece a um lay-out predefinido; de forma que se possa verifi-
car se as informações ali contidas correspondem ao que foi solicitado.

Na marcação do equipamento Ex deve constar:


− O símbolo BR-Ex, o tipo de proteção,
− O grupo de periculosidade do equipamento,
− A classe de temperatura,
− A temperatura máxima de superfície,
− Além de outras identificações adicionais exigidas pela norma específica para o respecti-
vo tipo de proteção e o número do certificado.

Uma cópia desta certificação deverá ser anexada ao projeto e conseqüentemente ao prontuário
das instalações elétricas.

119
Em caso de materiais importados o fabricante deverá obter esta certificação em território bra-
sileiro e entregar ao cliente no momento da entrega dos materiais.

Não poderão ser recebidos materiais sem certificado de conformidade conforme determina por-
taria n° 176 do SINMETRO.

Para instalações elétricas de áreas classificadas já existentes, com materiais não certificados;
deverá ser realizada a inspeção das instalações por profissional especialista em áreas classifi-
cadas mediante a elaboração de laudo técnico atestando as atuais condições técnicas da insta-
lação. Este relatório deverá apontar as “não conformidades” com relação as instalações Ex.

O relatório de “não conformidades” deve trazer detalhes sobre as irregularidades, assim como
respectivas soluções para tais problemas. Entre os mais comuns estão:
− Falta de selagem de motores, painéis, luminárias;
− Selagem na distância errada, exigida pela norma;
− Tipo de massa e selagem inadequadas;
− Equipamento inadequado à classificação de áreas, na especificação dos tipos de zonas,
grupo de gases, temperatura de autoignição; sejam eles painéis, instrumentos, motores,
etc., que poderão ser realocados ou substituídos;
− Falta de parafusos nos painéis e em caixas de ligação de motores;
− Pintura e silicone no interstício das caixas;
− Prensa-cabos inadequados ao invólucro;
− Falta de unidade seladora de fronteira entre as zonas 1 e 2, bem como zona 2 e área
não classificada;
− Circuito intrínseco inadequado.

A partir deste laudo, conforme necessidade de manutenção, os equipamentos deverão ser


substituídos por outros certificados.

120
13. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS AUTORIZADOS

Conforme item 10.8.4; são considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capaci-


tados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.

Conforme item 10.8.5; a empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a
qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item
10.8.4.

Para atendimento deste requisito o sistema de identificação estabelecido para Fabrica sa será
conforme procedimento PIE 12/0000-220/AV - Procedimento de Identificação anexado na se-
quencia deste item. Este procedimento contempla a identificação dos funcionários próprios da
Seara e a identificação de funcionários de empresas prestadoras de serviço.

Para os profissionais autorizados da Fabrica sa a identificação será bordada e deve ficar sobre
a manga esquerda da camisa.

Para os profissionais que desempenham suas atividades em ou para o sistema elétrico da Fa-
brica sa, vindas de empresas contratadas para serviços temporários a identificação será execu-

62
60079, para instalações em áreas classificadas. Para os trabalhos de classificação de área de-
ve ser atendida especificamente a parte 14 desta norma.

Está em andamento o projeto da norma “Competências para trabalhos com equipamentos elé-
tricos para atmosferas explosivas”, de acordo com o documento ExMC/296/CD – “Competenci-
es for working with electrical equipment for hazardous áreas”, para certificação de profissionais
Ex. O documento está sendo elaborado pela Comissão de Estudo de Requisitos de Instalação
em Atmosferas Explosivas (CE-03:031.01) e inclui terminologia, dados de gases e vapores in-
flamáveis, competências para trabalhos em equipamentos para atmosferas explosivas, proce-
dimentos de classificação de áreas, instalação, inspeção, manutenção, reparo, revisão e recu-
peração de equipamentos elétricos utilizados em atmosferas explosivas.

No que diz respeito a equipamentos elétricos Ex, no processo de regularização da unidade,


deve-se ter cuidado na especificação e na compra destes equipamentos, pois somente é pos-
sível aceitá-los com o “Certificado de Conformidade” emitido pelos Organismos de Certificação
de Produto (OCPs), órgãos acreditados pelo Inmetro. De nada adianta fazer a instalação corre-
ta se forem empregados equipamentos sem certificação. Vale lembrar que, em breve, será pu-
blicada a nova portaria do Inmetro que torna compulsória a certificação de equipamentos para
poeiras combustíveis.

Aplicados os tipos de proteção adequados, as filosofias de instalação certas, os materiais certi-


ficados, e executadas as adequações necessárias com profissionais qualificados, a unidade
deve elaborar de um Laudo Final das Instalações Elétricas em Áreas Classificadas (LFIE-Ex). É
preciso solicitar à empresa que fez a inspeção das áreas e que emitiu o relatório de “não con-
formidades” para verificar se essas “não conformidades” foram sanadas para então dar prosse-
guimento à emissão desse documento. De posse deste laudo, se faz necessário ainda verificar
se as áreas classificadas foram sinalizadas em campo, conforme símbolo a seguir.

122
Figura 4 – Símbolo de sinalização de áreas classificadas
Esta sinalização esta prevista no procedimento PIE 09/000-220/AV – Padrão Sinalização NR
10.

Este item será ser objeto da auditoria anual.

123
22. RELATÓRIOS TÉCNICOS

Conforme determina o item 10.2.4, b) deverá ser anexado ao PIE documentação das inspeções
e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequa-
ções, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

Para atendimento do item “b”, foram elaborados os relatórios referentes ao sistema de SPDA e
das instalações elétricas da unidade. Estes documentos serão inseridos no PIE na forma de
anexos em função do volume destes documentos.

Estes relatórios devem ser assinados por profissional habilitado na área elétrica, e sempre
acompanhado de uma ART registrada junto ao sistema CONFEA/CREA.

Deverá constar no plano de manutenção de cada unidade a inspeção e medição do sistema de


proteção contra descargas atmosféricas e do aterramento com periodicidade conforme deter-
mina a NBR 5419 em seu item 6.3, vigente na presente data:

6.3 Periodicidade das inspeções


6.3.1 Uma inspeção visual do SPDA deve ser efetuada anualmente.
6.3.2 Inspeções completas conforme 6.1 devem ser efetuadas periodicamente, em intervalos de:
a) 5 anos, para estruturas destinadas a fins residenciais, comerciais, administrativos, agrícolas ou indus-
triais, excetuando-se áreas classificadas com risco de incêndio ou explosão;
b) 3 anos, para estruturas destinadas a grandes concentrações públicas (por exemplo: hospitais, esco-
las, teatros, cinemas, estádios de esporte, centros comerciais e pavilhões), indústrias contendo áreas
com risco de explosão, conforme a NBR 9518, e depósitos de material inflamável;
c) 1 ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à corrosão atmosféri-
ca severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com atmosfera agressiva etc.).

124
O processo de inspeção e medição deverá ser composto pelos seguintes documentos:
 Laudo da inspeção (conclusivo), com fotos se necessário;
 Relatório das medições efetuadas, incluindo tabela das medições ponto a ponto e apre-
sentando a curva característica resultante das medições. Deverá constar no mínimo,
além dos itens acima: data, local, unidade, croqui da unidade com a localização dos pon-
tos medidos, condições climáticas; descrição dos equipamentos utilizados, descrição do
método de medição utilizado;
 Anotação de responsabilidade técnica registrada no CREA;
 Autorização formal de acordo com a NR10 emitido pela Fabrica sa para execução dos
trabalhos por profissional devidamente habilitado e autorizado;
 Certificado de calibração do equipamento de medição utilizado emitido por laboratório de
calibração credenciado e dentro da validade;

Estes documentos deverão ser anexados ao prontuário.

Para inspeção do sistema de proteção contra descargas atmosféricas haverá necessidade da


realização de trabalho em altura.

A programação de manutenção ao emitir a ordem de serviço deverá anexar a analise de risco e


procedimento de trabalho em altura. Comunicando a área de EHS a data de realização dos
trabalhos para as providencias necessárias.

Os documentos necessários referente ao projeto do Sistema de Proteção Contra Descargas


Atmosféricas – SPDA deverão atender conforme previsto no item 6.4 da NBR5419, composto
por:

6.4 Documentação técnica


A seguinte documentação técnica deve ser mantida no local, ou em poder dos responsáveis pela manu-
tenção do SPDA:

125
a) relatório de verificação de necessidade do SPDA e de seleção do respectivo nível de proteção, elabo-
rado conforme anexo B. A não necessidade de instalação do SPDA deverá ser documentada através
dos cálculos constantes no anexo B;
b) desenhos em escala mostrando as dimensões, os materiais e as posições de todos os componentes
do SPDA, inclusive eletrodos de aterramento;
c) os dados sobre a natureza e a resistividade do solo; constando obrigatoriamente detalhes relativos às
estratificações do solo, ou seja, o número de camadas, a espessura e o valor da resistividade de cada
uma, se for aplicado 6.1-c).
d) um registro de valores medidos de resistência de aterramento a ser atualizado nas inspeções perió-
dicas ou quaisquer modificações ou reparos SPDA. A medição de resistência de aterramento pode ser
realizada pelo método de queda de potencial usando o medidor da resistência de aterramento, voltíme-
tro/amperímetro ou outro equivalente. Não é admissível a utilização de multímetro.

NOTAS
1 Na impossibilidade de execução das alíneas c) e d), devido a interferências externas, deverá ser emitida uma
justificativa técnica.
2Asalíneas c) e d) não se aplicam quando se utilizam as fundações como eletrodos de aterramento.

Para atendimento do item “g”, foi elaborado o relatório técnico de toda a instalação elétrica da
unidade, abrangendo todas as edificações. Estes documentos serão inseridos no PIE na forma
de anexos, em pasta separada e numerada em função do volume destes documentos.

O relatório das instalações elétricas deverá ser acompanhado do cronograma para as adequa-
ções necessárias nas instalações elétricas apontadas no relatório da unidade. A necessidade
deste cronograma de adequação está previsto neste mesmo item.

Conforme descrito anteriormente, os relatórios técnicos das áreas classificadas também deve-
rão ser anexados ao PIE.

126
23. DESCRIÇÃO GERAL PARA EPCs, EPIs E FERRAMENTAS

24.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

Conforme item 10.2.4.c; o prontuário deverá apresentar a especificação dos equipamentos de


proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

Nesta seção será feita a descrição geral dos equipamentos de proteção coletiva que devem ser
disponibilizados e utilizados na unidade, na seção de anexos deste PIE constará o procedimen-
to de aquisição e ensaios dos EPCs de cada unidade.

Conforme item 10.2.4.e; o prontuário deverá apresentar os resultados dos testes de isolação
elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;

No procedimento de aquisição e ensaios dos EPCs utilizados nas intervenções no sistema elé-
trico ENERGIZADO de cada unidade consta a necessidade de anexar o relatório original dos
resultados dos testes de isolação elétricas realizados nos equipamentos com finalidade de iso-
lação. Poderão ser anexadas cópias destes testes e/ou ensaios realizados ao PIE. Caso sejam
anexadas as cópias destes relatórios de ensaios, os relatórios originais devem ser arquivados
no setor de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de cada unidade.

Todo relatório de teste e/ou ensaio de isolação de qualquer EPC deverá ser acompanhado por
uma ART assinada por profissional habilitado responsável pelo laboratório que executou os
testes e/ou ensaios.

O controle (necessidade de, periodicidade,... ) e inspeção para atendimento deste requisito se-
rá de responsabilidade do sistema de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de
cada unidade. Para tanto foi elaborado o documento PIE 24/0010-220/AV – Procedimento Con-

127
trole de Teste e Ensaios de Equipamentos Isolantes; este formulário deverá ser preenchido
para registro e controle para cada equipamento de proteção coletiva com finalidade de isola-
ção. Este documento deverá ser anexado ao PIE para manter os profissionais autorizados in-
formados sobre os testes e ensaios realizados e atender aos itens 10.2.6, 10.13.2, 10.14.4 e
10.14.5.

Os profissionais autorizados (eletricistas) deverão receber orientação para preenchimento des-


te formulário após as inspeções de rotina e após constatada alguma anormalidade no equipa-
mento. Após preencher este formulário o eletricista deverá entregar este documento juntamen-
te com o equipamento danificado ao supervisor de manutenção que encaminhará ao setor de
metrologia para registro e descarte correto do material.

Para aquisição dos EPCs deverão ser observados os requisitos técnicos constantes nos proce-
dimentos específicos de cada equipamento constantes na seção “anexos” deste PIE. Para
EPCs novos, a especificação para aquisição deverá ser efetuada pelo supervisor de manuten-
ção em parceria com a área de EHS. Sempre através de procedimento escrito.

Após aquisição, no recebimento dos EPCs estes deverão ser inspecionados e aprovados por
profissional qualificado na área de EHS e/ou elétrica.

Para especificação de bastão isolante para trabalho em redes energizadas de distribuição de-
verá ser observada a NBR11854;

Para especificação de plataforma isolante para trabalho em redes energizadas de distribuição


deverá ser observada a NBR11855;

Conforme item 10.4.3; nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositi-
vos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as
características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências ex-
ternas.

128
As ferramentas, equipamentos e dispositivos devem ser especificados conforme as caracterís-
ticas técnicas da instalação e utilização como:
 Nível de tensão nominal;
 Classe de tensão de isolamento;
 Nível de curto circuito;
 Energia incidente;
 Freqüência nominal;
 Influências externas; (exposição ao sol, chuva, ventos, utilização em ambientes molha-
dos, altas ou baixas temperaturas, presença de produtos químicos);

Estas características devem constar nos procedimentos de especificação de cada EPC.

Conforme descrito anteriormente, os equipamentos de proteção coletiva que são classificados


com a função de proteção por isolação devem ser testados e ensaiados para comprovar as
características e garantir a eficiência da segurança proposta pela isolação. Devem ser reali-
zados os testes e/ou ensaios de rotina pelo fabricante do equipamento e conforme normativa
devem ser realizados outros periodicamente. Na ausência de normas nacionais devem ser utili-
zadas normas internacionais. Não existindo normas internacionais deverá ser seguida a orien-
tação do fabricante. Esta recomendação deverá ser exigida por escrito na aquisição do produ-
to.

Conforme item 10.2.4.10.2.8.1; em todos os serviços executados em instalações elétricas de-


vem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, medi-
ante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores.

Desta forma, todo procedimento e execução de tarefa devem priorizar as medidas de proteção
coletiva com o objetivo de eliminar ou reduzir a exposição aos riscos de forma coletiva. Sendo
estas medidas insuficientes para controle dos riscos ou na sua total impossibilidade de aplica-

129
ção e/ou utilização; somente então deverão ser utilizados os equipamentos de proteção indivi-
dual.

Conforme item 10.2.8.2; as medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a


desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança.

Para definição das medidas de proteção e controle dos riscos aplicáveis; depois de elaborada a
analise de risco, devem ser estabelecidas prioritariamente as medidas de proteção coletiva.
Conforme descrito anteriormente. Entre elas a desenergização do circuito deve ser a primeira
medida de proteção aplicada. Na sua impossibilidade deverá ser avaliada a possibilidade da
utilização da tensão de segurança, também conhecida como Extra Baixa Tensão – EBT.

Para a escolha do nível da EBT deverá ser utilizada, além da NR10, a NBR5410 que considera
as influências externas para escolha da tensão de contato limite que pode variar de 12 a 50Vca
ou 30 a 120Vcc.Quando aplicável, o responsável pela área elétrica deve definir o nível da EBT
a ser adotado de acordo com a analise de risco específica daquela atividade.

Para a desenergização deverão ser atendidos na íntegra as etapas estabelecidas no item


10.5.1 ou 10.5.3 desta NR. Esta prioridade foi estabelecida na descrição do procedimento de-
nominado PIE 04/0000-220/AV - Processo Desenergização-BT e PIE 05/0000-220/AV - Pro-
cesso Desenergização-AT. Estes procedimentos devem ser atendidos na íntegra para consi-
derar o sistema desenergizado.

Conforme item 10.2.8.2.1; na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem


10.2.8.2 (desenergização), devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais co-
mo: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento
automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

130
No procedimento de manobra ou seccionamento do equipamento devem constar as medidas
de proteção necessárias e disponíveis para o equipamento ou atividade.

Na ausência de normas nacionais deverão ser utilizadas as normas internacionais e na ausên-


cia destas adotar as recomendações do fabricante. Esta recomendação deverá ser exigida por
escrito na aquisição do produto.

ATENÇÃO: Observar na descrição dos procedimentos que para instalação dos EPCs ou
execução do processo de desenergização deverão ser utilizados EPIs adequados, pois o
sistema deverá ser considerado “energizado” durante o processo de desenergização.

De acordo com o laudo das instalações elétricas de cada unidade deverão ser estabelecidas as
medidas de proteção coletiva. Estas medidas de proteção coletiva disponíveis na unidade es-
tão descritos nesta seção abaixo.

24.1.1 DESCRIÇÃO DOS EPCs DA UNIDADE

Em função das características desta unidade deverão ser disponibilizados os seguintes equi-
pamentos de proteção coletiva:
→ Vara de manobra para aplicação de aterramento temporário classe 15kVca;
→ Conjunto de aterramento temporário para 3F + N para AT – 5kA;
→ Tapetes isolantes para classe 15kVca;
→ Mantas isolantes para classe 15kVca;
→ Detector de tensão AT por aproximação – 01 à 15kVca;
→ Sistema de comunicação permanente;
→ Ferramentas isoladas para BT até 1kVca conforme EN60900, IEC900 e NBR 9699;
→ Dispositivos para bloqueio e sinalização;
→ Sistema de combate a incêndio;
→ Sistema de sinalização das instalações elétricas e de seus riscos adicionais;

131
→ Multiteste BT CAT IV – 1000Vca conforme IEC 61010-1;
→ Multiteste BT CAT III – 1000Vca conforme IEC 61010-1;
→ Conjunto de aterramento temporário para 3F + N para BT – 50kA;
→ Bastão de salvamento 450daN – 100kV/30cm na cor laranja – ASTM F 711, IEC 855,
ABNT–EB2154;
→ Protetor facial com lente e concha para fixação em capacete 10,5 cal/cm2 - ASTM
F2178;
→ *Luvas de vaqueta para proteção mecânica sobre as luvas isolantes;

*Nas situações em que os profissionais devem usar as luvas tipo FR a luva de vaqueta
está dispensada.

24.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Conforme item 10.2.4.c; o prontuário deverá apresentar a especificação dos equipamentos de


proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

Nesta seção será feita uma descrição geral dos EPIs, na seção “anexos” deste PIE serão ane-
xados os procedimentos para aquisição e ensaios dos EPIs da unidade.

Conforme item 10.2.4.e; o prontuário deverá apresentar os resultados dos testes de isolação
elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;

No procedimento de aquisição e ensaios dos EPIs utilizados nas intervenções no sistema elé-
trico ENERGIZADO de cada unidade consta a necessidade de anexar o relatório original dos
resultados dos testes de isolação elétricas realizados nos equipamentos com finalidade de iso-
lação. Poderão ser anexadas cópias destes testes e/ou ensaios realizados ao PIE. Caso sejam
anexadas as cópias destes relatórios de ensaios, os relatórios originais devem ser arquivados
no setor de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de cada unidade.

132
Todo relatório de teste e/ou ensaio de isolação de qualquer EPI deverá ser acompanhado por
uma ART assinada por profissional habilitado responsável pelo laboratório que executou os
testes e/ou ensaios.

O controle (necessidade de, periodicidade,... ) e inspeção para atendimento deste requisito se-
rá de responsabilidade do sistema de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de
cada unidade. Para tanto foi elaborado o documento PIE 24/0010-220/AV – Procedimento
Controle de Teste e Ensaios de Equipamentos Isolantes; este formulário deverá ser preenchido
para registro e controle para cada equipamento com finalidade de isolação. Este documento
deverá ser anexado ao PIE para manter os profissionais autorizados informados sobre os tes-
tes e ensaios realizados e atender aos itens 10.2.6, 10.13.2, 10.14.4 e 10.14.5.

Os profissionais autorizados (eletricistas) deverão receber orientação para preenchimento des-


te formulário após as inspeções de rotina e após constatada alguma anormalidade no equipa-
mento. Após preencher este formulário o eletricista deverá entregar este documento juntamen-
te com o equipamento danificado ao supervisor de manutenção que encaminhará ao setor de
metrologia para registro e descarte correto do material.

Para aquisição dos EPIs deverão ser observados os requisitos técnicos constantes nos proce-
dimentos específicos de cada equipamento constantes na seção “anexos” deste PIE. Para EPIs
novos, a especificação para aquisição deverá ser efetuada pelo supervisor de manutenção em
parceria com a área de EHS. Sempre através de procedimento escrito.

Após aquisição, no recebimento dos EPIs estes deverão ser inspecionados e aprovados por
profissional qualificado na área de EHS e/ou elétrica. Para tanto deverá ser elaborado docu-
mento para registro e controle de cada EPI.

Para todos os EPIs, na aquisição deverá ser acompanhado de cópia do C.A. Este CA deverá
ser anexado ao PIE.

133
Itens de proteção individual que não estejam incluídos no Anexo I da NR-6, não sen-
do, por conseguinte, regulamentados como EPIs não tem a obrigatoriedade de possuir C.A.

O Ministério do Trabalho e Emprego e o Inmetro estão articulando um novo sistema para a cer-
tificação de EPIs. O setor de EHS deverá acompanhar a entrada em vigor da portaria do MTE
nº 32, de 8 de janeiro de 2009 que disciplina a avaliação de conformidade dos Equipamentos
de Proteção Individual e dá outras providências, e que está em fase de implantação no territó-
rio nacional. A partir desta portaria será exigida a certificação do INMETRO para os EPIs con-
forme as RACs aprovadas e publicadas pelo MTE.

Para fazer parte do sistema, o EPI precisa ter um RAC (Regulamento de Avaliação de Confor-
midade) publicado; como ocorre com os capacetes, calçados de segurança e aprovada a ela-
boração do RAC da luva isolante. Para tanto, é necessário que o equipamento já tenha requisi-
tos técnicos regulamentados, o que é definido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A publi-
cação do RAC significa que as regras para avaliação do EPI estão determinadas: as auditorias,
os ensaios periódicos, a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade, a retirada de amos-
tras do mercado para levar ao laboratório e avaliar se o produto está em conformidade com a
norma.

Desta forma, na aquisição, deverá ser exigido do fabricante o fornecimento da certificação do


equipamento junto ao INMETRO.

O controle e inspeção para atendimento deste requisito fica sob responsabilidade do setor de
EHS de cada unidade e a informação deverá ser compartilhada com o supervisor de manuten-
ção da área elétrica.

Conforme item 10.2.9.1; nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de prote-
ção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser

134
adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desen-
volvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.

Na ausência de normas nacionais deverão ser utilizadas as normas internacionais e na ausên-


cia destas adotar as recomendações do fabricante. Esta recomendação deverá ser exigida por
escrito na aquisição do produto.

De acordo com o laudo das instalações elétricas de cada unidade deverão ser estabelecidas as
medidas de proteção individual. Estas medidas de proteção disponibilizadas na unidade estão
descritos nesta seção abaixo.

24.2.1 DESCRIÇÃO DOS EPIs DA UNIDADE

Em função das características desta unidade deverão ser disponibilizados os seguintes equi-
pamentos de proteção individual:
→ Óculos de proteção com proteção contra raios UV e IF;
→ Capacete classe B para 600Vca – NBR8221;
→ Balaclava tipo FR categoria de risco 0, 1, 2, 3 ou 4;
→ Protetor facial total (capuz com visor) tipo FR categoria de risco 0, 1, 2, 3 ou 4;
→ Vestimenta Jaleco tipo FR categoria de risco 4;
→ Luvas tipo FR categoria de risco 0, 1, 2, 3 ou 4;;
→ Protetor facial com lente e concha para fixação em capacete 10,5 cal/cm2 - ASTM
F2178;
→ Vestimenta macacão ou calça+camisa tipo FR categoria de risco 0, 1, 2 ou 3;
→ Luvas tipo FR categoria de risco 0, 1, 2, 3 ou 4;
→ Luva isolante para AT – classe 2 (17kVca) ASTM D120; NBR10622;
→ Manga isolante bicolor para AT – classe 2 (17kVca) ASTM D1051;
→ Luva isolante para BT– classe 00 (500Vca) ASTM D120; NBR10622;
→ Manga isolante bicolor para AT – classe 1 (7,5kVca) ASTM D1051;

135
→ Calçado de proteção isolante para 600Vca, sem biqueira de aço – NBR12576;

As vestimentas tipo FR categoria 4, assim como as luvas classe 2 serão disponibilizados na


unidade na forma de um equipamento de proteção coletiva. Estes equipamentos deverão ficar
disponíveis permanentemente nos armários de guarda dos EPIs junto as subestações e/ou sa-
las de painéis. Deverá ser garantida a higienização destes EPIs pela unidade.

Para controle e higienização das luvas deverá ser utilizado o procedimento PIE 03/0005-
220/AV Procedimento para Inspeção – Higienização – Armazenagem de Luvas Isolantes.

A higienização das vestimentas tipo FR será executada na lavação interna da Fabrica sa. O
procedimento de higienização deverá ser de acordo com as orientações do fornecedor das ves-
timentas.

O controle da higienização das roupas FR e das luvas isolantes deverá ser executada pelo se-
tor de manutenção elétrica e supervisionada pelo setor de EHS.

As características técnicas para aquisição dos EPIs estão descritas nos procedimentos técni-
cos descritos para cada item como: vestimentas tipo FR, luvas e mangas isolantes, calçado
isolante, capacete.

24.3 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Conforme item 10.2.4.c; o prontuário deverá apresentar a especificação dos equipamentos de


proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR;

Nesta seção será feita uma descrição geral das ferramentas isolantes utilizadas na unidade, na
seção de anexos deste PIE constam os procedimentos para aquisição e ensaios destas ferra-
mentas.

136
Conforme item 10.2.4.e; o prontuário deverá apresentar os resultados dos testes de isolação
elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;

No procedimento de aquisição e ensaios das ferramentas utilizadas nas intervenções no siste-


ma elétrico ENERGIZADO de cada unidade consta a necessidade de anexar o relatório original
dos resultados dos testes de isolação elétricas realizados nos equipamentos com finalidade de
isolação. Poderão ser anexadas cópias destes testes e/ou ensaios realizados ao PIE. Caso
sejam anexadas as cópias destes relatórios de ensaios, os relatórios originais devem ser arqui-
vados no setor de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de cada unidade.

Todo relatório de teste e/ou ensaio de isolação de qualquer ferramenta deverá ser acompa-
nhado por uma ART assinada por profissional habilitado responsável pelo laboratório que exe-
cutou os testes e/ou ensaios.

O controle (necessidade de, periodicidade,... ) e inspeção para atendimento deste requisito se-
rá de responsabilidade do sistema de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de
cada unidade. Para tanto foi elaborado o documento PIE 24/0010-220/AV – Procedimento Con-
trole de Teste e Ensaios de Equipamentos Isolantes; este formulário deverá ser preenchido
para registro e controle para cada equipamento com finalidade de isolação. Este documento
deverá ser anexado ao PIE para manter os profissionais autorizados informados sobre os tes-
tes e ensaios realizados e atender aos itens 10.2.6, 10.13.2, 10.14.4 e 10.14.5.

Os profissionais autorizados (eletricistas) deverão receber orientação para preenchimento des-


te formulário após as inspeções de rotina e após constatada alguma anormalidade no equipa-
mento. Após preencher este formulário o eletricista deverá entregar este documento juntamen-
te com o equipamento danificado ao supervisor de manutenção que encaminhará ao setor de
metrologia para registro e descarte correto do material.

137
Para aquisição das ferramentas deverão ser observados os requisitos técnicos constantes nos
procedimentos específicos de cada equipamento constantes na seção “anexos” deste PIE. Pa-
ra ferramentas novas, a especificação para aquisição deverá ser efetuada pelo supervisor de
manutenção em parceria com a área de EHS. Sempre através de procedimento escrito.

Novos procedimentos deverão ser elaborados conforme aprovação de novos equipamentos na


unidade. A aprovação dos novos procedimentos sempre deverá ser realizada pelos responsá-
veis técnicos deste documento conforme tabela do item 8 descrito anteriormente.

Após aquisição, no recebimento das ferramentas, estes deverão ser inspecionados e aprova-
dos por profissional qualificado na área de EHS e/ou elétrica.

Para especificação da isolação para ferramentas manuais até 1000Vca observar a EN60900,
IEC900, NBR9699 respectivamente;

Para especificação dos multimedidores (multímetros) de baixa tensão observar a IEC-61010;

Na ausência de normas nacionais deverão ser utilizadas as normas internacionais e na ausên-


cia destas adotar as recomendações do fabricante. Esta recomendação deverá ser exigida por
escrito na aquisição do produto.

As ferramentas destinadas aos trabalhos no sistema desenergizado poderão ser do tipo co-
mum, ou seja, sem necessidade de possuir isolamento elétrico atestado através de laudo es-
pecífico e ensaios periódicos. Este item somente deverá ser observado nos trabalhos realiza-
dos por empresas terceirizadas e seus requisitos de segurança.

Para os profissionais autorizados da área elétrica da Fabrica sa, MESMO QUE trabalhe com o
sistema desenergizado, deverão ser utilizadas somente ferramentas especificadas para traba-
lho ENERGIZADO. Estes profissionais NÃO poderão possuir em sua maleta de ferramentas
qualquer ferramenta que não atenda a característica de isolação elétrica como chave de fenda,
alicate, estilete, chave de boca, chave canhão, chave Allen, entre outros.

138
Conforme item 10.4.3, nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositi-
vos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as
características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências ex-
ternas.

Conforme item 10.4.3.1; os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento


elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de
acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes.

Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico deverão atender


a descrição contida neste PIE contendo as características técnicas, aplicação, uso, manuten-
ção, armazenamento, inspeção e periodicidade de testes e/ou ensaios.

O controle e inspeção para atendimento deste requisito fica sob responsabilidade do sistema
de rastreabilidade de calibração e aferição da qualidade de cada unidade. Para tanto deverá
ser elaborado documento para registro e controle.

Deverá ser elaborado pelo setor responsável pelo controle dos testes e ensaios um plano de
substituição dos equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico
para o período em que os mesmos são enviados para os laboratórios credenciados. Estes do-
cumentos deverão ser anexados ao Prontuário das Instalações Elétricas.

Para novos equipamentos e ferramentas, deverá ser exigido relatório de ensaio do fornecedor
na sua aquisição. Sempre solicitar formalmente ao fornecedor as normas pertinentes a obser-
var relativas ao fornecimento efetuado. Não existindo normas nacionais o mesmo deverá reco-
mendar as normas internacionais. Não existindo normas internacionais, o mesmo deverá forne-
cer, por escrito, a recomendação do fabricante.

O atendimento deste item é complementado com o atendimento do item 10.2.4.e;

139
Deverá ser realizada uma inspeção pelo usuário antes de cada uso, através de procedimento
específico a ser transmitido nos treinamentos continuados e abordados no DDS.

De acordo com o laudo das instalações elétricas de cada unidade deverão ser estabelecidas as
ferramentas necessárias para execução de serviços no sistema energizado. Estas ferramentas
disponibilizadas na unidade estão descritos nesta seção abaixo.

24.3.1 DESCRIÇÃO DAS FERRAMENTAS DISPONÍVEIS NA UNIDADE

Em função das características desta unidade deverão ser disponibilizadas as seguintes ferra-
mentas mínimas para desenvolvimento das atividades no sistema elétrico:

→ Ensaiador elétrico portátil para Varas e Bastões isolantes 15kVca;


→ Dispositivo insuflador de luvas isolantes para inspeção visual diária;
→ Detector de tensão AT por aproximação – 01 à 15kVca;
→ Ferramentas isoladas para BT até 1kVca conforme EN60900, IEC900;
→ Multiteste BT CAT IV – 1000Vca conforme IEC 61010-1;
→ Multiteste BT CAT III – 1000Vca conforme IEC 61010-1;

Os testes e ensaios periódicos dos EPCs, EPIs e ferramentas deverão ser executados de
acordo com as normas técnicas específicas pela Fabrica sa em laboratórios credenciados:
→ NBR 10622 = luvas isolantes de borracha;
→ NBR 10623 = mangas isolantes de borracha;
→ NBR 11854 = mangas isolantes de borracha(*);
→ NBRISO 20345 = equipamento de proteção individual – Calçado de segurança;
→ NBR11855 = plataforma isolante para trabalhos em redes energizadas;
→ EN60900, IEC900, NBR 9699 = isolação para ferramentas manuais até 1000Vca;

140
→ NBR 8221 = equipamento de proteção individual – Capacete de segurança para uso na
indústria – especificação e métodos de ensaio;
→ Na ausência de normas solicitar recomendação do fabricante por escrito no que se refe-
re a manutenção, guarda, armazenamento e ensaios dos EPCs, EPIs e ferramentas.

(*) esta norma encontra-se cancelada no momento de sua consulta via sistema ABNT NET em
02/01/2009.

141
24. IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS, SINALIZAÇÃO

Conforme item 10.10.1; nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinaliza-
ção adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao dispos-
to na NR-26 - Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a se-
guir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de car-
gas;
f) sinalização de impedimento de energização; e
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.

10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas des-
tinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos
elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, ado-
tando-se a sinalização de segurança.

Para atendimento deste requisito foi elaborado procedimento para sinalização e identificação
do sistema elétrico da Fabrica sa conforme instrução técnica PIE 09/0000-220/AV - Padrão Si-
nalização NR 10. Este documento encontra em anexo na sequencia deste item.

Como a NR-26 não abrange todas as situações de sinalização solicitadas no item acima serão
utilizadas outras normas para estabelecer os padrões de sinalização como NBR5410,
NBR14039, e normas internacionais da IEC.

Para as instalações existentes e que já possuam sinalização, não há necessidade da substitui-


ção imediata pelo novo padrão estabelecido na instrução técnica. Porém toda nova instala-

142
ção/sinalização executada a partir da implantação da NR-10 e da elaboração deste documento
(PIE) deverá atender ao que estabelece o documento PIE 09/0000-220/AV - Padrão Sinaliza-
ção NR 10.

Este documento deverá ser revisado sempre que houver necessidade da inclusão de um novo
padrão de sinalização, ocorrer revisão das normas pertinentes ou no mínimo anualmente. A
revisão deste documento é de responsabilidade do supervisor de manutenção em conjunto
com o profissional de EHS.

A sinalização das zonas de risco e zona controlada para salas de painéis ou painéis instalados
em áreas diversas deverá ser demarcada no piso conforme apresentado no procedimento de
sinalização com a utilização de faixas no piso nas cores vermelha e amarela respectivamente.
As distâncias das faixas para delimitar as zonas devem respeitar a determinação da NR-10 em
seu anexo II de acordo com o nível de tensão e em concordância com o relatório técnico com o
estudo e cálculo de energia incidente na ocorrência de arco elétrico. Sempre deve prevalecer a
maior distância determinada.

Para sinalização das áreas classificadas é necessário que a unidade providencie o relatório de
classificação de área, conforme item específico descrito neste prontuário. O padrão da sinaliza-
ção utilizada para identificação destas áreas deverá ser de acordo com a instrução técnica PIE
09/0000-220/AV.

A placa de sinalização utilizada em conjunto com o bloqueio mecânico previsto no processo de


desenergização dos sistemas ou circuitos elétricos deverá ser utilizada em todo bloqueio reali-
zado. Seu preenchimento está previsto no PIE 09/0000-220/AV e sua aplicação e utilização de
acordo com os procedimentos de desenergização para AT denominado PIE 05/0000-220/AV e
BT denominado PIE 04/0000-220/AV. O sistema de sinalização dos bloqueios do processo de
desenergização deverá ser compatibilizado com o sistema de sinalização já existente e utiliza-
do na unidade.

143
Em situações que durante uma manutenção houver necessidade de desativar/dasabilitar tem-
porariamente os dispositivos de segurança como sensores, cabos de segurança, botões de
emergência, alarmes, intertravamentos elétricos ou mecânicos, proteções do sistema elétrico;
deverá ser utilizada placa de sinalização adicional específica e no local do acionamento deste
dispositivo de proteção conforme a instrução técnica PIE 09/0000-220/AV.

A não utilização da sinalização no procedimento de desenergização é considerada falta grave


de procedimento por parte do profissional responsável pela execução da tarefa.

Os ambientes de espaço confinado deverão ser sinalizados de acordo com o inventário reali-
zado pela unidade. Este inventário é específico para atendimento da NR-33 e não é parte inte-
grante deste trabalho. Mas deverá ser consultado para a identificação e sinalização das áreas
de forma a auxiliar na analise de risco, emissão de ordem de serviço e elaboração de procedi-
mento técnico emitidos aos profissionais autorizados no contexto da NR-10.

Para a sinalização nas subestações deverão ser observadas as recomendações e solicitações


constantes no relatório de não conformidades das instalações elétricas e a instrução técnica
PIE 09/0000-220/AV.

Este item será ser objeto da auditoria anual.

144
25. RISCOS ADICIONAIS

Conforme item 10.2.1; em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técni-
cas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

Conforme descrito na seção referente a analise de risco e reforçado neste item, todas as ativi-
dades deverão ser precedidas de analise de risco na qual os riscos adicionais às atividades de
intervenção do sistema elétrico devem ser considerados.

Conforme item 10.4.2; nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas
preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confi-
namento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros
agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

Conforme descrito no item “analise de risco”; na realização desta deverão ser considerados
todos os riscos adicionais a atividade referida, entre eles os citados na norma além de outros
que eventualmente podem estar presentes no local de desenvolvimento da atividade.

Os riscos adicionais descritos neste item são considerados mínimos, não representa que sejam
únicos. Cabe ao profissional responsável pela analise de risco e/ou sua validação, a avaliação
referente a presença de todos os riscos adicionais presentes na atividade em questão.

Conforme item 10.4.2 os riscos adicionais deverão identificados e possuir sinalização específi-
ca.

No documento referente ao padrão de sinalização, denominado PIE 09/0000-220/AV - Padrão


Sinalização NR 10 os riscos adicionais foram considerados. A unidade deverá promover a iden-
tificação e sinalização dos riscos adicionais existentes principalmente para espaços confinado,
exposição a campo eletromagnético, trabalho em altura, umidade, área classificadas.

145
Para os riscos adicionais de trabalho em altura e espaço confinado já existem programas de
proteção específicos implantados na unidade denominados “Programa de Proteção Contra
Quedas” e “Programa de Espaço Confinado – D5” respectivamente. A cópia destes programas
encontra-se em anexo após a descrição deste item.

Segue anexo também o “Plano de Resgate para Espaço Confinado”, conforme programa já é
existente e implantado na Fabrica sa. Neste plano consta o inventário de todos os espaços
confinados identificados na unidade, assim como os recursos materiais necessários e disponi-
bilizados para sua implantação e aplicação.

Para qualquer revisão destes documentos, o setor de EHS é responsável pela sua substituição
neste PIE nas versões impressas e digital.

Cada atividade desenvolvida em ambiente onde a analise de risco identificar um destes riscos
adicionais deverá ser preenchido formulário específico para liberação de serviço denominado
“Permissão para entrada em acesso Restrito” este já utilizado pela unidade e denominado de
EHS 63 ou conforme anexo II da NR33 - Permissão de Entrada e Trabalho – PET. Para libera-
ção dos trabalhos em altura deverão ser preenchidos os documentos EHS014 – Permissão
para Trabalhos em Altura e os formulários EHS004 – Analise de Tarefa em Altura ou EHS010 –
Inspeção de Trabalhos em Altura – Telhados. O preenchimento destes documentos é de res-
ponsabilidade do setor de EHS da unidade. O modelo destes documentos encontra-se em
anexo após a descrição deste item.

IMPORTANTE:
Ocorrendo a revisão de qualquer um destes programas ou documentos, o setor de EHS
deverá providenciar a sua substituição pela versão revisada neste PIE.

Os riscos adicionais de trabalho em altura e espaço confinado estão considerados no PAE e


desta forma possuem procedimentos de resgate específicos. O PAE encontra-se em anexo
após a descrição do item “Plano de Emergência”.

146
No relatório das instalações elétricas não foi identificado o risco adicional quanto a exposição à
campos eletromagnéticos, desta forma não há necessidade de estabelecer medidas de pre-
venção para este risco adicional.

Conforme descrito no item “Treinamentos” e consta no item dos anexos “Escopo de Treinamen-
tos” deste PIE, para os trabalhos realizados em altura, em espaços confinados, em áreas po-
tencialmente explosivas (todos considerados como riscos adicionais), estes profissionais deve-
rão receber treinamentos específicos. Incluindo ainda combate a incêndios e primeiros socor-
ros.

147
26. DIREITO DE RECUSA

Conforme item 10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito
de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua seguran-
ça e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierár-
quico, que diligenciará as medidas cabíveis.

Todos os profissionais autorizados da área elétrica deverão receber instruções referente a prá-
tica do direito de recusa.

O 10.13.4.c que antecede o item correspondente ao direito de recusa cita: “comunicar, de ime-
diato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua
segurança e saúde e a de outras pessoas.” Desta forma, antes da execução do direito de recu-
sa, deverá o profissional solicitar a presença do responsável pela execução da tarefa, ou seja,
que assinou a ordem de serviço. Caso a situação ou condição de risco permaneça, o profissio-
nal executor da tarefa deverá preencher o documento PIE 11/0000-220/AV – que corresponde
a sistemática do Direito de Recusa.

O direito de recusa será exercido através de sistemática que permite ao profissional autorizado
exercer seu direito sempre que identificada uma situação que não ofereça a segurança mínima
necessária para a execução da tarefa. Seja para o executor da tarefa ou para sua equipe de
trabalho.

O direito de recusa será implantado através de formulário específico denominado documento


PIE 11/0000-220/AV - padrão desenvolvido pela engenharia em conjunto com o EHS e o setor
jurídico da empresa; conforme modelo apresentado na sequencia.

Este formulário deverá ficar a disposição, para livre acesso aos profissionais autorizados da
área elétrica, fixados em porta documentos devidamente identificado com a etiqueta “Formulá-

148
rio Direito de Recusa”. Sendo disponibilizadas sempre no mínimo 10 (dez) vias impressas no
setor de manutenção elétrica.

Para seu preenchimento deverão ser reservados os seguintes itens:


a) Nome do profissional autorizado responsável pelo preenchimento;
b) Data;
c) Unidade;
d) Identificado do risco grave e iminente que impediu a realização da tarefa;
e) Visto do profissional autorizado responsável pelo preenchimento;

Ao exercer o direito de recusa, o profissional responsável pelo preenchimento deverá anexar a


análise de risco e o procedimento de execução da tarefa. Após o preenchimento o profissional
deverá entregar o documento ao superior hierárquico imediato responsável pela área.

Nos treinamentos de reciclagem dos profissionais autorizados da área elétrica serão inclusos
temas pertinentes quanto ao funcionamento da sistemática do direito de recusa, objetivo, apli-
cação, finalidade e conseqüências.

Sempre que um formulário de direito de recusa for preenchido; o mesmo deverá ser encami-
nhado para analise de uma comissão composta pelos profissionais do setor de EHS, pelo res-
ponsável pela analise de risco, responsável pela liberação da ordem de serviço e responsável
pelo preenchimento do PIE 11/0000-220/AV – que corresponde a sistemática do Direito de Re-
cusa.

Esta comissão deverá analisar a situação, determinar as medidas preventivas e de controle dos
riscos cabíveis, analisar os documentos de analise de risco e o procedimento de execução da
tarefa, propor a revisão para as adequações necessárias e posteriormente encerar o formulário
de direito de recusa.

149
O formulário de direito de recusa somente poderá ser encerado após obter a aprovação de al-
teração na analise de risco e do procedimento se cabíveis.

Para encerrar um formulário de direito de recusa deverá ser elaborado documento de “inventá-
rio” contendo a descrição de todo processo de investigação, contendo fotos da situação que
originou o direito de recusa e das medidas preventivas implantadas com visto final de todos
participantes da comissão.

Conforme descrito anteriormente está previsto treinamento para todos os gestores sobre as
implicações legais do não atendimento a esta determinação conforme documento PIE 14/0000-
220/AV – Treinamento Gestores – Responsabilidades Civil Criminal e Administrativa no Âmbito
da NR-10.

150
27. PLANO DE EMERGÊNCIA

Conforme itens:
10.12.1 - As ações de emergência que envolva as instalações ou serviços com eletricida-
de devem constar do plano de emergência da empresa.

Para atendimento deste requisito será utilizado o PAE – Plano de Atendimento a Emergências
existente e implantado a nível corporativo em todas as unidades da Fabrica sa.

O plano de emergência foi revisado, em conjunto com a área de EHS e responsáveis pelos
treinamentos de resgate de forma a integrar as necessidades da NR-10 ao plano de emergên-
cia existente. Para efetuar esta revisão, foram mapeados os cenários de emergência com risco
elétrico para posterior elaboração dos procedimentos de atendimento e resgate em caso de
acidentes. Assim como a inclusão da descrição dos equipamentos de resgate que deverão ser
disponibilizados para sua aplicação.

Uma cópia do PAE segue em anexo após a descrição deste item. Sempre que este programa
passar por revisão, é de responsabilidade do setor de EHS providenciar uma cópia para a
substituição neste PIE. Tanto na cópia física como no arquivo eletrônico e informar, via docu-
mento eletrônico, aos demais responsáveis pela manutenção e atualização deste PIE.

10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar


primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-
respiratória.

10.12.3 - A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às su-


as atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação.

10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipa-


mentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.

151
Conforme Anexo II da NR10, todos os trabalhadores autorizados a intervir nas instalações elé-
tricas deverão receber treinamentos adequados para combate a incêndios em instalações elé-
tricas. Os treinamentos de reciclagem também deverão abranger este tema em seu conteúdo
programático conforme consta no item anexo deste PIE na seção “Escopo Mínimo para Trei-
namentos”.

Sempre que possível, deve haver a participação dos profissionais da área elétrica na brigada
de combate a incêndios voluntários das unidades. Os treinamentos anuais pelos quais estes
profissionais passam anualmente, referentes a combate a incêndios e primeiros socorros po-
dem ser credenciados para reciclagem da NR-10. Esta referencia deverá constar no certificado
de conclusão/participação dos treinamentos.

O plano anual de treinamentos prevê a reciclagem dos profissionais autorizados. O controle da


necessidade de reciclagem dos treinamentos é de responsabilidade do setor de RH.

Para critérios de atendimento e aplicação destes treinamentos ver item específico denominado
“treinamentos” e no item referente aos anexos na seção “escopo mínimo para treinamento”
deste documento.

152
28. PROIBIÇÃO DE ADORNOS

Conforme item 10.2.9.3; é vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações
elétricas ou em suas proximidades.

Para atendimento deste requisito, fica proibido o uso de todo e qualquer tipo de adorno pelos
profissionais autorizados e identificados que desenvolvem suas atividades no, ou para, o sis-
tema elétrico.

Em função do nível e da gravidade dos riscos que normalmente envolvem as atividades e os


serviços no sistema elétrico; a proibição do uso de adornos torna-se uma medida de segurança
individual, pois impede a exposição do trabalhador aos riscos característicos e, na eventualida-
de de acidentes minimiza a gravidade das lesões que o indivíduo possa vir a sofrer.

Conforme dicionário Aurélio, entende-se por adornos, todo e qualquer objeto que consista em
um ornamento ou enfeite.

Não podem ser considerados como adornos objetos ou instrumentos de uso pessoal requeri-
dos ou indispensáveis para a realização das tarefas. Cabo ao profissional responsável pela
área de EHS em conjunto com o supervisor de manutenção, a responsabilidade da analise, se
necessário a sua adequação e a liberação para uso.

A critério da Fabrica sa são considerados adornos:


→ Óculos com armação metálica;
→ Crachá com grampo metálico;
→ Bonés;
→ Aliança, anéis, correntes, gargantilhas, pulseiras, tornozeleiras, pircing e brincos;
→ Coldres para ferramentas;
→ Canetas, lápis, chaves pequenas nos bolsos superiores da camisa ou macacão;

153
Para os profissionais que necessitam usar óculos para desenvolver suas atividades será reco-
mendado o uso de lentes ou o setor de EHS deverá providenciar o óculos de segurança com
lente de grau. É sabido que nenhum fabricante fornece C.A. para este tipo de óculos. Mas con-
forme citado anteriormente, esta condição minimiza as conseqüências dos danos em caso de
acidente em relação a armação metálica.

Para substituir os coldres, os profissionais autorizados a intervir no sistema elétrico deverão


receber maleta para ferramentas específica para esta atividade, preferencialmente de material
durável, indelével e de baixa condutibilidade.

Para evitar o uso de canetas, lápis, chaves pequenas nos bolsos superiores da camisa ou ma-
cacão recomenda-se que estas vestimentas não possuam bolsos superiores. Oferecendo mais
segurança durante os trabalhos em máquinas e painéis.

Todos os profissionais autorizados para desenvolver suas atividades no sistema elétrico deve-
rão receber a informação quanto a proibição do uso de adornos formalmente durante a integra-
ção antes do inicio de suas atividades na empresa.

Este documento deverá ser impresso, entregue para leitura e assinado em duas vias. A primei-
ra fica com a Fabrica sa e deverá ser anexada na pasta de treinamentos deste profissional no
setor de RH. A segunda via deverá ser entregue ao profissional.

Este item deverá ser permanentemente supervisionado pelo EHS e supervisor de manutenção
da área elétrica.

Este item deverá ser objeto da auditoria anual.

154
29. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Conforme item 10.14.3; na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o
MTE adotará as providências estabelecidas na NR 3.

A NR-3 trata de embargo e interdição. Desta forma, em caso de auditoria, constatada a não
conformidade poderá o auditor embargar com paralisação total ou parcial da obra de instalação
elétrica (construção, montagem, instalação, manutenção e reforma).

Ou interditar: Paralisação total ou parcial do estabelecimento, da frente de trabalho, do setor de


serviço, da máquina ou equipamento.

São consideradas situações de risco grave e iminente:


→ 10.2.4 - Os estabelecimentos que não constituíram e mantêm o Prontuário de Ins-
talações Elétricas;
→ 10.2.8.1- Ausência da adoção de medidas de proteção coletiva, prioritariamente, a
des energização - barreiras, aterramento;
→ 10.2.9.1 - Ausência da adoção de EPI específicos e adequados às atividades de-
senvolvidas com instalações elétricas energizadas. (Luvas isolantes, calçados es-
peciais, vestimentas de trabalho adequadas, dentre outros;
→ 10.4.1 - Falta de supervisão por profissional autorizado, na construção, montagem,
operação, reforma, ampliação, reparo e inspeção;
→ 10.6.1 - 10.6.1.1 - 10.7.1 – 10.7.2 - 10.8.8 - Atividades em instalação energizada,
realizada por profissional não autorizado em segurança com instalações e servi-
ços elétricos;
→ 10.7.3 - Serviços em instalações elétricas energizadas em AT e os executados no
Sistema Elétrico de Potência - SEP, realizadas individualmente;
→ 10.7.7 – Ausência de desativação (bloqueio), dos conjuntos e dispositivos de reli-
gamento automático do circuito, sistema ou equipamento;

155
→ 10.9.5 - Serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas sem a permissão
para o trabalho com liberação formalizada ou supressão do agente de risco;

Todos os gestores e responsáveis pela elaboração e atualização deste prontuário receberam


instrução formal referente as conseqüências e implicações legais deste item conforme norma
administrativa PIE 14/0000-220/AV -Treinamento Gestores – Responsabilidade Civil e Adminis-
trativa no âmbito da NR-10.

Conforme item 10.14.2; as empresas devem promover ações de controle de riscos originados
por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos
órgãos competentes.

Sempre que forem evidenciadas situações de perigo nas instalações, seja pelo uso inadequa-
do, aproximação, falta de manutenção, ação de terceiros, a unidade deverá tomar providencias
adotando medidas de controle imediato e protocolar pedido junto aos órgãos competentes para
controle e eliminação da situação.

São exemplos destas situações: rede de energia elétrica pública muito próxima aos prédios ou
outras instalações da unidade. Postes em mal estado de conservação, redes com flechas muito
baixas colocando em risco veículo e transeuntes que transitam sob a rede. Profissionais de
outras áreas que utilizam a infraestrutura da energia elétrica trabalhando nas suas proximida-
des sem as medidas de controle dos riscos necessários. Profissionais da concessionária que
entram nas áreas de equipamentos elétricos (subestações) das unidades sem os devidos equi-
pamentos de segurança. Profissionais da área de telefonia que utilizam a rede de distribuição
da rede elétrica sem os devidos EPCs, EPIs e ferramental adequado.

Conforme item 10.8.9; os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétri-
cas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR,
devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus
possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.

156
O atendimento deste item será obtido com a implantação da norma administrativa denominada
PIE 13/0000-220/AV - Comunicação Riscos Envolvidos.

Este documento deverá ser utilizado no processo de integração de todos os profissionais que
irão desenvolver suas atividades nas instalações da Fabrica sa independente da área de traba-
lho.

Este processo deverá ser formalizado com a assinatura de todos os participantes da integra-
ção. O atendimento deste requisito é d responsabilidade do profissional da área de EHS.

Na programação da SIPAT deverão ser desenvolvidas atividades relacionadas a divulgação de


informações relativas ao uso da energia elétrica, possíveis riscos e medidas de proteção. A
implantação, controle e supervisão do atendimento deste item é de responsabilidade do setor
de EHS de cada unidade da Fabrica sa.

Deverá ser utilizada mídia impressa (A3) para fixação nos murais das áreas sociais objetivando
a divulgação de informações relativas ao assunto.

Nos Diálogos Diários de Segurança - DDS bem como nos diálogos antes de iniciar o desenvol-
vimento das atividades deverão ser abordados temas relacionados alertando os profissionais
sobre os riscos e medidas de proteção, controle e procedimentos existentes na unidade. A ges-
tão e controle desta atividade serão de responsabilidade do EHS e do responsável pela área
elétrica de cada unidade.

Conforme item 10.4.1; as instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas,
reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, con-
forme dispõe esta NR.

157
O responsável por exercer a supervisão dos profissionais autorizados é o supervisor de manu-
tenção.

Para atendimento deste requisito foi revisado o MT700 - Guia de Segurança para Empreiteiros.
Este documento já faz parte do programa do EHS da Fabrica sa e sua revisão visa o atendi-
mento da NR-10.

A supervisão do atendimento deste requisito é do supervisor de manutenção e do EHS da uni-


dade.

Na contratação de serviços terceirizados este item também deverá ser observado e atendido;

Conforme item 10.4.4; as instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de
funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodi-
camente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos.

O atendimento deste item é complementado com o atendimento do item 10.2.4.b e g da NR10;

Para atendimento deste item será ser implantado sistema de auditoria nas unidades da Fabrica
sa. A periodicidade de auditoria deverá ser conforme descrita no memorial descritivo do projeto
e de acordo com as normas NBR5410, NBR14039 e NBR5419 ou no mínimo anualmente.

Conforme item 10.4.4.1; os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equi-


pamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente
proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.

O uso indevido dos locais de serviços, compartimentos ou invólucros (quadros, armários,


CCMs, salas elétricas) destinados às instalações elétricas coloca em risco as pessoas, profis-
sionais ou não, e as próprias instalações dos prédios. Por essa razão os invólucros e salas elé-
tricas devem ser mantidos fechados por meios que exijam o uso de ferramenta para abri-los

158
(ou chaves). No caso de fechaduras, estas deverão ser de acesso restrito para os profissionais
autorizados e identificados.

É expressamente proibida a utilização dos locais de serviços elétricos, assim como as caixas
que servem de invólucros para os equipamentos como depósito de quaisquer objetos, inclusive
componentes elétricos para reposição futura ou componentes danificados.

Deverá ser implantada rotina de inspeção semanal para técnicos de segurança com o acompa-
nhamento de profissional autorizado da área elétrica para verificação do atendimento deste
requisito - local de serviços elétrico - Uso Indevido.

Este item deverá ser objeto do DDS e dos treinamentos de reciclagem previstos nesta norma e
será objeto da auditoria anual.

Conforme item 10.4.5; para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalha-
dor iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 - Ergo-
nomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização
das tarefas.

O relatório técnico das instalações elétricas de cada unidade apresenta qualquer deficiência de
iluminação nos locais de instalação de equipamentos ou instalações elétricas. Este item deverá
ser objeto da auditoria anual, quando deverá ser verificado o nível de iluminação das áreas e
atendimento das condições ergonômicas. A analise de risco das atividades deverá contemplar
a verificação deste item.

Deverá ser implantada rotina de inspeção dos técnicos de segurança para os serviços especi-
ais (espaços confinados, em altura, em locais de espaço reduzido) e obras para o atendimento
deste requisito observando as normas NR17, NBR 5413 e NBR 5382.

Este item deverá ser objeto da auditoria anual.

159
Conforme item 10.7.3; os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência - SEP, não podem ser realizados individu-
almente.

Fica proibida a realização de qualquer atividade na alta tensão, mesmo que seja apenas
de manobra, individualmente. Todo e qualquer serviço deverá ser realizado, no mínimo,
em dupla.

A análise de risco deve prever a identificação do trabalho em baixa ou alta tensão. Deverá
apresentar ainda a quantidade de pessoas necessárias para a realização da tarefa.

Nos procedimentos de trabalho previstos para alta tensão existe a informação clara do “proibi-
do trabalho individual” conforme documento PIE 02/102-220/AV - Manobra de Disjuntor AT (por
exemplo).

O controle da necessidade do trabalho em dupla deverá ser executado pela programação de


manutenção.

Conforme item 10.7.7; a intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos


limites estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser reali-
zada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos
de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento.

As instalações elétricas da Fabrica sa não possuem conjuntos e dispositivos de religamento


automático do circuito. Desta forma este item não se aplica a Fabrica sa.

O procedimento técnico e/ou de segurança deverá contemplar a verificação e/ou desativação


da entrada automática dos GMG onde houver.

160
Conforme item 10.7.9; todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem co-
mo aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação
durante a realização do serviço.

O sistema de comunicação já existente e utilizado nas instalações da Fabrica sa é a comunica-


ção via rádio.

O sistema deverá ser inspecionado pelo profissional ao iniciar suas atividades diárias e deverá
passar por uma inspeção mensal realizada pelo setor de manutenção.

Os novos profissionais devem receber instrução de uso deste sistema de comunicação ao ini-
ciar suas atividades dentro da Fabrica sa.

A partir da implantação desta norma fica proibida a entrada nas salas elétricas, subestações,
cabines de medição e áreas análogas sem um sistema de comunicação em perfeito estado de
funcionamento.

Deverá ser elaborado procedimento que estabeleça a condição acima, assim como orientação
para uso e funcionamento, treinamento e conduta ética no uso do sistema de comunicação.

O sistema de comunicação, em hipótese nenhuma, poderá ser utilizado com finalidades dife-
rentes daquelas as quais se destina. Ou seja, não pode ser utilizado para fazer brincadeiras
que possam distrair outra equipe de trabalho.

O uso inadequado do sistema de comunicação para finalidades que não objetivam o desempe-
nho das funções de cada profissional autorizado dentro do sistema elétrico de forma clara e
segura expõem o usuário às penalidades previstas para a situação.

161
As penalidades podem variar de uma advertência formal até o desligamento permanente deste
profissional da Fabrica sa.

Toda manutenção realizada em ambientes sujeitos a presença de água ou com a presença de


pessoas não autorizadas/qualificadas (leia-se aqui qualquer pessoa da produção, administra-
ção e outros que não autorizados da área de manutenção elétrica) deve ser realizada prioritari-
amente desenergizada.

Deverá existir instrução formal referente aos requisitos de segurança relativas as instalações
elétricas para o setor de higienização. Esta instrução deverá levar em consideração o rodízio
de profissionais no setor de higienização. A instrução deverá conter a advertência quanto ao
“não direcionamento dos jatos de água sobre conexões elétricas como conjunto plug/tomada
das luminárias, blocos autônomos de emergência, conexões dos motores, painéis de força e
comando.

Todo painel de comando instalado em áreas com presença de água, umidade ou risco de con-
densação deverá possuir seu sistema de comando instalado na tensão máxima de 24Vcc ou
24Vca.

Todo sistema de comando operado pelos profissionais da produção (entenda-se qualquer pro-
fissional não autorizado dentro do contexto da NR-10) deverá ser com tensão máxima de
24Vcc ou 24Vca.

Todo encaminhamento da rede de distribuição aérea deverá mantido em condições de livre


acesso a pé e por caminhões muck ou outros veículos que necessitam de acesso para manu-
tenções.

Não poderão ser efetuados depósitos de qualquer material sob a rede de alta tensão ou nas
suas proximidades (dentro da zona controlada). Não poderão ser feitas construções de qual-

162
quer natureza sob as redes de alta tensão ou nas suas proximidades (dentro da zona controla-
da).

Toda manutenção realizada na rede de distribuição de energia elétrica aérea em alta tensão
deverá ser realizado por no mínimo 02 (dois) profissionais – mesmo que realizado na baixa
tensão.

Qualquer manutenção realizada nos circuitos elétricos deverá levar em consideração a instala-
ção de capacitores no sistema e aguardar no mínimo 15 minutos antes do inicio de qualquer
atividade após a abertura/desligamento da rede de alta e/ou baixa tensão. Sempre deverá ser
realizado procedimento de verificação de ausência de tensão no sistema antes do inicio das
atividades. Sempre observar a escala mínima e máxima do instrumento a ser utilizado.

Os novos painéis elétricos com o comando a distância (em campo) deverá ser projeta-
do/executado na tensão máxima de 24Vcc ou 24Vca.

Este item deverá ser objeto da auditoria anual.

163
30. NORMAS TÉCNICAS

Foram observadas as seguintes normas para elaboração deste documento:


1) NBR-5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. Estabelece as condições a que devem
satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e
animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Aplica-se princi-
palmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que seja seu uso (residencial, co-
mercial, público, industrial, de serviços, agropecuário, hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-
fabricadas.
2) NBR-14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Estabelece um sis-
tema para o projeto e execução de instalações elétricas de média tensão, com tensão nominal
de 1,0 kV a 36,2 kV, à freqüência industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de
serviço. Aplica-se a partir de instalações alimentadas pelo concessionário, o que corresponde
ao ponto de entrega definido através da legislação vigente emanada da Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL). Também se aplica a instalações alimentadas por fonte própria de
energia em média tensão;
3) NBR6689 - Requisitos gerais para condutos de instalações elétricas prediais. Fixa requisitos
gerais a que devem satisfazer os condutos a serem usados em instalações elétricas prediais
nos casos previstos na NBR 5410.
4) NBR 15465 - Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão -
Requisitos de desempenho. Fixa os requisitos de desempenho para eletrodutos plásticos rígi-
dos (até DN 110) ou flexíveis (até DN 40), de seção circular, podendo estes estar embutidos,
enterrados ou aparentes, a serem empregados em instalações elétricas de edificações alimen-
tadas sob uma tensão nominal igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada, com freqüên-
cias inferiores a 400 Hz, ou a 1 500 V em corrente contínua. Os eletrodutos objetos desta Nor-
ma também devem ser utilizados em linhas de sinal (telefonia, TV a cabo etc.).
5) NBR5114 - Reatores para lâmpadas fluorescentes tubulares – Especificação. Estabelece
requisitos para reatores para lâmpadas fluorescentes, de maneira a assegurar o desempenho

164
correto das lâmpadas fluorescentes, de acordo com a NBR IEC 81. Aplica-se somente a reato-
res para lâmpadas fluorescentes com filamentos preaquecidos, operando com ou sem starter,
em correntes alternadas com freqüência de 60 Hz em circuitos paralelos aéreos ou subterrâ-
neos, de acordo com NBR 5410.
6) NBR 14418 - Reatores eletrônicos alimentados em corrente alternada para lâmpadas fluo-
rescentes tubulares - Prescrições de desempenho. Especifica as prescrições de desempenho
para reatores eletrônicos alimentados em corrente alternada com tensões até 1 000 V a 50 Hz
ou 60 Hz, com freqüências de funcionamento diferentes da freqüência de alimentação, para
utilização com lâmpadas fluorescentes tubulares, ou com outras lâmpadas fluorescentes tubu-
lares projetadas para operação em alta freqüência.
7) NBR13418 - Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança. Fixa condições exi-
gíveis para cabos unipolares ou multipolares para instalações fixas de segurança, nas quais é
requerida a manutenção da integridade das linhas elétricas em condições de incêndio, confor-
me a NBR 5410.
8) NBRNM247-3 - Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para tensões nominais até
450/750V, inclusive - Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para instalações fixas (IEC
60227-3, MOD). Detalha as especificações particulares para condutores isolados com policlore-
to de vinila (PVC), sem costura, para instalações fixas e para tensões nominais até 450/750 V,
inclusive.
9) NBR 7288 - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de polivinila (PVC)
ou polietileno (PE) para tensões de 1 kV a 6 kV. Fixa condições exigíveis para a qualificação e
para a aceitação e/ou recebimento de cabos de potência unipolares, multipolares ou multiple-
xados, para instalações fixas, isoladas com cloreto de polivinila (PVC) ou polietileno (PE), com
cobertura.
10) NBR 7286 - Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno (EPR)
para tensões de 1 kV a 35 kV - Requisitos de desempenho. Fixa as condições exigíveis para
cabos de potência, unipolares, multipolares ou multiplexados, para instalações fixas, isolados
com borracha etilenopropileno (EPR), com cobertura. Estes cabos são utilizados em circuitos
de geração, distribuição e utilização de energia elétrica em tensões de 1 kV a 35 kV.

165
11) NBR7287 - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno reticulado
(XLPE) para tensões de isolamento de 1 kV a 35 kV. Fixa as condições exigíveis para cabos de
potência, unipolares, multipolares ou multiplexados, para instalações fixas, isolados com polieti-
leno reticulado (XLPE).
12) NBRNM60669-1 - Interruptores para instalações elétricas fixas domésticas e análogas -
Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60669-1:2000, MOD). Aplica-se somente aos interruptores para
corrente alternada, operados manualmente, para uso geral, de tensão nominal não ultrapas-
sando 440 V e de corrente nominal não ultrapassando 63 A, destinados às instalações elétricas
fixas domésticas e análogas, sejam interiores ou exteriores.
13) NBR14639 – Posto de serviço - Instalações elétricas
14) NBRIEC60947-1 - Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão - Parte 1: Regras
gerais. Aplica-se quando requerida pela norma de produto correspondente, a dispositivos de
manobra e comando, daqui pra frente chamados de "equipamento" e destinados a serem co-
nectados a circuitos onde a tensão nominal não exceda 1 000 V c.a. ou 1 500 V c.c.
15) NBRIEC60947-2 - Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão - Parte 2: Disjunto-
res. Aplica-se a disjuntores cujos contatos principais são previstos para serem conectados a
circuitos com tensão nominal não superior a 1000 Vc.a. ou 1 500 Vc.c.; contém também requi-
sitos adicionais para disjuntores com fusíveis incorporados. Aplica-se a disjuntores, quaisquer
que sejam suas correntes nominais, métodos de construção ou aplicações previstas.
16) NBRIEC60439-1 - Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão - Parte 1: Conjuntos
com ensaio de tipo totalmente testados (TTA) e conjuntos com ensaio de tipo parcialmente tes-
tado (PTTA). Estabelece as definições e indicam as condições de serviço, os requisitos de
construção, às características técnicas e os ensaios para CONJUNTOS de manobra e controle
de baixa tensão.
17) NBRNM60898 - Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas
e similares (IEC 60898:1995, MOD);
18) NBR5361-Disjuntores de baixa tensão. Fixa as características exigíveis de disjuntores em
caixa moldados para circuitos de tensões nominais até 380 V - corrente alternada (entre fases),
corrente nominal até 400 A, capacidade de curto-circuito nominal até 65 000 A (simétrica e efi-
caz) e freqüência nominal 60 Hz, para proteção contra sobrecargas e curto-circuito nos condu-

166
tores de instalações elétricas de edifícios e aplicações similares, além de apresentar os ensaios
para estes disjuntores. Os disjuntores são projetados para serem manuseados por pessoas
também não qualificadas e para não sofrerem manutenção.
19) NBRIEC60269-1-Dispositivo-fusíveis de baixa tensão - Parte 1: Requisitos gerais. Fixa as
condições exigíveis para dispositivo-fusíveis limitadores de corrente, com capacidade de inter-
rupção não inferior a 6 kA, destinados à proteção de circuitos de potência c.a., cuja tensão no-
minal não exceda 1 000 V, ou de circuitos c.c., cuja tensão nominal não ultrapasse 1 500 V.
20) NBR 5422 - Projeto de linhas aéreas de transmissão e subtransmissão de energia elétrica -
procedimento
21) NBRIEC60529 - Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP).
É aplicada para a classificação dos graus de proteção providos aos invólucros dos equipamen-
tos elétricos com tensão nominal não superior a 72,5 kV.
22) NBR 7844 - Identificação dos terminais e das terminações de equipamentos elétricos - Dis-
posições gerais para identificação por meio de notação alfanumérica. Fixa disposições gerais
para a identificação dos terminais e das terminações de equipamentos elétricos por meio de um
sistema uniforme.
23) NBR 8755 - Sistemas de revestimentos protetores para painéis elétricos. Fixa as condições
mínimas exigíveis para os sistemas de revestimentos protetores para painéis elétricos em aço-
carbono com aplicação sob forma de tinta líquida ou em pó.
24) NBRIEC60309-1 - Plugues, tomadas e acopladores para uso industrial - Parte 1: Requisitos
gerais. Aplica-se a plugues e tomadas, acopladores de cabo e acopladores de aparelhos, com
tensão nominal de operação que não exceda 690 V c.c ou c.a. e 500 Hz c.a., e corrente nomi-
nal que não exceda 250 A, destinados essencialmente para uso industrial, interno ou externo.
25) NBR 14136 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente
alternada - Padronização
26) NBRNM60884-1- Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo - Parte 1: Requisitos
gerais (IEC 60884-1:1994, MOD). Fixa as condições exigíveis para plugues e tomadas fixas ou
móveis exclusivamente para corrente alternada, com ou sem contato terra, de tensão nominal
superior a 50 V, mas não excedendo 440 V e de corrente nominal igual ou inferior a 32 A, des-
tinadas a uso doméstico e análogo, no interior ou no exterior de edifícios.

167
27) NBR13571 - Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios. Fixa requisitos mínimos
exigíveis para hastes de aterramento aço-cobreadas e seus acessórios, utilizados em instala-
ções de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, em instalações elétricas indus-
triais, comerciais, rurais, prediais e residenciais em geral, instalações de telecomunicação e
centro de processamento de dados e outros.
28) NBR5413 - Iluminância de interiores. Estabelece valores de iluminâncias médias em servi-
ço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria,
ensino, esporte e outras.
29) NBR5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Fixa as condições exigí-
veis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféri-
cas (SPDA) de estruturas, bem como de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do
volume protegido.
30) NBR9441 - Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio. Fixa as condições
exigíveis para elaboração de projetos, execução de instalações, operação e manutenção de
sistemas de detecção e alarme de incêndio.
31) NBR13434-1 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1: Princípios de
projeto. Fixa os requisitos exigíveis que devem ser satisfeitas pela instalação do sistema de
sinalização de segurança contra incêndio e pânico em edificações.
32) NBR13434-2 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 2: Símbolos e
suas formas, dimensões e cores. Padroniza as formas, as dimensões e as cores da sinalização
de segurança contra incêndio e pânico utilizada em edificações, assim como apresenta os sím-
bolos adotados.
33) NBR10898 - Sistema de iluminação de emergência. Fixa as características mínimas exigí-
veis para funções a que se destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em
edificações, ou em outras áreas fechadas sem iluminação natural.
34) NBR13231 - Proteção contra incêndio em subestações elétricas de geração, transmissão e
distribuição. Fixa condições mínimas exigíveis para proteção contra incêndios na elaboração de
projetos de implantação de subestações elétricas convencionais, atendidas e não atendidas, de
sistemas de transmissão.

168
35) NBR6245 - Fios e cabos elétricos - Determinação do índice de oxigênio. Prescreve método
de ensaio para determinar inflamabilidade de materiais retirados ou usados em fios e cabos
elétricos, por meio da medição da mínima concentração de oxigênio em uma mistura de oxigê-
nio e nitrogênio que, fluindo lentamente, apenas sustenta nos materiais uma combustão com
chama.
36) NR1 - Disposições Gerais.
37) NR3 – Embargo e Interdição.
38) NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
39) NR7 – Programas de controle médico de Saúde Ocupacional.
40) NR8 – Edificações.
41) NR9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais.
42) NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade.
43) NR 17 – Ergonomia.
44) NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
45) NR 23 – Proteção Contra Incêndios.
46) NR 26 – Sinalização de Segurança.
47) NR 28 – Fiscalização e penalidades.
48) NR33 - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados.

Antes da utilização de qualquer uma destas normas é de responsabilidade do profissio-


nal a verificação da versão vigente da norma de interesse na data de consulta.

169
31. GLOSSÁRIO

1. Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em cor-
rente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

2. Área Classificada: local com potencialidade de ocorrência de atmosfera explosiva.

3. Aterramento Elétrico Temporário: ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à


terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção
na instalação elétrica.

4. Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamá-
veis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na qual após a ignição a combustão se
propaga.

5. Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corren-
te contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente
contínua, entre fases ou entre fase e terra.

6. Barreira: dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas das instalações
elétricas.

7. Direito de Recusa: instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade


de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde
ou de outras pessoas.

8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivo, sistema, ou meio, fixo ou móvel de


abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores,
usuários e terceiros.

170
9. Equipamento Segregado: equipamento tornado inacessível por meio de invólucro ou barrei-
ra.

10. Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120
volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.

11. Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção de me-
didas de proteção para segurança das pessoas e desempenho dos componentes da instala-
ção.

12. Instalação Elétrica: conjunto das partes elétricas e não elétricas associadas e com caracte-
rísticas coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento de uma parte determina-
da de um sistema elétrico.

13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT): aquela que garanta as condições de segurança
ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos adequados desde o início até o fi-
nal dos trabalhos e liberação para uso.

14. Impedimento de Reenergização: condição que garante a não energização do circuito atra-
vés de recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos trabalhadores envolvidos nos
serviços.

15. Invólucro: envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer contato com par-
tes internas.

16. Isolamento Elétrico: processo destinado a impedir a passagem de corrente elétrica, por in-
terposição de materiais isolantes.

17. Obstáculo: elemento que impede o contato acidental, mas não impede o contato direto por
ação deliberada.

171
18. Perigo: situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à
saúde das pessoas por ausência de medidas de controle.

19. Pessoa Advertida: pessoa informada ou com conhecimento suficiente para evitar os perigos
da eletricidade.

20. Procedimento: seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização de um de-


terminado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de segurança e
circunstâncias que impossibilitem sua realização.

21. Prontuário: sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de informações
pertinentes às instalações e aos trabalhadores.

22. Risco: capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde
das pessoas.

23. Riscos Adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos, específi-
cos de cada ambiente ou processos de Trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a
segurança e a saúde no trabalho.

24. Sinalização: procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e advertir.

25. Sistema Elétrico: circuito ou circuitos elétricos interrelacionados destinados a atingir um de-
terminado objetivo.

26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e equipamentos destinados à
geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a medição, inclusive.

27. Tensão de Segurança: extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança.

172
28. Trabalho em Proximidade: trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar na zona con-
trolada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou com extensões condutoras, represen-
tadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que manipule.

29. Travamento: ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra
fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação não autorizada.

30. Zona de Risco: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível inclusive
acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproxima-
ção só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de técnicas e instrumentos
apropriados de trabalho.

31. Zona Controlada: entorno de parte condutora energizada, não segregada, acessível, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a
profissionais autorizados.

173
VOLUME 2

32. ANEXOS
32.1 AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS - Fabrica sa

32.2 AUTORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS - EMPRESAS CONTRATADAS

32.3 RELAÇÃO DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA ALTA TENSÃO

32.4 RELAÇÃO DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS PARA BAIXA TENSÃO

32.5 RELAÇÃO DE INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

32.6 RELAÇÃO DE ANALISES DE RISCO

174
32.7 ESCOPO MÍNIMO PARA TREINAMENTOS
32.7.1 Treinamento Básico – 40h/A-Seg. em eletricidade
32.7.2 Treinamento Complementar – 40h/A-Seg. em eletricidade
32.7.3 Treinamento Reciclagem Básico – 16h/A
32.7.4 Treinamento Reciclagem Complementar – 16h/A
32.7.5 Treinamento Primeiros Socorros – 08h/A
32.7.6 Treinamento Combate a Incêndios – 08h/A
32.7.7 Treinamento Espaço Confinado – Supervisor– 40h/A
32.7.8 Treinamento Espaço Confinado – Vigia – 16h/A
32.7.9 Treinamento Áreas Classificadas (pendente)
32.7.10 Treinamento Altura – 16h/A
32.7.11 Treinamento Resgate Altura e Espaço confinado – 16h/A

32.8 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DOS EPIs

32.9 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DOS EPCs

32.10 PROCEDIMENTO PARA ESPECIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS

32.11 CÓPIA INTEGRAL DA NR-10

175
VOLUME 3

32.12 PLANTAS DO PROJETO

32.13 ESQUEMAS UNIFILARES DO PROJETO

176
VOLUME 4

32.14 LAUDO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

177
33. CONTROLE DAS ALTERAÇÕES
Visto do profissional
Resp. pela
Revisão Data Doc. revisado autorizado pela atua-
revisão
lização do prontuário

XXXXXX, 00 de Fevereiro de 2010.

_______________________________ __________________________
Engenharia Fabrica sa Engenharia Fabrica sa Formatado: Normal
Xxxxxxx Yyyyyyy Xxxxxxx Yyyyyyy Formatado: Normal, Recuo: À esquerda: 0 cm

178
CREA – XXXXX CREA – XXXXXX
Formatado: Normal

Formatado: Normal

_______________________________ __________________________
Responsável Setor de Segurança Engenharia Formatado: Normal
Fabrica sa Profissional Formatado: Normal, Recuo: À esquerda: 0 cm
CREA – 000-00 CREA – 000.000-0 Formatado: Normal, Recuo: Primeira linha: 0 cm

_______________________________
Supervisor de manutenção
Fabrica sa
Matrícula

179

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