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Leandro Fritsch
Fernando Rodrigues
DIMENSIONAMENTO DE SFCR
SISTEMAS ON-GRID
Leandro Fritsch
Fernando Rodrigues
DIMENSIONAMENTO DE SFCR
SISTEMAS ON-GRID
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 05: Irradiação solar no plano horizontal, região metropolitana de Porto Alegre, RS –
Brasil......................................................................................................................................................12
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................7
2. OBJETIVOS...........................................................................................................................................8
7. INFORMAÇÕES GERAIS......................................................................................................................18
7.1. Cliente.................................................................................................................................18
5
8. NORMAS E ESPECIFICAÇÕES.............................................................................................................20
9. DOCUMENTAÇÃO..............................................................................................................................20
10.1. Localização........................................................................................................................21
11. ATERRAMENTO...............................................................................................................................22
14.4. Dados da central geradora (para geradores que não utilizam inversores).....................28
14.5. Dados dos dispositivos de baixa tensão para a conexão dos geradores........................28
14.8. Dados dos dispositivos de seccionamento visível de baixa tensão (se aplicável)..........29
1. INTRODUÇÃO
O sol emite, dentro da escala terrestre de tempo, energia inesgotável seja esta em forma de
luz e calor. Esta fonte de energia é uma das alternativas energéticas mais promissoras para suprir as
necessidades do desenvolvimento humano. Uma maneira de aproveitar este recurso é transformar
esta energia luminosa em energia elétrica, através de células fotovoltaicas.
Há duas configurações para a utilização da energia solar: sistemas Off-Grid (isolados da rede) e
sistemas On-Grid (conectados à rede).
Sistemas fotovoltaicos de conexão à rede são caracterizados por estarem integrados à rede
elétrica da concessionária. Diferente dos sistemas isolados que atendem a um propósito específico e
local, estes sistemas abastecem a rede elétrica com energia que pode ser utilizada por qualquer
consumidor da rede.
Os sistemas conectados têm uma grande vantagem com relação aos sistemas isolados por não
utilizarem baterias e controladores de carga. Tornando-os cerca de 30% mais eficientes e também
garantindo que toda a energia seja utilizada, ou localmente ou em outro ponto da rede.
8
2. OBJETIVOS
Consumo Consumo
Leitura
Referência Faturado Registrado
(kWh)
(kWh) (kWh)
ago-18 285 285 72.896
jul-18 306 306 72.611
jun-18 285 285 72.305
mai-18 230 230 72.020
Este projeto será concebido para fornecer energia elétrica para alimentar única e
exclusivamente uma residência unifamiliar onde será demonstrado a seguir seu
dimensionamento.
HISTÓRICO DE CONSUMO
Consumo Faturado (kWh)
700
574
600
453
445
500
398
382
380
374
341
333
400
331
325
322
322
kWh
311
309
306
291
289
285
285
258
256
250
248
247
242
241
300
231
230
225
214
214
209
204
200
100
0
jul-17
jul-16
jul-18
set-16
set-17
nov-15
mar-16
nov-16
mar-17
nov-17
jan-18
mar-18
jan-16
mai-16
jan-17
mai-17
mai-18
Gráfico 1: Demonstrativo da demanda de consumo mensal.
Fonte: https://servicos.ceee.com.br/AgenciaWeb/consultarHistoricoConsumo/
Com base nos dados disponibilizados pelo Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio
Brito (CRESESB) foi constatado a evolução da irradiação solar nas localidades próximas ao
município de Alvorada no RS ao longo do ano. Sendo assim, utilizado a média mensal anual da
irradiação do plano inclinado igual à latitude da região como índice de irradiação para
determinação das Horas de Sol Pleno (HSP) a fim de garantir que o sistema abasteça a residência
ao longo do ano.
Figura 5: Irradiação solar no plano horizontal, região metropolitana de Porto Alegre, RS – Brasil.
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/
13
Esta grandeza reflete o número de horas em que a irradiância solar deve permanecer
constante e igual a 1 kW/m², de forma que a energia resultante seja equivalente a
energia disponibilizada pelo sol acumulada ao longo de um dado dia.
15
4,59 [𝑘𝑊ℎ/𝑚²]
𝐻𝑆𝑃 = = 4,59 [ℎ/𝑑𝑖𝑎]
1 [𝑘𝑊/𝑚²]
Em função da taxa de disponibilidade, que neste caso será de 100 kWh, pois o
fornecimento de energia é trifásico, será abatido o valor referido anteriormente da
média mensal. Sendo assim, o consumo diário médio anual para a edificação será de
6,967 kWh/dia.
Para calcular a potência de um gerador, utilizamos a seguinte expressão:
𝐸
𝑃𝐹𝑉 =
𝐻𝑆𝑃𝑀𝐴 ∗ 𝑅𝑒𝑑1 ∗ 𝑅𝑒𝑑2
6967
𝑃𝐹𝑉 =
4,59 ∗ 0,75 ∗ 0,9
𝑃𝐹𝑉 = 2248 𝑊𝑝
Onde:
𝐻𝑆𝑃𝑀𝐴 (ℎ) – Média diária anual das HSP incidente no plano do painel FV;
𝑅𝑒𝑑1 (%) – fator de redução da potência dos módulos FV em relação ao seu valor
nominal, englobando os efeitos de: i) eventual acumulo de sujeira na superfície ao
longo do tempo; ii) degradação física permanente ao longo do tempo; iii) tolerância de
fabricação para menos, em relação ao valor nominal; iv) perdas em relação a
temperatura (valor default 0,75 para módulos FV de c-Si).
1124 𝑊𝑝 1124 𝑊𝑝
𝑁°𝐹𝑉1 = 𝑁°𝐹𝑉2 =
320 𝑊𝑝 320 𝑊𝑝
Onde:
𝑁°𝐹𝑉1 : Número de painéis fotovoltaicos gerador 1;
𝑁°𝐹𝑉2 : Número de painéis fotovoltaicos gerador 2;
𝑃𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 : Potência comercial.
1000
𝐹𝐷𝐼 =
1124
𝐹𝐷𝐼 = 0,89
Onde:
17
𝑉𝑖𝑆𝑃𝑃𝑇𝑚𝑖𝑛 𝑉𝑖𝑆𝑃𝑃𝑇𝑚𝑎𝑥
< 𝑁° 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠_𝑠é𝑟𝑖𝑒 <
𝑉𝑚𝑝𝑇𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑚𝑝𝑇𝑚𝑖𝑛
45 200
< 4<
37 33,8
18
𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥
𝑁° 𝑠é𝑟𝑖𝑒𝐹𝑉_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝐼𝑆𝐶
10
𝑁° 𝑠é𝑟𝑖𝑒𝐹𝑉_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
9,18
𝑁° 𝑠é𝑟𝑖𝑒𝐹𝑉_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 1
Onde:
𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 (𝐴) – Corrente máxima C.C. admitida na entrada do inversor;
𝐼𝑆𝐶 (𝐴) – Corrente de curto-circuito do módulo FV nas STC
7. INFORMAÇÕES GERAIS
7.1. Cliente
8. NORMAS E ESPECIFICAÇÕES
Os critérios gerais apresentados estão baseados em documentos e normas técnicas descritas abaixo:
• NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão – ABNT;
• NR-10 – Instalações e serviços em eletricidade;
• Resolução normativa Nº 482/12 – ANEEL;
• PRODIST – Módulo 3: Acesso ao sistema de distribuição – ANEEL.
Prioritariamente deverão ser consideradas as diretrizes da norma da ABNT e da concessionária local, na falta
de informações destas, deverão ser consultadas normas internacionais (ANSI, IEC, etc.)
9. DOCUMENTAÇÃO
Fazem parte deste projeto, além deste memorial descritivo, os seguintes documentos e desenhos:
- FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ACESSO PROJETO ELETRICO GERAL
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- ART
- DADOS EQUIPAMENTOS
- DADOS PARA REGISTRO DA CENTRAL GERADORA
10.1. Localização
O sistema de micro geração será localizado na Rua Piauí, 261 – Bairro Maringá, Alvorada/RS.
Latitude: 30,006274S Longitude: 51,077074W
Na instalação atualmente existe uma entrada aérea de 50A, TRIFASICA, 380 V, que alimenta toda a
RESIDÊNCIA, estão presentes as demais proteções de acordo com a NBR 5410.
Serão instalados 08 (oito) módulos fotovoltaicos, da Yingli Solar de 320 Wp, no telhado da PESSOA
FÍSICA e 02 inversor de frequência da marca ecoSolys, modelo ecos-1000, MONOFASICA, 220 V de 1000 W,
homologados pelo INMETRO conforme registro 004042/2016, estão previstas todas as proteções necessárias,
tais como dois disjuntores TRIFASICOS de 16A e dois DPS classe II em um quadro de distribuição no interior a
residência, a partir deste quadro de distribuição será lançado o cabeamento para fazer a conexão dos
inversores com a rede da concessionária por meio de uma caixa de inspeção externa a residência.
Os inversores ecoSolys atendem as normas ABNT NBR 16149:2013, ABNT NBR 16150:2013 e ABNT
NBR IEC 62116:2012 (Procedimentos de ensaio anti-ilhamento para inversores de sistemas fotovoltaicos
conectados à rede elétrica). O sistema será interrompido automaticamente na falta de energia na rede
pública.
Os inversores utilizado neste projeto atendem a todos os requisitos da tabela 1 da Seção 3.7 do Prodist
Modulo 3, conforme datasheet em anexo a este memorial.
A conexão entre módulos e micro inversores serão feitas com cabos de seção 6mm², próprios para
serem usados em corrente continua e proteção contra intempéries.
Este sistema utilizará String box dedicado em corrente continua e corrente alternada, visto que toda a geração
em corrente continua é convertida em alternada dentro da residência, em local apropriado, seguindo por
cabos tripolares em corrente alternada até serem interligados diretamente a um quadro de proteção geral
dentro da residência que conta com as proteções de surto e disjuntores dedicado ao sistema solar
fotovoltaico.
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Os inversores serão instalados sob o telhado, não sendo necessário nenhum tipo de manutenção e seu
monitoramento poderá ser feito via software.
Os módulos serão fixados através de estruturas metálicas de alumínio anodizado com alta resistência à
corrosão. Elas serão montadas diretamente sobre os telhados através de parafusos auto atarraxantes que se
fixa na estrutura que o sustenta, proporcionando uma alta resistência a ventos.
A conexão entre o inversor e o quadro de distribuição dos circuitos superior será feita por cabos de
6,0mm² e estes terão as proteções necessárias contra curto circuito e sobre carga. Terá também, dispositivo
de proteção de surtos (DPS) e disjuntor.
Será instalada uma placa de advertência no ponto de medição com os dizeres:
“CUIDADO – GERAÇÃO DISTRIBUIDA.”
Foi dimensionado um sistema de 2,0 kWp, que deve produzir em média 238 kWh/mês.
11. ATERRAMENTO
A edificação possui sistema de aterramento no esquema TN (conforme norma ABNT NBR 5410:2004),
resultando em uma resistência de aterramento inferior a 15Ω, mesmo que em solo seco. A instalação original
composta por 1 haste de 2,44m com seção de 5/8” enterradas no solo garantem a qualidade do aterramento.
Os cabos de aterramento dos módulos fotovoltaicos, assim como os cabos de força CC, são
apropriados para instalação externa, sujeitos a insolação e intempéries. A bitola para aterramento entre as
estruturas metálicas e os “string boxes” é de no mínimo 6mm² conforme recomendado pela IEC/TS
62548:2013 (norma em elaboração no Brasil pela Comissão de Estudo CE-03:064.01 do COBEI).
A conexão da moldura dos módulos com o cabo terra é executada por clips de aterramento, jumpers
entre os perfis e grampos terminadores específicos para aterramento.
O sistema de aterramento adotado para módulos, estruturas e inversores foi o TT, este esquema
possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a um eletrodo
de aterramento eletricamente distinto do eletrodo de aterramento da fonte, ou seja, os equipamentos são
aterrados com uma haste própria, diferente da usada para o neutro.
* Under Standard Test Conditions (STC) of irradiance of 1000 W/m2, spectrum AM 1.5
and cell temperature of 25°C.
13. ANEXOS A
14. ANEXO B
b) CPF/CNPJ: 548.789.770-00
d) Tipo de ramal, se aéreo (ligação) ou subterrâneo (entrada), seção e classe de isolação: Aéreo D-
10, 1kV.
b) Memorial descritivo: OK
14.4. Dados da central geradora (para geradores que não utilizam inversores):
a) Potência máxima de geração: NA
b) Fator de potência: NA
c) Tensão nominal de saída fase/neutro: NA
d) Corrente nominal de saída: NA
14.5. Dados dos dispositivos de baixa tensão para a conexão dos geradores:
a) Especificações dos dispositivos de proteção contra surtos de tensão: 20kA por pólo (2 polos) |
275Vca
a. Fabricante: ecoSolys
b. Modelo: ecos-1000
c. Tensão de isolamento: 600 Vcc
d. Corrente nominal de operação: 16A/MPPT
e. Corrente máxima de interrupção: 16A/MPPT
a. Fabricante: Schneider
b. Modelo: EZ9F33350
c. Tensão Nominal: 230/440 Vca
d. Tensão de Isolamento: 440 Vca
e. Corrente nominal de operação: 16 A
f. Corrente máxima de interrupção, com o respectivo tempo máximo:
6kA – Curva “B”
30
14.11. Dados dos relés secundários do módulo de proteção de média tensão: N/A
PINHO, J.T.; GALDINO, M.A.; Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de Janeiro:
CEPEL – CRESESB, 2014.
VILLALVA, M.G.; GAZOLI, J.R.; Energia Solar Fotovoltaica. 1° edição. São Paulo: Editora Erica.