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Auditoria Energética

Planos de Ações de Eficiência Energética

Aeroporto Cristiano Ronaldo


Stª Cruz , Funchal - Madeira

Aeroportos de Portugal

Genera RE_2017.010.06.01.01

Março de 2017

ANA | ACR RE_2017.010.06.01.01


Relatório Energético

Índice
1. Sumário executivo ...................................................................................................... 4

2. Introdução basilar ....................................................................................................... 4

3. Dados identificadores ................................................................................................. 5

3.1. Identificação da entidade auditora ........................................................................... 5

3.2. Identificação do proprietário .................................................................................... 5

3.3. Identificação das instalações................................................................................... 5

3.4. Responsável da gestão da energia e manutenção .................................................. 5

4. Plano da auditoria dos consumos energéticos ............................................................ 5

5. Caraterização do local ................................................................................................ 7

5.1. Fornecimento e distribuição de energia ................................................................... 7

5.1.1. Energia elétrica ................................................................................................ 7

5.1.2. Energia térmica ................................................................................................ 8

5.2. Caracterização dos edifícios ................................................................................... 9

5.2.1. Aerogare .......................................................................................................... 9

5.2.1.1. Descrição da envolvente ..........................................................................10

5.2.1.2. Iluminação interior ....................................................................................10

5.2.1.3. Sistema de climatização...........................................................................10

5.2.1.4. Outros equipamentos ...............................................................................11

5.2.2. Edifícios complementares ...............................................................................11

5.2.2.1. Descrição da envolvente ..........................................................................12

5.2.2.2. Iluminação interior ....................................................................................12

5.2.2.3. Sistema de climatização...........................................................................12

5.2.2.4. Outros equipamentos ...............................................................................13

5.3. Caracterização das instalações técnicas ................................................................13

5.3.1. Iluminação exterior da placa............................................................................13

5.3.2. Iluminação exterior pública ..............................................................................14

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5.3.3. Centrais de frio ................................................................................................14

5.3.4. Unidade de Tratamento de Ar .........................................................................15

5.3.5. Sistema tratamento de bagagem ....................................................................15

5.3.6. Centro de alimentação de pista .......................................................................15

5.4. Frota ......................................................................................................................16

6. Resultados da auditoria .............................................................................................16

6.1. Análise da utilização de energia durante o período da auditoria .............................16

6.2. Tarifário Energético ................................................................................................16

6.3. Histórico energético................................................................................................17

6.4. Indicador da intensidade carbónica ........................................................................25

6.5. Indicadores de eficiência no âmbito do SGCIE.......................................................26

6.6. Enquadramento e âmbito regulamentar do SCE ....................................................26

7. Planos de ações de eficiência energética ..................................................................27

7.1. Descrição das medidas de eficiência energética ....................................................27

7.1.1. Gestão da Energia ..........................................................................................27

7.1.2. Aerogare .........................................................................................................28

7.1.2.1. Sistema Solar Térmico .............................................................................28

7.1.2.2. Sistemas de Iluminação ...........................................................................28

7.1.2.3. Contagem desagregada ...........................................................................28

7.1.2.4. Sistema AVAC .........................................................................................28

7.1.3. Edifícios complementares ...............................................................................28

7.1.3.1. Gestão da Energia ...................................................................................28

7.1.3.2. Iluminação interior ....................................................................................29

7.1.3.3. Sistema Solar Térmico .............................................................................29

7.1.4. Iluminação da placa e iluminação exterior e pública ........................................30

7.1.5. Produção fotovoltaica ......................................................................................30

7.1.6. Frota automóvel ..............................................................................................32

7.1.7. Edifícios e instalações com baixos consumos ou desocupados ......................32

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7.2. Plano de medidas de eficiência e potencial económico ..........................................33

7.3. Plano de ações das medidas a implementar ..........................................................35

7.4. Incentivos à implementação das medidas de eficiência energética ........................35

8. Conclusões ................................................................................................................36

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1. Sumário executivo

Da auditoria energética ao Aeroporto ‘Cristiano Ronaldo’ na Madeira constatou-se que, dada


a crescente atividade operacional, as medidas de racionalização e eficiência energética
consistem em otimizar a operação, reduzir os consumos e custos da iluminação exterior e
iluminação interior, através da utilização de tecnologia Led. Propõem-se, também, medidas
de melhoria para reduzir os consumos de AVAC da Aerogare. Prevê-se ainda a instalação
de um sistema de produção fotovoltaica BT/MT, a instalar no terreno a norte do posto de
seccionamento, com capacidade de 1,2 MWp. Com a aplicação do plano de ações das
medidas de eficiência energética, de valor global estimado em 1.539.910€, o retorno é
inferior 3,3 anos, considerando os cerca de 20% de incentivos (isentos de reembolso) do
programa Madeira 2020 e disponibilizando a ANA, em capitais próprios, apenas 307.982€.

2. Introdução basilar

Para gerir energeticamente um aeroporto, e de forma eficiente, é fundamental conhecer a


quantidade de energia consumida pelo edifícios e instalações, bem como a forma como esta
é utilizada. A implementação de uma política de eficiência energética representa um
compromisso sério com o paradigma de um desenvolvimento sustentável.

A determinação das medidas com potencial de economia da energia permite direcionar a


empresa para a eficiência e redução do consumo energético. Desta forma, a aplicação das
medidas permitirá a redução de custos, pela utilização racional de equipamentos e
instalações.

Assim, no âmbito do DL 68 A/2015 e com objetivo geral de melhoria da eficiência energética


e redução dos consumos de energia primária, estabelecido no Plano Nacional de Ação para
a Eficiência Energética (PNAEE), constitui o presente documento o relatório da auditoria
energética ao Aeroporto Cristiano Ronaldo, que serve a ilha da Madeira no arquipélago.

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3. Dados identificadores

3.1. Identificação da entidade auditora

Entidade Genera Lda, Eduardo Fontes TR-1183 PQ00207


Rua da Fonte, nº 10, Tapada Village
Morada
2640-316 Igreja Nova – Mafra
Telefone 911 900 975

3.2. Identificação do proprietário

Nome ANA Aeroportos de Portugal S.A.


Rua D, Edifício 120
Morada
1700 – 008 Lisboa
Telefone 218413500
E-mail mavieira@ana.pt
NIF 500700834

3.3. Identificação das instalações

Nome Aeroporto Cristiano Ronaldo


Aeroporto da Madeira
Morada
9100-105 Santa Cruz
Concelho Santa Cruz
Instalações Aerogare, SLCI, Carga, Edifício C, D, Naval, Pista e Placa
Formas de
Eletricidade, Gás, Gasóleo, Gasolina
energia

3.4. Responsável da gestão da energia e manutenção

Gestor Local
Elsa Franco
Energia
Organigrama Adjunta da direção
Experiência
Mais de 20 anos de experiência
Profissional

4. Plano da auditoria dos consumos energéticos

A auditoria energética teve início em janeiro de 2017. Durante um mês realizaram-se as


visitas técnicas às instalações e edifícios do Aeroporto da Madeira e a sua análise
documental, através das quais foi possível:

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• Acompanhar e monitorizar o impacto estimado do consumo de energia primária;

• Identificar as oportunidades de melhoria do desempenho energético que potenciam a


redução dos respetivos consumos;

• Determinar os benefícios da implementação das soluções mais eficientes.

Atividade 1

Visitas técnicas detalhadas às instalações e edifícios, com levantamento info-fotográfico dos


equipamentos, acompanhadas pelo responsável da gestão e manutenção das instalações
técnicas.

Atividade 2

Recolha de elementos com caraterísticas das instalações, edifícios e frota (plantas e


diagramas), acompanhados dos dados relativos às várias formas de energia adquiridas
(registos de consumos, tabelas com dados de monitorização e faturas de energia) para
inventariação, registo e análise.

Atividade 3

Levantamento, caracterização e análise dos principais sistemas energéticos e


equipamentos, designadamente, AVAC, iluminação, sistema de tratamento de bagagem,
entre outros.

Atividade 4

Análise completa e integrada dos elementos recolhidos para cálculos energéticos e emissão
do relatório energético.

Atividade 5

Caracterização completa do perfil energético dos edifícios e instalações com vista à


apresentação das medidas com potencial de economia de energia para redução de custos
energéticos e operacionais das instalações.

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5. Caraterização do local

O Aeroporto Cristiano Ronaldo é composto por vários edifícios e instalações, sendo objeto
desta auditoria energética, no âmbito do DL 68-A/2015, os edifícios da aerogare, edifício da
manutenção, o terminal de carga, o edifício do serviço de luta contra incêndios (SLCI), os
edifícios dos operadores de handling (C e D), o edifício das forças de segurança, a estação
naval e outros pequenos edifícios e instalações.

As principais instalações são o centro de alimentação de pista (CAP), a iluminação da placa,


a iluminação exterior e púbica, o sistema de tratamento de bagagem e o sistema AVAC.

O número estimado de efetivos da ANA é conforme a tabela que se segue.

Nº por zona ou edifício Tipo de Ocupante Tipo de Atividade Zona


136 Funcionário Moderada Aerogare
16 Funcionário Ativa Edifício da Manutenção
15 Funcionário Ativa Terminal de Carga
35 Funcionário Ativa SLCI
8 Funcionário Ativa Edifício C
6 Funcionário Ativa Edifício D
15 Funcionário Moderada Forças de Segurança
6 Funcionário Moderada Estação Naval
14 Funcionário Moderada Outros edifícios e instalações

5.1. Fornecimento e distribuição de energia

5.1.1. Energia elétrica

O fornecimento de energia elétrica ao edifício é efetuado a partir de um anel de média


tensão (MT) com origem no PST1, que por sua vez alimenta os postos de transformação
(PT 2 a 5) MT/BT das principais instalações e edifícios, conforme representado na figura
seguinte.

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As principais instalações e edifícios possuem zonas técnicas onde estão alojados os


quadros gerais das instalações, os quadros parciais, os armários dos sistemas de gestão
técnica e as UPS, que asseguram a continuidade de fornecimento da energia elétrica aos
sistemas controlo e de comunicações de dados, em caso de falha de rede.

5.1.2. Energia térmica

A produção de energia térmica para água quente sanitária (AQS) é efetuada a partir
termoacumuladores a eletricidade destinada aos consumos pontuais de água quente
sanitária (AQS) das cozinhas e balneários.

A produção de energia térmica para água fria (AF) é efetuada a partir de 2 chiller’s,
instalados na cobertura da Aerogare, que alimentam as unidades de tratamento de ar,
conforme representado na figura seguinte.

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5.2. Caracterização dos edifícios

5.2.1. Aerogare

O edifício da aerogare, com área total de 39.947m2, é composto pelos pisos de chegadas
(piso 2 e 0), pisos de partidas (piso 1 e 2), piso das lojas da zona franca e serviços técnicos
(piso 3), zonados pelos balcões de atendimento, balcões de check-in, lojas e serviços
comerciais, lojas da zona franca, restauração, portas de embarque, zona de segurança,
zona de desembarque, zonas administrativas, zonas técnicas e sistemas de tratamento de
bagagens.

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5.2.1.1. Descrição da envolvente

Paredes

As paredes exteriores são constituídas por elementos estruturais em betão armado e panos
de alvenarias duplos e simples, com blocos de betão vulcânico rebocados.

Coberturas

As coberturas exteriores são constituídas por lajes maciças em betão.

Pavimentos

Os pavimentos entre pisos, e que contatam com o solo ou com o exterior, são constituídos
por lajes maciças em betão.

Envidraçados

A área envidraçada vertical é constituída por vãos fixos, vão de correr e vãos de abrir, com
vidros simples e duplos, suportados em estruturas ou caixilhos metálicos de alumínio.

5.2.1.2. Iluminação interior

Os pisos da aerogare são iluminados por uma combinação de luz natural e artificial
proveniente das janelas e dos aparelhos de iluminação instalados sob os tetos e alguns
pilares e paredes. A rede de iluminação artificial encontra-se em bom estado de
conservação e é constituída por armaduras equipadas maioritariamente com lâmpadas LED,
sendo as aplicações em lâmpadas fluorescentes tubulares e lâmpadas fluorescentes
compactas nos espaços concessionados.

5.2.1.3. Sistema de climatização

O edifício possui instalados sistemas de climatização do tipo centralizado, alimentados a


partir do Chiller Norte (1206 kW) e Chiller Sul (1094 kW), associados a unidades de
tratamento de ar novo e unidades terminais interiores de condutas ou ventiloconvetores.

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Para os serviços técnicos situados a Norte da aerogare (gestão técnica da ANA) está
instalado um sistema centralizado do tipo VRF (gabinetes) e unidades redundantes ‘close
control’ para o data-center.

5.2.1.4. Outros equipamentos

Com consumo energético significativo ou pontual, foram ainda identificados na aerogare os


aparelhos de raio-x, elevadores, escadas rolantes e, nos edifícios complementares, as
camaras frigorificas, compressores, carregadores e outros equipamentos fixos e portáteis.

5.2.2. Edifícios complementares

O terminal de carga é composto por gabinetes, câmaras frigorificas e armazéns. O edifício


da manutenção é composto por gabinetes, serviços de manutenção, balneários e oficinas. O
SLCI é composto por gabinetes, sala de formação, ginásio, balneários e garagem para
viaturas. O edifício D (handling) é constituído por oficinas e balneários. O edifício C
(handling e escritórios) é constituído por oficinas, gabinetes, salas técnicas e balneários. O
edifício das forças de segurança e constituído por gabinetes e balneários. O edifico da
estação naval é constituído por gabinetes, sala de formação, oficinas e balneários.

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5.2.2.1. Descrição da envolvente

Paredes

As paredes exteriores são constituídas por elementos estruturais em betão armado e por
alvenaria simples de blocos vulcânicos, rebocada.

Coberturas

As coberturas exteriores são constituídas por lajes de betão planas e por estruturas
metálicas associadas a painéis sandwich, à exceção do SLCI, cujos painéis não possuem
material isolante.

Pavimentos

Os pavimentos contatam com o solo e são constituídos por lajes maciças em betão.

Envidraçados

A área envidraçada vertical é constituída por vãos fixos, vão de correr e vãos de abrir, com
vidros simples e duplos, suportados em estrutura metálica.

5.2.2.2. Iluminação interior

Os edifícios complementares são iluminados por uma combinação de luz natural e artificial
proveniente das janelas e dos aparelhos de iluminação instalados sob a cobertura. A rede
de iluminação artificial encontra-se em bom estado de conservação e é constituída por
armaduras equipadas com lâmpadas fluorescentes tubulares, lâmpadas fluorescentes
compactas, lâmpadas de iodetos metálicos e lâmpadas LED nos edifícios do SLCI, terminal
de carga e manutenção.

5.2.2.3. Sistema de climatização

A climatização dos gabinetes dos edifícios da Manutenção, Terminal de Carga, Edifício C e


Estação Naval é efetuada através de sistemas do tipo split, sendo a generalidade das
unidades terminais interiores do tipo mural.

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5.2.2.4. Outros equipamentos

Foram ainda identificados outros equipamentos como compressores de ar, carregadores de


baterias, câmaras frigoríficas, equipamentos de escritório, e diversos equipamentos fixos e
portáteis. As 4 câmaras frigoríficas do terminal de carga são constituídas por blocos de
compressores associados ‘dry-coolers’ exteriores.

5.3. Caracterização das instalações técnicas

Além dos edifícios mencionados anteriormente, fazem também parte do Aeroporto da


Madeira as instalações que de seguida se descrevem.

5.3.1. Iluminação exterior da placa

A iluminação da placa é constituída por 16 torres de iluminação, equipadas com um total de


62 projetores de 2x400W e 48 luminárias 1x250W com lâmpadas de descarga de vapor de
sódio alta-pressão (SAP).

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5.3.2. Iluminação exterior pública

A iluminação exterior pública é formada por 21 torres e 151 postes, equipados com
projetores e luminárias com lâmpadas de descarga SAP com potências de 95x400W,
104x150W, 78x100W e 108x70W.

A iluminação exterior no perímetro do edifício da aerogare e é efetuada por armaduras com


lâmpadas de descarga de Iodetos Metálicos (IMT), instaladas nas platibandas e fachadas do
edifício. Nos edifícios complementares do Terminal de carga e Estacão Naval, a iluminação
exterior perimétrica é efetuada por armaduras equipadas com lâmpadas SAP.

5.3.3. Centrais de frio

A produção de água refrigerada da aerogare é efetuada pelos chiller’s Norte e Sul, situados
no piso da cobertura, sendo as circuladoras em regime de caudal fixo, instaladas nas zonas
técnicas da cobertura e zonas técnicas interiores.

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5.3.4. Unidade de Tratamento de Ar

As unidades de tratamento de ar, localizadas no piso da cobertura da aerogare, são


compostas pelos blocos de mistura, permuta, filtragem e estão equipadas com
motoventiladores de velocidade e caudal fixo.

5.3.5. Sistema tratamento de bagagem

O sistema de tratamento de bagagem (STB) de partidas é constituído por tapetes


transportadores, para interligar a entrada de bagagens desde os balcões de check-in no piso
1 da zona terra (passageiros) e as cargas para as aeronaves na zona de ar (handling da
placa norte do piso 2). O STB de chegadas consiste num conjunto de circuitos entre a
chegada das bagagens das aeronaves (placa do piso 2) e a sua tomada nos tapetes ovais
pelos passageiros (no piso 0). A transição entre os pisos 2 e 0 é feita por gravidade em
transportadores de caracol.

5.3.6. Centro de alimentação de pista

O CAP (PT2) é constituído por sistemas de regulação de corrente elétrica designados por
“reguladores de brilho”, que se encarregam de assegurar em corrente “constante” as séries
de armaduras de iluminação da pista e percursos de acesso, cujo valor (de corrente) vai
determinar que a intensidade luminosa (brilho) seja uniforme em cada série de armaduras.

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A variação de corrente de cada série (subindo ou descendo a tensão de alimentação)


provoca a variação de brilho ou intensidade luminosa a emitir pelas armaduras.

5.4. Frota

A frota automóvel para uso da ANA no Aeroporto da Madeira é composta pelos tipos de
veículos descritos na tabela abaixo.

Identificação Nº de veículos

Ligeiros Passageiros 12
Ligeiros Mercadorias 5
Pesados Passageiros 1
Pesados Mercadorias 1
Outros 13

6. Resultados da auditoria

6.1. Análise da utilização de energia durante o período da auditoria

Da análise da utilização de energia, iniciada em simultâneo com as visitas técnicas e


continuando nas semanas seguintes, foram identificados os elementos representativos dos
perfis energéticos, proporcionando uma panorâmica fidedigna do desempenho energético
das instalações e equipamentos principais.

6.2. Tarifário Energético

O tarifário energético em vigor é conforme o gráfico abaixo.

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6.3. Histórico energético

Nesta secção são apresentados os consumos da energia consumida nos edifícios e


instalações, de acordo com os elementos fornecidos (folhas de registos e faturas de
energia) calculados entre 2012 e 2016.

Consumo e Custo Energia


2012 2013 2014 2015 2016
Edifícios Instalações
Energia Elétrica
Aerogare [kWh/ano] 3.903.247 3.772.038 3.876.148 3.516.331 3.814.664
Aerogare [€/ano] 457.642 424.563 407.171 382.383 369.504
STB [kWh/ano] 225.058 462.855 467.673 487.266 255.019
STB [€/ano] 26.387 52.097 49.127 52.988 24.702
AVAC [kWh/ano] 1.357.538 1.698.117 1.715.600 1.527.004 1.603.382
AVAC [€/ano] 159.166 191.132 180.215 166.054 155.310
Iluminação Pista [kWh/ano] 102.198 86.379 86.953 91.216 137.710
Iluminação Pista [€/ano] 11.982 9.722 9.134 9.919 14.975
Iluminação Placa [kWh/ano] 112.604 112.703 109.586 156.303 173.478
Iluminação Placa [€/ano] 19.766 19.169 19.540 20.634 18.157
Iluminação Exterior [kWh/ano] 168.588 170.307 186.017 189.744 187.445
Iluminação Exterior [€/ano] 19.766 19.169 19.540 20.634 18.157
Terminal Carga [kWh/ano] 160.877 168.751 173.181 153.576 153.576
Terminal Carga [€/ano] 18.862 18.994 18.192 16.701 14.876
Edifício C [kWh/ano] 65.694 79.274 64.436 72.570 72.570
Edifício C [€/ano] 7.702 8.923 6.769 7.892 7.029
Edifício D [kWh/ano] 106.809 78.632 93.103 106.937 98.865
Edifício D [€/ano] 12.523 8.850 9.780 11.629 9.576
Estação Naval [kWh/ano] 46.193 48.453 52.045 49.572 48.988
Estação Naval [€/ano] 5.416 5.454 5.467 5.391 4.745
Forças Segurança [kWh/ano] 32.839 47.767 49.535 46.219 46.219
Forças Segurança [€/ano] 3.850 5.376 5.203 5.026 4.477
SLCI [kWh/ano] 36.334 38.298 42.017 43.604 43.604
SLCI [€/ano] 4.260 4.311 4.414 4.742 4.224
Outros Edifícios [kWh/ano] 400.911 405.614 399.568 357.312 211.122
Outros Edifícios [€/ano] 47.005 45.654 41.973 38.856 20.450
Gás Propano
Cozinhas e Terceiros [kWh/ano] 7.086 8.331 8.487 9.889 8.874
Cozinhas e Terceiros [€/ano] 812 748 648 888 710
Gasóleo
Geradores Eletricidade [kgep/ano] 487 554 452 453 504
Geradores Eletricidade [€/ano] 695 790 644 646 719

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Com base nos registos existentes da frota automóvel, são apresentados na tabela e gráficos
abaixo os consumos e custos dos combustíveis da frota entre 2012 e 2016.

Consumo e Custo Energia


2012 2013 2014 2015 2016
Frota Automóvel
Gasóleo
Consumo Combustível [l/ano] 38.037 44.052 47.514 46.447 38.017
Consumo Combustível [kgep/ano] 31.761 36.783 39.674 38.783 31.744
Custo Combustível [€/ano] 45.265 52.422 56.542 55.272 45.240
Gasolina
Consumo Combustível [l/ano] 2.370 1.634 2.183 1.605 1.232
Consumo Combustível [kgep/ano] 2.067 1.425 1.904 1.400 1.074
Custo Combustível [€/ano] 3.413 2.353 3.144 2.311 1.773

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6.4. Indicador da intensidade carbónica

Desde 2012 os edifícios e instalações emitiram, direta e indiretamente para a atmosfera,


cerca de 12.555 toneladas de CO2 e a frota cerca de 60 toneladas de CO2. As emissões
indiretas são geradas fora da instalação, através da combustão de combustíveis fósseis na
produção de energia, utilizada nos edifícios e instalações sob a forma de eletricidade,
enquanto que, as emissões diretas, são geradas através da combustão de gasóleo e
gasolina.

Emissões de CO2 [ton/ano] 2012 2013 2014 2015 2016


Energia Elétrica
Aerogare 1.405,17 1.357,93 1.395,41 1.265,88 1.373,28
STB 81,02 166,63 168,36 175,42 91,81
AVAC 488,71 611,32 617,62 549,72 577,22
Iluminação Pista 36,79 31,10 31,30 32,84 49,58
Iluminação Placa 40,54 40,57 39,45 56,27 62,45
Iluminação Exterior 60,69 61,31 66,97 68,31 67,48
Terminal Carga 57,92 60,75 62,35 55,29 55,29
Edifício C 23,65 28,54 23,20 26,13 26,13
Edifício D 38,45 28,31 33,52 38,50 35,59
Estação Naval 16,63 17,44 18,74 17,85 17,64
Forças Segurança 11,82 17,20 17,83 16,64 16,64
SLCI 13,08 13,79 15,13 15,70 15,70
Outros Edifícios 144,33 146,02 143,84 128,63 76,00
Gás Propano
Cozinhas e Terceiros 1,43 1,68 1,71 2,00 1,79
Combustíveis Líquidos
Gasóleo Geradores 0,16 0,18 0,14 0,14 0,16
Gasóleo Frota Automóvel 10,16 11,76 12,69 12,40 10,15
Gasolina Frota Automóvel 0,63 0,44 0,58 0,43 0,33
Totais Emissões
Edifícios e Instalações 2.420,39 2.582,77 2.635,57 2.449,30 2.466,74
Frota Automóvel 10,79 12,20 13,27 12,83 10,48

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6.5. Indicadores de eficiência no âmbito do SGCIE

Sendo o Aeroporto da Madeira uma instalação com consumo intensivo de energia (>500
tep), são apresentados, de seguida, os indicadores de eficiência relativos ao ano de 2016.

Indicadores de Eficiência Aeroporto em 2016


Consumo Total Energia [kWh/ano] 7.233.759
Consumo Total Energia [kgep/ano] 618.683
Custo Total Energia [€/ano] 706.890
Valor de Traffic Unit [TU] 2.661.117
Nº passageiros [pax] 2.614.587
Nº movimentos [mov] 23.892
Energia por Traffic Unit [kWh/TU.ano] 2,7
Energia por passageiro [kWh/pax.ano] 2,8
Energia por movimento [kWh/mov.ano] 302,8
Volume de Negócios [€/ano]
Emissões CO2 [ton/ano] 2.460
Intensidade Energética [kgep/€]
Intensidade Carbónica [tonCO2/tep] 4,0

Grandes Área útil Consumo Anual IEE


Edifícios [m2] [kWh/ano] [kWh/m2.ano]
Aerogare 32.162 5.673.065 176,4
Terminal Carga 1.340 153.576 114,6
Edifício C 1.162 72.570 62,5

34.664 Média ponderada: 170,2

6.6. Enquadramento e âmbito regulamentar do SCE


Conforme acima referido, sendo este aeroporto uma instalação com consumo intensivo de
energia, deverá ser ainda efetuada uma auditoria completa no âmbito específico do SGCIE
(ponto 4, do artigo 12º, do DL 68A/2015) ou em alternativa, dado reunir as condições
principais para o efeito, o universo energético da ANA poderá vir a acreditar-se na norma
ISO 50001, onde a avaliação e monitorização energética é contínua através dos gestores
locais da energia do grupo de gestão da eficiência energética da ANA (GGEE), suportados
pelos sistemas de monitorização ‘WEM’ e gestão técnica das instalações aeroportuárias.
De referir, ainda, que os edifícios de serviços, ou equiparados, enquadráveis no âmbito de
certificação do SCE (ponto 6, do artigo 12º, do DL 68A/2015) e com área útil ocupada
superior a 1.000 m2 devem ter certificado energético válido, afixado na entrada de cada
edifício. A lista de edifícios com obrigatoriedade de certificação energética, bem como as
folhas de rosto de futuros certificados a desenvolver no âmbito do SCE, encontram-se em
anexo.

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7. Planos de ações de eficiência energética

7.1. Descrição das medidas de eficiência energética

Após a inventariação e análise da informação recolhida e processada durante a auditoria


energética, foram identificadas as medidas de eficiência com potencial de economia,
visando a redução de custos na utilização da energia e redução dos custos operacionais.
Para cada medida será efetuada a respetiva avaliação técnico-económica com uma análise
dos custos ao longo do ciclo de vida, tendo em conta as rentabilidades no longo prazo.

7.1.1. Gestão da Energia

Para além da monitorização de consumos, disponibilizada pelo sistema GGEE, propõe-se a


sua evolução para um sistema de gestão de energia (SGE) completo, necessário à
implementação da ISO 50001. Para tal, prevê-se a recolha de dados SQL para um portal de
gestão da energia, em meio web, e possibilitar aos operadores da ANA credenciados o
acesso ao SGE; daí será possível a realização de ações de controlo via sistema de gestão
técnica. Em complemento à operação da ANA, deverá ser facultada a outros operadores da
instalação aeroportuária a visualização da informação geral de consumos, em displays LCD,
de forma a que, em caso de anomalia, esta seja detetada e prontamente resolvida.

Do investimento com software, dispositivos e recursos humanos necessários à


implementação desta medida, parte poderá vir a ser concretizada a baixo custo, com a
atualização e refinamento do software de monitorização GGEE e formação interna de
quadros da ANA pelos gestores locais de energia.

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Dado não implicar custos de investimento significantes, desta medida (M0) resultará uma
poupança energética anual interessante, conforme se constata na tabela de valores
apresentada na secção 7.2.

7.1.2. Aerogare

7.1.2.1. Sistema Solar Térmico

Dada a envolvente envidraçada da aerogare não ser excessiva e, dado sobretudo ao clima
ameno existente na ilha da Madeira, as necessidades de aquecimento da mesma não são
significativas, pelo que não se propõe a instalação de kit’s solares associados à produção de
AQS.

7.1.2.2. Sistemas de Iluminação

O diagnóstico efetuado ao funcionamento e utilização dos meios de iluminação artificial na


aerogare não permitiu identificar oportunidades de redução nos consumos da energia.

7.1.2.3. Contagem desagregada

Recomenda-se a contagem de energia consumida de forma mais desagregada nas


instalações com elevado número de horas de utilização, nomeadamente nas instalações de
AVAC (com parciais por circuladoras e utas) nos ascensores, escadas e ainda, no data-
center.

7.1.2.4. Sistema AVAC

Recomenda-se a alteração do chiller sul e substituição dos circuladores e ventiladores das


UTA’s, de forma a possibilitar a variação de caudal de água refrigerada e varação do caudal
de ar tratado, em função dos valores realmente necessários para climatizar os espaços de
utilização ao longo do dia. Em conjunto com esta recomendação, sugere-se a possibilidade
de se efetuar a configuração e gestão, em modo dinâmico, dos set-point’s de temperatura.

7.1.3. Edifícios complementares

7.1.3.1. Gestão da Energia

O sistema de gestão de energia, referido no capitulo da aerogare, será aplicável aos edifcios
complementares para possibilitar aos operadores da ANA credenciados o acesso ao SGE e
a possibilidade de efetuar ações de controlo, via sistema de gestão técnica.

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7.1.3.2. Iluminação interior

O diagnóstico efetuado ao funcionamento e utilização dos meios de iluminação artificial nos


edifícios complementares permitiu identificar oportunidades relevantes de redução nos
consumos da energia. Verifica-se que as luminárias equipadas com lâmpadas fluorescentes
tubulares e sobretudo as equipadas com lâmpadas de descarga são de baixa eficiência.
Esta solução conduz a desperdícios energéticos elevados e a uma duração relativa inferior
das lâmpadas instaladas.

Assim, à medida que a manutenção o obrigue, sugere-se a substituição das armaduras ou


lâmpadas dos aparelhos de iluminação existentes por armaduras ou lâmpadas LED de
elevada eficiência e durabilidade, designadamente, nas forças de segurança e estação
naval. Os edifícios do SLCI, terminal de carga e da manutenção já dispõem de LED e os
edifícios com espaços concessionados (edifício C, edifício D e forças de segurança) deverão
levar a efeito esta medida de melhoria no seu orçamento. Estas medidas traduzir-se-ão
numa poupança energética anual associada a um período de retorno de investimento
satisfatório, conforme se constata na tabela de valores apresentada na secção 7.2.

7.1.3.3. Sistema Solar Térmico

Estas medidas (M5 e M6) traduzir-se-ão na instalação de dois sistemas solares térmicos
(SST) nos edifícios das forças de segurança e edifício da manutenção. O sistema SST das
forças de segurança terá um conjunto de 6 coletores planos na cobertura e um dAQ
adicional, de 800L, no circuito primário. O sistema SST do edifício da manutenção terá um
conjunto de 5 coletores planos na cobertura e dois dAQ adicionais, de 300L, no circuito
primário, resultando em poupanças energéticas anuais associadas a períodos de retorno de
investimento satisfatórios, conforme se constata na figura seguinte e tabela de valores
apresentada na secção 7.2.

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7.1.4. Iluminação da placa e iluminação exterior e pública

Estando a ANA acreditada na norma ISO 14001, não será mais apropriada a instalação de
novos equipamentos que utilizem metais pesados, como é o caso do mercúrio presente em
lâmpadas de descarga e lâmpadas fluorescentes.

Acresce, ainda, que tanto na iluminação da placa como na iluminação exterior e pública, as
armaduras existentes equipadas com lâmpadas de descarga IMT e SAP poderão ser
substituídas numa assentada, e com um custo de instalação aceitável, por armaduras
equipadas com tecnologia LED de elevada eficiência e maior durabilidade.

De referir que com esta medida, já em inicio de implementação, obter-se-ão melhores níveis
de iluminância e, sobretudo, de poupança energética anual com um período de retorno de
investimento muito satisfatório, conforme se constata na tabela de valores apresentada na
secção 7.2.

Apresenta-se abaixo o balanço energético da implementação da iluminação Led na placa.

Redução Anual Poupança Anual Poupança Anual Investimento Payback


[kWh/ano] [% €//ano] [€/ano] [€] [anos]

104.087 1,4 10.082 77.230 7,7

7.1.5. Produção fotovoltaica

A alojar no terreno a norte do PST1 e completamente afastado da pista, recomenda-se


vivamente a instalação um sistema de produção de energia elétrica para autoconsumo com
base na captação de energia solar fotovoltaica com capacidade de 1,08 MWp.
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Este sistema será constituído por 4.000 painéis de 270 Wp cada, conforme especificação e
cálculo anexo, de forma a reduzir as necessidades de aquisição de energia elétrica externa
ao aeroporto nas horas cheia e de ponta.

Redução Anual Poupança Anual Poupança Anual Investimento Payback


[kWh/ano] [% €//ano] [€/ano] [€] [anos]

1.437.615 19,7 139.253 1.275.360 9,2

Devido há atual e futura redução de custos e aumento da eficiência dos painéis


fotovoltaicos, esta medida (M1) tendo já um retorno de investimento muito aceitável,
traduzir-se-á numa significativa redução de emissões de CO2 e, sobretudo, numa poupança
energética anual muito considerável, conforme se constata na tabela de valores
apresentada acima e na secção 7.2.

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7.1.6. Frota automóvel

Da análise à lista de viaturas e em particular do tipo de veículo e antiguidade, propõe-se a


substituição de 6 veículos ligeiros de passageiros com motor de combustão por viaturas de
motorização elétrica do tipo kangoo ZoE “plug-in” com autonomia de 300 km. Nas restantes
aquisições ou substituições das viaturas existentes, destinadas a funcionários que façam
deslocações por todo o país, deve-se optar por veículos mais eficientes do tipo híbrido “plug-
in” ou equivalente.

Acresce ainda que ao investimento na aquisição de veículos elétricos e híbridos é aplicável


um pacote exclusivo de benefícios fiscais, nomeadamente na dedução de iva e tributação
autónoma.

Associada a esta medida (M8), deve a ANA promover a instalação de pelo menos mais um
posto de carregamento rápido por cada parque de estacionamento do aeroporto.

Devem ainda ser desenvolvidas ações de formação em eco condução e ser implementado
um sistema de controlo global de consumos e custos para o universo ANA.

7.1.7. Edifícios e instalações com baixos consumos ou desocupados

Os edifícios VIP-DAM e Necrotério encontram-se parcialmente desocupados, e, por este


motivo, nestes edifícios não existe potencial de redução de consumos e poupança
energética.

Os edifícios com consumos reduzidos, designadamente, as portarias, posto avançado, rac’s,


guiamento e pico do facho têm consumos muito reduzidos, pelo que também não
apresentam potencial de redução e poupança energética.

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7.2. Plano de medidas de eficiência e potencial económico

A implementação das medidas com potencial de economia acima descritas permite


alavancar e direcionar a entidade para a eficiência e redução dos consumos energéticos e
redução dos custos operacionais através da utilização racional de equipamentos e
instalações.

Na tabela abaixo são apresentadas medidas de melhoria por edifícios e instalações,


incluindo as reduções anuais dos consumos energéticos, o investimento associado e o
tempo de retorno económico expectado para cada medida.

Redução Anual
Medidas Eficiência por Investimento Payback
Instalação e Edifício Eletricidade Térmica Emissões Poupança Poupança [€] [anos]
[kWh] [kWh] [tonCO2] [€] [% €]

Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0 17 4.642 0,7 6.990 1,5
Energia

Inst. Sistema Solar


M1 1.437.615 0 518 139.253 19,7 1.275.360 9,2
Fotovoltaico

Inst. Placa -
M2 138.783 0 50 13.443 1,9 77.230 5,7
Iluminação Led

Inst. Exterior -
M3 140.583 0 51 13.617 1,9 97.490 7,2
Iluminação Led
Ed. Complementares
M4 - Iluminação Interior 16.467 0 6 1.595 0,2 5.590 3,5
Led
Ed. Manutenção -
M5 Sistema Solar 3.291 0 1 319 0,0 4.100 12,9
Térmico
Forças Seg. - Sistema
M6 0 5.353 1 428 0,1 4.350 10,2
Solar Térmico

M7 Aeroporto - Frota -3.097 101.071 26 10.900 1,5 68.800 6,3

Totais 1.781.569 106.424 669 184.198 26,1 1.539.910 8,4

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Na tabela abaixo são apresentadas medidas por forma de energia adquirida e agregada.

Medidas de Redução Poupança Poupança


Investimento Payback
Eficiência por Forma Medida(s) Anual Anual Anual
de Energia [kWh/ano] [% €] [€/ano] [€] [anos]

Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0,7 4.642 6.990 1,5
Energia
Inst. Placa -
M2 138.783 2,0 13.443 77.230 5,7
Iluminação Led
Inst. Exterior -
Eletricidade - Geral M3 140.583 2,1 13.617 97.490 7,2
Iluminação Led
Ed.Complementares
M4 16.467 0,2 1.595 5.590 3,5
- Ilum. Interior Led
Ed. Manutenção -
M5 3.291 0,0 319 4.100 12,9
Sist. Solar Térmico
6.797.654 [kWh/ano] Subtotal 347.051 26,3 33.617 191.400 5,7
Eletricidade - Inst. Sistema Solar
M1 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2
Fotovoltaica Fotovoltaico
0 [kWh/ano] Subtotal 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2
Forças Seg. -
Gás Propano M6 Sistema Solar 5.353 60,32 428 4.350 10,2
Térmico
8.874 [kWh/ano] Subtotal 5.353 60,3 428 4.350 10,2
Combustíveis
M7 Aeroporto - Frota 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3
líquidos
39.853 [kWh/ano] Subtotal 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3
Total
1.887.993 27,8 184.198 1.539.910 8,4
6.846.380 [kWh/ano]

Os valores dos incentivos Madeira 2020 que conduzem ao ‘payback incentivado’ estão apresentados na tabela anexa

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7.3. Plano de ações das medidas a implementar

O plano de ações proposto para a implementação das medidas ao longo dos próximos anos,
bem como os custos de investimento, custos de retorno e emissões de CO 2 evitadas são
conforme a tabela que se segue.

Redução Poupança Emissões


Ano Investimento Poupança
Plano Ações - Medidas energia Anual evitadas
Implementação [€] [% €]
[kWh/ano] [€/ano] [tonCO2/ano]
M0(100%) + M2(100%) +
2018 187.300 343.760 33.298 4,7 124
M3(100%) + M4(100%)
M1(50%) + M5(100%) +
2019 714.930 825.425 81.274 11,5 287
M6(100%) + M7(100%)
2020 M1(50%) 637.680 718.808 69.627 9,8 259

7.4. Incentivos à implementação das medidas de eficiência energética

Para estimular a implementação das medidas acima descritas, encontram-se disponíveis


incentivos ao investimento, no âmbito do programa Madeira 2020, conforme tabela
informativa em anexo.

Para além das vantagens económicas, as medidas de eficiência permitirão a diminuição dos
consumos de energia proveniente de combustíveis fósseis e a redução das emissões de
CO2, melhorando, por consequência, os índices de sustentabilidade e o prestígio da ANA,
quer pela produção de energia térmica e elétrica por via da captação solar, quer pela
adoção do trilho da eficiência energética dos edifícios e instalações.

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8. Conclusões

Foram realizadas inspeções técnicas aos edifícios e instalações, onde se efetuou a sua
caracterização ao nível da envolvente, equipamentos e sistemas. Registaram-se os
consumos de energia e perfis de carga e inventariou-se a matriz do histórico dos consumos
energéticos dos últimos cinco anos.

Após análise dos elementos recolhidos foi possível identificar as medidas de eficiência
energética com potencial económico. Para cada medida proposta apresentaram-se as
avaliações técnico-económicas, designadamente, os potenciais de redução de consumos e
custos e o período de retorno do investimento.

A ANA deve promover as medidas propostas e a certificação energética dos edifícios


elencados no presente relatório com vista à racionalização e redução dos consumos
energéticos e, consequentemente, à redução de emissões de CO2, melhorando os índices
de sustentabilidade e caminhando para a acreditação na norma ISO 50001.

Março de 2017

Eduardo Neves Fontes, OE 027448, DGEG TR 1183, ADENE PQ00207

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ANEXO I
Seleção de registos fotográficos realizados nas visitas técnicas à Instalação

Foto 1 – Exterior Aerogare Foto 2 – Interior da Aerogare

Foto 3 –Interior Aerogare Foto 4 – Iluminação Interior da Aerogare

Foto 5 – Aerogare Check-In Foto 6 – Edificio Terminal de Carga

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Relatório Energético

Foto 7 – Exterior Edifício D Foto 8 – Interior Edificio D

Foto 9 – Exterior Edificio C Foto 10 – Interior Edificio C

Foto 11 – Exterior Manutenção Foto 12 – Interior Manutenção

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Relatório Energético

Foto 13 – Exterior Estação Naval Foto 14 – Interior Estação Naval

Foto 15 – Interior SLCI Foto 16 – Interior SLCI

Foto 17 – Iluminação da Placa Foto 18 – Iluminação Pública

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Relatório Energético

ANEXO II
Produção de Água Quente por Sistema Solar Térmico – Edificio Forcas de Segurança

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Relatório Energético

Produção AQ por Sistema Solar Térmico – Implantação de painéis

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Relatório Energético

ANEXO III
Produção de Água Quente por Sistema Solar Térmico – Edificio de Manutenção

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Relatório Energético

Produção AQ por Sistema Solar Térmico – Implantação de painéis

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Relatório Energético

ANEXO IV
Cálculo da Produção Elétrica por Sistema Fotovoltaico

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Relatório Energético

Produção Elétrica por Sistema Fotovoltaico – Implantação de painéis

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Relatório Energético

ANEXO V
Resumo das medidas de eficiência e incentivos
Capitais
Redução Anual Madeira 2020 Próprios
Investimento Payback Empresa Payback
Medidas Eficiência por
incentivado
Instalação e Edifício [€] [anos] Incentivo não Incentivo [anos]
Eletricidade Térmica Emissões Poupança Poupança Investimento
reembolsável reembolsável
[kWh] [kWh] [tonCO2] [€] [% €] Líquido [€]
[€] [€]
Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0 17 4.642 0,7 6.990 1,5 1.398 4.194 1.398 0,6
Energia

Inst. Sistema Solar


M1 1.437.615 0 518 139.253 19,7 1.275.360 9,2 255.072 765.216 255.072 3,7
Fotovoltaico

Inst. Placa -
M2 138.783 0 50 13.443 1,9 77.230 5,7 15.446 46.338 15.446 2,3
Iluminação Led

Inst. Exterior -
M3 140.583 0 51 13.617 1,9 97.490 7,2 19.498 58.494 19.498 2,9
Iluminação Led
Ed. Complementares -
M4 16.467 0 6 1.595 0,2 5.590 3,5 1.118 3.354 1.118 1,4
Iluminação Interior Led
Ed. Manutenção -
M5 3.291 0 1 319 0,0 4.100 12,9 820 2.460 820 5,1
Sistema Solar Térmico
Forças Seg. - Sistema
M6 0 5.353 1 428 0,1 4.350 10,2 870 2.610 870 4,1
Solar Térmico

M7 Aeroporto - Frota -3.097 101.071 26 10.900 1,5 68.800 6,3 13.760 41.280 13.760 2,5

Totais 1.781.569 106.424 669 184.198 26,1 1.539.910 8,4 307.982 923.946 307.982 3,3

Tabela Informativa de valores previstos para as Melhorias de Eficiência Energética.

Os valores indicados para o Programa Madeira 2020 podem ser alterados em função da calendarização da candidatura a apresentar para o efeito

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Relatório Energético

Capitais Próprios
Madeira2020
Medidas de Redução Poupança Poupança Investimento Payback Empresa Payback
Eficiência por Forma Medida(s) Anual Anual Anual [€] [anos] Incentivo não Incentivo incentivado
de Energia [kWh/ano] [% €] [€/ano] Investimento [anos]
reembolsável reembolsável
Líquido [€]
[€] [€]
Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0,7 4.642 6.990 1,5 1.398 4.194 1.398 0,6
Energia
Inst. Placa -
M2 138.783 2,0 13.443 77.230 5,7 15.446 46.338 15.446 2,3
Iluminação Led
Inst. Exterior -
Eletricidade - Geral M3 140.583 2,1 13.617 97.490 7,2 19.498 58.494 19.498 2,9
Iluminação Led
Ed.Complementares
M4 16.467 0,2 1.595 5.590 3,5 1.118 3.354 1.118 1,4
- Ilum. Interior Led
Ed. Manutenção -
M5 3.291 0,0 319 4.100 12,9 820 2.460 820 5,1
Sist. Solar Térmico
6.797.654 [kWh/ano] Subtotal 347.051 26,3 33.617 191.400 5,7 38.280 114.840 38.280 2,3
Eletricidade - Inst. Sistema Solar
M1 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2 255.072 765.216 255.072 3,7
Fotovoltaica Fotovoltaico
0 [kWh/ano] Subtotal 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2 255.072 765.216 255.072 3,7
Forças Seg. -
Gás Propano M6 Sistema Solar 5.353 60,32 428 4.350 10,2 870 2.610 870 4,1
Térmico
8.874 [kWh/ano] Subtotal 5.353 60,3 428 4.350 10,2 870 2.610 870 4,1
Combustíveis
M7 Aeroporto - Frota 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3 13.760 41.280 13.760 2,5
líquidos
39.853 [kWh/ano] Subtotal 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3 13.760 41.280 13.760 2,5
Total
1.887.993 27,8 184.198 1.539.910 8,4 307.982 923.946 307.982 3,3
6.846.380 [kWh/ano]

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ANEXO VI
Listagem dos edifícios com obrigatoriedade de certificação energética

Após a análise dos elementos fornecidos e tendo sido visitadas as instalações


aeroportuárias, foi detalhado o enquadramento regulamentar da obrigatoriedade da
certificação energética aos edifícios.

Os edifícios de serviços que se encontrem ocupados e com área útil superior a 1000 m2, de
acordo com o disposto no nº 3 do artigo 3º do DL 118/2013 e DL 28/2016, encontram-se no
âmbito de certificação positiva do SCE, devendo ser sujeitos às auditorias periódicas (8
anos) referidas no ponto 6 do artigo 12 do DL68A, sendo o certificado energético a afixar na
entrada de cada edifício, de acordo com o previsto no nº 2 do art.º 8 do DL 28/2016.

Todos edifícios de serviços que se encontrem devolutos (independentemente da área) e os


ocupados que tenham área útil inferior a 1000 m2, de acordo com o disposto DL 118/2013 e
DL 28/2016, deverão ser certificados pelo SCE apenas quando forem objeto de venda,
locação ou cedência contratual, bem como quando sejam objeto de anúncio com vista a
realização desse negócio.

Estão no âmbito de certificação negativa do SCE as instalações industriais com


necessidades reduzidas de energia, bem como os armazéns com presença humana inferior
a 2 horas por dia, de acordo com a alínea a) e d) do art.º 4º do DL 28/2016.

Estão ainda no âmbito de certificação negativa do SCE, os edifícios afetos a forças de


segurança estão sujeitos a regras de controlo, de acordo com a alínea j) do art.º 4º do DL
28/2016.

De acordo com o suprarreferido, os edifícios com obrigatoriedade de certificação energética


são os assinalados na tabela abaixo.

Edifícios com obrigatoriedade de Área total Área útil Número Data de Data de
Certificação Energética [m2] [m2] Certificado emissão validade
Aerogare 39.948 32.162 CE61845327 28/08/2012 28/08/2018
Terminal de Carga 3.533 1.140 SCE 141556931 --- ---
Edificio Handling C 1.670 1.162 SCE 141561725 --- ---
estando válido, o gestor local de energia deve inserir no portal da DGEG, o numero de cada SCE por edifício
conforme quadro descrito abaixo.

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