Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aeroportos de Portugal
Genera RE_2017.010.06.01.01
Março de 2017
Índice
1. Sumário executivo ...................................................................................................... 4
8. Conclusões ................................................................................................................36
1. Sumário executivo
2. Introdução basilar
3. Dados identificadores
Gestor Local
Elsa Franco
Energia
Organigrama Adjunta da direção
Experiência
Mais de 20 anos de experiência
Profissional
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Análise completa e integrada dos elementos recolhidos para cálculos energéticos e emissão
do relatório energético.
Atividade 5
5. Caraterização do local
O Aeroporto Cristiano Ronaldo é composto por vários edifícios e instalações, sendo objeto
desta auditoria energética, no âmbito do DL 68-A/2015, os edifícios da aerogare, edifício da
manutenção, o terminal de carga, o edifício do serviço de luta contra incêndios (SLCI), os
edifícios dos operadores de handling (C e D), o edifício das forças de segurança, a estação
naval e outros pequenos edifícios e instalações.
A produção de energia térmica para água quente sanitária (AQS) é efetuada a partir
termoacumuladores a eletricidade destinada aos consumos pontuais de água quente
sanitária (AQS) das cozinhas e balneários.
A produção de energia térmica para água fria (AF) é efetuada a partir de 2 chiller’s,
instalados na cobertura da Aerogare, que alimentam as unidades de tratamento de ar,
conforme representado na figura seguinte.
5.2.1. Aerogare
O edifício da aerogare, com área total de 39.947m2, é composto pelos pisos de chegadas
(piso 2 e 0), pisos de partidas (piso 1 e 2), piso das lojas da zona franca e serviços técnicos
(piso 3), zonados pelos balcões de atendimento, balcões de check-in, lojas e serviços
comerciais, lojas da zona franca, restauração, portas de embarque, zona de segurança,
zona de desembarque, zonas administrativas, zonas técnicas e sistemas de tratamento de
bagagens.
Paredes
As paredes exteriores são constituídas por elementos estruturais em betão armado e panos
de alvenarias duplos e simples, com blocos de betão vulcânico rebocados.
Coberturas
Pavimentos
Os pavimentos entre pisos, e que contatam com o solo ou com o exterior, são constituídos
por lajes maciças em betão.
Envidraçados
A área envidraçada vertical é constituída por vãos fixos, vão de correr e vãos de abrir, com
vidros simples e duplos, suportados em estruturas ou caixilhos metálicos de alumínio.
Os pisos da aerogare são iluminados por uma combinação de luz natural e artificial
proveniente das janelas e dos aparelhos de iluminação instalados sob os tetos e alguns
pilares e paredes. A rede de iluminação artificial encontra-se em bom estado de
conservação e é constituída por armaduras equipadas maioritariamente com lâmpadas LED,
sendo as aplicações em lâmpadas fluorescentes tubulares e lâmpadas fluorescentes
compactas nos espaços concessionados.
Para os serviços técnicos situados a Norte da aerogare (gestão técnica da ANA) está
instalado um sistema centralizado do tipo VRF (gabinetes) e unidades redundantes ‘close
control’ para o data-center.
Paredes
As paredes exteriores são constituídas por elementos estruturais em betão armado e por
alvenaria simples de blocos vulcânicos, rebocada.
Coberturas
As coberturas exteriores são constituídas por lajes de betão planas e por estruturas
metálicas associadas a painéis sandwich, à exceção do SLCI, cujos painéis não possuem
material isolante.
Pavimentos
Os pavimentos contatam com o solo e são constituídos por lajes maciças em betão.
Envidraçados
A área envidraçada vertical é constituída por vãos fixos, vão de correr e vãos de abrir, com
vidros simples e duplos, suportados em estrutura metálica.
Os edifícios complementares são iluminados por uma combinação de luz natural e artificial
proveniente das janelas e dos aparelhos de iluminação instalados sob a cobertura. A rede
de iluminação artificial encontra-se em bom estado de conservação e é constituída por
armaduras equipadas com lâmpadas fluorescentes tubulares, lâmpadas fluorescentes
compactas, lâmpadas de iodetos metálicos e lâmpadas LED nos edifícios do SLCI, terminal
de carga e manutenção.
A iluminação exterior pública é formada por 21 torres e 151 postes, equipados com
projetores e luminárias com lâmpadas de descarga SAP com potências de 95x400W,
104x150W, 78x100W e 108x70W.
A produção de água refrigerada da aerogare é efetuada pelos chiller’s Norte e Sul, situados
no piso da cobertura, sendo as circuladoras em regime de caudal fixo, instaladas nas zonas
técnicas da cobertura e zonas técnicas interiores.
O CAP (PT2) é constituído por sistemas de regulação de corrente elétrica designados por
“reguladores de brilho”, que se encarregam de assegurar em corrente “constante” as séries
de armaduras de iluminação da pista e percursos de acesso, cujo valor (de corrente) vai
determinar que a intensidade luminosa (brilho) seja uniforme em cada série de armaduras.
5.4. Frota
A frota automóvel para uso da ANA no Aeroporto da Madeira é composta pelos tipos de
veículos descritos na tabela abaixo.
Identificação Nº de veículos
Ligeiros Passageiros 12
Ligeiros Mercadorias 5
Pesados Passageiros 1
Pesados Mercadorias 1
Outros 13
6. Resultados da auditoria
Com base nos registos existentes da frota automóvel, são apresentados na tabela e gráficos
abaixo os consumos e custos dos combustíveis da frota entre 2012 e 2016.
Sendo o Aeroporto da Madeira uma instalação com consumo intensivo de energia (>500
tep), são apresentados, de seguida, os indicadores de eficiência relativos ao ano de 2016.
Dado não implicar custos de investimento significantes, desta medida (M0) resultará uma
poupança energética anual interessante, conforme se constata na tabela de valores
apresentada na secção 7.2.
7.1.2. Aerogare
Dada a envolvente envidraçada da aerogare não ser excessiva e, dado sobretudo ao clima
ameno existente na ilha da Madeira, as necessidades de aquecimento da mesma não são
significativas, pelo que não se propõe a instalação de kit’s solares associados à produção de
AQS.
O sistema de gestão de energia, referido no capitulo da aerogare, será aplicável aos edifcios
complementares para possibilitar aos operadores da ANA credenciados o acesso ao SGE e
a possibilidade de efetuar ações de controlo, via sistema de gestão técnica.
Estas medidas (M5 e M6) traduzir-se-ão na instalação de dois sistemas solares térmicos
(SST) nos edifícios das forças de segurança e edifício da manutenção. O sistema SST das
forças de segurança terá um conjunto de 6 coletores planos na cobertura e um dAQ
adicional, de 800L, no circuito primário. O sistema SST do edifício da manutenção terá um
conjunto de 5 coletores planos na cobertura e dois dAQ adicionais, de 300L, no circuito
primário, resultando em poupanças energéticas anuais associadas a períodos de retorno de
investimento satisfatórios, conforme se constata na figura seguinte e tabela de valores
apresentada na secção 7.2.
Estando a ANA acreditada na norma ISO 14001, não será mais apropriada a instalação de
novos equipamentos que utilizem metais pesados, como é o caso do mercúrio presente em
lâmpadas de descarga e lâmpadas fluorescentes.
Acresce, ainda, que tanto na iluminação da placa como na iluminação exterior e pública, as
armaduras existentes equipadas com lâmpadas de descarga IMT e SAP poderão ser
substituídas numa assentada, e com um custo de instalação aceitável, por armaduras
equipadas com tecnologia LED de elevada eficiência e maior durabilidade.
De referir que com esta medida, já em inicio de implementação, obter-se-ão melhores níveis
de iluminância e, sobretudo, de poupança energética anual com um período de retorno de
investimento muito satisfatório, conforme se constata na tabela de valores apresentada na
secção 7.2.
Este sistema será constituído por 4.000 painéis de 270 Wp cada, conforme especificação e
cálculo anexo, de forma a reduzir as necessidades de aquisição de energia elétrica externa
ao aeroporto nas horas cheia e de ponta.
Associada a esta medida (M8), deve a ANA promover a instalação de pelo menos mais um
posto de carregamento rápido por cada parque de estacionamento do aeroporto.
Devem ainda ser desenvolvidas ações de formação em eco condução e ser implementado
um sistema de controlo global de consumos e custos para o universo ANA.
Redução Anual
Medidas Eficiência por Investimento Payback
Instalação e Edifício Eletricidade Térmica Emissões Poupança Poupança [€] [anos]
[kWh] [kWh] [tonCO2] [€] [% €]
Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0 17 4.642 0,7 6.990 1,5
Energia
Inst. Placa -
M2 138.783 0 50 13.443 1,9 77.230 5,7
Iluminação Led
Inst. Exterior -
M3 140.583 0 51 13.617 1,9 97.490 7,2
Iluminação Led
Ed. Complementares
M4 - Iluminação Interior 16.467 0 6 1.595 0,2 5.590 3,5
Led
Ed. Manutenção -
M5 Sistema Solar 3.291 0 1 319 0,0 4.100 12,9
Térmico
Forças Seg. - Sistema
M6 0 5.353 1 428 0,1 4.350 10,2
Solar Térmico
Na tabela abaixo são apresentadas medidas por forma de energia adquirida e agregada.
Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0,7 4.642 6.990 1,5
Energia
Inst. Placa -
M2 138.783 2,0 13.443 77.230 5,7
Iluminação Led
Inst. Exterior -
Eletricidade - Geral M3 140.583 2,1 13.617 97.490 7,2
Iluminação Led
Ed.Complementares
M4 16.467 0,2 1.595 5.590 3,5
- Ilum. Interior Led
Ed. Manutenção -
M5 3.291 0,0 319 4.100 12,9
Sist. Solar Térmico
6.797.654 [kWh/ano] Subtotal 347.051 26,3 33.617 191.400 5,7
Eletricidade - Inst. Sistema Solar
M1 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2
Fotovoltaica Fotovoltaico
0 [kWh/ano] Subtotal 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2
Forças Seg. -
Gás Propano M6 Sistema Solar 5.353 60,32 428 4.350 10,2
Térmico
8.874 [kWh/ano] Subtotal 5.353 60,3 428 4.350 10,2
Combustíveis
M7 Aeroporto - Frota 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3
líquidos
39.853 [kWh/ano] Subtotal 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3
Total
1.887.993 27,8 184.198 1.539.910 8,4
6.846.380 [kWh/ano]
Os valores dos incentivos Madeira 2020 que conduzem ao ‘payback incentivado’ estão apresentados na tabela anexa
O plano de ações proposto para a implementação das medidas ao longo dos próximos anos,
bem como os custos de investimento, custos de retorno e emissões de CO 2 evitadas são
conforme a tabela que se segue.
Para além das vantagens económicas, as medidas de eficiência permitirão a diminuição dos
consumos de energia proveniente de combustíveis fósseis e a redução das emissões de
CO2, melhorando, por consequência, os índices de sustentabilidade e o prestígio da ANA,
quer pela produção de energia térmica e elétrica por via da captação solar, quer pela
adoção do trilho da eficiência energética dos edifícios e instalações.
8. Conclusões
Foram realizadas inspeções técnicas aos edifícios e instalações, onde se efetuou a sua
caracterização ao nível da envolvente, equipamentos e sistemas. Registaram-se os
consumos de energia e perfis de carga e inventariou-se a matriz do histórico dos consumos
energéticos dos últimos cinco anos.
Após análise dos elementos recolhidos foi possível identificar as medidas de eficiência
energética com potencial económico. Para cada medida proposta apresentaram-se as
avaliações técnico-económicas, designadamente, os potenciais de redução de consumos e
custos e o período de retorno do investimento.
Março de 2017
ANEXO I
Seleção de registos fotográficos realizados nas visitas técnicas à Instalação
ANEXO II
Produção de Água Quente por Sistema Solar Térmico – Edificio Forcas de Segurança
ANEXO III
Produção de Água Quente por Sistema Solar Térmico – Edificio de Manutenção
ANEXO IV
Cálculo da Produção Elétrica por Sistema Fotovoltaico
ANEXO V
Resumo das medidas de eficiência e incentivos
Capitais
Redução Anual Madeira 2020 Próprios
Investimento Payback Empresa Payback
Medidas Eficiência por
incentivado
Instalação e Edifício [€] [anos] Incentivo não Incentivo [anos]
Eletricidade Térmica Emissões Poupança Poupança Investimento
reembolsável reembolsável
[kWh] [kWh] [tonCO2] [€] [% €] Líquido [€]
[€] [€]
Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0 17 4.642 0,7 6.990 1,5 1.398 4.194 1.398 0,6
Energia
Inst. Placa -
M2 138.783 0 50 13.443 1,9 77.230 5,7 15.446 46.338 15.446 2,3
Iluminação Led
Inst. Exterior -
M3 140.583 0 51 13.617 1,9 97.490 7,2 19.498 58.494 19.498 2,9
Iluminação Led
Ed. Complementares -
M4 16.467 0 6 1.595 0,2 5.590 3,5 1.118 3.354 1.118 1,4
Iluminação Interior Led
Ed. Manutenção -
M5 3.291 0 1 319 0,0 4.100 12,9 820 2.460 820 5,1
Sistema Solar Térmico
Forças Seg. - Sistema
M6 0 5.353 1 428 0,1 4.350 10,2 870 2.610 870 4,1
Solar Térmico
M7 Aeroporto - Frota -3.097 101.071 26 10.900 1,5 68.800 6,3 13.760 41.280 13.760 2,5
Totais 1.781.569 106.424 669 184.198 26,1 1.539.910 8,4 307.982 923.946 307.982 3,3
Os valores indicados para o Programa Madeira 2020 podem ser alterados em função da calendarização da candidatura a apresentar para o efeito
Capitais Próprios
Madeira2020
Medidas de Redução Poupança Poupança Investimento Payback Empresa Payback
Eficiência por Forma Medida(s) Anual Anual Anual [€] [anos] Incentivo não Incentivo incentivado
de Energia [kWh/ano] [% €] [€/ano] Investimento [anos]
reembolsável reembolsável
Líquido [€]
[€] [€]
Aeroporto - Gestão
M0 47.926 0,7 4.642 6.990 1,5 1.398 4.194 1.398 0,6
Energia
Inst. Placa -
M2 138.783 2,0 13.443 77.230 5,7 15.446 46.338 15.446 2,3
Iluminação Led
Inst. Exterior -
Eletricidade - Geral M3 140.583 2,1 13.617 97.490 7,2 19.498 58.494 19.498 2,9
Iluminação Led
Ed.Complementares
M4 16.467 0,2 1.595 5.590 3,5 1.118 3.354 1.118 1,4
- Ilum. Interior Led
Ed. Manutenção -
M5 3.291 0,0 319 4.100 12,9 820 2.460 820 5,1
Sist. Solar Térmico
6.797.654 [kWh/ano] Subtotal 347.051 26,3 33.617 191.400 5,7 38.280 114.840 38.280 2,3
Eletricidade - Inst. Sistema Solar
M1 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2 255.072 765.216 255.072 3,7
Fotovoltaica Fotovoltaico
0 [kWh/ano] Subtotal 1.437.615 21,1 139.253 1.275.360 9,2 255.072 765.216 255.072 3,7
Forças Seg. -
Gás Propano M6 Sistema Solar 5.353 60,32 428 4.350 10,2 870 2.610 870 4,1
Térmico
8.874 [kWh/ano] Subtotal 5.353 60,3 428 4.350 10,2 870 2.610 870 4,1
Combustíveis
M7 Aeroporto - Frota 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3 13.760 41.280 13.760 2,5
líquidos
39.853 [kWh/ano] Subtotal 97.974 23,8 10.900 68.800 6,3 13.760 41.280 13.760 2,5
Total
1.887.993 27,8 184.198 1.539.910 8,4 307.982 923.946 307.982 3,3
6.846.380 [kWh/ano]
ANEXO VI
Listagem dos edifícios com obrigatoriedade de certificação energética
Os edifícios de serviços que se encontrem ocupados e com área útil superior a 1000 m2, de
acordo com o disposto no nº 3 do artigo 3º do DL 118/2013 e DL 28/2016, encontram-se no
âmbito de certificação positiva do SCE, devendo ser sujeitos às auditorias periódicas (8
anos) referidas no ponto 6 do artigo 12 do DL68A, sendo o certificado energético a afixar na
entrada de cada edifício, de acordo com o previsto no nº 2 do art.º 8 do DL 28/2016.
Edifícios com obrigatoriedade de Área total Área útil Número Data de Data de
Certificação Energética [m2] [m2] Certificado emissão validade
Aerogare 39.948 32.162 CE61845327 28/08/2012 28/08/2018
Terminal de Carga 3.533 1.140 SCE 141556931 --- ---
Edificio Handling C 1.670 1.162 SCE 141561725 --- ---
estando válido, o gestor local de energia deve inserir no portal da DGEG, o numero de cada SCE por edifício
conforme quadro descrito abaixo.