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Sistemas de Vapor e Processos Térmicos: Caldeiras, Fornos Industriais, Energia Solar e Cogeração
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E GESTÃO DE ENERGIA
Resumo
Este ebook traz conceitos básicos, sistema de vapor genérico (componentes
básicos de geração, distribuição, uso final e recuperação); Utilização de fornos
nos processos industriais; Energia solar (térmica e fotovoltaica); Sistemas de
cogeração de energia (conceitos e aplicações).
Sistemas de Vapor e Processos Térmicos: Caldeiras, Fornos Industriais, Energia Solar e Cogeração
Sumário
1. Introdução .................................................................................................................................................................................................. 5
1.2. Medidas para incentivar adoção de Eficiência Energética em processos industriais .................... 7
3. Cogeração de Energia................................................................................................................................................................ 15
“Energia de Vácuo Térmica” - Coletor Solar Térmico de Placa Plana com Vácuo Ultra Alto ...................30
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6.1. Aquecimento ................................................................................................................................................................................... 39
Referências..........................................................................................................................................................................................................43
Biografia ............................................................................................................................................................................................................... 44
Sistemas de Vapor e Processos Térmicos: Caldeiras, Fornos Industriais, Energia Solar e Cogeração
1.
Introdução
Segundo estudos recentes [1], as mudanças climáticas, a escassez de oferta de
novas gerações de eletricidade provoca o aumento no custo da eletricidade,
passando a ser uma realidade a ser estudada nos próximos anos.
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Tabela 1. Estimativa da divisão do consumo de energia do grupo setorial
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1.1. Melhorias em eficiência energética em processos industriais
O ICF [3] recomenda as seguintes medidas que podem incentivar a adoção do Eficiência
Energética em processos industriais:
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b) Sub-medição como requisito obrigatório em equipamentos que
consomem muita energia.
c) Promover capacitação de gerentes de energia em grandes empresas
intensivas em energia.
d) Incentivar o desenvolvimento de seguros para garantia de economia
de energia.
e) Promover e facilitar ainda mais o potencial de compartilhamento de
recursos entre os clusters industriais
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2.
Conversão de Energia e
Eficiência
Agora que foi visto os objetivos e a motivação de aplicar melhorias na eficiência
energética em vapor, calor, fornos e cogeração, será dada uma visão conceitual
de energia, suas fontes, seu consumo e eficiência dos processos industriais que
podem ser melhorados (melhor eficiência energética).
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Surgimento do homem 4.000.000 a.C.
Surgimento da civilização humana 5000 a.C.
Desenvolvimento da roda d'água 350 d.C.
Desenvolvimento do moinho de vento 950 d.C.
Invenção do canhão 1318 d.C.
Desenvolvimento do primeiro motor a vapor atmosférico 1712 d.D.
(Newcomen)
Desenvolvimento de motor a vapor moderno (Watt) 1765 d.C.
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Figura 2. Dispositivo de conversão de energia
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Figura 3. Diagrama de conversão de energia
Note que a eficiência do sistema total é menor que qualquer das eficiências
individuais dos estágios componentes do sistema.
Por exemplo, se fosse Ef caldeira= 0,8 Ef turbina= 0,4 e Ef gerador= 0,9, Então Ef
planta = 0,3.
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O foco (e o 'gargalo') dessa usina elétrica é a caldeira. Na caldeira, um
combustível é queimado e o calor da combustão quente e demais produtos são
transferidos para a água que flui através dos tubos ao redor da câmara de
combustão. A água ferve e é convertida em vapor. O vapor atinge um alto nível
de temperatura e pressão, da ordem de 1000 ° F e 1000 libras por polegada
quadrada (aproximadamente sessenta vezes maior que a pressão atmosférica);
esse vapor contém muita energia térmica.
Esse vapor é direcionado para a turbina, que é formada por um conjunto de pás
em um eixo.
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Pensando nos combustíveis, existe diferença de eficiência entre diversos
combustíveis?
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3.
Cogeração de Energia
Pode-se reaproveitar parte da energia térmica desperdiçada em equipamentos
ou em geração termoelétrica? [5]
▪ Estima-se que haverá excesso de gás natural no país nos próximos anos.
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Figura 5. Cogeração - conceitos e definições
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𝑇𝑓
ƞ 𝐶𝑎𝑟𝑛𝑜𝑡 = 1 −
𝑇𝑞
O que acontece com os outros 40%? No caso das turbinas a gás, o valor é 1-
300/1350 = 77,7 ~ 40%, já que a máxima temperatura é da ordem de 1350 K.
Para onde foram os outros 60% da energia perdida nas turbinas a gás? Pela
conservação da energia (primeira lei da Termodinâmica) a maior parte do
restante foi transferida na condensação do vapor de água de refrigeração em
baixa temperatura (~50 ºC, ciclo Rankine) de difícil aproveitamento. Na turbina
a gás, a energia foi transferida para o ambiente com os produtos de combustão.
Obs.: em inglês o nome usado para cogeração é CHP — “Combined Heat and
Power”
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Figura 6. Sistemas convencionais x cogeração ou CHP. Adaptado de
International Energy Agency Analysis USEPA (2008) [7]
Tipo J - ciclo combinado com produção útil de calor. Parte dos gases de
exaustão da turbina a gás alimentam gerador de vapor para produzir vapor que
gira uma turbina a vapor (“back pressure”). O calor rejeitado no ciclo da turbina
a vapor com o restante dos gases de exaustão da turbina a gás é usado para
produzir calor útil.
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Tipo K - a turbina (“back pressure”) produz potência para alimentar bomba de
calor de alto desempenho (COP = 6,6). O calor útil é produzido para
aquecimento.
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Características da aplicação
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3.5. Considerações gerais para implantação de sistema de cogeração
▪ Disponibilidade de combustíveis,
▪ Legislação vigente sobre cogeração
▪ Custo da eletricidade
▪ Financiamento, incentivos e subsídios?
▪ É possível vender excedentes de energia térmica?
▪ Qual melhor tecnologia e engenharia?
▪ Existe disponibilidade de água suficiente?
▪ Demais dificuldades ambientais.
Informações iniciais
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o Produção de água quente;
o Outros usos.
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a) setor de serviços públicos,
b) setor industrial,
c) setor de construção (também chamado setor residencial-comercial-
institucional),
d) setor rural.
Muitos processos industriais exigem calor para serem concluídos. Eles são
classificados de acordo com o nível de temperatura do calor necessário:
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c) Processos de alta temperatura (300-700 ° C), p. em certas indústrias
químicas.
d) Processos de temperatura muito alta (acima de 700 ° C), p. em fábricas
de cimento, metal primário indústrias, obras de vidro.
A cogeração não é comum no setor rural, mas essa aplicação pode resultar em
economia de energia e benefícios econômicos nas comunidades rurais.
Aplicações rurais promissoras de cogeração incluem produção de etanol,
secagem, aquecimento de estufas, abrigos de animais ou casas.
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A digestão anaeróbica de resíduos animais em confinamento pode ser usada
para produzir biogás (60% de metano e 40% de CO2) para alimentar motor de
combustão interna.
Segmentos
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j) Interligação com a rede elétrica: Linha de conexão (unidirecional ou
bidirecional), segurança e medição;
k) Custos de instalação:
l) Permissões de instalação;
m) Aquisição e preparo de terras;
n) Construção civil;
o) Instalação de equipamentos;
p) Projetos, Documentação.
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4.
Energia Solar [8]
Foto térmica
Fotovoltaica
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potencial nos terminais do semicondutor, devido à conversão de fótons em
elétrons. A célula fotovoltaica é unidade básica na conversão.
Seu uso inicial foi em sistemas de telecomunicações por satélites (~1950) e o seu
preço continua decrescente permitindo está de produção maior e viabilidade
de utilização.
Os sistemas solares térmicos usam energia do sol para aquecer água ou outros
fluidos
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O principal componente de qualquer sistema solar é o coletor solar. Este
dispositivo absorve a radiação solar recebida, a converte em calor e transfere
esse calor para um fluido de transporte (geralmente ar, água ou óleo) que flui
pelo coletor. A energia solar coletada é transportada do fluido circulante
diretamente para o equipamento de água quente / vapor ou condicionador de
espaço ou para um tanque de armazenamento de energia térmica a partir do
qual pode ser extraído para uso à noite e / ou em dias nublados.
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Coletor convencional de placas chatas (FPC)
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O painel é feito de vidro, aço, cobre e alumínio e é reciclável. Necessita apenas
manutenção nos sistemas de água quente pressurizada. A chuva e vento são
suficientes para limpar a superfície do painel.
São feitos dobrando uma folha de material refletivo em uma forma parabólica;
coloca-se ao longo da linha focal do receptor, um tubo de metal preto, coberto
com vidro para reduzir perdas de calor. Quando a parábola é apontada para o
sol, os raios paralelos incidentes no refletor são refletidos no tubo receptor. Usa
rastreamento de eixo único do sol e podem ser produzidos módulos coletores
longos.
Os PTCs são uma das tecnologias solares mais maduras, com temperaturas de
até 400 °C, para geração de eletricidade solar térmica ou calor em processo.
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Refletor Fresnel linear (LFR)
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Figura 15. Sistema solar integrado
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Figura 16. Coletor de campo Heliostat (HFC)
▪ Temperaturas do processo;
▪ Localização geográfica da planta (quantidade de radiação direta /
difusa disponível);
▪ Espaço disponível para instalação;
▪ Acessibilidade à localização dos coletores.
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Tabela 6. Comparação entre tecnologias concentrantes e estacionárias
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5.
Sistemas de Vapor
O vapor é gerado, distribuído, usado e recuperado [10]
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5.2. Distribuição de vapor
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pressão da água, a pressões superiores à da caldeira, injetando-a no interior da
caldeira, para completar o ciclo.
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6.
Fornos Industriais
O forno é, por definição, um dispositivo para aquecimento de materiais usando
energia. Os objetivos são cozimento, fusão, calcinação, tratamento térmico,
secagem, entre outros.
6.1. Aquecimento
Os fornos podem ser tipo lote (trabalho em posição estacionária) e tipo contínuo
(grande volume da produção em intervalos regulares). Os em lote incluem caixa,
bogie, cobertura etc. Para produção em massa são usados fornos contínuos. Os
contínuos incluem do tipo lareira ambulante, forno tipo fornalha e viga
ambulante.
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desempenho do forno (capacidade dos fornos, a taxa de excesso de ar,
temperatura final de aquecimento) são fatores-chave para avaliar o nível atual
de desempenho e achar possibilidades de melhorias e de aumento de
produtividade.
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▪ Perda de calor no meio ambiente (por radiação e convecção da
superfície externa das paredes).
▪ Perda de calor por gases que escapam por rachaduras, aberturas e
portas.
▪ Projeto impróprio;
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Fornos com alta eficiência oferecem 90% ou mais da AFUE. Atualmente, 95% do
AFUE é parâmetro comum nos fornos a gás novos (forno de 95% é mais eficiente
que um de 80%)
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Referências
[4] Study on energy efficiency and energy saving potential in industry and on
possible policy mechanisms, December 2015; ICF Consulting.
[9] Energia Solar; José Aquiles Baesso Grimoni PEA-EPUSP Fevereiro de 2020.
[10] Use Cases for the Integration of Solar Heat in Industrial Processes
Identification and Characterization.
Leitura complementar
[a] Energy efficiency in the European Union; Anette Jahn 2016; EASME European
Commission.
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[c] Biomassa Disciplina: Combustíveis e Biocombustíveis; Programa de Pós-
Graduação em Bioenergia; Fabiano Bisinella Scheufele UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁSETOR PALOTINA;
Biografia
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