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Eletropneumática
Técnico em Mecânica
Sumário
PROPRIEDADES DO AR COMPRIMIDO ............................................................................................... 5
Peso do ar ................................................................................................................................................ 7
Atmosfera ................................................................................................................................................ 7
Temperatura ............................................................................................................................................ 9
Impurezas .............................................................................................................................................. 16
Resfriador posterior............................................................................................................................... 16
Reservatório .......................................................................................................................................... 17
Desumidificação do ar .......................................................................................................................... 18
Filtragem ............................................................................................................................................... 20
Escape de ar .......................................................................................................................................... 24
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FILTROS DE AR COMPRIMIDO........................................................................................................... 35
Ventosas ................................................................................................................................................ 49
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COMANDOS SEQUENCIAIS................................................................................................................. 70
Introdução ............................................................................................................................................. 70
Diagrama de movimentos...................................................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 73
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PROPRIEDADES DO AR COMPRIMIDO
Há milhares de anos, o homem já se utilizava do ar comprimido no auxilio de seus
trabalhos. No velho testamento, são citados, alguns exemplos dessa utilização, na fundição
da prata, ferro, chumbo e estanho. O termo pneumática é derivado do grego Pneumos ou
Pneuma (respiração, sopro) e é definido como a parte da Física que se ocupa da dinâmica
e dos fenômenos físicos relacionados com os gases ou vácuos.
Princípios físicos do ar
1 Compressibilidade
O ar, assim como todos os gases, tem a propriedade de ocupar todo o volume de
qualquer recipiente, adquirindo seu formato, já que não tem forma própria. Assim, pode-
se encerrá-lo num recipiente com volume determinado e posteriormente provocar-lhe
uma redução de volume usando uma de suas propriedades - a compressibilidade. Pode-
se concluir que o ar permite reduzir o seu volume quando sujeito à ação de uma força
exterior.
2 Elasticidade
Propriedade que possibilita ao ar voltar ao seu volume inicial uma vez extinto o
efeito (força) responsável pela redução do volume.
3 Difusibilidade
Propriedade do ar que lhe permite misturar-se homogeneamente com qualquer meio
gasoso que não esteja saturado.
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4 Expansibilidade
Propriedade do ar que lhe possibilita ocupar totalmente o volume de qualquer
recipiente, adquirindo o seu formato.
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Lei de Charles
Considerando-se o volume constante, ao aumentar a temperatura, aumenta a pressão
(transformação isotérmica).
Peso do ar
Um litro de ar, a 0°C e ao nível do mar, pesa 1,293 x 10-3 Kgf.
Atmosfera
Camada formada por gases, principalmente por oxigênio (O2 - 21%), nitrogênio (N2
- 78%) e 1% de outros gases, que envolve toda a superfície terrestre, responsável pela
existência de vida no planeta.
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Pressão atmosférica
Sabemos que o ar tem peso, portanto, vivemos sob esta carga. A atmosfera
exerce sobre nós uma força equivalente ao seu peso, mas não o sentimos,
pois ela atua em todos os sentidos e direções com a mesma intensidade.
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PRODUÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Para a produção de ar comprimido são necessários compressores. Esses comprimem
o ar até a pressão de trabalho desejada. A maioria dos acionamentos e comando
pneumáticos funciona através de uma estação central de distribuição de ar comprimido.
Ao projetar a produção ou consumo do ar, devem ser consideradas ampliações (20%
a 50%) e futuras aquisições de novos equipamentos pneumáticos. Uma ampliação
posterior da instalação torna-se, geralmente, muito cara.
De acordo com o principio de trabalho, existem duas classificações:
• Compressores de deslocamento positivo: O ar é admitido e
comprimido até certa pressão e empurrado para a tubulação ou reservatórios.
• Compressores de deslocamento dinâmico: O ar é acelerado,
atingindo velocidades elevadas. Seu escoamento então é retardado por meio de
difusores, obrigando a uma elevação na pressão.
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Exercícios
Considerando 4 elevadores de carros e 1 chave de impacto pneumática para cada
elevador. Determine o volume, pressão. Depois selecione o compressor no diagrama
acima. Considere futuras ampliações.
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PREPARAÇÃO DO AR COMPRIMIDO
Impurezas
Uma preparação adequada do ar comprimido prolonga a vida útil dos elementos
pneumáticos.
A água (pelo escoamento da água condensada no interior da tubulação) pode causar
a corrosão na rede metálica, nos elementos pneumáticos e nas máquinas.
O óleo residual provenientes dos compressores pode produzir, junto com o ar
comprimido, uma mistura de ar óleo (mistura gasosa), a qual apresenta perigo de explosão,
principalmente quando há temperaturas elevadas (mais de333K).
As partículas de poeira, em geral abrasivas.
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Reservatório
Os reservatórios são construídos no Brasil conforme a norma PNB-109 da
ABNT. Nenhum reservatório deve operar com uma pressão acima da Pressão Máxima de
Trabalho Permitida (PMTP).
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Funções:
❖ Armazenar o ar comprimido;
❖ Resfriar ar auxilia a eliminação do condensado;
❖ Compensar as flutuações de pressão e demanda no sistema de distribuição;
❖ Estabilizar o fluxo de ar comprimido;
❖ Controlar as marchas dos compressores.
Desumidificação do ar
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REDES DE DISTRIBUIÇÃO
A rede de distribuição de AC compreende todas as tubulações que saem do
reservatório passando pelo secador e, que unidas, orientam o ar comprimido até os pontos
individuais de utilização. As redes de distribuição são normalmente formadas de tubos de
aço carbono ou galvanizado, sendo hoje possível a montagem de redes de ar comprimido
executadas em tubos e conexões de PVC especiais.
Deve apresentar:
❖ Perda de pressão Máx. entre compressor e partes de consumo de 0,5%.
❖ Não apresentar escape de ar
❖ Separar o condensado por meio da inclinação e purgadores.
Filtragem
Pela definição da norma ISO-8573, filtro é um aparato para separar os contaminantes
presentes em fluido (ISO-8573/2.16). O filtro de ar comprimido aparece geralmente em
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*O tamanho das partículas corresponde à razão de filtração ßx = 20.** A 14.7 psi (1 bar)
de pressão absoluta + 70ºF (+20ºC) e uma umidade relativa de 60%. Deve-se considerar,
que para pressões superiores à atmosférica, é maior a concentração de contaminantes.
** Eficiência de filtragem:
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1. Compressor
5. Purgador automático
2. Resfriador posterior ar/ar 6. Pré-filtro coalescente
3. Separador de condensados 7. Secador
4. Reservatório 8. Purgador automático eletrônico
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Escape de ar
Os custos do ar comprimido podem crescer consideravelmente quando ocorrer
vazamento na rede distribuidora. No diagrama está registrado o volume de ar que pode
escapar por uma abertura, a uma determinada pressão. Considerando uma tubulação de ar
comprimido e que, ao longo dela
existissem pequenos orifícios de
vazamentos que somados
totalizassem uma área de 10
mm2 (equivalente a um furo de
diâmetro 3,5mm), a uma pressão
de trabalho de 6 bar. De acordo
com o diagrama abaixo,
representa no sistema uma perda
equivalente a 0,5 m3/minuto.
Calcule o consumo energia
para 10 furos de 1mm em 24
horas. Considerando R$ 0,81
kWh.
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Verificar:
❖ Vazão [m3/h],
❖ Comprimento total linha tronco [m],
➢ Lt=L1+L2 (L1=Comprim. retilíneo; L2=Comprim. equivalente)
❖ Queda pressão admissível [P = kgf/cm2],
❖ Pressão de regime [kgf/cm2].
❖ Número de pontos de estrangulamento.
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Exemplo prático
Para determinação do diâmetro comercial ver tabela abaixo para tudo de aço
galvanizado ASTM A 120 SCHEDULE 40.
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Pela tabela temos que 15,42 = ½ polegada. Assim, verifica-se na tabela de perdas o
comprimento equivalente para cada singularidade da linha secundária.
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5 (1,663785𝑥10−3 𝑥𝟏𝟔1.85 𝑥𝟓
𝑑 = 10 [ √ ] = 8,77𝑚𝑚
0,3𝑥9
Pela tabela temos que 8,77mm, escolhe-se 15,8mm = ½ polegada. O motivo é pelo
fato de a tabela de singularidades iniciar em ½ polegada. Em seguida, verifica-se na tabela
de perdas o comprimento equivalente para singularidade da linha de alimentação.
Lt = L1 + L2 = 5m + 2,14m = 7,14m
Replicando a equação do diâmetro temos:
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Exercícios:
No caderno repita o exercício anterior para linha principal, altere valores abaixo:
Comprimento da tubulação linear 500 m *
Volume de ar corrente 600 m3/h
*Acima de 500 m a perda de carga admitida é 0,5kgf/cm2
FILTROS DE AR COMPRIMIDO
Após passar por todo o processo de produção, tratamento e distribuição,
o ar comprimido deve sofrer um ultimo beneficiamento composto por filtragem, regulagem
da pressão e introdução de uma certa quantidade de
óleo para a lubrificação de todas as partes mecânicas dos compartimentos
pneumáticos.
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Filtro de ar comprimido1
A função de um filtro de ar comprimido é de reter as partículas de impurezas, bem
como a água condensada, presentes no ar que se passa por ele.
Regulador de pressão
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Nos elementos pneumáticos encontram-se peças móveis que devem ser submetidas a
lubrificação. O materiais lubrificantes são necessários para garantir desgaste mínimo nos
elementos móveis, e proteger os aparelhos contra a corrosão.
Sempre que possível utilize uma unidade de conservação na saída do ar.
ATUADORES PNEUMÁTICOS
O cilindro pneumático é um elemento de trabalho de máquina útil, já que permite a
aplicação do movimento linear exatamente onde é necessário. Através de cilindros
pneumáticos pode-se transformar a energia pneumática em movimentos retilíneos e,
através de motores pneumáticos, movimentos rotativos.
Cilindros de ação simples
São acionados de um lado, o retrocesso se dá por meio da mola.
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Simbologia
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Este cilindro é formado por dois ou mais cilindros de ação dupla. Os elementos estão
unidos um ao outro como mostra a ilustração. Os cilindros movimentam-se
individualmente, conforme o lado de pressão. Com dois cilindros de cursos diferentes
obtêm-se quatro posições.
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Cilindro de impacto
Um cilindro de impacto com diâmetro de 102 mm, acionado por uma pressão de 700
kPa, desenvolve uma força de impacto equivalente a 35304 N, enquanto que um cilindro
normal, de mesmo diâmetro e de mesma pressão, atinge somente 5296 N. O impacto é
permitido pela transformação da energia cinética.
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Êmbolo Oval
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Músculo pneumático
Os músculos pneumáticos possibilitam contração de curso de 15% a 25% do
comprimento. Atinge frequências de até 90 Hz.
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Materiais de vedação
Tipo de vedações para atuadores lineares:
Bruna N (-10 ºC até 80 ºC)
Perbunam (-20 ºC até 80 ºC)
Viton (-20 ºC até 190 ºC)
Teflon (-80 ºC até 200 ºC)
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Componentes do cilindro
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Cálculos de cilindros
Observações: A velocidade do êmbolo em cilindros normais varia de 01 a1, 5 m/s.
Para velocidades menores ou maiores empregam-se válvulas reguladoras de fluxo e
válvula de escape rápido. Deve-se evitar curso muito longo, pois a haste será facilmente
solicitada a flambagem e flexão. Diâmetros acima de 300mm e cursos acima de 2000 mm
torna a pneumática inviável devido ao consumo de ar (rentabilidade).
Força do Êmbolo
A força do êmbolo, exercida com o elemento de trabalho, depende da pressão de ar,
do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos de vedação.
Exercícios:
1. Para um cilindro de Ação Dupla, determine a força de avanço e retorno.
Dados: D = 50mm d= 12,7mm p=6bar FR=10% x FT valor médio.
2. Calcule para figura abaixo. D = 50mm d= 20 mm p=6bar
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Consumo de ar
É importante conhecer o consumo de ar da instalação, para poder produzi-lo e
conhecer as despesas de energia. Calcula-se o consumo de ar para uma determinada
pressão de trabalho, um determinado diâmetro de cilindro e um determinado curso. A
relação de compressão (RC) ao nível do mar será calculada:
Exercícios:
Calcular o consumo de ar de um cilindro de dupla ação com D = 50mm e d=12mm
s= 100mm pT=6bar n=10 ciclos por minuto.
Garras pneumáticas
A peça específica a ser manipulada deve estar dentro de um limite de aperto das garras
e certos cuidados devem ser tomados para que não haja deformação da mesma. Existem
dois tipos de garras,
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Ventosas
Em geral utilizamos fator de segurança 2 para levantamentos horizontais e 4 para
levantamentos verticais. No caso de aplicações em chapas irregulares, superfície
defeituosa ou com movimentos bruscos, necessita de um adicional no fator de segurança .
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𝐹𝑀(𝑁) = 268,2𝑁
Análise de forças
De acordo com exemplos anteriores, considerar uma aplicação onde 4 ventosas são
selecionadas para transferir um produto. Considerando uma força de levantamento
horizontal (FH) de 256,2 N, dividida pelo número de ventosas (4), obtemos a força
individual que cada ventosa tem que suportar.
256,2 (𝑁) 𝑁
= 64,05
4 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠𝑎
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Gerador de vácuo
Primeiramente, o ar comprimido passa pelo orifício de venturi e é descartado no difusor.
Isto aumenta a velocidade do ar na câmara do difusor, que está com baixa pressão. O volume
de ar no sistema fechado de
vácuo flui dentro da câmara do
difusor e sua exaustão é feita
pelo difusor. Esse efeito
aumenta o nível de vácuo e
evacua a maior parte do ar em
alta velocidade.
Tabela de seleção: Ø de
tubulação de Ø diâmetro orifício
Ø orifício Venturi (mm) Min Ø interno da tubulação (mm) Máx Ø da ventosa (mm)
0,5 4 20
1,0 4 50
1,5 6 60
2,0 8 120
2,5 8 150
3,0 10 200
Observação: Conectado a ventosa está um filtro (para vitar que sujeira da superfície
entre no Venturi ) e uma válvula de bloqueio (para evitar que a ventosa saia, mediante
uma falta de ar) e por último o gerador de vácuo para cada ventosa(para evitar perda de
vácuo).
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Motores pneumáticos
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VÁLVULAS PNEUMÁTICAS
Os elementos que servem para orientar os fluxos de ar, impor bloqueios, controlar sua
intensidade de vazão ou pressão são denominados válvulas. Estão divididas em: Válvulas
de controle direcional; Válvulas de bloqueio (anti-retorno); Válvulas de controle de
pressão, Válvulas de controle de fluxo, Vácuo e Combinadas.
Válvulas de controle direcional
Sua função é direcionar o fluxo de ar para que os atuadores possam realizar um
determinado trabalho. São representadas nos esquemas pneumáticos por símbolos. Estes
símbolos devem informar a quantidade de posições, o número de conexões e as formas de
acionamentos que a válvula possui.
Número de Posições
As válvulas direcionais podem ter duas ou três posições, que são representadas pela
quantidade de quadrados, como mostra a figura abaixo:
Número de vias
O número de traços indicam o número de vias.
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Na hidráulica, o óleo que sai do cilindro ou motor, retorna para a válvula direcional
e dela vai para tanque. Na pneumática, o ar que sai do cilindro ou motor, retorna para a
válvula direcional e dela é lançado na atmosfera.
A alimentação ou fonte de ar é representada pelos símbolos abaixo:
A nomenclatura das conexões varia de acordo com a norma em uso, conforme mostra
tabela abaixo:
Conexão Norma DIN 24300 Norma ISO 1219
Pressão P 1
Utilização A B C 2 4 6
Escape R S T 3 5 7
Pilotagem X Y Z 10 12 14
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Exemplos
2
3/2 vias Normal Fechado – Acionamento por Botão e Retorno por mola
1 3
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2
3/2 vias Normal Fechado – Acionamento por Rolete e Retorno por mola
1 3
1 3
4 2
1414 2
1212
5/2 vias – Acionamento por Duplo Piloto
5 3
11 3
Válvulas Direcionais - 2/2 vias NF acionamento por came retorno por mola
2 (A)
1 (P)
(2) (2)
Simbologia
(1) (1)
Válvulas Direcionais - 3/2 vias NA acionamento por came retorno por mola
(A) 2
(P) 1 3 (R)
Simbologia
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Válvulas Direcionais - 3/2 vias NF acionamento por came retorno por mola
(A)2
(P)1 3 (R)
Simbologia
Válvulas Direcionais - 3/2 vias NF acionamento por came retorno por mola
(A) 2
(P) 1 3 (R)
Simbologia
(P) 1 3 (R)
Simbologia
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(A) 4 2 (B)
14(Z) 12(Y)
(R) 5 3 (S)
1(P)
1
Simbologia
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Válvulas de bloqueio
Válvulas de bloqueio são aparelhos que impedem a passagem do fluxo de ar em uma
direção, dando passagem na direção oposta.
Simbologia
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Válvulas de pressão
Descrita anteriormente em “filtros de ar comprimido”
Válvulas de Pressão – Limitadora de Pressão
1(P)
R
3(R)
Simbologia
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Válvulas de fluxo
Esta válvula tem por finalidade influenciar o fluxo do ar comprimido. O fluxo será
influenciado igualmente em ambas as direções.
Válvulas de Fluxo – Reguladora de Fluxo Bidirecional
Simbologia
Simbologia
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12
100% 3
1
Simbologia
10
100% P R 3
1
Simbologia
2(A)
(Z)12
1(P) 3(R)
Simbologia
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10
1 3
Simbologia
Válvulas: Número do atuador + letra V + número sequencial – (1V1 ..., 2V1 ...)
Fins de curso: Número do atuador + letra S + 1 p/ recuado e 2 p/ avançado
(1S1..., 1S2...,2S1..., 2S2...)
Acionamentos Musculares: Letra S + número sequencial – (S1 ..., S2 ..., S3...)
Outros: Número do atuador + letra Z + número sequencial
1A 1S2
1 V3
1 V2 2
50%
1 ELEMENTOS AUXILIARES
3
1 V1 4 2
ELEMENTOS DE COMANDO
5 3
ELEMENTOS DE
1
1 V4 2 1 V5 2
1 1 1 1 PROCESSAMENTO DE
SINAIS
S1 2 S2 2 S3 2 2
1S2
ELEMENTOS DE SINAIS
1 3 1 3 1 3 1 3
0 V1 2
ELEMENTOS DE
0 Z1
1 3
TRATAMENTO E
DISTRIBUIÇÃO
Cadeia de Comando
1P
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Exercícios
Com as válvulas estudadas no capítulo anterior pode-se montar alguns circuitos. A
Figura abaixo (Circuito 1 fluidSim FESTO) refere-se ao acionamento direto e indireto
de um cilindro de ação simples. Desta forma, ligue as linhas dos circuitos abaixo.
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COMANDOS SEQUENCIAIS
Introdução
Os diagramas de funcionamento são utilizados para representar as sequências
funcionais, de comandos mecânicos, pneumáticos, hidráulicos, eletropneumáticos,
eletrohidráulicos, eletrônicos, etc. O diagrama de funcionamento, é, em muitos caso, a base
para elaboração dos esquemas de funcionamento, conforme a Norma DIN 40719.
Diagrama de movimentos
A primeira etapa da construção de circuitos pneumáticos consiste na determinação da
sequência de movimentos dos atuadores e da sequência dos comandos de sinais. Tomando-
se como exemplo a figura 01 abaixo:
Atuador 2A
Empurra a caixa
Atuador 1A
Eleva a caixa
Neste exemplo, os pacotes que chegam por uma esteira transportadora de rolos são
levantados e empurrados pelas hastes de dois cilindros pneumáticos para outra esteira
transportadora. Pode-se impor como condição do projeto: a haste do segundo cilindro só
deverá retornar após a haste do primeiro ter retornado.
Há diversas formas de se descrever uma sequência de movimentos:
Sequência cronológica
1 - a haste do cilindro A avança e eleva a carga;
2 - a haste do cilindro B empurra a carga para a segunda esteira;
3 - a haste do cilindro A retorna a sua posição inicial;
4 - a haste do cilindro B retorna a sua posição inicial;
Tabela
A tabela é uma forma tabulada de representação da sequência cronologia, em que as
informações são dispostas em linhas e colunas, como na tabela abaixo:
Movimento Cilindro A Cilindro B
1 Avança ----
2 ---- Avança
3 Retorna ----
4 ----- Retorna
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Indicação Vetorial
O avanço é indicado por → e o retorno é indicado por ←. Neste caso, a sequência
vetorial será descrita como mostrada abaixo:
Cilindro A → Cilindro B → Cilindro A ← Cilindro B ←
Diagramas de Movimentos
São descritos através de duas coordenadas, e podem ser do tipo trajeto-passo, trajeto-
tempo e diagrama de comandos. As retas inclinadas indicam movimento do atuador,
enquanto as horizontais indicam atuador parado.
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Exercícios
Para o (Circuito 7 fluidSim FESTO) abaixo com temporização e retorno
rápido.Complete o circuito ligando as linhas.
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REFERÊNCIAS
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