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1. INTRODUÇÃO
Quando falamos no setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potência (SEP), definido
como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinadas à geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica, inclusive até a medição.
2. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
No Brasil, de acordo com a Constituição Federal, o Poder de regulamentação e fiscalização da geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica é federal. Deste modo, as concessões são de responsabilidade do
Ministério de Minas e Energia (MME).
Ao mesmo tempo que, a regulação e a fiscalização são exercidas pela ANEEL - Agência Nacional do Setor Elétrico.
Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros organismos
também importantes e vitais para a adequada coordenação da expansão e operação do
sistema, são elas:
ONS: Operador Nacional do Sistema, este órgão fica encarregado de planejar e coordenar a
operação elétrica e energética de todo o sistema brasileiro.
EPE: Empresa de Pesquisa Energética, responsável por planejar a expansão dos sistemas
elétrico e energético.
4. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Já o Sistema de Distribuição é responsável pela distribuição até a medição, incluindo o fornecimento de energia
aos consumidores industriais, comerciais, urbanos e rurais. Em detrimento disso, a diferença entre os níveis de
distribuição está na tensão em que são atendidos esses consumidores, em função de sua demanda.
5. FONTE DE ENERGIA
As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade para produção de algum tipo de
energia. A energia, por sua vez, é utilizada para propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir
eletricidade para os mais diversos fins.
As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois, dependendo das formas de
utilização dos recursos energéticos, graves impactos sobre a natureza podem ser ocasionados.
Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia podem ser classificadas em
renováveis e não renováveis.
No Brasil, a maior parcela de geração de energia e hídrica, a energia potencial de uma queda d'água é usada para
acionar turbinas que, por sua vez, acionam geradores elétricos.
Em geral, as quedas d'água são artificialmente construídas - conhecidas como barragens - formando extensos
reservatórios necessários para garantir o suprimento em períodos de pouca chuva.
Geração Hídrica
Na imagem a seguir, temos a usina hidroelétrica de Itaipu, A capacidade instalada (potência) da Itaipu é de 14
gigawatts (GW). São 20 unidades geradoras de 700 megawatts (MW) cada.
Em um ano hidrológico castigado pela seca, com uma afluência média de aproximadamente 7.900 m3/s, a pior do
histórico de 1983 até hoje, a usina de Itaipu gerou, em 2020, um total de 76,38 milhões MWh.
O volume produzido nos dois primeiros meses de 2018, de acordo com o texto, é 4,7% maior quando comparado
ao mesmo período de 2016 (ano do recorde mundial de Itaipu), quando foram gerados 17.236.382 MWh. É
também 6,5% maior em comparação com janeiro e fevereiro de 2017, quando Itaipu produziu 16.955.185 MWh.
Geração Térmica
A energia térmica que se transforma em calor é resultante da queima de algum combustível, seja ele derivado de
petróleo como é o caso do óleo combustível, gás natural e o carvão, lembrando também da madeira e dos
resíduos como bagaços, etc.
No aspecto ecológico a energia térmica apresenta alguns problemas, dentre eles a queima de combustíveis que
joga na atmosfera poluentes variados como o enxofre e o dióxido de carbono, sendo este responsável pelo já
preocupante efeito estufa (aquecimento global).
Caldera
Correia
Água
Vapor
Calor
Eletricidade
Combustível
Gerador
Sua complexidade se dá pelo fato de que o sistema de geração de vapor é selado, com o objetivo de não haver
desperdício de água e nem de produtos químicos, pois a reutilização dessa água será usada para a geração de vapor.
Geração Nuclear
A Usina Nuclear é uma instalação industrial que tem por finalidade produzir energia elétrica a partir de reações
nucleares. As reações nucleares de elementos radioativos produzem uma grande quantidade de energia térmica.
As reações nucleares de elementos radioativos produzem uma grande quantidade de energia térmica.
Geralmente, as usinas nucleares são construídas por um envoltório de contenção feito de ferro armado, concreto
e aço, com a finalidade de proteger o reator nuclear, evitando dessa forma a emissão de radiações para o meio
ambiente.
Uma usina nuclear é formada basicamente por três fases, a primária, a secundária e a de refrigeração.
Inicialmente, o urânio é colocado no vaso de pressão. Com a fissão, há a produção de energia térmica.
Durante o sistema primário, a água é utilizada para resfriar o núcleo do reator nuclear.
No sistema secundário, a água aquecida pelo sistema primário transforma-se em vapor de água, em um sistema
chamado gerador de vapor e dessa forma o vapor produzido no sistema secundário é aproveitado para movimentar
a turbina de um gerador elétrico.
O vapor de água produzido no sistema secundário é então transformado em água através de um sistema de
condensação, ou seja, através de um condensador que, por sua vez, é resfriado por um sistema de refrigeração de
água.
Esse sistema bombeia água do mar, que é água fria, através de circuitos de resfriamento que ficam dentro do
condensador.
Por fim, a energia que é gerada através de todo o processo de fissão nuclear chega às residências por meio de redes
de distribuição de energia elétrica.
ENVOLTÓRIO DE CONTENÇÃO
DIAGRAMA ESQUEMÁTICO
DE UMA CENTRAL
NUCLEAR PWR
CONDENSADOR BOMBA
CIRCUITO PRIMÁRIO
BOMBA DE MAR
CIRCUITO SECUNDÁRIO
ALIMENTAÇÃO
SISTEMA DE ÁGUA DE
REFRIGERAÇÃO
TANQUE DE ÁGUA DE
ALIMENTAÇÃO
Geração Eólica
Energia eólica é a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre
por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de
turbinas eólicas – também denominados aero geradores que possibilitam a geração de eletricidade.
A energia eólica é utilizada há milhares de anos no bombeamento d'água, moagem de grãos e outras aplicações
que envolvem energia mecânica.
O Brasil é um país favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma presença duas vezes superior à
média mundial e por uma volatilidade de apenas 5%, o que dá maior previsibilidade ao volume de energia a ser
produzido.
Além disso, como a velocidade costuma ser maior em períodos de estiagem (tempo seco), é possível operar usinas
eólicas em conjunto com usinas hidrelétricas, de forma a preservar a água dos reservatórios em períodos de
poucas chuvas.
1. Pás;
2. Nacele;
3. Multiplicador de velocidade;
4. Acoplamento elástico;
5. Sensores de vento;
6. Rotor;
7. Gerador elétrico;
8. Sistema de freio a disco;
9. Torre de sustentação;
10. Controle de giro;
11. Sistema de controle;
12. Sistema de freio aerodinâmico.
Torre
A torre é o elemento encarregado de unir o aero gerador ao solo, assim como de aguentar
o peso de todo seu conjunto (até 60 T).
A eletricidade produzida pelo gerador desce através dos cabos, situados no interior da
torre, sendo convertida à rede elétrica por meio de um transformador.
Pás
As pás são elementos do aero gerador que são encarregadas de transmitir a energia
cinética ou de velocidade conduzida pelo vento ao eixo do rotor.
Elas são geralmente fabricadas com fibra de vidro, e seu perfil deve ser altamente
aerodinâmico (experimenta baixa resistência em sua passagem através de um
fluido), neste caso o vento.
O peso das pás é um dos fatores mais importantes na escolha de um aero gerador,
já que o custo do conjunto é diretamente proporcional ao aumento de tal peso.
Elas são geralmente fabricadas com fibra de vidro, e seu perfil deve ser altamente
aerodinâmico (experimenta baixa resistência em sua passagem através de um
fluido), neste caso o vento.
O peso das pás é um dos fatores mais importantes na escolha de um aero gerador, já que o custo do conjunto é
diretamente proporcional ao aumento de tal peso.
Cubo
O cubo é um suporte de aço, montado sobre o eixo do rotor, encarregado de unir todas as pás de um aero gerador.
O quadro ou gôndola é a estrutura onde se situam alguns dos elementos do aero gerador, como o multiplicador de
velocidade, gerador elétrico, e o sistema de controle.
É uma estrutura montada sobre o eixo do rotor, ficando fora dela as pás e o cubo, embora este último também se
encontre situado sobre tal eixo.
A coroa de orientação une o quadro á torre, permitindo a orientação do rotor caso necessário.
Multiplicador de Velocidade
A velocidade de giro do rotor por si só não é suficiente para fazer o alternador girar, já que costuma ser inferior
200rpm.
Portanto, é necessário uma serie de engrenagens para se obter uma elevada velocidade angular de saída (da ordem
de milhares de rpm) para vencer o par oposto pelo gerador.
Gerador
O gerador ou alternador é o elemento que transforma a energia mecânica de rotação existente no eixo de alta
velocidade, em energia elétrica, baseando-se no princípio da indução eletromagnética de Faraday e na lei da força
magnética de Laplace. ((A lei de Laplace consiste numa lei física que descreve a força que atua sobre um elemento
(diferencial de comprimento) de uma linha de corrente elétrica de intensidade I, situada num campo de indução
magnética).
Geralmente, entre as funções mais importantes efetuadas por este sistema (que podem mudar dependendo do
tipo de aero gerador), encontram-se:
Gerador assíncrono: É aquele de elevada robustez e a simplicidade de seus elementos fazem com que os geradores
sejam os mais utilizados em qualquer aplicação industrial.
Geração Solar
A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol que pode ser captada com painéis solares.
Sua irradiação na superfície da Terra é suficiente para atender milhares de vezes o consumo mundial de energia.
Essa radiação, porém, não atinge de maneira igual toda a crosta terrestre. Depende da latitude, da estação do ano
e de condições atmosféricas como a nebulosidade e umidade relativa do ar.
Em detrimento disso, a produção de eletricidade a partir da energia solar vem crescendo nos últimos anos, e tem
ganhado projeção com o desenvolvimento do micro e da mini geração.
Tradicionalmente, o mais popular é o uso da energia solar para a obtenção de energia térmica.
Esta aplicação destina-se a atender setores diversos, que vão da indústria, em processos que requerem
temperaturas elevadas (por exemplo, secagem de grãos na agricultura) ao residencial, para aquecimento de água.
Outra tendência é a utilização da energia solar para a obtenção conjunta de calor e eletricidade.
Para isto o Brasil é privilegiado, pois em termos de radiação solar, em especial o Nordeste brasileiro, apresenta
radiação comparável às melhores regiões do mundo nessa variável. O que, porém, não ocorre em localidades mais
distantes da linha do Equador, como as regiões Sul e Sudeste.
Exemplo de Geração Solar
Este tipo de instalação possui mecanismos de movimentação dos painéis solares de modo a aproveitar o máximo de
exposição solar e proporcionar o aumento do rendimento de geração.
Moldura de Alumínio
Vidro especial
Encapsulante - EVA
Células fotovoltaicas
Encapsulante - EVA
Backsheet
Caixa de Junção
Ao redor de um painel é adicionada uma moldura de alumínio anodizado especialmente desenvolvida para adicionar
robustez ao painel solar e garantir a sua integridade nas mais adversas situações.
Ela serve tanto para proteger o painel na hora da instalação como para assegurar que o painel solar não "torça"
causando trinca nas células.
Por isso é muito importante que se observe a espessura da moldura que não deve ser menor que 4 centímetros e
ter a garantia de que ela foi anodizada para que os seus painéis durem por muito tempo.
Trata-se de um vidro temperado especial de 3.2mm ou 4mm revestido com uma substância antirreflexiva.
Os painéis com vidros de boa qualidade vão resistir as mais fortes chuvas de granizo.
Este vidro especial representa aproximadamente 10% do custo de fabricação do painel solar.
O Filme Encapsulante para o Painel Solar, tradicionalmente conhecido como EVA, que corresponde à acetato-vinilo
de etileno (que deriva do inglês: Ethylene Vinyl Acetat), é um material selante de cura rápida especificamente
projetado para os painéis fotovoltaicos.
Ele protege as células fotovoltaicas contra o envelhecimento causado por raios UV, temperaturas extremas e
umidade, assegurando que o máximo luz visível atinja as células solares.
Backsheet (Material plástico branco que vai na parte de trás do painel solar)
Este material é um filme branco que vai na parte de trás do painel solar é chamado de Backseet.
A função principal da Backsheet é proteger os componentes internos do painel solar, especificamente as células
fotovoltaicas bem como agir como um isolante elétrico.
Elas têm uma composição robusta sendo composta por 3 camadas, possuindo a aparência de um "filme branco de
plástico grosso".
Células Fotovoltaicas
A célula fotovoltaica é a "vida" do seu painel solar, é ela que através de uma reação físico-química transforma a luz
do sol em energia elétrica.
Além do que são muito finas com aproximadamente 185 mícrons de espessura (menos de 2mm).
Também são feitas a partir de uma "fatia" de cristal de silício ultra puro e precisam ser manuseadas com extremo
cuidado pois trincam com muita facilidade.
O processo de fabricação do painel solar descrito no passo a passo foi desenvolvido para proteger as células e fazer
com que o seu painel solar produza energia por décadas.
Caixa de Junção
Geração Biomassa
Pirólise: através dessa técnica, a biomassa é exposta a temperaturas extremas sem a presença de oxigênio, visando
o acelerar da decomposição da mesma.
O que sobra dessa decomposição é uma mistura dee gases, líquidos (óleos vegetais) e sólidos (carvão vegetal).
Gasificação
Assim como na pirólise, aqui a biomassa também é exaltada na ausência do oxigênio, originando como produto final
um gás inflamável.
Esse gás ainda pode ser filtrado, com a pretensão de remoção de alguns componentes químicos residuais.
A diferença básica em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em
gás.
Combustão
Aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor
a alta pressão.
Esse tipo de queimada é uma das formas mais comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-se na faixa de
20 a 25%.
Co-combustão
Essa prática propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado em urnas termoelétricas por biomassa.
A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, sendo por isso uma escolha bem atrativa e
econômica atualmente.
O que sobra da
cana é o bagaço,
resíduo industrial
A cana-de-açúcar
transportado até
colhida segue para
caldeiras que
moendas, que
realizam sua
extraem o caldo
queima.
para produção de
etanol.
Energia marítima
A maremotriz é o modo de geração de eletricidade por meio da utilização da energia contida no movimento de
massas de água devido às marés.
Existem dois tipos de energia maremotriz que podem ser obtidas: A energia cinética das correntes devido às marés.
Energia Hidráulica
Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes
dos centros consumidores.
Os níveis de tensão da energia gerada nas usinas, deve ser levado pelas linhas que interligam os centros geradores
aos centos consumidores.
6. REDE DE TRANSMISSÃO
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de
grande consumo.
Basicamente o nível de tensão depende do país, mas normalmente este nível fica estabelecido entre 220 kV e 765
kV.
Toda energia produzida nas hidrelétricas é transmitida através de cabos (linhas de transmissão), que são
sustentados por estruturas metálicas em forma de torre. Nesse processo de transmissão de energia, as linhas de
transmissão são os elementos mais visíveis do sistema.
Estruturas de concreto, metálicas com perfis de aço ou postes de aço podem ser utilizadas para construir uma linha
de transmissão. A escolha depende de vários fatores:
Inovação na Transmissão
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é constituído basicamente pelos
geradores, estações de elevação de tensão, linhas de transmissão, estações seccionadoras e estações
transformadoras abaixadoras.
Para a transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma, com a diferença apenas pela
presença das estações conversoras junto à subestação elevadora (para retificação da corrente) e junto à subestação
abaixadora (para inversão da corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de
seccionamento.
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente alternada,
enquanto que as estações conversoras apresentam custo elevado.
Portanto, a transmissão em corrente contínua apresenta-se vantajosa na interligação de sistemas com frequências
diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias.
Sob o ponto de vista físico e elétrico, as linhas de transmissão e de subtransmissão se confundem, porém, os métodos
de cálculo são os mesmos.
Em algumas empresas as linhas de subtransmissão ficam sujeitas aos seus departamentos de distribuição, que as
planejam, projetam, constroem e operam.
Em outras empresas elas estão a cargo dos departamentos encarregados das linhas e subestações.
Rede de Subtransmissão
A rede de subtransmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de transportar energia elétrica a
pequenas cidades ou importantes consumidores industriais.
Assim em geral, o arranjo das redes de subtransmissão é em anel para aumentar a segurança do sistema.
A estrutura dessas redes normalmente funciona em linhas aéreas, podendo também fazer parte dessa rede cabos
subterrâneos que ficam próximos aos centros urbanos.
A permissão para novas linhas aéreas está cada vez mais demorada devido ao grande número de estudos de
impacto ambiental e oposição social, e como resultado, é cada vez mais difícil e caro para as redes de
subtransmissão alcançar áreas de alta densidade populacional.
Os sistemas de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de transmissão e o controle é regional.
7. REDES DE DISTRIBUIÇÃO
As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte, assim como consumidores
comerciais e de serviços e também consumidores residenciais.
Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV.
Média tensão de distribuição (MT): É a tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV.
Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV.
8. SUBESTAÇÕES
- quanto à função;
- quanto ao nível de tensão; - quanto ao tipo de instalação; - quanto à forma de operação.
SUBESTAÇÕES ELEVADORAS:
SUBESTAÇÕES ABAIXADORAS:
Como:
- rádio interferência;
- campos magnéticos intensos;
- faixas de passagem muito largas;
SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO:
SUBESTAÇÕES DE MANOBRA:
SUBESTAÇÕES CONVERSORAS:
SUBESTAÇÕES EM INTERIORES:
SUBESTAÇÕES BLINDADAS:
SUBESTAÇÕES SEMI-AUTOMÁTICAS:
SUBESTAÇÕES AUTOMATIZADAS:
COMPOSIÇÃO
- Transformadores de força;
- Transformadores de medição e proteção;
- Disjuntores;
- Religadores;
- Seccionadoras;
- Compensadores de reativo; - Equipamentos de proteção; - Sistema de medição e controle.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
9. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Disjuntores
A sua função básica é a de detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendoa
imediatamente antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica
protegida.
Disjuntores a Sopro Magnético
Disjuntores a Óleo
Os disjuntores de grande volume de óleo (GVO) são empregados em média e alta tensão até 230kV, eles têm grande
capacidade de ruptura em curto-circuito.
Disjuntor a Vácuo
Disjuntores a Ar Comprimido
As principais razões que o faz ser utilizado em equipamento de alta tensão são:
O gás é produzido durante a operação de abertura do disjuntor através de um pistão solidário a haste do contato
móvel, que, ao movimentar-se comprime o gás dentro de uma câmara, extinguindo assim o arco elétrico e fazendo
a abertura do mesmo.
Os disjuntores a SF6, tal como os disjuntores a ar comprimido, tem como características requererem menores
frequências de manutenção do que os disjuntores a óleo.
No momento, os disjuntores mais utilizados em extra/alta tensão são os que possuem o ar comprimido e o SF6 como
meio de extinção.
Esta posição de liderança se deve principalmente à sua rapidez de atuação (dois ciclos) e à alta capacidade de
recuperação dielétrica do meio de extinção.
Os disjuntores a SF6 estão tomando posição de destaque nas aplicações nos sistemas de potência devido à
experiência operacional bem-sucedida.
Nas tensões de 138, 230s, 326, 550 e 800 kilo Volts é onde esses disjuntores encontram as maiores aplicações.
É importante enfatizar que a característica de eletronegatividade do SF6 favorece a ocorrência de uma rápida
recuperação dielétrica, reduzindo a possibilidade de restabelecimento do arco. Devido a esta característica,
disjuntores a SF6 são os mais indicados para abertura de linhas em vazio em alta e extra-alta tensão.
Na manobra de bancos de capacitores, onde a característica do disjuntor pode ser muito baixa a probabilidade de
restabelecimento é muito importante, por isso esse tipo de disjuntor também tem sido recomendado.
Esse dispositivo tem por finalidade seccionar a energia elétrica que alimenta
determinado circuito, na ocorrência de uma corrente de fuga que exceda
determinado valor, sua atuação deve ser rápida, menor do que 0,2 segundos. (se lê
‘’zero virgula dois segundos’’).
Importante lembrar que em uma instalação sem defeitos, a somatória das correntes
no primário do transformador de corrente é nula.
Em caso de uma fuga de corrente à terra, pelo motivo que for, o dispositivo verifica
esta fuga e atua no disparador, comportando-se como o mecanismo de seccionamento dos contatos.
Esquema de um DR
O funcionamento do DR é bem simples, em seu núcleo toróidal ela permanece enrolada a duas boninas (DR
monofásico), sendo que cada uma fica inversa a outra para que o campo de energia gerado seja nulo.
Assim quando houver um desiquilíbrio de correntes surgirá uma corrente na bobina do rele acionando-o e
desligando o circuito.
Botão
10. ON/OFF
CHAVES
FUSÍVEIS
Botão de teste Normalmente
os Relé de sistemas de
detecção distribuição
Bobina de detecção primários,
sejam Toro eles aéreos,
trifásicos magnético ou aterrados,
bem como
constituídos
por Resistência de condutores
nus, têm teste Bobina do neutro os seus
sistemas de proteção
de
Resistência de
teste
Carga
sobrecorrentes constituídos por chavesfusíveis, religadores, relés em conjunto com disjuntores, seccionalizadores
ou chaves seccionadoras automáticas.
Sob o ponto de vista de proteção, a característica mais importante é a corrente de interrupção, que deve ser
especificada com base no valor assimétrico da corrente do maior curto-circuito no ponto de instalação da chave.
E de acordo com sua aplicação as chaves-fusíveis são classificadas em dois tipos: distribuição e força.
Chaves-fusíveis de distribuição
Chaves-fusíveis de força
De modo geral, são empregadas em subestações para proteção de
barramentos, transformadores, bancos de capacitores, e "bypass"
de disjuntores.
De maneira geral, as chaves-fusíveis empregadas até 25kV, são ditas de distribuição, acima deste valor, são
consideradas de força, entretanto, essa regra não é rígida.
O princípio de funcionamento das chaves se baseia na extinção do arco elétrico, formado dentro do cartucho ou
canela, devido a abertura do circuito após a fusão do elo-fusível.
O arco irá queimar o tubinho e/ou paredes do cartucho, produzindo gases desionizantes como o (CO2, nitrogênio e
etc.), que irão extingui-lo.
Dessa forma baseado na construção, as chaves-fusíveis podem ser do tipo aberta ou fechada:
a) Tipo fechada: O cartucho e as garras estão montados dentro de uma caixa protetora de material isolante.
Além disso, a expansão destes gases no interior do cartucho, dá origem a uma intensa diferença de pressão interna,
expulsando os mesmos pela parte inferior.
Isto origina um empuxo para cima (princípio da ação e reação), que desconecta o contato superior do cartucho do
contato da chave, fazendo-o girar através de uma junta articulada.
Após a operação da chave, o cartucho fica "pendurado", indicando a operação ("canela arriada"), sinalizando que a
chave tem a propriedade indicadora ou sinalizadora visual.
É importante observar que este tipo de chave-fusível não deve ser empregado para manobra de circuito com carga,
pois são do tipo "seca", isto é, os seus contatos não possuem meios de interrupção de arco, como é caso do (óleo,
SF6, etc.).
A abertura de circuito com carga leva a um desgaste prematuro dos contatos da chave.
Além disso, pode provocar danos físicos e risco de vida à pessoa que está realizando a operação de abertura,
principalmente nos dias chuvosos.
Isto acontece porque, no momento da abertura, o arco elétrico pode envolver a cruzeta e, estando esta aterrada,
vai originar um curto-circuito do tipo fase-terra, que, por sua vez, poderá produzir tensões de passo elevadas.
Dessa forma, foram desenvolvidos alguns acessórios para essas chaves que, quando instalados, possibilitam, com
segurança, a abertura de circuitos com carga.
Lembrando também que pode existir chaves que são equipadas com câmara de extinção de arco.
Habitualmente, o cartucho e o elo-fusível são intercambiáveis, isto é, podem ser substituídos por outros do mesmo
fabricante ou de outros.
Por fim, a instalação da chave na cruzeta, forma um ângulo de aproximadamente 70º (graus), em relação à horizontal
para, através da ação da gravidade, facilitar o giro do cartucho
É importante observar que este tipo de chave-fusível não deve ser empregado para manobra de circuito com carga,
pois são do tipo "seca", isto é, os seus contatos não possuem meios de interrupção de arco, como é caso do (óleo,
SF6, etc.).
11. ELOS-FUSÍVEIS
Os elos-fusíveis são a parte ativa da chave-fusível, ou seja, são os elementos com função sensitiva que detectam a
sobrecorrente e juntamente com o cartucho, interrompem o circuito.
Assim, não necessitam fundir com a corrente de carga do equipamento ou do circuito protegido, mas devem
obedecer às curvas características tempo x corrente fornecidas pelos fabricantes.
Os elos-fusíveis são identificados por sua corrente nominal e pelo seu tipo, devendo ainda aparecer (geralmente no
botão) o nome ou marca do fabricante.
De distribuição :
Tipo H - Possuem Elos-fusíveis de alto surto (high surge), de ação lenta para surtos de corrente (a corrente
transitória de magnetização de transformador, por exemplo), sendo fabricados somente para pequenas correntes
nominais e geralmente, são usados para proteger transformadores de pequenas potências (até 75 kVA) e pequenos
bancos de capacitores.
As correntes nominais normalmente padronizadas para esses elos-fusíveis são assim distribuídas:
- Valores preferenciais para os tipos K e T: 1, 2, ,5, 6, 10, 15, 25, 40, 65, 100, 140 e 200 Amperes;
- Valores não preferenciais para os tipos K e T: 8, 12, 20, 30, 50 e 80Amperes; -
Valores para os tipos H: 1, 2, 3, 5 Amperes.
Os elos-fusíveis K e T, geralmente admitem correntes 50% acima da nominal, que é uma (corrente admissível).
Por exemplo, o elo de 10K admite uma corrente de 15ª, isto é, permite uma sobrecarga.
O funcionamento do elo-fusível, se baseia na fusão do elemento fusível (geralmente de liga de estanho ou prata) por
efeito Joule, quando a corrente passante está superior a corrente admissível.
A maioria dos elos atingem o ponto de fusão em uma temperatura próxima de 230ºC (graus Celsius).
Já para a corrente admissível, o elo trabalha com temperatura em torno de 100ºC (graus Celsius).
Devido ao arco elétrico, em tensões elevadas (classe 15kiloVolts, ou superiores, por exemplo), a fusão do elo
geralmente não interrompe o circuito.
Para interrompe-lo efetivamente, torna-se necessário a extinção do arco, e isso é feito por gases desionizantes
produzidos no interior do cartucho, em consequência da queima do tubinho e/ou das paredes internas do próprio
cartucho.
Somente se o cartucho não for adequado, dependendo da energia, pode ocorrer explosões ou outros danos
mecânicos.
Os fabricantes de elos-fusíveis fornecem, por bitola, curvas características tempo versus corrente de fusão e
interrupção, que são conhecidas como:
As curvas de tempos mínimo e máximo de fusão são determinadas em ensaios de fusão de várias amostras, feitos
com baixa tensão para não haver formação de arco.
Estas mesmas curvas de tempos totais de interrupção, ou tempos máximos de aberturas, são determinadas por
ensaios efetuados sob 15kiloVolts, havendo, portanto, a ocorrência de arco elétrico.
A ABNT postula também que as curvas de tempos totais podem ser obtidas das curvas de tempos máximos de fusão
mediante a adição de tempos de arco (em torno de 10mili segundo).
Portanto, para a coordenação ou seletividade de elos-fusíveis são usadas as curvas de mínimos tempos de fusão e
de máximos tempos totais de interrupção.
Quando o surto acontece na rede a tensão é extremamente alta, com uma tensão
tendendo ao infinito, mas passando pelo DPS sua resistência tende a zero e
oferece um caminho com menor oposição à passagem da corrente elétrica,
escoando toda essa energia pelo sistema de aterramento, é desta forma que o
varistor atua dentro do dispositivo de proteção.
Desta maneira a maior vantagem do varistor é o seu tempo de resposta, que é extremamente rápido.
Quando o surto acontece na rede a tensão é extremamente alta, com uma tensão tendendo ao infinito, mas passando
pelo DPS sua resistência tende a zero e oferece um caminho com menor oposição à passagem da corrente elétrica,
escoando toda essa energia pelo sistema de aterramento, é desta forma que o varistor atua dentro do dispositivo de
proteção.
É importante entender que o DPS desvia o surto elétrico para o sistema de aterramento, este desvio ocorre em uma
velocidade muito rápida, em uma fração de segundos, dessa forma o disjuntor não é acionado, pois o tempo não é
suficiente para detectar esta fuga pelo sistema de aterramento, por isso o DPS só funciona com a fase conectado de
um terminal e de terra conectado no outro.
13. MUFLAS
As muflas elétricas são as terminações nos cabos de alta tensão, aplicadas onde existe uma transição do tipo de
isolamento.
Para que ocorra a exatidão, deve existir uma mufla
em cada ponto de mudança de tipo de isolamento,
mas na maioria das vezes a mufla está em uma
transição de isolamento sólido (ou liquido) para o ar.
Adicionalmente, as muflas são projetadas para fazer também a impermeabilização no ponto de término do
isolamento, para evitar a entrada de umidade, que também pode danificar o cabo naquele ponto.
14. CAPACITORES
Capacitor é um componente eletrônico capaz de armazenar carga elétrica.
Ao ser ligado em uma fonte de tensão, o capacitor possui dois terminais para sua polarização, e dentro do capacitor
os terminais são conectados por placas metálicas, geralmente de alumínio, separados por um material dielétrico.
Banco de Capacitores
Bancos de capacitores são dispositivos dedicados á correção do fator de potência em instalações elétricas industriais.
Dessa forma, eles são construídos a partir da associação de um conjunto de unidades capacitivas.
Os bancos são dimensionados de acordo com as caraterísticas e necessidade das cargas conectadas a eles, para uma
boa correção do fator de potência temos que conhecer bem essas cargas.
Banco de capacitores fixos: esses bancos tem a valor da sua capacitância fixo, normalmente são dedicados a um
circuito ou único equipamento pois são dimensionados para correção do fator de potência em uma condição
singular.
Ensaios de rotinas:
- Estanqueidade;
- Tensão aplicada entre terminais;
- Tensão aplicada entre terminais e caixa;
- Descarga de curto circuito;
- Medição da capacitância;
- Medição do fator de perdas;
- Medição do valor da resistência de descarga.
Outros ensaios:
- Estabilidade térmica;
- Medição do fator de perdas e temperatura elevada; - Tensão residual; - Entre outras.
- Durabilidade;
- Sobretensão;
-
Envelhecime
nto.
Reguladores de tensão são encontrados em dispositivos como fontes de alimentação variadas, em alternadores
automotivos e centrais de usinas elétricas, nesse último caso o regulador de tensão é utilizado para distribuir uma
tensão constante para todos os clientes.
Com eles é possível integrar medição completa por fase e total de corrente, tensão,
potência, energia e demanda, além de controle de religamento por subtensão ou
subfrequência, controle de banco de capacitores em 2 ou mais estágios, bem como
monitoramento de falhas de disjuntor e falha de TPs.
17. RELIGADORES
Com o advento dos primeiros sistemas de distribuição de energia elétrica, surgiram os fusíveis para protegê-los
contra sobrecorrentes indesejáveis.
A maior vantagem dos fusíveis é o preço, no entanto, é um barato que pode se tornar caro, principalmente, quando
são empregados na proteção de alimentadores radiais longos, pois, apresentam as seguintes desvantagens:
- Ao fundirem, se faz necessário a ação de uma pessoa para substituí-los, demandando dinheiro e tempo,
prejudicando assim a continuidade do serviço;
- Com o envelhecimento, as suas características de corrente x tempo podem ser alteradas, levando-os à
fusão em valores de correntes inferiores aos admissíveis;
- Não fazem a distinção entre defeitos permanentes e transitórios.
Esta última desvantagem pesa muito, pois, segundo dados estatísticos, a maioria dos curtos-circuitos que ocorrem
num sistema de distribuição aéreo de condutores nus, são de natureza transitória.
É importante comentar que estas causas são inerentes às redes construídas com condutores nus e aéreos.
Dessa forma hoje, a tendência é a construção de redes de distribuição primárias e secundárias com condutores
isolados.
Com isso, elimina-se boa parte desses problemas, aumenta-se a segurança das pessoas e animais contra choques
elétricos e melhora-se, consideravelmente, a continuidade do fornecimento de energia elétrica.
A partir dos problemas das redes aéreas, constituídas por condutores nus, descritos acima, foi desenvolvido um
equipamento que realiza, automaticamente, uma sequência de desligamentos ou disparos e religamentos, a fim
de testar se o defeito é permanente ou transitório.
Este equipamento, denominado religador, interrompe o circuito quando ocorre um curto-circuito, e religa-o após
um pequeno intervalo de tempo (da ordem de segundos ou menos), proporcionando, com isso, alta probabilidade
de desaparecimento do defeito.
Após o surgimento do religador, foi desenvolvido o seccionalizador, ele conta o número de disparos do religador e
após um certo número de contagem, previamente ajustado, o seccionalizador, abre seus contatos, isolando o
trecho defeituoso.
Basicamente, um religador é constituído por um mecanismo automático projetado para abrir e fechar circuitos em
carga ou em curto-circuito, comandado por relés de sobrecorrente de ação indireta.
Atualmente, os dispositivos sensores e de controle de um religador são microprocessadores dedicados que realizam
as funções 50, 51 e 79 e muito mais.
Para extinguir os arcos elétricos inerentes às operações de chaveamento de circuitos em carga ou curto-circuito, os
religadores usam mecanismos e meios de interrupção similares aos disjuntores.
Os meios de interrupção mais comuns são: óleo isolante; câmara de vácuo e gás (SF6). Na atualidade, este último é
o mais empregado.
O religador ao sentir uma condição de sobrecorrente, interrompe o circuito, religando-o automaticamente, após um
tempo predeterminado.
Se caso perceber, no momento do religamento, que o defeito ainda persiste, repete a sequência “disparo x
religamento”, até três vezes consecutivas. Após o quarto disparo, o mecanismo de religamento é travado, deixando
aberto o circuito.
A repetição da sequência “disparo x religamento”, permite que o religador teste repetidamente se o defeito
desapareceu, possibilitando diferenciar um defeito transitório de um permanente.
Dessa forma, um religador é projetado para realizar, no máximo, 3 religamentos seguidos por 4 disparos, entretanto,
permite ajuste para trabalhar com 1, 2 ou 3, sendo que, após o último previamente.
Após o quarto disparo, permanecerá aberto até receber o comando de fechamento, local ou remotamente.
Se a falta desaparecer antes do último desligamento, o religador não bloqueará o circuito e, dentro de um certo
intervalo de tempo caracterizado como (tempo de rearme, de resete ou de restabelecimento), da ordem de
segundos, rearmará ou restabelecerá, ficando preparado para realizar novamente a sequência que está ajustado.
18. SECCIONALIZADORES
Os seccionalizadores são dispositivos projetados para operarem em
conjunto com um religador, ou com um disjuntor comandado por
relés de sobrecorrente dotados da função de religamento (função
79).
Não possuem capacidade de interrupção de correntes de curtos-circuitos, essas interrupções destas correntes são
feitas pelo religador ou disjuntor de retaguarda, comandado por relés com as funções 50, 51
Função de proteção
A função de proteção realizada pelo seccionalizador se desenvolve de forma bastante simples e criativa. Isto é, a
cada vez que o interruptor de retaguarda efetua um disparo ou abertura (desligamento do circuito), interrompendo
a corrente de falta, o seccionalizador “conta” a interrupção; após atingir o número de contagens previamente
ajustado (uma, duas ou, no máximo, três vezes), o seccionalizador abre os seus contatos, sempre com o circuito
desenergizado pelo interruptor de retaguarda, isolando assim, o trecho defeituoso que fica sob sua proteção, do
restante do sistema.
i
De acordo com o princípio de operação do seccionalizador, deve ficar claro que o seu funcionamento, como
dispositivo de proteção, depende de duas condições básicas:
A segunda responsável pelos dispositivos sensores desses interruptores deverão atuar para todos os curtoscircuitos
na zona de proteção do seccionalizador, comandando, portanto, as aberturas e fechamentos desses interruptores
e, consequentemente, levando o seccionalizador a desenvolver as suas contagens, que, passado o número
previamente ajustado, abrirá seus contatos, isolando o trecho defeituoso.
Se o interruptor ligado à retaguarda do seccionalizador não possuir a função de religamento, este irá funcionar
como uma chave automática de manobra, logo sem a função de proteção, podendo ser aberto ou fechado com
carga, no local ou remotamente.
Deste modo, a abertura dos contatos pode ser feita de duas maneiras: automaticamente, quando o seccionalizador
realiza a função de proteção ou pela a ação do operador, no local ou remotamente, lembrando que uma vez
abertos, só poderão ser fechados através de comando dado pelo operador.
19. TRANSFORMADORES
Núcleo - esse em geral é feito de um material ferromagnético, é responsável por transferir a corrente induzida
no enrolamento primário para o enrolamento secundário.
Esses dois componentes do transformador são conhecidos como parte ativa, os demais componentes do
transformador fazem parte dos acessórios complementares.
Características Comuns:
Características Específicas:
Muitos transformadores utilizados em sistemas elétricos de potência possuem uma tomada, denominada tap, para
variar a relação de espiras e, consequentemente, as tensões. A variação usualmente permitida fica entre 10% e
15% do valor nominal de transformação.
Um transformador com tap variável tem a relação entre as espiras variável em relação ao valor nominal para
compensar variações das tensões no sistema.
Essas variações ocorrem principalmente devido às modificações das condições de operação do sistema.
Podendo ser usada como exemplo, cita-se variações de demanda de potência, da topologia do sistema e violação da
capacidade de geração de potência reativa.
Quando a variação do TAP é efetuada com pouca frequência, os transformadores permanecem fixo sob carga.
Nesse caso, a variação do TAP, em relação ao valor nominal, é realizada com o transformador desenergizado.
Esse tipo de transformador é denominado NLTC (No-Load Tap Changing).
Outra denominação para esse tipo de transformador é ULTC (Under-Load Tap Changing), a variação do TAP do LTC
pode ser efetuada de forma manual ou automática.
No caso de manobras automáticas, que podem sofrer comando remoto ou local, a tensão num dos terminais é
comparada a uma referência e o erro é utilizado para gerar um sinal que corrige a posição do TAP.
Outra denominação para esse tipo de transformador é ULTC (Under-Load Tap Changing), a variação do TAP do LTC
pode ser efetuada de forma manual ou automática.
No caso de manobras automáticas, que podem sofrer comando remoto ou local, a tensão num dos terminais é
comparada a uma referência e o erro é utilizado para gerar um sinal que corrige a posição do TAP.
40MVA a 200MVA;
São equipamentos cujo princípio básico de funcionamento se dá a partir da conversão de diferentes níveis de tensão
entre a fonte (primário) e a carga conectada (secundário).
Núcleo
São equipamentos cujo princípio básico de funcionamento se dá a partir da conversão de diferentes níveis de tensão
entre a fonte (primário) e a carga conectada (secundário).
Enrolamentos
Definição: São bobinas cilíndricas formadas por condutores de cobre, podendo ser isolados
em papel e envernizados.
Finalidade: No primário, serve para conduzir corrente, criando um fluxo magnético variável
a ser aproveitado pelo secundário pela lei de Faraday-Lenz.
Tanque Principal
Tanque de Expansão
Definição: O óleo mineral é um produto fracionado do petróleo e é dividido em três tipos: Naftênico, Parafínico
e Aromático.
Óleos
Radiadores
Comutadores de Tensão
Definição: É um dispositivo mecânico que permite variar o número de espiras dos enrolamentos de alta tensão.
Finalidade: Corrigir o desnível de tensão existente nas redes de distribuição devido à queda de tensão ao longo
das mesmas.
Tipos: NLTC (no load tap changer) OLTC (on load tap changer).
Buchas AT e MT
Definição: São dispositivos que permitem a passagem dos condutores constituintes dos enrolamentos para o
meio externo.
Finalidade: Essas buchas são empregadas para a passagem de um condutor através de uma parede não isolante.
Definição: O papel isolante é formado por fibras longas cujo principal componente é a celulose, importante
saber que o papel mais utilizado é o Kraft.
Finalidade: Este papel é utilizado na forma de finas camadas envolvendo os enrolamentos ou na forma de
espaçadores e tubos de alta densidade para promover o isolamento entre os níveis de tensão entre as fases.
Painel de Controle
Local onde estão instalados os dispositivos de interface que permitem o controle e monitoração do
funcionamento do transformador ao centro de operação da subestação.
Secador de Ar
Durante o funcionamento normal do transformador, o óleo aquece e dilata, expulsando o ar do tanque através
do secador. Havendo a diminuição da carga do transformador ou da temperatura ambiente, também haverá
abaixamento da temperatura do óleo, acompanhada da respectiva redução do volume. Forma-se, então, uma
depressão de ar no conservador e o ar ambiente é aspirado através da câmara e do agente secador, o qual
absorve a umidade contida no ar, que entrará em contato com o óleo.
O agente secador, denominado sílica gel, é vítreo e duro, quimicamente quase neutro e altamente higroscópico.
É um silícico, impregnado com cloreto de cobalto, tendo, quando em estado ativo, a cor azul escuro, de aspecto
cristalino. É capaz de absorver água até 40% de seu próprio peso. Devido à absorção de água, torna-se rosa claro
(totalmente saturada), devendo, então, ser substituído. Podemos seguir a seguinte tabela:
COR ESTADO
Termômetro
Indicador de temperatura
Vermelho
máxima em um período
Ponteiro de ligação 1 (alarme
ou acionamento de Verde
ventilação)
Ponteiro de ligação 2
Amarelo
(desligamento)
Os ponteiros de ligação e o de indicação de temperatura máxima são controláveis externamente, sendo que os
dois primeiros se movimentam apenas por ação externa, enquanto que o último é impulsionado pela agulha de
temperatura (ponteiro de arraste) apenas quando em ascensão desta, pois na redução ela fica imóvel, sujeito
apenas a ação externa, possibilitando-se a verificação da temperatura máxima atingida em um determinado
período.
Dispositivos de Segurança
O Relé Buchholz é um dispositivo de proteção própria contra falta de óleo, acumulação de gases e falhas
dielétricas castratróficas dentro do equipamento. O relé tem duas formas de detecção. No caso de uma pequena
sobrecarga, o gás produzido pela decomposição do óleo acumula no topo do relé e força o nível superior a cair.
Um interruptor de boia no relé é utilizado para ativar um alarme. Essa opção também funciona mesmo quando o
nível de óleo estiver baixo, como no caso de uma pequena fuga de
óleo. No caso de um arco elétrico, a acumulação de gás é súbita e o
óleo flui rápido para o conservador.
O dispositivo de alívio de pressão é instalado em transformadores imersos em líquidos isolantes com a finalidade
de protege-los contra possível deformação ou ruptura do tanque, em casos de defeito interno com aparecimento
de pressão elevada.
Transformador de Aterramento
São transformadores de uso específico para sistema de proteção de falta a terra, nas instalações onde
o Transformador de Potência possui conexão ∆ / ∆.
Transformador de Distribuição
Esse tipo de transformador é empregado principalmente pelas concessionarias distribuidoras de energia e em
usinas geradoras de energia.
São usados para distribuir a energia gerada até os consumidores, com valores diferentes do que o gerado sendo
adequado a cada tipo de consumidor.
Transformador de Potencial
Transformador de Corrente
Chaves Elétricas
Entretanto as chaves a seco podem interromper correntes de excitação de transformadores (a vazio) e pequenas
correntes capacitivas de linhas sem carga.
Chaves de Aterramento
São chaves de segurança que garantem que uma linha seja aterrada durante operação de manutenção na linha.
As chaves de aterramento somente são operadas (com a função de abrir e fechar), quando a linha está
desenergizada e é utilizada para que se evitem energizações indesejadas, localizado no extremo oposto.
As mesmas chaves também servem para a eliminação das induções devido à proximidade de linhas ou em função
de sobretensões de origem atmosféricas, as quais podem assumir valores perigosos.
Chaves Seccionadoras
Chave seccionadora ou chave faca é um dispositivo destinado a isolar partes de circuitos elétricos.
São instaladas em pontos estratégicos visando: Seccionar a rede para minimizar os efeitos das interrupções
programadas ou não.
Também são chamadas de interruptor tripolar de média tensão, possui um dispositivo destinado a abrir e fechar
um circuito sob carga.
O arco elétrico é dissipado dentro de uma câmara e os contatos são acionados com o auxílio de molas para
acelerar a abertura e fechamento.
Esse tipo de seccionadora pode, também, operar com fusíveis (fase a fase) que, quando queimam, provocam o
acionamento de um disparador (espoleta) que, por sua vez, aciona o dispositivo de abertura da chave,
seccionando o circuito.
Embora pequena a diversidade construtiva entre as várias marcas de seccionadoras, há sempre a necessidade
de o operador/inspetor conhecer plenamente o equipamento a ser manobrado, seguindo rigorosamente os
procedimentos pré-estabelecidos.
Os procedimentos devem ser criados com ajuda do manual de operação do equipamento, da experiência técnica
e da observação das normas existentes.
A falta de observação dos procedimentos é o principal fator de ocorrência de danos nas seccionadoras nas
operações de fechamento e abertura.
Por isso se faz tão imprescindível a segurança pessoal do operador/inspetor, que deve estar sempre em primeiro
plano.
Além do necessário conhecimento da seccionadora, deve-se também observar a distância mínima de segurança
para operação de acordo com a tensão nominal.
Manutenção - Conceito
A manutenção deve ser executada por técnicos experientes, contemplando medições elétricas para avaliação
funcional dos equipamentos, limpeza e lubrificação dos pontos recomendados, além das correções requeridas
no relatório técnico das inspeções e/ou manutenções anteriores, pois sugerem a forma indicada para evitar ou
diminuir a incidência de paradas não programadas.
Os intervalos entre inspeções e revisões de seccionadoras não devem ser tão longos, para que não coloquem
em risco sua confiabilidade, nem tão curtos que extravasem em despesas e trabalhos desnecessários.
Para se determinar os períodos das inspeções e revisões periódicas programadas, deve-se ter em vista as partes
principais da seccionadora, que são:
- Estrutura;
- Isoladores;
- Contatos fixos e móveis;
- Mecanismo de operação; - Bloqueio KIRK; - intertravamentos.
Os períodos devem ser estabelecidos tendo-se em vista cada uma delas separadamente. Estes períodos das
inspeções e revisões comumente adotados são principalmente das seguintes espécies: por tempo definido e
pelo número de operações.
Eles são estabelecidos conforme as instruções do fabricante e a experiência adquirida pelo usuário da
seccionadora.
O período por tempo definido é aquele em que o intervalo de tempo entre as inspeções e revisões é dado em
semanas, meses ou anos.
Os intervalos estabelecidos pelo número de manobras podem ser variáveis, uma vez que o número de
operações, em geral, depende de fatores muitas vezes aleatórios.
Por fim, independentemente do critério adotado, recomenda-se a intervenção técnica sempre que se verificar
a ocorrência de curto-circuito.
Antes de dar início às rotinas de inspeções e manutenções, recomenda-se a elaboração da Análise Preliminar de
Riscos com vistas a garantir a máxima segurança dos técnicos executantes.
1 - Verificar todos os equipamentos de proteção individual - EPI´s necessários para garantir a integridade dos
técnicos executantes
2 - Impedimento da seccionadora.
3 - Assegurar-se de que a fonte de energia dos circuitos auxiliares de comando, esteja desligada.
5 - Instrumentos e utensílios devem ser inspecionados antes do início dos trabalhos, verificando-se seu estado,
qualidade e quantidade.
6 - Delimitar e sinalizar a área de trabalho e/ou diferenciar os equipamentos energizados, dos equipamentos
desenergizados.
Após a conclusão dos trabalhos, também são necessários alguns procedimentos mínimos de segurança:
2 - Limpeza do local, com a remoção de todos os detritos originados durante a execução dos trabalhos.
4 - Desimpedimento do equipamento
Seccionadora sem carga - Em uma subestação a chave seccionadora do disjuntor de entrada ficou sem
manutenção por vários anos. Em decorrência disso, a grande quantidade de poeira acumulada nos isoladores,
sedimentada pela absorção de umidade, fez surgir o que se conhece por “caminho de rato”, permitindo a fuga
de corrente entre a fase e a carcaça da seccionadora, favorecendo a ocorrência de um curto-circuito,
ocasionando a perda da seccionadora e a interrupção do circuito.
Seccionadora sob carga e com fusíveis - Devido à falta de lubrificação adequada, a chave seccionadora de
alimentação de um trafo, ao ser manobrada não fechou corretamente os contatos (não penetrou por completo),
provocando elevação da resistência ôhmica. Após longo tempo em repouso ligada, ocorreu acentuado desgaste
dos contatos que passou a produzir ruído já perceptível. Numa ronda de rotina na subestação, um dos técnicos
da equipe ouviu o ruído ao passar próximo da seccionadora. Relatado o fato aos responsáveis, o equipamento
foi retirado de operação para substituição dos contatos, já bastante deteriorados.
Por isso se faz imprescindível lembrar que a falta de manutenção pode acarretar prejuízos materiais de grande
importância, não só devido à perda dos equipamentos, como também, devido à paralisação da produção,
trazendo inclusive, riscos à segurança pessoal dos operadores.
20. OPERAÇÃO DE ABERTURA DE CHAVES FUSÍVEIS
A abertura e fechamento das chaves fusíveis, chaves com seccionalizadores, seccionadoras de faca unipolar,
tripolar e chaves fusíveis religadoras devem ser em único golpe rápido e preciso, mas não violento, lembrando
que a formação do arco elétrico depende da velocidade desta manobra.
Sugerindo-se também, adversas deve-se redobrar a atenção, lembrar que, quando o tempo estiver úmido, a
possibilidade de ocorrência de arco elétrico é bem maior, e muito importante que no momento da operação
das chaves, nenhuma outra pessoa deverá ficar próxima da estrutura.
Nas manobras em que o executor necessitar de desligamento da fonte para operação de chave na rede de
distribuição, é necessária execução do teste de ausência de tensão para confirmação do desligamento do
circuito.
O loadbuster modelo 5300 R3 e loadranger XLT1 são destinados ao uso na classe de tensão fase-fase de 13800V
e 34500V e os modelos 5400 R3 e XLT2 são destinados ao uso na classe de tensão fase-fase até 34500V. O cutarc
é destinado ao uso na classe de tensão fase-fase até 34500V.
Loadbuster/Loadranger
APLICAÇÃO: Os equipamentos são aplicáveis basicamente na abertura de chaves monopolares dos tipos corta
circuito, seccionadora unipolar e chave fusível dotados de ganchos adequados para os engates mecânicos e
curso de extensão compatível com a ferramenta.
Desligamento de chaves de linha e de transformadores: É aplicável a correntes de carga até 600A nominais
com corrente máxima admissível em projeto, de 900A, incluídas as correntes de magnetização dos
transformadores.
O equipamento não deve ser utilizado para desligamento de bancos de capacitores em paralelo.
Em 13,8kV, utilizando-se os modelos 5300R3 e XLT1, pode-se desligar bancos de capacitores até 1800kVAr.
Em 34,5kV, utilizando-se os modelos 5400R3 e XLT2, pode-se desligar bancos de capacitores até 4800kVAr,
desde que o banco seja ligado em estrela aterrado.
Precauções
Os equipamentos não devem ser utilizados onde a máxima tensão de operação do sistema exceda a máxima
tensão para a qual a ferramenta foi projetada.
Embora a interrupção possa ser feita em tensões menores deve-se observar se a chave tem extensão do curso
suficiente para permitir o golpe de operação do equipamento. Portanto, para se usar o equipamento de 34,5kV
em chaves de 13,8kV é necessário verificar se o cartucho da chave fusível ou a lâmina da chave seccionadora
tem comprimento suficiente para permitir o curso da operação.
O equipamento deve ser posicionado na chave a ser aberta de tal modo que o seu tubo não obstrua a linha de
visão do operador
Para condições normais de uso, o equipamento deve ser fixado a um bastão universal com no mínimo 1,8m de
comprimento para tensão de 13,8kV e 2,4m para tensão de 34,5kV.
A âncora do equipamento deve ser engatada ao gancho da chave fusível ou da chave seccionadora, do lado
contrário ao do operador. O gancho de engate do loadbuster deve ser fixado à argola do cartucho da chave
fusível ou da lâmina da chave seccionadora. Salientando que o equipamento nunca deve ser posicionado na
chave, ficando o seu corpo do mesmo lado do operador. Instalando-o dessa maneira, não somente a visão do
operador ficará prejudicada, como poderá provocar perigosos esforços mecânicos no equipamento e um difícil
desengate.
Quando o equipamento for operado de dentro de uma caçamba, o operador deve ficar no mínimo a 1,5m abaixo
do equipamento e de frente para a chave quando montadas na posição vertical. Quando as chaves
seccionadoras são montadas na posição horizontal, aproximar o gancho de engaste do equipamento de tal
modo que o operador fique bem embaixo da chave a ser aberta, para que não seja exercido um esforço
excessivo em sentido horizontal no isolador.
Ao operar o equipamento, o bastão deve ser puxado para baixo e formar um ângulo entre zero e 45° com relação
à direção do cartucho da chave fusível ou da lâmina da chave seccionadora.
As operações de aberturas em chaves fusíveis aplicam-se igualmente para chaves seccionadoras unipolares,
desde que estas possuam gancho especial para engate no equipamento.
Âncora
Olhal do cartucho
Gancho de engate da chave Gancho de engate
do loadbuster
Trave do gancho de
engate
Passo 1 - Passar o equipamento pela frente da chave a ser aberta, alcançando o gancho da mesma pelo outro
lado.
Passo 2 - Girar o equipamento na direção do cartucho da chave e passar o gancho de engate do equipamento
no olhal do cartucho.
Trava de
rearme
LOADBUSTER EM
POSIÇÃO “DISPARADO”
Passo 4 -Para soltar o equipamento depois da interrupção de um circuito, existem duas maneiras. Uma delas é
a escolha da forma de soltura, que deve ser levada em consideração o tipo de chave operada e outra maneira
são as condições ambientais.
Passo 5 - Para rearmar o equipamento para a próxima operação, deve-se segurá-lo como mostra na imagens a
seguir. estender o equipamento suavemente e erguer a trava de rearme. com a trava de rearme erguida,
empurrar o tubo interno até o final para que o gatilho possa rearmar por si próprio.
em seguida verifique se o rearme foi efetuado corretamente, puxando o tubo interno cerca de 7,5cm. com esse
movimento um aumento na resistência da mola será sentido.
TRAVA DE REARME ERGUIDA TESTE DE REARME
São equipamentos suficientemente robustos para um longo período de vida, porém, deve ser dada uma atenção
especial à sua manutenção e à substituição de certas peças componentes, as quais estão sujeitas a uma gradual
deterioração ou desgaste no curso normal de operação.
Pelo fato de os equipamentos não possuírem qualquer sinal audível ou visível que indique a necessidade de
reposição de partes componentes desgastadas ou quebradas, os intervalos de manutenção devem ser
estabelecidos tomando como base o número de operações ou o rigor dos serviços executados.
Depois de efetuadas entre 500 e 1000 operações de rotina faz-se necessário a realização de inspeção e
manutenção do equipamento. Pontuando que os procedimentos de manutenção só devem ser realizados por
pessoas devidamente treinadas para esta atividade.
O cutarc pode operar qualquer chave fusível ou seccionadora desde que possuam o gancho e olhal apropriados
para utilização da ferramenta.
Para um teste de verificação da pressão do gás e condição dos contatos internos do cutarc pode ser utilizado o
kit de teste específico. Neste caso a verificação é rápida e pode evitar a eventual indisponibilidade da
ferramenta em caso de dúvida. A corrente nominal do cutarc para abertura de carga é de 630A.
21. CRUZETAS
22. PARA-RAIOS
Os para-raios são equipamentos de proteção de uma
subestação contra sobre tensões atmosféricas e de manobra.
Caso a descarga não seja recebida por esse cabo, esta carga irá
através dessa linha até a subestação, onde o para-raios
absorverá essa descarga para a malha de terra que se
dispersará no solo, limitando a tensão sobre os equipamentos.
Eles atuam como limitadores de tensão, impedindo que valores acima de um determinado nível preestabelecido
possam alcançar os equipamentos para os quais fornecem proteção.
Estes para-raios são constituídos basicamente de um gap em série com um resistor não linear, colocados no
interior de um involucro de porcelana.
O gap é o elemento que separa eletricamente a rede dos resistores não lineares, ele constitui-se de um conjunto
de ‘’subgaps’’cuja finalidade é a de fracionar o arco em número de pedaços, a fim de poder exercer um melhor
controle sobre ele, no momento de sua formação, durante o processo de descarga e na sua extinção.
Nos para-raios convencionais o resistor não linear é fabricado basicamente com o carbonato de silício, devido a
isto, com este material pode-se observar que por ocasião de tensões baixas tem-se uma resistência elevada e,
com tensões elevadas, uma resistência baixa.
Neste para-raios não são necessários os gaps em série, devido as excelentes características não lineares do óxido
de zinco.
Os para-raios compostos de óxido de zinco apresentam vantagens em relação aos para-raios convencionais,
entre as quais podem ser citadas:
Outras vantagens:
- Inexistência de gaps;
- Para-raios convencionais absorvem mais quantidade de energia do que o para-raios de zinco, o que
permite a este último absorção durante um maior número de ciclos.
23. REATORES
Os reatores são dispositivos fabricados para introduzir indutância em um circuito, consistindo de uma série de
voltas de um fio condutor bobinado.
Normalmente as espiras são enroladas em torno de um material magnético, denominado núcleo, o qual é capaz
de armazenar uma quantidade maior de energia por Ampère de corrente, que o próprio ar.
Atualmente os sistemas de geração de energia elétrica estão cada vez mais distantes dos centros consumidores,
o que demanda a construção de linhas de transmissão de alta tensão cada vez mais longas.
Quando em operação estas linhas introduzem alta capacitância nos sistemas e podem sofrer variações
indesejáveis de tensão, seja por chaveamentos ou em momentos de baixa demanda.
Portanto, para compensar estes fenômenos e também limitar a corrente de curto circuito são inseridas
indutâncias nos circuitos, através da instalação de reatores em série ou em paralelo (estes também conhecidos
como shunt).
Reatores podem ser instalados nos mais variados níveis de tensão, dentre eles podemos citar: os de tipo
industrial, de distribuição ou transmissão e podem ser dimensionados para suportar os mais variados níveis de
corrente.
Estes reatores podem ser classificados pelo seu método de resfriamento e pelo seu núcleo.
Sendo eles: os reatores imersos em óleo e reatores a seco com núcleo de ar.
No caso do reator a seco, seu resfriamento e seu núcleo são feitos com ar natural e sua instalação pode ser feita
tanto ao ar livre quanto em local abrigado.
Devido à ausência de núcleo ferromagnético não existe saturação, ou seja, possui indutância constante para
qualquer nível de corrente.
- Sua robustez;
- Ausência de manutenção;
- Fácil inspeção visual; - Baixo custo de fabricação; -
Instalação.
Reatores em Derivação
Reatores em derivação são usados para compensar
a potência reativa capacitiva gerada por linhas de
transmissão sob carga leve ou cabos subterrâneos.
Pela variação do ângulo de disparo do reator controlado a tiristores (TCR), a quantidade de corrente absorvida
por ele pode ser continuamente variada e o mesmo comporta-se como uma indutância infinitamente variável.
Consequentemente, o apoio capacitivo fornecido pelo capacitor fixo (FC) e pelos capacitores controlados a
tiristores (TSC), pode ser ajustado para a necessidade específica do sistema.
A eficiência, bem como o controle de tensão e estabilidade de sistemas de energia ganham altos índices de
confiabilidade com a instalação de SVC’s.
Os reatores para filtro de harmônicas são usados em conjunto com capacitores e às vezes resistores, formando
circuitos sintonizados de correntes harmônicas.
Esses reatores podem ser fornecidos com TAP’s de indutância, ou anéis especiais para controle do fator de
qualidade e também podem ser fabricados com tolerâncias controladas.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Como a totalidade destas características é inerente aos profissionais e á culturas empresariais, é impossível
estabelecer a padronização na condução dos trabalhos, principalmente nos locais onde as tarefas com
eletricidade não representam a atividade principal da empresa.
A NR-10 possui como um dos seus objetivos uniformizar os aspectos de segurança das atividades que envolvem
eletricidade, padronizando de uma forma segura a condução dos trabalhos.
Para abordar esses aspectos com maior profundidade, o padrão de organização do trabalho apresenta mais
cinco subitens discriminados a seguir:
As atividades realizadas em instalações elétricas podem ser programadas, ou contemplar ações de emergência,
em função da ocorrência de algum problema inesperado.
Como as instalações elétricas de alta tensão geralmente alimentam grandes instalações, um defeito em seu
funcionamento provoca um elevado impacto, requerendo uma ação rápida.
Devido a isto sempre que possível, as intervenções devem ser programadas previamente, contudo,
independentemente da situação, o planejamento do serviço sempre deve ser realizado, devendo constar no
plano de emergência da empresa, conforme item 10.12.1 da NR-10.
Por mais crítica que seja a condição, o planejamento sempre deve ser realizado, haja vista que a falha em uma
atividade em alta tensão pode provocar um grave acidente, causando danos às pessoas e/ou às instalações.
Ressaltamos que demandar alguns minutos para planejar uma atividade em alta tensão durante uma situação
de emergência não é perda de tempo, mas, sim, investimento para resolver o problema, evitando agravá-lo ou
causar um dano maior.
“10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis
pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades...”
‘’10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas no local...”
“10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis
pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades.”
‘’10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas no local...”
Independente da área em que se irá trabalhar, um bom planejamento deve considerar muitos aspectos.
Como referência temos a Apostila da Comissão Tripartite Permanente de Negociação do Setor Elétrico no Estado
de São Paulo, que apresenta os seguintes itens para planejamento:
Antes de iniciar qualquer atividade, o responsável pelo serviço deve reunir os envolvidos na liberação e execução
da atividade e:
Certificar-se de que os empregados envolvidos na liberação e execução dos serviços estão munidos de todos os
EPIs necessários;
Explicar aos envolvidos as etapas da liberação dos serviços a serem executados e os objetivos a serem
alcançados;
Transmitir claramente as normas de segurança aplicáveis, com dedicação especial à execução das atividades
fora da rotina;
Certificar-se de que todos os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer, quando fazer e
por que fazer.
Durante a execução dos trabalhos o superior imediato deve supervisionar, durante todo momento, o seu
desenvolvimento para assegurar que este se realize de acordo com o procedimento de execução.
Em particular, deverá assegurar-se de que a zona de trabalho está adequadamente sinalizada e/ou delimitada,
observando sempre que houver a possibilidade de outro trabalhador ou pessoa alheia aos trabalhos entre na
referida zona e, consequentemente, tenha acesso a partes energizadas.
Também deverá assegurar-se de que nenhum trabalhador se coloque em condições de poder transpor as
distâncias de segurança enquanto realiza as operações.
Se a extensão da zona de trabalho não lhe permitir realizar esta supervisão de forma adequada, deve solicitar o
auxílio de outro trabalhador autorizado.
É recomendado que toda equipe sempre deve ter um líder, pode ser uma pessoa destacada exclusivamente
para comandar o grupo, ou eventualmente pode ser um dos profissionais que está executando a atividade e
que geralmente possui um nível mais elevado de experiência.
Podemos afirmar que é impossível a observação simultânea da atitude de todos os trabalhadores envolvidos na
tarefa, por parte do líder, desta forma, além de contemplados no item Responsabilidade da NR-10, é importante
que os componentes da equipe tenham a consciência de zelar pela própria segurança e dos demais colegas.
“10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de
Instalações Elétricas”, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:
Com relação a NR-10 - 10.2.5 “As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema
elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário
os documentos a seguir listados”:
Método á Potencia
Neste método, o trabalhador fica em contato direto com os elementos energizados, por isso se faz necessário
que ele seja colocado no mesmo potencial do elemento da instalação que manipula.
Para isto, são necessárias medidas de proteção que garantam o mesmo potencial no corpo inteiro do
trabalhador, como vestimentas condutoras (roupas, botinas, luvas e capuzes) ligadas através de um cabo
elétrico e cinto à parte condutora, onde está
sendo realizado o trabalho.
Antes de começar o trabalho, deverá ser comprovada a corrente de fuga que circula pelo elemento do qual
depende a isolação do trabalhador.
Também é recomendado que a corrente de fuga seja monitorada durante a execução do trabalho e isto é
realizado por um microamperímetro.
Vale destacar que equipamentos e treinamento adequados são essenciais para a garantia da segurança do
trabalhador, que executa tarefas usando o método de trabalho ao potencial.
Método à Distância
Este método de trabalho à distância é aquele em que o profissional interage com a parte energizada a uma
distância segura.
É um método que em nenhum momento o trabalhador entra na
zona de risco, seja com uma parte do seu corpo ou com uma
extensão condutora do seu corpo.
Neste método de trabalho, podem ser utilizadas coberturas isolantes para proteger os trabalhadores de partes
vivas da instalação onde não serão realizados trabalhos, com condutores, ferragens e isoladores.
Método ao Contato
29. COMUNICAÇÃO
Não há dúvida que a comunicação entre os membros da equipe é muito importante, contudo podemos
extrapolar essa comunicação para fronteiras além do relacionamento verbal entre esses profissionais.
Primeiramente, temos o aspecto legal que a NR-10 determina, sendo obrigatória a existência de um
equipamento que permita comunicação permanente entre os membros da equipe ou com um centro de
operações, conforme item 10.7.9.
O Item da NR 10.7.9 diz que: “Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles
envolvidos em atividades no SEP, devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com
os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço.
Nesse tópico a NR-10 coloca uma questão que é muito difundida nas empresas cuja atividade principal é a
geração, Transmissão ou distribuição de energia elétrica e que consiste na existência de um centro de operações
que, dentre outras funções, monitora a atividade desses profissionais.
O monitoramento se faz importante pois previne a ocorrência de acidentes de origem elétrica, prestando-se
ainda a inibir atitudes dos trabalhadores envolvendo desde a mudança do planejamento até a redução de passos
e itens previstos no procedimento de trabalho.
Complementando a comunicação verbal, na maioria das intervenções em alta tensão se faz necessário o
emprego da comunicação visual e sinalização, com o objetivo de alertar os trabalhadores sobre os perigos a que
estão expostos.
Quando parte da instalação é desenergizada, é importante utilizar dispositivos de bloqueio para evitar que o
circuito seja religado, pois há um serviço em execução.
Em conjunto com o dispositivo de bloqueio deve ser utilizado o cartão de sinalização com as informações do
profissional que implantou o bloqueio, contendo data, setor, número do ramal ou telefone, entre outras
informações.
O emprego de fitas zebradas, cones e bandeirolas é bastante eficaz para essas situações.
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS
O propósito deste tópico é abordar a aspecto comportamental do trabalhador, com o intuito de fornecer
subsídios que colaborem para garantir a segurança e a saúde no exercício das atividades diárias.
Algumas análises investigativas permitem atribuir ao excesso de confiança a causa provável de acidentes
ocorridos no SEP, decorrente da tendência de subestimar orientações de segurança, assim como atribuir a um
trabalhador longos períodos de tempo exercendo a mesma atividade, mesmo que altamente perigosa.
Os trabalhadores que atuam com instalações elétricas, independente dos valores de tensão e corrente
envolvidos, têm consciência de que suas atividades estão associadas à possibilidade de acidentes devido á
exposição aos denominados riscos elétricos e também aos riscos adicionais.
Tal situação impõe ao trabalhador, envolvido direta ou indiretamente com o SEP, agravantes relacionados com
o estresse gerado pelo exercício da atividade diária, em comparação com outras funções que envolvam riscos
menores.
Além desta, outras conclusões relacionadas diretamente ao perfil dos trabalhadores são:
O mesmo trabalhador pode agir de maneira diferente, em uma mesma ação realizada por ele próprio, quando
consideramos os fatores anteriormente descritos ou até o estresse associado às condições executivas da
atividade.
Considerando os fatores apresentados, a missão de escolher o profissional para executar o trabalho de maneira
adequada e segura não se constitui em tarefa fácil.
Pressa
Deve-se levar em conta que a pressa, a distração, a agressividade, a irritação e a competição entre colegas estão
entre as causas que podem ser somadas a estados psicológicos alterados, ou ainda fatores comportamentais de
risco que, certamente, interferem na execução da tarefa ou na ocorrência de acidentes, seja de pequenas ou
grandes proporções.
Pressa e Distração
Pressa: Nenhuma urgência deve se sobrepor á segurança, diversas são as razões que podem conduzir á pressa,
dentre elas a pressão da liderança na conclusão da tarefa ou um compromisso posterior ao horário de trabalho.
Agressividade: O trabalhador pode apresentar comportamentos associados á irritação ou revolta por motivos
profissionais ou familiares.
Eventualmente agressividade pode ser manifestada de maneira até inconsciente, em que predominam as
respostas irônicas, o uso de termos chulos e de baixo calão, distanciando de si as pessoas e gerando um clima
inadequado e indesejável á equipe.
Espirito competitivo: pode ser decorrente de metas de produção ou atendimento impostas á equipe de trabalho.
Comoção e Depressão
Comoção: uma ocorrência, em geral no seio familiar, pode tornar o comportamento de um trabalhador
desequilibrado o suficiente para gerar um quadro acidentário.
Pode ser por morte de um ente querido, uma doença grave, um acidente de trânsito com alguém da família,
uma internação hospitalar demorada, um trauma gerado em um assalto, uma perda significativa ou qualquer
outra fatalidade, são exemplos clássicos desse tipo de comportamento.
Depressão: hoje em dia, tratada como uma doença, pode ser um fator facilitador para a ocorrência de um
acidente.
Insegurança
Temer a perda do emprego, ou que o colega realize melhor determinada tarefa e com isso tome-lhe o cargo são,
por exemplo, fatores de insegurança.
Cada indivíduo tem o seu fator pessoal de insegurança, seja em função do desequilíbrio do orçamento
doméstico, por morar em área com enchentes, por medo de ser vítima de assaltos em transportes coletivos,
pela gravidez de risco da esposa, ou pelo fato de o filho ter problemas escolares, todos esses fatores pessoais e
diversos outros são caracterizados como fatores de insegurança, e colocam o indivíduo mais próximo de um
acidente, quão maior for sua influência cumulativa.
Outros fatores que, não sendo necessariamente comportamentais, também podem levar a um acidente:
Cabe ao líder de equipe em primeira instancia, além das condições materiais prestar atenção para que o
ambiente de trabalho reflita um clima propicio a que as relações interpessoais não se transformem em causas
para a ocorrência de acidentes de trabalho.
Esse aspecto é tão relevante ao ponto de os profissionais terem a liberdade e a autonomia de interromper ou não a
execução de uma atividade, devido a alguma situação que coloque em risco as pessoas envolvidas.
As condições impeditivas para intervenções em instalações em alta tensão são exatamente aquelas que se
configuram como inseguras e capazes de gerar um acidente, atribuídas ainda ao que possa impedir o
prosseguimento ou início da atividade.
Por outro lado, a condição insegura, caso presente no ambiente do trabalho, põe em risco a integridade física do
trabalhador, que pode sofrer um acidente independente de sua magnitude.
Trata-se de condições impeditivas de trabalho que devem ser observadas para evitar a ocorrência de um acidente
com algum profissional envolvido, ou qualquer outra pessoa que possa estar próxima do local de trabalho.
Caso qualquer integrante da equipe identifique um ato ou uma condição insegura, deve alertar todos
imediatamente, tendo inclusive a responsabilidade de solicitar a paralisação da atividade até que seja estabelecida
uma forma segura de execução.
Podem se aplicar a essas situações, por exemplo, um dia chuvoso, em que havia uma previsão de trabalho a céu
aberto em uma instalação elétrica energizada em alta tensão, ou a ausência de um EPI ou EPC necessário para o
desempenho da atividade.
Algumas características do meio ambiente externo podem se apresentar como condições impeditivas para a
realização de serviços.
Embora esteja apresentado a seguir exemplos dessas condições, qualquer outra condição ambiental mencionada na
NR-10, em seu item 10.4.2, pode configurar situação impeditiva.
De acordo com “10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas
destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto à altura, confinamento, campos elétricos e
magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de
segurança”.
Presença de Ventos
Os ventos fortes provocam um grande aumento nos esforços mecânicos envolvidos, podendo até fazer com que
sejam ultrapassadas as capacidades de trabalho para as quais os bastões e as ferramentas foram projetados, além
disso, ocorre a dificuldade de mobilidade do trabalhador durante os serviços.
Chuvas
Além de reduzir a rigidez dielétrica dos bastões e de todas as ferramentas, assim como EPIs utilizados na tarefa,
também oferece risco pessoais, dificultando todos os serviços.
Poluição
O intenso acumulo de poluentes na superfície de bastões, EPI’s e ferramentas isolantes reduz sua rigidez
dielétrica, propiciando a condução da corrente em sua superfície, principalmente se associado à umidade.
Condições da Instalação
Este espaçamento está associado à colocação fora de alcance, que é somente destinada a impedir os contatos
acidentais com as partes vivas da instalação.
Quando há o espaçamento, ele deve ser suficiente para evitar que pessoas que circulam nas proximidades das
partes ativas possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou por intermédio de objetos que
elas manipulem ou transportem.
Iluminação Insuficiente
Uma iluminação insuficiente é classificada pelo item 10.3.10 da NR-10 como sendo um risco ergonômico.
A NBR 5413, que estabelece critérios técnicos para iluminância de interiores, é citada no item 17.5.3.3 da
NR-17 (ergonomia).
Deve ser avaliado caso a caso o nível de iluminância, considerando o local de trabalho e a tarefa que está
sendo executada.
Posição de Trabalho
Qualquer que seja a situação, não há como justificar a insistência em concluir ou mesmo iniciar um serviço sem
que as ferramentas, acessório, EPI’s e EPC’s estejam em condições adequadas para o uso.
De igual modo é necessário atuar sempre com ferramentas homologadas quanto á rigidez dielétrica,
devidamente atestada em relatório periódico, conforme a NR-10 determina em seu item 10.7.8.
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir,
por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.
Saiba que as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas
de modo a permitir um espaço suficiente para que você tenha um trabalho seguro.
Essas partes, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservar em distâncias que evitem
contatos casuais, devem ser isoladas por barreiras que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços
mecânicos usuais.
Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que eventualmente possa
ficar sob a tensão dever ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contato.
A essas instalações que estão em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir fuga de corrente,
devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto à blindagem, ao isolamento e ao aterramento.
Deve-se respeitar as distâncias de segurança entre as tensões (fase-fase e fase-terra), com a utilização correta
dos EPI’s e dos EPC’s (ao contato, ao potencial e a distância).
É vedado o uso de adornos (brincos, correntinhas, entre outros) pessoais nos trabalhos com instalações elétricas
ou em suas proximidades.
Os trabalhos que exigem o acesso à zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos
respeitando as distâncias previstas na tabela B.
Zona controlada: é aquela entorno da parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.
ZL = Zona livre.
Indução
Indução Eletromagnética: Se caracteriza pela passagem da corrente elétrica em condutores que geram um
campo eletromagnético que, por sua vez, induz uma corrente elétrica em condutores próximos.
Assim, pode ocorrer a passagem de corrente elétrica em um circuito desenergizado se ele estiver próximo a
outro circuito energizado.
Por isso é fundamental que você, além de desligar o circuito no qual vai trabalhar é também de bom senso
confirmar com equipamentos apropriados (voltímetros ou detectores de tensão), se o circuito está
efetivamente sem tensão.
Saiba que nos trabalhos com linhas transversais e/ou paralelas deve-se utilizar o sistema de aterramento
temporário, tantos quantos necessários.
Descargas Atmosféricas
As descargas atmosféricas são um dos maiores causadores de acidentes em sistemas elétricos causando
prejuízos, tanto materiais quanto para a segurança pessoal.
Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-se necessário a avaliação do risco de exposição a que estão
submetidos os edifícios, sendo este um meio eficaz para verificar a necessidade de instalação de para-raios.
Os para-raios captam os raios e direcionam os mesmo para o sistema de aterramento, esse sistema têm como
primeiro objetivo à segurança pessoal.
Os para-raios devem ser projetados para atender os critérios de segurança tanto em alta frequência, descargas
atmosféricas e telefonia quanto em baixas frequências, como curtos-circuitos em motores trifásicos.
Para que o aterramento seja eficaz, é necessário que seja um sistema estável, ou seja, que apresente uma
invariabilidade nos valores da resistência de terra.
Deve-se levar em consideração, também, a viabilização do projeto, objetivando o ponto ótimo no que se diz
respeito a configuração do sistema e ao resultado desejado, devido a isto atualizar o laudo do SPDA é muito
importante.
Estática
Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições secas, as linhas sofrem uma contínua indução que
se soma às demais tensões presentes.
As tensões estáticas crescem continuamente, e após um longo período de tempo podem ser relativamente
elevadas.
Podemos ter tensões induzidas na linha por causa do acoplamento capacitivo e eletromagnético, se dois
condutores, ou um condutor e o potencial de terra, estiverem separados por um dielétrico e em potenciais
diferentes, surgirá entre ambos o efeito capacitivo.
Ao aterrarmos uma linha, as correntes, devido às tensões induzidas capacitivas e às tensões estáticas ao
referencial de terra, são drenadas imediatamente.
As tensões estáticas crescem continuamente, e após um longo período de tempo podem ser relativamente
elevadas.
Podemos ter tensões induzidas na linha por causa do acoplamento capacitivo e eletromagnético, se dois
condutores, ou um condutor e o potencial de terra, estiverem separados por um dielétrico e em potenciais
diferentes, surgirá entre ambos o efeito capacitivo.
No caso de uma linha aterrada em apenas uma das extremidades, a tensão induzida eletromagneticamente terá
seu maior vulto na extremidade não aterrada, e se ambas as extremidades estiverem aterradas, existirá uma
corrente fluindo num circuito fechado com a terra.
Ao se instalar o aterramento provisório, uma corrente fluirá por seu intermédio, diminuindo a diferença de
potencial existente e ao mesmo tempo rampeando a área de trabalho, o que possibilita neste ponto uma maior
segurança para o homem de manutenção.
Além disso, nos casos de circuito de extra-alta ou ultra-alta tensão, com indução elevada, é recomendável a
adoção de critérios que levem em conta o nível de tensão dos circuitos e a distância entre eles, o que poderá
determinar se as outras medidas de segurança ainda deverão ser adotadas ou até mesmo se o trabalho deverá
ser feito como em linha energizada.
A maioria dos equipamentos tem certo grau de sensibilidade à perturbação de origem eletromagnética e um
simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal e
comandos pode causar um mau funcionamento.
No entanto não significa que esse equipamento será danificado, mas será levada a ele uma informação que será
codificada, não como um raio que caiu, mas como uma informação que o equipamento tomará e que vai ser
errada.
Isso é uma perturbação de origem eletromagnética, porque o raio cria um campo eletromagnético que vai
provocar o mau funcionamento dos comandos do controle de operação.
Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno
de perturbação, e ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza ruídos de natureza de campo
eletromagnético que perturbe tanto o seu funcionamento quando de outros.
Por essa razão é que existe o estudo de um bom aterramento, bem como da escolha adequada do tipo de
aterramento, evitando-se correntes comuns, ou seja, assegurando, ao usuário da instalação, certa segurança
para o equipamento instalado, e evitando certos tipos de sobre tensão que são provocados por falhas na rede
elétrica, como um curto-circuito, por exemplo.
Mais uma finalidade do aterramento é a de promover, uma referência de potenciais para a boa operação dos
sistemas elétricos, em especial quando há partes isoladas eletricamente, como um transformador.
Está envolvida nesse processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: conversa entre pessoas, falar ou
apresentar gestos com as mãos, mensagens enviadas pela rede global de telecomunicações, a escrita etc.
No processo de comunicação em que estão envolvidos algum tipo de aparato técnicos que intermedeia os
locutores, diz que há uma comunicação mediada.
Na área elétrica, a comunicação constitui-se como uma ferramenta essencial para o funcionamento de todo o
sistema elétrico, utilizando os mais diversos recursos, como e-mail, telefones, redes globais, sinais sonoros,
visuais etc.
Segundo o que está estabelecido na NR-10: ‘’10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em
AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização
do serviço.’’
A comunicação entre os integrantes da equipe é essencial nas definições de tarefa, para a confirmação de início
e conclusão de um trabalho etc.
O trabalho em alta tensão ou no SEP sempre deve ser executado por no mínimo duas pessoas, conforme o
item 10.7.3 da NR-10, sendo importante a comunicação entre pessoas para manter o bom andamento do
serviço e o diálogo na avaliação dos riscos das tarefas.
A comunicação também deve ser realizada por meio de documentação estabelecida pela NR-10. podemos citar
no SEP alguns documentos que devem fazer parte dessa comunicação:
35. IDENTIFICAÇÃO
De acordo com a NR-10, o projeto da instalação deve determinar a necessidade de implantar identificação nos
equipamentos da instalação, O capítulo 3 da NR-10, nos itens 10.3.1 e 10.3.9 b e c, específica as condições dos
equipamentos ligados e desligados.
Segundo o que consta no10.3.1, é obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos
de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de
advertência com indicação da condição operativa.
De acordo com “10.3.9” O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos
adicionais;
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho
- “L”, ligado);
A indicação da condição operativa, apresentada pelo item 10.3.1 da NR-10, refere-se a equipamento ligado ou
desligado.
Essa sinalização deve seguir a padronização de letra ’’D’’ e cor verde para desligado, e letra ‘’l’’ e cor vermelha
para a condição de ligado.
A identificação de chaves, disjuntores, transformadores, entre outros, representa uma medida de proteção.
TRABALHO EM ALTURA E ESPECIAIS
35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e,
na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.
Alguns fabricantes gravam no mosquetão a força mecânica suportável em cada ponto de tração expresso em
quilo Newton(kN), outros colocam só o código de fabricação, no qual é possível consultar no catálogo do
produto.
CAPACETE é um equipamento de uso obrigatório em todos os trabalhos realizados em altura, as suas
características devem ser estabelecidas pelo Serviço e Medicina do Trabalho (SESMT)
da empresa e estar em conformidade com a Norma do Ministério NR-06 –
Equipamento de Proteção
Individual (EPI).
Para ser utilizados nos trabalhos realizados no SEP, o capacete deve ter características
dielétricas. também é de suma importância que o capacete tenha jugular, que possui
a função de evitar que ele caia da cabeça do profissional.
Cordas
As cordas utilizadas para trabalho em altura são específicas para esta finalidade e não devem ser utilizadas para
outras atividades, como, por exemplo, amarração de escada e içamento de carga.
1. Deixe a corda de molho em média 12h em um tanque com água limpa antes do primeiro uso, para que
ela possa encolher e ficar com o tamanho real (alguns fabricantes já fornecem lavadas).
2. Sempre que a corda for molhada (chuva, higienização) deve secar á sombra, em local arejado e fora da
sacola ou local de guarda, desenrolando-a por completo.
5. As partes ou aresta cortantes devem ser envolvidas com protetores especiais para evitar cortes ou danos
provenientes de forte abrasão.
6. Evitar ao Máximo o contato com areia ou terra, pois atrito entre as partículas diminui sensivelmente a
vida útil da corda, além de poder danificar mosquetões e outros equipamentos.
7. Nunca arrastar a corda sobre superfícies ásperas, que inevitavelmente danificam ou até mesmo inutilizam
a corda.
8. Proteger a corda do contato com tinta. Óleo, combustíveis e produtos químicos, pois eles danificam a
corda muito rapidamente.
Para facilitar o transporte e a acomodação e ainda com o intuito de evitar que a corda embarace, são
empregadas sacolas.
Linha de Vida
A linha de vida, que pode ser instalada de forma horizontal ou vertical, é utilizada para fixação do mosquetão
ou dispositivo trava-quedas.
Geralmente ela emprega uma corda de poliamida de 12mm com a finalidade de amparo à queda e também para
uso resgate.
A linha de vida deve ser fixada, a um ponto acima do local de trabalho, antes da subida do profissional, com o
emprego de bastão ou vara telescópica.
Em algumas situações, como, por exemplo, no trabalho em torres de linhas de transmissão, o primeiro
profissional que faz a escalada utiliza um talabarte do tipo Y, levando consigo uma corda que será instalada no
ponto adequado, para ser utilizada como linha de vida e resgate.
A ancoragem deve ser feita em um ponto com resistência mecânica mínima de 1.500Kgf, conforme estabelece
o item 18.15.56.2 da NR-18.
Nos trabalhos em ambientes subterrâneos a linha de vida é instalada no tripé ou outro ponto de ancoragem,
antes do acesso das profissionais ao local de trabalho.
Essa situação é aplicada quando o acesso ao espaço confinado for realizado através de escada fixa ou móvel,
mas quando o acesso não for provido de escada, ele deve ser realizado por sistemas de içamento contínuo.
Trava-quedas
O sistema de linha de vida com trava-quedas não pode ser usado como
posicionamento para trabalho, exercendo a função apenas de amparar
o profissional no momento de subida e descida, bem como nas
operações de resgate.
Esse tipo de cinto possui vários pontos para apoio, de suspensão e posicionamento,
permitindo ao trabalhador encontrar a posição mais ergonômica e confortável para
realizar seu trabalho.
Talabarte
Talabarte do Tipo Y
O talabarte com o formato de ‘’Y’’ possui duas cintas, a sua extremidade que reúne
as duas cintas é conectada ao cinturão de segurança, enquanto as outras possuem
a função de fixação no ponto de ancoragem, ou na estrutura em que esteja sendo
realizada a tarefa.
Como o talabarte do tipo ‘’Y’’ apresenta dois pontas de ancoragem, ele pode ser
utilizado como apoio durante a escalada, desde que somente um dos ganchos seja
desancorado depois que o outro estiver devidamente ancorado.
Talabarte de Posicionamento
Este dispositivo é utilizado nas tarefas em que o trabalhador não
consegue permanecer no ponto de equilíbrio do seu corpo,
necessitando trabalhar ancorado em uma postura ergonomicamente
adequada, para que as suas mãos permaneçam livres, permitindo
desenvolver suas atividades.
É recomendado que o talabarte de posicionamento possua um regulador para permitir o ajuste, oferecendo
conforto ao trabalhador.
É muito importante também que, o regulador seja dotado de um limitador para evitar que a corda saia
acidentalmente do suporte.
Absorvedor de Energia
É destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador durante a contenção de sua queda.
Esse dispositivo é integrante do talabarte e no momento da queda ele atua como um amortecedor, atenuando
a possibilidade de alguma lesão ao trabalhador.
Fator de Queda
FQ=H/L
É recomendável que a ancoragem seja realizada sempre acima do nível da cabeça para que o fator de queda
seja próximo de zero.
Quando a ancoragem estiver na linha da cintura, caso tenha uma queda, será registrada como fator de queda
01.
Assim quando a ancoragem estiver abaixo da linha da cintura, caso tenha uma queda, será registrada como
fator de queda 02.
A NR-10 refere-se às ferramentas e aos equipamentos utilizados quanto a realização das atividades
desenvolvidas no SEP.
Durante as atividades de manutenção, realizadas de forma programada, são utilizados instrumentos de ensaio
elétrico, para avaliar as condições dos equipamentos da usina.
Tendo em vista que uma unidade geradora possui equipamentos de grande porte, é fundamental o uso de
máquinas ou equipamentos para içamento e/ou arraste.
Em usinas é comum a presença de ponte rolante utilizada para desmontagem da unidade geradora, para que
possa ser realizada a manutenção
As linhas de transmissão aérea são realizadas em altura, em que é fundamental o uso de equipamento para
içamentos de matérias como, cadeia de isoladores, treliças das estruturas e etc.
Nas atividades em que se utiliza a técnica de trabalho com a linha energizada, as ferramentas que estão
submetidas a uma diferença de potencial necessitam de ensaios periódicos para avaliar sua isolação elétrica.
As ferramentas devem ter níveis de isolação de acordo com a classe de tensão do trabalho, principalmente nas
atividades de linha viva.
Nessa atividade de linha viva as ferramentas são fundamentais para a segurança dos profissionais de serviços,
lembrando que no início de cada tarefa as ferramentas e os equipamentos devem ser conferidos e testados.
- Medidas de oxigênio;
- Monitores de gases combustíveis;
- Instrumentos para vapores e gases tóxicos.
Os equipamentos somente podem ser utilizados após a calibração em estações de gás padrão.
É importante garantir que eles possam ser usados apenas com equipamentos providos de sensores dentro dos
prazos de validade.
Estes equipamentos devem emitir sinais sonoros e luminosos quando a concentração de gases ultrapassar os
limites permitidos.
Para que uma instalação elétrica possa ser considerada desenergizada, é necessário implementar
sequencialmente os seguintes passos:
Na Sequência de Manobras, deverão ser indicados os pontos onde o circuito será interrompido através dos
dispositivos de manobra e os pontos onde serão instalados os conjuntos de aterramento temporário, visando
reduzir as consequências de uma energização acidental.
2) Seccionamento
Todas as fontes de energia que alimentam a instalação elétrica a ser desenergizada deverão ter seus circuitos
de alimentação seccionados, através dos correspondentes equipamentos de manobra.
3) Impedimento de reenergização
Todos os equipamentos de manobra deverão ser bloqueados, por meios mecânicos (chaves e cadeados), na
posição de seccionamento das fontes, de modo a impedir a reenergização não autorizada da instalação;
A ausência de tensão nos pontos onde serão instalados os conjuntos de aterramento temporário, deverá ser
confirmada através de instrumentos apropriados (detectores de tensão, voltímetros). Antes e depois de serem
utilizados, os instrumentos deverão ter sua validade de calibração verificada e serem testados quanto ao
funcionamento, de modo a garantir a confiabilidade da indicação da ausência ou presença de tensão;
Os elementos energizados existentes na Zona Controlada, próximos da área de trabalho, deverão receber
proteção isolante, de modo que as suas partes condutoras fiquem segregadas.
Avisos de segurança deverão ser instalados nos equipamentos de manobra que forem seccionados ou o mais
próximo deles, de modo a evitar a tentativa de reenergização não autorizada da instalação. Nos avisos deverão
conter o nome da empresa que está executando o serviço, do responsável local pelo serviço, função ou cargo,
área de lotação, data e o período previsto do bloqueio.
O processo de desenergização e reenergização é fundamental para a segurança do trabalhador nas intervenções
em instalações elétricas. Este processo está detalhado na NR-10, onde o aterramento temporário consta como
um dos passos deste processo.
Para este processo, devem ser emitidas Ordens de Serviço, ARPT e Sequência de Manobras.
Seccionamento
O seccionamento tem maior eficácia quando há constatação visual da separação dos contatos (abertura de
seccionadora, retirada de fusíveis, etc.). A abertura da seccionadora deverá ser efetuada após o desligamento
do circuito ou equipamento a ser seccionado, evitando-se, assim, a formação de arco elétrico.
Impedimento de Reenergização
É o processo pelo qual se impede o religamento acidental do circuito desenergizado. este impedimento pode
ser feito por meio de bloqueio mecânico, como por exemplo:
- Através de seccionadora de alta tensão, utilizando cadeados que impeçam a manobra de religamento
pelo travamento da haste de manobra;
- Retirada dos fusíveis de alimentação do local;
- Travamento da manopla dos disjuntores por meio de cadeado ou lacre. Extração do disjuntor quando
possível.
Verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou do equipamento que irá
sofrer intervenção. É de fundamental importância a checagem dos procedimentos, materiais e EPIs necessários
para a execução dos trabalhos, obedecendo a tabela de zona de risco e zona controlada. A proteção poderá ser
feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo com a análise de risco.
Porém, o mesmo pode ser modificado com a alteração da ordem das etapas ou
mesmo com o acréscimo ou supressão de etapas, dependentemente das
particularidades do circuito ou equipamento a ser executada a desenergização, e a
aprovação por profissional responsável.
Caso não seja possível implementar estes procedimentos, deverão ser utilizadas outras medidas de proteção
coletiva, como:
Barreiras e Obstáculos
São dispositivos que impedem qualquer contato acidental de pessoas ou animais com partes energizadas das
instalações elétricas.
Uso de Obstáculos
Sinalização
Bloqueios e Impedimentos
Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo em uma
determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada. Em geral utiliza-se cadeados. É importante
que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado. Um exemplo
disso é o uso de cadeados para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de manutenção.
Estes dispositivos impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra (chaves e/ou
interruptores).
Em função dos aspectos operacionais e de segurança das usinas, conclui-se que a principal técnica de proteção
coletiva para evitar os riscos do SEP refere-se a desenergização, o que consta no item 10.5.1 da nr-10, quando
da realização de uma manutenção.
nos locais de operação da usina são empregados dispositivos de isolação, obstáculos ou barreiras, para evitar
qualquer tipo de contato com a rede elétrica energizada.
A principal técnica a ser aplicada no âmbito de proteção coletiva para os trabalhos com a rede de
distribuição aérea consiste na desenergização. Contudo, não é possível aplicar esta técnica em todas em
todas as atividades, devido a necessidade de evitar que ocorra o desligamento dos consumidores de
energia elétrica.
Quando não for possível realizar a desenergização, o serviço poderá ser realizado com a presença de tensão na
rede utilizando os métodos de ‘’contato’’ ou ‘’distância’’.
Para realizar uma tarefa no sistema de distribuição subterrâneo, é necessário um bom planejamento antes de
iniciar a execução, passando pela verificação do projeto existente e identificação dos riscos.
Deve-se levar em consideração alguns fatores para a execução de tarefas relacionadas ao sistema de distribuição
subterrâneo, entre eles destacamos:
Existem várias formas de realizar a proteção coletiva em uma subestação. Uma delas é a necessidade de os
profissionais manterem um certo afastamento dos equipamentos energizados.
Dentre várias características, uma que pode ser destacada é que o projeto das subestações prevê o uso de
barreiras e obstáculos para evitar contatos indesejados com as partes energizadas.
Nos itens seguintes, observaremos as diretrizes que orientam as técnicas de análise de risco no Sistema Elétrico
de Potência.
O item 10.2.1 orienta que em todas as intervenções em instalações elétricas deverão ser adotadas
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.
Da mesma forma, o item 10.4.2 instrui que nos trabalhos e nas atividades referidas deverão ser adotadas
medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura,
confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros
agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.
Os riscos elétricos estão diretamente associados ao choque elétrico, arco elétrico e ao campo
eletromagnético. Já os riscos adicionais consideram outros agravantes, tais como o trabalho em áreas
confinadas, áreas sujeitas a acentuados riscos de incêndio ou explosão, e ainda, áreas submetidas à fauna,
por exemplo.
A análise de riscos na fase de geração abrange diversos fatores devido à variedade dos tipos de trabalho. Além
disso, deve-se levar em consideração as características particulares de cada modelo de usina.
Sob o ponto de vista de segurança do trabalho, as atividades desenvolvidas nas salas de controle possuem
características menos perigosas em relação aos trabalhos realizados nas unidades geradoras.
As atividades desenvolvidas nas unidades geradoras podem ser executadas com a turbina parada ou em
movimento. Como exemplo de atividades com a turbina parada temos a manutenção preventiva da
mesma e, com a turbina em movimento, inspeções rotineiras.
Quando a turbina está em operação, geralmente as partes móveis estão enclausuradas ou são de difícil
acesso. Um exemplo disso é uma pá eólica posicionada a 50m de altura. Mesmo assim, há a presença de
vibração que pode ser a causa por eventuais quedas.
A tensão de saída das unidades geradoras pode variar entre 12kV e 20KV (podendo ter valores menores
em usinas de pequeno porte). A energia produzida pelo gerador é transmitida até o transformador
elevador por meio de cabos ou barramentos, os quais podem ser blindados ou simplesmente protegidos
por tela. Neste caso, deverão ser adotados cuidados para que nenhum objeto seja introduzido pela trama
da tela, a fim de evitar a ocorrência de um choque elétrico.
Nas situações em que uma unidade geradora é desativada para manutenção, deverá ser feita uma análise
prévia para constatação de que todos os dispositivos de desligamento dessa unidade estejam bloqueados
e sinalizados, a fim de evitar qualquer tipo de acionamento indevido.
As verificações de bloqueio deverão ser realizadas tanto nos equipamentos mecânicos como nos
dispositivos elétricos, como por exemplo, nos disjuntores de saída das unidades geradoras para evitar a
ocorrência de uma energização acidental provocada pela subestação existente na saída da usina.
Geralmente, os equipamentos de uma usina possuem grandes dimensões. Portanto, toda e qualquer
movimentação de equipamento deve ser realizada de forma muito cautelosa, precedida de uma análise
da capacidade e condições de conservação dos equipamentos de içamento e arraste. Os profissionais
envolvidos na operação deverão estar sempre atentos às movimentações das peças, evitando assim,
esmagamentos.
Assim como em toda a atividade na área elétrica, os trabalhos envolvidos na fase transmissão deverá ser
realizados com base na elaboração da análise de risco da atividade a ser executada, conforme determina a
NR-10, nos itens 10.2.1 e 10.7.5.
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas deverão ser adotadas medidas preventivas de
controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a
garantir a segurança e a saúde no trabalho.
10.7.5 Antes do início de trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe
responsável pela execução do serviço, deverão realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as
atividades e ações a serem desenvolvidas.
Essas atividades têm a obrigação atender aos princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança
em eletricidade aplicáveis ao serviço.
Riscos Adicionais
Os riscos adicionais se referem à segurança e à saúde dos trabalhadores no setor de transmissão de energia
elétrica, os quais são eletrizados e podem provocar lesões graves.
Além dos riscos de origem elétrica, choque elétrico, arco elétrico e campo elétrico magnético, outros riscos
adicionais se fazem presentes.
Ataque de Animais
Os ataques de animais também podem contribuir para a ocorrência de uma
eventual queda. Normalmente, nas atividades em linhas de transmissão, os
trabalhadores se deparam com a presença de insetos, como aranhas, cobras,
escorpiões, formigas, abelhas etc. Além destes, animais de grande porte também
podem ser encontrados, como onça, raposa, etc. A principal causa do
aparecimento de animais é o local onde as tarefas são executadas. Muitas vezes
ocorre em matas ou locais de pouca ocupação humana.
Risco de Queda
A queda é uma das maiores causas de acidentes envolvendo serviços em altura. Isso acontece, pois
frequentemente há a realização de atividades em torres ou nos condutores em altura. Atualmente, foram
desenvolvidas novas técnicas aliadas a novos equipamentos a fim de minimizar este risco. O risco de queda é
agravado na fase de transmissão, pois em função da altura da torre, ocorrem rajadas de vento e sua escalada
se torna cansativa para o trabalhador.
Radiação Solar
Por esse motivo, deverão ser adotadas medidas de proteção para este risco
adicional, como o uso de protetor solar, roupas apropriadas e etc.
Afogamento
No acesso aos locais de trabalho, é comum que o trabalhador encontre a necessidade de cruzar rios, lagos ou
braços marítimos. Ao efetuar essa passagem mediante o uso de botes ou outros meios de transporte, torna-se
necessária a utilização de coletes salva-vidas, a fim de evitar afogamentos.
Todo trabalho que envolva a aproximação ou contato com a rede de distribuição aérea deve ser precedido de
medidas preventivas dos riscos elétricos e demais riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas, além do
que é necessária a documentação dos procedimentos de trabalho. Tais medidas visam prevenir a ocorrência de
acidentes e auxiliar a gestão das atividades a serem desenvolvidas.
As medidas adotadas deverão ser somadas às medidas de controle sobre os riscos ambientais e demais ações
que as empresas adotem no âmbito corporativo.
É fundamental que seja feita uma Análise Preliminar de Risco (APR) antes do início da atividade, a fim de que
toda a equipe possa mapear os riscos existentes no momento da execução da tarefa.
Existem técnicas de análise de risco apropriadas para cada tipo de tarefa que será desenvolvida na rede de
distribuição aérea. Diante disso, serão apresentados aspectos de segurança referentes a alguns tipos de tarefa
nessas redes.
Poda de Árvores
Alguns cuidados especiais devem ser observados quanto à realização de podas de árvores em proximidade à
redes elétricas.
- A empresa executora deverá ter permissão prévia dos órgãos ambientais do município; e
- A equipe necessitará obter um treinamento específico sobre tipos de árvores e as formas adequadas de
poda, sem prejudicar a saúde da árvore e o seu equilíbrio em relação aos galhos.
Na execução de trabalhos envolvendo podas de árvores, sempre que possível, a rede deverá estar desenergizada
e os trabalhadores terão a responsabilidade de atuar entre os pontos de aterramento. No entanto, é comum
haver trabalhos de poda com a rede energizada.
Neste caso, deverão ser realizados todos os procedimentos descritos nos trabalhos de linha viva e,
principalmente, estar atento à direção e sequência de poda, de modo que não exista o contato dos galhos com
partes da rede desprotegida.
Os principais fundamentos para trabalhos que envolvem poda de árvores com a linha viva são:
A análise de risco dos trabalhos em subestação deverá começar antes da entrada no local. Do lado de fora da
subestação, deverá ser feita inicialmente uma verificação geral, com o propósito de identificar a existência de
alguma situação que coloque o trabalhador em perigo.
Um exemplo disso é a possibilidade da presença de fogo na subestação. Esta ocorrência é capaz de ser observada
pelo lado de fora do local. A identificação da situação de risco não significa, necessariamente, que o profissional
não deva adentrar o recinto. No entanto, após reconhecida qualquer ocorrência de risco, deverão ser adotadas
medidas preventivas com o objetivo de não expor o trabalhador a eventual acidente.
Entretanto, não e possível realizar toda a análise de risco pelo lado de fora, haja vista que em caso de grandes
subestações, o profissional não conseguirá observar todo o local a partir de um único ponto. Afinal, para a
realização de uma boa análise, é necessário fazer uma inspeção visual detalhada de todo o ambiente.
Durante a análise de risco, alguns fatores e condições extremas também devem ser observados e avaliados, por
exemplo, objetos que estejam obstruindo a rota de fuga, conduções meteorológicas, sinalização, condição do
trânsito etc.
A análise de risco também deve contemplar a observação e o alerta dos profissionais, pois alguns equipamentos
podem ser acionados manual e/ou automaticamente, provocando ruídos que podem assustar os envolvidos,
como a operação de um disjuntor. Também pode ocorrer o acionamento de equipamentos que podem causar
eventuais acidentes. Por exemplo, quando um ventilador de resfriamento do transformador é ligado.
Outro ponto importante a ser mencionado é a observação das condições dos isoladores, cabos, para-raios e
demais equipamentos energizados. Apesar de o risco mais elevado estar presente nas instalações de alta tensão,
a análise de risco não pode ignorar as instalações de baixa tensão, assim como nos painéis de serviços auxiliares
e o banco de baterias.
Além dos riscos com eletricidade, durante análise prévia deverão ser considerados outros riscos adicionais
típicos de subestações, como:
De modo geral, a análise de risco deverá ser realizada e documentada antes do início da tarefa e de
preferência elaborada pelo líder do grupo ou profissional com maior experiência. O documento com o
registro da análise de risco e a assinatura de todos os profissionais envolvidos, deverá permanecer na
subestação durante a realização da atividade e protegido de más condições climáticas. Todos os
profissionais ligados ao serviço, deverão ter acesso ao documento da análise de risco para esclarecimento
de eventuais dúvidas.
A Análise Preliminar de Risco deverá ser sempre desenvolvida com a participação dos trabalhadores e
implantada antes da execução de determinadas atividades, seja para trabalhos realizados pela própria empresa
ou através de empresas contratadas.
Procedimento de trabalho é o nome que se dá aos documentos que relatam todas as fases de execução de uma
atividade ou de um processo contendo todos os detalhes, tendo os requisitos de segurança como premissa
fundamental.
As atividades de construção, operação e manutenção em instalações elétricas deverão ser exercidas de acordo
com as normas, instruções e os procedimentos emitidos pelos respectivos órgãos competentes, de modo a ser
executado corretamente e com segurança.
A NR-10, em seu item 10.11.1, recomenda que: “Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e
realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8
desta NR”.
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica,
competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.
Objetivo: Fazer a substituição de um amperímetro localizado no painel da sala de controle de uma unidade
geradora.
Competências:
Os profissionais devem ter conhecimentos de eletricidade e serem autorizados pela empresa conforme item
10.8.8.1 da NR-10.
Responsabilidades:
Material necessário:
Ferramental necessário:
Medidas de Controle:
- Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança; - Identificar os equipamentos nos
diagrama elétricos.
Sequência de Tarefa
Disposições Gerais: Informar aos operadores da usina presentes na sala de controle sobre o serviço que será
realizado.
Orientações Finais: Ao termino do serviço deve ser feito uma verificação se o valor da corrente que está sendo
apresentada no amperímetro está coerente com o valor real, através de um medidor com o alicate
amperímetro, projetado para o primário do transformador de corrente através da multiplicação pela relação de
transformação, que deve contar nos diagramas elétricos.
Estes equipamentos necessitam estar em conformidade técnica, assim como todos os outros que estejam
presentes na sala de controle, a fim de viabilizar a atuação dos trabalhadores.
Informações Importantes
- Na execução de todo e qualquer serviço em instalações elétricas, deve-se sempre levar em consideração
as instruções e recomendações pertinentes a cada caso específico.
- Toda atividade operacional realizada por um trabalhador, que interaja no SEP, é sujeita a ser detalhada
em uma sequência lógica.
- A técnica de linha viva é uma modalidade de manutenção e construção nas quais os trabalhadores atuam
diretamente ou “em proximidade” dos equipamentos e condutores energizados;
Documento emitido para solicitação da área funcional responsável pelo sistema ou instalação, o impedimento
de equipamento, sistema ou aparelhagem, visando a realização dos serviços. Neste documento deverá conter
as informações necessárias para a realização das atividades, tais como: descrição do serviço, número do projeto,
local, trecho ou equipamento isolado, data, horário, condições de isolamento, responsável, observações,
emitente, entre outros.
O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando houver impedimentos distintos. Quando houver dois ou
mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a coordenação do mesmo responsável, será emitido
apenas um PES. Nos casos em que, para um mesmo impedimento, houver dois ou mais responsáveis,
obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertençam à mesma área.
Aprovação do PES
Ficará a cargo do gestor da área executante, a entrega da via impressa do PES aprovado ao responsável pelo
serviço, o qual deverá estar de posse do documento no local de trabalho.
Para todo PES deverá ser gerada uma Ordem de Serviço – OS ou Pedido de Turma de Emergência PTE (ou
documento similar). A área funcional responsável autorizará o início da execução da atividade após confirmar
com o responsável pelo serviço, os dados constantes no documento em campo, certificando-se de sua
igualdade. Após a conclusão das atividades e liberação do responsável pelo serviço, a área funcional
responsável, coordenará o retorno à configuração normal de operação, retirando toda a documentação
vinculada à execução do serviço.
gerais:
Constatada a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
número possível de informações para subsidiar o planejamento. No planejamento será estimado o tempo de
execução dos serviços, adequação dos materiais, previsão de ferramentas específicas e diversas, número de
empregados, levando-se em consideração o tempo disponibilizado na liberação. As equipes serão
dimensionadas e alocadas, garantindo a agilidade necessária à obtenção do restabelecimento dos circuitos com
a máxima segurança no menor tempo possível.
O programa de manobra deverá ser conferido por um empregado diferente daquele que o elaborou. Os
procedimentos para localização de falhas, dependem especificamente da filosofia e padrões definidos por cada
empresa, os quais deverão ser seguidos na íntegra conforme procedimentos homologados, impedindo
improvisações do restabelecimento.
Em caso de qualquer dúvida quanto a execução toda manobra para liberação ou trabalho, o executante deverá
consultar o responsável pela tarefa ou a área funcional responsável sobre quais procedimentos deverão ser
adotados para garantir a segurança de todos.
A liberação para execução de serviços (manutenção, ampliação, inspeção ou treinamento) não poderá ser
executada sem que o empregado responsável esteja de posse do documento específico, emitido pela área
funcional responsável, o qual autoriza a liberação do serviço.
As providências para retorno à operação de equipamentos ou circuitos liberados para manutenção não deverão
ser tomadas sem que o responsável pelo serviço tenha devolvido todos os documentos que autorizem sua
liberação.
Sinalização
O principal objetivo das inspeções é a vigilância e controle das condições de segurança do meio ambiente
laboral, visando à identificação de situações “perigosas” e que ofereçam “riscos” à integridade física dos
empregados, contratados, visitantes e terceiros que adentrem a área de risco, evitando assim, que situações
previsíveis possam levar a ocorrência de acidentes.
Essas inspeções deverão ser realizadas para que as providências necessárias possam ser tomadas, com o intuito
de corrigir os possíveis problemas. Em caso de risco grave e iminente (por exemplo: empregado trabalhando em
altura sem cinturão de segurança, sem luvas de proteção de borracha, sem óculos de segurança, etc.), a
atividade deverá ser paralisada e imediatamente contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas
cabíveis sejam tomadas.
Inspeções gerais:
Deverão ser realizadas anualmente, com o apoio dos profissionais do SESMT e Supervisores das áreas
envolvidas. Estas inspeções atingem a empresa como um todo. Algumas empresas já mantêm este tipo de
inspeção sob o título de “auditoria”, uma vez que é sistemática, documentada e objetiva.
Inspeções parciais:
São realizadas nos setores seguindo um cronograma anual com escolha predeterminada ou aleatória. Quando
se usam critérios de escolhas, estes estão relacionados com o grau de risco envolvido e com as características
do trabalho desenvolvido na área. São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por
cipeiros no seu próprio local de trabalho.
Inspeções periódicas:
São realizadas com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou estudo complementar de
possíveis incidentes. Elas estão ligadas ao acompanhamento das medidas de controle sugeridas para os riscos
da área. São habitualmente utilizadas nos setores de produção e manutenção.
Através de denúncia anônima ou não, poderá ser solicitada uma inspeção em local onde há riscos de acidentes
ou agentes agressivos à saúde e meio ambiente. Além de realizar a inspeção no local, deverá, ainda, ser efetuado
um levantamento detalhado sobre o que, de fato, está acontecendo, buscando informações adicionais junto à:
fabricantes, fornecedores, SESMT e supervisor da área onde a situação ocorreu. Detectado o problema, caberá
aos responsáveis implementar medida de controle e acompanhar sua efetiva implantação.
Inspeções cíclicas:
São aquelas realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, uma vez que exista um parâmetro que norteie
esses intervalos. Podemos citar como exemplo as inspeções realizadas no verão, quando aumentam as
atividades nos segmentos operacionais.
Inspeções de rotina:
São realizadas em setores onde há a possibilidade de ocorrer incidentes/ acidentes. Nesses casos, o SESMT deve
estar alerta aos riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as condições de
trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua. Esta inspeção não pode ser duradoura, ou
seja, à medida que os problemas forem regularizados, o intervalo entre as inspeções será maior até que se torne
periódico. O importante é que o empregado "não se acostume" com a presença da “supervisão de segurança”,
para que não seja caracterizada uma dependência do supervisor para resolução de possíveis ocorrências de
acidentes/incidentes.
Antes do início da inspeção, deverá ser preparado um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, onde ainda, deverá apresentar um campo em branco para anotação das
condições de riscos não presentes no check-list. Em resumo, trata-se de um roteiro que facilitará a observação.
É importante que o empregado possua uma” visão crítica”, a fim de examinar novas situações (atitudes de
empregados e locais) não previstas na análise de risco inicial.
Não basta apenas reunir o grupo e fazer a inspeção. É necessário que haja um padrão, onde todos os envolvidos
estejam conscientes dos resultados que se esperam alcançar. Nesse sentido, é importante que se faça uma
inspeção piloto para que todos os envolvidos vivenciem a dinâmica e tirem suas dúvidas. Essas inspeções devem
perturbar o mínimo possível as atividades do setor submetido.
Além disso, todo encarregado/supervisor deve ser previamente comunicado de que seu setor passará por uma
inspeção de segurança. Chegar de surpresa poderá causar constrangimentos e criar um clima desagradável.
O sistema sintetiza o conjunto de procedimentos, ações, documentações e programas que uma empresa
mantém ou que planeja executar para proteger o trabalhador dos riscos elétricos.
Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 KW deverão constituir e manter o PIE (Prontuário de
Instalações Elétricas), contendo as seguintes especificações:
Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas de seus estabelecimentos com as peculiaridades do
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção, conforme gráfico a seguir:
DIAGRAMA UNIFILAR
Áreas Internas
As subestações podem ser totalmente abrigadas ou construídas ao tempo. Recomenda-se que durante todo o
período em que é desenvolvido um trabalho na parte abrigada da subestação, as portas sejam mantidas abertas
e desobstruídas. Isso permite que, em caso de algum acidente, imprevisto, ou condição repentina de perigo, os
profissionais possuam uma rota de fuga livre e desimpedida, permitindo a rápida saída do local.
Nessas circunstâncias é fundamental que os profissionais tenham atenção às partes, a fim de evitar que uma
parte do corpo ou alguma ferramenta se aproxime desse ponto, podendo causar um acidente.
Nas subestações é preciso ter cuidado com o acionamento indevido, por vezes involuntário, das chaves
seccionadoras e disjuntores através dos painéis de comando. É necessário ter uma atenção especial no caso de
os equipamentos estarem instalados nos ambientes internos, devido ao espaço restrito ao número de
trabalhadores presentes no interior da subestação.
Trabalhos Noturnos
O sono é a principal queixa dos trabalhadores noturnos. Durante o dia, o barulho, a claridade e movimentação
de pessoas em casa prejudicam o sono, tornando-o menos reparador. A privação do sono provoca fadiga crônica
e queda no desempenho, o que contribui para o “erro humano” e os acidentes de trabalho. O risco de ocorrerem
acidentes no trabalho noturno é três vezes maior, quando comparado ao trabalho diurno.
Ritmo biológico
Outra dificuldade é que o corpo humano tem ritmos biológicos, que o preparam para a vigília de dia. “Antes de
acordarmos, o corpo secreta um hormônio chamado cortisol, que nos prepara para reagir e desempenhar as
atividades. Esse ritmo praticamente não muda, mesmo quando a pessoa fica acordada à noite, prejudicando o
sono diurno.
Em relação à alimentação, estudos mostram que o trabalhador noturno tem maior habito de ingerir alimentos
pré-cozidos e congelados e também “beliscar”. Além disso, algumas empresas que oferecem refeições não se
preocupam em preparar um cardápio especial para o trabalhador noturno, incluindo até feijoada para essa
população. “São freqüentes as queixas de trabalhadores noturnos em relação à azia, dores abdominais,
constipação. Esses sintomas podem se agravar e chegar a uma gastrite crônica ou úlcera. Isso porque nosso
sistema digestivo está preparado para trabalhar melhor durante o dia”. É importante que a empresa permita
pequenos cochilos durante o horário de trabalho, quando possível. Quanto à dieta, deve-se planejar melhor o
horário das refeições e a qualidade dos alimentos; problemas cardíacos podem ser evitados com a melhor
qualidade de vida, relaxamento, prática de atividade física e maior exposição à luz natural.
Em relação à alimentação, estudos mostram que o trabalhador noturno tem maior habito de ingerir alimentos
pré-cozidos e congelados e também “beliscar”. Além disso, algumas empresas que oferecem refeições não se
preocupam em preparar um cardápio especial para o trabalhador noturno, incluindo até feijoada para essa
população. “São frequentes as queixas de trabalhadores noturnos em relação à azia, dores abdominais,
constipação. Esses sintomas podem se agravar e chegar a uma gastrite crônica ou úlcera. Isso porque nosso
sistema digestivo está preparado para trabalhar melhor durante o dia”. É importante que a empresa permita
pequenos cochilos durante o horário de trabalho, quando possível. Quanto à dieta, deve-se planejar melhor o
horário das refeições e a qualidade dos alimentos; problemas cardíacos podem ser evitados com a melhor
qualidade de vida, relaxamento, prática de atividade física e maior exposição à luz natural.
Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada a natureza das atividades. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
A iluminação que se refere à quantidade de luminosidade que incide no local de trabalho do empregado. Não
se trata da iluminação em geral, mas a quantidade de luz no ponto focal do trabalho. Assim, os padrões de
iluminação são estabelecidos de acordo com o tipo de tarefa visual que o empregado deve executar: quanto
maior a concentração visual do empregado em detalhes e minúcias tanto mais necessária a luminosidade no
ponto focal de trabalho.
A má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o sistema nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e
é responsável por razoável parcela dos acidentes. Um sistema de iluminação deve possuir os seguintes
requisitos:
a) Ter suficiência: de forma que cada foco luminoso forneça toda quantidade de luz necessária a cada tipo de
trabalho.
b) Estar sempre constante e uniformemente distribuído: de modo que evite a fadiga dos olhos, decorrente das
sucessivas acomodações em virtude das variações da intensidade da luz deve-se evitar contrastes violentos de
luz e sombra e as oposições de claro e escuro.
Na produtividade - diminui o desperdício de material oriundo de refugar pela não conformidade final de
produtos semi acabados ocasionado por falha operacional;
No fator humano - age de forma psíquica ao tornar o ambiente de trabalho mais alegre e agradável.
FATORES DE INFLUÊNCIA
A escolha do tipo de lâmpadas e luminárias tem fundamental importância para a qualidade final da iluminação.
Uma escolha inadequada pode implicar em uma depreciação e, consequentemente, em uma iluminação
deficiente ainda que os demais fatores de influência tenham sido adequadamente considerados.
Quantidades de luminárias
As luminárias devem ser distribuídas de forma tal que gerem um nível de iluminação compatível com a
necessidade da atividade do ambiente ou posto de trabalho.
Devem ser distribuídas no ambiente de forma a proporcionar uma iluminação homogênea e uniforme, com um
certo cuidado de não criar sombras ou contrastes nos locais onde se deseja iluminar.
Manutenção
A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde
se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho
humano e em função do ângulo de incidência. Durante o trabalho noturno ou em condições de pouca
visibilidade em subestações, dentro de todas as instalações do SEP “Sistema Elétrico de Potência’’ devem possuir
iluminação suficiente. Quando as condições atmosféricas impedirem a visibilidade, mesmo com iluminação
artificial, os trabalhos e o tráfego de veículos e equipamentos móveis deverão ser suspensos.
O ponto de vista da segurança e saúde ocupacional do trabalhador, as recomendações para trabalhos noturnos
são para adoção de todos os recursos de engenharia, a fim de propiciar o maior conforto ocupacional e garantir
a segurança das equipes de operação e manutenção do sistema. Estas ações de engenharia envolvem fontes
alternativas de energia para garantir níveis razoáveis de iluminação para realização das atividades de forma
segura. Sob o ponto de vista da saúde ocupacional, algumas empresas utilizam de laboratórios do sono para
monitoramento e controle do mesmo com acompanhamento médico das equipes que trabalham no horário
noturno.
As atividades em eletricidade que podem ocasionar perigo nas subestações deverão ser programadas para os
horários diurnos de forma a garantir a segurança e a qualidade da informação. Em tempos passados, antes da
automação da subestações, os operadores tiravam leituras dos equipamentos de medição praticamente de hora
em hora e esta era uma forma de mantê-lo acordado e ativo na operação do sistema. Para as equipes de plantão,
particularmente do sistema de distribuição, os veículos são equipados com projetores e alimentados pela
bateria do mesmo, de modo a garantir recursos mínimos de iluminação para intervenções no SEP. Essas
intervenções normalmente são realizadas com o circuito desenergizado.
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
Os equipamentos e as ferramentas a serem utilizados deverão ser previamente inspecionados, estar em bom
estado de conservação e, após seu uso, serem limpos, inspecionados, acondicionados e guardados em locais
apropriados.
Ferramentas, equipamentos ou métodos de trabalho não padronizados pela empresa não deverão ser utilizados
sem a aprovação prévia dos setores competentes.
O empregado não deverá trabalhar com ferramentas nos bolsos ou junto ao corpo, não deverá, inclusive,
arremessá-las e nem as colocar em local que ofereça risco de queda.
Não são recomendados em serviços com eletricidade, o uso de fitas e metros metálicos ou fitas de pano com
reforço metálico.
Uso da Escada
As escadas portáteis (de mão) deverão ter uso restrito para
acesso a local de nível diferente e para execução de serviços de
pequeno porte, os quais não excedam a capacidade máxima
suportada pela mesma.
É importante mencionar que toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante e com extremos inferiores
(pés) nivelados.
Não utilize escadas com pés ou degraus quebrados, soltos, podres, emendados, amassados, trincados ou
rachados, faltando parafuso ou acessório de fixação.
Quando for necessário utilizar escadas próximo a portas, estas deverão permanecer trancadas, sinalizadas e
isoladas para acesso à área.
As ferramentas utilizadas para o trabalho não devem estar soltas sobre a escada, a não ser que possua bandeja
apropriada para esta função. Na execução de serviços, os pés do trabalhador deverão estar sobre os degraus da
escada.
Outro ponto importante a ser destacado é com relação à obrigatoriedade do uso de cinturão de segurança tipo
paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima de 2 metros de altura. Este equipamento deverá ser fixado
em um ponto de ancoragem fora da escada, exceto no uso de talabarte para posicionamento envolto em
estrutura rígida. (Ex.: serviço no poste).
Quando este procedimento não for possível, deverá ser utilizado andaime ou plataforma elevatória.
As escadas deverão ser guardadas em local seco, longe de umidade ou calor excessivo.
Além disso, deverão permanecer na posição horizontal e apoiada em vários pontos, de acordo com o seu
tamanho, a fim de evitar empenamento.
Não deixar a mesma abandonada no chão, nem apoiada contra paredes e estruturas. Nenhuma escada deverá
ser arrastada, ou sofrer impactos nas laterais e degraus.
É permitido que a madeira de escadas seja protegida com verniz translúcido ou óleo de linhaça. Desse modo,
será possível observar suas falhas.
Adicionalmente, as escadas de madeira não deverão apresentar farpas, saliências ou emendas. A madeira para
confecção deve ser de boa qualidade, estar seca, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua
resistência.
Por fim, orientamos que você nunca se mantenha nos últimos degraus de uma escada. Deve-se deixar livre, no
mínimo, dois degraus da extremidade superior.
Todos os equipamentos e as ferramentas de trabalho utilizadas deverão garantir e atender dois requisitos para
aplicabilidade em atividades de operação, manutenção e construção de sistemas elétricos de potência, sendo
eles:
- Capacete Classe B;
- Equipamentos isolados para linha viva;
- Capa de chuva ou similar;
- Roupa e bota;
- Luva de vaqueta/raspa;
- Luva de proteção/cobertura para luvas de borracha;
- Luva isolante de borracha utilização de acordo com as classes de tensão; - Conjunto de aterramento
AT/BT; e por fim, - Detector de tensão.
- A utilização destes equipamentos deverá seguir as especificações técnicas da empresa e dos acessórios.
Todos os equipamentos de proteção individual e coletiva, bem como as ferramentas de trabalho, deverão ser
ensaiados periodicamente conforme as normas de fabricação e interna das empresas, observando, no mínimo,
rigidez dielétrica, resistência mecânica e avaliação das condições de ergonomia.
Todos os ensaios deverão ser registrados de forma documental garantindo a rastreabilidade. Além disso, deverá
ser realizado um registro da data de validade dos testes nos equipamentos e nas ferramentas aprovadas. Este
registro deverá ser feito, de modo que não seja apagado.
Os equipamentos e as ferramentas que não possam ser recuperados por meio de tecnologia apropriada e
certificada, deverão ser inutilizados de forma a impedir seu uso.
Sistemas de Proteção Coletiva
A principal função desses equipamentos é impedir o acesso de pessoas não autorizadas e não capacitadas em
áreas consideradas de risco, além de controlar o acesso acidental a pontos de risco no ambiente de trabalho.
Cones de Sinalização
Fita de Sinalização
Sinalizador Strobo
Isolar o operador do potencial da terra, ampliando a segurança nas intervenções em subestações, cubículos,
painéis elétricos e outros, além de facilitar o acesso à locais acima do seu limite de alcance.
A manta isolante é utilizada a fim de distanciar as partes energizadas da rede durante a execução de tarefas.
As ferramentas manuais são destinadas a trabalhos em adjacências de peças sob tensões de até 1000v em
corrente alternada (valor efetivo) ou 1500V em corrente contínua, as quais deverão ter isolamento para
proteção dos trabalhadores contra choques elétricos.
É importante lembrar que acidentes com eletricidade e choques elétricos podem ser causados por falhas no
isolamento destas ferramentas.
- Material isolante; ou
- Material condutor com revestimento de material isolante, nas quais só as artes
atuantes (parte da ferramenta que age sobre a peça) podem estar sem isolamento.
- Um exemplo disso é a ponta da chave de fenda.
As ferramentas parcialmente isoladas são aquelas fabricadas com material condutor e que têm um revestimento
de material isolante, com exceção da cabeça atuante.
De forma complementar, as ferramentas com isolamento elétrico deverão ser frequentemente inspecionadas,
de modo a não apresentarem defeitos de isolação, como trincas, bolhas e má aderência. Esta inspeção deverá
ser feita visualmente.
Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes são destinados à
trabalhos em alta-tensão. Estes equipamentos deverão ser submetidos à testes elétricos ou ensaios periódicos
de laboratório. Além disso, deverá ser feita uma inspeção visual, a qual precisará obedecer as especificações do
fabricante e os procedimentos da empresa. Na ausência dos testes periódicos, estes procedimentos deverão
ser realizados anualmente.
Não é qualquer EPI que atende a legislação e protege o trabalhador. A lei determina que eles sejam aprovados
pelo Ministério do Trabalho, mediante certificados de aprovação (CA).
Obrigações do Empregador
- Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco de cada atividade; - Exigir o uso dos EPI’s;
- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
- Substituir imediatamente, quando danificados ou extraviados;
- Higienização e manutenções periódicas;
- Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acerca de irregularidades referentes aos EPI’s.
Deveres do Colaborador
Treinamento
Todo empregado deverá receber treinamentos admissionais e periódicos. O treinamento admissional terá que
possuir uma carga horária mínima de 6 horas.
Os treinamentos deverão englobar as seguintes temáticas:
Este equipamento é utilizado para a proteção da cabeça do trabalhador contra: irradiação solar e chuva,
impactos e perfurações provenientes da queda de objetos e choque elétrico. Deverão ser utilizados tanto em
trabalhos em ambientes abertos quanto em ambientes confinados.
Este tipo de capacete é utilizado para a proteção da cabeça e face do trabalhador em atividades onde exista o
risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras, provocadas por abertura de arco voltaico.
Estes óculos de segurança são utilizados para a proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas
volantes, radiação ultravioleta e infravermelha.
É utilizado para a proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.
Protetor Auditivo Tipo Inserção
É utilizado para a proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.
Proteção Respiratória
Estes equipamentos tem a finalidade de proteger o sistema respiratório dos trabalhadores nas atividades e nos
locais onde apresentem concentrações de poeiras, névoas (por exemplo: dedetização), fumaça, vapores ácidos,
orgânicos, vírus e bactérias.
São utilizadas para a proteção das mãos e braços do empregado contra choques e atividades com circuitos
elétricos energizados.
Luva de Cobertura para Proteção da Luva Isolante de Borracha
Quanto à luva de proteção em raspa e vaqueta, esta deverá ser utilizada para a proteção das mãos e braços do
empregado contra agentes abrasivos e escoriantes.
Com relação ao acondicionamento, este dispositivo deverá ser guardado em local seco e ventilado, evitando a
presença de umidade.
No que se refere à troca, o material deverá ser substituído mediante a apresentação de rasgos ou qualquer
outra situação que o torne impróprio para o uso. É importante lembrar que o utensílio só será trocado após a
devolução do EPI danificado.
Após a utilização do equipamento, este deverá ser limpo apenas com um pano seco.
É utilizada para a proteção das mãos e punhos quando o trabalhador realiza trabalhos relativos ao potencial.
É utilizada para a proteção das mãos e punhos do trabalhador para o manejo de recipientes contendo óleo,
graxa, solvente.
É utilizado para a proteção do braço e antebraço do funcionário contra choques elétricos e contatos acidentais
durante os trabalhos em circuitos energizados.
A botina de couro é utilizada para a proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões e
umidade.
Quanto ao acondicionamento, este equipamento deverá ser guardado em local seco e, uma vez por semana, as
partes de couro deverão ser engraxados.
No que se refere à troca, o material deverá ser substituído mediante apresentação de rasgos ou qualquer outra
situação que o torne impróprio para o uso. É importante lembrar que o utensílio só será trocado após a
devolução do EPI danificado.
É utilizada para a proteção dos pés e pernas contra torções, escoriações, derrapagens e umidade.
É dos pés e pernas, a fim de promover proteção contra umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
Calçado de Proteção Tipo Condutivo
É utilizado para proporcionar a proteção do trabalhador quando o mesmo realiza trabalhos envolvendo o
potencial.
Perneira de Segurança
É utilizada para a proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de animais peçonhentos.
Uniforme Impermeável
É utilizado para promover a proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.
Vestimenta de Proteção Tipo Condutiva
É utilizado para a proteção do empregado contra afogamentos e proporcionar a visualização, em caso de quedas
na água.
No que se refere à troca, o material deverá ser substituído quando apresentar dificuldade
de higienização ou qualquer outra situação que o torne impróprio para o uso. É
importante lembrar que o utensílio só será trocado após a devolução do EPI danificado.
Talabarte de Segurança
É utilizado para proteção contra risco de queda no posicionamento nos trabalhos em altura. Este dispositivo
deverá ser usados em conjunto com o cinturão de segurança tipo paraquedista e mosquetão tripla trava.
Dispositivo Trava-quedas
É utilizado para a proteção do empregado contra quedas em operações com movimentação vertical ou
horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.
É utilizado utilizada a fim de promover proteção para o empregado contra a ação de raios solares.
Posturas e Vestuários de Trabalho
A NR-10 determina que as vestimentas de trabalho sejam adequadas às atividades desenvolvidas pelo
trabalhador. Dentre as características deste equipamento, destacam-se: a condutibilidade, a inflamabilidade e
as influências eletromagnéticas.
A norma estrangeira mais utilizada para a definição do critério de adequação de uma vestimenta é a norma
americana NFPA 70E. Esta norma deverá ser complementada pela IEEE 1584, a qual apresenta um guia para o
cálculo dos perigos referentes ao arco elétrico.
A norma americana NFPA 70E determina que, caso da execução de uma atividade dentro de uma região com
risco de arco elétrico, um dos métodos a seguir deverá ser aplicado para seleção da vestimenta adequada e dos
demais EPIs.
CATEGORIA DE
VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI
RISCO
Vestimenta de proteção, fibra natural não tratada (por exemplo algodão
não tratado, lã, nylon, seda ou mistura destes materiais), com gramatura
mínima de 152 g/cm2
Calças (compridas)
0
Equipamento de proteção
Óculos de segurança
Equipamento de proteção
Capacete
Óculos de segurança
Luvas de couro
Capacete
Óculos de segurança
Proteção auditiva (modelo de inserção no canal auditivo)
Luvas de couro
Sapato de segurança em couro, quando necessário
CATEGORIA DE
VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI
RISCO
Adornos
Os trabalhos em instalações elétricas apresentam um perigo que é inerente à atividade. Este perigo pode ser
aumentado com o uso de adornos pelos trabalhadores. Os adornos, como por exemplo, relógios, anéis, etc.,
podem provocar os acidentes ou tornar mais graves as lesões provocadas pelo mesmo. Em função disto, a NR10
proibiu o uso de adornos nos trabalhos em instalações elétricas.
51. POSTURA
Um dos grandes avanços proporcionados pela revisão da NR-10 foi, sem dúvida, o item relacionado à projetos.
Diferentemente do que ocorria na versão anterior da norma, neste momento, os profissionais deverão estar
atentos às instalações e serviços elétricos ainda na fase de projeto, ou seja, no período que antecede a sua
execução. Tal comportamento permite que vícios e
problemas decorrentes da falta de planejamento e da
ausência de critérios técnicos sejam afastados, com base
nas orientações do item 10.3 da NR-10.
Convém salientar que a iluminação deficiente, além de elevar o risco de acidentes, diminui a produtividade e a
qualidade dos serviços. A baixa iluminação poderá ainda proporcionar desperdício de materiais e provocar
fadiga visual aos trabalhadores envolvidos. Da mesma forma, o excesso de iluminação também afetará os
executantes da tarefa.
Segundo a NR-10, a postura segura decorre da disponibilidade dos membros superiores livres para o trabalho,
mesmo que desempenhado em altura.
A equipe de trabalho deverá estar atenta às situações em que são impostas condições inseguras, decorrentes
da ausência de espaço adequado para a execução da tarefa. A título de exemplo, é possível mencionar trabalhos
relacionados com a remoção de motores ou outros componentes da instalação, e ainda, aqueles desenvolvidos
em caixas de passagem com dimensões reduzidas, os quais obrigam o trabalhador a adotar posturas
inadequadas que podem resultar em lesões na coluna.
Acidentes graves podem ocorrer na realização de trabalhos em redes elétricas, nas quais o executante é
obrigado a esticar-se no alto de escadas devido a inexistência de espaço adequado ou interferências provocadas
por máquinas e equipamentos presentes no local.
Desta forma, é possível perceber a importância do planejamento e da metodologia executiva na fase de projeto
das instalações elétricas. Na grande maioria das intervenções realizadas na fase de consumo, a instalação
elétrica pode ser acometida de falhas executivas e de projeto. Nestes casos é recomendado que os responsáveis
concentrem esforços para solucionar esses inconvenientes, garantindo assim, a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos.
A NR-26 estabelece as diretrizes para a realização da sinalização de segurança. Diante disso, podemos perceber
a importância da demarcação da área onde ocorrem os trabalhos, a fim de evitar acidentes envolvendo
trabalhadores e pedestres.
Sempre que possível, deverão ser adotados procedimentos de sinalização que contemplem a combinação de
textos e ícones, tendo em vista a possibilidade da presença de leigos, analfabetos ou estrangeiros que não
dominem o idioma.
Um ponto positivo da sinalização é a indicação se um equipamento está operante ou não. Isto se torna
importante, pois em uma subestação podem existir muitos aparelhos que estejam ligados parcialmente. Dessa
forma, evita-se a ocorrência de acidentes.
A sinalização pode ser feita através de placas, bandeirolas e outros dispositivos que são complementados aos
equipamentos de isolamento de área, como por exemplo cones e fitas.
Mediante a realização de trabalhos na rua, deverá ser instalada sinalização viária, obedecendo as condições
mínimas do Código Brasileiro de Trânsito. Além disso, poderão ser acrescentadas medidas complementares
relacionadas às atividades e a área, a fim de garantir a integridade física da equipe de trabalho, dos motoristas
e dos pedestres.
Os equipamentos mais utilizados são os cones, supercones, bandeirolas, fitas refletivas, cavaletes, grades,
sinalizadores noturnos, placas orientativas de veículos e pedestres. É imprescindível ressaltar a importância do
correto posicionamento desses equipamentos para
que cumpram satisfatoriamente o seu papel de
sinalização.
No período noturno, em dias chuvosos e sob neblina, deverão ser instalados sinalizadores luminosos e refletivos
que permitam aos motoristas identificar os obstáculos na via em função da atividade realizada.
Os responsáveis pelos trabalhos em redes subterrâneas deverão ter um grande cuidado com relação à
sinalização, pois geralmente essas redes estão instaladas em locais de grande circulação de pessoas e/ou
veículos.
Esta preocupação deverá resultar em uma sinalização e um isolamento apropriado do canteiro de trabalho, não
somente para evitar acidentes com os trabalhadores envolvidos na atividade, mas também para evitar algum
tipo de acidente envolvendo queda de pessoas e/ou veículos que circulem ao redor do local de trabalho.
No caso de trabalhos realizados em uma via com circulação de veículos, além da montagem do canteiro de
trabalho ao redor do acesso à rede subterrânea, também é preciso ter uma preocupação com a orientação dos
veículos. Os cones deverão ser posicionados de tal forma que direcionem os veículos para o desvio que
precisarão seguir em função do trabalho que estará sendo realizado.
SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS
53. NR- 11
11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores
de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.
11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes
defeituosas.
11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.
11.1.3.3 Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de
segurança.
11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento
específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função
11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir
se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.
18.25.1 O transporte coletivo de trabalhadores em veículos automotores dentro do canteiro ou fora dele deve
observar as normas de segurança vigentes.
18.25.2 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ser feito através de meios de transportes normalizados pelas
entidades competentes e adequados às características do percurso.
18.25.3 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ter autorização prévia da autoridade competente, devendo o
condutor mantê-la no veículo durante todo o percurso.
18.25.4 A condução do veículo deve ser feita por condutor habilitado para o transporte coletivo de passageiros.
18.16 Disposições gerais
ANEXO XII da NR-12 EQUIPAMENTOS DE GUINDAR PARA ELEVAÇÃO DE PESSOAS E REALIZAÇÃO DE TRABALHO
EM ALTURA
CESTA AÉREA: Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução dte trabalho em
altura, dotado de braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou
sem isolamento elétrico, podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio
de guincho e de lança complementar (JIB), respeitadas as especificações do fabricante.
Cuba isolante ou Liner: Componente projetado para ser acomodado dentro da caçamba, plataforma ou
suporte similar, capaz de modificar as propriedades elétricas da caçamba/plataforma. Pode ser de duas
naturezas:
Liner/Cuba Isolante: Acessório da caçamba destinado a garantir a sua isolação elétrica em Cestas Aéreas
Isoladas, aplicáveis de acordo com a classe de isolação e método de trabalho.
Liner/Cuba condutiva: Acessório da caçamba destinado à equalização de potencial entre a rede, as partes
metálicas e o eletricista, para trabalhos pelo método ao potencial
Ensaios Não Destrutivos: Exame das Cestas Aéreas ou de seus componentes sem alteração das suas
características originais. Portanto, eles (Cesta Aérea e componentes), após serem submetidos a esses ensaios,
devem funcionar como antes.
Incluem, mas não se limitam a: Inspeção Visual, ensaios de Emissão Acústica, Partícula Magnética/Líquido
Penetrante, Ultrassom e Dielétrico.
CESTAS AÉREAS
b) todos os controles claramente identificados quanto a suas funções e protegidos contra uso inadvertido
e acidental;
c) controles para movimentação da caçamba na parte superior e na parte inferior, que devem voltar para
a posição neutra quando liberados pelo operador, exceto o controle das ferramentas hidráulicas;
d) controles inferior e superior para a operação do guincho e válvula de pressão para limitar a carga nas
cestas aéreas equipadas com guincho e “JIB” para levantamento de material, caso possua este acessório;
i) válvulas de retenção nos cilindros hidráulicos das sapatas estabilizadoras e válvulas de retenção e
contrabalanço ou holding nos cilindros hidráulicos do braço móvel a fim de evitar movimentos
indesejáveis em caso de perda de pressão no sistema hidráulico;
j) sistema estabilizador, com indicador de inclinação instalado, em local que permita a visualização durante
a operação dos estabilizadores, para mostrar se o equipamento está posicionado dentro dos limites de
inclinação lateral permitidos pelo fabricante;
k) controles dos estabilizadores protegidos contra o uso inadvertido, que retornem à posição neutra
quando soltos pelo operador, localizados na base da unidade móvel, de modo que o operador possa ver
os estabilizadores se movimentando;
l) válvula seletora, junto ao comando dos estabilizadores, que numa posição bloqueie a operação dos
estabilizadores e na outra posição, os comandos de movimentação da(s) caçamba(s);
m) sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço
móvel para uma posição segura de transporte;
AS SAPATAS ESTABILIZADORAS SOMENTE PODERÃO SER MOVIMENTADAS QUANDO O BRAÇO DA
CESTA AÉREA ESTÁ APOIADO NO SEU BERÇO
n) sistema de operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso
de pane, exceto no caso previsto na alínea “o”;
o) recurso para operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em
caso de ruptura de mangueiras hidráulicas;
b) a caçamba das cestas aéreas isoladas deve ser dotada de cuba isolante (liner), exceto para trabalho pelo
método ao potencial;
c) não deve haver aberturas nem passagens nas caçambas de cestas aéreas isoladas, exceto para trabalho pelo
método ao potencial.
2.4 Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões superiores a 1.000V, deve-se
utilizar cesta aérea isolada, que possua o grau de isolamento, categorias A, B ou C, conforme norma ABNT
NBR 16092:2012, e devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco
de choque elétrico, nos termos da NR-10.
Dicas
No Sistema Elétrico de Potência, o veículo é uma das principais ferramentas de trabalho, sendo em algumas
situações de trabalho a mais importante.
A comunicação via celular e rádio VHF/UHF e outros, ficarão a cargo dos que estão na condição de
passageiro ou quando o motorista parar e estacionar o veículo, segundo as normas de trânsito vigentes
no país.
Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas é também a mais fácil de ser evitada, pois tratase
do estado em que o motorista se encontra física e mentalmente no momento em que irá fazer uso do
veículo em trânsito. São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do motorista (doenças
físicas, problemas emocionais) e podem ser momentâneas ou passageiras, mas também definitivas
(problemas físicos, corrigidos e adaptados ao uso do veículo).
Lembre-se:
Dirigir quando sentir-se sem condições físicas ou emocionais, põe em
comuns:
Físicas
- fadiga;
- dirigir alcoolizado;
- sono;
- visão ou audição deficiente;
- perturbações físicas (dores ou doenças).
Mentais
Condições Adversas
Esta condição refere-se à intensidade da luz natural ou artificial que em determinado momento, pode interferir
em nossa capacidade de ver algo, ou de sermos vistos.
Clima
Está ligada as condições atmosféricas, como, frio, calor, vento, Chuva, granizo e neblina.
Estrada
O motorista defensivo deverá se adequar a todo tipo de Pavimentação, sinalização deficiente e características
regionais.
TRÂNSITO
- Nas cidades;
- Nas estradas;
- Nas áreas rurais;
- Períodos de alto fluxo, férias; - hora de “rush”.
A carga e descarga de tambores com óleo deve ser feita com equipamento guindauto e dispositivos
apropriados e adequados, atendendo as normas ambientais vigentes.
O deslocamento de tambores dentro da subestação deverá ser feito sobre superfícies planas e, quando a
superfície for irregular, devem ser utilizadas pranchas.
Quando do transporte e movimentação de disjuntor, transformador de potencial, transformador de
corrente e pára-raios, especial atenção deve ser dada ao seu travamento, suas embalagens e a altura
máxima disponível para sua movimentação.
Quando de transporte de cargas perigosas efetuar de acordo com a legislação vigente e por profissional
devidamente capacitado, habilitado e autorizado.
Pneus e rodas:
Carroceria:
- chave de roda;
- macaco;
- extintor de incêndio;
- triângulo de sinalização; - cintos de segurança.
- Sistema elétrico:
- luzes de freio;
- faróis;
- lanternas;
- pisca;
- buzina;
- bateria;
- limpador de pára-brisa; - luz de marcha à ré.
TÉCNICAS DE REMOÇÃO
O resgate de uma vítima é, sem sombra de dúvidas, a operação mais complexa, dentro das atividades de
trabalhos em altura, motivo este que exige que os trabalhadores socorristas, estejam devidamente treinados e
preparados.
Em uma operação de resgate, o resgatista não tem a opção de escolher o local mais favorável, pois o local já
está definido pelo posicionamento da vítima. A ele cabe apenas definir a melhor estratégia para acessar a vítima
e efetuar o resgate, no menor tempo possível.
Os regates em altura podem ser divididos em duas categorias básicas: resgates simples ou complexos, e
veremos a seguir, detalhadamente, cada um dele.
Resgates Simples
Entende-se que a vítima sofreu um acidente qualquer, e acabou suspensa por seu talabarte e está
impossibilitada de sair dessa situação, pelos seus próprios meios, seja por estar inconsciente ou não.
Resgates Complexos
Entende-se que a vítima sofreu um acidente com fraturas ou outras complicações graves, que exijam que ela
tenha algum tipo de atendimento e tenha que ser acomodada em uma maca, e posteriormente baixada ou
suspensa para uma superfície estável e entregue aos cuidados dos serviços médicos.
Apenas podemos calcular um tempo médio que uma pessoa pode suportar a suspensão, já que cada organismo
difere um do outro, sendo uns mais resistes e outros mais frágeis, antes de ser fulminado pelo mal da suspensão
inerte, gira em torno de dez minutos, mas, como já dito, trata-se de um tempo médio, já que algumas vítimas
sucumbem antes de decorrido este tempo;
Portanto, é de suma importância que uma vítima que esteja na condição de suspensão inerte, seja removida em
um tempo máximo de dez minutos.
- Formigamento ou amortecimento;
- Tonturas, náuseas, hipertermia, inconsciência;
- Representação de volume circulatório nos membros inferiores, resultando em várias complicações, tais
como choque circulatório, reações fisiológicas, entre outras);
- Redução do volume de sangue, de forma que há compressão de veias e não artérias;
- Obstrução do fluxo sanguíneo evita retorno venoso;
- O coração fica sem sangue;
- Redução de função do miocárdio;
- Acúmulo de sangue nos membros;
- Tempo resposta;
- Traumas irreversíveis; e
- Nos casos mais graves, podendo chegar ao óbito.
Conforme estabelecido na NR-35, toda atividade a ser realizada com uma diferença de nível maior ou igual a 2m
em relação ao piso, onde haja risco de queda, devem ser adotadas técnicas de resgate para o trabalhador.
Todos esses equipamentos devem ser montados e estar em condição de uso antes do início das atividades, bem
como cada trabalhador deve estar treinado para aplicação do método.
O primeiro passo é acionar a equipe de emergência médica, pois enquanto é realizado o resgate, o socorro já
está a caminho. O segundo é certificar-se de que o ambiente está seguro para sua subida, caso necessário, para
realizar o resgate.
Nesse momento, o integrante da equipe que está no solo passa a ser denominado resgatista. Caso seja
necessário, o acesso a vítima para remover algum obstáculo que porventura impeça a sua descida, o resgatista
deve subir a escada após conectar-se a linha de vida.
O resgatista, chegando ao solo, liberando–se da linha de vida, deve realizar a descida da vítima através do
sistema de frenagem ancorado no poste, mantendo uma velocidade continua e lenta, e assim de forma segura
até que a vítima esteja totalmente no solo.
Em seguida, libere os equipamentos da vítima e realizar as ações de primeiros socorros, conforme procedimento
da empresa, até a chegada do atendimento especializado.
Trabalhos realizados no SEP, em espaços confinados, devem contar com no mínimo três profissionais. Um deles
atua como vigia e fica do lado externo do espaço confinado, tendo a função exclusiva de monitorar o trabalho
dos demais membros da equipe. Neste contexto, existem dois trabalhadores que são autorizados e o terceiro
que atua como vigia. Todos devem estar aptos para atuarem em uma emergência e resgate.
Antes de acessar o espaço confinado, deve-se montar um sistema de ancoragem, que deve ficar acima do ponto
de acesso, capaz de suportar as ações de queda, suspensão, abrasão e impacto.
Nesse exemplo é utilizado um tripé apropriado para esse tipo de acesso,
proporcionando um ponto de ancoragem. O tripé deve possuir trava nos
pés para impedir o seu fechamento, mesmo tombado, e ponto para
acoplamento de guincho de resgate. O guincho de resgate deve ser
acoplado ao tripé e dispor de corda provida de gancho ou mosquetão para
içamento. No mecanismo do guincho deve ser instalado o sistema de travas
que não retrocede no momento da suspensão.
A corda do guincho deve ser conectada ao cinturão paraquedista do trabalhador, através do gancho ou
mosquetão na descida ou subida, somente para acompanhar essa ação, pois quem ampara a queda é a linha de
vida com o trava-quedas. O guincho para resgate acompanha o acesso do trabalhador porque, se ele sentir um
mal súbito em um desses momentos, o vigia terá todo o acesso para resgatá-lo, içando-o para o ambiente
externo.
Os trabalhadores autorizados que ficam no espaço confinado devem usar os EPIs, que nesse cenário seriam,
entre outros, o cinturão paraquedista e o trava-quedas;
O vigia não deve usar o cinturão paraquedista e o trava-quedas, pois independente do que ocorra no espaço
confinado, ele nunca deve acessar o local.
Caso um dos profissionais sinta-se mal, solicitando ajuda para saída do que espaço confinado, o vigia entra em
ação em conjunto a outro profissional que se encontra com a vítima. Esse profissional que desenvolvia sua tarefa
em conjunto com a vítima no espaço confinado avisa o vigia do incidente, consequentemente o vigia aciona as
equipes de emergência e inicia a retirada do socorrido.
O profissional que se encontra com a vítima deve transportá-la até a escada de acesso à saída do espaço
confinado, usando o gancho ou mosquetão do guincho de resgate, prendendo-o ao cinturão paraquedista da
vítima, e precisa autorizar o vigia a iniciar o içamento, desviando-a de algum obstáculo, direcionando-a de modo
correto e seguro até a chegada à parte externa, onde somente o vigia tem o domínio.
O vigia deve ficar atento ao ponto de parada do guincho, travando a alavanca e posicionando a vítima para o
tombamento do tripé. Uma vez travado, o guincho não retrocede e o vigia deve se posicionar de um lado tripé,
na área mais livre possível, fazendo o tombamento, segurando na parte superior, descendo o tripé e fazendo
com que a vítima se acomode no solo naturalmente.
O vigia deve descer o tripé até que fique totalmente no chão, soltar a ancoragem feita na vítima, em seguida
levantar o tripé e posicioná-lo para que o outro profissional, que ainda se encontra no espaço confinado, possa
sair usando a linha de vida com o trava-quedas.
Em seguida, libere os equipamentos da vítima, realizar as ações de primeiros socorros, conforme procedimento
da empresa, até a chegada do atendimento especializado.
59. RESGATE EM TORRE DE TRANSMISSÃO
Diante da grande particularidade que envolve trabalhos realizados em linhas de transmissão, agravada pela
geometria e localização das torres, o resgate de uma vítima requer cuidados peculiares, contemplando inclusive
o tempo para resgate.
É imprescindível que, antes do início da atividade já esteja montado o sistema integrado de resgate com a linha
da vida, conforme deve ser estabelecido na APR e também na PTA.
Esse trabalhador deve escalar a torre, conforme definido na APR e na PTA, que pode ser por meio das pedaleiras
fixadas no canto da torre, ou de outro ponto de acesso, fazendo uso do cinturão paraquedista e seu talabarte
Y. A escalada deve ser iniciada sempre ancorando em dois pontos diferentes, com a técnica de somente
desprender um gancho do talabarte depois que o outro estiver ancorado, mantendo-os, sempre que possível,
acima da conexão do seu cinturão paraquedista. Sugere-se uma referência, que seria essa na altura acima do
ombro.
Esse trabalhador precisa estar portando o seu talabarte de posicionamento e o seu trava-quedas, mas não vai
usá-lo na subida, que deve ser acompanhada por toda a equipe, orientando o trabalhador quanto a seu
posicionamento e direcionando-o até o ponto em que será realizada a ancoragem para montagem do sistema
integrado de resgate.
Esse trabalhador precisa estar portando o seu talabarte de posicionamento e o seu trava-quedas, mas não vai
usá-lo na subida, que deve ser acompanhada por toda a equipe, orientando o trabalhador quanto a seu
posicionamento e direcionando-o até o ponto em que será realizada a ancoragem para montagem do sistema
integrado de resgate;
Essa ancoragem, desenvolvida com técnicas específicas, deve ficar acima do ponto de trabalho e utilizar
equipamentos que resistam as abrasões e suportem impactos intermitentes ou contínuos;
No solo deve ser fixado o sistema de frenagem, criando um desvio, se necessário. Os demais trabalhadores que
também farão a escalada, depois que o sistema integrado de linha de vida e resgate estiver totalmente fixado,
devem portar todos os seus equipamentos de segurança para deslocamento e trabalho de acordo com a
atividade.
Resgate
O segundo passo consiste em verificar se o ambiente está seguro para realizar o resgate ou se deve ser tomada
alguma ação de emergência para proporcionar condições apropriadas.
Os componentes da equipe localizados no solo devem ficar atentos à manobra que está sendo realizada na torre,
e quando for certificado que a vítima está ancorada somente pelo trava-quedas, deve-se dar início à descida.
Um dos trabalhadores do solo deve descer a vítima usando o sistema integrado de resgate e frenagem. Com um
equipamento apropriado, precisa controlar a descida, mantendo uma velocidade continua e lenta, e assim de
forma segura até que a vítima esteja totalmente no solo.
Nesse momento, o integrante da equipe que está no solo passa a ter uma importância fundamental, pois o
sincronismo com o outro trabalhador que fará a ancoragem da vítima é essencial. Nesse caso, o trabalhador que
se encontra na torre com a vítima deve conectar o trava-quedas do socorrido no sistema interligado de resgate
e soltar qualquer outro equipamento que estava sendo usado para ancoragem.
O outro trabalhador, que também está no solo, com a sobra da corda, traciona-a devido a necessidade de
realizar algum desvio de obstáculos na descida. Em seguida, libera os equipamentos da vítima, realiza os
primeiros socorros, conforme procedimento da empresa, até a chegada do atendimento especializado.
Para que sejam obtidos resultados positivos em um atendimento de primeiros socorros, é importante que, ao
chegar ao local de um acidente ou ao encontrar um acidentado, a pessoa que se disponibilizar a prestar o
socorro realize uma avaliação rápida e segura do local e da ocorrência.
Nessa etapa, é importante que sejam apreendidas o máximo de informações sobre o acidente, sobre o
acidentado e quaisquer outras informações que se julgar importante. O socorrista deve evitar o pânico e sempre
que possível procurar a colaboração de outras pessoas.
O Transporte de Acidentados
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate, como obviamente, o Corpo de
Bombeiros ou os Anjos do Asfalto, entre vários outros.
O transporte realizado de forma imprópria pode agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao
acidentado. A vítima somente deve ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não é
possível contar com equipes especializadas em resgate.
É extremamente importante a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro (número de
pessoas para realizar o transporte). A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não
há suspeita de lesões na coluna vertebral.
Uma vez determinado pela biomecânica do trauma que uma lesão de coluna
espinhal instável existe, a primeira providência do socorrista deve ser a
estabilização manual alinhada da cabeça da vítima. Isso deve ser feito
segurando-a e movendo-a até uma posição neutra alinhada, a menos que
seja contraindicado, em situações que veremos a seguir. Uma posição
alinhada neutra deve ser mantida manualmente, sem tração significativa na
cabeça e no pescoço.
- Resistência ao movimento;
- Espasmos dos músculos do pescoço;
- Aumento da dor;
- Início ou aumento de déficit neurológico, como adormecimento, formigamento ou perda de
motricidade; - Comprometimento da via aérea ou da ventilação.
Se as lesões do doente forem tão graves a ponto de a cabeça estar fora de alinhamento e não parecer
mais se estender da linha média entre os ombros, não devem ser tentados movimentos de alinhamento
neutro. Nesses casos, a cabeça do doente deve ser imobilizada na posição em que foi inicialmente
encontrada. Felizmente, tais casos são raros.
Trauma Fechado
- Como parâmetro, o socorrista deve presumir que há lesão vertebromedular e coluna instável nas
seguintes situações, e deve ser realizada uma avaliação da coluna para determinar a necessidade de
imobilização:
- Impacto violento na cabeça, no pescoço, no tronco ou na pelve, produzido por qualquer mecanismo
contuso, por exemplo, agressões ou soterramento em escombros de desabamento;
- Incidentes que produzam aceleração ou desaceleração repentinas, ou inclinação lateral do pescoço ou
tronco, como por exemplo, colisões de veículos motorizados em velocidade de moderada a alta,
atropelamento ou envolvimento em explosões;
- Qualquer queda, principalmente em vítimas idosas;
- Ejeção ou queda de veículo motorizado ou qualquer outro dispositivo de transporte, tais como patinetes,
skates, bicicletas, motos, veículos de recreação;
- Vítimas de acidente em águas rasas, como mergulho ou surfe sem prancha.
Esses mecanismos de lesão exigem um exame detalhado, cuidadoso e completo para determinar se há
indicações para imobilização da coluna.
Como parâmetro, o socorrista deve presumir que há lesão vertebromedular e coluna instável nas
seguintes situações, e deve ser realizada uma avaliação da coluna para determinar a necessidade de
imobilização:
- Impacto violento na cabeça, no pescoço, no tronco ou na pelve, produzido por qualquer mecanismo
contuso, por exemplo, agressões ou soterramento em escombros de desabamento;
- Incidentes que produzam aceleração ou desaceleração repentinas, ou inclinação lateral do pescoço ou
tronco, como por exemplo, colisões de veículos motorizados em velocidade de moderada a alta,
atropelamento ou envolvimento em explosões;
- Qualquer queda, principalmente em vítimas idosas;
- Ejeção ou queda de veículo motorizado ou qualquer outro dispositivo de transporte, tais como patinetes,
skates, bicicletas, motos, veículos de recreação;
- Vítimas de acidente em águas rasas, como mergulho ou surfe sem prancha.
Ao contrário do que todos pensam, colares cervicais rígidos isolados não imobilizam adequadamente,
apenas ajudam a sustentar o pescoço e impedir movimentação. Os coletes limitam a flexão em quase
90% e limitam a extensão, a flexão lateral e rotação em cerca de 50%.
São importantes para auxiliar a imobilização, devendo, porém, serem usados sempre com estabilização manual
ou imobilização mecânica, realizada por dispositivos adequados para a imobilização de coluna.
Já os colares cervicais não rígidos não servem como auxiliares à imobilização da coluna no local do trauma.
A finalidade principal e específica do colar cervical é proteger a coluna cervical de compressão. Métodos
de imobilização pré-hospitalares permitem ainda uma ligeira movimentação do doente e da coluna, pois
esses dispositivos se ajustam apenas externamente a vítima, e o tecido muscular e a pele apresentam
algum movimento com relação à estrutura óssea, mesmo que o ferido esteja muito bem imobilizado.
A maior parte das situações de resgate envolve algum movimento da vítima e da coluna ao realizar
extração, ao carregar e embarca-la. Esse tipo de movimentação também ocorre quando a ambulância
acelera e desacelera em condições normais de tráfego.
Assim, qualquer movimento do dispositivo que eventualmente ocorra durante a imobilização do tronco não
provocará angulação da coluna cervical. Existem vários métodos específicos de imobilização do dispositivo ao
tronco.
Um dos métodos consiste em passar duas faixas, uma de cada lado da prancha, sobre o ombro, em seguida
cruzando a parte superior do tórax e pela axila oposta, fixadas à prancha ao lado de cada uma das axilas,
formando um "X", que impede movimentos do tronco para cima, para baixo, para a esquerda ou para a direita.
Pode-se obter a mesma imobilização fixando uma faixa à prancha e passando-a em seguida pela axila e, depois,
pela parte superior do tórax e pela axila oposta e fixando-a do outro lado da prancha. Em seguida, uma faixa
ou tira é colocada dos dois lados, passando por cima do ombro e fixando-a na faixa da axila, como
suspensórios.
O segundo socorrista usa seus dedos para medir o pescoço da vítima, entre a
mandíbula e o ombro.
Princípio: Imobilizar a vítima traumatizada, sem lesões graves antes de movimentá-lo da posição sentada.
Logo após, a vítima é mantida em posição ereta, levemente inclinada para frente, dando o espaço adequado
entre as costas do socorrido e o banco do veículo, para colocação facilitar a colocação do colete de forma segura.
Antes de colocá-lo pela parte de trás da vítima, os dois tirantes longos, que ficam posicionados próximos à virilha
são abertos e posicionados atrás do colete.
Após posicionar o colete atrás da vítima, as abas laterais são colocadas em torno da vítima e movimentadas até
tocarem as suas axilas.
Logo após de os tirantes de tronco serem posicionados e ajustados, deve-se iniciar pelo tirante do meio do tórax,
seguido do tirante inferior.
Cada tirante é ajustado após a colocação. Nesse momento, o uso do tirante superior do tórax é opcional. Se seu
uso for realmente necessário, então o socorrista deve garantir que ele não esteja tão apertado a ponto de
impedir a ventilação da vítima. Esse tirante deve ser apertado imediatamente antes de movimentar a vítima.
Cada tirante que fica próximo à virilha é posicionado e ajustado. Movimentando a vítima de um lado para outro,
o tirante é passado por debaixo da coxa e da nádega até que esteja em uma linha reta na prega glútea da frente
para trás, como observamos na figura presente.
Os tirantes da virilha são colocados sob o membro inferior da vítima e conectado ao colete do mesmo lado da
inserção do tirante. Uma vez posicionado, cada tirante é apertado.
A cabeça da vítima é presa aos tirantes cefálicos do colete. O socorrista deve procurar ter o cuidado de não
prender a mandíbula ou obstruir a via aérea do socorrido. Lembrando que os tirantes torácicos devem ser
sempre avaliados, checados e reajustados conforme necessário durante a imobilização e movimentação.
Todos os tirantes devem ser reavaliados antes da locomoção da vítima. Se o tirante torácico superior não tiver
sido colocado, ele precisa ser conectado e ajustado, antes de mover o socorrido.
Se possível, a maca da ambulância, juntamente com a prancha longa, deve ser trazida para a abertura da porta
do veículo. A prancha é posicionada por baixo das nádegas da vítima, de forma que uma extremidade esteja
seguramente apoiada no assento do veículo, e a outra, na maca.
Se a maca da ambulância não estiver disponível ou o terreno não permitir o posicionamento da maca, outros
socorristas podem segurar a prancha enquanto a vítima é girada, levantada e movida para fora do veículo.
Enquanto gira-se a vítima, suas extremidades inferiores, ou seja, suas pernas, devem ser elevadas para o assento
ao lado. Se o veículo tem um console central, as pernas da vítima devem ser levantadas por cima do console,
uma por vez, vagarosamente para que o trabalho feito até o momento não seja perdido. Tome esse
procedimento como o penúltimo passo.
Assim que a vítima houver sido girada de forma que suas costas fiquem voltadas para o centro da prancha longa,
ela é deitada na prancha mantendo as pernas elevadas. Após colocar o doente sobre a prancha, os dois tirantes
da virilha devem ser soltos, e as pernas, abaixadas.
A vítima é posicionada à medida que é movimentada para cima na prancha com o colete e o acolchoamento. O
socorrista pode soltar o tirante superior do tórax nesse momento.
Assim que o socorrido for posicionado na prancha longa, o colete é mantido para que continue imobilizando a
cabeça, o pescoço e o tronco.
Retirada Rápida
Em algumas situações, como essa que estamos mostrando e discutindo de um acidente automotivo, a vítima
sentada portadora de lesões com risco de vida, mas com indicação que a imobilização da coluna pode ser
realizada, podem ser retirados mais rapidamente do local do acidente. Quando se utiliza um dispositivo
temporário para imobilizar antes de mover o acidentado, ele fornece uma fixação mais estável do que quando
se usa somente o método manual de retirada rápida.
Entretanto, a utilização do dispositivo temporário requer um acréscimo de quatro a oito minutos adicionais no
tempo de salvamento. O socorrista deve utilizar o método de retirada com colete ou com prancha curta quando:
(1) as condições da cena e da vítima são estáveis e o tempo não é a principal preocupação, ou (2) exista uma
situação especial de resgate que envolva suspensão considerável ou guinchamento, movimentação ou
carregamento do socorrido antes que seja mais prático completar todo o processo de imobilização supina na
prancha longa.
- Quando condições de risco de vida da vítima foram identificadas durante a avaliação primária e não
podem ser corrigidas no local em que o indivíduo foi encontrado;
- Quando a cena não é segura e existe risco evidente para o socorrista e para o doente, sendo necessária
sua remoção rápida para um local seguro;
- Quando a vítima deve ser removida rapidamente para que se tenha acesso a outros necessitados com
lesões mais graves.
Uma vez que se toma a decisão de realizar o processo de retirada rápida de uma vítima, deve-se iniciar o
procedimento de estabilização e alinhamento manual da cabeça e do pescoço
A primeira melhor abordagem a se tomar é começando por trás da vítima. Se não for possível a aproximação
por trás, o procedimento de estabilização e alinhamento
manual pode ser realizado pelo lado. Tanto por trás quanto
pelo lado, a cabeça e o pescoço da vítima são trazidos para a
posição de alinhamento neutro, e realiza-se a avaliação rápida
da vítima e coloca-se nela o colar cervical de tamanho
adequado.
Caso o veículo possua um console central, as pernas da vítima devem ser movidas, uma de cada vez, sobre o
console.
O socorrista continua a girar a vítima, com movimentos curtos e controlados, até que a estabilização manual
não possa mais ser mantida por trás, no interior do veículo. O segundo socorrista assume a estabilização manual,
estando fora do veículo.
O socorrista continua a girar a vítima, com movimentos curtos e controlados, até que a estabilização manual
não possa mais ser mantida por trás, no interior do veículo. O segundo socorrista assume a estabilização manual,
estando fora do veículo.
A prancha longa é colocada com a extremidade distal sobre o assento do veículo e a extremidade da cabeça
sobre a maca da ambulância. Se a maca não puder ser colocada próxima ao veículo, outros socorristas podem
segurar e apoiar a prancha enquanto a vítima é deitada sobre ela.
Uma vez que o tronco da vítima esteja sobre a prancha, o peso do tórax é aliviado enquanto os socorristas se
preocupam em controlar a pelve e as pernas. O acidentado é
movimentado para cima sobre a prancha longa. O socorrista
que mantém a estabilização manual deve ter cuidado para
não puxar a vítima, mas, sim, apenas dar suporte à cabeça e
ao pescoço.
Um
socorrista deve manter a estabilização da cabeça e do pescoço
da vítima durante todo o tempo, o outro deve girar e estabilizar
a região superior do tronco, e o terceiro deve mover e controlar
a região inferior, a pelve e as extremidades inferiores da vítima.
Concluindo, então, esta parte, em cada situação, os procedimentos podem requerer adaptações dos princípios
de retirada rápida. Isso só pode funcionar efetivamente se as manobras forem praticadas. Cada socorrista deve
saber precisamente as ações e os movimentos dos outros socorristas.
Haverá situações onde o socorrista pode não estar de posse de uma maca, e o transporte de uma vítima precisa
ser feito sem esse equipamento, para isso, ao transportar um acidentado alguns cuidados devem ser tomados
para não agravar as lesões existentes;
No primeiro momento, parece ser fácil transportar uma vítima, porém, se essa locomoção não é feita
corretamente, isso pode deixar sequelas terríveis no acidentado para o resto de sua vida;
Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa acidentada, o transporte
terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vítima.
Transporte de Bombeiro
Primeiro, coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida, ajoelha-se com um só joelho e, com as mãos
passando sob as axilas do acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de frente para ele.
A pessoa que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas mãos na cintura do acidentado e com a
outra toma o punho, colocando o braço dela em torno de seu pescoço. Abaixa-se, então, para frente, deixando
que o corpo do acidentado caia sobre os seus ombros.
A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as coxas, na altura da dobra do joelho, e
segura um dos punhos do acidentado, ficando com a outra mão livre. Conforme a sequência de procedimentos
mostrado na figura.
Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves. É um meio de transporte
eficaz e muito útil, se puder ser realizado por uma pessoa ágil e fisicamente capaz e capacitada.
Se a pessoa tiver condições de se firmar no tronco do socorrista, este poderá usar os braços para segurá-la pelas
pernas, o que proporciona maior firmeza durante o transporte
Há também o caso de existir a necessidade de o transporte da vítima ser feita com
os braços e esse se apresenta como recurso adequado quando a vítima está
consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas, o que a impeçam de
caminhar.
Para esse tipo de transporte da vítima, é necessário mais de um socorrista, esses então, com os braços, formam
um pequeno assento, que deverá se manter segura. Esse tipo de transporte é conhecido como transporte em
cadeirinha.
Há, ainda, a possibilidade de ter a necessidade de carregar acidentados pelas extremidades. Nesse caso, uma
socorrista segura a vítima por debaixo dos braços e o outro pelas pernas.
Esse tipo de transporte só deve ser feito se não houver suspeita de fraturas na coluna ou nos membros do
socorrido; para isso, siga os passos seguintes:
-
Transporte com Três Socorristas
Para a execução de transporte no colo é exigida a presença de três
socorristas, e só é válido caso a vítima não tenha suspeitas de fratura
na coluna ou na bacia.
O que há de diferente do resgate com três socorristas, é que nesse caso a quarta
pessoa imobiliza a cabeça da vítima, impedindo qualquer tipo de deslocamento
ou lesão.
ACIDENTES TÍPICOS
61. INTRODUÇÃO
Eletricidade mata. Esta pode ser uma forma bastante brusca e rude de dizer algo sobre o que estudaremos,
porém não poderia ser mais verdadeira para início de trabalhos.
A Eletricidade tem sido o principal fator e elemento de discussões e pesquisas dos últimos anos. Atravessou os
séculos XVIII, XIX e XX se estabelecendo de forma profunda e indispensável no dia a dia das diferentes
sociedades ao redor do mundo.
A Nova Revolução Industrial, que traz a, assim dita, indústria 4.0 e a internet das e para as coisas, irá certamente
mudar muito as formas de trabalhar e viver. Entretanto, a mais importante matéria-prima para que tudo isso
seja realidade possível ainda é a eletricidade, pois computadores, como também os smartphones e incontáveis
outros tipos de aparelhos elétricos são alimentados por ela.
Se tomamos, então, a eletricidade como equipamento e material principal, teremos, por consequência, a
necessidade de pessoas, colaboradores qualificados em seus diferentes ramos e estudos, além de produtos de
qualidade compondo as instalações elétricas, que obviamente, também precisam ter qualidade e nível
profissional e proficiente.
Discussão
Porém, nos deparamos com o seguinte problema: os riscos inerentes ao manuseio da eletricidade,
principalmente em um país onde o “jeitinho brasileiro” tem sido o motor da economia, vem nos mostrando um
cenário bastante sombrio sobre acidentes com eletricidade, muitos deles deixando sequelas seríssimas em
trabalhadores, ou chegam a ser mesmo fatais.
Em suma, a eletricidade, ao longo de sua história, recebeu inúmeras ações que promoveram técnicas e medidas
de segurança para que o seu manuseio se mantivesse dentro de parâmetros e regras, a fim de se criar premissas
e rotinas como modelos e padrões para o seu uso e manuseio seguro. Mas, mesmo assim, tais ações não
conseguem evitar que pessoas morram ou fiquem gravemente feridas por todo o mundo, seja pelo
desconhecimento básico e falta de informação, ou seja pela omissão ou não compromisso de todos os
envolvidos na imensa cadeia elétrica e energética.
62. ACIDENTES
A grande maioria dos acidentes com trabalhadores da etapa de consumo está associada ao choque elétrico,
decorrente do contato com parte vivas da instalação, e do arco elétrico resultante da manobra de equipamentos
desprovidos de câmara de extinção.
Tais acidentes, agravados ainda em altura, podem ser atribuídos a fatores relacionados com o comportamento
do trabalhador, qualidade da instalação e fatores ambientais.
Os acidentes de origem elétrica são o principal tipo com que os trabalhadores que atuam em ambientes
regulamentados pela NR-10 podem sofrer. Um acidente elétrico, constantemente, pode acarretar em outra
variedade de acidentes.
Por isso, é muito importante que os profissionais saibam corretamente, prática e teoricamente, as técnicas de
prevenção, para que não ocorram acidentes, ou seja, para que se busque pela prevenção, além de serem
capazes de controlar as situações no caso em que os acidentes não possam ser mesmo evitados.
Os slides a seguir irão discorrer sobre os acidentes de origem elétrica, suas características principais, e suas
causas, diretas ou indiretas. Além disso, para a sua melhor compreensão e aprendizagem, serão apresentadas
discussões de casos de acontecimentos que não puderam ser previstos.
Relatos
No dia do acidente a equipe do eletricista Sr “Otavio” de 24 anos, casado, com um filho de 1 ano, trocava cabos
dentro de um condomínio residencial.
A cruzeta de madeira que suportava os cabos da linha primária da rede elétrica energizada, situada na parte
superior de um poste, quebrou, ocasionando a queda de um desses (cabo de linha primária) sobre a perna de
um trabalhador de manutenção da rede (equipe contratada – terceira).
A tarefa da equipe era trocar a antiga linha secundária, que se encontrava desenergizada, por fiação nova, mais
segura.
A fiação secundária é apoiada pouco abaixo da rede primária, no mesmo poste. O eletricista sofreu choque e,
posteriormente, teve a perna amputada.
A quebra da cruzeta e a queda do cabo ocorreram quando colegas da equipe do eletricista esticavam, no meio
das árvores, os cabos novos da rede secundária.
A fiação secundária, contudo, é apoiada apenas um pouco abaixo da rede primária, no mesmo poste. O
eletricista sofreu um choque elétrico e, posteriormente, teve sua perna amputada.
A intervenção da equipe da terceira contratada se inicia com o pedido de serviço emitido pela contratante.
Definida a seção em que seria feita a troca da fiação, a contratante, teoricamente, envia um supervisor para a
área, com a finalidade de avaliar a viabilidade do serviço. No caso da ocorrência em questão, não foi registrada
a ida de nenhum supervisor a campo e nenhuma análise de possível fragilidade nas cruzetas instaladas nos
postes da rede primária, que segundo relatos e documentos, estavam sem manutenção há mais de 25 anos.
A autorização de intervenção nas redes convencionais é precedida de desligamento da linha secundária, mas é
mantida a energização da linha primária, com a finalidade de minimizar interrupções de fornecimento e
impactos aos consumidores e usuários do sistema. Uma vez recebida a ordem de serviço, a equipe da
contratada, deve realizar um diagnóstico de segurança da situação por meio de uma Análise Preliminar de
Perigos e Riscos, chamada apenas de APPR, e deve indicar as medidas preventivas cabíveis, tais como: quais
equipamentos desenergizar, o tipo de sinalização, o aterramento, o uso de equipamentos de proteção
individual, as tarefas e os papéis de cada integrante da equipe e etc. As práticas habituais da contratada não
incluíam em sua APPR a observação de eventuais desgastes nas cruzetas de madeira e nem eventual risco
associado ao trabalho nas proximidades de linha primária energizada.
Conforme as Normas Regulamentadoras de número 6 e 35, e da Portaria 3214/78 (três mil duzentos e quatorze
de setenta e oito), a tarefa de eletricistas realizadas acima de 2 metros de altura exige uso de cintos de segurança
tipo paraquedista de duplo talabarte e fixação em linha de vida ou no próprio poste para proteção contra
quedas. O equipamento de trabalho também inclui detectores de tensão a serem usados em aferição da
desenergização ou energização da linha a ser trocada. Tendo em vista os controles de tempos em que a linha
secundária permanece desligada as tarefas são programadas pela concessionária com duração pré-definida,
podendo ocorrer pressões indevidas de tempo, principalmente quando o planejamento preliminar não
considera variabilidades, como a presença de árvores entre os postes, já que em caso de atrasos, a contratada
é punida com multas.
Veremos a seguir alguns relatos que revelam a visão do eletricista da empresa contratada, sobre diferenças
entre seu trabalho e o do pessoal da contratante. Observe:
“Eles são tudo capacitado, né?! Tudo calmo, tudo sossegado. Ali a gente não, ali a gente já tem aquele peso
que tem que né, de fazer! A gente tem o encarregado, tem o técnico de segurança tudo olhando, tudo em
cima. A gente fica meio... É, que aí tem certo horário pra terminar o serviço, entendeu?! Aí, dizendo, o
desligamento começa a uma hora. Três horas tem que desligar. Aí falta muita coisa ainda, aí vira aquela
correria, entendeu? ‘’
Perguntado sobre o que acontece em caso de não cumprimento de metas estabelecidas pelas terceiras, o
colaborador responde:
“Aí depende. Se passar muito tempo, essas coisas, recebe multa, essas coisas, entendeu?! Que aí, é muita
reclamação...”
A empresa concessionária responsável pela distribuição de energia contrata terceiras para a realização
de atividades de manutenção em linhas secundárias e instalação de novas linhas. Em tese, essas
contratadas devem atuar apenas em sistemas sem energia.
A descrição do trabalho habitual mostra que o serviço de manutenção realizado pelo pessoal de terceiras
é considerado uma atividade de construção civil, sem considerar o risco de choque elétrico.
RESPONSABILIDADES
O conceito da responsabilidade já está presente na legislação brasileira, o fato da NR-10 explicitar em uma de
suas prescrições brasileiras, torna mais ágil a fiscalização e a punição por parte dos agentes oficiais. Uma vez
que este item está na NR-10, o auditor do ministério do trabalho e Emprego poderá multar a empresa baseada
neste item, dificultando os recursos, principalmente os baseados em cláusulas contratuais que estabelecem que
a contratante é a única responsável pelo cumprimento das normas legais.
Uma forma da empresa contratante garantir o pleno cumprimento deste item, é a realização de auditoria nas
empresas contratadas. Auditar todas as empresas pode ser muito oneroso, mas deve ser dada atenção
especial nas contratadas que mantém funcionários durante um longo nas instalações da contratante.
65. RESPONSABILIDADE DOS CONTRATANTES
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.
O item 10.13.2 explicita que é responsabilidade das empresas (contratantes) informar aos trabalhadores sobre
os riscos a estes estão expostos no exercício de suas atividades. Os riscos que o item se refere não se limitam
aos riscos elétricos, mas a todos os riscos relacionados com a atividade, os riscos elétricos e os riscos adicionais.
No caso de empresas prestadoras de serviços que atuam em várias empresas, especial atenção deve dada a
informação dos riscos específicos da empresa, como por exemplo, os riscos ambientais, os riscos relativos ao
processo produtivo, os riscos particulares das instalações elétricas.
Deve-se lembrar ainda, que uma das formas de informar os trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos
é a sinalização de segurança, é muito importante que todos os riscos estejam sinalizados adequadamente.
A NBR 14280 define acidente do trabalho como uma ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não,
relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.
Embora o acidente seja de ocorrência imprevista e indesejável, sempre que ele ocorre é obrigação de empresa
analisar as causas do acidente e propor medidas para reduzir a chance que a ocorrência não se repita.
Analisar e propor medidas preventivas não é uma obrigação exclusiva da área de eletricidade, a NR-5 estabelece
que uma das atribuições da CIPA é participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador,
da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados.
O dever da empresa nasce com o direito do trabalhador, que por sua está estabelecido no Art.7oinc.XXII da
constituição da Republica que estabelece que seja direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem á melhoria de sua condição social a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança. Um aspecto importante do ponto de vista terminológico é o uso do termo ‘’norma’’,
que no direto não tem o sentido restrito que tem na engenharia. No direto o sentido do termo é mais
abrangente, por exemplo, normas de saúde, higiene e segurança no texto constitucional abrange tanto os
regulamentos técnicos (as normas regulamentadoras do MTE), quanto as normas técnicas (da ABNT), quanto os
procedimentos de trabalho (da empresa).
A NR- 10 no item 10.13.4 determina os deveres que os trabalhadores têm com a sua segurança e com a
segurança dos demais, tanto os usuários quanto aqueles trabalhadores que estão sob sua responsabilidade
hierárquica.
Os deveres dos trabalhadores originam no artigo 158 da CLT, do capítulo que trata da Segurança e da Medicina
do Trabalho, este artigo determina que as obrigações dos empregados são:
I – Observar as normas de Segurança e Medicina do Trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II
do artigo anterior;
1) á observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;
O artigo II citado é a obrigação que a empresa tem de instruir os empregados, através de ordens de serviço,
quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais.
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões
no trabalho;
Os trabalhadores tem a obrigação, durante a realização de suas tarefas, de zelar para sua própria segurança e
de outras pessoas, que estão em sua proximidade ou que serão usuárias da instalação elétrica. Estas pessoas
podem sofrer as consequências de um erro cometido pelo trabalhador, seja por suas ações seja por suas
omissões. Esta responsabilidade já existe no Código Penal e no Civil, mas com a introdução na NR- 10 através
da alínea ao item 10.13.4 este item passa a ter uma maior agilidade na fiscalização do seu cumprimento.
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde;
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para
sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
Este item complementa o item 10.6.5 que determina que o responsável execução do serviço deva suspender as
atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível. Neste caso o responsável pela execução dos serviços é a pessoa mais adequada a
receber a informação de alguma situação que o trabalhador considerar de risco para sua segurança e saúde e a
de outras pessoas, pois caberá a ele tomar a decisão de suspender as atividades e ainda comunicada
imediatamente até o nível hierárquico que possa resolver o problema.
Gerência
Empregados
- Obedecer às normas de segurança;
- Não brincar em serviço;
- Usar os EPIs;
- Comunicar ao seu superior qualquer risco de acidente para que sejam tomadas as precauções; - Não
ingerir bebidas alcoólicas;
- Não portar armas de fogo;
- Não usar adornos;
- Não usar aparelhos sonoros;
- Alertar os companheiros sobre algum perigo por mais insignificante que pareça;
- Utilizar o direito de recusa por escrito em caso de algum trabalho oferecer um risco que não esteja com
as medidas de proteção corretas e possa acarretar um futuro acidente para o trabalhador.
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