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SUMÁRIO

SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA ............................................................................................................................... 5


1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 5
2. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS ................................................................................................................... 5
3. SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ................................................................................................... 5
4. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................ 5
5. FONTE DE ENERGIA .................................................................................................................................... 6
6. REDE DE TRANSMISSÃO ........................................................................................................................... 17
7. REDES DE DISTRIBUIÇÃO .......................................................................................................................... 18
8. SUBESTAÇÕES .......................................................................................................................................... 18
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................. 21
9. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ................................................................................................................ 21
10. CHAVES FUSÍVEIS ................................................................................................................................... 26
11. ELOS-FUSÍVEIS ........................................................................................................................................ 28
12. DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS ...................................................................................... 30
13. MUFLAS .................................................................................................................................................. 30
14. CAPACITORES ......................................................................................................................................... 31
15. REGULADORES DE TENSÃO .................................................................................................................... 32
16. RELÉS DIGITAIS ....................................................................................................................................... 33
17. RELIGADORES ......................................................................................................................................... 33
18. SECCIONALIZADORES ............................................................................................................................. 35
19. TRANSFORMADORES ............................................................................................................................. 36
20. OPERAÇÃO DE ABERTURA DE CHAVES FUSÍVEIS ................................................................................... 51
21. CRUZETAS ............................................................................................................................................... 56
22. PARA-RAIOS............................................................................................................................................ 56
23. REATORES ............................................................................................................................................... 57
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................................................................................. 60
24. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO............................................................................................................... 60
25. PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS .............................................................................. 60
26. TRABALHO EM EQUIPE........................................................................................................................... 61
27. PRONTUÁRIO E CADASTRO DAS INSTALAÇÕES ..................................................................................... 62
28. MÉTODOS DE TRABALHO ....................................................................................................................... 63
29. COMUNICAÇÃO ...................................................................................................................................... 64
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS............................................................................................................................... 65
30. ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ............................................................................................................ 65
31. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ............................................................................................ 67
RISCOS E SUAS PREVENÇOES .................................................................................................................................... 70
32. RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUAS PREVENÇOES ....................................................................................... 70
33. A PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS ................................................................. 71
34. COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO ......................................................................................................... 74
35. IDENTIFICAÇÃO ...................................................................................................................................... 75
TRABALHO EM ALTURA E ESPECIAIS ......................................................................................................................... 76
36. TRABALHOS EM ALTURA, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS .................................................... 76
37. EQUIPAMENTOS PARA TRABALHO EM ALTURA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA ........................ 76
38. REGRAS GERAIS ...................................................................................................................................... 81
39. MAQUINAS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS ................................................................... 81
PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO .............................................................................................. 83
40. SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA ....................................................................................................... 84
41. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP ............................................................................................... 89
42. ANÁLISE DE RISCOS ................................................................................................................................ 93
43. INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL E EQUIPAMENTO .................................................... 98
44. DOCUMENTAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................. 99
45. IMPORTÂNCIA DA BOA ILUMINAÇÃO .................................................................................................. 102
46. TRABALHOS NOTURNOS (SEP) ............................................................................................................. 103
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ......................................................................................................................... 103
47. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO ............................................................................... 103
48. ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ....................................................................... 105
49. FERRAMENTAS MANUAIS COM ISOLAMENTO ELÉTRICO .................................................................... 107
50. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL....................................................................................... 108
51. POSTURA .............................................................................................................................................. 120
52. SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO ...................................................................... 121
SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ................................ 123
53. NR- 11 ................................................................................................................................................... 123
54. NR 18 - CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ...... 123
55. NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ........................................... 124
TÉCNICAS DE REMOÇÃO .......................................................................................................................................... 132
56. MAL DA SUSPENSÃO INERTE ................................................................................................................ 133
57. RESGATE EM ESCADA ........................................................................................................................... 134
58. RESGATES EM TRABALHO SUBTERRÂNEO ........................................................................................... 135
59. RESGATE EM TORRE DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 137
60. TÉCNICAS ESPECÍFICAS ......................................................................................................................... 140
ACIDENTES TÍPICOS ................................................................................................................................................. 147
61. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 147
62. ACIDENTES ........................................................................................................................................... 148
63. A TAREFA DE TROCA DA REDE SECUNDÁRIA ....................................................................................... 150
RESPONSABILIDADES .............................................................................................................................................. 151
64. RESPONSABILIDADE DAS NORMAS ...................................................................................................... 151
65. RESPONSABILIDADE DOS CONTRATANTES .......................................................................................... 152
66. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA ....................................................................................................... 152
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA

1. INTRODUÇÃO
Quando falamos no setor elétrico, referimo-nos normalmente ao Sistema Elétrico de Potência (SEP), definido
como o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinadas à geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica, inclusive até a medição.

2. ASPECTOS ORGANIZACIONAIS
No Brasil, de acordo com a Constituição Federal, o Poder de regulamentação e fiscalização da geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica é federal. Deste modo, as concessões são de responsabilidade do
Ministério de Minas e Energia (MME).

Ao mesmo tempo que, a regulação e a fiscalização são exercidas pela ANEEL - Agência Nacional do Setor Elétrico.

Além da agência reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros organismos
também importantes e vitais para a adequada coordenação da expansão e operação do
sistema, são elas:

ONS: Operador Nacional do Sistema, este órgão fica encarregado de planejar e coordenar a
operação elétrica e energética de todo o sistema brasileiro.

EPE: Empresa de Pesquisa Energética, responsável por planejar a expansão dos sistemas
elétrico e energético.

CCEE: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, incumbido pela tarefa de realizar


contratos de compra e venda de energia e pela contabilidade da energia fornecida ou
recebida pelos geradores, distribuidores, consumidores livres e comercializadores.

3. SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA

Esse mesmo sistema de Geração de Energia engloba uma usina geradora


e a sua respectiva subestação elevadora.

Partindo dessa premissa, o Sistema de Transmissão de Energia é


definido pelo transporte de energia entre a estação de geração até os
centros consumidores.

4. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Já o Sistema de Distribuição é responsável pela distribuição até a medição, incluindo o fornecimento de energia
aos consumidores industriais, comerciais, urbanos e rurais. Em detrimento disso, a diferença entre os níveis de
distribuição está na tensão em que são atendidos esses consumidores, em função de sua demanda.
5. FONTE DE ENERGIA
As fontes de energia são recursos naturais ou artificiais utilizados pela sociedade para produção de algum tipo de
energia. A energia, por sua vez, é utilizada para propiciar o deslocamento de veículos, gerar calor ou produzir
eletricidade para os mais diversos fins.

As fontes de energia também possuem relação com questões ambientais, pois, dependendo das formas de
utilização dos recursos energéticos, graves impactos sobre a natureza podem ser ocasionados.

Conforme a capacidade natural de reposição de recursos, as fontes de energia podem ser classificadas em
renováveis e não renováveis.

No Brasil, a maior parcela de geração de energia e hídrica, a energia potencial de uma queda d'água é usada para
acionar turbinas que, por sua vez, acionam geradores elétricos.

Em geral, as quedas d'água são artificialmente construídas - conhecidas como barragens - formando extensos
reservatórios necessários para garantir o suprimento em períodos de pouca chuva.

A implantação de quedas D’água não são um método totalmente


inofensivo para o ambiente. Devido ao fato de que os reservatórios
ocupam áreas enormes, porém este problema é consideravelmente
menor que os anteriores.

Dessa maneira se torna evidente que a disponibilidade é totalmente


dependente dos recursos hídricos de cada região.

E devido a isto no Brasil, por exemplo, a energia hidroelétrica


representa a maior parcela da energia gerada.

Geração Hídrica

Na imagem a seguir, temos a usina hidroelétrica de Itaipu, A capacidade instalada (potência) da Itaipu é de 14
gigawatts (GW). São 20 unidades geradoras de 700 megawatts (MW) cada.
Em um ano hidrológico castigado pela seca, com uma afluência média de aproximadamente 7.900 m3/s, a pior do
histórico de 1983 até hoje, a usina de Itaipu gerou, em 2020, um total de 76,38 milhões MWh.

Em 2019, a Itaipu produziu 79.444.510 megawatts-hora (MWh).

O volume produzido nos dois primeiros meses de 2018, de acordo com o texto, é 4,7% maior quando comparado
ao mesmo período de 2016 (ano do recorde mundial de Itaipu), quando foram gerados 17.236.382 MWh. É
também 6,5% maior em comparação com janeiro e fevereiro de 2017, quando Itaipu produziu 16.955.185 MWh.

Geração Térmica

A energia térmica que se transforma em calor é resultante da queima de algum combustível, seja ele derivado de
petróleo como é o caso do óleo combustível, gás natural e o carvão, lembrando também da madeira e dos
resíduos como bagaços, etc.

A energia térmica que se transforma em calor é resultante da queima


de algum combustível, seja ele derivado de petróleo como é o caso
do óleo combustível, gás natural e o carvão, lembrando também da
madeira e dos resíduos como bagaços, etc.

Para gerar este tipo de energia, as instalações usam basicamente


caldeiras que geram o vapor, acionam turbinas e geradores ou,
ainda, máquinas térmicas como motores a diesel e turbinas a gás.

No aspecto ecológico a energia térmica apresenta alguns problemas, dentre eles a queima de combustíveis que
joga na atmosfera poluentes variados como o enxofre e o dióxido de carbono, sendo este responsável pelo já
preocupante efeito estufa (aquecimento global).

Exemplo de Geração Térmica


Movimento
Pistão Cilindro
Manivela
Roda

Caldera

Correia
Água
Vapor

Calor
Eletricidade

Combustível
Gerador

Na imagem acima, temos um esquema simplificado de um conjunto de gerador a vapor.

Em uma termoelétrica a vapor o sistema é bem mais complexo.

Sua complexidade se dá pelo fato de que o sistema de geração de vapor é selado, com o objetivo de não haver
desperdício de água e nem de produtos químicos, pois a reutilização dessa água será usada para a geração de vapor.

Geração Nuclear

A Usina Nuclear é uma instalação industrial que tem por finalidade produzir energia elétrica a partir de reações
nucleares. As reações nucleares de elementos radioativos produzem uma grande quantidade de energia térmica.

As reações nucleares de elementos radioativos produzem uma grande quantidade de energia térmica.

Geralmente, as usinas nucleares são construídas por um envoltório de contenção feito de ferro armado, concreto
e aço, com a finalidade de proteger o reator nuclear, evitando dessa forma a emissão de radiações para o meio
ambiente.

O elemento mais utilizado para a produção dessa energia é o urânio.

Fases de uma Usina Nuclear

Uma usina nuclear é formada basicamente por três fases, a primária, a secundária e a de refrigeração.

Inicialmente, o urânio é colocado no vaso de pressão. Com a fissão, há a produção de energia térmica.

Durante o sistema primário, a água é utilizada para resfriar o núcleo do reator nuclear.
No sistema secundário, a água aquecida pelo sistema primário transforma-se em vapor de água, em um sistema
chamado gerador de vapor e dessa forma o vapor produzido no sistema secundário é aproveitado para movimentar
a turbina de um gerador elétrico.

O vapor de água produzido no sistema secundário é então transformado em água através de um sistema de
condensação, ou seja, através de um condensador que, por sua vez, é resfriado por um sistema de refrigeração de
água.

Esse sistema bombeia água do mar, que é água fria, através de circuitos de resfriamento que ficam dentro do
condensador.

Por fim, a energia que é gerada através de todo o processo de fissão nuclear chega às residências por meio de redes
de distribuição de energia elétrica.

Exemplo de Geração Nuclear

ENVOLTÓRIO DE CONTENÇÃO
DIAGRAMA ESQUEMÁTICO
DE UMA CENTRAL
NUCLEAR PWR

TURBINA GERADOR ELÉTRICO

CONDENSADOR BOMBA

CIRCUITO PRIMÁRIO
BOMBA DE MAR
CIRCUITO SECUNDÁRIO
ALIMENTAÇÃO
SISTEMA DE ÁGUA DE
REFRIGERAÇÃO

TANQUE DE ÁGUA DE
ALIMENTAÇÃO

Geração Eólica

Energia eólica é a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre
por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de
turbinas eólicas – também denominados aero geradores que possibilitam a geração de eletricidade.
A energia eólica é utilizada há milhares de anos no bombeamento d'água, moagem de grãos e outras aplicações
que envolvem energia mecânica.

A geração eólica ocorre pelo contato do vento com as pás do


cata-vento. Ao girar, essas pás dão origem à energia
mecânica que aciona o rotor do aerogerador e produzem a
eletricidade.

A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica


pública foi implantada na Dinamarca, em 1976. Hoje, existem
milhares de turbinas eólicas em operação em todo o mundo.

O desenvolvimento tecnológico recente – principalmente no


que diz respeito à melhoria dos sistemas de transmissão, da
aerodinâmica e das estratégias de controle e operação das turbinas – têm reduzido custos e melhorado o
desempenho e a confiabilidade dos equipamentos.

O Brasil é um país favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma presença duas vezes superior à
média mundial e por uma volatilidade de apenas 5%, o que dá maior previsibilidade ao volume de energia a ser
produzido.

Além disso, como a velocidade costuma ser maior em períodos de estiagem (tempo seco), é possível operar usinas
eólicas em conjunto com usinas hidrelétricas, de forma a preservar a água dos reservatórios em períodos de
poucas chuvas.

Componentes de uma Eólica

1. Pás;
2. Nacele;
3. Multiplicador de velocidade;
4. Acoplamento elástico;
5. Sensores de vento;
6. Rotor;
7. Gerador elétrico;
8. Sistema de freio a disco;
9. Torre de sustentação;
10. Controle de giro;
11. Sistema de controle;
12. Sistema de freio aerodinâmico.

Torre
A torre é o elemento encarregado de unir o aero gerador ao solo, assim como de aguentar
o peso de todo seu conjunto (até 60 T).

A eletricidade produzida pelo gerador desce através dos cabos, situados no interior da
torre, sendo convertida à rede elétrica por meio de um transformador.

Pás

As pás são elementos do aero gerador que são encarregadas de transmitir a energia
cinética ou de velocidade conduzida pelo vento ao eixo do rotor.

Elas são geralmente fabricadas com fibra de vidro, e seu perfil deve ser altamente
aerodinâmico (experimenta baixa resistência em sua passagem através de um
fluido), neste caso o vento.

O peso das pás é um dos fatores mais importantes na escolha de um aero gerador,
já que o custo do conjunto é diretamente proporcional ao aumento de tal peso.

Elas são geralmente fabricadas com fibra de vidro, e seu perfil deve ser altamente
aerodinâmico (experimenta baixa resistência em sua passagem através de um
fluido), neste caso o vento.

O peso das pás é um dos fatores mais importantes na escolha de um aero gerador, já que o custo do conjunto é
diretamente proporcional ao aumento de tal peso.

Cubo

O cubo é um suporte de aço, montado sobre o eixo do rotor, encarregado de unir todas as pás de um aero gerador.

Quadro e Coroa de Orientação

O quadro ou gôndola é a estrutura onde se situam alguns dos elementos do aero gerador, como o multiplicador de
velocidade, gerador elétrico, e o sistema de controle.

É uma estrutura montada sobre o eixo do rotor, ficando fora dela as pás e o cubo, embora este último também se
encontre situado sobre tal eixo.

A coroa de orientação une o quadro á torre, permitindo a orientação do rotor caso necessário.

Multiplicador de Velocidade

O multiplicador é um elemento situado no interior do quadro, cuja missão é precisamente a de aumentar a


velocidade de giro com a finalidade de poder acionar um gerador elétrico.

A velocidade de giro do rotor por si só não é suficiente para fazer o alternador girar, já que costuma ser inferior
200rpm.
Portanto, é necessário uma serie de engrenagens para se obter uma elevada velocidade angular de saída (da ordem
de milhares de rpm) para vencer o par oposto pelo gerador.

Gerador

O gerador ou alternador é o elemento que transforma a energia mecânica de rotação existente no eixo de alta
velocidade, em energia elétrica, baseando-se no princípio da indução eletromagnética de Faraday e na lei da força
magnética de Laplace. ((A lei de Laplace consiste numa lei física que descreve a força que atua sobre um elemento
(diferencial de comprimento) de uma linha de corrente elétrica de intensidade I, situada num campo de indução
magnética).

Sistemas de Regulação e Controle

Geralmente, entre as funções mais importantes efetuadas por este sistema (que podem mudar dependendo do
tipo de aero gerador), encontram-se:

- Regular a posição do quadro.


- Regular a posição das pás
- Controlar o estado dos vários componentes do aero gerador. - Controlar a velocidade de rotação do
eixo do rotor. - Controlar o par motor desenvolvido no eixo do rotor - Dirigir os freios.
- Preparar a arranque do aero gerador.
- Acionar os diferentes sistemas de proteção.

Gerador assíncrono: É aquele de elevada robustez e a simplicidade de seus elementos fazem com que os geradores
sejam os mais utilizados em qualquer aplicação industrial.

Gerador síncrono: Ele é pouco utilizado no campo da energia eólica.

Geração Solar

A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol que pode ser captada com painéis solares.

A energia solar chega ao planeta nas formas térmica e luminosa.

Sua irradiação na superfície da Terra é suficiente para atender milhares de vezes o consumo mundial de energia.

Essa radiação, porém, não atinge de maneira igual toda a crosta terrestre. Depende da latitude, da estação do ano
e de condições atmosféricas como a nebulosidade e umidade relativa do ar.

Em detrimento disso, a produção de eletricidade a partir da energia solar vem crescendo nos últimos anos, e tem
ganhado projeção com o desenvolvimento do micro e da mini geração.

Tradicionalmente, o mais popular é o uso da energia solar para a obtenção de energia térmica.

Esta aplicação destina-se a atender setores diversos, que vão da indústria, em processos que requerem
temperaturas elevadas (por exemplo, secagem de grãos na agricultura) ao residencial, para aquecimento de água.
Outra tendência é a utilização da energia solar para a obtenção conjunta de calor e eletricidade.

Para isto o Brasil é privilegiado, pois em termos de radiação solar, em especial o Nordeste brasileiro, apresenta
radiação comparável às melhores regiões do mundo nessa variável. O que, porém, não ocorre em localidades mais
distantes da linha do Equador, como as regiões Sul e Sudeste.
Exemplo de Geração Solar

Este tipo de instalação possui mecanismos de movimentação dos painéis solares de modo a aproveitar o máximo de
exposição solar e proporcionar o aumento do rendimento de geração.

Componentes do Painel Solar

Moldura de Alumínio
Vidro especial
Encapsulante - EVA
Células fotovoltaicas
Encapsulante - EVA
Backsheet
Caixa de Junção

Componentes do Painel Solar

Molduras do Painel Solar de Alumínio Anodizado (Frame do Painel Solar)

Ao redor de um painel é adicionada uma moldura de alumínio anodizado especialmente desenvolvida para adicionar
robustez ao painel solar e garantir a sua integridade nas mais adversas situações.

Ela serve tanto para proteger o painel na hora da instalação como para assegurar que o painel solar não "torça"
causando trinca nas células.

Por isso é muito importante que se observe a espessura da moldura que não deve ser menor que 4 centímetros e
ter a garantia de que ela foi anodizada para que os seus painéis durem por muito tempo.

O frame do painel solar representa aproximadamente 8% do custo dele.

Vidro Fotovoltaico (Vidro especial para a fabricação do painel solar)

O vidro utilizado na fabricação de um painel solar não é um vidro comum.


Ele é um vidro especial ultra puro com baixo teor de ferro, desenvolvido especialmente para refletir menos e deixar
o máximo de luz passar através dele.

Trata-se de um vidro temperado especial de 3.2mm ou 4mm revestido com uma substância antirreflexiva.

Os painéis com vidros de boa qualidade vão resistir as mais fortes chuvas de granizo.

Este vidro especial representa aproximadamente 10% do custo de fabricação do painel solar.

Filme Encapsulante para o Painel Solar – EVA

O Filme Encapsulante para o Painel Solar, tradicionalmente conhecido como EVA, que corresponde à acetato-vinilo
de etileno (que deriva do inglês: Ethylene Vinyl Acetat), é um material selante de cura rápida especificamente
projetado para os painéis fotovoltaicos.

Ele protege as células fotovoltaicas contra o envelhecimento causado por raios UV, temperaturas extremas e
umidade, assegurando que o máximo luz visível atinja as células solares.

Backsheet (Material plástico branco que vai na parte de trás do painel solar)

Este material é um filme branco que vai na parte de trás do painel solar é chamado de Backseet.

A função principal da Backsheet é proteger os componentes internos do painel solar, especificamente as células
fotovoltaicas bem como agir como um isolante elétrico.

Elas têm uma composição robusta sendo composta por 3 camadas, possuindo a aparência de um "filme branco de
plástico grosso".

A Backheet representa aproximadamente 8% do custo de fabricação do painel solar.

Células Fotovoltaicas

A célula fotovoltaica é a "vida" do seu painel solar, é ela que através de uma reação físico-química transforma a luz
do sol em energia elétrica.

Esta célula representa aproximadamente 60% do custo de um painel solar.

Além do que são muito finas com aproximadamente 185 mícrons de espessura (menos de 2mm).

Também são feitas a partir de uma "fatia" de cristal de silício ultra puro e precisam ser manuseadas com extremo
cuidado pois trincam com muita facilidade.

O processo de fabricação do painel solar descrito no passo a passo foi desenvolvido para proteger as células e fazer
com que o seu painel solar produza energia por décadas.

Caixa de Junção

- A caixa de junção é uma parte muito importante do painel solar.


- Esta caixa de junção é um "gabinete" que fica na parte de trás do painel solar onde as strings (células
fotovoltaicas interconectadas em série) estão conectados eletricamente.
- Ela fica grudada/colada na parte de trás do painel solar com adesivo de silicone ou uma fita dupla-face
especial.
- Apresentando dentro diodos de by-pass que vão garantir a segurança e o bom funcionamento do painel
solar.
- Estas caixas de junção já vêm com os cabos e conectores especiais (tradicionalmente se utiliza os
conectores MC4 ou MC3), que são utilizados para interconectar os painéis solares quando instalados em
seu telhado.
- A caixa de junção representa aproximadamente 6% do custo de fabricação do painel solar.

Geração Biomassa

Transformar a Biomassa em Energia

Existem quatro formas de transformar a biomassa em energia, como exemplo temos:

Pirólise: através dessa técnica, a biomassa é exposta a temperaturas extremas sem a presença de oxigênio, visando
o acelerar da decomposição da mesma.

O que sobra dessa decomposição é uma mistura dee gases, líquidos (óleos vegetais) e sólidos (carvão vegetal).

Gasificação

Assim como na pirólise, aqui a biomassa também é exaltada na ausência do oxigênio, originando como produto final
um gás inflamável.

Esse gás ainda pode ser filtrado, com a pretensão de remoção de alguns componentes químicos residuais.

A diferença básica em relação à pirólise é o fato de a gaseificação exigir menor temperatura e resultar apenas em
gás.

Combustão

Aqui a queima da biomassa é realizada a altas temperaturas na presença abundante de oxigênio, produzindo vapor
a alta pressão.

Esse vapor geralmente é usado em caldeiras ou para mover turbinas.

Esse tipo de queimada é uma das formas mais comuns hoje em dia e sua eficiência energética situa-se na faixa de
20 a 25%.

Co-combustão

Essa prática propõe a substituição de parte do carvão mineral utilizado em urnas termoelétricas por biomassa.

Dessa forma, reduz-se significativamente a emissão de poluentes.

A faixa de desempenho da biomassa encontra-se entre 30 e 37%, sendo por isso uma escolha bem atrativa e
econômica atualmente.

Exemplo de Geração Biomassa


DA PALHA À TOMADA
Parte da energia
é utilizada pela
QUEIMA DO BAGAÇO GERA
própria usina, e
ENERGIA PARA USAR E VENDAR o excedente
pode ser

PRODUÇÃO DE ETANOL GERADOR


VA O vapor d’água
PRODUÇÃO DE AÇUCAR PO produzido na
caldeira gira uma
turbina, e um
CANA-DE-AÇUCAR
gerador acoplado
converte energia
CALDO
mecânica em
Caldeira
elétrica

O que sobra da
cana é o bagaço,
resíduo industrial
A cana-de-açúcar
transportado até
colhida segue para
caldeiras que
moendas, que
realizam sua
extraem o caldo
queima.
para produção de
etanol.

Energia marítima

A água é o recurso natural mais abundante do planeta. É uma


energia renovável e também uma das poucas fontes para
produção de energia que não contribui para o aquecimento
global.

A eletricidade gerada pode ser obtida a partir da energia


cinética (do movimento) produzida pelo movimento das águas
ou pela energia derivada da diferença do nível do mar entre as
marés alta e baixa.

A este tipo de energia, damos o nome de energia maremotriz.

A maremotriz é o modo de geração de eletricidade por meio da utilização da energia contida no movimento de
massas de água devido às marés.

Existem dois tipos de energia maremotriz que podem ser obtidas: A energia cinética das correntes devido às marés.

E a energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.

Energia Hidráulica
Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes
dos centros consumidores.

No caso predominante do Brasil, a geração de energia é hídrica, onde


a própria natureza impõe os locais onde sejam viáveis as construções
das barragens.

Consequentemente é comum as usinas geradoras serem construídas


distantes dos grandes centros até centenas ou milhares de
quilômetros. Assim, são necessários meios eficientes para transmitir esta energia.

Os níveis de tensão da energia gerada nas usinas, deve ser levado pelas linhas que interligam os centros geradores
aos centos consumidores.

6. REDE DE TRANSMISSÃO
A rede de transmissão liga as grandes usinas de geração às áreas de
grande consumo.

Em geral apenas poucos consumidores com um alto consumo de


energia elétrica são conectados às redes de transmissão, onde
predomina a estrutura de linhas aéreas.

A segurança é um aspecto fundamental para as redes de transmissão,


pois qualquer falta neste nível pode levar a descontinuidade de
suprimento para um grande número de consumidores.

A energia elétrica é permanentemente monitorada e gerenciada por um centro de controle.

Basicamente o nível de tensão depende do país, mas normalmente este nível fica estabelecido entre 220 kV e 765
kV.

Toda energia produzida nas hidrelétricas é transmitida através de cabos (linhas de transmissão), que são
sustentados por estruturas metálicas em forma de torre. Nesse processo de transmissão de energia, as linhas de
transmissão são os elementos mais visíveis do sistema.

Estruturas de concreto, metálicas com perfis de aço ou postes de aço podem ser utilizadas para construir uma linha
de transmissão. A escolha depende de vários fatores:

- Espaçamento máximo e mínimo entre fases;


- Configuração dos isoladores;
- Ângulo de proteção do cabo para-raios;
- Distâncias elétricas mínimas entre os pares energizados e a torres;
- Flecha dos condutores; - Número de circuitos; - Altura de segurança.

Inovação na Transmissão

No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é constituído basicamente pelos
geradores, estações de elevação de tensão, linhas de transmissão, estações seccionadoras e estações
transformadoras abaixadoras.

Para a transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma, com a diferença apenas pela
presença das estações conversoras junto à subestação elevadora (para retificação da corrente) e junto à subestação
abaixadora (para inversão da corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de
seccionamento.
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente alternada,
enquanto que as estações conversoras apresentam custo elevado.

Portanto, a transmissão em corrente contínua apresenta-se vantajosa na interligação de sistemas com frequências
diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias.

Sob o ponto de vista físico e elétrico, as linhas de transmissão e de subtransmissão se confundem, porém, os métodos
de cálculo são os mesmos.

Em algumas empresas as linhas de subtransmissão ficam sujeitas aos seus departamentos de distribuição, que as
planejam, projetam, constroem e operam.

Em outras empresas elas estão a cargo dos departamentos encarregados das linhas e subestações.

Rede de Subtransmissão

A rede de subtransmissão recebe energia da rede de transmissão com objetivo de transportar energia elétrica a
pequenas cidades ou importantes consumidores industriais.

O nível de tensão está entre 35 kV e 160 kV.

Assim em geral, o arranjo das redes de subtransmissão é em anel para aumentar a segurança do sistema.

A estrutura dessas redes normalmente funciona em linhas aéreas, podendo também fazer parte dessa rede cabos
subterrâneos que ficam próximos aos centros urbanos.

A permissão para novas linhas aéreas está cada vez mais demorada devido ao grande número de estudos de
impacto ambiental e oposição social, e como resultado, é cada vez mais difícil e caro para as redes de
subtransmissão alcançar áreas de alta densidade populacional.

Os sistemas de proteção são do mesmo tipo daqueles usados para as redes de transmissão e o controle é regional.

7. REDES DE DISTRIBUIÇÃO
As redes de distribuição alimentam consumidores industriais de médio e pequeno porte, assim como consumidores
comerciais e de serviços e também consumidores residenciais.

Alta tensão de distribuição (AT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou superior a 69kV e inferior a 230kV.

Média tensão de distribuição (MT): É a tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1kV e inferior a 69kV.

Baixa tensão de distribuição (BT): tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV.

8. SUBESTAÇÕES

Uma subestação é um conjunto de equipamentos


elétricos de manobras ou transformação usados para
conduzir o fluxo de energia em um sistema de potência,
possibilitando suas manobras através de circuitos e
possuindo dispositivos de proteção que são capazes de
detectar falhas e também dispositivos de seccionamento
para efetuar a interrupção imediata.
Uma subestação pode ser classificada:

- quanto à função;
- quanto ao nível de tensão; - quanto ao tipo de instalação; - quanto à forma de operação.

SUBESTAÇÕES ELEVADORAS:

- Localizadas na saída das usinas geradoras;


- Elevam a tensão para níveis de transmissão e subtransmissão (transporte econômico da energia).

SUBESTAÇÕES ABAIXADORAS:

- Localizadas na periferia das cidades;


- Diminuem os níveis de tensão evitando inconvenientes para a população;

Como:

- rádio interferência;
- campos magnéticos intensos;
- faixas de passagem muito largas;

SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO:

- Diminuem a tensão para o nível de distribuição primária; - Podem pertencer à concessionária


ou a grandes consumidores.

SUBESTAÇÕES DE MANOBRA:

- Responsáveis pelo chaveamento de linhas de transmissão.

SUBESTAÇÕES CONVERSORAS:

- Associadas a sistemas de transmissão em CC (SE Retificadora e SE Inversora).

SUBESTAÇÕES DE ALTA TENSÃO (AT):

- Tensão nominal abaixo de 230 kV.


-

SUBESTAÇÕES DE EXTRA ALTA TENSÃO (EAT):

- Tensão nominal acima de 230 kV;


- São necessários estudos complementares considerando o Efeito Corona.

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE INSTALAÇÃO:

SUBESTAÇÕES A CÉU ABERTO:

- Construídas em locais amplos ao ar livre;


- Requerem emprego de aparelhos e máquinas próprias para funcionamento em condições atmosféricas
adversas (chuva, vento, poluição, etc.).

SUBESTAÇÕES EM INTERIORES:

- Construídas em locais abrigados;


- Os equipamentos são colocados no interior de construções não estando sujeitos a intempéries.

SUBESTAÇÕES BLINDADAS:

- Construídas em locais abrigados;


- Os equipamentos são completamente protegidos e isolados em óleo, com material sólido, ou em gás (ar
comprimido ou SF 6).

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA DE OPERAÇÃO:

SUBESTAÇÕES COM OPERADOR:

- Exige alto nível de treinamento de pessoal;


- Uso de computadores na supervisão e operação local só se justifica para instalações de maior porte.

SUBESTAÇÕES SEMI-AUTOMÁTICAS:

- Possuem computadores locais ou intertravamentos eletromecânicos que impedem operações indevidas


por parte do operador local.

SUBESTAÇÕES AUTOMATIZADAS:

- São supervisionadas à distância por intermédio de computadores.

COMPOSIÇÃO

Normalmente têm em sua composição básica os seguintes equipamentos:

- Transformadores de força;
- Transformadores de medição e proteção;
- Disjuntores;
- Religadores;
- Seccionadoras;
- Compensadores de reativo; - Equipamentos de proteção; - Sistema de medição e controle.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

9. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Disjuntores

Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor automático, destinado a


proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por curto-circuito e sobrecargas
elétricas.

A sua função básica é a de detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendoa
imediatamente antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica
protegida.
Disjuntores a Sopro Magnético

Usados em média tensão até 24kV, principalmente montados em cubículos

Nesse tipo de disjuntor os contatos abrem-se no ar, empurrando o arco voltaico


para dentro das câmaras de extinção, onde ocorre a interrupção do mesmo.

Disjuntores a Óleo

Os disjuntores de grande volume de óleo (GVO) são empregados em média e alta tensão até 230kV, eles têm grande
capacidade de ruptura em curto-circuito.
Disjuntor a Vácuo

Os disjuntores a vácuo apresentam algumas características, a exemplo:

- Ausência de meio extintor gasoso ou líquido,


- Apresentando excelentes propriedades dielétricas, portanto
a extinção do arco será de forma mais rápida;
- A erosão de contato é mínima devido à curta duração do
arco;
- Podem fazer religamentos automáticos múltiplos;
- Assim como possui grande relação de capacidade de ruptura,
capacidade de interrupção de 25kiloAmperes e com correntes
de 630 a 2000Amperes.

Disjuntores a Ar Comprimido

As suas características de rapidez de operação (abertura e fechamento) em


conjunto a boas propriedades extintoras e isolantes do ar comprimido e a
segurança de um meio extintor não inflamável, garantem uma posição de
destaque a estes disjuntores nos níveis de alta tensão.

Têm como desvantagem o alto custo do sistema de geração de ar


comprimido e uso de silenciadores quando instalados próximos a
residências.

Disjuntores a Sf6 (Hexafluoreto de Enxofre)

O SH6 é um tipo de gás incolor, inodoro e não combustível.

Em condições normais é quimicamente estável e inerte.

No seu estado puro é absolutamente não tóxico e não causa corrosão.

As principais razões que o faz ser utilizado em equipamento de alta tensão são:

- Ser um excelente meio isolante;


- Possuir boas características para interrupção da corrente elétrica.
Extinção do arco

O gás é produzido durante a operação de abertura do disjuntor através de um pistão solidário a haste do contato
móvel, que, ao movimentar-se comprime o gás dentro de uma câmara, extinguindo assim o arco elétrico e fazendo
a abertura do mesmo.

Os disjuntores a SF6, tal como os disjuntores a ar comprimido, tem como características requererem menores
frequências de manutenção do que os disjuntores a óleo.

No momento, os disjuntores mais utilizados em extra/alta tensão são os que possuem o ar comprimido e o SF6 como
meio de extinção.

Esta posição de liderança se deve principalmente à sua rapidez de atuação (dois ciclos) e à alta capacidade de
recuperação dielétrica do meio de extinção.

Os disjuntores a SF6 estão tomando posição de destaque nas aplicações nos sistemas de potência devido à
experiência operacional bem-sucedida.

Nas tensões de 138, 230s, 326, 550 e 800 kilo Volts é onde esses disjuntores encontram as maiores aplicações.

É importante enfatizar que a característica de eletronegatividade do SF6 favorece a ocorrência de uma rápida
recuperação dielétrica, reduzindo a possibilidade de restabelecimento do arco. Devido a esta característica,
disjuntores a SF6 são os mais indicados para abertura de linhas em vazio em alta e extra-alta tensão.

Na manobra de bancos de capacitores, onde a característica do disjuntor pode ser muito baixa a probabilidade de
restabelecimento é muito importante, por isso esse tipo de disjuntor também tem sido recomendado.

Dispositivo a corrente de fuga


Este tipo de dispositivo é conhecido como DR de Diferencial Residual.

Esse dispositivo tem por finalidade seccionar a energia elétrica que alimenta
determinado circuito, na ocorrência de uma corrente de fuga que exceda
determinado valor, sua atuação deve ser rápida, menor do que 0,2 segundos. (se lê
‘’zero virgula dois segundos’’).

Disjuntor Diferencial Residual (DR)

O DR é constituído por um transformador de corrente toróidal, é um disparador e o


mecanismo de seccionamento dos contatos. Por este transformador de corrente
passam os condutores fase e neutro da instalação elétrica do circuito a ser protegido.

Este transformador de corrente é quem detecta o aparecimento da corrente de fuga


através do desequilíbrio da corrente (1ª lei de Kirchoff). (se ler kirchofer)

Importante lembrar que em uma instalação sem defeitos, a somatória das correntes
no primário do transformador de corrente é nula.

Em caso de uma fuga de corrente à terra, pelo motivo que for, o dispositivo verifica
esta fuga e atua no disparador, comportando-se como o mecanismo de seccionamento dos contatos.

Esquema de um DR

O funcionamento do DR é bem simples, em seu núcleo toróidal ela permanece enrolada a duas boninas (DR
monofásico), sendo que cada uma fica inversa a outra para que o campo de energia gerado seja nulo.

Assim quando houver um desiquilíbrio de correntes surgirá uma corrente na bobina do rele acionando-o e
desligando o circuito.
Botão
10. ON/OFF
CHAVES
FUSÍVEIS
Botão de teste Normalmente
os Relé de sistemas de
detecção distribuição
Bobina de detecção primários,
sejam Toro eles aéreos,
trifásicos magnético ou aterrados,
bem como
constituídos
por Resistência de condutores
nus, têm teste Bobina do neutro os seus
sistemas de proteção
de
Resistência de
teste

Carga

sobrecorrentes constituídos por chavesfusíveis, religadores, relés em conjunto com disjuntores, seccionalizadores
ou chaves seccionadoras automáticas.

Sob o ponto de vista de proteção, a característica mais importante é a corrente de interrupção, que deve ser
especificada com base no valor assimétrico da corrente do maior curto-circuito no ponto de instalação da chave.

E de acordo com sua aplicação as chaves-fusíveis são classificadas em dois tipos: distribuição e força.

Chaves-fusíveis de distribuição

- São identificadas pelas características inerentes aos sistemas de distribuição:


- NBI de sistemas de distribuição (para a classe de tensão 15kV: 95 ou 110kV);
- Mecanicamente, são construídas para montagem em cruzetas;
- Tensões nominais de sistemas de distribuição. No Brasil, as mais comuns são: 11,4kV, 13,2kV, 13,8kV (
estas são consideradas da classe 15kV) e 34,5kV.

Chaves-fusíveis de força
De modo geral, são empregadas em subestações para proteção de
barramentos, transformadores, bancos de capacitores, e "bypass"
de disjuntores.

Possuem Níveis Básicos de Isolação para classes de tensões mais


elevadas (69kV, 138kV, por exemplo), cujos os NBI’s são 350kV e
650kV, respectivamente.

Geralmente, as capacidades de interrupção são superiores às das


chaves-fusíveis de distribuição.

Mecanicamente, são construídas para montagens em estruturas de


subestações.

De maneira geral, as chaves-fusíveis empregadas até 25kV, são ditas de distribuição, acima deste valor, são
consideradas de força, entretanto, essa regra não é rígida.

Geralmente, as capacidades de interrupção são superiores às das chaves-fusíveis de distribuição.

O princípio de funcionamento das chaves se baseia na extinção do arco elétrico, formado dentro do cartucho ou
canela, devido a abertura do circuito após a fusão do elo-fusível.

O arco irá queimar o tubinho e/ou paredes do cartucho, produzindo gases desionizantes como o (CO2, nitrogênio e
etc.), que irão extingui-lo.

Dessa forma baseado na construção, as chaves-fusíveis podem ser do tipo aberta ou fechada:

a) Tipo fechada: O cartucho e as garras estão montados dentro de uma caixa protetora de material isolante.

b) Tipo aberta: O cartucho e as garras não possuem caixa protetora.

Além disso, a expansão destes gases no interior do cartucho, dá origem a uma intensa diferença de pressão interna,
expulsando os mesmos pela parte inferior.

Isto origina um empuxo para cima (princípio da ação e reação), que desconecta o contato superior do cartucho do
contato da chave, fazendo-o girar através de uma junta articulada.

Após a operação da chave, o cartucho fica "pendurado", indicando a operação ("canela arriada"), sinalizando que a
chave tem a propriedade indicadora ou sinalizadora visual.

Os principais componentes de uma chave-fusível tipo expulsão são:

- Elo-fusível (liga de material condutor);


- Cartucho ou canela (tubo de fibra isolante);
- Isolador (porcelana ou resina epóxi);
- Base ou dispositivo de fixação (aço zincado).

É importante observar que este tipo de chave-fusível não deve ser empregado para manobra de circuito com carga,
pois são do tipo "seca", isto é, os seus contatos não possuem meios de interrupção de arco, como é caso do (óleo,
SF6, etc.).

A abertura de circuito com carga leva a um desgaste prematuro dos contatos da chave.
Além disso, pode provocar danos físicos e risco de vida à pessoa que está realizando a operação de abertura,
principalmente nos dias chuvosos.

Isto acontece porque, no momento da abertura, o arco elétrico pode envolver a cruzeta e, estando esta aterrada,
vai originar um curto-circuito do tipo fase-terra, que, por sua vez, poderá produzir tensões de passo elevadas.

Dessa forma, foram desenvolvidos alguns acessórios para essas chaves que, quando instalados, possibilitam, com
segurança, a abertura de circuitos com carga.

Um desses acessórios, bastante utilizado, é o "gancho", próprio para o "load buster".

Lembrando também que pode existir chaves que são equipadas com câmara de extinção de arco.

Habitualmente, o cartucho e o elo-fusível são intercambiáveis, isto é, podem ser substituídos por outros do mesmo
fabricante ou de outros.

Por fim, a instalação da chave na cruzeta, forma um ângulo de aproximadamente 70º (graus), em relação à horizontal
para, através da ação da gravidade, facilitar o giro do cartucho

É importante observar que este tipo de chave-fusível não deve ser empregado para manobra de circuito com carga,
pois são do tipo "seca", isto é, os seus contatos não possuem meios de interrupção de arco, como é caso do (óleo,
SF6, etc.).

11. ELOS-FUSÍVEIS
Os elos-fusíveis são a parte ativa da chave-fusível, ou seja, são os elementos com função sensitiva que detectam a
sobrecorrente e juntamente com o cartucho, interrompem o circuito.

Assim, não necessitam fundir com a corrente de carga do equipamento ou do circuito protegido, mas devem
obedecer às curvas características tempo x corrente fornecidas pelos fabricantes.

Os elos-fusíveis são identificados por sua corrente nominal e pelo seu tipo, devendo ainda aparecer (geralmente no
botão) o nome ou marca do fabricante.

Eles são constituídos das seguintes partes:

- Botão com arruela;


- Elemento fusível; - Tubinho; - Rabicho.
Assim como, são classificados em dois grandes grupos: distribuição e força. a)

De distribuição :

Tipo K - Elos-fusíveis rápidos;

Tipo T - Elos-fusíveis lentos;

Tipo H - Possuem Elos-fusíveis de alto surto (high surge), de ação lenta para surtos de corrente (a corrente
transitória de magnetização de transformador, por exemplo), sendo fabricados somente para pequenas correntes
nominais e geralmente, são usados para proteger transformadores de pequenas potências (até 75 kVA) e pequenos
bancos de capacitores.

As correntes nominais normalmente padronizadas para esses elos-fusíveis são assim distribuídas:

- Valores preferenciais para os tipos K e T: 1, 2, ,5, 6, 10, 15, 25, 40, 65, 100, 140 e 200 Amperes;
- Valores não preferenciais para os tipos K e T: 8, 12, 20, 30, 50 e 80Amperes; -
Valores para os tipos H: 1, 2, 3, 5 Amperes.

Os elos-fusíveis K e T, geralmente admitem correntes 50% acima da nominal, que é uma (corrente admissível).

Por exemplo, o elo de 10K admite uma corrente de 15ª, isto é, permite uma sobrecarga.

b) A outra classificação é a de força e possui:

- Tipo EF - Elos-fusíveis rápidos;


- Tipo ES - Elos-fusíveis lentos.

O funcionamento do elo-fusível, se baseia na fusão do elemento fusível (geralmente de liga de estanho ou prata) por
efeito Joule, quando a corrente passante está superior a corrente admissível.

A maioria dos elos atingem o ponto de fusão em uma temperatura próxima de 230ºC (graus Celsius).

Já para a corrente admissível, o elo trabalha com temperatura em torno de 100ºC (graus Celsius).

Devido ao arco elétrico, em tensões elevadas (classe 15kiloVolts, ou superiores, por exemplo), a fusão do elo
geralmente não interrompe o circuito.

Para interrompe-lo efetivamente, torna-se necessário a extinção do arco, e isso é feito por gases desionizantes
produzidos no interior do cartucho, em consequência da queima do tubinho e/ou das paredes internas do próprio
cartucho.

A energia liberada pelo arco vai depender do tempo, da tensão e da corrente.

Somente se o cartucho não for adequado, dependendo da energia, pode ocorrer explosões ou outros danos
mecânicos.

Os fabricantes de elos-fusíveis fornecem, por bitola, curvas características tempo versus corrente de fusão e
interrupção, que são conhecidas como:

- Curvas de tempos mínimos de fusão;


- Curvas de tempos máximos de
fusão; - Curvas de tempos totais de
interrupção.

As curvas de tempos mínimo e máximo de fusão são determinadas em ensaios de fusão de várias amostras, feitos
com baixa tensão para não haver formação de arco.
Estas mesmas curvas de tempos totais de interrupção, ou tempos máximos de aberturas, são determinadas por
ensaios efetuados sob 15kiloVolts, havendo, portanto, a ocorrência de arco elétrico.
A ABNT postula também que as curvas de tempos totais podem ser obtidas das curvas de tempos máximos de fusão
mediante a adição de tempos de arco (em torno de 10mili segundo).
Portanto, para a coordenação ou seletividade de elos-fusíveis são usadas as curvas de mínimos tempos de fusão e
de máximos tempos totais de interrupção.

12. DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS


O DPS é um dispositivo de proteção contra surtos elétricos, que é essencial para proteger os equipamentos elétricos
e eletrônicos, evitando com que eles queimem.

Quando o surto acontece na rede a tensão é extremamente alta, com uma tensão
tendendo ao infinito, mas passando pelo DPS sua resistência tende a zero e
oferece um caminho com menor oposição à passagem da corrente elétrica,
escoando toda essa energia pelo sistema de aterramento, é desta forma que o
varistor atua dentro do dispositivo de proteção.

É importante entender que o DPS desvia o surto elétrico para o sistema de


aterramento, este desvio ocorre em uma velocidade muito rápida, em uma fração
de segundos, dessa forma o disjuntor não é acionado, pois o tempo não é
suficiente para detectar esta fuga pelo sistema de aterramento, por isso o DPS só funciona com a fase conectado de
um terminal e de terra conectado no outro.

Desta maneira a maior vantagem do varistor é o seu tempo de resposta, que é extremamente rápido.

Quando o surto acontece na rede a tensão é extremamente alta, com uma tensão tendendo ao infinito, mas passando
pelo DPS sua resistência tende a zero e oferece um caminho com menor oposição à passagem da corrente elétrica,
escoando toda essa energia pelo sistema de aterramento, é desta forma que o varistor atua dentro do dispositivo de
proteção.

É importante entender que o DPS desvia o surto elétrico para o sistema de aterramento, este desvio ocorre em uma
velocidade muito rápida, em uma fração de segundos, dessa forma o disjuntor não é acionado, pois o tempo não é
suficiente para detectar esta fuga pelo sistema de aterramento, por isso o DPS só funciona com a fase conectado de
um terminal e de terra conectado no outro.

13. MUFLAS
As muflas elétricas são as terminações nos cabos de alta tensão, aplicadas onde existe uma transição do tipo de
isolamento.
Para que ocorra a exatidão, deve existir uma mufla
em cada ponto de mudança de tipo de isolamento,
mas na maioria das vezes a mufla está em uma
transição de isolamento sólido (ou liquido) para o ar.

O objetivo da mufla é fazer uma transição suave


nos campos elétricos, já que a simples interrupção
do isolamento cria um estresse, conhecido como
(linhas de campo muito densas), que
danificam o isolamento naquela região.

Isso ocorre devido à brusca mudança


de permissividade elétrica, que é muito diferente do isolante sólido para o ar.

Adicionalmente, as muflas são projetadas para fazer também a impermeabilização no ponto de término do
isolamento, para evitar a entrada de umidade, que também pode danificar o cabo naquele ponto.

14. CAPACITORES
Capacitor é um componente eletrônico capaz de armazenar carga elétrica.

Ao ser ligado em uma fonte de tensão, o capacitor possui dois terminais para sua polarização, e dentro do capacitor
os terminais são conectados por placas metálicas, geralmente de alumínio, separados por um material dielétrico.

Banco de Capacitores

Bancos de capacitores são dispositivos dedicados á correção do fator de potência em instalações elétricas industriais.

Dessa forma, eles são construídos a partir da associação de um conjunto de unidades capacitivas.

Os bancos são dimensionados de acordo com as caraterísticas e necessidade das cargas conectadas a eles, para uma
boa correção do fator de potência temos que conhecer bem essas cargas.

Banco de capacitores fixos: esses bancos tem a valor da sua capacitância fixo, normalmente são dedicados a um
circuito ou único equipamento pois são dimensionados para correção do fator de potência em uma condição
singular.

Banco de capacitores programáveis:

Os bancos programáveis recebem a instrução via software para atuar em


determinado período pré-estabelecido.
Banco de capacitores automáticos: nesse tipo de banco os valores da
capacitância podem variar acompanhando a oscilação dos reativos do sistema,
fazendo a correção do valor do fator de potência simultaneamente.

Ensaios de rotinas:

- Estanqueidade;
- Tensão aplicada entre terminais;
- Tensão aplicada entre terminais e caixa;
- Descarga de curto circuito;
- Medição da capacitância;
- Medição do fator de perdas;
- Medição do valor da resistência de descarga.

Outros ensaios:

- Estabilidade térmica;
- Medição do fator de perdas e temperatura elevada; - Tensão residual; - Entre outras.

E por fim ensaios especiais como:

- Durabilidade;
- Sobretensão;
-
Envelhecime
nto.

15. REGULADORES DE TENSÃO


O regulador de tensão é um equipamento instalado em redes de distribuição e subestações que tem por finalidade
a manutenção da tensão de saída de um circuito elétrico, mantendo-a constante, independente da tensão de
entrada.
Na prática cada regulador de tensão
regula sua própria fase nos
sistemas monofásicos e trifásicos.

Assim, teremos ligações que utilizam 2


ou 3 tanques, sendo que este conjunto
é denominado Banco de Reguladores
De Tensão.

Estes mesmos reguladores tem um


funcionamento similar a
um autotransformador, ou seja,
existe, além do acoplamento
magnético entre o primário
e o secundário,
um acoplamento elétrico.

Reguladores de tensão são encontrados em dispositivos como fontes de alimentação variadas, em alternadores
automotivos e centrais de usinas elétricas, nesse último caso o regulador de tensão é utilizado para distribuir uma
tensão constante para todos os clientes.

16. RELÉS DIGITAIS


Relé digitais micro processados foram criados para medição, controle e monitoramento.

Para exemplificação temos os relés de terceira geração.

Com eles é possível integrar medição completa por fase e total de corrente, tensão,
potência, energia e demanda, além de controle de religamento por subtensão ou
subfrequência, controle de banco de capacitores em 2 ou mais estágios, bem como
monitoramento de falhas de disjuntor e falha de TPs.

Com isto, os relés de terceira geração tornam-se uma automação pontual,


concentrando todas as informações vitais daquele alimentador de carga.

17. RELIGADORES
Com o advento dos primeiros sistemas de distribuição de energia elétrica, surgiram os fusíveis para protegê-los
contra sobrecorrentes indesejáveis.

A maior vantagem dos fusíveis é o preço, no entanto, é um barato que pode se tornar caro, principalmente, quando
são empregados na proteção de alimentadores radiais longos, pois, apresentam as seguintes desvantagens:

- Ao fundirem, se faz necessário a ação de uma pessoa para substituí-los, demandando dinheiro e tempo,
prejudicando assim a continuidade do serviço;
- Com o envelhecimento, as suas características de corrente x tempo podem ser alteradas, levando-os à
fusão em valores de correntes inferiores aos admissíveis;
- Não fazem a distinção entre defeitos permanentes e transitórios.
Esta última desvantagem pesa muito, pois, segundo dados estatísticos, a maioria dos curtos-circuitos que ocorrem
num sistema de distribuição aéreo de condutores nus, são de natureza transitória.

As causas típicas são:

- Galhos de árvores que tocam às fases;


- Pequenos animais ao subirem às estruturas;
- Pássaros maiores ao pousarem nas estruturas ou nos condutores;
- Ventanias fortes que levam os condutores a se tocarem;
- Materiais metálicos que são atirados contra a rede;
- Descargas atmosféricas ou surtos de manobra que provocam irrupção nos isoladores; - Outras.

É importante comentar que estas causas são inerentes às redes construídas com condutores nus e aéreos.

Dessa forma hoje, a tendência é a construção de redes de distribuição primárias e secundárias com condutores
isolados.

Com isso, elimina-se boa parte desses problemas, aumenta-se a segurança das pessoas e animais contra choques
elétricos e melhora-se, consideravelmente, a continuidade do fornecimento de energia elétrica.

A partir dos problemas das redes aéreas, constituídas por condutores nus, descritos acima, foi desenvolvido um
equipamento que realiza, automaticamente, uma sequência de desligamentos ou disparos e religamentos, a fim
de testar se o defeito é permanente ou transitório.

Este equipamento, denominado religador, interrompe o circuito quando ocorre um curto-circuito, e religa-o após
um pequeno intervalo de tempo (da ordem de segundos ou menos), proporcionando, com isso, alta probabilidade
de desaparecimento do defeito.

Após o surgimento do religador, foi desenvolvido o seccionalizador, ele conta o número de disparos do religador e
após um certo número de contagem, previamente ajustado, o seccionalizador, abre seus contatos, isolando o
trecho defeituoso.

Basicamente, um religador é constituído por um mecanismo automático projetado para abrir e fechar circuitos em
carga ou em curto-circuito, comandado por relés de sobrecorrente de ação indireta.

Atualmente, os dispositivos sensores e de controle de um religador são microprocessadores dedicados que realizam
as funções 50, 51 e 79 e muito mais.

Eles são chamados religadores microprocessados ou numéricos de multifunção.

Para extinguir os arcos elétricos inerentes às operações de chaveamento de circuitos em carga ou curto-circuito, os
religadores usam mecanismos e meios de interrupção similares aos disjuntores.

Os meios de interrupção mais comuns são: óleo isolante; câmara de vácuo e gás (SF6). Na atualidade, este último é
o mais empregado.

O religador ao sentir uma condição de sobrecorrente, interrompe o circuito, religando-o automaticamente, após um
tempo predeterminado.

Se caso perceber, no momento do religamento, que o defeito ainda persiste, repete a sequência “disparo x
religamento”, até três vezes consecutivas. Após o quarto disparo, o mecanismo de religamento é travado, deixando
aberto o circuito.

A repetição da sequência “disparo x religamento”, permite que o religador teste repetidamente se o defeito
desapareceu, possibilitando diferenciar um defeito transitório de um permanente.
Dessa forma, um religador é projetado para realizar, no máximo, 3 religamentos seguidos por 4 disparos, entretanto,
permite ajuste para trabalhar com 1, 2 ou 3, sendo que, após o último previamente.

Após o quarto disparo, permanecerá aberto até receber o comando de fechamento, local ou remotamente.

Se a falta desaparecer antes do último desligamento, o religador não bloqueará o circuito e, dentro de um certo
intervalo de tempo caracterizado como (tempo de rearme, de resete ou de restabelecimento), da ordem de
segundos, rearmará ou restabelecerá, ficando preparado para realizar novamente a sequência que está ajustado.

Na maioria dos religadores, este tempo é ajustado previamente.

18. SECCIONALIZADORES
Os seccionalizadores são dispositivos projetados para operarem em
conjunto com um religador, ou com um disjuntor comandado por
relés de sobrecorrente dotados da função de religamento (função
79).

Atualmente os sistemas de controle dos seccionalizadores são


digitais ou microprocessados, e que realizam multifunções: como as
de proteção, medição de (correntes, potências, fator de potência,
etc.), registros de eventos como (número de interrupções, tempo de
duração de interrupções, natureza da interrupção, etc.).

Estas informações são colhidas do circuito ao qual estão conectados,


através de redutores de corrente e tensão (TCs e TPs).

Mecanicamente, se comportam como chaves de manobras


automáticas projetadas para aberturas ou fechamentos. Possuem
carga de interrupção de arco: SF6, câmara de vácuo, no local ou
remotamente através de unidades remotas interligadas por sistemas
de comunicação.

Não possuem capacidade de interrupção de correntes de curtos-circuitos, essas interrupções destas correntes são
feitas pelo religador ou disjuntor de retaguarda, comandado por relés com as funções 50, 51

Função de proteção

A função de proteção realizada pelo seccionalizador se desenvolve de forma bastante simples e criativa. Isto é, a
cada vez que o interruptor de retaguarda efetua um disparo ou abertura (desligamento do circuito), interrompendo
a corrente de falta, o seccionalizador “conta” a interrupção; após atingir o número de contagens previamente
ajustado (uma, duas ou, no máximo, três vezes), o seccionalizador abre os seus contatos, sempre com o circuito
desenergizado pelo interruptor de retaguarda, isolando assim, o trecho defeituoso que fica sob sua proteção, do
restante do sistema.
i

icc Icc- corrente de curto -circuito

Ic- corrente de carga


ic
t
1º tempo de 2º tempo de 3º tempo de
religamento do RA religamento do religamento do RA
RA
Seccionalizador

De acordo com o princípio de operação do seccionalizador, deve ficar claro que o seu funcionamento, como
dispositivo de proteção, depende de duas condições básicas:

A segunda responsável pelos dispositivos sensores desses interruptores deverão atuar para todos os curtoscircuitos
na zona de proteção do seccionalizador, comandando, portanto, as aberturas e fechamentos desses interruptores
e, consequentemente, levando o seccionalizador a desenvolver as suas contagens, que, passado o número
previamente ajustado, abrirá seus contatos, isolando o trecho defeituoso.

Se o interruptor ligado à retaguarda do seccionalizador não possuir a função de religamento, este irá funcionar
como uma chave automática de manobra, logo sem a função de proteção, podendo ser aberto ou fechado com
carga, no local ou remotamente.

Deste modo, a abertura dos contatos pode ser feita de duas maneiras: automaticamente, quando o seccionalizador
realiza a função de proteção ou pela a ação do operador, no local ou remotamente, lembrando que uma vez
abertos, só poderão ser fechados através de comando dado pelo operador.

19. TRANSFORMADORES

Um Transformador ou Trafo é um dispositivo destinado a transmitir energia elétrica ou potência elétrica


de um circuito a outro, transformando tensões, correntes e ou modificando os valores das impedâncias
elétricas de um circuito elétrico.

Um transformador é formado basicamente de:


Enrolamento - O enrolamento de um transformador é formado de várias bobinas que em geral são feitas de
cobre eletrolítico e recebem uma camada de verniz sintético como isolante.

Núcleo - esse em geral é feito de um material ferromagnético, é responsável por transferir a corrente induzida
no enrolamento primário para o enrolamento secundário.

Esses dois componentes do transformador são conhecidos como parte ativa, os demais componentes do
transformador fazem parte dos acessórios complementares.

Aspectos Construtivos e Características dos Transformadores Utilizados em Subestações de Energia

Características Comuns:

- Isolar eletricamente dois circuitos;


- Ajustar a tensão de saída de um estágio do sistema à tensão de entrada do estágio seguinte;
- Bobinas de AT e BT com cobre eletrolítico com 99,99% de pureza;
- Núcleo confeccionado em chapas de aço silício de grãos orientados; - Caixa confeccionada em aço
carbono com proteção anticorrosiva.

Características Específicas:

- Secagem da parte ativa em estufa;


- Montagem final, fechamento e enchimento em ambiente controlado;
- Isolação em óleo mineral;
- Ensaios finais com emissão dos respectivos relatórios.

Tipos dos Transformadores Utilizados em Subestações de Energia


Transformadores de Força

Potência: 200MVA a 1000MVA

Tensões: 230kV a 800kV

Transformador com Tap Variável:

Muitos transformadores utilizados em sistemas elétricos de potência possuem uma tomada, denominada tap, para
variar a relação de espiras e, consequentemente, as tensões. A variação usualmente permitida fica entre 10% e
15% do valor nominal de transformação.

Um transformador com tap variável tem a relação entre as espiras variável em relação ao valor nominal para
compensar variações das tensões no sistema.

Essas variações ocorrem principalmente devido às modificações das condições de operação do sistema.

Podendo ser usada como exemplo, cita-se variações de demanda de potência, da topologia do sistema e violação da
capacidade de geração de potência reativa.

Quando a variação do TAP é efetuada com pouca frequência, os transformadores permanecem fixo sob carga.

Nesse caso, a variação do TAP, em relação ao valor nominal, é realizada com o transformador desenergizado.
Esse tipo de transformador é denominado NLTC (No-Load Tap Changing).

Por outro lado, se a necessidade de variar o TAP é mais frequente,


como por exemplo durante as variações de carga no decorrer do dia,
são utilizados transformadores com TAP variável, com chaveamento
sob carga, também denominados LTC (Load Tap Changer) ou OLTC (On-
Load Tap Changing).

Outra denominação para esse tipo de transformador é ULTC (Under-Load Tap Changing), a variação do TAP do LTC
pode ser efetuada de forma manual ou automática.

No caso de manobras automáticas, que podem sofrer comando remoto ou local, a tensão num dos terminais é
comparada a uma referência e o erro é utilizado para gerar um sinal que corrige a posição do TAP.

Outra denominação para esse tipo de transformador é ULTC (Under-Load Tap Changing), a variação do TAP do LTC
pode ser efetuada de forma manual ou automática.

No caso de manobras automáticas, que podem sofrer comando remoto ou local, a tensão num dos terminais é
comparada a uma referência e o erro é utilizado para gerar um sinal que corrige a posição do TAP.

Transformadores de Média Potência

Esses transformadores podem ser utilizados tanto como elevadores em


pch’s, centrais eólicas ou cogeração por biomassa, tanto como
transformadores abaixadores.

Eles são utilizados em subestações que reduzem a tensão das redes de


transmissão, à níveis apropriados à distribuição para grandes centros de
consumo (complexos industriais ou cidades).

E normalmente operam como reguladores – comportando-se como


comutador de tap’s sob carga (OLTC), visando manter a tensão para o
consumidor o mais estável possível.

Referência de utilidades: Potência:

40MVA a 200MVA;

Tensões: 69kV a 138kV.

Pequenos Transformadores de Potência


Podem ser utilizados tanto como elevadores em PCH’s, centrais eólicas ou
cogeração por biomassa, tanto como transformadores abaixadores, em
subestações que reduzem a tensão das redes, de transmissão à níveis
apropriados à distribuição para grandes centros de consumo (complexos
industriais ou cidades).

Referência de utilidades: Potência: 5MVA a 30MVA; Tensões: 69kV a 138kV.

Componentes dos Transformadores Utilizados em Subestações de Energia

São equipamentos cujo princípio básico de funcionamento se dá a partir da conversão de diferentes níveis de tensão
entre a fonte (primário) e a carga conectada (secundário).

Núcleo

São equipamentos cujo princípio básico de funcionamento se dá a partir da conversão de diferentes níveis de tensão
entre a fonte (primário) e a carga conectada (secundário).

Enrolamentos

Definição: São bobinas cilíndricas formadas por condutores de cobre, podendo ser isolados
em papel e envernizados.

Finalidade: No primário, serve para conduzir corrente, criando um fluxo magnético variável
a ser aproveitado pelo secundário pela lei de Faraday-Lenz.
Tanque Principal

Definição: A sua carcaça é feita em aço carbono.

E tem como finalidade: Além da proteção mecânica da parte


ativa, serve literalmente como tanque a ser preenchido pelo
óleo isolante.

Tanque de Expansão

Definição: é um Tanque reserva para armazenamento


temporário do óleo isolante.

Com a finalidade de permitir a expansão do volume de óleo do


transformador, por conta das variações de temperatura a que
o equipamento é submetido.

Óleo Mineral Isolante

Definição: O óleo mineral é um produto fracionado do petróleo e é dividido em três tipos: Naftênico, Parafínico
e Aromático.

Óleos

O óleo Naftênico: Tem Maior ponto de fulgor, média estabilidade a oxidação; O

óleo Parafínico: Possui Menor ponto de fluidez, média estabilidade a oxidação; O

óleo Aromático: Dispõe de Menor ponto de fulgor, maior estabilidade a oxidação.

Finalidade: Suas finalidades básicas são de Isolação e Refrigeração.

Radiadores

Os radiadores instalados na parte externa do tanque, fazem a


circulação do óleo isolante através de aletas.

Finalidade: Quando o óleo circula pelo radiador, ao entrar


em contato com o ambiente externo, diminui a temperatura
do óleo do tanque.

Comutadores de Tensão

Definição: É um dispositivo mecânico que permite variar o número de espiras dos enrolamentos de alta tensão.
Finalidade: Corrigir o desnível de tensão existente nas redes de distribuição devido à queda de tensão ao longo
das mesmas.

Tipos: NLTC (no load tap changer) OLTC (on load tap changer).

Buchas AT e MT

Definição: São dispositivos que permitem a passagem dos condutores constituintes dos enrolamentos para o
meio externo.

Finalidade: Essas buchas são empregadas para a passagem de um condutor através de uma parede não isolante.

Papel Isolante – Celulose

Definição: O papel isolante é formado por fibras longas cujo principal componente é a celulose, importante
saber que o papel mais utilizado é o Kraft.

Finalidade: Este papel é utilizado na forma de finas camadas envolvendo os enrolamentos ou na forma de
espaçadores e tubos de alta densidade para promover o isolamento entre os níveis de tensão entre as fases.

Painel de Controle

Local onde estão instalados os dispositivos de interface que permitem o controle e monitoração do
funcionamento do transformador ao centro de operação da subestação.

Secador de Ar

Faz a retirada da umidade do interior do transformador utilizando sílica.


O secador de ar é composto de um recipiente metálico, no qual está contido o agente secador (sílica-gel), e uma
câmara para óleo, colocada diante do recipiente (que contém o agente) isolando-o da atmosfera, de forma que
o ar externo só entrará em contato com a sílica gel no instante que o mesmo é inspirado pelo transformador.

Durante o funcionamento normal do transformador, o óleo aquece e dilata, expulsando o ar do tanque através
do secador. Havendo a diminuição da carga do transformador ou da temperatura ambiente, também haverá
abaixamento da temperatura do óleo, acompanhada da respectiva redução do volume. Forma-se, então, uma
depressão de ar no conservador e o ar ambiente é aspirado através da câmara e do agente secador, o qual
absorve a umidade contida no ar, que entrará em contato com o óleo.

O agente secador, denominado sílica gel, é vítreo e duro, quimicamente quase neutro e altamente higroscópico.
É um silícico, impregnado com cloreto de cobalto, tendo, quando em estado ativo, a cor azul escuro, de aspecto
cristalino. É capaz de absorver água até 40% de seu próprio peso. Devido à absorção de água, torna-se rosa claro
(totalmente saturada), devendo, então, ser substituído. Podemos seguir a seguinte tabela:

COR ESTADO

Azul escuro Seca

Azul claro Parcialmente saturada

Rosa claro Totalmente saturada

Termômetro

Termômetros: Medem a temperatura dos enrolamentos e do óleo do transformador


PONTEIRO COR

Indicador de temperatura Branco

Indicador de temperatura
Vermelho
máxima em um período
Ponteiro de ligação 1 (alarme
ou acionamento de Verde
ventilação)
Ponteiro de ligação 2
Amarelo
(desligamento)

Os ponteiros de ligação e o de indicação de temperatura máxima são controláveis externamente, sendo que os
dois primeiros se movimentam apenas por ação externa, enquanto que o último é impulsionado pela agulha de
temperatura (ponteiro de arraste) apenas quando em ascensão desta, pois na redução ela fica imóvel, sujeito
apenas a ação externa, possibilitando-se a verificação da temperatura máxima atingida em um determinado
período.

Dispositivos de Segurança

Relé de gás tipo buchholz

O Relé Buchholz é um dispositivo de proteção própria contra falta de óleo, acumulação de gases e falhas
dielétricas castratróficas dentro do equipamento. O relé tem duas formas de detecção. No caso de uma pequena
sobrecarga, o gás produzido pela decomposição do óleo acumula no topo do relé e força o nível superior a cair.
Um interruptor de boia no relé é utilizado para ativar um alarme. Essa opção também funciona mesmo quando o
nível de óleo estiver baixo, como no caso de uma pequena fuga de
óleo. No caso de um arco elétrico, a acumulação de gás é súbita e o
óleo flui rápido para o conservador.

Este fluxo de óleo opera no interruptor conectado a uma segunda


boia localizada no caminho do óleo em movimento. Essa opção é
utilizada para ativar um disparo ao disjuntor de proteção da unidade
antes que a falha provoque mais danos.

Indicado de Nível de Óleo


O indicador externo de nível do óleo tem por finalidade a verificação do nível de óleo existente no transformador.
Podem ser utilizados dois tipos de indicadores, o indicador de visor e o indicador de boia.

Válvula de Alívio de Pressão

O dispositivo de alívio de pressão é instalado em transformadores imersos em líquidos isolantes com a finalidade
de protege-los contra possível deformação ou ruptura do tanque, em casos de defeito interno com aparecimento
de pressão elevada.

Transformador de Aterramento

São transformadores de uso específico para sistema de proteção de falta a terra, nas instalações onde
o Transformador de Potência possui conexão ∆ / ∆.

Transformador de Distribuição
Esse tipo de transformador é empregado principalmente pelas concessionarias distribuidoras de energia e em
usinas geradoras de energia.

São usados para distribuir a energia gerada até os consumidores, com valores diferentes do que o gerado sendo
adequado a cada tipo de consumidor.

Podem também ser auto protegidos contra sobrecargas e curto circuitos.

Transformador de Potencial

Transformador de Potencial (TP) é um equipamento usado


principalmente para sistemas de medição de tensão elétrica, sendo capaz
de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima
suportável pelos instrumentos de medição.

Sua principal aplicação é na medição de tensões com valores elevados, ou


seja, em seu circuito primário (entrada).

No secundário, correspondente a (saída), será reproduzida uma tensão


reduzida e diretamente proporcional a do primário.

Verificação da existência de vazamento de óleo pelas buchas secundárias.

Para os transformadores de potencial é feita uma Inspeção, do tipo:

- Inspeção e limpeza geral da porcelana e GAPs;


- Verificação do nível do óleo (se disponível);
- Verificação da existência de vazamento de óleo;
- Verificação da existência de trincas, fissuras ou manchas na porcelana;
- Verificação do reaperto dos parafusos de fixação;
- Reaperto das conexões elétricas;
- Verificação da existência de vazamento de óleo pelas buchas secundárias.

Transformador de Corrente

Os transformadores de corrente, também chamados de transformadores de instrumentos, utilizados em


aplicações de alta tensão (situações essas onde circulam, frequentemente, altas correntes), fornecem
correntes suficientemente reduzidas e isoladas do circuito primário de forma a possibilitar o seu uso por
equipamentos de medição, controle e proteção.

Inspeção de transformadores de corrente são compostas de:

- Inspeção e limpeza geral da porcelana e GAPs;


- Verificação do nível do óleo (se disponível);
- Verificação da existência de vazamento de óleo;
- Verificação da existência de trincas, fissuras ou manchas na porcelana;
- Verificação do reaperto dos parafusos de fixação;
- Reaperto das conexões elétricas;
- Verificação da existência de vazamento de óleo pelas buchas secundárias; - Verificação do
espaçamento dos centelhadores.

Chaves Elétricas

As chaves elétricas são dispositivos de manobra, destinados a estabelecer ou interromper a corrente em um


circuito elétrico. São dotadas de contatos móveis e contatos fixos e podem ou não ser comandadas com carga.
Elas são feitas para operação sem carga e são denominadas de chaves a seco, embora não interrompem
correntes de carga.

Entretanto as chaves a seco podem interromper correntes de excitação de transformadores (a vazio) e pequenas
correntes capacitivas de linhas sem carga.

Chaves de Aterramento

São chaves de segurança que garantem que uma linha seja aterrada durante operação de manutenção na linha.

As chaves de aterramento somente são operadas (com a função de abrir e fechar), quando a linha está
desenergizada e é utilizada para que se evitem energizações indesejadas, localizado no extremo oposto.

As mesmas chaves também servem para a eliminação das induções devido à proximidade de linhas ou em função
de sobretensões de origem atmosféricas, as quais podem assumir valores perigosos.

Chaves Seccionadoras

Chave seccionadora ou chave faca é um dispositivo destinado a isolar partes de circuitos elétricos.

São instaladas em pontos estratégicos visando: Seccionar a rede para minimizar os efeitos das interrupções
programadas ou não.

Chave Seccionadora Sob Carga

Também são chamadas de interruptor tripolar de média tensão, possui um dispositivo destinado a abrir e fechar
um circuito sob carga.

É projetada para ser instalada em ambiente abrigado.

Chave Seccionadora Sob Carga

O arco elétrico é dissipado dentro de uma câmara e os contatos são acionados com o auxílio de molas para
acelerar a abertura e fechamento.

Esse tipo de seccionadora pode, também, operar com fusíveis (fase a fase) que, quando queimam, provocam o
acionamento de um disparador (espoleta) que, por sua vez, aciona o dispositivo de abertura da chave,
seccionando o circuito.

Manutenção da Chave Seccionadora

Na operação e na manutenção dos equipamentos elétricos existentes em uma subestação, é de fundamental


importância conhecer e cumprir as regras e procedimentos de segurança.
Somente pessoal habilitado e autorizado, reconhecido pela empresa como possuidor de conhecimentos
técnicos inerentes às subestações elétricas, deve ser responsável pela operação, inspeção ou pela manutenção
dos equipamentos.

Embora pequena a diversidade construtiva entre as várias marcas de seccionadoras, há sempre a necessidade
de o operador/inspetor conhecer plenamente o equipamento a ser manobrado, seguindo rigorosamente os
procedimentos pré-estabelecidos.

Os procedimentos devem ser criados com ajuda do manual de operação do equipamento, da experiência técnica
e da observação das normas existentes.

A falta de observação dos procedimentos é o principal fator de ocorrência de danos nas seccionadoras nas
operações de fechamento e abertura.

Por isso se faz tão imprescindível a segurança pessoal do operador/inspetor, que deve estar sempre em primeiro
plano.

Além do necessário conhecimento da seccionadora, deve-se também observar a distância mínima de segurança
para operação de acordo com a tensão nominal.

Manutenção - Conceito

É o conjunto de operações previstas pelas inspeções e revisões programadas.

A manutenção deve ser executada por técnicos experientes, contemplando medições elétricas para avaliação
funcional dos equipamentos, limpeza e lubrificação dos pontos recomendados, além das correções requeridas
no relatório técnico das inspeções e/ou manutenções anteriores, pois sugerem a forma indicada para evitar ou
diminuir a incidência de paradas não programadas.

As manutenções podem ser: preditiva, preventiva e corretiva

Periodicidade dos intervalos de inspeção e manutenção - Conceito

Os intervalos entre inspeções e revisões de seccionadoras não devem ser tão longos, para que não coloquem
em risco sua confiabilidade, nem tão curtos que extravasem em despesas e trabalhos desnecessários.

Para se determinar os períodos das inspeções e revisões periódicas programadas, deve-se ter em vista as partes
principais da seccionadora, que são:

- Estrutura;
- Isoladores;
- Contatos fixos e móveis;
- Mecanismo de operação; - Bloqueio KIRK; - intertravamentos.

Os períodos devem ser estabelecidos tendo-se em vista cada uma delas separadamente. Estes períodos das
inspeções e revisões comumente adotados são principalmente das seguintes espécies: por tempo definido e
pelo número de operações.

Eles são estabelecidos conforme as instruções do fabricante e a experiência adquirida pelo usuário da
seccionadora.

O período por tempo definido é aquele em que o intervalo de tempo entre as inspeções e revisões é dado em
semanas, meses ou anos.

Os intervalos estabelecidos pelo número de manobras podem ser variáveis, uma vez que o número de
operações, em geral, depende de fatores muitas vezes aleatórios.
Por fim, independentemente do critério adotado, recomenda-se a intervenção técnica sempre que se verificar
a ocorrência de curto-circuito.

Trabalhando com segurança

Antes de dar início às rotinas de inspeções e manutenções, recomenda-se a elaboração da Análise Preliminar de
Riscos com vistas a garantir a máxima segurança dos técnicos executantes.

Nesta análise, devem ser observados ao menos, os seguintes procedimentos:

1 - Verificar todos os equipamentos de proteção individual - EPI´s necessários para garantir a integridade dos
técnicos executantes

2 - Impedimento da seccionadora.

3 - Assegurar-se de que a fonte de energia dos circuitos auxiliares de comando, esteja desligada.

4 - Não utilizar ferramentas inadequadas e não padronizadas.

5 - Instrumentos e utensílios devem ser inspecionados antes do início dos trabalhos, verificando-se seu estado,
qualidade e quantidade.

6 - Delimitar e sinalizar a área de trabalho e/ou diferenciar os equipamentos energizados, dos equipamentos
desenergizados.

Após a conclusão dos trabalhos, também são necessários alguns procedimentos mínimos de segurança:

1 - Remover todos os utensílios utilizados, tais como materiais de limpeza e ferramentas.

2 - Limpeza do local, com a remoção de todos os detritos originados durante a execução dos trabalhos.

3 - Inspeção final do equipamento e do respectivo painel.

4 - Desimpedimento do equipamento

Seccionadora sem carga - Em uma subestação a chave seccionadora do disjuntor de entrada ficou sem
manutenção por vários anos. Em decorrência disso, a grande quantidade de poeira acumulada nos isoladores,
sedimentada pela absorção de umidade, fez surgir o que se conhece por “caminho de rato”, permitindo a fuga
de corrente entre a fase e a carcaça da seccionadora, favorecendo a ocorrência de um curto-circuito,
ocasionando a perda da seccionadora e a interrupção do circuito.

Seccionadora sob carga e com fusíveis - Devido à falta de lubrificação adequada, a chave seccionadora de
alimentação de um trafo, ao ser manobrada não fechou corretamente os contatos (não penetrou por completo),
provocando elevação da resistência ôhmica. Após longo tempo em repouso ligada, ocorreu acentuado desgaste
dos contatos que passou a produzir ruído já perceptível. Numa ronda de rotina na subestação, um dos técnicos
da equipe ouviu o ruído ao passar próximo da seccionadora. Relatado o fato aos responsáveis, o equipamento
foi retirado de operação para substituição dos contatos, já bastante deteriorados.

Por isso se faz imprescindível lembrar que a falta de manutenção pode acarretar prejuízos materiais de grande
importância, não só devido à perda dos equipamentos, como também, devido à paralisação da produção,
trazendo inclusive, riscos à segurança pessoal dos operadores.
20. OPERAÇÃO DE ABERTURA DE CHAVES FUSÍVEIS

A abertura e fechamento das chaves fusíveis, chaves com seccionalizadores, seccionadoras de faca unipolar,
tripolar e chaves fusíveis religadoras devem ser em único golpe rápido e preciso, mas não violento, lembrando
que a formação do arco elétrico depende da velocidade desta manobra.

Sugerindo-se também, adversas deve-se redobrar a atenção, lembrar que, quando o tempo estiver úmido, a
possibilidade de ocorrência de arco elétrico é bem maior, e muito importante que no momento da operação
das chaves, nenhuma outra pessoa deverá ficar próxima da estrutura.

Nas manobras em que o executor necessitar de desligamento da fonte para operação de chave na rede de
distribuição, é necessária execução do teste de ausência de tensão para confirmação do desligamento do
circuito.

Interruptor de Carga em Média Tensão – Loadbuster, Loadranger e Cutarc

LOADBUSTER LOADRANGER CUTARC

O loadbuster modelo 5300 R3 e loadranger XLT1 são destinados ao uso na classe de tensão fase-fase de 13800V
e 34500V e os modelos 5400 R3 e XLT2 são destinados ao uso na classe de tensão fase-fase até 34500V. O cutarc
é destinado ao uso na classe de tensão fase-fase até 34500V.

Loadbuster/Loadranger

APLICAÇÃO: Os equipamentos são aplicáveis basicamente na abertura de chaves monopolares dos tipos corta
circuito, seccionadora unipolar e chave fusível dotados de ganchos adequados para os engates mecânicos e
curso de extensão compatível com a ferramenta.

Desligamento de chaves de linha e de transformadores: É aplicável a correntes de carga até 600A nominais
com corrente máxima admissível em projeto, de 900A, incluídas as correntes de magnetização dos
transformadores.

Desligamentos de chaves em bancos de capacitores:

O equipamento não deve ser utilizado para desligamento de bancos de capacitores em paralelo.

Em 13,8kV, utilizando-se os modelos 5300R3 e XLT1, pode-se desligar bancos de capacitores até 1800kVAr.

Em 34,5kV, utilizando-se os modelos 5400R3 e XLT2, pode-se desligar bancos de capacitores até 4800kVAr,
desde que o banco seja ligado em estrela aterrado.
Precauções

Os equipamentos não devem ser utilizados onde a máxima tensão de operação do sistema exceda a máxima
tensão para a qual a ferramenta foi projetada.

Embora a interrupção possa ser feita em tensões menores deve-se observar se a chave tem extensão do curso
suficiente para permitir o golpe de operação do equipamento. Portanto, para se usar o equipamento de 34,5kV
em chaves de 13,8kV é necessário verificar se o cartucho da chave fusível ou a lâmina da chave seccionadora
tem comprimento suficiente para permitir o curso da operação.

O equipamento deve ser posicionado na chave a ser aberta de tal modo que o seu tubo não obstrua a linha de
visão do operador

Para condições normais de uso, o equipamento deve ser fixado a um bastão universal com no mínimo 1,8m de
comprimento para tensão de 13,8kV e 2,4m para tensão de 34,5kV.

A âncora do equipamento deve ser engatada ao gancho da chave fusível ou da chave seccionadora, do lado
contrário ao do operador. O gancho de engate do loadbuster deve ser fixado à argola do cartucho da chave
fusível ou da lâmina da chave seccionadora. Salientando que o equipamento nunca deve ser posicionado na
chave, ficando o seu corpo do mesmo lado do operador. Instalando-o dessa maneira, não somente a visão do
operador ficará prejudicada, como poderá provocar perigosos esforços mecânicos no equipamento e um difícil
desengate.

Quando o equipamento é corretamente engatado na chave como


mostra nas imagens, ao puxar o bastão para baixo, para abrir a chave, o
equipamento se estende carregando uma mola internamente. Num
predeterminado instante do movimento de abertura da chave, um
gatilho interno dispara, soltando a mola carregada, ao mesmo tempo em
que separa os contatos internos interrompendo o circuito. O êxito da
operação é independente da velocidade com que é puxado o bastão. É aconselhável que se puxe o bastão
suavemente para melhor integridade do equipamento.

Quando o equipamento for operado de dentro de uma caçamba, o operador deve ficar no mínimo a 1,5m abaixo
do equipamento e de frente para a chave quando montadas na posição vertical. Quando as chaves
seccionadoras são montadas na posição horizontal, aproximar o gancho de engaste do equipamento de tal
modo que o operador fique bem embaixo da chave a ser aberta, para que não seja exercido um esforço
excessivo em sentido horizontal no isolador.

Ao operar o equipamento, o bastão deve ser puxado para baixo e formar um ângulo entre zero e 45° com relação
à direção do cartucho da chave fusível ou da lâmina da chave seccionadora.

As operações de aberturas em chaves fusíveis aplicam-se igualmente para chaves seccionadoras unipolares,
desde que estas possuam gancho especial para engate no equipamento.

O operador deve observar as condições da estrutura quando da desconexão do equipamento da chave,


principalmente em relação à distância da chave operada de pontos de aterramento (estais, condutores de
aterramento e demais). Tal recomendação deve-se ao fato do equipamento ainda se encontrar energizado,
devido a retorno de tensão ou fluxo invertido no ponto de manobra.
Operação

Âncora
Olhal do cartucho
Gancho de engate da chave Gancho de engate
do loadbuster
Trave do gancho de
engate

LOADBUSTER CORRENTEMENTE COLOCADO EM CHAVE


FUSÍVEL

Passo 1 - Passar o equipamento pela frente da chave a ser aberta, alcançando o gancho da mesma pelo outro
lado.

Passo 2 - Girar o equipamento na direção do cartucho da chave e passar o gancho de engate do equipamento
no olhal do cartucho.
Trava de
rearme

LOADBUSTER EM
POSIÇÃO “DISPARADO”

Passo 3 - Para abrir a chave, deve-se acionar o


equipamento com firmeza, puxando-o
ininterruptamente através do bastão, até que fique
estendido completamente.

Passo 4 -Para soltar o equipamento depois da interrupção de um circuito, existem duas maneiras. Uma delas é
a escolha da forma de soltura, que deve ser levada em consideração o tipo de chave operada e outra maneira
são as condições ambientais.

Passo 5 - Para rearmar o equipamento para a próxima operação, deve-se segurá-lo como mostra na imagens a
seguir. estender o equipamento suavemente e erguer a trava de rearme. com a trava de rearme erguida,
empurrar o tubo interno até o final para que o gatilho possa rearmar por si próprio.

em seguida verifique se o rearme foi efetuado corretamente, puxando o tubo interno cerca de 7,5cm. com esse
movimento um aumento na resistência da mola será sentido.
TRAVA DE REARME ERGUIDA TESTE DE REARME

Manutenção (Loadbuster, Loadranger)

São equipamentos suficientemente robustos para um longo período de vida, porém, deve ser dada uma atenção
especial à sua manutenção e à substituição de certas peças componentes, as quais estão sujeitas a uma gradual
deterioração ou desgaste no curso normal de operação.

Pelo fato de os equipamentos não possuírem qualquer sinal audível ou visível que indique a necessidade de
reposição de partes componentes desgastadas ou quebradas, os intervalos de manutenção devem ser
estabelecidos tomando como base o número de operações ou o rigor dos serviços executados.

Depois de efetuadas entre 500 e 1000 operações de rotina faz-se necessário a realização de inspeção e
manutenção do equipamento. Pontuando que os procedimentos de manutenção só devem ser realizados por
pessoas devidamente treinadas para esta atividade.

O cutarc pode operar qualquer chave fusível ou seccionadora desde que possuam o gancho e olhal apropriados
para utilização da ferramenta.

Para um teste de verificação da pressão do gás e condição dos contatos internos do cutarc pode ser utilizado o
kit de teste específico. Neste caso a verificação é rápida e pode evitar a eventual indisponibilidade da
ferramenta em caso de dúvida. A corrente nominal do cutarc para abertura de carga é de 630A.
21. CRUZETAS

A cruzeta, especificamente voltada para redes de distribuição da


aérea de energia elétrica, tem como função a sustentação de
isoladores, cabos e equipamentos, como exemplo temos:
(chaves fusíveis e seccionadoras, para-raios, etc), nas redes
aéreas de distribuição de energia elétrica de alta e/ou baixa
tensão.

Seus tipos mais comuns são: Beco; meio Beco e normal.

22. PARA-RAIOS
Os para-raios são equipamentos de proteção de uma
subestação contra sobre tensões atmosféricas e de manobra.

Nas linhas de transmissão existem cabos para raios que servem


para absorver as descargas dos raios que atingem essas linhas.

Caso a descarga não seja recebida por esse cabo, esta carga irá
através dessa linha até a subestação, onde o para-raios
absorverá essa descarga para a malha de terra que se
dispersará no solo, limitando a tensão sobre os equipamentos.

Manobras no sistema elétrico podem causar sobretensões e


os para-raios servem para absorver esses surtos.

Eles atuam como limitadores de tensão, impedindo que valores acima de um determinado nível preestabelecido
possam alcançar os equipamentos para os quais fornecem proteção.

Para-raio com Gap e Resistor Não Linear

Estes para-raios são constituídos basicamente de um gap em série com um resistor não linear, colocados no
interior de um involucro de porcelana.

O gap é o elemento que separa eletricamente a rede dos resistores não lineares, ele constitui-se de um conjunto
de ‘’subgaps’’cuja finalidade é a de fracionar o arco em número de pedaços, a fim de poder exercer um melhor
controle sobre ele, no momento de sua formação, durante o processo de descarga e na sua extinção.

Nos para-raios convencionais o resistor não linear é fabricado basicamente com o carbonato de silício, devido a
isto, com este material pode-se observar que por ocasião de tensões baixas tem-se uma resistência elevada e,
com tensões elevadas, uma resistência baixa.

Para-raios de Óxido de Zinco


Os para-raios de óxido de zinco constituem-se basicamente do elemento não linear colocado no interior de um
corpo de porcelana.

Neste para-raios não são necessários os gaps em série, devido as excelentes características não lineares do óxido
de zinco.

Os para-raios compostos de óxido de zinco apresentam vantagens em relação aos para-raios convencionais,
entre as quais podem ser citadas:

Os inconvenientes apresentados pelas características não lineares do carbonato de silício.

Outras vantagens:

- Inexistência de gaps;
- Para-raios convencionais absorvem mais quantidade de energia do que o para-raios de zinco, o que
permite a este último absorção durante um maior número de ciclos.

23. REATORES
Os reatores são dispositivos fabricados para introduzir indutância em um circuito, consistindo de uma série de
voltas de um fio condutor bobinado.

Normalmente as espiras são enroladas em torno de um material magnético, denominado núcleo, o qual é capaz
de armazenar uma quantidade maior de energia por Ampère de corrente, que o próprio ar.

Atualmente os sistemas de geração de energia elétrica estão cada vez mais distantes dos centros consumidores,
o que demanda a construção de linhas de transmissão de alta tensão cada vez mais longas.

Quando em operação estas linhas introduzem alta capacitância nos sistemas e podem sofrer variações
indesejáveis de tensão, seja por chaveamentos ou em momentos de baixa demanda.

Portanto, para compensar estes fenômenos e também limitar a corrente de curto circuito são inseridas
indutâncias nos circuitos, através da instalação de reatores em série ou em paralelo (estes também conhecidos
como shunt).

Reatores podem ser instalados nos mais variados níveis de tensão, dentre eles podemos citar: os de tipo
industrial, de distribuição ou transmissão e podem ser dimensionados para suportar os mais variados níveis de
corrente.

Estes reatores podem ser classificados pelo seu método de resfriamento e pelo seu núcleo.

Sendo eles: os reatores imersos em óleo e reatores a seco com núcleo de ar.

Reator imerso a óleo


O resfriamento de reatores é feito em óleo mineral e possui suas
espiras enroladas em torno de um núcleo de ferro.

Este reator fica protegido sob uma blindagem eletromagnética.

Outra característica importante é o fato de possuir núcleo em


material ferromagnético, pois este material possui saturação
para diferentes intensidades de corrente.

Suas principais vantagens são: Ausência de Poluição magnética


e campo magnético extremamente baixo.

As desvantagens são: O seu alto custo de fabricação e instalação


e necessidade de aplicação de procedimentos de supervisão e
manutenção.

Reator a Seco Com Núcleo de Ar

No caso do reator a seco, seu resfriamento e seu núcleo são feitos com ar natural e sua instalação pode ser feita
tanto ao ar livre quanto em local abrigado.

Devido à ausência de núcleo ferromagnético não existe saturação, ou seja, possui indutância constante para
qualquer nível de corrente.

As principais vantagens dos reatores a seco com núcleo de ar são:

- Sua robustez;
- Ausência de manutenção;
- Fácil inspeção visual; - Baixo custo de fabricação; -
Instalação.

Suas desvantagens são:

- Os campos magnéticos intensos na vizinhança do equipamento; -


Elevados esforços de curto circuito.

Reatores em Derivação
Reatores em derivação são usados para compensar
a potência reativa capacitiva gerada por linhas de
transmissão sob carga leve ou cabos subterrâneos.

Normalmente, esses reatores são conectados ao


terciário de transformadores que são conectados
em linhas de transmissão para classes de tensão de
13.8kV até 69kV ou podem também ser ligados
diretamente à linha.

Reatores Controlados por Tiristores

Pela variação do ângulo de disparo do reator controlado a tiristores (TCR), a quantidade de corrente absorvida
por ele pode ser continuamente variada e o mesmo comporta-se como uma indutância infinitamente variável.

Consequentemente, o apoio capacitivo fornecido pelo capacitor fixo (FC) e pelos capacitores controlados a
tiristores (TSC), pode ser ajustado para a necessidade específica do sistema.

A eficiência, bem como o controle de tensão e estabilidade de sistemas de energia ganham altos índices de
confiabilidade com a instalação de SVC’s.

(TCR) Thyristor controlled reactor.

(TSC) Thyristor Switched Capacitor.

(SVC) Static VAR Compensator.

Reator para Filtro de Harmônicos

Os reatores para filtro de harmônicas são usados em conjunto com capacitores e às vezes resistores, formando
circuitos sintonizados de correntes harmônicas.

Esses reatores podem ser fornecidos com TAP’s de indutância, ou anéis especiais para controle do fator de
qualidade e também podem ser fabricados com tolerâncias controladas.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

24. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO


A experiência e o comportamento de cada profissional, assim como as características do líder de uma equipe e
a metodologia de trabalho imposta pela empresa constituem um pacote de técnicas.

Como a totalidade destas características é inerente aos profissionais e á culturas empresariais, é impossível
estabelecer a padronização na condução dos trabalhos, principalmente nos locais onde as tarefas com
eletricidade não representam a atividade principal da empresa.

A NR-10 possui como um dos seus objetivos uniformizar os aspectos de segurança das atividades que envolvem
eletricidade, padronizando de uma forma segura a condução dos trabalhos.

Para abordar esses aspectos com maior profundidade, o padrão de organização do trabalho apresenta mais
cinco subitens discriminados a seguir:

- Programação e planejamento dos serviços;


- Trabalho em equipe;
- Prontuário e cadastro das instalações; - Métodos de trabalho; - Comunicação.

25. PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS

As atividades realizadas em instalações elétricas podem ser programadas, ou contemplar ações de emergência,
em função da ocorrência de algum problema inesperado.

Como as instalações elétricas de alta tensão geralmente alimentam grandes instalações, um defeito em seu
funcionamento provoca um elevado impacto, requerendo uma ação rápida.

Devido a isto sempre que possível, as intervenções devem ser programadas previamente, contudo,
independentemente da situação, o planejamento do serviço sempre deve ser realizado, devendo constar no
plano de emergência da empresa, conforme item 10.12.1 da NR-10.

Por mais crítica que seja a condição, o planejamento sempre deve ser realizado, haja vista que a falha em uma
atividade em alta tensão pode provocar um grave acidente, causando danos às pessoas e/ou às instalações.

Ressaltamos que demandar alguns minutos para planejar uma atividade em alta tensão durante uma situação
de emergência não é perda de tempo, mas, sim, investimento para resolver o problema, evitando agravá-lo ou
causar um dano maior.

Os itens 10.7.5 e 10.11.7. dá NR-10 reforçam essa necessidade.

“10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis
pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades...”

‘’10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas no local...”

“10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis
pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades.”
‘’10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem
desenvolvidas no local...”

Independente da área em que se irá trabalhar, um bom planejamento deve considerar muitos aspectos.

Como referência temos a Apostila da Comissão Tripartite Permanente de Negociação do Setor Elétrico no Estado
de São Paulo, que apresenta os seguintes itens para planejamento:

Antes de iniciar qualquer atividade, o responsável pelo serviço deve reunir os envolvidos na liberação e execução
da atividade e:

Certificar-se de que os empregados envolvidos na liberação e execução dos serviços estão munidos de todos os
EPIs necessários;

Explicar aos envolvidos as etapas da liberação dos serviços a serem executados e os objetivos a serem
alcançados;

Transmitir claramente as normas de segurança aplicáveis, com dedicação especial à execução das atividades
fora da rotina;

Certificar-se de que todos os envolvidos estão conscientes do que fazer, onde fazer, como fazer, quando fazer e
por que fazer.

Durante a execução dos trabalhos o superior imediato deve supervisionar, durante todo momento, o seu
desenvolvimento para assegurar que este se realize de acordo com o procedimento de execução.

Em particular, deverá assegurar-se de que a zona de trabalho está adequadamente sinalizada e/ou delimitada,
observando sempre que houver a possibilidade de outro trabalhador ou pessoa alheia aos trabalhos entre na
referida zona e, consequentemente, tenha acesso a partes energizadas.

Também deverá assegurar-se de que nenhum trabalhador se coloque em condições de poder transpor as
distâncias de segurança enquanto realiza as operações.

Se a extensão da zona de trabalho não lhe permitir realizar esta supervisão de forma adequada, deve solicitar o
auxílio de outro trabalhador autorizado.

26. TRABALHO EM EQUIPE


A equipe que vai desempenhar um trabalho é dimensionada de acordo com o volume de serviço e as
características da atividade.
Embora o pequeno volume de serviço possibilite, em alguns casos, que um único trabalhador realize a tarefa, a
NR-10 não permite que trabalhos em instalações energizadas em alta
tensão sejam realizados individualmente, conforme o item 10.7.3:

A equipe que vai desempenhar um trabalho é dimensionada de acordo


com o volume de serviço e as características da atividade.

10.7.3 nos fala que, “Os serviços em instalações elétricas energizadas em


AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência (SEP),
não podem ser realizados individualmente”.

Mesmo que o profissional vá realizar uma atividade muito simples em


uma instalação elétrica energizada em alta tensão, outra pessoa deve
acompanha-lo.

Como essa outra pessoa também estará envolvida com a atividade,


pode-se considerar que ela também deve ter conhecimento e
treinamento especifico para acessar essas instalações.

Comumente as manutenções realizadas em alta tensão envolvem vários


profissionais devido ao elevado volume de serviços que serão realizados
durante um reduzido intervalo de tempo.

É recomendado que toda equipe sempre deve ter um líder, pode ser uma pessoa destacada exclusivamente
para comandar o grupo, ou eventualmente pode ser um dos profissionais que está executando a atividade e
que geralmente possui um nível mais elevado de experiência.

Podemos afirmar que é impossível a observação simultânea da atitude de todos os trabalhadores envolvidos na
tarefa, por parte do líder, desta forma, além de contemplados no item Responsabilidade da NR-10, é importante
que os componentes da equipe tenham a consciência de zelar pela própria segurança e dos demais colegas.

27. PRONTUÁRIO E CADASTRO DAS INSTALAÇÕES


A revisão da Norma Regulamentadora nº 10 (Portaria 598 de 07/12/2004 do MET) estabelece os requisitos e
condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistema preventivos, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações
elétricas e serviços com eletricidade.

“10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de
Instalações Elétricas”, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, no mínimo:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas


e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes;

b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e


aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme


determina esta NR;

d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores


e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e


coletiva;
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações,


contemplando as alíneas de “a” a “f”.

Com relação a NR-10 - 10.2.5 “As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema
elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 e acrescentar ao prontuário
os documentos a seguir listados”:

a) Descrição dos procedimentos para emergências;


b) Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.

28. MÉTODOS DE TRABALHO

Método á Potencia

Neste método, o trabalhador fica em contato direto com os elementos energizados, por isso se faz necessário
que ele seja colocado no mesmo potencial do elemento da instalação que manipula.

Para isto, são necessárias medidas de proteção que garantam o mesmo potencial no corpo inteiro do
trabalhador, como vestimentas condutoras (roupas, botinas, luvas e capuzes) ligadas através de um cabo
elétrico e cinto à parte condutora, onde está
sendo realizado o trabalho.

Deve ser assegurado ainda o seu isolamento


em relação à terra e às outras fases da
instalação mediante uso de
elementos isolantes adequados às
diferenças de potencial existentes.

Além disso, os equipamentos e dispositivos


que sustentam o trabalhador (escadas e
andaimes, por exemplo), devem proporcionar
um isolamento adequado ao nível de tensão existente.

Antes de começar o trabalho, deverá ser comprovada a corrente de fuga que circula pelo elemento do qual
depende a isolação do trabalhador.

Também é recomendado que a corrente de fuga seja monitorada durante a execução do trabalho e isto é
realizado por um microamperímetro.

Vale destacar que equipamentos e treinamento adequados são essenciais para a garantia da segurança do
trabalhador, que executa tarefas usando o método de trabalho ao potencial.

Método à Distância

Este método de trabalho à distância é aquele em que o profissional interage com a parte energizada a uma
distância segura.
É um método que em nenhum momento o trabalhador entra na
zona de risco, seja com uma parte do seu corpo ou com uma
extensão condutora do seu corpo.

Na prática, para garantir as distâncias seguras, pode ser necessário


trabalhar com uma margem de segurança que depende de uma
avaliação do risco para cada situação.

Para isto, deve ser elaborado um procedimento adequado e feita


uma correta supervisão dos trabalhadores que executam as tarefas.

Antes de iniciar os trabalhos, é importante verificar se as


ferramentas e os bastões estão em bom estado.

Neste método de trabalho, podem ser utilizadas coberturas isolantes para proteger os trabalhadores de partes
vivas da instalação onde não serão realizados trabalhos, com condutores, ferragens e isoladores.

Método ao Contato

Neste método de trabalho, o profissional tem contato com a


parte energizada da instalação, mas não fica no mesmo
potencial da rede elétrica, ele permanece isolado desta por meio
de equipamentos de proteção individual (botas, luvas e mangas
isolantes) e coletiva (andaimes, coberturas e mantas isolantes)
adequados ao nível de tensão da instalação.

Todas as ferramentas manuais utilizadas devem dispor de


coberturas isolantes adequadas, conforme as normas técnicas
aplicáveis.
No método de trabalho ao contato, as coberturas isolantes
cumprem a mesma função que no método à distância: isolação
de condutores e elementos vivos nos quais não estão sendo realizados trabalhos e que podem ser
acidentalmente tocados pelo trabalhador.

29. COMUNICAÇÃO
Não há dúvida que a comunicação entre os membros da equipe é muito importante, contudo podemos
extrapolar essa comunicação para fronteiras além do relacionamento verbal entre esses profissionais.

Primeiramente, temos o aspecto legal que a NR-10 determina, sendo obrigatória a existência de um
equipamento que permita comunicação permanente entre os membros da equipe ou com um centro de
operações, conforme item 10.7.9.

O Item da NR 10.7.9 diz que: “Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles
envolvidos em atividades no SEP, devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com
os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço.

Nesse tópico a NR-10 coloca uma questão que é muito difundida nas empresas cuja atividade principal é a
geração, Transmissão ou distribuição de energia elétrica e que consiste na existência de um centro de operações
que, dentre outras funções, monitora a atividade desses profissionais.
O monitoramento se faz importante pois previne a ocorrência de acidentes de origem elétrica, prestando-se
ainda a inibir atitudes dos trabalhadores envolvendo desde a mudança do planejamento até a redução de passos
e itens previstos no procedimento de trabalho.

A norma estabelece a necessidade de os profissionais disporem de um equipamento de comunicação, porém


não especifica qual seja, podendo ser um telefone celular, radio ou outro sistema que permita a comunicação
permanente.

Complementando a comunicação verbal, na maioria das intervenções em alta tensão se faz necessário o
emprego da comunicação visual e sinalização, com o objetivo de alertar os trabalhadores sobre os perigos a que
estão expostos.

Quando parte da instalação é desenergizada, é importante utilizar dispositivos de bloqueio para evitar que o
circuito seja religado, pois há um serviço em execução.

Em conjunto com o dispositivo de bloqueio deve ser utilizado o cartão de sinalização com as informações do
profissional que implantou o bloqueio, contendo data, setor, número do ramal ou telefone, entre outras
informações.

Na ocorrência de desenergização de parte de uma instalação ou circuito, é preciso comunicar a todos os


envolvidos quais são as fronteiras do local de trabalho, para evitar que alguém ultrapasse esses limites,
chegando até a parte da instalação que permanece energizada.

O emprego de fitas zebradas, cones e bandeirolas é bastante eficaz para essas situações.

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS

30. ASPECTOS COMPORTAMENTAIS


Cada trabalhador tem características de personalidade e comportamentos peculiares, os quais podem ser
reduzidos ou potencializados por motivos alheios ou relacionados com o ambiente e a equipe de trabalho.

O propósito deste tópico é abordar a aspecto comportamental do trabalhador, com o intuito de fornecer
subsídios que colaborem para garantir a segurança e a saúde no exercício das atividades diárias.
Algumas análises investigativas permitem atribuir ao excesso de confiança a causa provável de acidentes
ocorridos no SEP, decorrente da tendência de subestimar orientações de segurança, assim como atribuir a um
trabalhador longos períodos de tempo exercendo a mesma atividade, mesmo que altamente perigosa.

Os trabalhadores que atuam com instalações elétricas, independente dos valores de tensão e corrente
envolvidos, têm consciência de que suas atividades estão associadas à possibilidade de acidentes devido á
exposição aos denominados riscos elétricos e também aos riscos adicionais.

Tal situação impõe ao trabalhador, envolvido direta ou indiretamente com o SEP, agravantes relacionados com
o estresse gerado pelo exercício da atividade diária, em comparação com outras funções que envolvam riscos
menores.

Além desta, outras conclusões relacionadas diretamente ao perfil dos trabalhadores são:

- Distração ou perda da concentração;


- Brincadeiras no local de serviço;
- Descaso às orientações normativas de segurança; - Desrespeito a procedimentos de trabalho.

O mesmo trabalhador pode agir de maneira diferente, em uma mesma ação realizada por ele próprio, quando
consideramos os fatores anteriormente descritos ou até o estresse associado às condições executivas da
atividade.

Considerando os fatores apresentados, a missão de escolher o profissional para executar o trabalho de maneira
adequada e segura não se constitui em tarefa fácil.

Embora os equipamentos de proteção coletiva e individual sejam indiscutivelmente necessários a segurança do


trabalhador, o ‘’estado de espirito’’ e o comportamento da equipe, tem participação fundamental neste
contexto.

Pressa

Deve-se levar em conta que a pressa, a distração, a agressividade, a irritação e a competição entre colegas estão
entre as causas que podem ser somadas a estados psicológicos alterados, ou ainda fatores comportamentais de
risco que, certamente, interferem na execução da tarefa ou na ocorrência de acidentes, seja de pequenas ou
grandes proporções.

Pressa e Distração

Pressa: Nenhuma urgência deve se sobrepor á segurança, diversas são as razões que podem conduzir á pressa,
dentre elas a pressão da liderança na conclusão da tarefa ou um compromisso posterior ao horário de trabalho.

Distração: A falta de concentração no trabalho ou pensamentos ‘’distantes’’, podem conduzir a um quadro


acidentário.

Agressividade e Espirito Competitivo

Agressividade: O trabalhador pode apresentar comportamentos associados á irritação ou revolta por motivos
profissionais ou familiares.
Eventualmente agressividade pode ser manifestada de maneira até inconsciente, em que predominam as
respostas irônicas, o uso de termos chulos e de baixo calão, distanciando de si as pessoas e gerando um clima
inadequado e indesejável á equipe.

Espirito competitivo: pode ser decorrente de metas de produção ou atendimento impostas á equipe de trabalho.

Comoção e Depressão

Comoção: uma ocorrência, em geral no seio familiar, pode tornar o comportamento de um trabalhador
desequilibrado o suficiente para gerar um quadro acidentário.

Pode ser por morte de um ente querido, uma doença grave, um acidente de trânsito com alguém da família,
uma internação hospitalar demorada, um trauma gerado em um assalto, uma perda significativa ou qualquer
outra fatalidade, são exemplos clássicos desse tipo de comportamento.

Depressão: hoje em dia, tratada como uma doença, pode ser um fator facilitador para a ocorrência de um
acidente.

Insegurança

Temer a perda do emprego, ou que o colega realize melhor determinada tarefa e com isso tome-lhe o cargo são,
por exemplo, fatores de insegurança.

Cada indivíduo tem o seu fator pessoal de insegurança, seja em função do desequilíbrio do orçamento
doméstico, por morar em área com enchentes, por medo de ser vítima de assaltos em transportes coletivos,
pela gravidez de risco da esposa, ou pelo fato de o filho ter problemas escolares, todos esses fatores pessoais e
diversos outros são caracterizados como fatores de insegurança, e colocam o indivíduo mais próximo de um
acidente, quão maior for sua influência cumulativa.

Outros fatores que, não sendo necessariamente comportamentais, também podem levar a um acidente:

- Deficiência visual, motora ou auditiva;


- Uso de medicamentos que alterem a percepção; -
Cansaço, sono e fadiga.

Cabe ao líder de equipe em primeira instancia, além das condições materiais prestar atenção para que o
ambiente de trabalho reflita um clima propicio a que as relações interpessoais não se transformem em causas
para a ocorrência de acidentes de trabalho.

31. CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS


O desenvolvimento de uma atividade em instalações de alta tensão requer elevado nível de cuidado e precaução.

Esse aspecto é tão relevante ao ponto de os profissionais terem a liberdade e a autonomia de interromper ou não a
execução de uma atividade, devido a alguma situação que coloque em risco as pessoas envolvidas.

As condições impeditivas para intervenções em instalações em alta tensão são exatamente aquelas que se
configuram como inseguras e capazes de gerar um acidente, atribuídas ainda ao que possa impedir o
prosseguimento ou início da atividade.

Por outro lado, a condição insegura, caso presente no ambiente do trabalho, põe em risco a integridade física do
trabalhador, que pode sofrer um acidente independente de sua magnitude.
Trata-se de condições impeditivas de trabalho que devem ser observadas para evitar a ocorrência de um acidente
com algum profissional envolvido, ou qualquer outra pessoa que possa estar próxima do local de trabalho.

Caso qualquer integrante da equipe identifique um ato ou uma condição insegura, deve alertar todos
imediatamente, tendo inclusive a responsabilidade de solicitar a paralisação da atividade até que seja estabelecida
uma forma segura de execução.

Podem se aplicar a essas situações, por exemplo, um dia chuvoso, em que havia uma previsão de trabalho a céu
aberto em uma instalação elétrica energizada em alta tensão, ou a ausência de um EPI ou EPC necessário para o
desempenho da atividade.

Algumas características do meio ambiente externo podem se apresentar como condições impeditivas para a
realização de serviços.

Embora esteja apresentado a seguir exemplos dessas condições, qualquer outra condição ambiental mencionada na
NR-10, em seu item 10.4.2, pode configurar situação impeditiva.

De acordo com “10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas
destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto à altura, confinamento, campos elétricos e
magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de
segurança”.

Presença de Ventos

Os ventos fortes provocam um grande aumento nos esforços mecânicos envolvidos, podendo até fazer com que
sejam ultrapassadas as capacidades de trabalho para as quais os bastões e as ferramentas foram projetados, além
disso, ocorre a dificuldade de mobilidade do trabalhador durante os serviços.

Chuvas

Além de reduzir a rigidez dielétrica dos bastões e de todas as ferramentas, assim como EPIs utilizados na tarefa,
também oferece risco pessoais, dificultando todos os serviços.

Em adição às chuvas podem ocorrer descargas atmosféricas nos equipamentos de linha.

Poluição

O intenso acumulo de poluentes na superfície de bastões, EPI’s e ferramentas isolantes reduz sua rigidez
dielétrica, propiciando a condução da corrente em sua superfície, principalmente se associado à umidade.
Condições da Instalação

Este espaçamento está associado à colocação fora de alcance, que é somente destinada a impedir os contatos
acidentais com as partes vivas da instalação.

Quando há o espaçamento, ele deve ser suficiente para evitar que pessoas que circulam nas proximidades das
partes ativas possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou por intermédio de objetos que
elas manipulem ou transportem.

Iluminação Insuficiente

Uma iluminação insuficiente é classificada pelo item 10.3.10 da NR-10 como sendo um risco ergonômico.

A NBR 5413, que estabelece critérios técnicos para iluminância de interiores, é citada no item 17.5.3.3 da
NR-17 (ergonomia).

Deve ser avaliado caso a caso o nível de iluminância, considerando o local de trabalho e a tarefa que está
sendo executada.

Posição de Trabalho

Igualmente elencado como risco ergonômico, pressupõe-se que a instalação


deve ser concebida para que o trabalhador tenha totais condições de prestar a
devida manutenção, de maneira a não comprometer sua saúde e segurança
ocupacional.

Estabelecendo locais em que o contorcionismo for necessário, a função da


dificuldade de acesso ou de visualização do local de trabalho não constituem
situações seguras.

Condições Gerais para Desenergização

- Determinar os pontos de seccionamento;


- Seccionamento;
- Impedimento de reenergização;
- Constatação da ausência de tensão;
- Aterramento temporário proteção dos elementos energizados na zona controlada; - Sinalização
de impedimento de reenergização.

Condições do Ferramental, Acessórios, Epc’s e Epi’s

Qualquer que seja a situação, não há como justificar a insistência em concluir ou mesmo iniciar um serviço sem
que as ferramentas, acessório, EPI’s e EPC’s estejam em condições adequadas para o uso.

De igual modo é necessário atuar sempre com ferramentas homologadas quanto á rigidez dielétrica,
devidamente atestada em relatório periódico, conforme a NR-10 determina em seu item 10.7.8.

Importante salientar que a isolação original jamais pode ser reconstituída.

RISCOS E SUAS PREVENÇOES

32. RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUAS PREVENÇOES


Este é um trabalho durante o qual o indivíduo pode entrar na zona controlada, ainda que seja comum a parte
do seu corpo ou com extensão condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que
esteja manipulando.

Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir,
por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.

Saiba que as partes de instalações elétricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas
de modo a permitir um espaço suficiente para que você tenha um trabalho seguro.

Essas partes, não cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservar em distâncias que evitem
contatos casuais, devem ser isoladas por barreiras que ofereçam, de forma segura, resistência a esforços
mecânicos usuais.
Toda instalação ou peça condutora que não faça parte dos circuitos elétricos, mas que eventualmente possa
ficar sob a tensão dever ser aterrada, desde que esteja em local acessível a contato.

33. A PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS


Para as instalações elétricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possível, devem ser
providas de proteção complementar por meio de controle a distância, manual ou automático.

A essas instalações que estão em contato direto ou indireto com a água e que possam permitir fuga de corrente,
devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto à blindagem, ao isolamento e ao aterramento.

Deve-se respeitar as distâncias de segurança entre as tensões (fase-fase e fase-terra), com a utilização correta
dos EPI’s e dos EPC’s (ao contato, ao potencial e a distância).

As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, a


inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.

É vedado o uso de adornos (brincos, correntinhas, entre outros) pessoais nos trabalhos com instalações elétricas
ou em suas proximidades.

Os trabalhos que exigem o acesso à zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos
respeitando as distâncias previstas na tabela B.

Toda Zona de risco é aquela:

- Entorno de parte condutora energizada;


- Não segregada;
- Acessível inclusive acidentalmente;
- Com dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão; - E cuja aproximação só é permitida a
profissionais autorizados.

Zona controlada: é aquela entorno da parte condutora energizada, não segregada, acessível, de dimensões
estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados.

A saber temos a nomenclatura utilizada para estabelecer as zonas de risco:

ZL = Zona livre.

ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados.

ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoção


de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho.

PE = Ponto da instalação energizado.

SI = Superfície isolante construída com material resistente e dotada de


todos dispositivos de segurança

Indução
Indução Eletromagnética: Se caracteriza pela passagem da corrente elétrica em condutores que geram um
campo eletromagnético que, por sua vez, induz uma corrente elétrica em condutores próximos.

Assim, pode ocorrer a passagem de corrente elétrica em um circuito desenergizado se ele estiver próximo a
outro circuito energizado.

Por isso é fundamental que você, além de desligar o circuito no qual vai trabalhar é também de bom senso
confirmar com equipamentos apropriados (voltímetros ou detectores de tensão), se o circuito está
efetivamente sem tensão.

Saiba que nos trabalhos com linhas transversais e/ou paralelas deve-se utilizar o sistema de aterramento
temporário, tantos quantos necessários.

O aterramento temporário é um equipamento de proteção coletiva, destinado a promover a


equipotencialização para proteção pessoal, contra a energização indevida do circuito em intervenção.

Descargas Atmosféricas

As descargas atmosféricas são um dos maiores causadores de acidentes em sistemas elétricos causando
prejuízos, tanto materiais quanto para a segurança pessoal.

Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-se necessário a avaliação do risco de exposição a que estão
submetidos os edifícios, sendo este um meio eficaz para verificar a necessidade de instalação de para-raios.

Os para-raios captam os raios e direcionam os mesmo para o sistema de aterramento, esse sistema têm como
primeiro objetivo à segurança pessoal.

Os para-raios devem ser projetados para atender os critérios de segurança tanto em alta frequência, descargas
atmosféricas e telefonia quanto em baixas frequências, como curtos-circuitos em motores trifásicos.

Para que o aterramento seja eficaz, é necessário que seja um sistema estável, ou seja, que apresente uma
invariabilidade nos valores da resistência de terra.

Deve-se levar em consideração, também, a viabilização do projeto, objetivando o ponto ótimo no que se diz
respeito a configuração do sistema e ao resultado desejado, devido a isto atualizar o laudo do SPDA é muito
importante.

Estática

Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições secas, as linhas sofrem uma contínua indução que
se soma às demais tensões presentes.

As tensões estáticas crescem continuamente, e após um longo período de tempo podem ser relativamente
elevadas.

Podemos ter tensões induzidas na linha por causa do acoplamento capacitivo e eletromagnético, se dois
condutores, ou um condutor e o potencial de terra, estiverem separados por um dielétrico e em potenciais
diferentes, surgirá entre ambos o efeito capacitivo.

Ao aterrarmos uma linha, as correntes, devido às tensões induzidas capacitivas e às tensões estáticas ao
referencial de terra, são drenadas imediatamente.

Todavia, existirão tensões de acoplamento capacitivo e eletromagnético induzidas pelos condutores


energizados próximos à linha.
Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições secas, as linhas sofrem uma contínua indução que
se soma às demais tensões presentes.

As tensões estáticas crescem continuamente, e após um longo período de tempo podem ser relativamente
elevadas.

Podemos ter tensões induzidas na linha por causa do acoplamento capacitivo e eletromagnético, se dois
condutores, ou um condutor e o potencial de terra, estiverem separados por um dielétrico e em potenciais
diferentes, surgirá entre ambos o efeito capacitivo.

No caso de uma linha aterrada em apenas uma das extremidades, a tensão induzida eletromagneticamente terá
seu maior vulto na extremidade não aterrada, e se ambas as extremidades estiverem aterradas, existirá uma
corrente fluindo num circuito fechado com a terra.

Ao se instalar o aterramento provisório, uma corrente fluirá por seu intermédio, diminuindo a diferença de
potencial existente e ao mesmo tempo rampeando a área de trabalho, o que possibilita neste ponto uma maior
segurança para o homem de manutenção.

Além disso, nos casos de circuito de extra-alta ou ultra-alta tensão, com indução elevada, é recomendável a
adoção de critérios que levem em conta o nível de tensão dos circuitos e a distância entre eles, o que poderá
determinar se as outras medidas de segurança ainda deverão ser adotadas ou até mesmo se o trabalho deverá
ser feito como em linha energizada.

Campos Elétricos e Magnéticos

A maioria dos equipamentos tem certo grau de sensibilidade à perturbação de origem eletromagnética e um
simples raio que caia perto de uma instalação que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal e
comandos pode causar um mau funcionamento.

No entanto não significa que esse equipamento será danificado, mas será levada a ele uma informação que será
codificada, não como um raio que caiu, mas como uma informação que o equipamento tomará e que vai ser
errada.

Isso é uma perturbação de origem eletromagnética, porque o raio cria um campo eletromagnético que vai
provocar o mau funcionamento dos comandos do controle de operação.
Deve haver uma preocupação em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenômeno
de perturbação, e ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza ruídos de natureza de campo
eletromagnético que perturbe tanto o seu funcionamento quando de outros.

Por essa razão é que existe o estudo de um bom aterramento, bem como da escolha adequada do tipo de
aterramento, evitando-se correntes comuns, ou seja, assegurando, ao usuário da instalação, certa segurança
para o equipamento instalado, e evitando certos tipos de sobre tensão que são provocados por falhas na rede
elétrica, como um curto-circuito, por exemplo.

Mais uma finalidade do aterramento é a de promover, uma referência de potenciais para a boa operação dos
sistemas elétricos, em especial quando há partes isoladas eletricamente, como um transformador.

34. COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO


A comunicação é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas de símbolos, palavras,
entre outros.

Está envolvida nesse processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: conversa entre pessoas, falar ou
apresentar gestos com as mãos, mensagens enviadas pela rede global de telecomunicações, a escrita etc.

O ato de se comunicar é a materialização do pensamento/sentimento conhecido pelas partes envolvidas, esses


processos são transmitidos e reinterpretados pelo receptor.

No processo de comunicação em que estão envolvidos algum tipo de aparato técnicos que intermedeia os
locutores, diz que há uma comunicação mediada.

Na área elétrica, a comunicação constitui-se como uma ferramenta essencial para o funcionamento de todo o
sistema elétrico, utilizando os mais diversos recursos, como e-mail, telefones, redes globais, sinais sonoros,
visuais etc.

A comunicação é uma ferramenta utilizada também no processo de segurança, evitando acidentes.

A NR-10 determina a necessidade de os trabalhadores do SEP terem equipamentos de comunicação que


permitam o contato entre os colegas e o centro de operação do sistema, conforme seu item 10.7.9.

Segundo o que está estabelecido na NR-10: ‘’10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em
AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização
do serviço.’’

A comunicação entre os integrantes da equipe é essencial nas definições de tarefa, para a confirmação de início
e conclusão de um trabalho etc.

O trabalho em alta tensão ou no SEP sempre deve ser executado por no mínimo duas pessoas, conforme o
item 10.7.3 da NR-10, sendo importante a comunicação entre pessoas para manter o bom andamento do
serviço e o diálogo na avaliação dos riscos das tarefas.

A comunicação também deve ser realizada por meio de documentação estabelecida pela NR-10. podemos citar
no SEP alguns documentos que devem fazer parte dessa comunicação:

- Diagrama unifilar da instalação;


- Projeto da instalação comunicação de desligamentos ou religamento de circuitos;
- Procedimento de trabalho;
- Autorização comprobatória do trabalhador; - Relatórios dos ensaios dos equipamentos; - Memorial
descritivo do projeto etc.

35. IDENTIFICAÇÃO
De acordo com a NR-10, o projeto da instalação deve determinar a necessidade de implantar identificação nos
equipamentos da instalação, O capítulo 3 da NR-10, nos itens 10.3.1 e 10.3.9 b e c, específica as condições dos
equipamentos ligados e desligados.

Segundo o que consta no10.3.1, é obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos
de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de
advertência com indicação da condição operativa.

De acordo com “10.3.9” O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança:

a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos
adicionais;

b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde - “D”, desligado e Vermelho
- “L”, ligado);

c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de


manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e
estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações.

A indicação da condição operativa, apresentada pelo item 10.3.1 da NR-10, refere-se a equipamento ligado ou
desligado.

Essa sinalização deve seguir a padronização de letra ’’D’’ e cor verde para desligado, e letra ‘’l’’ e cor vermelha
para a condição de ligado.

A placa apresentada na figura reflete a situação de equipamento energizado dentro de


uma área liberada para o trabalho ou ainda equipamentos idênticos em que se faz a
desenergização de um enquanto o outro está operacional(ligado).

A identificação dos equipamentos existentes na instalação elétrica deve possuir


estreita relação com o diagrama unifilar.

A identificação de chaves, disjuntores, transformadores, entre outros, representa uma medida de proteção.
TRABALHO EM ALTURA E ESPECIAIS

36. TRABALHOS EM ALTURA, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS


Norma regulamentadora número 35, específica para os trabalhos realizados em altura dispõe dos seguintes
itens:

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior,
onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e,
na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.

37. EQUIPAMENTOS PARA TRABALHO EM ALTURA NO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA


MOSQUETÃO ou Carabiner, como é conhecido na Europa, é um elo duralumínio ou
aço, dotado de fecho constituído por trava com mola ou roscas, ele é empregado como
acessório de ancoragem nos trabalhos em altura através do encaixe de outros
equipamentos.

Os mosquetões devem possuir a marca do fabricante gravada no seu corpo de forma


inapagável e possuir o certificado de Aprovação (CA) conforme estabelecido nos itens
6.8 e 6.9 da NR-06.

Alguns fabricantes gravam no mosquetão a força mecânica suportável em cada ponto de tração expresso em
quilo Newton(kN), outros colocam só o código de fabricação, no qual é possível consultar no catálogo do
produto.
CAPACETE é um equipamento de uso obrigatório em todos os trabalhos realizados em altura, as suas
características devem ser estabelecidas pelo Serviço e Medicina do Trabalho (SESMT)
da empresa e estar em conformidade com a Norma do Ministério NR-06 –
Equipamento de Proteção
Individual (EPI).

Para ser utilizados nos trabalhos realizados no SEP, o capacete deve ter características
dielétricas. também é de suma importância que o capacete tenha jugular, que possui
a função de evitar que ele caia da cabeça do profissional.

Cordas

As cordas utilizadas para trabalho em altura são específicas para esta finalidade e não devem ser utilizadas para
outras atividades, como, por exemplo, amarração de escada e içamento de carga.

Tanto nas atividades em altura como nas atividades de rapel


utilizam-se os mesmos tipos de cordas, caracterizadas como
especiais, podendo ser construídas de poliamida, kevlar ou capa
em poliamida e alma em polipropileno.

A sua elasticidade varia ente 2% e 10%, dependendo do tipo de


corda e da condição de utilização.

As mais usadas possuem diâmetro que pode variar de 8mm até


13mm, sendo a corda de poliamida de 12mm a mais utilizada
para realização de trabalhos e altura.

Cuidados com o Uso e Conservação das Cordas para Trabalho em Altura

1. Deixe a corda de molho em média 12h em um tanque com água limpa antes do primeiro uso, para que
ela possa encolher e ficar com o tamanho real (alguns fabricantes já fornecem lavadas).

2. Sempre que a corda for molhada (chuva, higienização) deve secar á sombra, em local arejado e fora da
sacola ou local de guarda, desenrolando-a por completo.

3. Ao lavar a corda (higienização), usar somente sabão neutro.

4. Nunca força a corda sobre aresta vivas.

5. As partes ou aresta cortantes devem ser envolvidas com protetores especiais para evitar cortes ou danos
provenientes de forte abrasão.

6. Evitar ao Máximo o contato com areia ou terra, pois atrito entre as partículas diminui sensivelmente a
vida útil da corda, além de poder danificar mosquetões e outros equipamentos.

7. Nunca arrastar a corda sobre superfícies ásperas, que inevitavelmente danificam ou até mesmo inutilizam
a corda.

8. Proteger a corda do contato com tinta. Óleo, combustíveis e produtos químicos, pois eles danificam a
corda muito rapidamente.

9. Não expor as cordas a altas temperaturas.


A corda deve possuir o prontuário de controle em que são anotadas, no momento da guarda, as informações
decorrentes da inspeção obrigatória, caso sejam encontradas fissuras ou desbastamento da capa, bem como se
a carda sofreu impactos ou foi empregada para realizar algum tipo de resgate.

Para facilitar o transporte e a acomodação e ainda com o intuito de evitar que a corda embarace, são
empregadas sacolas.

Linha de Vida

A linha de vida, que pode ser instalada de forma horizontal ou vertical, é utilizada para fixação do mosquetão
ou dispositivo trava-quedas.

Geralmente ela emprega uma corda de poliamida de 12mm com a finalidade de amparo à queda e também para
uso resgate.

A linha de vida deve ser fixada, a um ponto acima do local de trabalho, antes da subida do profissional, com o
emprego de bastão ou vara telescópica.

Em algumas situações, como, por exemplo, no trabalho em torres de linhas de transmissão, o primeiro
profissional que faz a escalada utiliza um talabarte do tipo Y, levando consigo uma corda que será instalada no
ponto adequado, para ser utilizada como linha de vida e resgate.

A ancoragem deve ser feita em um ponto com resistência mecânica mínima de 1.500Kgf, conforme estabelece
o item 18.15.56.2 da NR-18.

Nos trabalhos em ambientes subterrâneos a linha de vida é instalada no tripé ou outro ponto de ancoragem,
antes do acesso das profissionais ao local de trabalho.

Essa situação é aplicada quando o acesso ao espaço confinado for realizado através de escada fixa ou móvel,
mas quando o acesso não for provido de escada, ele deve ser realizado por sistemas de içamento contínuo.

Trava-quedas

Este equipamento em geral, é empregado para trabalhos na posição


vertical, tem a utilização de fazer a ligação entre a linha de vida e o
cinturão do tipo paraquedista.

Existem vários tipos de trava- quedas, por exemplo, um para cabo de


aço outro para cordas.

O sistema de linha de vida com trava-quedas não pode ser usado como
posicionamento para trabalho, exercendo a função apenas de amparar
o profissional no momento de subida e descida, bem como nas
operações de resgate.

Cinturão de Segurança do Tipo Paraquedista


É um equipamento utilizado com o objetivo de sustentar o trabalhador em um ponto
de ancoragem, em qualquer atividade em que exista o risco de queda ou que seja
desenvolvida a uma altura superior a dois metros.

Esse tipo de cinto possui vários pontos para apoio, de suspensão e posicionamento,
permitindo ao trabalhador encontrar a posição mais ergonômica e confortável para
realizar seu trabalho.

Cuidados com o Cinturão Paraquedista

- Ao realizar a higienização, utilizar água e sabão neutro;


- Após higienização, secar na sombra;
- Nunca esfregar com escovas na hora da limpeza, para evitar rompimento das costuras;
- Utilizar o cinto que possua tamanho apropriado ao profissional;
- Ajustar o cinto antes de sua utilização;
- Inspecionar o cinto antes da sua utilização, descartando-o caso seja encontrado desgaste, costura
desfiada, ou qualquer outro tipo de dano que possa comprometer o seu uso.

Talabarte

O talabarte é um dispositivo que conecta o cinturão de segurança ao ponto


de ancoragem, atuando como um sistema anti-queda.

Nas atividades do SEP, geralmente são utilizados dois tipos de talabarte,


sendo eles: tipo Y e de posicionamento.

Independentemente do tipo de talabarte, a sua cinta deve ser com o


comprimento suficiente para permitir manobras e movimentação.

Talabarte do Tipo Y

O talabarte com o formato de ‘’Y’’ possui duas cintas, a sua extremidade que reúne
as duas cintas é conectada ao cinturão de segurança, enquanto as outras possuem
a função de fixação no ponto de ancoragem, ou na estrutura em que esteja sendo
realizada a tarefa.

Como o talabarte do tipo ‘’Y’’ apresenta dois pontas de ancoragem, ele pode ser
utilizado como apoio durante a escalada, desde que somente um dos ganchos seja
desancorado depois que o outro estiver devidamente ancorado.

Talabarte de Posicionamento
Este dispositivo é utilizado nas tarefas em que o trabalhador não
consegue permanecer no ponto de equilíbrio do seu corpo,
necessitando trabalhar ancorado em uma postura ergonomicamente
adequada, para que as suas mãos permaneçam livres, permitindo
desenvolver suas atividades.

Como exemplo, podemos citar uma situação caracterizada como o trabalho


em escala, apoiada em um poste.

É recomendado que o talabarte de posicionamento possua um regulador para permitir o ajuste, oferecendo
conforto ao trabalhador.

É muito importante também que, o regulador seja dotado de um limitador para evitar que a corda saia
acidentalmente do suporte.

Absorvedor de Energia

É destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador durante a contenção de sua queda.

Esse dispositivo é integrante do talabarte e no momento da queda ele atua como um amortecedor, atenuando
a possibilidade de alguma lesão ao trabalhador.

Fator de Queda

IDEAL ATENÇÃO CUIDADO

Fator de queda < 1 Fator de queda = 1 Fator de queda = 2


O fator de queda permite avaliar a força do choque sofrida pelo trabalhador que caiu em decorrência de alguma
causa.

O fator de queda (FQ) é calculado pela formula:

FQ=H/L

Em que H corresponde á altura da queda e L representa o comprimento do prolongador do travaquedas,


comprimento do talabarte ou ainda o comprimento da corda.

É recomendável que a ancoragem seja realizada sempre acima do nível da cabeça para que o fator de queda
seja próximo de zero.

Quando a ancoragem estiver na linha da cintura, caso tenha uma queda, será registrada como fator de queda
01.

Assim quando a ancoragem estiver abaixo da linha da cintura, caso tenha uma queda, será registrada como
fator de queda 02.

38. REGRAS GERAIS


Recomendações para trabalho em Altura:

- Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço;


- Sob forte ameaça de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o serviço;
- Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas e ripas estuques), e instalar uma prancha
móvel;
- Usar cinto de segurança ancorado em local adequado;
- Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado;
- É proibido arremessar material para o solo, para isso deve ser utilizado equipamento adequado
(cordas ou cestas especiais). Caso não seja possível, a área destinada para jogar o material deve ser
cercada, sinalizada e com a devida autorização do SESMT da empresa contratante;
- Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas;
- Instalações elétricas provisórias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas autorizados;
- Imobilizar a escada ou providenciar para que alguém se posicione na base para calçá-la; - Ao
descer ou subir escadas, fazer com calma e devagar; - Não improvisar.

39. MAQUINAS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS ESPECIAIS


Segundo a “10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e
ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de
proteção, respeitando as recomendações do fabricante e as influências externas”.

A NR-10 refere-se às ferramentas e aos equipamentos utilizados quanto a realização das atividades
desenvolvidas no SEP.

Os equipamentos e as ferramentas devem ser adequados à classe de tensão e às especificações do fabricante


conforme os itens 10.4.3 e 10.4.1 da NR-10.
Ainda de acordo com a “10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento
elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e devem ser inspecionados e testados de acordo com
as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes”.

Equipamentos e Ferramentas na Geração

Durante as atividades de manutenção, realizadas de forma programada, são utilizados instrumentos de ensaio
elétrico, para avaliar as condições dos equipamentos da usina.

Tendo em vista que uma unidade geradora possui equipamentos de grande porte, é fundamental o uso de
máquinas ou equipamentos para içamento e/ou arraste.

Em usinas é comum a presença de ponte rolante utilizada para desmontagem da unidade geradora, para que
possa ser realizada a manutenção

Equipamentos e Ferramentas em Linhas de Transmissão

As linhas de transmissão aérea são realizadas em altura, em que é fundamental o uso de equipamento para
içamentos de matérias como, cadeia de isoladores, treliças das estruturas e etc.

Nas atividades em que se utiliza a técnica de trabalho com a linha energizada, as ferramentas que estão
submetidas a uma diferença de potencial necessitam de ensaios periódicos para avaliar sua isolação elétrica.

As ferramentas devem ter níveis de isolação de acordo com a classe de tensão do trabalho, principalmente nas
atividades de linha viva.

Nessa atividade de linha viva as ferramentas são fundamentais para a segurança dos profissionais de serviços,
lembrando que no início de cada tarefa as ferramentas e os equipamentos devem ser conferidos e testados.

Equipamentos e Ferramentas na Rede de Distribuição Subterrânea


Neste caso, utiliza-se um equipamento específico chamado detector de gases, fundamental nos trabalhos em
redes subterrâneas, este equipamento deve possuir capacidade de medição para os seguintes gases e/ou
vapores:

- Medidas de oxigênio;
- Monitores de gases combustíveis;
- Instrumentos para vapores e gases tóxicos.

Os equipamentos somente podem ser utilizados após a calibração em estações de gás padrão.

É importante garantir que eles possam ser usados apenas com equipamentos providos de sensores dentro dos
prazos de validade.

Estes equipamentos devem emitir sinais sonoros e luminosos quando a concentração de gases ultrapassar os
limites permitidos.

PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO


40. SISTEMAS DE PROTEÇÃO COLETIVA
Segundo o item 10.2.8.1 da NR 10, em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser
previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores.

As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente:

- Desenergização elétrica e, na sua


impossibilidade; - Emprego de tensão de
segurança.

Instalação Elétrica Desenergizada

Para que uma instalação elétrica possa ser considerada desenergizada, é necessário implementar
sequencialmente os seguintes passos:

1) Determinação dos pontos de seccionamento e aterramento da instalação

Na Sequência de Manobras, deverão ser indicados os pontos onde o circuito será interrompido através dos
dispositivos de manobra e os pontos onde serão instalados os conjuntos de aterramento temporário, visando
reduzir as consequências de uma energização acidental.

2) Seccionamento

Todas as fontes de energia que alimentam a instalação elétrica a ser desenergizada deverão ter seus circuitos
de alimentação seccionados, através dos correspondentes equipamentos de manobra.

3) Impedimento de reenergização

Todos os equipamentos de manobra deverão ser bloqueados, por meios mecânicos (chaves e cadeados), na
posição de seccionamento das fontes, de modo a impedir a reenergização não autorizada da instalação;

4) Constatação da ausência de tensão

A ausência de tensão nos pontos onde serão instalados os conjuntos de aterramento temporário, deverá ser
confirmada através de instrumentos apropriados (detectores de tensão, voltímetros). Antes e depois de serem
utilizados, os instrumentos deverão ter sua validade de calibração verificada e serem testados quanto ao
funcionamento, de modo a garantir a confiabilidade da indicação da ausência ou presença de tensão;

5) Instalação do conjunto de aterramento temporário

Após a constatação da ausência de tensão, o conjunto de aterramento temporário, com a equipotencialização


dos condutores dos circuitos, deverá ser instalado em todos os pontos previamente determinados no
planejamento, visando isolar eletricamente a área de trabalho.

6) Proteção de elementos energizados

Os elementos energizados existentes na Zona Controlada, próximos da área de trabalho, deverão receber
proteção isolante, de modo que as suas partes condutoras fiquem segregadas.

7) Instalação de sinalização de impedimento de reenergização

Avisos de segurança deverão ser instalados nos equipamentos de manobra que forem seccionados ou o mais
próximo deles, de modo a evitar a tentativa de reenergização não autorizada da instalação. Nos avisos deverão
conter o nome da empresa que está executando o serviço, do responsável local pelo serviço, função ou cargo,
área de lotação, data e o período previsto do bloqueio.
O processo de desenergização e reenergização é fundamental para a segurança do trabalhador nas intervenções
em instalações elétricas. Este processo está detalhado na NR-10, onde o aterramento temporário consta como
um dos passos deste processo.

Para este processo, devem ser emitidas Ordens de Serviço, ARPT e Sequência de Manobras.

Seccionamento

É a ação da interrupção da alimentação elétrica em um equipamento ou circuito. A interrupção é executada com


a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de manobra, geralmente o disjuntor alimentador do
equipamento ou circuito a ser isolado. Sempre que for tecnicamente possível, deve-se promover o corte visível
dos circuitos, provendo afastamentos adequados que garantam condições de segurança específica, impedindo
assim a existência de tensão elétrica no equipamento ou circuito.

O seccionamento tem maior eficácia quando há constatação visual da separação dos contatos (abertura de
seccionadora, retirada de fusíveis, etc.). A abertura da seccionadora deverá ser efetuada após o desligamento
do circuito ou equipamento a ser seccionado, evitando-se, assim, a formação de arco elétrico.

Impedimento de Reenergização

É o processo pelo qual se impede o religamento acidental do circuito desenergizado. este impedimento pode
ser feito por meio de bloqueio mecânico, como por exemplo:

- Através de seccionadora de alta tensão, utilizando cadeados que impeçam a manobra de religamento
pelo travamento da haste de manobra;
- Retirada dos fusíveis de alimentação do local;
- Travamento da manopla dos disjuntores por meio de cadeado ou lacre. Extração do disjuntor quando
possível.

Constatação da Ausência de Tensão

Habitualmente, a constatação da ausência de tensão é realizada por meio de sinalização luminosa ou de


voltímetro instalado no próprio painel. É necessário verificar a existência de tensão em todas as fases do circuito.
Na inexistência ou na inoperabilidade de voltímetros no painel, é fundamental a constatação da ausência de
tensão com equipamentos apropriados, como por exemplo, voltímetro, detectores de tensão de proximidade
ou contato.

Instalação do Conjunto de Aterramento Temporário

A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a equipotencialização dos circuitos


desenergizados (condutores ou equipamento), ou seja, ligar eletricamente ao mesmo potencial, no caso ao
potencial de terra, interligando-se os condutores ou equipamentos à malha de aterramento através de
dispositivos apropriados ao nível de tensão nominal do circuito.
Proteção de Elementos Energizados

Verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou do equipamento que irá
sofrer intervenção. É de fundamental importância a checagem dos procedimentos, materiais e EPIs necessários
para a execução dos trabalhos, obedecendo a tabela de zona de risco e zona controlada. A proteção poderá ser
feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo com a análise de risco.

Instalação de Sinalização de Impedimento de Reenergização

Este tipo de sinalização é utilizado para diferenciar os equipamentos energizados


dos não energizados, o qual deverá ser fixado no dispositivo de comando do
equipamento principal um aviso de que ele está impedido de ser energizado.
Somente depois de efetuadas todas as etapas discriminadas anteriormente, o
equipamento ou circuito estará no estado desenergizado, podendo assim ser
liberado para intervenções pelo profissional responsável.

Porém, o mesmo pode ser modificado com a alteração da ordem das etapas ou
mesmo com o acréscimo ou supressão de etapas, dependentemente das
particularidades do circuito ou equipamento a ser executada a desenergização, e a
aprovação por profissional responsável.

Caso não seja possível implementar estes procedimentos, deverão ser utilizadas outras medidas de proteção
coletiva, como:

- Isolamento de partes vivas;


- Obstáculos, barreiras;
- Sinalização;
- Seccionamento automático;
- Bloqueio do religamento automático.

Isolamento das Partes Vivas

São elementos constituídos de materiais dielétricos (não condutores de eletricidade)


que têm por objetivo isolar condutores ou outras partes da estrutura que estão
energizadas, para que os serviços possam ser executados com efetivo controle dos
riscos pelo trabalhador.

Barreiras e Obstáculos

São dispositivos que impedem qualquer contato acidental de pessoas ou animais com partes energizadas das
instalações elétricas.
Uso de Obstáculos

Os obstáculos devem impedir:

- Uma aproximação física não intencional das partes vivas;


- Contatos não intencionais com partes vivas durante atuações sobre o equipamento, estando o
dispositivo em condições normais de uso.
- Os obstáculos podem ser retirados sem auxílio de ferramenta ou chave. Porém, deverão ser fixados de
modo que impeça qualquer remoção involuntária.

Sinalização

A sinalização é o procedimento de segurança do trabalho que promove a identificação


(indicação, informação e avisos), as orientações (instruções de bloqueios e de direção) e
as advertências (proibição e impedimentos) nos ambientes de trabalho. Este
procedimento deve ser aplicado em situações envolvendo os serviços e instalações
elétricas e utilizado em conjunto com o obstáculo, do mesmo modo que acontece nas
atividades do sistema elétrico de potência.

Seccionamento Automático da Alimentação

O seccionamento automático possui um dispositivo de proteção que deverá separar automaticamente a


alimentação do circuito ou equipamento por ele protegido, sempre que uma falta der origem a uma corrente
superior ao valor determinado e ajustado.

Bloqueios e Impedimentos

Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo de manobra fixo em uma
determinada posição, de forma a impedir uma ação não autorizada. Em geral utiliza-se cadeados. É importante
que tais dispositivos possibilitem mais de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado. Um exemplo
disso é o uso de cadeados para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de manutenção.
Estes dispositivos impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra (chaves e/ou
interruptores).

Sistemas de Proteção Coletiva nas Usinas

Em função dos aspectos operacionais e de segurança das usinas, conclui-se que a principal técnica de proteção
coletiva para evitar os riscos do SEP refere-se a desenergização, o que consta no item 10.5.1 da nr-10, quando
da realização de uma manutenção.

nos locais de operação da usina são empregados dispositivos de isolação, obstáculos ou barreiras, para evitar
qualquer tipo de contato com a rede elétrica energizada.

Sistemas de Proteção Coletiva em Linhas de Transmissão

A desenergização elétrica é o principal sistema de proteção coletiva empregado nos trabalhos


desenvolvidos em linhas de transmissão, haja vista que em função dos elevados níveis de tensão o uso
de anteparos e obstáculos não é uma medida aplicável e eficaz.

Sistemas de Proteção Coletiva na Rede de Distribuição Aérea

A principal técnica a ser aplicada no âmbito de proteção coletiva para os trabalhos com a rede de
distribuição aérea consiste na desenergização. Contudo, não é possível aplicar esta técnica em todas em
todas as atividades, devido a necessidade de evitar que ocorra o desligamento dos consumidores de
energia elétrica.

Quando não for possível realizar a desenergização, o serviço poderá ser realizado com a presença de tensão na
rede utilizando os métodos de ‘’contato’’ ou ‘’distância’’.

Sistema Subterrâneo de Proteção Coletiva na Distribuição

Para realizar uma tarefa no sistema de distribuição subterrâneo, é necessário um bom planejamento antes de
iniciar a execução, passando pela verificação do projeto existente e identificação dos riscos.

Deve-se levar em consideração alguns fatores para a execução de tarefas relacionadas ao sistema de distribuição
subterrâneo, entre eles destacamos:

- Percurso e localização dos poços de inspeções subterrâneos;


- Trânsito de veículo e/ou de pedestre;
- Necessidade de apoio da autoridade de trânsito;
- Quantidade, características e riscos dos espaços confinados (existência de gases, inundações,
etc.);

- Melhor horário para execução dos trabalhos;


- Especificações de equipamentos de proteção coletiva e individual (EPC`s, EPI`s, quantidade de cones);
- Equipamento de resgate;
- Detector de gases;
- Caso o trabalho esteja sendo realizado em um ambiente considerado confinado, é fundamental que
todos os aspectos de segurança estabelecidos pela NR-33 sejam cumpridos;
- Por fim, com relação ao aspecto elétrico, o método de proteção coletiva mais recomendado e utilizado
para a realização de atividades na rede de distribuição subterrânea é a desenergização do local de
trabalho.

Sistemas de Proteção Coletiva na Subestação

Existem várias formas de realizar a proteção coletiva em uma subestação. Uma delas é a necessidade de os
profissionais manterem um certo afastamento dos equipamentos energizados.

Dentre várias características, uma que pode ser destacada é que o projeto das subestações prevê o uso de
barreiras e obstáculos para evitar contatos indesejados com as partes energizadas.

Na realização de um trabalho envolvendo contato ou proximidade com barramentos e cabos não


protegidos, deverá ser priorizada, sempre que possível, a desenergização. Para isso, será imprescindível
o cumprimento de todas as determinações estipuladas pela NR-10.

41. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP


O trabalhador que atua em instalações elétricas deverá adotar medidas preventivas de controle dos riscos
elétrico e adicionais, conforme preconiza a NR-10.

Nos itens seguintes, observaremos as diretrizes que orientam as técnicas de análise de risco no Sistema Elétrico
de Potência.

O item 10.2.1 orienta que em todas as intervenções em instalações elétricas deverão ser adotadas
medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

Da mesma forma, o item 10.4.2 instrui que nos trabalhos e nas atividades referidas deverão ser adotadas
medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura,
confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros
agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.

Os riscos elétricos estão diretamente associados ao choque elétrico, arco elétrico e ao campo
eletromagnético. Já os riscos adicionais consideram outros agravantes, tais como o trabalho em áreas
confinadas, áreas sujeitas a acentuados riscos de incêndio ou explosão, e ainda, áreas submetidas à fauna,
por exemplo.

Técnicas de Análise de Risco na Geração

A análise de riscos na fase de geração abrange diversos fatores devido à variedade dos tipos de trabalho. Além
disso, deve-se levar em consideração as características particulares de cada modelo de usina.

Sob o ponto de vista de segurança do trabalho, as atividades desenvolvidas nas salas de controle possuem
características menos perigosas em relação aos trabalhos realizados nas unidades geradoras.

As atividades desenvolvidas nas unidades geradoras podem ser executadas com a turbina parada ou em
movimento. Como exemplo de atividades com a turbina parada temos a manutenção preventiva da
mesma e, com a turbina em movimento, inspeções rotineiras.
Quando a turbina está em operação, geralmente as partes móveis estão enclausuradas ou são de difícil
acesso. Um exemplo disso é uma pá eólica posicionada a 50m de altura. Mesmo assim, há a presença de
vibração que pode ser a causa por eventuais quedas.

A tensão de saída das unidades geradoras pode variar entre 12kV e 20KV (podendo ter valores menores
em usinas de pequeno porte). A energia produzida pelo gerador é transmitida até o transformador
elevador por meio de cabos ou barramentos, os quais podem ser blindados ou simplesmente protegidos
por tela. Neste caso, deverão ser adotados cuidados para que nenhum objeto seja introduzido pela trama
da tela, a fim de evitar a ocorrência de um choque elétrico.

Nas situações em que uma unidade geradora é desativada para manutenção, deverá ser feita uma análise
prévia para constatação de que todos os dispositivos de desligamento dessa unidade estejam bloqueados
e sinalizados, a fim de evitar qualquer tipo de acionamento indevido.

As verificações de bloqueio deverão ser realizadas tanto nos equipamentos mecânicos como nos
dispositivos elétricos, como por exemplo, nos disjuntores de saída das unidades geradoras para evitar a
ocorrência de uma energização acidental provocada pela subestação existente na saída da usina.

Geralmente, os equipamentos de uma usina possuem grandes dimensões. Portanto, toda e qualquer
movimentação de equipamento deve ser realizada de forma muito cautelosa, precedida de uma análise
da capacidade e condições de conservação dos equipamentos de içamento e arraste. Os profissionais
envolvidos na operação deverão estar sempre atentos às movimentações das peças, evitando assim,
esmagamentos.

Técnicas de Análise de Risco na Transmissão

Assim como em toda a atividade na área elétrica, os trabalhos envolvidos na fase transmissão deverá ser
realizados com base na elaboração da análise de risco da atividade a ser executada, conforme determina a
NR-10, nos itens 10.2.1 e 10.7.5.

10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas deverão ser adotadas medidas preventivas de
controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a
garantir a segurança e a saúde no trabalho.

10.7.5 Antes do início de trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe
responsável pela execução do serviço, deverão realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as
atividades e ações a serem desenvolvidas.

Essas atividades têm a obrigação atender aos princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança
em eletricidade aplicáveis ao serviço.

Riscos Adicionais

Os riscos adicionais se referem à segurança e à saúde dos trabalhadores no setor de transmissão de energia
elétrica, os quais são eletrizados e podem provocar lesões graves.

Além dos riscos de origem elétrica, choque elétrico, arco elétrico e campo elétrico magnético, outros riscos
adicionais se fazem presentes.

Ataque de Animais
Os ataques de animais também podem contribuir para a ocorrência de uma
eventual queda. Normalmente, nas atividades em linhas de transmissão, os
trabalhadores se deparam com a presença de insetos, como aranhas, cobras,
escorpiões, formigas, abelhas etc. Além destes, animais de grande porte também
podem ser encontrados, como onça, raposa, etc. A principal causa do
aparecimento de animais é o local onde as tarefas são executadas. Muitas vezes
ocorre em matas ou locais de pouca ocupação humana.

Risco de Queda

A queda é uma das maiores causas de acidentes envolvendo serviços em altura. Isso acontece, pois
frequentemente há a realização de atividades em torres ou nos condutores em altura. Atualmente, foram
desenvolvidas novas técnicas aliadas a novos equipamentos a fim de minimizar este risco. O risco de queda é
agravado na fase de transmissão, pois em função da altura da torre, ocorrem rajadas de vento e sua escalada
se torna cansativa para o trabalhador.

Radiação Solar

A maioria das atividades na fase de transmissão são realizadas em áreas


abertas, expondo assim, os trabalhadores à radiação solar.

Por esse motivo, deverão ser adotadas medidas de proteção para este risco
adicional, como o uso de protetor solar, roupas apropriadas e etc.

Afogamento

No acesso aos locais de trabalho, é comum que o trabalhador encontre a necessidade de cruzar rios, lagos ou
braços marítimos. Ao efetuar essa passagem mediante o uso de botes ou outros meios de transporte, torna-se
necessária a utilização de coletes salva-vidas, a fim de evitar afogamentos.

Técnicas de Análise de Risco na Distribuição

Todo trabalho que envolva a aproximação ou contato com a rede de distribuição aérea deve ser precedido de
medidas preventivas dos riscos elétricos e demais riscos inerentes às atividades a serem desenvolvidas, além do
que é necessária a documentação dos procedimentos de trabalho. Tais medidas visam prevenir a ocorrência de
acidentes e auxiliar a gestão das atividades a serem desenvolvidas.

As medidas adotadas deverão ser somadas às medidas de controle sobre os riscos ambientais e demais ações
que as empresas adotem no âmbito corporativo.

É fundamental que seja feita uma Análise Preliminar de Risco (APR) antes do início da atividade, a fim de que
toda a equipe possa mapear os riscos existentes no momento da execução da tarefa.
Existem técnicas de análise de risco apropriadas para cada tipo de tarefa que será desenvolvida na rede de
distribuição aérea. Diante disso, serão apresentados aspectos de segurança referentes a alguns tipos de tarefa
nessas redes.

Poda de Árvores

Alguns cuidados especiais devem ser observados quanto à realização de podas de árvores em proximidade à
redes elétricas.

Os primeiros passos a serem seguidos são:

- A empresa executora deverá ter permissão prévia dos órgãos ambientais do município; e
- A equipe necessitará obter um treinamento específico sobre tipos de árvores e as formas adequadas de
poda, sem prejudicar a saúde da árvore e o seu equilíbrio em relação aos galhos.

Na execução de trabalhos envolvendo podas de árvores, sempre que possível, a rede deverá estar desenergizada
e os trabalhadores terão a responsabilidade de atuar entre os pontos de aterramento. No entanto, é comum
haver trabalhos de poda com a rede energizada.

Neste caso, deverão ser realizados todos os procedimentos descritos nos trabalhos de linha viva e,
principalmente, estar atento à direção e sequência de poda, de modo que não exista o contato dos galhos com
partes da rede desprotegida.

Os principais fundamentos para trabalhos que envolvem poda de árvores com a linha viva são:

- Manter a distância de segurança das partes energizadas;


- Solicitar o bloqueio do religamento automático do circuito de alta tensão;
- Analisar a trajetória dos galhos cortados;
- Providenciar a remoção de insetos e animais, caso existam;
- Seguir normas e procedimentos da empresa;
- Distribuir a tarefa , comentar os risco e o objetivo a ser alcançado preenchendo a previamente a Análise
Preliminar de Risco (APR);
- Quando da utilização de caminhão, não trabalhar sobre o baú;
- Evitar apoiar a escada em galhos. Utilizar a cesta aérea com braço e cesto isolante sempre que a equipe
for trabalhar próxima a rede de alta tensão;
- Remover a cobertura do braço isolante da cesta aérea;
- Aterrar a cesta aérea;
- Isolar toda a rede situada mais abaixo, seguindo procedimentos de trabalhos em linha viva; -
Amarrar a carretilha no suporte da caçamba;

- Cortar os galhos, iniciando pelos mais finos;


- Verificar a direção da queda dos galhos;
- Cortar cada galho rente ao tronco, iniciando de baixo para cima e, concluindo de cima para baixo.

Técnicas de Análise de Risco na Subestação

A análise de risco dos trabalhos em subestação deverá começar antes da entrada no local. Do lado de fora da
subestação, deverá ser feita inicialmente uma verificação geral, com o propósito de identificar a existência de
alguma situação que coloque o trabalhador em perigo.
Um exemplo disso é a possibilidade da presença de fogo na subestação. Esta ocorrência é capaz de ser observada
pelo lado de fora do local. A identificação da situação de risco não significa, necessariamente, que o profissional
não deva adentrar o recinto. No entanto, após reconhecida qualquer ocorrência de risco, deverão ser adotadas
medidas preventivas com o objetivo de não expor o trabalhador a eventual acidente.

Entretanto, não e possível realizar toda a análise de risco pelo lado de fora, haja vista que em caso de grandes
subestações, o profissional não conseguirá observar todo o local a partir de um único ponto. Afinal, para a
realização de uma boa análise, é necessário fazer uma inspeção visual detalhada de todo o ambiente.

Durante a análise de risco, alguns fatores e condições extremas também devem ser observados e avaliados, por
exemplo, objetos que estejam obstruindo a rota de fuga, conduções meteorológicas, sinalização, condição do
trânsito etc.

Ao adentrar na subestação é muito importante a verificação das condições operativas e do estado de


conservação dos disjuntores e das chaves seccionadoras, os quais são os principais dispositivos de manobra.

A análise de risco também deve contemplar a observação e o alerta dos profissionais, pois alguns equipamentos
podem ser acionados manual e/ou automaticamente, provocando ruídos que podem assustar os envolvidos,
como a operação de um disjuntor. Também pode ocorrer o acionamento de equipamentos que podem causar
eventuais acidentes. Por exemplo, quando um ventilador de resfriamento do transformador é ligado.

Outro ponto importante a ser mencionado é a observação das condições dos isoladores, cabos, para-raios e
demais equipamentos energizados. Apesar de o risco mais elevado estar presente nas instalações de alta tensão,
a análise de risco não pode ignorar as instalações de baixa tensão, assim como nos painéis de serviços auxiliares
e o banco de baterias.

Além dos riscos com eletricidade, durante análise prévia deverão ser considerados outros riscos adicionais
típicos de subestações, como:

- A presença de óleo no chão, a qual pode causar quedas;


- A existência de animais dentro dos limites da subestação;
- Infiltrações de água que possam causar redução das condições de isolação dos equipamentos, etc.

De modo geral, a análise de risco deverá ser realizada e documentada antes do início da tarefa e de
preferência elaborada pelo líder do grupo ou profissional com maior experiência. O documento com o
registro da análise de risco e a assinatura de todos os profissionais envolvidos, deverá permanecer na
subestação durante a realização da atividade e protegido de más condições climáticas. Todos os
profissionais ligados ao serviço, deverão ter acesso ao documento da análise de risco para esclarecimento
de eventuais dúvidas.

42. ANÁLISE DE RISCOS


A análise de riscos procura identificar e antecipar os perigos nas instalações, nos processos, nos produtos e nos
serviços. Além disso, busca também verificar os riscos associados ao homem, ao meio ambiente e à propriedade,
propondo medidas para o seu controle.

Os principais passos para a avaliação dos riscos são:

- Identificar e avaliar o perigo;


- Estimar a probabilidade e a gravidade do dano;
- Analisar o risco;
- Decidir se o risco é tolerável; e
- Controlar o risco (através de medidas de controle).
A APR é uma técnica de avaliação prévia dos riscos presentes na realização de uma determinada atividade. Esta
ferramenta consiste no detalhamento minucioso de cada etapa do trabalho e dos riscos envolvido na tarefa.

A Análise Preliminar de Risco deverá ser sempre desenvolvida com a participação dos trabalhadores e
implantada antes da execução de determinadas atividades, seja para trabalhos realizados pela própria empresa
ou através de empresas contratadas.

Procedimentos de Trabalho - Análise e Discussão

Procedimento de trabalho é o nome que se dá aos documentos que relatam todas as fases de execução de uma
atividade ou de um processo contendo todos os detalhes, tendo os requisitos de segurança como premissa
fundamental.

As atividades de construção, operação e manutenção em instalações elétricas deverão ser exercidas de acordo
com as normas, instruções e os procedimentos emitidos pelos respectivos órgãos competentes, de modo a ser
executado corretamente e com segurança.

A NR-10, em seu item 10.11.1, recomenda que: “Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e
realizados em conformidade com os procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8
desta NR”.

10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica,
competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.

Procedimento de Trabalho na Geração

Substituição de um amperímetro da unidade geradora.

Objetivo: Fazer a substituição de um amperímetro localizado no painel da sala de controle de uma unidade
geradora.

Campo de Aplicação: Painel de instrumentos da sala de controle da usina X.

Base Técnica: Possuir ordem de serviço específica para execução da tarefa.

Diagrama unifilar e trifilar atualizado do painel.

Norma Regulamentadoras 06, 10, 17, 26.

Competências:

Os profissionais devem ter conhecimentos de eletricidade e serem autorizados pela empresa conforme item
10.8.8.1 da NR-10.

Responsabilidades:

A responsabilidade pela execução do serviço é do setor de manutenção da usina.

Material necessário:

Amperímetro de painel para substituição.

Ferramental necessário:

Ferramental diversas, alicate amperímetro.


Equipamento de proteção coletiva:

- cartões de sinalização padronizados;


- cones e fita para isolamento da área.

Medidas de Controle:

- Utilizar os EPI padrão definidos pela área de segurança; - Identificar os equipamentos nos
diagrama elétricos.

Sequência de Tarefa

- Identificar o amperímetro a ser substituído;


- Sinalizar o local de trabalho;
- Com o uso de um alicate amperímetro, identificar se há corrente elétrica;
- Localizar a chave de aferição;
- Abrir o circuito da chave de aferição que alimenta o amperímetro a ser substituído;
- Verificar com a alicate amperímetro se a corrente foi reduzida a zero;
- Identificar a polarização dos fios que alimentam o amperímetro;
- Soltar os fios do amperímetro;
- Retirar o amperímetro do painel;
- Fixar o novo amperímetro;
- Conectar os fios ao novo amperímetro;
- Fechar o circuito da chave de aferição;
- Verificar se o novo amperímetro passou a medir a corrente elétrica; e finalmente, - Retirar a
sinalização.
-

Disposições Gerais: Informar aos operadores da usina presentes na sala de controle sobre o serviço que será
realizado.

Orientações Finais: Ao termino do serviço deve ser feito uma verificação se o valor da corrente que está sendo
apresentada no amperímetro está coerente com o valor real, através de um medidor com o alicate
amperímetro, projetado para o primário do transformador de corrente através da multiplicação pela relação de
transformação, que deve contar nos diagramas elétricos.

Estes equipamentos necessitam estar em conformidade técnica, assim como todos os outros que estejam
presentes na sala de controle, a fim de viabilizar a atuação dos trabalhadores.

Informações Importantes

Algumas informações importantes relacionadas ao SEP:

- Na execução de todo e qualquer serviço em instalações elétricas, deve-se sempre levar em consideração
as instruções e recomendações pertinentes a cada caso específico.

- Toda atividade operacional realizada por um trabalhador, que interaja no SEP, é sujeita a ser detalhada
em uma sequência lógica.

- A garantia da segurança em serviços no SEP é fundamental e obrigatória.


- Os trabalhos no SEP estão classificados nas áreas de construção/montagem, manutenção e operação de
instalações.

- A técnica de linha viva é uma modalidade de manutenção e construção nas quais os trabalhadores atuam
diretamente ou “em proximidade” dos equipamentos e condutores energizados;

- Os trabalhos poderão ser executados em instalações industriais ou concessionárias, em


estabelecimentos localizados em subestações de usinas ou linhas de transmissão e distribuição de
energia, urbanas ou rurais.

Pedido para Execução de Serviço – PES

Documento emitido para solicitação da área funcional responsável pelo sistema ou instalação, o impedimento
de equipamento, sistema ou aparelhagem, visando a realização dos serviços. Neste documento deverá conter
as informações necessárias para a realização das atividades, tais como: descrição do serviço, número do projeto,
local, trecho ou equipamento isolado, data, horário, condições de isolamento, responsável, observações,
emitente, entre outros.

O PES deverá ser emitido para cada serviço, quando houver impedimentos distintos. Quando houver dois ou
mais serviços que envolvam o mesmo impedimento, sob a coordenação do mesmo responsável, será emitido
apenas um PES. Nos casos em que, para um mesmo impedimento, houver dois ou mais responsáveis,
obrigatoriamente será emitido um PES para cada responsável, mesmo que pertençam à mesma área.

Quando existir alteração de configuração do sistema ou instalação na programação de impedimento, o projeto


atualizado deverá ser encaminhado à área funcional responsável pela atividade. Caso não exista a possibilidade
de envio do projeto atualizado, é de responsabilidade do órgão executante elaborar um “croqui” contendo
todos os detalhes necessários que garantam a correta visualização dos pontos de serviço e das alterações de
rede a serem executadas.

Aprovação do PES

Depois de efetuada a programação e o planejamento da execução da atividade, a área funcional responsável,


disponibilizará o documento PES no sistema para consulta e utilização dos órgãos envolvidos.

Ficará a cargo do gestor da área executante, a entrega da via impressa do PES aprovado ao responsável pelo
serviço, o qual deverá estar de posse do documento no local de trabalho.

Para todo PES deverá ser gerada uma Ordem de Serviço – OS ou Pedido de Turma de Emergência PTE (ou
documento similar). A área funcional responsável autorizará o início da execução da atividade após confirmar
com o responsável pelo serviço, os dados constantes no documento em campo, certificando-se de sua
igualdade. Após a conclusão das atividades e liberação do responsável pelo serviço, a área funcional
responsável, coordenará o retorno à configuração normal de operação, retirando toda a documentação
vinculada à execução do serviço.

Liberação para Serviços Procedimentos

gerais:

Constatada a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá ser obtido o maior
número possível de informações para subsidiar o planejamento. No planejamento será estimado o tempo de
execução dos serviços, adequação dos materiais, previsão de ferramentas específicas e diversas, número de
empregados, levando-se em consideração o tempo disponibilizado na liberação. As equipes serão
dimensionadas e alocadas, garantindo a agilidade necessária à obtenção do restabelecimento dos circuitos com
a máxima segurança no menor tempo possível.

Procedimentos Básicos para Liberação

O programa de manobra deverá ser conferido por um empregado diferente daquele que o elaborou. Os
procedimentos para localização de falhas, dependem especificamente da filosofia e padrões definidos por cada
empresa, os quais deverão ser seguidos na íntegra conforme procedimentos homologados, impedindo
improvisações do restabelecimento.

Em caso de qualquer dúvida quanto a execução toda manobra para liberação ou trabalho, o executante deverá
consultar o responsável pela tarefa ou a área funcional responsável sobre quais procedimentos deverão ser
adotados para garantir a segurança de todos.

A liberação para execução de serviços (manutenção, ampliação, inspeção ou treinamento) não poderá ser
executada sem que o empregado responsável esteja de posse do documento específico, emitido pela área
funcional responsável, o qual autoriza a liberação do serviço.

Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando de determinados


equipamentos, deverá ser colocada sinalização específica para este fim, de modo a propiciar um alerta
claramente visível ao empregado autorizado a comandar ou acionar os equipamentos.

As providências para retorno à operação de equipamentos ou circuitos liberados para manutenção não deverão
ser tomadas sem que o responsável pelo serviço tenha devolvido todos os documentos que autorizem sua
liberação.

Sinalização

A sinalização de segurança consiste em um procedimento padronizado destinado a orientar, alertar, avisar e


advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes, proibições de ingresso ou acesso,
cuidados e identificação dos circuitos ou parte deles.

É de fundamental importância a existência de procedimentos de sinalização padronizados, documentados e que


sejam conhecidos por todos os trabalhadores (próprios e prestadores de serviços).

Situações em que se aplicam as sinalizações de segurança:

- Identificação de circuitos elétricos;


- Travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
- Restrições e impedimentos de acesso;
- Delimitações de áreas;
- Sinalização de áreas de circulação de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; -
Sinalização de impedimento de energização;
- Identificação de equipamento ou circuito impedido.
43. INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL E EQUIPAMENTO
As inspeções regulares nas áreas de trabalho, nos serviços a serem executados, no ferramental e nos
equipamentos utilizados, consistem em um dos mecanismos mais importantes de acompanhamento dos
padrões desejados.

O principal objetivo das inspeções é a vigilância e controle das condições de segurança do meio ambiente
laboral, visando à identificação de situações “perigosas” e que ofereçam “riscos” à integridade física dos
empregados, contratados, visitantes e terceiros que adentrem a área de risco, evitando assim, que situações
previsíveis possam levar a ocorrência de acidentes.

Essas inspeções deverão ser realizadas para que as providências necessárias possam ser tomadas, com o intuito
de corrigir os possíveis problemas. Em caso de risco grave e iminente (por exemplo: empregado trabalhando em
altura sem cinturão de segurança, sem luvas de proteção de borracha, sem óculos de segurança, etc.), a
atividade deverá ser paralisada e imediatamente contatado o responsável pelo serviço, para que as medidas
cabíveis sejam tomadas.

Inspeções gerais:

Deverão ser realizadas anualmente, com o apoio dos profissionais do SESMT e Supervisores das áreas
envolvidas. Estas inspeções atingem a empresa como um todo. Algumas empresas já mantêm este tipo de
inspeção sob o título de “auditoria”, uma vez que é sistemática, documentada e objetiva.

Inspeções parciais:

São realizadas nos setores seguindo um cronograma anual com escolha predeterminada ou aleatória. Quando
se usam critérios de escolhas, estes estão relacionados com o grau de risco envolvido e com as características
do trabalho desenvolvido na área. São as inspeções mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por
cipeiros no seu próprio local de trabalho.

Inspeções periódicas:

São realizadas com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou estudo complementar de
possíveis incidentes. Elas estão ligadas ao acompanhamento das medidas de controle sugeridas para os riscos
da área. São habitualmente utilizadas nos setores de produção e manutenção.

Inspeções por denúncia:

Através de denúncia anônima ou não, poderá ser solicitada uma inspeção em local onde há riscos de acidentes
ou agentes agressivos à saúde e meio ambiente. Além de realizar a inspeção no local, deverá, ainda, ser efetuado
um levantamento detalhado sobre o que, de fato, está acontecendo, buscando informações adicionais junto à:
fabricantes, fornecedores, SESMT e supervisor da área onde a situação ocorreu. Detectado o problema, caberá
aos responsáveis implementar medida de controle e acompanhar sua efetiva implantação.
Inspeções cíclicas:

São aquelas realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, uma vez que exista um parâmetro que norteie
esses intervalos. Podemos citar como exemplo as inspeções realizadas no verão, quando aumentam as
atividades nos segmentos operacionais.

Inspeções de rotina:

São realizadas em setores onde há a possibilidade de ocorrer incidentes/ acidentes. Nesses casos, o SESMT deve
estar alerta aos riscos, bem como conscientizar os empregados do setor para que observem as condições de
trabalho, de tal modo que o índice de incidentes/acidentes diminua. Esta inspeção não pode ser duradoura, ou
seja, à medida que os problemas forem regularizados, o intervalo entre as inspeções será maior até que se torne
periódico. O importante é que o empregado "não se acostume" com a presença da “supervisão de segurança”,
para que não seja caracterizada uma dependência do supervisor para resolução de possíveis ocorrências de
acidentes/incidentes.

Cuidados Antes da Inspeção

Antes do início da inspeção, deverá ser preparado um check-list por setor, contendo as principais condições de
risco existentes em cada local, onde ainda, deverá apresentar um campo em branco para anotação das
condições de riscos não presentes no check-list. Em resumo, trata-se de um roteiro que facilitará a observação.
É importante que o empregado possua uma” visão crítica”, a fim de examinar novas situações (atitudes de
empregados e locais) não previstas na análise de risco inicial.

Não basta apenas reunir o grupo e fazer a inspeção. É necessário que haja um padrão, onde todos os envolvidos
estejam conscientes dos resultados que se esperam alcançar. Nesse sentido, é importante que se faça uma
inspeção piloto para que todos os envolvidos vivenciem a dinâmica e tirem suas dúvidas. Essas inspeções devem
perturbar o mínimo possível as atividades do setor submetido.

Além disso, todo encarregado/supervisor deve ser previamente comunicado de que seu setor passará por uma
inspeção de segurança. Chegar de surpresa poderá causar constrangimentos e criar um clima desagradável.

44. DOCUMENTAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PIE - Prontuário das Instalações Elétricas

O PIE (Prontuário de Instalações Elétricas) é um sistema organizado de informações que representa as


instalações elétricas e os trabalhadores;

O sistema sintetiza o conjunto de procedimentos, ações, documentações e programas que uma empresa
mantém ou que planeja executar para proteger o trabalhador dos riscos elétricos.

A empresa organiza o pie para os seguintes fins:

- Disponibilizar ao trabalhador todas as informações necessárias à sua segurança;


- Provar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) o atendimento dos requisitos da NR-10; - Provar
que todos os serviços serão executados segundo procedimentos definidos e seguros.

Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 KW deverão constituir e manter o PIE (Prontuário de
Instalações Elétricas), contendo as seguintes especificações:
Esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas de seus estabelecimentos com as peculiaridades do
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção, conforme gráfico a seguir:

DIAGRAMA UNIFILAR

REDE DE MÉDIA TENSÃO DA


CONCESSIONÁRIA
1. Para raio
2. Chave seccionadora tripolar com
comando simultâneo
3. TP de medição
4. TC de medição
5. Caixa de medidores
6. Fusíveis de alta tensão
7. TP particular de proteção
8. TC partículas de proteção
9. Disjuntor de média tensão
10. Disjuntor de baixa tensão
11. Transformador abaixador
12. Transformador elevador
Sistema de operação em 13. Gerador
paralelo

Também são partes integrantes do prontuário de instalações elétricas:

- Conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e


relacionadas à NR-10 e descrição das medidas de controle existentes;
- Documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e
aterramentos elétricos.
- Especificação dos equipamentos de proteção coletiva, individual e ferramental, aplicáveis conforme
determinação da NR-10;
- Documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização dos trabalhadores e
treinamentos realizados;
- Resultado dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva;
- Certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas;
- Relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas de adequações e, ainda,
contemplando as alíneas de “a” a “f”.

Áreas Internas

As subestações podem ser totalmente abrigadas ou construídas ao tempo. Recomenda-se que durante todo o
período em que é desenvolvido um trabalho na parte abrigada da subestação, as portas sejam mantidas abertas
e desobstruídas. Isso permite que, em caso de algum acidente, imprevisto, ou condição repentina de perigo, os
profissionais possuam uma rota de fuga livre e desimpedida, permitindo a rápida saída do local.

Nas subestações abrigadas construídas em alvenaria de consumidores de energia elétrica, alimentados em


tensão igual ou inferior a 34,5kv, é comum partes energizadas estarem expostas, serem protegidas apenas por
uma grade ou posicionadas fora do alcance. A finalidade desse tipo de área é evitar o contato acidental dos
profissionais com as partes vivas da instalação.

Nessas circunstâncias é fundamental que os profissionais tenham atenção às partes, a fim de evitar que uma
parte do corpo ou alguma ferramenta se aproxime desse ponto, podendo causar um acidente.

Nas subestações é preciso ter cuidado com o acionamento indevido, por vezes involuntário, das chaves
seccionadoras e disjuntores através dos painéis de comando. É necessário ter uma atenção especial no caso de
os equipamentos estarem instalados nos ambientes internos, devido ao espaço restrito ao número de
trabalhadores presentes no interior da subestação.

Trabalhos Noturnos

O sono é a principal queixa dos trabalhadores noturnos. Durante o dia, o barulho, a claridade e movimentação
de pessoas em casa prejudicam o sono, tornando-o menos reparador. A privação do sono provoca fadiga crônica
e queda no desempenho, o que contribui para o “erro humano” e os acidentes de trabalho. O risco de ocorrerem
acidentes no trabalho noturno é três vezes maior, quando comparado ao trabalho diurno.

Ritmo biológico

Outra dificuldade é que o corpo humano tem ritmos biológicos, que o preparam para a vigília de dia. “Antes de
acordarmos, o corpo secreta um hormônio chamado cortisol, que nos prepara para reagir e desempenhar as
atividades. Esse ritmo praticamente não muda, mesmo quando a pessoa fica acordada à noite, prejudicando o
sono diurno.

Em relação à alimentação, estudos mostram que o trabalhador noturno tem maior habito de ingerir alimentos
pré-cozidos e congelados e também “beliscar”. Além disso, algumas empresas que oferecem refeições não se
preocupam em preparar um cardápio especial para o trabalhador noturno, incluindo até feijoada para essa
população. “São freqüentes as queixas de trabalhadores noturnos em relação à azia, dores abdominais,
constipação. Esses sintomas podem se agravar e chegar a uma gastrite crônica ou úlcera. Isso porque nosso
sistema digestivo está preparado para trabalhar melhor durante o dia”. É importante que a empresa permita
pequenos cochilos durante o horário de trabalho, quando possível. Quanto à dieta, deve-se planejar melhor o
horário das refeições e a qualidade dos alimentos; problemas cardíacos podem ser evitados com a melhor
qualidade de vida, relaxamento, prática de atividade física e maior exposição à luz natural.

Em relação à alimentação, estudos mostram que o trabalhador noturno tem maior habito de ingerir alimentos
pré-cozidos e congelados e também “beliscar”. Além disso, algumas empresas que oferecem refeições não se
preocupam em preparar um cardápio especial para o trabalhador noturno, incluindo até feijoada para essa
população. “São frequentes as queixas de trabalhadores noturnos em relação à azia, dores abdominais,
constipação. Esses sintomas podem se agravar e chegar a uma gastrite crônica ou úlcera. Isso porque nosso
sistema digestivo está preparado para trabalhar melhor durante o dia”. É importante que a empresa permita
pequenos cochilos durante o horário de trabalho, quando possível. Quanto à dieta, deve-se planejar melhor o
horário das refeições e a qualidade dos alimentos; problemas cardíacos podem ser evitados com a melhor
qualidade de vida, relaxamento, prática de atividade física e maior exposição à luz natural.

Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar,
apropriada a natureza das atividades. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
A iluminação que se refere à quantidade de luminosidade que incide no local de trabalho do empregado. Não
se trata da iluminação em geral, mas a quantidade de luz no ponto focal do trabalho. Assim, os padrões de
iluminação são estabelecidos de acordo com o tipo de tarefa visual que o empregado deve executar: quanto
maior a concentração visual do empregado em detalhes e minúcias tanto mais necessária a luminosidade no
ponto focal de trabalho.

A má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o sistema nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e
é responsável por razoável parcela dos acidentes. Um sistema de iluminação deve possuir os seguintes
requisitos:

a) Ter suficiência: de forma que cada foco luminoso forneça toda quantidade de luz necessária a cada tipo de
trabalho.

b) Estar sempre constante e uniformemente distribuído: de modo que evite a fadiga dos olhos, decorrente das
sucessivas acomodações em virtude das variações da intensidade da luz deve-se evitar contrastes violentos de
luz e sombra e as oposições de claro e escuro.

45. IMPORTÂNCIA DA BOA ILUMINAÇÃO


A utilização de uma iluminação adequada proporciona um ambiente de trabalho agradável, produtivo e mais
seguro. Portanto, é evidente que:

Na segurança - diminui as probabilidades das ocorrências de acidentes, facilitando a visualização de possíveis


riscos existentes e das sinalizações de segurança;

Na produtividade - diminui o desperdício de material oriundo de refugar pela não conformidade final de
produtos semi acabados ocasionado por falha operacional;

No fator humano - age de forma psíquica ao tornar o ambiente de trabalho mais alegre e agradável.

FATORES DE INFLUÊNCIA

Tipos de lâmpadas ou luminárias

A escolha do tipo de lâmpadas e luminárias tem fundamental importância para a qualidade final da iluminação.
Uma escolha inadequada pode implicar em uma depreciação e, consequentemente, em uma iluminação
deficiente ainda que os demais fatores de influência tenham sido adequadamente considerados.

Quantidades de luminárias

As luminárias devem ser distribuídas de forma tal que gerem um nível de iluminação compatível com a
necessidade da atividade do ambiente ou posto de trabalho.

Distribuição das luminárias

Devem ser distribuídas no ambiente de forma a proporcionar uma iluminação homogênea e uniforme, com um
certo cuidado de não criar sombras ou contrastes nos locais onde se deseja iluminar.

Manutenção

A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo de trabalho onde
se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho
humano e em função do ângulo de incidência. Durante o trabalho noturno ou em condições de pouca
visibilidade em subestações, dentro de todas as instalações do SEP “Sistema Elétrico de Potência’’ devem possuir
iluminação suficiente. Quando as condições atmosféricas impedirem a visibilidade, mesmo com iluminação
artificial, os trabalhos e o tráfego de veículos e equipamentos móveis deverão ser suspensos.

46. TRABALHOS NOTURNOS (SEP)


Os trabalhos noturnos no SEP ocorrem em momentos de emergência e normalmente na ocorrência de
tempestades com grandes desligamentos de cargas. Neste momento, a pressão é muito forte para o pronto
restabelecimento do sistema. Este, de fato, é o grande fator de risco para os eletricistas de plantão e que
trabalham em regime de escala de revezamento.

O ponto de vista da segurança e saúde ocupacional do trabalhador, as recomendações para trabalhos noturnos
são para adoção de todos os recursos de engenharia, a fim de propiciar o maior conforto ocupacional e garantir
a segurança das equipes de operação e manutenção do sistema. Estas ações de engenharia envolvem fontes
alternativas de energia para garantir níveis razoáveis de iluminação para realização das atividades de forma
segura. Sob o ponto de vista da saúde ocupacional, algumas empresas utilizam de laboratórios do sono para
monitoramento e controle do mesmo com acompanhamento médico das equipes que trabalham no horário
noturno.

As atividades em eletricidade que podem ocasionar perigo nas subestações deverão ser programadas para os
horários diurnos de forma a garantir a segurança e a qualidade da informação. Em tempos passados, antes da
automação da subestações, os operadores tiravam leituras dos equipamentos de medição praticamente de hora
em hora e esta era uma forma de mantê-lo acordado e ativo na operação do sistema. Para as equipes de plantão,
particularmente do sistema de distribuição, os veículos são equipados com projetores e alimentados pela
bateria do mesmo, de modo a garantir recursos mínimos de iluminação para intervenções no SEP. Essas
intervenções normalmente são realizadas com o circuito desenergizado.

EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

47. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO


Todo e qualquer serviço deverá ser executado com equipamentos e ferramentas adequadas aos serviços e
aprovadas pela empresa.

Os equipamentos e as ferramentas a serem utilizados deverão ser previamente inspecionados, estar em bom
estado de conservação e, após seu uso, serem limpos, inspecionados, acondicionados e guardados em locais
apropriados.

Ferramentas, equipamentos ou métodos de trabalho não padronizados pela empresa não deverão ser utilizados
sem a aprovação prévia dos setores competentes.

O empregado não deverá trabalhar com ferramentas nos bolsos ou junto ao corpo, não deverá, inclusive,
arremessá-las e nem as colocar em local que ofereça risco de queda.

Não são recomendados em serviços com eletricidade, o uso de fitas e metros metálicos ou fitas de pano com
reforço metálico.

Uso da Escada
As escadas portáteis (de mão) deverão ter uso restrito para
acesso a local de nível diferente e para execução de serviços de
pequeno porte, os quais não excedam a capacidade máxima
suportada pela mesma.

Para serviços prolongados recomenda-se a instalação de


andaimes.

Serviços que requeiram a utilização simultânea das mãos,


somente podem ser feitos com escadas de abrir com degraus
largos ou o uso de talabarte envolto em estrutura rígida.

É importante mencionar que toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante e com extremos inferiores
(pés) nivelados.

Não utilize escadas com pés ou degraus quebrados, soltos, podres, emendados, amassados, trincados ou
rachados, faltando parafuso ou acessório de fixação.

Escadas defeituosas deverão ser imediatamente retiradas de uso.

As escadas portáteis não deverão ser posicionadas nos seguintes locais:

- Nas proximidades de portas;


- Em áreas de circulação de pessoas ou máquinas;
- Onde houver risco de queda de materiais ou objetos;
- Nas proximidades de aberturas e vãos; e
- Próximo da rede elétrica e equipamentos elétricos desprotegidos.

Quando for necessário utilizar escadas próximo a portas, estas deverão permanecer trancadas, sinalizadas e
isoladas para acesso à área.

As ferramentas utilizadas para o trabalho não devem estar soltas sobre a escada, a não ser que possua bandeja
apropriada para esta função. Na execução de serviços, os pés do trabalhador deverão estar sobre os degraus da
escada.

Outro ponto importante a ser destacado é com relação à obrigatoriedade do uso de cinturão de segurança tipo
paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima de 2 metros de altura. Este equipamento deverá ser fixado
em um ponto de ancoragem fora da escada, exceto no uso de talabarte para posicionamento envolto em
estrutura rígida. (Ex.: serviço no poste).

Quando este procedimento não for possível, deverá ser utilizado andaime ou plataforma elevatória.

As escadas deverão ser guardadas em local seco, longe de umidade ou calor excessivo.

Além disso, deverão permanecer na posição horizontal e apoiada em vários pontos, de acordo com o seu
tamanho, a fim de evitar empenamento.

Após sua utilização, a escada deverá retornar ao seu local de origem.

Não deixar a mesma abandonada no chão, nem apoiada contra paredes e estruturas. Nenhuma escada deverá
ser arrastada, ou sofrer impactos nas laterais e degraus.

É permitido que a madeira de escadas seja protegida com verniz translúcido ou óleo de linhaça. Desse modo,
será possível observar suas falhas.
Adicionalmente, as escadas de madeira não deverão apresentar farpas, saliências ou emendas. A madeira para
confecção deve ser de boa qualidade, estar seca, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua
resistência.

Os degraus devem permanecer limpos, livres de óleos, graxas e produtos químicos.

Por fim, orientamos que você nunca se mantenha nos últimos degraus de uma escada. Deve-se deixar livre, no
mínimo, dois degraus da extremidade superior.

48. ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS


Os equipamentos e as ferramentas deverão ser especificados com base na análise de risco de todas as atividades
do trabalho. Esta conduta deverá ser realizada no ato do planejamento.

Todos os equipamentos e as ferramentas de trabalho utilizadas deverão garantir e atender dois requisitos para
aplicabilidade em atividades de operação, manutenção e construção de sistemas elétricos de potência, sendo
eles:

- Os equipamentos deverão ser dieletricamente isolados, quando pertinente; e - Possuir


características de resistências mecânicas adequadas à sua aplicação.

Os principais equipamentos de proteção, utilizados no sistema elétrico de potência são:

- Conjunto de cinto paraquedista/acessórios;


- Botina de segurança sem componente metálico tipo C4 e solado bidensidade;
- Botina de segurança com biqueira de aço para atividades sem contato com energia elétrica;
- Óculos de segurança com característica UVA e UVB, tonalidade cinza ou transparente;

- Capacete Classe B;
- Equipamentos isolados para linha viva;
- Capa de chuva ou similar;
- Roupa e bota;
- Luva de vaqueta/raspa;
- Luva de proteção/cobertura para luvas de borracha;
- Luva isolante de borracha utilização de acordo com as classes de tensão; - Conjunto de aterramento
AT/BT; e por fim, - Detector de tensão.
- A utilização destes equipamentos deverá seguir as especificações técnicas da empresa e dos acessórios.

Ensaio de Ferramentas e Equipamentos

Todos os equipamentos de proteção individual e coletiva, bem como as ferramentas de trabalho, deverão ser
ensaiados periodicamente conforme as normas de fabricação e interna das empresas, observando, no mínimo,
rigidez dielétrica, resistência mecânica e avaliação das condições de ergonomia.

Todos os ensaios deverão ser registrados de forma documental garantindo a rastreabilidade. Além disso, deverá
ser realizado um registro da data de validade dos testes nos equipamentos e nas ferramentas aprovadas. Este
registro deverá ser feito, de modo que não seja apagado.

Os equipamentos e as ferramentas que não possam ser recuperados por meio de tecnologia apropriada e
certificada, deverão ser inutilizados de forma a impedir seu uso.
Sistemas de Proteção Coletiva

Os EPC são dispositivos/sistemas fixos ou móveis de abrangência coletiva, destinados a


preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.

As ferramentas utilizadas nos serviços em instalações elétricas e em suas proximidades


deverão ser eletricamente isoladas, em especial, aquelas destinadas à serviços em
instalações elétricas energizadas.

Os equipamentos de proteção coletiva são a forma básica de segurança no ambiente de


trabalho. Estes equipamentos são utilizados para a proteção e a segurança de todo o
grupo de trabalhadores, enquanto uma atividade é executada.

A principal função desses equipamentos é impedir o acesso de pessoas não autorizadas e não capacitadas em
áreas consideradas de risco, além de controlar o acesso acidental a pontos de risco no ambiente de trabalho.

Cones de Sinalização

Os cones de sinalização possuem o objetivo de advertir, sinalizar, delimitar áreas


de risco e orientar o fluxo de trânsito, podendo ser utilizado em vários ambientes.

Eles deverão ser feitos de polietileno e resistentes a intempéries e impactos de até


40 km/hora.

Fita de Sinalização

A fita de sinalização é utilizada para realizar ao isolamento de áreas, não


só de locais que ofereçam algum tipo de perigo, mas também do controle
de acesso de pessoas em indústrias, construtoras, transportes, órgãos
públicos ou empresas prestadoras de serviços.

Grade Metálica Dobrável

É um equipamento utilizado a fim de promover o isolamento e sinalização de áreas


de trabalho, poços de inspeção, entrada de subterrâneas e situações semelhantes.

Sinalizador Strobo

Esse equipamento é utilizado para a identificação de serviços, obras, acidentes e


atendimentos em ruas e rodovias, o qual pode ser usado em conjunto com outros EPC’s.
Banqueta Isolante

Isolar o operador do potencial da terra, ampliando a segurança nas intervenções em subestações, cubículos,
painéis elétricos e outros, além de facilitar o acesso à locais acima do seu limite de alcance.

Manta ou Cobertura Isolante

A manta isolante é utilizada a fim de distanciar as partes energizadas da rede durante a execução de tarefas.

49. FERRAMENTAS MANUAIS COM ISOLAMENTO ELÉTRICO


Por definição, ferramentas isoladas são aquelas que podem ser isoladas total ou parcialmente. Sendo que a
preferência de uso é para as ferramentas que proporcionam isolamento completo.

As ferramentas manuais são destinadas a trabalhos em adjacências de peças sob tensões de até 1000v em
corrente alternada (valor efetivo) ou 1500V em corrente contínua, as quais deverão ter isolamento para
proteção dos trabalhadores contra choques elétricos.

É importante lembrar que acidentes com eletricidade e choques elétricos podem ser causados por falhas no
isolamento destas ferramentas.

As ferramentas completamente isoladas são aquelas fabricadas com:

- Material isolante; ou
- Material condutor com revestimento de material isolante, nas quais só as artes
atuantes (parte da ferramenta que age sobre a peça) podem estar sem isolamento.
- Um exemplo disso é a ponta da chave de fenda.
As ferramentas parcialmente isoladas são aquelas fabricadas com material condutor e que têm um revestimento
de material isolante, com exceção da cabeça atuante.

De forma complementar, as ferramentas com isolamento elétrico deverão ser frequentemente inspecionadas,
de modo a não apresentarem defeitos de isolação, como trincas, bolhas e má aderência. Esta inspeção deverá
ser feita visualmente.

Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes são destinados à
trabalhos em alta-tensão. Estes equipamentos deverão ser submetidos à testes elétricos ou ensaios periódicos
de laboratório. Além disso, deverá ser feita uma inspeção visual, a qual precisará obedecer as especificações do
fabricante e os procedimentos da empresa. Na ausência dos testes periódicos, estes procedimentos deverão
ser realizados anualmente.

50. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Em caso de haverem inviabilidades técnicas com relação à adoção de medidas de segurança de caráter coletivo
ou quando estas medidas não garantirem a proteção total do trabalhador, deverá ser utilizado equipamento de
proteção individual (EPI). Os EPI são definidos e fundamentados pela NR-6, como todo dispositivo ou produto
individual utilizado pelo trabalhador, o qual é destinado à proteção de riscos suscetíveis que podem ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

Não é qualquer EPI que atende a legislação e protege o trabalhador. A lei determina que eles sejam aprovados
pelo Ministério do Trabalho, mediante certificados de aprovação (CA).

Obrigações do Empregador

- Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco de cada atividade; - Exigir o uso dos EPI’s;
- Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
- Substituir imediatamente, quando danificados ou extraviados;
- Higienização e manutenções periódicas;
- Comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acerca de irregularidades referentes aos EPI’s.

Deveres do Colaborador

- Usar o EPI, somente para finalidades específicas;


- Responsabilizar-se pela guarda e conservação do equipamento;
- Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; - Cumprir as
determinações do empregador sobre o uso adequado dos EPI’s.

Atribuições do Ministério do Trabalho e Emprego

- Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI;


- Recolher amostras de EPI’s;
- Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento das normas
relativas aos EPI’s.

Treinamento

Todo empregado deverá receber treinamentos admissionais e periódicos. O treinamento admissional terá que
possuir uma carga horária mínima de 6 horas.
Os treinamentos deverão englobar as seguintes temáticas:

- Informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho;


- Exposição dos riscos inerentes à sua função;
- Uso adequado dos EPI’s; e
- Informações sobre os EPC’s existentes na obra.

Capacete de Proteção Tipo Aba Frontal e Total

Este equipamento é utilizado para a proteção da cabeça do trabalhador contra: irradiação solar e chuva,
impactos e perfurações provenientes da queda de objetos e choque elétrico. Deverão ser utilizados tanto em
trabalhos em ambientes abertos quanto em ambientes confinados.

Capacete de Proteção Tipo Aba Frontal com Viseira

Este tipo de capacete é utilizado para a proteção da cabeça e face do trabalhador em atividades onde exista o
risco de explosões com projeção de partículas e queimaduras, provocadas por abertura de arco voltaico.

Óculos de Segurança para Proteção – Lente Incolor e com Tonalidade

Estes óculos de segurança são utilizados para a proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas
volantes, radiação ultravioleta e infravermelha.

Protetor Auditivo Tipo Concha

É utilizado para a proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.
Protetor Auditivo Tipo Inserção

É utilizado para a proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.

Proteção Respiratória

Estes equipamentos tem a finalidade de proteger o sistema respiratório dos trabalhadores nas atividades e nos
locais onde apresentem concentrações de poeiras, névoas (por exemplo: dedetização), fumaça, vapores ácidos,
orgânicos, vírus e bactérias.

Luva Isolante de Borracha

São utilizadas para a proteção das mãos e braços do empregado contra choques e atividades com circuitos
elétricos energizados.
Luva de Cobertura para Proteção da Luva Isolante de Borracha

Deverá ser utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de borracha.

Luva de Proteção em Raspa e Vaqueta

Quanto à luva de proteção em raspa e vaqueta, esta deverá ser utilizada para a proteção das mãos e braços do
empregado contra agentes abrasivos e escoriantes.

Com relação ao acondicionamento, este dispositivo deverá ser guardado em local seco e ventilado, evitando a
presença de umidade.

No que se refere à troca, o material deverá ser substituído mediante a apresentação de rasgos ou qualquer
outra situação que o torne impróprio para o uso. É importante lembrar que o utensílio só será trocado após a
devolução do EPI danificado.

Após a utilização do equipamento, este deverá ser limpo apenas com um pano seco.

Luva de Proteção Tipo Condutiva

É utilizada para a proteção das mãos e punhos quando o trabalhador realiza trabalhos relativos ao potencial.

Luva de Proteção em Borracha Nitrílica


É utilizada para a proteção das mãos e punhos do funcionário contra agentes químicos e biológicos.

Luva de Proteção em PVC

É utilizada para a proteção das mãos e punhos do trabalhador para o manejo de recipientes contendo óleo,
graxa, solvente.

Manga de Proteção Isolante de Borracha

É utilizado para a proteção do braço e antebraço do funcionário contra choques elétricos e contatos acidentais
durante os trabalhos em circuitos energizados.

Creme Protetor para a Pele


Utilizados para a proteção das mãos e braços do trabalhador a fim de evitar
contato com agentes químicos.

Calçado de Proteção Tipo Botina de Couro

A botina de couro é utilizada para a proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens, escorregões e
umidade.

Quanto ao acondicionamento, este equipamento deverá ser guardado em local seco e, uma vez por semana, as
partes de couro deverão ser engraxados.

No que se refere à troca, o material deverá ser substituído mediante apresentação de rasgos ou qualquer outra
situação que o torne impróprio para o uso. É importante lembrar que o utensílio só será trocado após a
devolução do EPI danificado.

Calçado de Proteção Tipo Bota de Couro (Cano Médio)

É utilizada para a proteção dos pés e pernas contra torções, escoriações, derrapagens e umidade.

Calçado de Proteção Tipo Bota de Borracha (Cano Longo)

É dos pés e pernas, a fim de promover proteção contra umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
Calçado de Proteção Tipo Condutivo

É utilizado para proporcionar a proteção do trabalhador quando o mesmo realiza trabalhos envolvendo o
potencial.

Perneira de Segurança

É utilizada para a proteção das pernas contra objetos perfurantes, cortantes e ataque de animais peçonhentos.

Uniforme Impermeável

É utilizado para promover a proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico.
Vestimenta de Proteção Tipo Condutiva

É utilizada para proteção do empregado enquanto executa trabalhos relacionados ao potencial.

Colete Salva-vidas (Aquático)

É utilizado para a proteção do empregado contra afogamentos e proporcionar a visualização, em caso de quedas
na água.

Cinturão de Segurança Tipo Paraquedista


O cinturão tipo paraquedista é utilizado para a proteção do trabalhador contra quedas
em serviços onde exista diferença de nível.

Com relação ao acondicionamento, este equipamento deverá ser armazenado em local


seco, limpo e à sombra. Não é aconselhável guardar o equipamento perto de fontes de
calor ou materiais corrosivos e/ou químicos, tais como: líquido de baterias, ácidos,
hidrocarbonetos, etc. As fitas deverão ser protegidas do contato de objetos pontiagudos
ou cortantes.

No que se refere à troca, o material deverá ser substituído quando apresentar dificuldade
de higienização ou qualquer outra situação que o torne impróprio para o uso. É
importante lembrar que o utensílio só será trocado após a devolução do EPI danificado.

Talabarte de Segurança

É utilizado para proteção contra risco de queda no posicionamento nos trabalhos em altura. Este dispositivo
deverá ser usados em conjunto com o cinturão de segurança tipo paraquedista e mosquetão tripla trava.

Dispositivo Trava-quedas

É utilizado para a proteção do empregado contra quedas em operações com movimentação vertical ou
horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.

TRAVA QUEDAS PARA CORDA (NBR 14626) TRAVA QUEDAS PARA


CABO DE AÇO (NBR 14627 E NBR 14626)

Creme Protetor Solar

É utilizado utilizada a fim de promover proteção para o empregado contra a ação de raios solares.
Posturas e Vestuários de Trabalho

A NR-10 determina que as vestimentas de trabalho sejam adequadas às atividades desenvolvidas pelo
trabalhador. Dentre as características deste equipamento, destacam-se: a condutibilidade, a inflamabilidade e
as influências eletromagnéticas.

A norma estrangeira mais utilizada para a definição do critério de adequação de uma vestimenta é a norma
americana NFPA 70E. Esta norma deverá ser complementada pela IEEE 1584, a qual apresenta um guia para o
cálculo dos perigos referentes ao arco elétrico.

Vestimentas de Proteção e Equipamentos de Proteção Individual

A norma americana NFPA 70E determina que, caso da execução de uma atividade dentro de uma região com
risco de arco elétrico, um dos métodos a seguir deverá ser aplicado para seleção da vestimenta adequada e dos
demais EPIs.

Vestimentas e EPI’s - Tabela da NFPA 70E

CATEGORIA DE
VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI
RISCO
Vestimenta de proteção, fibra natural não tratada (por exemplo algodão
não tratado, lã, nylon, seda ou mistura destes materiais), com gramatura
mínima de 152 g/cm2

Camisas (manga comprida)

Calças (compridas)
0
Equipamento de proteção

Óculos de segurança

Proteção auditiva (modelo de inserção no canal auditivo)

Luvas de couro, quando necessário

VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI


CATEGORIA DE
RISCO
1 Vestimenta resistente a arco elétrico, com suportabilidade mínima de 4
cal/cm2

Camisas e calças compridas resistentes a arco ou macacão resistente a arco

Protetor facial resistente a arco ou capuz carrasco resistente a arco

Equipamento de proteção

Capacete

Óculos de segurança

Proteção auditiva (modelo de inserção no canal auditivo)

Luvas de couro

Sapato de segurança em couro, quando necessário


CATEGORIA DE
VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI
RISCO

Vestimenta resistente a arco elétrico, com suportabilidade mínima de 8


cal/cm2
Camisas e calças compridas resistentes a arco ou macacão resistente a arco
Protetor facial resistente a arco ou capuz carrasco resistente a arco e balaclava
resistente a arco
Jaqueta resistente a arco, agasalho, vestimenta impermeável ou forro para
capacete, quando necessário
2 Equipamento de proteção

Capacete
Óculos de segurança
Proteção auditiva (modelo de inserção no canal auditivo)
Luvas de couro
Sapato de segurança em couro, quando necessário

CATEGORIA DE
VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI
RISCO

Vestimenta resistente a arco elétrico selecionada, de modo que atenda a


classificação de arco mínimo de 25 cal/cm2
Camisas de manga comprida resistente a arco, quando requerida
Calças compridas resistentes a arco, quando requerida

Macacão resistente a arco, quando requerido

Jaqueta resistente a arco elétrico, requerida

Capuz carrasco resistente a arco


3 Luvas resistentes a arco
Jaqueta resistente a arco, agasalho, vestimenta impermeável ou forro para
capacete, quando necessário
Equipamento de proteção
Capacete
Óculos de segurança
Proteção auditiva (modelo de inserção no canal auditivo
Sapato de segurança em couro, quando necessário

CATEGORIA DE RISCO VESTIMENTA DE PROTEÇÃO E EPI


4 Vestimenta resistente a arco elétrico selecionada,de modo que atenda a
classificação de arco mínimo de 40 cal/cm2
Camisas de manga comprida resistente a arco, quando requerida
Calças compridas resistentes a arco,quando requerida
Macacão resistente a arco,quando requerido
Jaqueta resistente a arco elétrico, requerida
Capuz carrasco resistente a arco
Luvas resistentes a arco
Jaqueta resistente a arco, agasalho, vestimenta impermeável ou forro para
capacete, quando necessário
Equipamento de proteção
Capacete
Óculos de segurança
Proteção auditiva (modelo de inserção no canal auditivo)
Sapato de segurança em couro, quando necessário

Adornos

Os trabalhos em instalações elétricas apresentam um perigo que é inerente à atividade. Este perigo pode ser
aumentado com o uso de adornos pelos trabalhadores. Os adornos, como por exemplo, relógios, anéis, etc.,
podem provocar os acidentes ou tornar mais graves as lesões provocadas pelo mesmo. Em função disto, a NR10
proibiu o uso de adornos nos trabalhos em instalações elétricas.

51. POSTURA
Um dos grandes avanços proporcionados pela revisão da NR-10 foi, sem dúvida, o item relacionado à projetos.
Diferentemente do que ocorria na versão anterior da norma, neste momento, os profissionais deverão estar
atentos às instalações e serviços elétricos ainda na fase de projeto, ou seja, no período que antecede a sua
execução. Tal comportamento permite que vícios e
problemas decorrentes da falta de planejamento e da
ausência de critérios técnicos sejam afastados, com base
nas orientações do item 10.3 da NR-10.

De acordo com a NR-17, item 10.3.10, o qual trata sobre


ergonomia, os projetos deverão assegurar que as
instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação
adequada e uma posição de trabalho segura.

Com relação às instalações elétricas já existentes, o item


10.4.5 da NR-17 estabelece que na realização de atividades
sob esta condição, deverá ser garantido ao trabalhador
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de
forma a permitir que o mesmo disponha dos membros
superiores livres para a realização das tarefas.
A iluminação adequada pode ser proveniente de uma fonte natural ou artificial, e ainda, iluminações de
emergência. Adicionalmente, deverão ser previstas fontes auxiliares para adequar o nível de iluminação do
interior de painéis, galerias de cabos, caixas de passagem e instalações, onde se faça necessário.

Convém salientar que a iluminação deficiente, além de elevar o risco de acidentes, diminui a produtividade e a
qualidade dos serviços. A baixa iluminação poderá ainda proporcionar desperdício de materiais e provocar
fadiga visual aos trabalhadores envolvidos. Da mesma forma, o excesso de iluminação também afetará os
executantes da tarefa.

Segundo a NR-10, a postura segura decorre da disponibilidade dos membros superiores livres para o trabalho,
mesmo que desempenhado em altura.

A equipe de trabalho deverá estar atenta às situações em que são impostas condições inseguras, decorrentes
da ausência de espaço adequado para a execução da tarefa. A título de exemplo, é possível mencionar trabalhos
relacionados com a remoção de motores ou outros componentes da instalação, e ainda, aqueles desenvolvidos
em caixas de passagem com dimensões reduzidas, os quais obrigam o trabalhador a adotar posturas
inadequadas que podem resultar em lesões na coluna.

Acidentes graves podem ocorrer na realização de trabalhos em redes elétricas, nas quais o executante é
obrigado a esticar-se no alto de escadas devido a inexistência de espaço adequado ou interferências provocadas
por máquinas e equipamentos presentes no local.

Desta forma, é possível perceber a importância do planejamento e da metodologia executiva na fase de projeto
das instalações elétricas. Na grande maioria das intervenções realizadas na fase de consumo, a instalação
elétrica pode ser acometida de falhas executivas e de projeto. Nestes casos é recomendado que os responsáveis
concentrem esforços para solucionar esses inconvenientes, garantindo assim, a segurança e a saúde dos
trabalhadores envolvidos.

52. SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO


A sinalização consiste em medidas de proteção coletiva, as quais deverão ser vistas como providencia prioritária
não só por componentes da equipe, mas também para os leigos que circulem próximos à área sob intervenção.

A NR-26 estabelece as diretrizes para a realização da sinalização de segurança. Diante disso, podemos perceber
a importância da demarcação da área onde ocorrem os trabalhos, a fim de evitar acidentes envolvendo
trabalhadores e pedestres.

Sempre que possível, deverão ser adotados procedimentos de sinalização que contemplem a combinação de
textos e ícones, tendo em vista a possibilidade da presença de leigos, analfabetos ou estrangeiros que não
dominem o idioma.

Um ponto positivo da sinalização é a indicação se um equipamento está operante ou não. Isto se torna
importante, pois em uma subestação podem existir muitos aparelhos que estejam ligados parcialmente. Dessa
forma, evita-se a ocorrência de acidentes.

A sinalização pode ser feita através de placas, bandeirolas e outros dispositivos que são complementados aos
equipamentos de isolamento de área, como por exemplo cones e fitas.

Mediante a realização de trabalhos na rua, deverá ser instalada sinalização viária, obedecendo as condições
mínimas do Código Brasileiro de Trânsito. Além disso, poderão ser acrescentadas medidas complementares
relacionadas às atividades e a área, a fim de garantir a integridade física da equipe de trabalho, dos motoristas
e dos pedestres.
Os equipamentos mais utilizados são os cones, supercones, bandeirolas, fitas refletivas, cavaletes, grades,
sinalizadores noturnos, placas orientativas de veículos e pedestres. É imprescindível ressaltar a importância do
correto posicionamento desses equipamentos para
que cumpram satisfatoriamente o seu papel de
sinalização.

Sempre que possível, deverá ser utilizado um veículo


como barreira nas atividades realizadas em vias
públicas, posicionando-o no sentido do tráfego antes
do ponto em que executará a atividade. Isso faz com
que a proteção da equipe durante a execução da tarefa
seja aumentada.

Quando for necessário, deverá ser interrompido por


completo o passeio de pedestres (calçada). Para isso, é
necessário dedicar um espaço seguro e sinalizá-lo para a passagem de pedestres.

No período noturno, em dias chuvosos e sob neblina, deverão ser instalados sinalizadores luminosos e refletivos
que permitam aos motoristas identificar os obstáculos na via em função da atividade realizada.

Os responsáveis pelos trabalhos em redes subterrâneas deverão ter um grande cuidado com relação à
sinalização, pois geralmente essas redes estão instaladas em locais de grande circulação de pessoas e/ou
veículos.

Esta preocupação deverá resultar em uma sinalização e um isolamento apropriado do canteiro de trabalho, não
somente para evitar acidentes com os trabalhadores envolvidos na atividade, mas também para evitar algum
tipo de acidente envolvendo queda de pessoas e/ou veículos que circulem ao redor do local de trabalho.

No caso de trabalhos realizados em uma via com circulação de veículos, além da montagem do canteiro de
trabalho ao redor do acesso à rede subterrânea, também é preciso ter uma preocupação com a orientação dos
veículos. Os cones deverão ser posicionados de tal forma que direcionem os veículos para o desvio que
precisarão seguir em função do trabalho que estará sendo realizado.
SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS

53. NR- 11
11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores
de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.1 Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes
defeituosas.

11.1.3.2 Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida.

11.1.3.3 Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de
segurança.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento
específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir
se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

54. NR 18 - CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO


18.25 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores

18.25.1 O transporte coletivo de trabalhadores em veículos automotores dentro do canteiro ou fora dele deve
observar as normas de segurança vigentes.

18.25.2 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ser feito através de meios de transportes normalizados pelas
entidades competentes e adequados às características do percurso.

18.25.3 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ter autorização prévia da autoridade competente, devendo o
condutor mantê-la no veículo durante todo o percurso.

18.25.4 A condução do veículo deve ser feita por condutor habilitado para o transporte coletivo de passageiros.
18.16 Disposições gerais

18.16.6 O transporte coletivo de trabalhadores em veículos


automotores deve observar as normas técnicas nacionais
vigentes.

18.16.7 O transporte coletivo dos trabalhadores deve ser feito


por meio de transporte normatizado pelas entidades
competentes e adequado às características do percurso.

18.16.8 A condução do veículo utilizado para o transporte


coletivo de passageiros deve ser feita por condutor habilitado.

55. NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

ANEXO XII da NR-12 EQUIPAMENTOS DE GUINDAR PARA ELEVAÇÃO DE PESSOAS E REALIZAÇÃO DE TRABALHO
EM ALTURA

CESTA AÉREA: Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução dte trabalho em
altura, dotado de braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou
sem isolamento elétrico, podendo, desde que projetado para este fim, também elevar material por meio
de guincho e de lança complementar (JIB), respeitadas as especificações do fabricante.

Cuba isolante ou Liner: Componente projetado para ser acomodado dentro da caçamba, plataforma ou
suporte similar, capaz de modificar as propriedades elétricas da caçamba/plataforma. Pode ser de duas
naturezas:

Liner/Cuba Isolante: Acessório da caçamba destinado a garantir a sua isolação elétrica em Cestas Aéreas
Isoladas, aplicáveis de acordo com a classe de isolação e método de trabalho.

Etapas dos ensaios:

- Execução do Teste de isolação;


- Verificação do Grau de Isolamento Categorias A,B,C, conforme normas;
- Análise quantitativa da carcaça do cesto;
- Análise quantitativa do suporte da carcaça;
- Análise qualitativa do cesto acoplado se tem (rachaduras, trincas e quadro de parada de emergência) ;
- Verificação de Controle do cesto do guindauto;
- Se o cesto acoplado é projetado para 2 pessoas
- Teste de carga – (a empresa deve fornecer os materiais para os testes).

Liner/Cuba condutiva: Acessório da caçamba destinado à equalização de potencial entre a rede, as partes
metálicas e o eletricista, para trabalhos pelo método ao potencial

Ensaios Não Destrutivos: Exame das Cestas Aéreas ou de seus componentes sem alteração das suas
características originais. Portanto, eles (Cesta Aérea e componentes), após serem submetidos a esses ensaios,
devem funcionar como antes.
Incluem, mas não se limitam a: Inspeção Visual, ensaios de Emissão Acústica, Partícula Magnética/Líquido
Penetrante, Ultrassom e Dielétrico.

Ensaio de emissão acústica

CESTAS AÉREAS

2.1 As cestas aéreas devem dispor de:

a) ancoragem para cinto de segurança tipo


paraquedista, conforme projeto e
sinalização do fabricante;

b) todos os controles claramente identificados quanto a suas funções e protegidos contra uso inadvertido
e acidental;
c) controles para movimentação da caçamba na parte superior e na parte inferior, que devem voltar para
a posição neutra quando liberados pelo operador, exceto o controle das ferramentas hidráulicas;

d) controles inferior e superior para a operação do guincho e válvula de pressão para limitar a carga nas
cestas aéreas equipadas com guincho e “JIB” para levantamento de material, caso possua este acessório;

e) dispositivo de travamento de segurança de modo a impedir a atuação inadvertida dos controles


superiores;

Travamento da alavanca Travamento da alavanca – Modelo Joystick


f) controles superiores na caçamba ou ao seu lado e prontamente acessíveis ao operador;

g) controles inferiores prontamente acessíveis e dotados de um meio de prevalecer sobre o controle


superior de movimentação da caçamba;
h) dispositivo de parada de emergência nos comandos superior e inferior devendo manter-se funcionais
em ambos casos;

i) válvulas de retenção nos cilindros hidráulicos das sapatas estabilizadoras e válvulas de retenção e
contrabalanço ou holding nos cilindros hidráulicos do braço móvel a fim de evitar movimentos
indesejáveis em caso de perda de pressão no sistema hidráulico;

j) sistema estabilizador, com indicador de inclinação instalado, em local que permita a visualização durante
a operação dos estabilizadores, para mostrar se o equipamento está posicionado dentro dos limites de
inclinação lateral permitidos pelo fabricante;
k) controles dos estabilizadores protegidos contra o uso inadvertido, que retornem à posição neutra
quando soltos pelo operador, localizados na base da unidade móvel, de modo que o operador possa ver
os estabilizadores se movimentando;

l) válvula seletora, junto ao comando dos estabilizadores, que numa posição bloqueie a operação dos
estabilizadores e na outra posição, os comandos de movimentação da(s) caçamba(s);

m) sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço
móvel para uma posição segura de transporte;
AS SAPATAS ESTABILIZADORAS SOMENTE PODERÃO SER MOVIMENTADAS QUANDO O BRAÇO DA
CESTA AÉREA ESTÁ APOIADO NO SEU BERÇO

n) sistema de operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso
de pane, exceto no caso previsto na alínea “o”;

o) recurso para operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em
caso de ruptura de mangueiras hidráulicas;

p) Ponto para aterramento.


a) as caçambas fabricadas em material não condutivo devem atender aos requisitos da norma ABNT NBR
16092:2012 e seu Anexo “C”;

b) a caçamba das cestas aéreas isoladas deve ser dotada de cuba isolante (liner), exceto para trabalho pelo
método ao potencial;

c) não deve haver aberturas nem passagens nas caçambas de cestas aéreas isoladas, exceto para trabalho pelo
método ao potencial.

2.4 Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões superiores a 1.000V, deve-se
utilizar cesta aérea isolada, que possua o grau de isolamento, categorias A, B ou C, conforme norma ABNT
NBR 16092:2012, e devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para a prevenção do risco
de choque elétrico, nos termos da NR-10.

Dicas

No Sistema Elétrico de Potência, o veículo é uma das principais ferramentas de trabalho, sendo em algumas
situações de trabalho a mais importante.

Comunicação Via Celular e Rádio

A comunicação via celular e rádio VHF/UHF e outros, ficarão a cargo dos que estão na condição de
passageiro ou quando o motorista parar e estacionar o veículo, segundo as normas de trânsito vigentes
no país.

Dentre os principais problemas com o Motorista temos:

- Dirigir sob efeito de substâncias


químicas;
- Trafegar em velocidade adequada; -
Inexperiência e falta de
conhecimento; - Falta de atenção e
observação.

Condições Adversas – Motorista

Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas é também a mais fácil de ser evitada, pois tratase
do estado em que o motorista se encontra física e mentalmente no momento em que irá fazer uso do
veículo em trânsito. São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do motorista (doenças
físicas, problemas emocionais) e podem ser momentâneas ou passageiras, mas também definitivas
(problemas físicos, corrigidos e adaptados ao uso do veículo).

Lembre-se:
Dirigir quando sentir-se sem condições físicas ou emocionais, põe em

risco não só a sua vida, mas a de todos os usuários do trânsito.

Existem muitas condições adversas do motorista, sendo as mais

comuns:

Físicas

- fadiga;
- dirigir alcoolizado;
- sono;
- visão ou audição deficiente;
- perturbações físicas (dores ou doenças).

Mentais

- estados emocionais (tristezas ou alegrias);


- preocupações;
- medo, insegurança, inabilidade.

Condições Adversas

Esta condição refere-se à intensidade da luz natural ou artificial que em determinado momento, pode interferir
em nossa capacidade de ver algo, ou de sermos vistos.

Clima

Está ligada as condições atmosféricas, como, frio, calor, vento, Chuva, granizo e neblina.

Estrada

O motorista defensivo deverá se adequar a todo tipo de Pavimentação, sinalização deficiente e características
regionais.

TRÂNSITO

O motorista deverá se adequar ao tipo de trânsito, como:

- Nas cidades;
- Nas estradas;
- Nas áreas rurais;
- Períodos de alto fluxo, férias; - hora de “rush”.

O transporte de ferramentas e equipamentos deverá ser feito em compartimento separado dos


passageiros por uma barreira física (grade, rede, tampão, etc.) O transporte de peças pesadas, tais como
transformadores ou disjuntores, deverá ser previamente planejado e executado com equipamento
adequado.

A carga e descarga de tambores com óleo deve ser feita com equipamento guindauto e dispositivos
apropriados e adequados, atendendo as normas ambientais vigentes.

O deslocamento de tambores dentro da subestação deverá ser feito sobre superfícies planas e, quando a
superfície for irregular, devem ser utilizadas pranchas.
Quando do transporte e movimentação de disjuntor, transformador de potencial, transformador de
corrente e pára-raios, especial atenção deve ser dada ao seu travamento, suas embalagens e a altura
máxima disponível para sua movimentação.

Quando de transporte de cargas perigosas efetuar de acordo com a legislação vigente e por profissional
devidamente capacitado, habilitado e autorizado.

INSPEÇÃO E VERIFICAÇÃO ANTES DA UTILIZAÇÃO DO VEÍCULO

Pneus e rodas:

- condições dos aros; - condições dos pneus; - estepe.

Carroceria:

Funcionamento das portas e fechaduras; retrovisores; avarias.

Sistema de freios e embreagens:

- testar funcionamento de freios (pé e mão);


- drenar o reservatório de ar (freio pneumático);
- nível de óleo do freio; - posicionamento da embreagem; - folga dos pedais.

Veículos com equipamentos hidráulicos:

funcionamento dos equipamentos hidráulicos.

Ferramentas e equipamentos do veículo:

- chave de roda;
- macaco;
- extintor de incêndio;
- triângulo de sinalização; - cintos de segurança.
- Sistema elétrico:
- luzes de freio;
- faróis;
- lanternas;
- pisca;
- buzina;
- bateria;
- limpador de pára-brisa; - luz de marcha à ré.

TÉCNICAS DE REMOÇÃO

TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE REMOÇÃO

O resgate de uma vítima é, sem sombra de dúvidas, a operação mais complexa, dentro das atividades de
trabalhos em altura, motivo este que exige que os trabalhadores socorristas, estejam devidamente treinados e
preparados.
Em uma operação de resgate, o resgatista não tem a opção de escolher o local mais favorável, pois o local já
está definido pelo posicionamento da vítima. A ele cabe apenas definir a melhor estratégia para acessar a vítima
e efetuar o resgate, no menor tempo possível.

Os regates em altura podem ser divididos em duas categorias básicas: resgates simples ou complexos, e
veremos a seguir, detalhadamente, cada um dele.

Resgates Simples

Entende-se que a vítima sofreu um acidente qualquer, e acabou suspensa por seu talabarte e está
impossibilitada de sair dessa situação, pelos seus próprios meios, seja por estar inconsciente ou não.

Resgates Complexos

Entende-se que a vítima sofreu um acidente com fraturas ou outras complicações graves, que exijam que ela
tenha algum tipo de atendimento e tenha que ser acomodada em uma maca, e posteriormente baixada ou
suspensa para uma superfície estável e entregue aos cuidados dos serviços médicos.

56. MAL DA SUSPENSÃO INERTE


O chamado Mal da Suspensão Inerte, consistem nas
consequências provenientes de ficar forma suspensa e
inerte, após algum tempo.

Embora ainda não totalmente claro, a ponto de


podermos evitá-lo, o Mal da Suspensão Inerte, pode ser
definido como: "Alteração do sistema cardiovascular
pela diminuição do fluxo de sangue que permite a falta
de suplemento sanguíneo ao cérebro,
seguido rapidamente de morte “.

Apenas podemos calcular um tempo médio que uma pessoa pode suportar a suspensão, já que cada organismo
difere um do outro, sendo uns mais resistes e outros mais frágeis, antes de ser fulminado pelo mal da suspensão
inerte, gira em torno de dez minutos, mas, como já dito, trata-se de um tempo médio, já que algumas vítimas
sucumbem antes de decorrido este tempo;

Portanto, é de suma importância que uma vítima que esteja na condição de suspensão inerte, seja removida em
um tempo máximo de dez minutos.

- Formigamento ou amortecimento;
- Tonturas, náuseas, hipertermia, inconsciência;
- Representação de volume circulatório nos membros inferiores, resultando em várias complicações, tais
como choque circulatório, reações fisiológicas, entre outras);
- Redução do volume de sangue, de forma que há compressão de veias e não artérias;
- Obstrução do fluxo sanguíneo evita retorno venoso;
- O coração fica sem sangue;
- Redução de função do miocárdio;
- Acúmulo de sangue nos membros;
- Tempo resposta;
- Traumas irreversíveis; e
- Nos casos mais graves, podendo chegar ao óbito.

Tratamento da Síndrome de Arnês (Suspensão)

Vítima em posição fetal Vítima em posição horizontal Elevação e movimentação de membros


deitada. inferiores.

Vítima em posição ventral

Sistema Integrado de Resgate em Altura

Conforme estabelecido na NR-35, toda atividade a ser realizada com uma diferença de nível maior ou igual a 2m
em relação ao piso, onde haja risco de queda, devem ser adotadas técnicas de resgate para o trabalhador.

O atendimento a essa determinação da NR-35 emprega um método comumente denominado “sistema


integrado de resgate”, o qual contempla ancoragem superior e inferior, corda para retirada da vítima, além de
equipamento para descida ou subida, aliviando o peso em relação à distância.

Todos esses equipamentos devem ser montados e estar em condição de uso antes do início das atividades, bem
como cada trabalhador deve estar treinado para aplicação do método.

57. RESGATE EM ESCADA


Antes de iniciar a subida, deve-se montar o sistema integrado de linha de vida e resgate, em que são sugeridos
os seguintes passos:
- Com a escada ainda no chão, através de bastão ou vara telescópica, deve-se fazer a ancoragem em um
ponto fixo acima do local de trabalho. Esse ponto pode ser constituído de abraçadeira ou acessório já
previamente analisado, conforme o PTA, ou Permissão para Trabalho em Altura, devendo suportar o
peso e o impacto caso ocorra uma queda;
- Em seguida, a corda deve ser passada no mosquetão fixado no ponto de ancoragem, descendo
novamente, de tal forma que uma ponta deve ser acomodada na sacola e a outra fixada na escada;
- A extremidade da corda deve ser fixada no segundo, degrau de baixo para cima, utilizando o nó fiel, não
devendo ser feito através de nenhum outro tipo de nó sobreposto a este. Recomenda-se que a corda
seja conduzida através de um mosquetão fixado na parte superior do montante da escada através de
uma fita de ancoragem e mosquetão;
- A escada deve ser levantada, acomodando-a ao poste de forma adequada e conforme procedimento
descrito na APR da empresa. A inclinação adequada é obtida pelo afastamento de um quarto da altura
da escada entre a base do poste e o ponto de apoio da escada no solo;
- O equipamento de frenagem deve ser instalado na parte inferior do poste, de tal forma que seja
ergonomicamente confortável para o manuseio do resgatista, através de fita tubular de ancoragem e
mosquetão, tracionando a corda de segurança ou linha de vida, efetivando assim o sistema integrado
de resgate.

O primeiro passo é acionar a equipe de emergência médica, pois enquanto é realizado o resgate, o socorro já
está a caminho. O segundo é certificar-se de que o ambiente está seguro para sua subida, caso necessário, para
realizar o resgate.

Nesse momento, o integrante da equipe que está no solo passa a ser denominado resgatista. Caso seja
necessário, o acesso a vítima para remover algum obstáculo que porventura impeça a sua descida, o resgatista
deve subir a escada após conectar-se a linha de vida.

Um exemplo da situação descrita, caracteriza-se quando houver a necessidade de desenroscar as pernas da


vítima do degrau da escada ou para soltar o talabarte de posicionamento, deixando assim a vítima ancorada
somente pela trava quedas no sistema integrado de resgate.

O resgatista, chegando ao solo, liberando–se da linha de vida, deve realizar a descida da vítima através do
sistema de frenagem ancorado no poste, mantendo uma velocidade continua e lenta, e assim de forma segura
até que a vítima esteja totalmente no solo.

Em seguida, libere os equipamentos da vítima e realizar as ações de primeiros socorros, conforme procedimento
da empresa, até a chegada do atendimento especializado.

58. RESGATES EM TRABALHO SUBTERRÂNEO


Conforme já mencionado, para acessar um espaço confinado, é necessário adotar medidas para mitigar as
condições inseguras existentes no local de trabalho, e os trabalhadores devem ser qualificados e possuir
treinamento em NR-33 do Ministério do trabalho e emprego. As formas de realizar esse acesso com um
içamento contínuo, com o emprego de linha de vida.

Trabalhos realizados no SEP, em espaços confinados, devem contar com no mínimo três profissionais. Um deles
atua como vigia e fica do lado externo do espaço confinado, tendo a função exclusiva de monitorar o trabalho
dos demais membros da equipe. Neste contexto, existem dois trabalhadores que são autorizados e o terceiro
que atua como vigia. Todos devem estar aptos para atuarem em uma emergência e resgate.

Antes de acessar o espaço confinado, deve-se montar um sistema de ancoragem, que deve ficar acima do ponto
de acesso, capaz de suportar as ações de queda, suspensão, abrasão e impacto.
Nesse exemplo é utilizado um tripé apropriado para esse tipo de acesso,
proporcionando um ponto de ancoragem. O tripé deve possuir trava nos
pés para impedir o seu fechamento, mesmo tombado, e ponto para
acoplamento de guincho de resgate. O guincho de resgate deve ser
acoplado ao tripé e dispor de corda provida de gancho ou mosquetão para
içamento. No mecanismo do guincho deve ser instalado o sistema de travas
que não retrocede no momento da suspensão.

Por se tratar de instalações elétricas, a linha de vida será realizada com a


corda de poliamida, pois esse material se trata de um mau condutor
elétrico. Será considerado o emprego de uma escada para acessar o espaço
confinado, evitando a suspensão dos trabalhadores na entrada ou saída.

A corda do guincho deve ser conectada ao cinturão paraquedista do trabalhador, através do gancho ou
mosquetão na descida ou subida, somente para acompanhar essa ação, pois quem ampara a queda é a linha de
vida com o trava-quedas. O guincho para resgate acompanha o acesso do trabalhador porque, se ele sentir um
mal súbito em um desses momentos, o vigia terá todo o acesso para resgatá-lo, içando-o para o ambiente
externo.

Os trabalhadores autorizados que ficam no espaço confinado devem usar os EPIs, que nesse cenário seriam,
entre outros, o cinturão paraquedista e o trava-quedas;

O vigia não deve usar o cinturão paraquedista e o trava-quedas, pois independente do que ocorra no espaço
confinado, ele nunca deve acessar o local.

Após o processo de descida, chegando do local de trabalho, os profissionais desconectam o guincho ou


mosquetão do cinturão paraquedista, assim como o mosquetão do trava-quedas, permitindo maior mobilidade
para o desenvolvimento das atividades.

Caso um dos profissionais sinta-se mal, solicitando ajuda para saída do que espaço confinado, o vigia entra em
ação em conjunto a outro profissional que se encontra com a vítima. Esse profissional que desenvolvia sua tarefa
em conjunto com a vítima no espaço confinado avisa o vigia do incidente, consequentemente o vigia aciona as
equipes de emergência e inicia a retirada do socorrido.

O profissional que se encontra com a vítima deve transportá-la até a escada de acesso à saída do espaço
confinado, usando o gancho ou mosquetão do guincho de resgate, prendendo-o ao cinturão paraquedista da
vítima, e precisa autorizar o vigia a iniciar o içamento, desviando-a de algum obstáculo, direcionando-a de modo
correto e seguro até a chegada à parte externa, onde somente o vigia tem o domínio.

O vigia deve ficar atento ao ponto de parada do guincho, travando a alavanca e posicionando a vítima para o
tombamento do tripé. Uma vez travado, o guincho não retrocede e o vigia deve se posicionar de um lado tripé,
na área mais livre possível, fazendo o tombamento, segurando na parte superior, descendo o tripé e fazendo
com que a vítima se acomode no solo naturalmente.

O vigia deve descer o tripé até que fique totalmente no chão, soltar a ancoragem feita na vítima, em seguida
levantar o tripé e posicioná-lo para que o outro profissional, que ainda se encontra no espaço confinado, possa
sair usando a linha de vida com o trava-quedas.

Em seguida, libere os equipamentos da vítima, realizar as ações de primeiros socorros, conforme procedimento
da empresa, até a chegada do atendimento especializado.
59. RESGATE EM TORRE DE TRANSMISSÃO
Diante da grande particularidade que envolve trabalhos realizados em linhas de transmissão, agravada pela
geometria e localização das torres, o resgate de uma vítima requer cuidados peculiares, contemplando inclusive
o tempo para resgate.

É imprescindível que, antes do início da atividade já esteja montado o sistema integrado de resgate com a linha
da vida, conforme deve ser estabelecido na APR e também na PTA.

Esse trabalhador deve escalar a torre, conforme definido na APR e na PTA, que pode ser por meio das pedaleiras
fixadas no canto da torre, ou de outro ponto de acesso, fazendo uso do cinturão paraquedista e seu talabarte
Y. A escalada deve ser iniciada sempre ancorando em dois pontos diferentes, com a técnica de somente
desprender um gancho do talabarte depois que o outro estiver ancorado, mantendo-os, sempre que possível,
acima da conexão do seu cinturão paraquedista. Sugere-se uma referência, que seria essa na altura acima do
ombro.

Esse trabalhador precisa estar portando o seu talabarte de posicionamento e o seu trava-quedas, mas não vai
usá-lo na subida, que deve ser acompanhada por toda a equipe, orientando o trabalhador quanto a seu
posicionamento e direcionando-o até o ponto em que será realizada a ancoragem para montagem do sistema
integrado de resgate.

Esse trabalhador precisa estar portando o seu talabarte de posicionamento e o seu trava-quedas, mas não vai
usá-lo na subida, que deve ser acompanhada por toda a equipe, orientando o trabalhador quanto a seu
posicionamento e direcionando-o até o ponto em que será realizada a ancoragem para montagem do sistema
integrado de resgate;

Essa ancoragem, desenvolvida com técnicas específicas, deve ficar acima do ponto de trabalho e utilizar
equipamentos que resistam as abrasões e suportem impactos intermitentes ou contínuos;

No solo deve ser fixado o sistema de frenagem, criando um desvio, se necessário. Os demais trabalhadores que
também farão a escalada, depois que o sistema integrado de linha de vida e resgate estiver totalmente fixado,
devem portar todos os seus equipamentos de segurança para deslocamento e trabalho de acordo com a
atividade.

Resgate

As equipes que realizam serviços em linhas de transmissão normalmente são


constituídas de no mínimo quatro profissionais. Na situação proposta, existem
dois trabalhadores no solo e os outros dois estão no alto da torre realizando
suas atividades. Caso acorra a necessidade de resgate de um dos trabalhadores
no alto da torre, devem ser observadas as orientações apresentadas a seguir.

A equipe deve mobilizar-se, conforme procedimento da empresa, pois para


realizar a descida resgate do trabalhador. O primeiro passo é acionar a equipe
de emergência médica, pois enquanto é realizado o resgate, o socorro já está a
caminho.

O segundo passo consiste em verificar se o ambiente está seguro para realizar o resgate ou se deve ser tomada
alguma ação de emergência para proporcionar condições apropriadas.
Os componentes da equipe localizados no solo devem ficar atentos à manobra que está sendo realizada na torre,
e quando for certificado que a vítima está ancorada somente pelo trava-quedas, deve-se dar início à descida.

Um dos trabalhadores do solo deve descer a vítima usando o sistema integrado de resgate e frenagem. Com um
equipamento apropriado, precisa controlar a descida, mantendo uma velocidade continua e lenta, e assim de
forma segura até que a vítima esteja totalmente no solo.

Nesse momento, o integrante da equipe que está no solo passa a ter uma importância fundamental, pois o
sincronismo com o outro trabalhador que fará a ancoragem da vítima é essencial. Nesse caso, o trabalhador que
se encontra na torre com a vítima deve conectar o trava-quedas do socorrido no sistema interligado de resgate
e soltar qualquer outro equipamento que estava sendo usado para ancoragem.

O outro trabalhador, que também está no solo, com a sobra da corda, traciona-a devido a necessidade de
realizar algum desvio de obstáculos na descida. Em seguida, libera os equipamentos da vítima, realiza os
primeiros socorros, conforme procedimento da empresa, até a chegada do atendimento especializado.

Para que sejam obtidos resultados positivos em um atendimento de primeiros socorros, é importante que, ao
chegar ao local de um acidente ou ao encontrar um acidentado, a pessoa que se disponibilizar a prestar o
socorro realize uma avaliação rápida e segura do local e da ocorrência.

Nessa etapa, é importante que sejam apreendidas o máximo de informações sobre o acidente, sobre o
acidentado e quaisquer outras informações que se julgar importante. O socorrista deve evitar o pânico e sempre
que possível procurar a colaboração de outras pessoas.

O Transporte de Acidentados

O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate, como obviamente, o Corpo de
Bombeiros ou os Anjos do Asfalto, entre vários outros.

O transporte realizado de forma imprópria pode agravar as lesões, provocando sequelas irreversíveis ao
acidentado. A vítima somente deve ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, onde não é
possível contar com equipes especializadas em resgate.

É extremamente importante a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte seguro (número de
pessoas para realizar o transporte). A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível quando não
há suspeita de lesões na coluna vertebral.

Estabilização Manual Alinhada da Cabeça

Uma vez determinado pela biomecânica do trauma que uma lesão de coluna
espinhal instável existe, a primeira providência do socorrista deve ser a
estabilização manual alinhada da cabeça da vítima. Isso deve ser feito
segurando-a e movendo-a até uma posição neutra alinhada, a menos que
seja contraindicado, em situações que veremos a seguir. Uma posição
alinhada neutra deve ser mantida manualmente, sem tração significativa na
cabeça e no pescoço.

Em poucos casos, a movimentação da cabeça da vítima para posição


alinhada é contraindicada. Se a movimentação cuidadosa da cabeça e do
pescoço em direção a uma posição alinhada e neutra provocar qualquer uma das seguintes reações, ela deve
ser imediatamente interrompida:

- Resistência ao movimento;
- Espasmos dos músculos do pescoço;
- Aumento da dor;
- Início ou aumento de déficit neurológico, como adormecimento, formigamento ou perda de
motricidade; - Comprometimento da via aérea ou da ventilação.

Se as lesões do doente forem tão graves a ponto de a cabeça estar fora de alinhamento e não parecer
mais se estender da linha média entre os ombros, não devem ser tentados movimentos de alinhamento
neutro. Nesses casos, a cabeça do doente deve ser imobilizada na posição em que foi inicialmente
encontrada. Felizmente, tais casos são raros.

Trauma Fechado

- Como parâmetro, o socorrista deve presumir que há lesão vertebromedular e coluna instável nas
seguintes situações, e deve ser realizada uma avaliação da coluna para determinar a necessidade de
imobilização:
- Impacto violento na cabeça, no pescoço, no tronco ou na pelve, produzido por qualquer mecanismo
contuso, por exemplo, agressões ou soterramento em escombros de desabamento;
- Incidentes que produzam aceleração ou desaceleração repentinas, ou inclinação lateral do pescoço ou
tronco, como por exemplo, colisões de veículos motorizados em velocidade de moderada a alta,
atropelamento ou envolvimento em explosões;
- Qualquer queda, principalmente em vítimas idosas;
- Ejeção ou queda de veículo motorizado ou qualquer outro dispositivo de transporte, tais como patinetes,
skates, bicicletas, motos, veículos de recreação;
- Vítimas de acidente em águas rasas, como mergulho ou surfe sem prancha.

Outras situações comumente associadas a lesões vertebromedulares incluem:

- Lesões na cabeça, com qualquer alteração no nível de consciência;


- Danos significativos no capacete;
- Lesão contusa importante do tronco;
- Fraturas por impacto ou outro tipo de desaceleração nas pernas ou nos quadris;
- Lesões localizadas significativas na área da coluna;

Esses mecanismos de lesão exigem um exame detalhado, cuidadoso e completo para determinar se há
indicações para imobilização da coluna.

Como parâmetro, o socorrista deve presumir que há lesão vertebromedular e coluna instável nas
seguintes situações, e deve ser realizada uma avaliação da coluna para determinar a necessidade de
imobilização:

- Impacto violento na cabeça, no pescoço, no tronco ou na pelve, produzido por qualquer mecanismo
contuso, por exemplo, agressões ou soterramento em escombros de desabamento;
- Incidentes que produzam aceleração ou desaceleração repentinas, ou inclinação lateral do pescoço ou
tronco, como por exemplo, colisões de veículos motorizados em velocidade de moderada a alta,
atropelamento ou envolvimento em explosões;
- Qualquer queda, principalmente em vítimas idosas;
- Ejeção ou queda de veículo motorizado ou qualquer outro dispositivo de transporte, tais como patinetes,
skates, bicicletas, motos, veículos de recreação;
- Vítimas de acidente em águas rasas, como mergulho ou surfe sem prancha.

Outras situações comumente associadas a lesões vertebromedulares incluem:

- Lesões na cabeça, com qualquer alteração no nível de consciência;


- Danos significativos no capacete;
- Lesão contusa importante do tronco;
- Fraturas por impacto ou outro tipo de desaceleração nas pernas ou nos quadris;
- Lesões localizadas significativas na área da coluna;
- Esses mecanismos de lesão exigem um exame detalhado, cuidadoso e completo para determinar se há
indicações para imobilização da coluna.

Colares Cervicais Rígidos e não Rígidos

Ao contrário do que todos pensam, colares cervicais rígidos isolados não imobilizam adequadamente,
apenas ajudam a sustentar o pescoço e impedir movimentação. Os coletes limitam a flexão em quase
90% e limitam a extensão, a flexão lateral e rotação em cerca de 50%.

São importantes para auxiliar a imobilização, devendo, porém, serem usados sempre com estabilização manual
ou imobilização mecânica, realizada por dispositivos adequados para a imobilização de coluna.

Já os colares cervicais não rígidos não servem como auxiliares à imobilização da coluna no local do trauma.
A finalidade principal e específica do colar cervical é proteger a coluna cervical de compressão. Métodos
de imobilização pré-hospitalares permitem ainda uma ligeira movimentação do doente e da coluna, pois
esses dispositivos se ajustam apenas externamente a vítima, e o tecido muscular e a pele apresentam
algum movimento com relação à estrutura óssea, mesmo que o ferido esteja muito bem imobilizado.

A maior parte das situações de resgate envolve algum movimento da vítima e da coluna ao realizar
extração, ao carregar e embarca-la. Esse tipo de movimentação também ocorre quando a ambulância
acelera e desacelera em condições normais de tráfego.

Imobilização do Tronco ao Dispositivo


Agora falaremos da imobilização do tronco, sabe-se que qualquer que seja o equipamento usado pelo socorrista,
o tronco deve ser imobilizado, de modo a não se mover para cima, para baixo, para a esquerda ou para a direita.
O dispositivo rígido é fixado com tiras ao tronco da vítima para que a cabeça e o pescoço fiquem apoiados e
imobilizados quando presos a ele; O tronco e a pelve são imobilizados por meio do dispositivo, de modo a apoiar
os segmentos torácico, lombar e sacral da coluna e impedir sua movimentação. O tronco deve ser imobilizado
antes da cabeça.

Assim, qualquer movimento do dispositivo que eventualmente ocorra durante a imobilização do tronco não
provocará angulação da coluna cervical. Existem vários métodos específicos de imobilização do dispositivo ao
tronco.

Um dos métodos consiste em passar duas faixas, uma de cada lado da prancha, sobre o ombro, em seguida
cruzando a parte superior do tórax e pela axila oposta, fixadas à prancha ao lado de cada uma das axilas,
formando um "X", que impede movimentos do tronco para cima, para baixo, para a esquerda ou para a direita.

Pode-se obter a mesma imobilização fixando uma faixa à prancha e passando-a em seguida pela axila e, depois,
pela parte superior do tórax e pela axila oposta e fixando-a do outro lado da prancha. Em seguida, uma faixa
ou tira é colocada dos dois lados, passando por cima do ombro e fixando-a na faixa da axila, como
suspensórios.

60. TÉCNICAS ESPECÍFICAS


Tratamento da Coluna Vertebral
O primeiro socorrista faz a estabilização manual da cabeça e do pescoço da vítima em
posição alinhada neutra.

O segundo socorrista usa seus dedos para medir o pescoço da vítima, entre a
mandíbula e o ombro.

O segundo socorrista usa essa medida na seleção do tamanho adequado de colar ou


em seu ajuste nos colares de tamanho ajustável.

Em caso de utilização de colar ajustável, certifique-se de que este está travado no


tamanho correto.

O segundo socorrista coloca o colar de tamanho apropriado, enquanto o primeiro


socorrista continua a manter a estabilização neutra alinhada da cabeça e do pescoço da
vítima.

Para a utilização do colar, após a colocação e a fixação do colar cervical, a


estabilização manual da cabeça e do pescoço é mantida até que da vítima seja
fixada ao equipamento de imobilização.
Imobilização Sentada (Dispositivo para Retirada do Tipo Colete)

Princípio: Imobilizar a vítima traumatizada, sem lesões graves antes de movimentá-lo da posição sentada.

Logo após, a vítima é mantida em posição ereta, levemente inclinada para frente, dando o espaço adequado
entre as costas do socorrido e o banco do veículo, para colocação facilitar a colocação do colete de forma segura.

Antes de colocá-lo pela parte de trás da vítima, os dois tirantes longos, que ficam posicionados próximos à virilha
são abertos e posicionados atrás do colete.

Após posicionar o colete atrás da vítima, as abas laterais são colocadas em torno da vítima e movimentadas até
tocarem as suas axilas.

Logo após de os tirantes de tronco serem posicionados e ajustados, deve-se iniciar pelo tirante do meio do tórax,
seguido do tirante inferior.

Cada tirante é ajustado após a colocação. Nesse momento, o uso do tirante superior do tórax é opcional. Se seu
uso for realmente necessário, então o socorrista deve garantir que ele não esteja tão apertado a ponto de
impedir a ventilação da vítima. Esse tirante deve ser apertado imediatamente antes de movimentar a vítima.

Cada tirante que fica próximo à virilha é posicionado e ajustado. Movimentando a vítima de um lado para outro,
o tirante é passado por debaixo da coxa e da nádega até que esteja em uma linha reta na prega glútea da frente
para trás, como observamos na figura presente.

Os tirantes da virilha são colocados sob o membro inferior da vítima e conectado ao colete do mesmo lado da
inserção do tirante. Uma vez posicionado, cada tirante é apertado.

O acolchoamento é colocado entre a cabeça da vítima e o colete, mantendo o alinhamento neutro.

A cabeça da vítima é presa aos tirantes cefálicos do colete. O socorrista deve procurar ter o cuidado de não
prender a mandíbula ou obstruir a via aérea do socorrido. Lembrando que os tirantes torácicos devem ser
sempre avaliados, checados e reajustados conforme necessário durante a imobilização e movimentação.

Todos os tirantes devem ser reavaliados antes da locomoção da vítima. Se o tirante torácico superior não tiver
sido colocado, ele precisa ser conectado e ajustado, antes de mover o socorrido.

Se possível, a maca da ambulância, juntamente com a prancha longa, deve ser trazida para a abertura da porta
do veículo. A prancha é posicionada por baixo das nádegas da vítima, de forma que uma extremidade esteja
seguramente apoiada no assento do veículo, e a outra, na maca.

Se a maca da ambulância não estiver disponível ou o terreno não permitir o posicionamento da maca, outros
socorristas podem segurar a prancha enquanto a vítima é girada, levantada e movida para fora do veículo.

Enquanto gira-se a vítima, suas extremidades inferiores, ou seja, suas pernas, devem ser elevadas para o assento
ao lado. Se o veículo tem um console central, as pernas da vítima devem ser levantadas por cima do console,
uma por vez, vagarosamente para que o trabalho feito até o momento não seja perdido. Tome esse
procedimento como o penúltimo passo.

Assim que a vítima houver sido girada de forma que suas costas fiquem voltadas para o centro da prancha longa,
ela é deitada na prancha mantendo as pernas elevadas. Após colocar o doente sobre a prancha, os dois tirantes
da virilha devem ser soltos, e as pernas, abaixadas.

A vítima é posicionada à medida que é movimentada para cima na prancha com o colete e o acolchoamento. O
socorrista pode soltar o tirante superior do tórax nesse momento.

Assim que o socorrido for posicionado na prancha longa, o colete é mantido para que continue imobilizando a
cabeça, o pescoço e o tronco.
Retirada Rápida

Em algumas situações, como essa que estamos mostrando e discutindo de um acidente automotivo, a vítima
sentada portadora de lesões com risco de vida, mas com indicação que a imobilização da coluna pode ser
realizada, podem ser retirados mais rapidamente do local do acidente. Quando se utiliza um dispositivo
temporário para imobilizar antes de mover o acidentado, ele fornece uma fixação mais estável do que quando
se usa somente o método manual de retirada rápida.

Entretanto, a utilização do dispositivo temporário requer um acréscimo de quatro a oito minutos adicionais no
tempo de salvamento. O socorrista deve utilizar o método de retirada com colete ou com prancha curta quando:
(1) as condições da cena e da vítima são estáveis e o tempo não é a principal preocupação, ou (2) exista uma
situação especial de resgate que envolva suspensão considerável ou guinchamento, movimentação ou
carregamento do socorrido antes que seja mais prático completar todo o processo de imobilização supina na
prancha longa.

A retirada rápida é indicada nas seguintes situações:

- Quando condições de risco de vida da vítima foram identificadas durante a avaliação primária e não
podem ser corrigidas no local em que o indivíduo foi encontrado;
- Quando a cena não é segura e existe risco evidente para o socorrista e para o doente, sendo necessária
sua remoção rápida para um local seguro;
- Quando a vítima deve ser removida rapidamente para que se tenha acesso a outros necessitados com
lesões mais graves.

Uma vez que se toma a decisão de realizar o processo de retirada rápida de uma vítima, deve-se iniciar o
procedimento de estabilização e alinhamento manual da cabeça e do pescoço

A primeira melhor abordagem a se tomar é começando por trás da vítima. Se não for possível a aproximação
por trás, o procedimento de estabilização e alinhamento
manual pode ser realizado pelo lado. Tanto por trás quanto
pelo lado, a cabeça e o pescoço da vítima são trazidos para a
posição de alinhamento neutro, e realiza-se a avaliação rápida
da vítima e coloca-se nela o colar cervical de tamanho
adequado.

Enquanto se mantém a estabilização manual, deve-se


controlar as regiões superior e inferior do tronco e as pernas
da vítima. Essa é girada em uma série de movimentos curtos e
controlados.

Caso o veículo possua um console central, as pernas da vítima devem ser movidas, uma de cada vez, sobre o
console.

O socorrista continua a girar a vítima, com movimentos curtos e controlados, até que a estabilização manual
não possa mais ser mantida por trás, no interior do veículo. O segundo socorrista assume a estabilização manual,
estando fora do veículo.

O socorrista continua a girar a vítima, com movimentos curtos e controlados, até que a estabilização manual
não possa mais ser mantida por trás, no interior do veículo. O segundo socorrista assume a estabilização manual,
estando fora do veículo.

O primeiro socorrista pode, agora, sair do veículo e reassumir a estabilização manual.


A rotação da vítima continua até que ele possa ser abaixado para fora da abertura da porta do veículo e sobre a
prancha longa.

A prancha longa é colocada com a extremidade distal sobre o assento do veículo e a extremidade da cabeça
sobre a maca da ambulância. Se a maca não puder ser colocada próxima ao veículo, outros socorristas podem
segurar e apoiar a prancha enquanto a vítima é deitada sobre ela.

Uma vez que o tronco da vítima esteja sobre a prancha, o peso do tórax é aliviado enquanto os socorristas se
preocupam em controlar a pelve e as pernas. O acidentado é
movimentado para cima sobre a prancha longa. O socorrista
que mantém a estabilização manual deve ter cuidado para
não puxar a vítima, mas, sim, apenas dar suporte à cabeça e
ao pescoço.

A técnica de retirada rápida pode efetivamente dar


estabilização e alinhamento manuais da cabeça, do pescoço
e tronco durante toda a remoção da vítima de um veículo.
Os três postos-chave da retirada rápida são:

Um
socorrista deve manter a estabilização da cabeça e do pescoço
da vítima durante todo o tempo, o outro deve girar e estabilizar
a região superior do tronco, e o terceiro deve mover e controlar
a região inferior, a pelve e as extremidades inferiores da vítima.

É impossível manter a estabilização e o alinhamento manual da


cabeça e do pescoço do socorrido se houver tentativa de
movêlo em um único movimento contínuo. Os socorristas
devem
limitar cada movimento, parando para reposicionar e preparar o movimento seguinte. Pressa desnecessária
provoca atrasos e pode resultar em movimento da coluna, o que pode piorar a lesão já ocorrida.

Concluindo, então, esta parte, em cada situação, os procedimentos podem requerer adaptações dos princípios
de retirada rápida. Isso só pode funcionar efetivamente se as manobras forem praticadas. Cada socorrista deve
saber precisamente as ações e os movimentos dos outros socorristas.

Transporte sem Maca

Haverá situações onde o socorrista pode não estar de posse de uma maca, e o transporte de uma vítima precisa
ser feito sem esse equipamento, para isso, ao transportar um acidentado alguns cuidados devem ser tomados
para não agravar as lesões existentes;

No primeiro momento, parece ser fácil transportar uma vítima, porém, se essa locomoção não é feita
corretamente, isso pode deixar sequelas terríveis no acidentado para o resto de sua vida;

Na impossibilidade do uso de maca ou padiola e sendo vital a remoção de uma pessoa acidentada, o transporte
terá que ser feito de outra maneira, porém tomando-se todos os cuidados para não agravar o estado da vítima.

Transporte com um Socorrista


Quando a vítima consegue se mover levemente, o socorrista pode tomar algumas medidas
diferentes das anteriores; esses são recursos a serem adotados, quando o acidentado está
consciente e tem apenas ferimentos leves:

- Passe um dos braços da vítima em torno do seu pescoço; e


- Coloque um de seus braços em torno da cintura da vítima e segure-a pelo punho. Dessa
forma, a vítima pode caminhar apoiada no socorrista.

Transporte de Bombeiro

Primeiro, coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida, ajoelha-se com um só joelho e, com as mãos
passando sob as axilas do acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de frente para ele.

A pessoa que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas mãos na cintura do acidentado e com a
outra toma o punho, colocando o braço dela em torno de seu pescoço. Abaixa-se, então, para frente, deixando
que o corpo do acidentado caia sobre os seus ombros.

A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as coxas, na altura da dobra do joelho, e
segura um dos punhos do acidentado, ficando com a outra mão livre. Conforme a sequência de procedimentos
mostrado na figura.

Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves. É um meio de transporte
eficaz e muito útil, se puder ser realizado por uma pessoa ágil e fisicamente capaz e capacitada.

Uma Pessoa nas Costas

Outro procedimento que


pode ser tomado quando a
vítima possui ferimentos
leves, pode ser quando o
socorrista fica de cos tas
para a vítima, que deve
estar de pé, e então depois
passa os braços dela em
torno do seu pescoço.

Com seu corpo um pouco


inclinado para frente, levante e carregue a vítima.

Se a pessoa tiver condições de se firmar no tronco do socorrista, este poderá usar os braços para segurá-la pelas
pernas, o que proporciona maior firmeza durante o transporte
Há também o caso de existir a necessidade de o transporte da vítima ser feita com
os braços e esse se apresenta como recurso adequado quando a vítima está
consciente, porém com ferimentos nos pés ou nas pernas, o que a impeçam de
caminhar.

Assim, coloque um braço sob os joelhos e o outro em torno da parte superior do


tórax da vítima, e levante-a. Quanto mais alta for a posição da vítima no colo do
socorrista, menos este vai se cansar de carregá-la, podendo facilitar a
movimentação por mais tempo, se necessário.

Transporte com Dois Socorristas

Para esse tipo de transporte da vítima, é necessário mais de um socorrista, esses então, com os braços, formam
um pequeno assento, que deverá se manter segura. Esse tipo de transporte é conhecido como transporte em
cadeirinha.

Faça a cadeirinha conforme a figura. Passe os braços da vítima o


redor do pescoço dos socorristas e estes podem levantá-la e
carregála.

Transportes pelas Extremidades

Há, ainda, a possibilidade de ter a necessidade de carregar acidentados pelas extremidades. Nesse caso, uma
socorrista segura a vítima por debaixo dos braços e o outro pelas pernas.

Esse tipo de transporte só deve ser feito se não houver suspeita de fraturas na coluna ou nos membros do
socorrido; para isso, siga os passos seguintes:

- Sente a vítima em uma cadeira


- Um dos socorristas, então, segura a cadeira pelas pernas e o outro pelo encosto;
- E por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas que
apresentam problemas respiratórios

-
Transporte com Três Socorristas
Para a execução de transporte no colo é exigida a presença de três
socorristas, e só é válido caso a vítima não tenha suspeitas de fratura
na coluna ou na bacia.

Uma socorrista segura a cabeça e as costas e, o outro, a cintura e a


parte superior das coxas.

Estando, então, a vítima deitada de barriga para cima, os três


socorristas se ajoelham ao lado dela: um próximo à extremidade
superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo aos pés.

Pegando a vítima por baixo, em um tempo só, os três a erguem e a


carregam juntos ao tórax.

O terceiro socorrista segura a parte inferior das coxas e pernas. Os


movimentos das três pessoas precisam ser simultâneos para impedir deslocamentos da cabeça, coluna, coxas e
pernas.

Resgate com Quatro Socorristas

E finalmente, bem semelhante ao resgate de três pessoas, pode-se fazê-lo com


quatro.

O que há de diferente do resgate com três socorristas, é que nesse caso a quarta
pessoa imobiliza a cabeça da vítima, impedindo qualquer tipo de deslocamento
ou lesão.

ACIDENTES TÍPICOS

61. INTRODUÇÃO
Eletricidade mata. Esta pode ser uma forma bastante brusca e rude de dizer algo sobre o que estudaremos,
porém não poderia ser mais verdadeira para início de trabalhos.

A Eletricidade tem sido o principal fator e elemento de discussões e pesquisas dos últimos anos. Atravessou os
séculos XVIII, XIX e XX se estabelecendo de forma profunda e indispensável no dia a dia das diferentes
sociedades ao redor do mundo.

A Nova Revolução Industrial, que traz a, assim dita, indústria 4.0 e a internet das e para as coisas, irá certamente
mudar muito as formas de trabalhar e viver. Entretanto, a mais importante matéria-prima para que tudo isso
seja realidade possível ainda é a eletricidade, pois computadores, como também os smartphones e incontáveis
outros tipos de aparelhos elétricos são alimentados por ela.

Se tomamos, então, a eletricidade como equipamento e material principal, teremos, por consequência, a
necessidade de pessoas, colaboradores qualificados em seus diferentes ramos e estudos, além de produtos de
qualidade compondo as instalações elétricas, que obviamente, também precisam ter qualidade e nível
profissional e proficiente.
Discussão

Porém, nos deparamos com o seguinte problema: os riscos inerentes ao manuseio da eletricidade,
principalmente em um país onde o “jeitinho brasileiro” tem sido o motor da economia, vem nos mostrando um
cenário bastante sombrio sobre acidentes com eletricidade, muitos deles deixando sequelas seríssimas em
trabalhadores, ou chegam a ser mesmo fatais.

Em suma, a eletricidade, ao longo de sua história, recebeu inúmeras ações que promoveram técnicas e medidas
de segurança para que o seu manuseio se mantivesse dentro de parâmetros e regras, a fim de se criar premissas
e rotinas como modelos e padrões para o seu uso e manuseio seguro. Mas, mesmo assim, tais ações não
conseguem evitar que pessoas morram ou fiquem gravemente feridas por todo o mundo, seja pelo
desconhecimento básico e falta de informação, ou seja pela omissão ou não compromisso de todos os
envolvidos na imensa cadeia elétrica e energética.

62. ACIDENTES
A grande maioria dos acidentes com trabalhadores da etapa de consumo está associada ao choque elétrico,
decorrente do contato com parte vivas da instalação, e do arco elétrico resultante da manobra de equipamentos
desprovidos de câmara de extinção.

Tais acidentes, agravados ainda em altura, podem ser atribuídos a fatores relacionados com o comportamento
do trabalhador, qualidade da instalação e fatores ambientais.

Os fatores associados ao comportamento do trabalhador são decorrentes do uso de drogas, álcool,


medicamentos, cansaço, períodos de sono mal dormidos, problemas familiares e financeiros, disputa com
colegas de trabalho, desconhecimento dos riscos de trabalho, incompatibilidade entre o executante e a resultar
em acidentes.

Os acidentes de origem elétrica são o principal tipo com que os trabalhadores que atuam em ambientes
regulamentados pela NR-10 podem sofrer. Um acidente elétrico, constantemente, pode acarretar em outra
variedade de acidentes.

Por isso, é muito importante que os profissionais saibam corretamente, prática e teoricamente, as técnicas de
prevenção, para que não ocorram acidentes, ou seja, para que se busque pela prevenção, além de serem
capazes de controlar as situações no caso em que os acidentes não possam ser mesmo evitados.

Os slides a seguir irão discorrer sobre os acidentes de origem elétrica, suas características principais, e suas
causas, diretas ou indiretas. Além disso, para a sua melhor compreensão e aprendizagem, serão apresentadas
discussões de casos de acontecimentos que não puderam ser previstos.

Relatos

No dia do acidente a equipe do eletricista Sr “Otavio” de 24 anos, casado, com um filho de 1 ano, trocava cabos
dentro de um condomínio residencial.

A cruzeta de madeira que suportava os cabos da linha primária da rede elétrica energizada, situada na parte
superior de um poste, quebrou, ocasionando a queda de um desses (cabo de linha primária) sobre a perna de
um trabalhador de manutenção da rede (equipe contratada – terceira).

A tarefa da equipe era trocar a antiga linha secundária, que se encontrava desenergizada, por fiação nova, mais
segura.
A fiação secundária é apoiada pouco abaixo da rede primária, no mesmo poste. O eletricista sofreu choque e,
posteriormente, teve a perna amputada.

A quebra da cruzeta e a queda do cabo ocorreram quando colegas da equipe do eletricista esticavam, no meio
das árvores, os cabos novos da rede secundária.

A fiação secundária, contudo, é apoiada apenas um pouco abaixo da rede primária, no mesmo poste. O
eletricista sofreu um choque elétrico e, posteriormente, teve sua perna amputada.

Contexto da Tarefa e a Preparação do Serviço

A intervenção da equipe da terceira contratada se inicia com o pedido de serviço emitido pela contratante.
Definida a seção em que seria feita a troca da fiação, a contratante, teoricamente, envia um supervisor para a
área, com a finalidade de avaliar a viabilidade do serviço. No caso da ocorrência em questão, não foi registrada
a ida de nenhum supervisor a campo e nenhuma análise de possível fragilidade nas cruzetas instaladas nos
postes da rede primária, que segundo relatos e documentos, estavam sem manutenção há mais de 25 anos.

A autorização de intervenção nas redes convencionais é precedida de desligamento da linha secundária, mas é
mantida a energização da linha primária, com a finalidade de minimizar interrupções de fornecimento e
impactos aos consumidores e usuários do sistema. Uma vez recebida a ordem de serviço, a equipe da
contratada, deve realizar um diagnóstico de segurança da situação por meio de uma Análise Preliminar de
Perigos e Riscos, chamada apenas de APPR, e deve indicar as medidas preventivas cabíveis, tais como: quais
equipamentos desenergizar, o tipo de sinalização, o aterramento, o uso de equipamentos de proteção
individual, as tarefas e os papéis de cada integrante da equipe e etc. As práticas habituais da contratada não
incluíam em sua APPR a observação de eventuais desgastes nas cruzetas de madeira e nem eventual risco
associado ao trabalho nas proximidades de linha primária energizada.

Conforme as Normas Regulamentadoras de número 6 e 35, e da Portaria 3214/78 (três mil duzentos e quatorze
de setenta e oito), a tarefa de eletricistas realizadas acima de 2 metros de altura exige uso de cintos de segurança
tipo paraquedista de duplo talabarte e fixação em linha de vida ou no próprio poste para proteção contra
quedas. O equipamento de trabalho também inclui detectores de tensão a serem usados em aferição da
desenergização ou energização da linha a ser trocada. Tendo em vista os controles de tempos em que a linha
secundária permanece desligada as tarefas são programadas pela concessionária com duração pré-definida,
podendo ocorrer pressões indevidas de tempo, principalmente quando o planejamento preliminar não
considera variabilidades, como a presença de árvores entre os postes, já que em caso de atrasos, a contratada
é punida com multas.

Veremos a seguir alguns relatos que revelam a visão do eletricista da empresa contratada, sobre diferenças
entre seu trabalho e o do pessoal da contratante. Observe:

“Eles são tudo capacitado, né?! Tudo calmo, tudo sossegado. Ali a gente não, ali a gente já tem aquele peso
que tem que né, de fazer! A gente tem o encarregado, tem o técnico de segurança tudo olhando, tudo em
cima. A gente fica meio... É, que aí tem certo horário pra terminar o serviço, entendeu?! Aí, dizendo, o
desligamento começa a uma hora. Três horas tem que desligar. Aí falta muita coisa ainda, aí vira aquela
correria, entendeu? ‘’

Perguntado sobre o que acontece em caso de não cumprimento de metas estabelecidas pelas terceiras, o
colaborador responde:
“Aí depende. Se passar muito tempo, essas coisas, recebe multa, essas coisas, entendeu?! Que aí, é muita
reclamação...”

63. A TAREFA DE TROCA DA REDE SECUNDÁRIA


Linhas primária e secundária em redes de distribuição convencional (lado esquerdo) e isolada (lado direito
da figura).

A empresa concessionária responsável pela distribuição de energia contrata terceiras para a realização
de atividades de manutenção em linhas secundárias e instalação de novas linhas. Em tese, essas
contratadas devem atuar apenas em sistemas sem energia.

No entanto, em vários locais, no sistema brasileiro de distribuição de eletricidade para residências, as


linhas primárias estão instaladas em cruzetas situadas na parte mais alta dos postes, enquanto as
secundárias passam cerca de 1 metro abaixo e linhas telefônicas cerca de 1 metro abaixo dessas.

Rede de Distribuição Aérea Convencional

Então, sobre a Rede de Distribuição Aérea


Convencional, suas linhas secundárias consistem
em 4 fios separados por pequena distância e sem
proteção contra choques de contato. Embora as
intervenções de manutenção nos postes sejam
conduzidas por eletricistas, esse trabalho se dá na
proximidade da linha primária energizada e a
atividade a ser realizada é formalmente enquadrada
como construção civil.

Nas redes convencionais não há manutenção


programada para a troca das cruzetas, e é comum a presença de estruturas degradadas ainda em
funcionamento, o que fragiliza o sistema, uma vez que em caso de quebra por desgaste ou deterioração
da madeira poderá ocorrer a queda de cabos da linha primária, estando energizados.

A descrição do trabalho habitual mostra que o serviço de manutenção realizado pelo pessoal de terceiras
é considerado uma atividade de construção civil, sem considerar o risco de choque elétrico.
RESPONSABILIDADES

64. RESPONSABILIDADE DAS NORMAS


10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados
envolvidos.

O conceito da responsabilidade já está presente na legislação brasileira, o fato da NR-10 explicitar em uma de
suas prescrições brasileiras, torna mais ágil a fiscalização e a punição por parte dos agentes oficiais. Uma vez
que este item está na NR-10, o auditor do ministério do trabalho e Emprego poderá multar a empresa baseada
neste item, dificultando os recursos, principalmente os baseados em cláusulas contratuais que estabelecem que
a contratante é a única responsável pelo cumprimento das normas legais.

A responsabilidade do contratante em relação ao contratado baseia-se nos conceitos de culpa in eligendo e a


culpa in vigilando, que quer dizer:

Culpa in eligendo – culpa em eleger, em escolher

Culpa in vigilando – culpa em (não) vigiar.

Uma forma da empresa contratante garantir o pleno cumprimento deste item, é a realização de auditoria nas
empresas contratadas. Auditar todas as empresas pode ser muito oneroso, mas deve ser dada atenção
especial nas contratadas que mantém funcionários durante um longo nas instalações da contratante.
65. RESPONSABILIDADE DOS CONTRATANTES
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão
expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem
adotados.

O item 10.13.2 explicita que é responsabilidade das empresas (contratantes) informar aos trabalhadores sobre
os riscos a estes estão expostos no exercício de suas atividades. Os riscos que o item se refere não se limitam
aos riscos elétricos, mas a todos os riscos relacionados com a atividade, os riscos elétricos e os riscos adicionais.

No caso de empresas prestadoras de serviços que atuam em várias empresas, especial atenção deve dada a
informação dos riscos específicos da empresa, como por exemplo, os riscos ambientais, os riscos relativos ao
processo produtivo, os riscos particulares das instalações elétricas.

O item complementa a obrigação das empresas informarem também os procedimentos e as medidas de


controle a serem adotados para controlar os riscos de forma garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.

Deve-se lembrar ainda, que uma das formas de informar os trabalhadores sobre os riscos a que estão expostos
é a sinalização de segurança, é muito importante que todos os riscos estejam sinalizados adequadamente.

66. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA


10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em
eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

A NBR 14280 define acidente do trabalho como uma ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não,
relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.

Embora o acidente seja de ocorrência imprevista e indesejável, sempre que ele ocorre é obrigação de empresa
analisar as causas do acidente e propor medidas para reduzir a chance que a ocorrência não se repita.

Analisar e propor medidas preventivas não é uma obrigação exclusiva da área de eletricidade, a NR-5 estabelece
que uma das atribuições da CIPA é participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador,
da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados.

O dever da empresa nasce com o direito do trabalhador, que por sua está estabelecido no Art.7oinc.XXII da
constituição da Republica que estabelece que seja direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem á melhoria de sua condição social a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança. Um aspecto importante do ponto de vista terminológico é o uso do termo ‘’norma’’,
que no direto não tem o sentido restrito que tem na engenharia. No direto o sentido do termo é mais
abrangente, por exemplo, normas de saúde, higiene e segurança no texto constitucional abrange tanto os
regulamentos técnicos (as normas regulamentadoras do MTE), quanto as normas técnicas (da ABNT), quanto os
procedimentos de trabalho (da empresa).

10.13.4 CABE AOS TRABALHADORES:

A NR- 10 no item 10.13.4 determina os deveres que os trabalhadores têm com a sua segurança e com a
segurança dos demais, tanto os usuários quanto aqueles trabalhadores que estão sob sua responsabilidade
hierárquica.

Os deveres dos trabalhadores originam no artigo 158 da CLT, do capítulo que trata da Segurança e da Medicina
do Trabalho, este artigo determina que as obrigações dos empregados são:
I – Observar as normas de Segurança e Medicina do Trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II
do artigo anterior;

II – Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.

Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

1) á observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior;

2) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

O artigo II citado é a obrigação que a empresa tem de instruir os empregados, através de ordens de serviço,
quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais.

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões
no trabalho;

Os trabalhadores tem a obrigação, durante a realização de suas tarefas, de zelar para sua própria segurança e
de outras pessoas, que estão em sua proximidade ou que serão usuárias da instalação elétrica. Estas pessoas
podem sofrer as consequências de um erro cometido pelo trabalhador, seja por suas ações seja por suas
omissões. Esta responsabilidade já existe no Código Penal e no Civil, mas com a introdução na NR- 10 através
da alínea ao item 10.13.4 este item passa a ter uma maior agilidade na fiscalização do seu cumprimento.

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares,
inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde;

A NR – 10 ao exigir o cumprimento ‘’das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos


procedimentos internos de segurança e saúde’’ eleva o nível de obrigatoriedade dos procedimentos internos.
Para cumprir os dois, as disposições legais e regulamentares e os procedimentos internos, é necessário cumprir
o que for mais rígido. Onde o procedimento interno da empresa for mais rígido que da NR-10 cumprindo o
procedimento cumpre-se também a NR – 10, logo a NR – 10 tornou obrigatório o cumprimento do procedimento
interno da empresa.

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para
sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

Este item complementa o item 10.6.5 que determina que o responsável execução do serviço deva suspender as
atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível. Neste caso o responsável pela execução dos serviços é a pessoa mais adequada a
receber a informação de alguma situação que o trabalhador considerar de risco para sua segurança e saúde e a
de outras pessoas, pois caberá a ele tomar a decisão de suspender as atividades e ainda comunicada
imediatamente até o nível hierárquico que possa resolver o problema.

Gerência

- Instruir os funcionários com relação às Normas de trabalho;


- Certificar-se da colocação de equipamentos de sinalização antes da execução dos serviços;
- Verificar se estão com os devidos EPIs;
- Orientar sobre o serviço a ser feito, tirando dúvidas;
- Advertir os funcionários sob sua responsabilidade quando deixarem de cumprir as normas de segurança;
- Conservar o local de trabalho organizado e limpo;
- Atribuir serviços a funcionários que estejam fisicamente e emocionalmente capacitados a executá-los;
- Distribuir tarefas de acordo com a capacidade e habilitação de cada um;
- Providenciar os Primeiros Socorros em caso de acidentes;
- Cooperar com as CIPAS;
- Exigir o uso de roupa adequada;
- Exigir que os funcionários não usem adornos;
- Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas com defeitos;
- Zelar pela conservação do ferramental e equipamentos de proteção;
- Verificar se os procedimentos de desenergização e reenergização estão sendo feitos corretamente.

Empregados
- Obedecer às normas de segurança;
- Não brincar em serviço;
- Usar os EPIs;
- Comunicar ao seu superior qualquer risco de acidente para que sejam tomadas as precauções; - Não
ingerir bebidas alcoólicas;
- Não portar armas de fogo;
- Não usar adornos;
- Não usar aparelhos sonoros;
- Alertar os companheiros sobre algum perigo por mais insignificante que pareça;

- Utilizar o direito de recusa por escrito em caso de algum trabalho oferecer um risco que não esteja com
as medidas de proteção corretas e possa acarretar um futuro acidente para o trabalhador.

Visitantes

- O visitante deverá ser conduzido por um empregado que deverá:


- Dar-lhes o conhecimento das normas de segurança da empresa;
- Dar-lhes os EPIS necessários;
- Fazer com que se mantenham juntos e não toquem em nada; - Alertar quanto à distância que
devem manter-se dos equipamentos.

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