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Os núcleos atómicos e a radioatividade

Realizado no âmbito da disciplina de Física

Trabalho realizado por:


Bernardo Costa nº10
Luís Miguel Coelho nº13
Ricardo Costa nº18
Pedro Campos nº17
Professora: Ana Cunha

Ano Letivo 2022/2023


Índice
Introdução --------------------------------------------------------------------------- Página 2

Núcleos atómicos e a radioatividade --------------------------------------------- Página 3

Fontes Naturais e Artificiais ------------------------------------------------------ Página 4

Técnicas de diagnóstico que utilizam marcadores radioativos --------------- Página 7

Efeitos biológicos e detetores ----------------------------------------------------- Página 10

Conclusão ---------------------------------------------------------------------------- Página 12

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Introdução

Foi proposto a realização de um trabalho sobre a Física Moderna para a disciplina de Física.
Para a realização do mesmo começamos por obter alguns conhecimentos básicos sobre a
radioatividade e os núcleos atómicos.
Ao longo deste trabalho vamos explicar o que são núcleos atómicos e o que é a
radioatividade, assim como enumerar algumas Fontes Naturais e Artificiais de radioatividade.
Como estamos num mundo cada vez mais evolutivo e a radiação é utilizada em diversas
áreas da Ciência iremos ainda referir algumas técnicas de Diagnóstico, efeitos biológicos e
detetores.

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Núcleos atómicos e a radioatividade

A radioatividade é um fenómeno em que certos elementos ou núcleos atómicos instáveis


decaem espontaneamente, emitindo partículas subatómicas ou radiação eletromagnética.
Essas partículas ou radiação libertadas são denominadas de radiação ionizante e a sua
exposição ao corpo humano pode ser prejudicial à saúde.
Os núcleos atómicos são compostos por protões e neutrões, que são partículas subatómicas
com carga positiva e neutra, respetivamente. Estas partículas são mantidas juntas no núcleo
por forças nucleares, que são mais fortes do que a força elétrica repulsiva entre os protões.
Os núcleos atómicos podem ser estáveis ou instáveis. Núcleos estáveis têm uma
configuração equilibrada de protões e neutrões, enquanto núcleos instáveis têm uma
configuração desequilibrada. Os núcleos instáveis passam por decaimento radioativo para
atingir uma configuração mais estável. Durante esse processo, podem ocorrer diferentes tipos
de emissões, como partículas alfa, partículas beta ou radiação gama.
A radioatividade e o estudo dos núcleos atómicos são importantes tanto em termos de
aplicação tecnológica quanto na compreensão dos processos nucleares fundamentais.
A radioatividade e os núcleos atómicos são fenómenos presentes tanto na natureza quanto
criados pelo ser humano. As fontes naturais de radioatividade são encontradas em materiais e
elementos presentes na Terra desde sua formação, enquanto as fontes artificiais são
produzidas em laboratórios ou por meio de atividades humanas.

Fig.1 Reações de Decaimentos Fig.2 Átomo

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Fontes naturais e artificiais

Mas de onde provém a radioatividade? A radioatividade tem várias fontes que podem ser
naturais ou artificiais.
As fontes naturais de radioatividade incluem elementos como urânio, tório e potássio, que
são encontrados em rochas, solo e água. Esses elementos contêm isótopos radioativos que
emitem radiação de forma espontânea. Além disso, a radiação cósmica proveniente do espaço
exterior também é uma fonte natural de radioatividade. Essas fontes naturais de
radioatividade estão presentes no nosso ambiente quotidiano e podem variar de acordo com a
geologia de uma determinada região.
Aqui estão alguns exemplos de fontes naturais e artificiais.
O Sol é uma fonte natural de radiação, este emite partículas subatômicas, incluindo eletrões,
protões e neutrões.

Fig.3 Sol

A radiação pode ser encontrada em rochas e no solo, devido à presença natural de


elementos radioativos, como o urânio, o tório
e o potássio.

Fig.4 Rochas e Solo

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A radiação cósmica é emitida por fontes externas à Terra, como o sol, as estrelas e outras
galáxias.

Fig.5 Radiação Cósmica

Por incrível que pareça até os alimentos, como por exemplo as bananas, nozes e batatas,
contêm pequenas quantidades de radiação natural. Estes alimentos contêm elementos
potássio, urânio, carbono, que contém os isótopos potássio 40, urânio 235 e 238 e carbono 14,
respetivamente, que são elementos radioativos.
Não é preocupante o seu consumo, seria necessário, por exemplo, ingerir várias toneladas
de bananas para o nível de potássio 40 ser considerado inseguro e maligno.
Além disso, existem mais alimentos com radiação.
Em diversas áreas como a agricultura a radiação é usada propositadamente pelos humanos
para irradiar os alimentos, isto é, utilizar radiação para reduzir a quantidade de fungos e de
microrganismos decompositores aumentando assim o tempo de conservação dos alimentos.
Pode também ser utilizado este processo em carnes e peixes.
A isto chamamos radiação artificial.

Fig.6 Alimentos

As fontes artificiais de radioatividade são produzidas por atividades humanas, como a


geração de energia nuclear, a produção de materiais radioativos para uso médico e industrial,
e testes nucleares. Centrais nucleares utilizam reações nucleares controladas para gerar
eletricidade, produzindo resíduos radioativos. Além disso, técnicas de diagnóstico e

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tratamento médico, como radioterapia e medicina nuclear, utilizam materiais radioativos para
fins diagnósticos e terapêuticos.
Os reatores nucleares são usados para gerar eletricidade através de reações nucleares, estas
emitem radiação ionizante e são um
exemplo de uma fonte artificial.

Fig.7 Reator Nuclear

A medicina nuclear utiliza fontes


radioativas para diagnóstico e
tratamento de doenças como a radiografia, a
tomografia, entre outros…

Fig.8 Medicina Nuclear

As armas nucleares utilizam reações


nucleares para libertar grandes quantidades
de energia.

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Fig.9 Arma Nuclear

Os testes nucleares são experiências


realizadas pelos governos para testar
armas nucleares e tecnologias
relacionadas.

Fig.10 Teste Nuclear

Algumas indústrias, como a de mineração


de urânio e a de processamento de combustível nuclear, podem liberar material radioativo no
meio ambiente.

Fig.11 Indústrias

É importante ressaltar que a exposição excessiva à radiação ionizante pode ter efeitos
nocivos à saúde, incluindo cancro e outros problemas de saúde. Por isso, é fundamental que
medidas de proteção sejam adotadas em ambientes que envolvam radiação ionizante.

Técnicas de diagnóstico que utilizam marcadores radioativos

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A medicina moderna tem sido transformada pela evolução constante das técnicas de
diagnóstico. O objetivo é sempre o mesmo, fornecer aos médicos informações precisas e
detalhadas sobre a condição de um paciente, permitindo um diagnóstico preciso e um
tratamento adequado. Neste contexto, uma abordagem inovadora tem se destacado: o uso de
marcadores radioativos em técnicas de diagnóstico.
Os marcadores radioativos são substâncias que emitem radiação detetável e podem ser
introduzidos no corpo humano com o propósito de visualizar ou quantificar processos
biológicos específicos. Estas técnicas são conhecidas como técnicas de diagnóstico nuclear
ou medicina nuclear, e têm revolucionado a forma como identificamos e avaliamos uma
ampla variedade de condições médicas.
Uma das principais aplicações dessas técnicas é a deteção precoce e precisa de doenças,
incluindo cancro, distúrbios cardíacos e distúrbios neurológicos. Ao utilizar marcadores
radioativos, os médicos podem obter imagens funcionais detalhadas dos órgãos e tecidos do
corpo, revelando informações que não seriam visíveis em outros tipos de exames. Isso
permite um diagnóstico mais rápido e preciso, o que pode levar a um tratamento mais eficaz e
melhores resultados para os pacientes.
Além disso, as técnicas de diagnóstico com marcadores radioativos também são essenciais
para a avaliação da eficácia de tratamentos e terapias. Ao rastrear a distribuição e o destino de
medicamentos no corpo, por exemplo, é possível determinar se um tratamento está atingindo
o alvo desejado e ajustar as doses de acordo. Isso proporciona uma abordagem personalizada
e direcionada ao tratamento, minimizando os efeitos colaterais e maximizando os benefícios
terapêuticos.
Embora as técnicas de diagnóstico com marcadores radioativos sejam altamente eficazes, é
fundamental ressaltar que elas são realizadas com a mais alta preocupação com a segurança
dos pacientes e profissionais envolvidos. Os protocolos e diretrizes rigorosos são seguidos
para garantir a minimização da exposição à radiação e a proteção adequada de todos os
envolvidos.
Sendo assim existem vários tipos de técnicas de diagnóstico, como por exemplo:

A Tomografia por emissão de positrões (PET) é uma técnica de imagem que utiliza
marcadores radioativos para detetar a atividade metabólica do corpo. Os radioisótopos
emitem partículas positivas (positrões), que interagem com os eletrões dos tecidos do corpo,
resultando em emissões de raios gama. Esses raios gama são detetados por um scanner e são
usados posteriormente para criar imagens do corpo.

Fig.12 PET

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A Cintilografia é uma técnica de imagem que utiliza marcadores radioativos para
esquematizar a atividade dos órgãos e tecidos específicos do corpo. O paciente recebe uma
injeção intravenosa (consiste na injeção de agulha ou cateter contendo princípios ativos,
vacinas ou hemoderivados nas veias periféricas) de um composto que contém o marcador
radioativo, que é distribuído pelo corpo e se acumula nos tecidos-alvo.
Sendo assim, um detetor de radiação é usado para detetar a radiação emitida pelo marcador
radioativo e criar imagens do órgão ou tecido.

Fig.13 Cintilografia

A Radiografia é uma técnica de imagem que utiliza raios-X para produzir imagens do
corpo. O paciente recebe uma pequena quantidade de material radioativo que é absorvido
pelo corpo. O raio-X passa através do corpo e é detetado por um detetor especializado. A
quantidade de radiação detetada pelo detetor é usada para criar uma imagem do corpo.

Fig.14 Radiografia

A Ressonância magnética nuclear (RMN) é uma técnica de imagem que utiliza um forte
campo magnético e ondas de rádio para produzir imagens do corpo. Embora não seja uma
técnica de imagem que utilize diretamente marcadores radioativos, a RMN pode ser
combinada com marcadores radioativos para criar imagens mais precisas do corpo.

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Fig.15 RMN

Em todas estas técnicas, os marcadores radioativos são usados para criar imagens detalhadas
do corpo que podem ajudar os médicos a diagnosticar doenças e condições médicas. No
entanto, é importante lembrar que esses marcadores radioativos podem ter efeitos colaterais e
devem ser usados com cuidado e sob supervisão médica adequada.
Efeitos biológicos e detetores

Os núcleos atómicos são compostos por protões e neutrões, que estão localizados no núcleo
central do átomo. Os Eletrões, por sua vez, orbitam em torno do núcleo. Quando há interação
entre núcleos atómicos e matéria biológica, podem ocorrer efeitos biológicos.
Os efeitos biológicos dependem de vários fatores, como o tipo e energia das partículas, a
massa do alvo biológico, a densidade da matéria biológica e a distância entre a fonte e o alvo.
Alguns dos efeitos biológicos mais comuns incluem danos no DNA, mutações celulares,
alterações no metabolismo celular e danos nos tecidos.
Para detetar a interação entre núcleos atómicos e matéria biológica, são utilizados detetores.
Existem vários tipos de detetores disponíveis, cada um com suas próprias vantagens e
desvantagens.
Os detetores biológicos são frequentemente altamente sensíveis e capazes de detetar até
mesmo baixas concentrações de substâncias químicas ou agentes biológicos, eles podem ser
altamente específicos na deteção de um determinado alvo, graças às características
específicas dos organismos vivos ou componentes biológicos utilizados no detetor e muitos
fornecem resultados em tempo real ou em curtos períodos de tempo, o que pode ser crucial
em situações em que a deteção rápida é necessária, como em emergências ambientais ou na
área da saúde, constituindo assim, uma série de vantagens associadas.
Contudo também existe uma série de desvantagens tais como, o desenvolvimento e a
manutenção dos detetores biológicos podem ser complexos, exigindo conhecimentos
especializados em biologia, engenharia e outras áreas relacionadas, os organismos vivos
usados nos detetores podem apresentar variabilidade biológica, o que pode afetar a precisão e
a reprodutibilidade dos resultados e nem todos os alvos são facilmente detetáveis, alguns
compostos químicos ou agentes biológicos podem exigir métodos de deteção alternativos.
Os detetores biológicos mais conhecidos acabam por ser os seguintes:

Dosímetros que são usados para medir a quantidade de radiação a que uma pessoa ou
objeto foi exposto.

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Fig.16 Dosímetro

Contadores Geiger que detetam a radiação ionizante por meio de um tubo Geiger-Müller,
que mede o número de partículas ionizantes que passam através dele.

Fig.17 Contador de Geiger

As Câmaras de ionização são usadas para medir a dose de radiação num ponto específico
num objeto ou pessoa.

Fig.18 Câmara de Ionização

Os Detetores de cintilação detetam a radiação ionizante por meio da produção de luz ou


luminescência quando as partículas ionizantes interagem com um material.

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Fig.19 Detetor de Cintilação

Cada um destes detetores tem a sua própria sensibilidade e faixa de deteção. A escolha do
detetor dependerá do tipo de radiação a ser detetada e da aplicação específica.
Conclusão

Com a realização deste trabalho acabamos por compreender que os núcleos atómicos e a
radioatividade desempenham um papel fundamental na compreensão da estrutura da matéria
e nas aplicações práticas em diversos campos. A descoberta dos núcleos atómicos e o
entendimento da sua composição levaram ao desenvolvimento da física nuclear e moderna.

Ao analisar as fontes naturais e artificiais, os efeitos biológicos e os respetivos detetores,


bem como as técnicas de diagnóstico que utilizam marcadores radioativos, foi possível
compreender cada um destes tópicos e relacioná-los com a física moderna.

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