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TRABALHO DE

FISICA

ENERGIA
NUCLEAR 

Nicolly Sara Nogueira Rocco N30 3H


Uso da Energia Nuclear
Central nuclear
 
Energia nuclear é toda a energia associada a mudanças da constituição
do núcleo de um átomo, por exemplo, quando um nêutron atinge o
núcleo de um átomo de urânio 235, dividindo-o, parte da energia que
ligava os prótons e os nêutrons é liberada em forma de calor. Esse
processo é denominado fissão nuclear.A central nuclear é a instalação
industrial própria usada para produzir eletricidade a partir de energia
nuclear, que se caracteriza pelo uso de materiais radioativos que
através de uma reação nuclear produzem calor. Nessas centrais existe
um alto grau de segurança, devido à matéria-prima radioativa
empregada.Processo de funcionamento da Usina Nuclear: o reator
nuclear (peça principal da usina) usa a energia contida no interior do
átomo para, simplesmente, ferver água. Esse calor é empregado por um
ciclo termodinâmico para mover um alternador e produzir energia
elétrica. Tudo funciona como em uma usina a vapor movida a carvão ou
petróleo: vapor d’água girando uma turbina que movimenta um gerador,
produzindo assim energia.Vantagens da energia nuclear: não causa
efeito estufa ou chuva ácida e, além disso, o combustível que move as
usinas nucleares, em geral o urânio, é abundante e bastam alguns
quilos para gerar energia suficiente a um prédio de cinco andares. Ao
contrário dos combustíveis fósseis usados em grande quantidade para
gerar energia, e que emitem gases tóxicos.Desvantagens: a principal
desvantagem é a variedade de resíduos e materiais radioativos que as
usinas nucleares produzem. Esse resíduo chamado de “lixo nuclear”
precisa ser armazenado cuidadosamente, pois oferece grandes riscos
de contaminação durante centenas de anos, os resíduos nucleares
devem ser isolados em depósitos impermeáveis.
 
 

11 utilidades da Energia nuclear


As pesquisas científicas desenvolvidas no final do século 19 e
princípio do século 20 sobre a estrutura da matéria abriram novos
horizontes na aplicação da energia nuclear. Apesar de ser
conhecida pelo uso em guerras, a energia nuclear pode ser
manuseada para distintas finalidades, podendo aumentar o bem
estar e a qualidade de vida da humanidade.
As primeiras utilizações para fins pacíficos ocorreram
imediatamente após a Segunda Guerra Mundial e os
bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki, em 1945.
Desde então, o uso das chamadas radiações ionizantes, obtidas
a partir de radioisótopos ou de aceleradores de partículas, vêm
sendo utilizadas em setores tão  diversos como saúde, produção
de alimentos ou pesquisa de petróleo em águas profundas.
A revista Arco conversou com especialistas e organizou uma lista
com algumas das aplicações da energia nuclear. Confira:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1. Conservação de frutas
 

 
Nos anos 1950, Estados Unidos e Canadá desenvolveram
técnicas de irradiação com cobalto 60 – um isótopo radioativo ou
radioisótopo – em batatas e cebolas, possibilitando guardá-las
por mais tempo em bom estado de conservação e aumentando o
chamado tempo de vida útil na prateleira. “Este processo se
tornou industrial e atualmente é utilizado no mundo todo, embora
não esteja no nosso cotidiano”, pontua o mestre e doutor em
Engenharia Nuclear pela University of California – Berkeley
(UCB) e professor aposentado do Departamento de Física da
UFSM, Odilon Antonio Marcuzzo do Canto.Frutas frescas, grãos
e vegetais podem ter durabilidade três vezes maior com a
irradiação, já que o uso de energia nuclear aumenta o tempo de
conservação dos alimentos, previne o brotamento e retarda a
maturação, de acordo com as informações apresentadas pela
Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) na ExpoT&C,
mostra de ciência, tecnologia e inovação da 64ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em
2012.
 

 2. Esterilização de materiais cirúrgicos

 
As radiações ionizantes, sejam de aceleradores de partículas ou
de radioisótopos,  são utilizadas na esterilização de seringas,
agulhas, fios de sutura e outros materiais cirúrgicos. Segundo
publicação da Cnen, seria praticamente impossível esterilizar
estes materiais pelos métodos convencionais, que necessitam
altas temperaturas e, com isso, poderiam deformar ou danificar
os materiais
3. Produção de alimentos
 
A energia nuclear é capaz de modificar a estrutura genética das
plantas e, com isso, criar novos cultivares. Segundo o professor
do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Rurais da
UFSM, Vanderlei Both, pesquisas investigam mutações em frutas
cítricas a partir de irradiações, com o objetivo de produzir
cultivares sem sementes. “Uma vez fixada essa característica na
fruta, essa pode ser propagada de forma convencional por meio
de enxertia [técnica que consiste em implantar parte de uma
planta viva em outra de igual ou diferente espécie para propagar
determinadas variedades], mantendo as características – no
caso, a ausência de sementes -, o que é desejável para o
consumidor”, explica o professor. No entanto, a prática ainda não
é aplicada comercialmente devido ao alto custo.Outra aplicação
na âmbito da produção de alimentos, conforme o engenheiro
Odilon, é no desenvolvimento de cultivares mais tolerantes à
seca e capazes de reagir melhor ao estresse hídrico. As
pesquisas sobre esta utilização são da Agência Internacional de
Energia Atômica (Aiea), realizadas em laboratório austríaco.
 
 
 

4. Análise de estruturas
 

As aplicações na indústria são inúmeras, como a análise de


grandes estruturas, possível com a técnica de radiografia com
nêutrons. Os nêutrons, obtidos através de interação de
radioisótopos, penetram na matéria e dão uma radiografia da
situação, mostrando como estão organizados os átomos. A
técnica pode ser aplicada em grandes estruturas metálicas ou de
concreto, como em edificações.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

5. Criminologia
 
 

A ativação neutrônica (processo pelo qual a radiação de nêutrons


induz radioatividade em materiais) também é muito utilizada em
criminologia, para saber, por exemplo, se a vítima foi
envenenada. “Um fio de cabelo da pessoa é retirado e passa pela
técnica de radiação de nêutrons. Neste processo é possível
detectar se lá dentro tem o veneno”, explica o professor Odilon
Antonio Marcuzzo do Canto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Exploração espacial

É possível desenvolver motores foguete utilizando tecnologia


nuclear – são os chamados foguetes termonucleares. O professor
do Departamento de Engenharia Mecânica e coordenador do
curso de Engenharia Aeroespacial do Centro de Tecnologia da
UFSM, André Luís da Silva, comenta que, no geral, os motores
foguete funcionam com base no princípio da ação e reação: uma
massa de fluido é expelida em alta velocidade para fora do motor,
a qual, por sua vez, empurra o motor na outra direção.Os
motores foguete mais tradicionais são chamados de químicos,
pois usam princípios químicos para acelerar o propelente
(substância capaz de efetuar a propulsão de um corpo sólido,
como um foguete ou um projétil). A reação química pode ser de
combustão, a mais tradicional, ou hipergólica (quando compostos
químicos entram em ignição espontaneamente e sem a presença
de oxigênio).Nos motores foguete químicos à combustão,
conforme explica o professor, é necessário carregar o propelente
e o combustível – ou seja, o material que será acelerado e aquele
que provocará a reação de combustão. Por outro lado, em
motores foguete termonucleares, uma reação nuclear libera
grande quantidade de energia, a qual aquece o propelente e o
acelera para fora do motor.“Motores foguete termonucleares são
bastante promissores do ponto de vista de eficiência, no entanto,
envolvem o risco nuclear, pois acidentes podem causar sérias
contaminações. Uma usina nuclear é perigosa, mas funciona em
uma área controlada. Um foguete, por sua vez, em caso de pane,
pode cair em áreas mais sensíveis”, explica o professor André.Os
norte americanos pesquisam na área de propulsão termonuclear
desde a década de 1950, e inclusive alguns protótipos já foram
testado. Além disso, existem conceitos de espaçonaves com
propulsão nuclear, que ainda encontram-se em desenvolvimento.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Medicina Nuclear
Esta especialidade da medicina, conforme o professor do
Departamento de Física do Centro de Ciências Naturais e Exatas
da UFSM, José Antônio Trindade Borges da Costa, emprega
materiais radioativos com finalidade diagnóstica e terapêutica. Na
Medicina Nuclear, os isótopos radioativos são usados como
traçadores de atividades metabólicas em exames como a
cintilografia, que permite a visualização dos órgãos e auxilia no
diagnóstico de doenças dos ossos, da tireoide, dos aparelhos
respiratório e urinário.Nesta técnica, o elemento é administrado
no corpo e passa a emitir radiações do órgão onde têm
preferência em ficar – o iodo, por exemplo, é absorvido pela
glândula tireoide. Com a passagem do paciente pelo detector, é
feito um mapeamento que identifica o nível de absorção do
radioisótopo no corpo e, a partir disso, é realizado o diagnóstico. 
Além disso, “o uso extensivo da radioatividade e de outras
técnicas físicas na medicina tornou-se tão grande que gerou a
necessidade da criação de novas especialidades, como a Física
Médica, para dar suporte ao corpo médico naquilo que se refere à
parte física das técnicas utilizadas”, comenta o professor José
Antônio.
 
 
 
 

8. Produção de eletricidade
Os reatores de potência, por meio do processo de fissão dos
átomos, produzem energia de fissão. O calor gerado produz
vapor de água dentro do reator que, por sua vez, movimenta as
turbinas gerando energia elétrica limpa e renovável. O elemento
comumente utilizado nas usinas termonucleares é o urânio. No
Brasil, a energia nuclear é  responsável por 3% da matriz
energética. O país possui a sexta maior reserva de urânio do
mundo e é detentor do conhecimento completo do ciclo do
combustível nuclear, desde a lavra, até o enriquecimento do
urânio, a fabricação do combustível e a produção  da energia.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Dessalinização da água

 
A dessalinização da água utilizando reatores nucleares já é
aplicada em Israel, de acordo com o engenheiro nuclear Odilon
Antonio Marcuzzo do Canto. Ele explica que quando o reator está
conjugado a um sistema de dessalinização, o calor produzido
vaporiza a água do mar, separando-a do sal. O vapor, em
seguida, é condensado, e vira água limpa. Desta maneira, o
processo serve tanto para o abastecimento hídrico quanto para a
geração de eletricidade, possibilitando melhor aproveitamento
dos recursos.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Controle de pragas
 

O controle de pragas acontece a partir da criação de machos


estéreis por meio da irradiação nuclear, em laboratórios. “Quando
ocorre a liberação dos machos-estéreis no campo, eles vão
competir com os nativos e copular com as fêmeas, que dessa
forma irão depositar ovos inférteis, ou seja: não irão se
desenvolver as larvas indesejáveis nos frutos”, explica o
professor do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências
Rurais da UFSM, Vanderlei Both.Esta técnica é estudada em
moscas das espécies Anastrepha fraterculus (mosca da fruta) e
Ceratitis capitata (mosca do mediterrâneo), grandes pragas da
fruticultura em todo o mundo, segundo o professor. Hoje, no
Brasil, o controle de pragas é feito, principalmente, com
inseticidas. Porém, o projeto Moscamed, no vale do São
Francisco, região banhada pelo rio de mesmo nome, tem evitado
o uso de toneladas do produto no controle de pragas na produção
de frutas.
 
 
 
 
11. Acompanhamento de plantas e insetos
 

O uso de traçadores radioativos permite acompanhar o


metabolismo das plantas, verificando o que elas precisam para
crescer, o que é absorvido pelas raízes e pelas folhas, e onde um
determinado elemento químico fica retido. Esta técnica também
possibilita o estudo do comportamento de insetos. Ao ingerirem
radioisótopos, os insetos passam a “emitir radiação” e podem ser
acompanhados.

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