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TERCEIRA ETAPA

1) O que é Radioatividade?

Radioatividade é um fenômeno nuclear que resulta da emissão de energia por


átomos, provocada em decorrência de uma desintegração, ou instabilidade, de elementos
químicos.

Uma reação nuclear é diferente de uma reação química. Em transformações


nucleares o núcleo do átomo sofre alterações, já as reações químicas ocorrem na
eletrosfera do átomo.

2) Qual é a importância das radiações solares para o planeta Terra?

A radiação solar faz parte da nossa vida, tendo tipos mais nocivos para a saúde
humana, porém, essenciais para o planeta.

A radiação solar nada mais é que a energia enviada pelo Sol na forma de radiação.
Esta, por sua vez, é transmitida em forma de ondas eletromagnéticas, lançada por meio da
fotosfera, a parte mais externa do Sol, a qual possui cerca de 300 km de amplitude.

A camada é uma das principais fontes de alimentação do nosso planeta, sendo


responsável por estabelecer o clima terrestre. Ou seja, isso significa que a fotosfera
também determina o aquecimento do lugar, que depende de sua posição no globo.

Seja direta ou indiretamente, a energia solar é essencial para o sustento do meio


ambiente. Nós a recebemos por meio da radiação solar que, além disso, representa parte
importante para:

• Fotossíntese em plantas;
• Equilibrar a temperatura do planeta adequada para os seres vivos;
• Formação dos ventos.

3) Como a radioatividade pode ser aplicada com o fim de beneficiar a humanidade?

Agricultura: A tecnologia de irradiação de alimentos melhora a qualidade de


produtos alimentícios. Utilizado em frutas frescas, grãos e vegetais, o processo previne o
brotamento, retarda a maturação e aumenta o tempo de conservação dos alimentos,
facilitando o armazenamento e evitando transmissão de doenças.

Indústria: A técnica nuclear mais conhecida nessa área é a gamagrafia, uma


radiografia de peças metálicas ou de estruturas de concreto, com a qual é possível verificar
se há defeitos ou rachaduras que possam causar vazamentos. Foi utilizada, por exemplo, na
construção do gasoduto Brasil–Bolívia.

Medicina: A irradiação possui várias aplicações na medicina. Uma delas é a


radioterapia, empregada no tratamento de tumores. Também existem os rádio fármacos,
usados em avaliações neurológicas e cardiológicas, e os radioisótopos, cujo elemento mais
comum é o iodo 131, que auxilia no diagnóstico de doenças da tireoide. A rádio
esterilização é outra tecnologia importante, aplicada no sangue e seus derivados e em
tecidos humanos destinados a transplantes.

Meio Ambiente: Técnicas nucleares são empregadas em pesquisas nas áreas de


monitoração e recuperação ambiental. Com elas, é possível avaliar os recursos hídricos, a
física e a química de solos, datar superfícies, sedimentos marinhos, árvores e sítios
arqueológicos. Já os traçadores radioativos permitem acompanhar o trajeto de poluentes
no ar, no mar, nos rios ou no solo e, assim, detectar danos ao meio ambiente.

4) A utilização do forno de micro-ondas para cozinhar ou aquecer alimentos pode


fazer mal à saúde?

O design do micro-ondas garante que a radiação não consegue escapar para o seu
exterior, pois é construído com material metálico que reflete eficazmente as micro-ondas,
mantendo-as no interior do aparelho e evitando que consigam passar para o exterior. Além
disso, como o vidro permite a passagem das micro-ondas, também é colocada uma rede
metálica de proteção.

Os únicos locais do micro-ondas que, por vezes, podem liberar alguma radiação são
as finas aberturas em volta da porta e, mesmo assim, os níveis de radiação liberada são
muito inferiores a qualquer norma internacional, sendo seguros para a saúde.

5) Uma Usina Nuclear pode trazer perigo a população que a cerca?


→ O aquecimento da água do mar: Durante o processo produtivo da energia nuclear,
utiliza-se água do mar para resfriar o reator e movimentar as turbinas. Essa água é
devolvida para o ambiente mais quente do que quando foi encontrada, podendo
ocasionar danos para a fauna e flora marinha.
→ Contaminação pelos rejeitos da produção de energia nuclear: Um dos principais
impactos causados por esse tipo de produção é a contaminação pelos rejeitos
radioativos, que permanecem nocivos ao meio ambiente por milhares de anos. Toda
fissão nuclear gera rejeitos radioativos, que devem ser armazenados em recipientes
revestidos de chumbo ou concreto e serem monitorados constantemente para evitar
a contaminação do meio ambiente. Em um passado recente, por não saberem como
proceder com o descarte desse material, alguns países chegaram a jogar esse
material no mar ou abandonar o lixo radioativo em minas ou cavernas, causando um
grande desequilíbrio nos ecossistemas afetados.
→ Risco de contaminação derivada de acidentes e vazamentos: Embora possua
monitoramento constante, o processo de geração de energia nuclear possui riscos
de vazamentos e acidentes, como os que aconteceram em Chernobyl (1986) e em
Fukushima (2011), que colocam em risco o meio ambiente e a vida de trabalhadores
das usinas e dos demais seres vivos que recebem a radiação.

Diante desses riscos, a produção de energia nuclear exige um grande controle para
evitar qualquer tipo de vazamento ou acidente envolvendo produtos radioativos, já que a
contaminação radioativa pode ocasionar:

• Escassez de solo, ar e água adequados para a agricultura e para a manutenção da


vida na área afetada;
• Mutação genética de espécies de plantas, insetos e animais;
• Queimaduras;
• Alterações na produção do sangue;
• Diminuição da resistência imunológica;
• Surgimento de diversas doenças, como o câncer, alterações gastrintestinais,
problemas na medula óssea;
• Infertilidade e má-formação dos órgãos reprodutores e de fetos submetidos à alta
radiação."

6) Uma mulher grávida poderá ser submetida ao exame de raio-x? Justifique sua
resposta.

O maior risco de fazer exames de raio X durante a gravidez está relacionado com as
chances de provocar defeitos genéticos no feto, que podem resultar em doenças ou
malformações. No entanto, este problema é raro porque é necessária uma quantidade
muito elevada de radiação para provocar alterações no feto.

Geralmente, a radiação máxima recomendada durante a gestação é de 5 rads ou


5000 milirads, que é a unidade usada para medir a quantidade de radiação absorvida,
porque a partir deste valor o feto pode sofrer alterações.

Porém, a maioria dos exames que utilizam raio X fica longe de atingir o valor
máximo, sendo considerados extremamente seguros, especialmente se forem feitos
apenas 1 a 2 exames durante a gestação.

7) O que é um traçador radioativo, e como pode ser útil na agricultura?

O uso da radioatividade na agricultura tem sido bastante difundido, pois corresponde


a um avanço para as técnicas de produção. Um exemplo dessa aplicação da radioatividade
se dá quando ocorre uma absorção mínima de radioisótopos pelas plantas, sendo que estes
podem ser acompanhados por detectores de radiação. Esses radioisótopos são chamados
de traçadores radioativos, e um dos mais utilizados é o P-32.

Para que ocorra essa absorção, basta aplicar no solo um fertilizante que contenha
fósforo 32, por exemplo, que é radioativo e será absorvido pelas raízes das plantas do
mesmo modo que o fósforo não radioativo. Com esse processo é possível estudar o
metabolismo das plantas, ver como as raízes e as folhas assimilam determinado nutriente,
verificar a absorção de fertilizantes, ver se ele é eficaz e saber em qual parte da planta certo
elemento químico é mais importante. A partir dos resultados obtidos é possível entender
melhor o crescimento das plantas e, com isso, atuar de modo a otimizá-lo, aumentando a
produção e encurtando o tempo entre plantio e colheita, por exemplo.

8) A radioatividade poderá ser útil para descontaminar um solo? Explique.


A descontaminação é um processo para reduzir a quantidade de radiação recebida
por áreas habitadas com a remoção de materiais radioativos ou enterrando-os no solo.

A redução da radiação do meio ambiente envolve a descontaminação alcançada por


uma combinação de três métodos: "remoção", bloqueio", e "manter radiação isolada".

• "Remoção" do solo e vegetação contaminados com radioatividade


• O solo e a vegetação contaminados que foram removidos são então cobertos com
solo descontaminado para "bloquear" a radiação.
• Estes materiais contaminados que foram removidos são retirados de onde as
pessoas estão vivendo.

9) Um solo pode apresentar contaminação radioativa, proveniente de acidentes


radioativos, cite 2 acidentes radioativos originados de Usinas Nucleares, que foram
mundialmente divulgados.

Windscale (Reino Unido)

Em 10 de outubro de 1957, o reactor nuclear britânico, cujo núcleo de grafite e


resfriado a ar, em Windscale (Cúmbria), no Reino Unido, sendo rebatizado com o nome de
Sellafield, a partir de 1983. incendiou-se, libertando quantidades significativas de
contaminação radioactiva na área circundante. O evento, conhecido como Incêndio de
Windscale (antigo nome da localidade), foi considerado o pior acidente do mundo
envolvendo um reactor nuclear até o incidente de Three Mile Island em 1979. Ambos os
incidentes foram ofuscados pela magnitude do acidente nuclear de Chernobil em 1986.

Foi o pior acidente nuclear da história do Reino Unido e um dos piores do mundo,
classificado em gravidade no nível 5 de 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares. O
incêndio ocorreu na Unidade 1 da instalação Windscale de duas pilhas na costa noroeste da
Inglaterra em Cumberland (agora Sellafield, Cumbria). Os dois reatores moderados a grafite,
conhecidos na época como "pilhas / pile", foram construídos como parte do projeto da
bomba atômica britânica do pós-guerra. Windscale Pile No. 1 estava operacional em
outubro de 1950, seguido por Pile No. 2 em junho de 1951.

O fogo durou três dias e liberou uma precipitação radioativa que se espalhou pelo
Reino Unido e pelo resto da Europa. O isótopo radioativo iodo-131, que pode causar câncer
de tireoide, era particularmente preocupante na época. Desde então, veio à luz que
pequenas, mas significativas quantidades do altamente perigoso isótopo radioativo polônio-
210 também foram liberadas. Estima-se que o vazamento de radiação pode ter causado
240 casos adicionais de câncer, sendo 100 a 240 deles fatais.

No momento do incidente, ninguém foi evacuado da área circundante, mas o leite de


cerca de 500 quilômetros quadrados (190 sq mi) da zona rural próxima foi diluído e
destruído por cerca de um mês devido a preocupações sobre sua exposição à radiação. O
governo do Reino Unido minimizou os eventos da época e os relatórios sobre o incêndio
foram sujeitos a forte censura, já que o primeiro-ministro Harold Macmillan temia que o
incidente prejudicasse as relações nucleares britânicas-americanas.[6]
O evento não foi um incidente isolado; houve uma série de descargas radioativas das
pilhas nos anos que antecederam o acidente. Na primavera de 1957, apenas alguns meses
antes do incêndio, houve um vazamento de material radioativo no qual perigosos isótopos
de estrôncio-90 foram liberados no meio ambiente. Como o incêndio posterior, este
incidente também foi encoberto pelo governo britânico. Estudos posteriores sobre a
liberação de material radioativo como resultado do incêndio em Windscale revelaram que
grande parte da contaminação resultou de tais vazamentos de radiação antes do incêndio.

Um estudo de 2010 com trabalhadores envolvidos na limpeza do acidente não


encontrou efeitos significativos de longo prazo na saúde devido ao seu envolvimento.

Fukushima Daiichi (Japão)

Foi um desastre nuclear ocorrido na Central Nuclear de Fukushima I em 11 de março


de 2011, causado pelo derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina. A falha
ocorreu quando a usina foi atingida por um tsunami provocado por um maremoto de
magnitude 8,7.

A usina começou a liberar quantidades significativas de material radioativo em 12 de


março, tornando-se o maior desastre nuclear desde o acidente nuclear de Chernobil, em
abril de 1986, e o segundo (depois de Chernobil) a chegar ao nível 7 na Escala Internacional
de Acidentes Nucleares,[8] inicialmente liberando cerca de 10-30% da radiação do incidente
anterior. A área tornou-se contaminada pela presença do material radioativo liberado sobre
ela e tal exposição fez com que o local fosse irradiado continuamente.

Um programa contínuo de limpeza intensiva para descontaminar as áreas afetadas e


desmantelar a usina levará de 30 a 40 anos. Uma barreira no solo, construída na tentativa
de evitar uma maior contaminação das águas subterrâneas, diminuiu a quantidade de água
contaminada coletada. Em agosto de 2013, no entanto, uma enorme quantidade de água
radioativa foi detectada. Houve contínuos vazamentos de água contaminada na usina e
alguns no mar. Trabalhadores da fábrica estão a tentar reduzir os vazamentos através de
algumas medidas, como a construção de muros subterrâneos químicos, mas eles ainda não
têm melhorado significativamente a situação.

10) No Brasil existe alguma Usina geradora de Energia Nuclear? Se afirmativo, onde
está situada?

Sim, nosso país conta com três instalações do tipo. Elas fazem parte da Central
Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), um complexo localizado na cidade de Angra dos
Reis (RJ) que abriga as usinas Angra 1 e 2, operando a plena capacidade; já Angra 3, a
terceira usina do CNAAA, ainda está em construção e o esperado é que inicie as atividades
ainda nesta década.

11) Quais são os materiais radioativos usados nas Usinas Nucleares?


Os átomos usados nas usinas nucleares são chamados de isótopos físseis ou
isótopos férteis. A maioria dos reatores nucleares usa água como líquido refrigerante. O
urânio-235 é o principal combustível nuclear. As usinas nucleares possuem vantagens
ambientais, pois não produzem gases intensificadores do efeito estufa.

12) Se o solo for contaminado por material radioativo, o que acontecerá com a
vegetação nele existente ou futura?

A partir do momento em que o solo é contaminado, toda a vegetação que nele


crescer também será contaminada. Os animais que se alimentarem desta vegetação
também sofrerão as consequências da radioatividade, muitas vezes desenvolvendo
doenças e anomalias diversas. Trata-se, portanto, de uma forma de contaminação perversa
e invisível. O solo não fica infértil, mas tudo o que nasce dele carrega consigo a
radioatividade. Se levarmos em conta que a contaminação pode durar décadas, é fácil
imaginar o nível de impacto ambiental e as consequências para a vida nas regiões afetadas.

13) Em que consiste o decaimento radioativo?

Um decaimento radioativo ocorre quando isótopos instáveis têm seus núcleos


rompidos em razão da instabilidade atômica.

Para entender por que um isótopo se desintegra é preciso nos atentar para o núcleo
atômico.

A proximidade dos prótons faz com que passem a se repelir, na tentativa de tomar o
maior espaço possível. Diante disso, o núcleo se rompe, por não conseguir comportar essas
cargas repelentes.

14) De que forma e baseado em que princípio, a radioatividade é usada na datação de


fósseis?

A datação de um fóssil pode ser feita com base no percentual já conhecido do


Carbono-14 (C14) em relação ao Carbono-12 (C12) da matéria viva (sem decomposição).

Quando o ser vivo morre inicia-se uma diminuição da quantidade de carbono-14


devido a sua desintegração radiativa. A meia-vida do C14 é de 5.740 anos, este é o tempo
que o C14 leva para transmutar metade dos seus átomos em C12, os cientistas então se
baseiam no cálculo comparativo entre a quantidade habitual encontrada na matéria viva, e
aquela que foi descoberta no fóssil, determinando assim a idade do mesmo.
Exemplo: Em um fóssil de 11.480 anos, é encontrado somente ¼ da quantidade
habitual de C14. Já em um fóssil de 22.960 anos deve-se encontrar 1/8 da quantidade
normal do radioisótopo.

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