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Os impactos resultantes de acidentes em usinas nucleare

Dwayne Cardoso Santos

Karine Stephanie Soraes Lemos

Nº 18

Nº 40

3001

A energia nuclear é uma forma bastante eficiente de geração de energia. Todavia, sua produção
apresenta diversos riscos para o meio ambiente.

A energia nuclear é gerada a partir da fissão nuclear de substancias radioativas, como o urânio
e o tório. A fissão nuclear produz uma quantidade de energia, que aquece a agua que é usada para
resfriar o reator o vapor dessa agua faz com que as turbinas da usina girem, assim, produzindo
uma grande quantidade de energia.

Apesar dos custos da produção de energia nuclear ainda serem elevados, sua produtividade é
muito maior se comparada com outras formas de geração de energia.

Outro benefício da energia nuclear refere-se ao menor impacto de sua forma de produção da
energia. O seu processo de produção não gera gases poluidores, como acontece com as
termoelétricas, e não compromete a disponibilidade e a qualidade da água doce potável no país,
uma vez que ela utiliza a água do mar em seu processo produtivo.

Por causa de suas vantagens, a energia nuclear foi considerada a energia do futuro. Embora
tenha muitas vantagens ela apresenta diversas complicaçoes para o meio ambiente e os seres
vivos por usar elementos radioativos muito nocivos ao meio ambiente. Entre os principais
impactos ambientais que podem ser originados pela geração desse tipo de energia, destacam-se:

• O aquecimento da água do mar

• Contaminação pelos rejeitos da produção de energia nuclear


• Risco de contaminação derivada de acidentes e vazamentos

Diante desses riscos, a produção de energia nuclear exige um grande controle para evitar
qualquer tipo de vazamento ou acidente envolvendo produtos radioativos, já que a contaminação
radioativa pode ocasionar:

· Escassez de solo, ar e água adequados para a agricultura e para a manutenção da vida na


área afetada;

· Mutação genética de espécies de plantas, insetos e animais;

· Queimaduras;

· Alterações na produção do sangue;

· Diminuição da resistência imunológica;

· Surgimento de diversas doenças, como o câncer, alterações gastrintestinais, problemas na


medula óssea;

· Infertilidade e má-formação dos órgãos reprodutores e de fetos submetidos à alta


radiação.

Acidentes em usinas nucleares pelo mundo


Chernobyl

Considerado o maior desastre nuclear da história, ocorreu na madrugada do dia 26 de abril de


1986. A usina de Chernobyl liberou uma nuvem de material radioativo que tomou conta da
cidade ucraniana de Pripyat. O acidente levou a uma explosão seguida de um incêndio que durou
10 dias. O vento espalhou a radioatividade levando uma nuvem de radioatividade atingindo
outros países como a Ucrânia, Bielorrússia e Rússia, como também Europa Oriental,
Escandinávia e Reino Unido. As sucessivas medições obrigaram a evacuar completamente uma
área de cerca de 5.000km2. Essa evacuação seria permanente para a maioria de seus moradores,
já que se fez necessário o abandono dessas terras por várias décadas. A quantidade de afetados
foi aumentando ano a ano. Atualmente, estima-se oficialmente entre oito e dez mil as pessoas
mortas durante a primeira década como consequência das radiações recebidas. Porém, estimam
essa quantidade em centenas de milhares, o que pode estar está mais próximo da realidade.

Houve ao menos quatro mil casos de câncer de tireoide. Além disso, foram registrados casos de
leucemia e outras formas de câncer agressivas em longo prazo, problemas de circulação e
catarata, fora as consequências psicológicas geradas pelo incidente. No quesito ambiente, houve
uma contaminação em cadeia, o solo, a vegetação que extraía nutrientes deste solo, o gado que se
alimentava desta vegetação e, por fim, as pessoas que tomaram o leite de vacas contaminadas.
Vários animais apresentaram mutações genéticas e muitos morreram, o que gerou também um
aumento de animais selvagens região.

Calcula que 2,2 milhões de ucranianos tiveram a sua saúde abalada pela catástrofe, mas a
população afetada por doses de radioatividade anormais em boa parte da Europa ultrapassa
dezenas de milhões e não se conhecem os efeitos, a longo prazo, da irradiação difundida.
A quantidade de material radioativo foi cem vezes maior do que o das bombas utilizadas no
ataque às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial.

Usina de Fukushima
Acidente nuclear foi provocado por uma série de falhas ocorridas nos equipamentos e pelo
consequente lançamento de materiais radioativos da Central Nuclear de Fukushima I , no Japão.
Essas falhas na segurança foram causadas pelo maremoto ocorrido no fundo do oceano e
agravadas pela propagação de um tsunami de proporções não esperadas na tarde do dia 11 de
março de 2011.
A Central Nuclear era composta por seis reatores de água fervente, os reatores 4, 5 e 6 foram
fechados para manutenção antes do terremoto. Já os reatores restantes foram fechados
automaticamente após o terremoto e geradores de emergência foram iniciados para manter as
bombas de água necessárias para resfriá-los. O dique utilizado para proteger a central nuclear foi
projetado para resistir a um maremoto com ondas de até 5,7 metros de altura. porém depois do
evento dos maremotos a usina foi atinginda por uma onde de 14 metros, assim, superando a
capacidade ultrapassando as paredes de concreto.
A usina inteira foi inundada. Como consequência, os geradores de emergência foram
desativados, provocando o superaquecimento dos reatores. Os danos causados pela inundação e
pelo terremoto impediram a chegada das equipes de segurança, levando ao vazamento de
material radioativo e o agravamento do impacto ambiental.

Na tentativa de minimizar os impactos, 171 mil pessoas foram evacuadas, plantações foram
interditadas e o consumo de água potável foi desincentivado. E como consêquencia 130 pessoas
morreram de câncer e as pessoas que habitam áreas mais afetadas demonstram uma maior
probabilidade de desenvolver câncer. Problemas de tireoide já foram relatadas entre 40% das
crianças na área de Fukushima. Além disso, muitas pessoas apresentaram estresse pós-traumático
e depressão após o acidente. No quesito ambiente, há uma questão extremamente grave, pois
houve a contaminação marítima. Um total entre 20 a 40 trilhões de becquerels de trítio radioativo
entraram no Oceano Pacífico desde o início do desastre nuclear. Isso irá afetar nossa
alimentação, por causa da contaminação da cadeia alimentar, através da bioacumulação e
biomagnificação. Já foram identificados peixes com níveis de radiação 124 vezes a mais que os
padrões estabelecidos e plantas mutadas por causa do acidente.
Se compararmos as termelétricas movidas a energia nuclear com aquelas movidas a carvão ou as
que utilizam combustível fóssil chegaremos à conclusão de que as primeiras poluem muito
menos, visto que as segundas emitem altos níveis de CO2, que é um dos principais responsáveis
pelo efeito estufa. Um fato interessante é que, em algumas minas de carvão, após certa
profundidade não se pode mais trabalhar por causa da exposição à radiação. Ao falarmos de
produção energética, devemos atentar para alguns riscos que elas podem oferecer. Basta lembrar
a ameaça que uma bomba atômica representa e a grande área alagada para a construção de uma
hidroelétrica. É necessário um forte planejamento na segurança que minimize os riscos de
vazamentos causados por fatores naturais e humanos cujos impactos ambientais, em caso de
acidente, podem ser catastróficos para o meio ambiente, ou seja, todos tem suas vantagens e
perigos, porém alguns trazem uma catástrofe maior.
Bibliografia

· https://brasilescola.uol.com.br/geografia/principais-riscos-geracao-energia-nuclear-
para-meio-ambiente.htm

· https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/13/36/acidentes-em-usinas-nucleares-
pelo-mundo

· https://blog.enem.com.br/as-consequencias-de-acidentes-nucleares/

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