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O século XX foi um grande período para a ciência. Foi nesse período que grandes
descobertas nas mais variadas áreas do conhecimento foram apresentadas para a
população do mundo. Na física e na química não foi diferente.
Os estudos sobre a pequena partícula chamada átomo (aquela que está em tudo e todos)
geraram grandes avanços para a sociedade, desde a medicina até a produção de energia.
Mas nem tudo foi positivo. Em um momento histórico de grande disputas entre duas
potências mundiais, os Estados Unidos e a União Soviética, um dos reflexos desses
estudos dos átomos foram a criação das bombas nucleares, as mesma que atingiram
Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial.
Mas você sabia que existem dois tipos de maneiras de gerar uma bomba nuclear? E que
essas duas maneiras podem ser usadas para gerar energia para as nossas casas?
Bom, existem sim! Mas elas são diferentes. Vamos conhecê-las? Primeiro, vamos falar
da Fissão Nuclear:
Fissão é o processo de forçar a divisão de um átomo para formar dois outros, mais leves.
A reação também libera energia e um nêutron livre. É a partir do processo de fissão que
pode ser criadas as bombas como as de Hiroshima e Nagasaki.
A explosão de Chernobyl
O acidente de Chernobyl ocorreu em 26 de abril de 1986 e foi o mais grave na história
da energia nuclear comercial.
A Calamidade de Chernobyl
O Complexo Energético de Chernobyl está localizado a 130 quilômetros ao norte de
Kiev, na Ucrânia, e cerca de 20 quilômetros ao sul da fronteira com a Bielorrússia.
Fazem parte do complexo quatro reatores nucleares. Dois deles foram construídos entre
1970 e 1977 e as demais unidades em 1983. Na ocasião do desastre, outros dois reatores
estavam em construção. A população circunvizinha à usina chegava a 135 mil pessoas.
No dia 25 de abril de 1986, um dia antes do desastre, os engenheiros responsáveis pelo
reator 4 de Chernobyl iniciaram um teste de rotina. Este consistia em determinar quanto
tempo as turbinas demorariam a girar e fornecer energia às principais bombas de
circulação após a sequência de perda de energia elétrica. O teste fora realizado um ano
antes, mas a equipe não conseguira medir a tensão da turbina. Assim, no dia seguinte,
havia uma série de ações programadas, incluindo a desativação dos mecanismos de
desligamento automático. O reator, porém, ficou instável e houve a liberação de uma
onda de energia. Esta interagiu com o combustível quente e a água que seria usada para
arrefecer a turbina provocou a produção instantânea de vapor, aumentando a pressão.
Em consequência da forte pressão, houve destruição da cobertura do reator - uma
estrutura de mil toneladas - gerando rompimento dos canais de combustíveis. Com a
geração de vapor intenso, o núcleo foi inundado pela água usada no resfriamento de
emergência e ocorreu a primeira explosão, seguida de um novo evento segundos depois.
Dois trabalhadores morreram neste momento. Uma série de incêndios foi registrada
após as explosões e foi liberado combustível e material radioativo na atmosfera. Os
técnicos utilizaram 300 toneladas de água na metade intacta do reator, mas o fogo, que
começou durante a noite, só foi controlado após o meio-dia. Ao menos cinco mil
toneladas de boro, areia, argila e chumbo foram lançados no núcleo do reator. O
objetivo era tentar evitar o incêndio e a liberação de mais material radioativo.
Consequências do Acidente
A liberação de material radioativo da usina ocorreu por, pelo menos, dez dias. Os
materiais de maior e mais perigosa exposição foram o Iodo-131, o gás xénon e o Césio-
137 em um montante de 5% de todo o material radioativo de Chernobyl, estimado em
192 toneladas. Levadas pelo vento, partículas do material chegaram à Escandinávia e à
Europa Oriental. Houve intensa exposição ao material radioativo por parte das equipes
de controle do acidente e bombeiros, os primeiros a chegarem ao local. Entre os 28
mortos nos primeiros dias, seis eram bombeiros. Os trabalhos de controle ocorreram
entre 1986 e 1987 e envolveram 20 mil pessoas, que receberam diferentes doses de
exposição à radiação. O governo soviético reassentou 220 mil pessoas moradoras das
áreas próximas ao desastre.
Impacto na Saúde
Impactos Ambientais
Chernobyl Hoje
Em 2011, Chernobyl se transformou em atração turística. Apenas 3000 pessoas, com
autorização especial, vivem na cidade. Na época do acidente eram 14000. A cidade de
Prypiat, construída para os trabalhadores da usina e onde viviam 50000 pessoas,
também faz parte do roteiro. Localizada a quatro quilômetros de Chernobyl hoje é um
lugar fantasma onde as construções são engolidas pela natureza e pelo abandono. Ainda
são registrados altos índices de radioatividade por ali
Césio-137
O Césio-137, assim como qualquer outro isótopo, possui forte tendência para fixar-se
no solo, porém possui alta mobilidade somente em solos orgânicos, o que não ocorre em
solos minerais, facilitando a sua bioacumulação em plantas e dificultando sua lixiviação
para rios e lagos. Sua retenção é predominante em solo rico em minerais micáceos.
O Césio-137 pode ser transferido para plantas por deposição direta em superfícies
foliáceas ou por absorção pela raiz a partir de deposições no solo. Em geral, a absorção
foliar direta é o modo predominante de contaminação de plantas quando a taxa de
deposição é relativamente alta. Geralmente a absorção pela raiz é irrelevante, exceto no
caso acima mencionado, quando as condições do solo permitem a baixa fixação de
césio. O Césio-137 possui maior bio-acumulação em animais do que em vegetais, o que
explica maior perigo de contaminação por ingestão de laticínios e carne bovina. O maior
perigo de contaminação por Césio-137 é devido ao fato destes serem majoritariamente
cultivados em solos orgânicos e/ou ricos em minerais micáceos. No ambiente aquático
o Césio-137, também como outros isótopos de césio, é fortemente absorvido por
partículas suspensas, especialmente se o material for argiloso, o que faz com que,
quanto maior for a quantidade de material suspenso na água, menor será a quantidade de
césio na fase solúvel. A cadeia alimentar e a teia alimentar são as principais entradas
para acumulação de Césio-137 nos animais aquáticos, onde a bioacumulação acaba
sendo facilitada pela baixíssima taxa de excreção do mesmo. Nas plantas aquáticas a
acumulação tende a ser inversamente proporcional à quantidade de minerais presentes
na água, o que explicaria uma maior bioacumulação em plantas aquáticas de água doce
do que em plantas aquáticas de água salgada. A contaminação por Cs-137 pode ser
prevenida através da construção de sarcófagos de isolamento do material radioativo ou
remediada através da lavagem das roupas dos contaminados com água e sabão e
ingestão de quelante Azul de Prússia pra eliminação dos efeitos da radiação. Esse
isótopo do césio foi o responsável por causar o acidente radiológico de Goiânia,
considerado um dos maiores acidentes radioativos já ocorridos