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Fissão e fusão

O século XX foi um grande período para a ciência. Foi nesse período que grandes
descobertas nas mais variadas áreas do conhecimento foram apresentadas para a
população do mundo. Na física e na química não foi diferente.

Os estudos sobre a pequena partícula chamada átomo (aquela que está em tudo e todos)
geraram grandes avanços para a sociedade, desde a medicina até a produção de energia.
Mas nem tudo foi positivo. Em um momento histórico de grande disputas entre duas
potências mundiais, os Estados Unidos e a União Soviética,  um dos reflexos desses
estudos dos átomos foram a criação das bombas nucleares, as mesma que atingiram
Hiroshima e Nagasaki no final da Segunda Guerra Mundial.

Mas você sabia que existem dois tipos de maneiras de gerar uma bomba nuclear? E que
essas duas maneiras podem ser usadas para gerar energia para as nossas casas?

Bom, existem sim! Mas elas são diferentes. Vamos conhecê-las? Primeiro, vamos falar
da Fissão Nuclear:

Fissão é o processo de forçar a divisão de um átomo para formar dois outros, mais leves.
A reação também libera energia e um nêutron livre. É a partir do processo de fissão que
pode ser criadas as bombas como as de Hiroshima e Nagasaki.

Agora vamos falar da Fusão Nuclear:

Fusão é o processo de colidir dois átomos propositalmente para formar um terceiro,


mais pesado. A reação libera energia e, dependendo de quais forem os reagentes, um
nêutron livre.

A explosão de Chernobyl
O acidente de Chernobyl ocorreu em 26 de abril de 1986 e foi o mais grave na história
da energia nuclear comercial.

A explosão do reator nuclear causou uma enorme liberação de resíduos tóxicos em


grandes áreas da Bielorrússia, da Ucrânia e da Rússia.

O acidente de Chernobyl ocorreu em 26 de abril de 1986 e foi o mais grave na história


da energia nuclear comercial. A explosão do reator nuclear causou uma enorme
liberação de resíduos tóxicos em grandes áreas da Bielorrússia, da Ucrânia e da Rússia.
Usina nuclear de Chernobyl após a explosão que destruiu o reator A explosão do reator
teve como consequência a liberação de 5% do material do núcleo do reator Chernobyl
que foi manipulado de maneira inadequada por engenheiros da usina. Dois
trabalhadores morreram neste instante e outros 28 faleceriam nas semanas subsequentes
por envenenamento. Logo após a explosão, 237 pessoas foram diagnosticadas por
contaminação por Iodo radioativo, sendo confirmados 134 casos. A população da
Bielorrússia, Ucrânia e Rússia ficou exposta à radiação e houve centenas de registros de
casos de câncer de tireoide. Para evitar novos casos, o governo soviético transferiu 120
mil pessoas nas primeiras horas após o desastre e mais 240 mil nos anos seguintes.

A Calamidade de Chernobyl
O Complexo Energético de Chernobyl está localizado a 130 quilômetros ao norte de
Kiev, na Ucrânia, e cerca de 20 quilômetros ao sul da fronteira com a Bielorrússia.
Fazem parte do complexo quatro reatores nucleares. Dois deles foram construídos entre
1970 e 1977 e as demais unidades em 1983. Na ocasião do desastre, outros dois reatores
estavam em construção. A população circunvizinha à usina chegava a 135 mil pessoas.
No dia 25 de abril de 1986, um dia antes do desastre, os engenheiros responsáveis pelo
reator 4 de Chernobyl iniciaram um teste de rotina. Este consistia em determinar quanto
tempo as turbinas demorariam a girar e fornecer energia às principais bombas de
circulação após a sequência de perda de energia elétrica. O teste fora realizado um ano
antes, mas a equipe não conseguira medir a tensão da turbina. Assim, no dia seguinte,
havia uma série de ações programadas, incluindo a desativação dos mecanismos de
desligamento automático. O reator, porém, ficou instável e houve a liberação de uma
onda de energia. Esta interagiu com o combustível quente e a água que seria usada para
arrefecer a turbina provocou a produção instantânea de vapor, aumentando a pressão.
Em consequência da forte pressão, houve destruição da cobertura do reator - uma
estrutura de mil toneladas - gerando rompimento dos canais de combustíveis. Com a
geração de vapor intenso, o núcleo foi inundado pela água usada no resfriamento de
emergência e ocorreu a primeira explosão, seguida de um novo evento segundos depois.
Dois trabalhadores morreram neste momento. Uma série de incêndios foi registrada
após as explosões e foi liberado combustível e material radioativo na atmosfera. Os
técnicos utilizaram 300 toneladas de água na metade intacta do reator, mas o fogo, que
começou durante a noite, só foi controlado após o meio-dia. Ao menos cinco mil
toneladas de boro, areia, argila e chumbo foram lançados no núcleo do reator. O
objetivo era tentar evitar o incêndio e a liberação de mais material radioativo.

Consequências do Acidente
A liberação de material radioativo da usina ocorreu por, pelo menos, dez dias. Os
materiais de maior e mais perigosa exposição foram o Iodo-131, o gás xénon e o Césio-
137 em um montante de 5% de todo o material radioativo de Chernobyl, estimado em
192 toneladas. Levadas pelo vento, partículas do material chegaram à Escandinávia e à
Europa Oriental. Houve intensa exposição ao material radioativo por parte das equipes
de controle do acidente e bombeiros, os primeiros a chegarem ao local. Entre os 28
mortos nos primeiros dias, seis eram bombeiros. Os trabalhos de controle ocorreram
entre 1986 e 1987 e envolveram 20 mil pessoas, que receberam diferentes doses de
exposição à radiação. O governo soviético reassentou 220 mil pessoas moradoras das
áreas próximas ao desastre.

Impacto na Saúde

Vários problemas de saúde foram registrados em consequência dos acidentes de


Chernobyl. Entre 1990 e 1991, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)
enviou 50 missões com representantes de 25 países. Na ocasião foram avaliadas as áreas
contaminadas na Bielorrússia, Rússia e Ucrânia. O trabalho de controle identificou ao
menos quatro mil casos de câncer de tireoide. Além disso, foram registrados casos de
leucemia e outras formas de câncer agressivas em longo prazo, problemas de circulação
e catarata. Além dos problemas advindos diretamente da exposição ao material
radioativo, os pesquisadores também encontraram casos relacionados ao estado mental
da população traumatizada pelo acidente. Na ocasião da explosão, as gestantes foram
aconselhadas a abortar para evitar possíveis efeitos teratogênicos nos fetos. Ficou
comprovado mais tarde que os níveis de radiação liberados não eram suficientes para
causar danos aos bebês em fase gestacional. Atualmente, as pessoas que eram crianças e
adolescentes na época fazem parte do grupo de risco que podem desenvolver câncer.
Muitos já foram operados de câncer na tireoide, por exemplo. Na cidade de Gomel, na
Bielorrússia, a incidência desta doença aumentou 10.000 vezes após o acidente de
Chernobyl.

Impactos Ambientais

Os impactos ambientais na região foram muitos. Imediatamente após o acidente, vários


países suspenderam a importação de produtos agrícolas como a batata e o leite. Até
hoje, não é recomendável consumir qualquer alimento que tenha origem naquele
território. Com isso, milhares de pequenos agricultores perderam sua fonte de renda e
tiveram que abandonar suas fazendas. A natureza selvagem também sofreu com
radiação. Há vários animais que apresentam mutações genéticas, como os lobos e
roedores de pequeno porte e até mesmo animais domesticados como gatos e bovinos.
Igualmente, as plantas trazem o veneno desde a semente e sua aparência também se viu
alterada. Calcula-se que os riscos de contaminação continuarão por 20 mil anos. Novo
sarcófago de Chernobyl vai proteger o reator por mais 100 anos Após o acidente em 1986,
engenheiros construíram o chamado Sarcófago de Chernobyl, que consistia no isolamento por
chumbo da turbina 4, onde ocorreu o desastre. A obra envolveu 400 trabalhadores, mas a
preocupação de novos vazamentos impôs a construção de uma nova estrutura, iniciada em
2002. A obra de proteção tem 110 metros de altura, 257 de largura e custará, ao final, 768
milhões de euros. O financiamento é de responsabilidade de um consórcio formado por 43
países doadores. O sarcófago foi inaugurado em 2017 e deve proteger o reator por mais 100
anos quando novas obras terão que ser feitas.

Chernobyl Hoje
Em 2011, Chernobyl se transformou em atração turística. Apenas 3000 pessoas, com
autorização especial, vivem na cidade. Na época do acidente eram 14000. A cidade de
Prypiat, construída para os trabalhadores da usina e onde viviam 50000 pessoas,
também faz parte do roteiro. Localizada a quatro quilômetros de Chernobyl hoje é um
lugar fantasma onde as construções são engolidas pela natureza e pelo abandono. Ainda
são registrados altos índices de radioatividade por ali

Césio-137

O Césio-137, assim como qualquer outro isótopo, possui forte tendência para fixar-se
no solo, porém possui alta mobilidade somente em solos orgânicos, o que não ocorre em
solos minerais, facilitando a sua bioacumulação em plantas e dificultando sua lixiviação
para rios e lagos. Sua retenção é predominante em solo rico em minerais micáceos.
O Césio-137 pode ser transferido para plantas por deposição direta em superfícies
foliáceas ou por absorção pela raiz a partir de deposições no solo. Em geral, a absorção
foliar direta é o modo predominante de contaminação de plantas quando a taxa de
deposição é relativamente alta. Geralmente a absorção pela raiz é irrelevante, exceto no
caso acima mencionado, quando as condições do solo permitem a baixa fixação de
césio. O Césio-137 possui maior bio-acumulação em animais do que em vegetais, o que
explica maior perigo de contaminação por ingestão de laticínios e carne bovina. O maior
perigo de contaminação por Césio-137 é devido ao fato destes serem majoritariamente
cultivados em solos orgânicos e/ou ricos em minerais micáceos. No ambiente aquático
o Césio-137, também como outros isótopos de césio, é fortemente absorvido por
partículas suspensas, especialmente se o material for argiloso, o que faz com que,
quanto maior for a quantidade de material suspenso na água, menor será a quantidade de
césio na fase solúvel. A cadeia alimentar e a teia alimentar são as principais entradas
para acumulação de Césio-137 nos animais aquáticos, onde a bioacumulação acaba
sendo facilitada pela baixíssima taxa de excreção do mesmo. Nas plantas aquáticas a
acumulação tende a ser inversamente proporcional à quantidade de minerais presentes
na água, o que explicaria uma maior bioacumulação em plantas aquáticas de água doce
do que em plantas aquáticas de água salgada. A contaminação por Cs-137 pode ser
prevenida através da construção de sarcófagos de isolamento do material radioativo ou
remediada através da lavagem das roupas dos contaminados com água e sabão e
ingestão de quelante Azul de Prússia pra eliminação dos efeitos da radiação. Esse
isótopo do césio foi o responsável por causar o acidente radiológico de Goiânia,
considerado um dos maiores acidentes radioativos já ocorridos

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