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AULA 05

Acidentes Nucleares e
Radiológicos
PROFESSORA: TAILANE BEZERRA
Acidentes Nucleares e Suas
consequências
Contaminação X Irradiação

 CONTAMINAÇÃO  IRRADIAÇÃO
 A contaminação é a presença de
um material indesejável  Já a irradiação, é a exposição de um
(radioativo ou não) em objeto ou de um corpo à radiação.
determinado local.  É possível haver irradiação sem existir
contaminação.
Acidentes nucleares: perigo e risco

 Os acidentes nucleares ou radioativos são qualquer tipo de acidente ocasionado pela


liberação não controlada de energia nuclear, vindo a causar danos aos seres vivos e ao
meio ambiente.
 Os acidentes nucleares podem acontecer principalmente em duas situações: em um
reator nuclear ou em um ambiente hospitalar (acidentes radiológicos).
Acidentes nucleares: perigo e risco
Possíveis causas de um acidente nuclear:

 Envelhecimento do reator nuclear: Como é um problema de escala microscópica é muito difícil de


ser identificado, ficando visível na maioria das vezes somente após o rompimento de tubulações,
curtos circuitos, rachaduras, trincas na estrutura do reator, etc.
Possíveis causas de um acidente nuclear:

 Superaquecimento do núcleo: Se houver um superaquecimento do núcleo e o reator não for


refrigerado de maneira correta, poderá acontecer um acidente de grandes proporções.
Possíveis causas de um acidente nuclear:

 Mudanças climáticas: catástrofes naturais podem de alguma forma causar sérios danos as instalações
nucleares, tem-se como exemplo o acidente nuclear ocorrido em Fukushima devido uma catástrofe
natura
Possíveis causas de um acidente nuclear:

 Fadiga do operador;
 Horário inadequado de trabalho;
 Rotina cansativa e monótona;
 Extravio ou furto de fontes;
 Incêndio ;
 Colisão de viatura transportando materiais radioativos;
 Relaxamento nas medidas de segurança decorrentes da monotonia da rotina;
Classificação do risco:

 A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) criou uma escala internacional de eventos nucleares
(INES): Varia de 1 a 7.
• 1-3: são acidentes considerados incidentes, logo, não são muito graves.
• 4-7: São denominados de acidentes graves, acidentes que causam a morte de no mínimo uma
pessoa.
Acidentes Nucleares

 1° dano potencial da humanidade: Causado pela liberação da energia nuclear em larga


escala em duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki.
 Data: 6 a 9 de 1945 (durante o fim da 2° guerra mundial);
HIROSHIMA E NAGASAKI
HIROSHIMA E NAGASAKI
HIROSHIMA E NAGASAKI

 Mas qual a história do acidente?


Danos potenciais causados pela energia
nuclear:
2° GUERRA MUNDIAL
2° GUERRA MUNDIAL
Hiroshima

Hiroshima
6 de agosto de 1945
Hiroshima

O equivalente em TNT é um método de


quantificação da energia libertada em
explosões. 
Hiroshima

O Enola Gay Sobrevoava Hiroshima


a cerca de 9,5 km de altura quando
soltou a bomba Little Boy, que
explodiu no ar, a aproximadamente
600 metros do solo.

Paul W. Tibbets Little boy


Urânio
Hiroshima

Little boy
Hiroshima

Little boy
Hiroshima
Hiroshima
Hiroshima:
Danos potenciais causados pela energia
nuclear:

https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-a05a8804-1912-4654-
ae8a-27a56f1c2b8a
Nagasaki

Nagasaki
de agosto de 1945
Nagasaki
Nagasaki
Nagasaki

A explosão foi mais forte que a de Hiroshima,


mas a localização de Nagasaki, dividida entre
dois vales, limitou a área de destruição.
Mesmo assim, calcula-se que entre 28 mil e
49 mil pessoas tenham morrido no dia da
explosão.
Nagasaki
Nagasaki
Nagasaki:
Efeitos biológicos:

 Em uma fração de segundo após a explosão de uma bomba atômica, são liberados raios gama,
nêutrons e raios X a uma distância de 3 km.

 Essas partículas invisíveis bombardeiam tudo o que encontram em seu caminho, incluindo
corpos humanos, e destroem completamente suas células.

 No caso da bomba de Hiroshima, por exemplo, elas foram letais para 92% das pessoas que
estavam em um raio de 600 metros do marco zero.

 Os sobreviventes das explosões, conhecidos como hibakusha, sofreram as consequências


devastadoras do calor intenso e da radiação.
Efeitos biológicos:

 Em um primeiro momento, sofreram queimaduras que lhes


arrancaram a pele e outros tecidos.

"Senti uma dor latejante que se estendeu por todo meu corpo. Foi como se um
balde de água fervendo caísse sobre mim e me arrancasse a pele", disse Shinji
Mikamo, sobrevivente de Hiroshima, à BBC.

 A exposição ao material radiativo lhes causou náuseas,


vômitos, sangramento e queda de cabelo.
"Era tanta dor que eu sentia quando me tratavam, quando tiravam os curativos
um por um, que muitas vezes eu ficava à beira de perder a consciência", relembra
Senji Yamaguchi, sobrevivente de Nagasaki.
Nagasaki
Efeitos biológicos:

 Com o tempo, algumas pessoas da região desenvolveram


cataratas e tumores malignos.
 Nos cinco anos após os ataques, houve um aumento drástico
nos casos de leucemia em Hiroshima e Nagasaki.
 Dez anos depois dos bombardeios, a taxa de incidência de
câncer de tireóide, de mama e de pulmão entre sobreviventes
era mais alta que a do resto da população
Efeitos biológicos:
Outro acidente nuclear de grandes proporções:

Chernobyl
Chernobyl
Chernobyl
Chernobyl
Chernobyl
Chernobyl

 Causa do acidente:

 Erros técnicos: os operadores do reator infringiram algumas normas de segurança


ao realizarem um teste no sistema elétrico em um dos quatro reatores da usina.
 Normas de segurança desrespeitadas: testes realizados fora do procedimento de
segurança e das condições operacionais do reator nuclear, desligamento dos
circuitos elétricos e automáticos para a realização do teste em questão.
 Irresponsabilidade das autoridades: A falta de comunicação por parte das
autoridades ucranianas, em informar a população sobre o ocorrido, e evacuar os
residentes das cidades vizinha a usina de Chernobyl.
Chernobyl

As autoridades locais se omitiram em informar a população a respeito do fato, vindo avisá-los


somente 30 horas após o acidente ter acontecido. Até hoje ainda não se tem o número exato
de vítimas, visto que uma pequena dose de radiação pode vir causar danos físicos somente no
futuro. Quanto ao meio ambiente, cientistas detectaram anomalias em algumas espécies de
animais, plantas e insetos. A apresenta mutações genéticas por conta das altas doses de
radiação ionizante liberada na região
Efeitos biológicos:
Chernobyl
CHERNOBYL
CHERNOBYL
Chernobyl
Chernobyl
Chernobyl

 Além disso, pessoas morreram por receber dose direta de radiação (técnicos, médicos, policiais,
bombeiros, trabalhadores da construção, engenheiros, militares entre outros) que foram
acionados para MINIMIZAR ( fazendo a limpeza da área) a gravidade do evento.
 As consequências do acidente nuclear de Chernobyl não pararam por aí, a área contaminada foi
quase equivalente a extensão da Itália alcançando grau 7 na escala INES.
Efeitos biológicos:

• Efeitos determinísticos: Acontecem quando os tecidos absorvem altas doses de radiação, ou


seja, quanto maior a dose maior o dano. Além disso tem como principal efeito a morte celular.
Efeito a curto prazo. Os sintomas são: queimaduras, que pode ser desde uma leve vermelhidão
até o desenvolvimento de bolhas; opacificação do cristalino (catarata); problemas no sangue,
infertilidade, entre outros. Uma pessoa pode ainda desenvolver a síndrome aguda da radiação,
que ocorre quando o indivíduo é exposto a doses extremamente altas de radiação (superiores a 10
Gy), causando danos no sistema cardiovascular e nervoso, levando à morte em poucos dias.
Efeitos biológicos:

• Efeitos estocásticos: Os efeitos estocásticos são o resultado da absorção de baixas doses de


radiação ao longo da vida de um determinado indivíduo, se manifestam meses ou anos após a ex-
posição, comumente os indivíduos afetados são aqueles que recebem estas doses com mais
frequência, como os Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE). O carcinoma e a mutação
são os efeitos mais comuns desta variável, ou seja, pode ocorrer uma alteração aleatória no DNA
de uma única célula, que por sua vez continua a replicar-se.
Chernobyl
Outro acidente nuclear de grandes proporções:

Fukushima
Fukushima
Fukushima
Fukushima
Fukushima
Fukushima

 Mortes:
 NENHUMA MORTE POR EXPOSIÇÃO Á RADIAÇÃO;
 15.884 mortes devido ao terremoto e tsunami;
 1.600 mortes relacionadas as condições de evacuações;
 No entanto a OMS indica que desalojados foram expostos a radiação pouco a pouco, por
isso esses efeitos estão provavelmente abaixo dos níveis detectáveis. Com isso, existe a
chance, embora que pequena de desenvolverem câncer.
Fukushima
Outro acidente nuclear de grandes proporções:

Césio-137
Césio-137
Césio-137

• Os trabalhadores desmontaram a cápsula que continha o


isótopo radioativo césio-137.
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137
Césio-137

 Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN):


 a CNEN só foi avisada 15 horas depois do ocorrido, tornando dessa forma a situação mais delicada
e comprometedora.
• Ao constatarem que o ocorrido se tratava de um acidente radiológico, o Brasil informou
imediatamente a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), solicitando medidas para
contornar o problema, países como: Argentina, Alemanha, Estados Unidos e antiga União Soviética
disponibilizaram recursos humanos para atuarem com medidas de combate conforme o acidente
radiológico evoluía.
Césio-137
Exercícios:

1. Qual a diferença entre contaminação e irradiação?


2. Qual foi o primeiro acidente nuclear da história? Explique como aconteceu e seus danos a
humanidade.
3. Como foi o acidente de Chernobyl? Explique. No final responda, você conclui que se os indivíduos
da comunidade tivessem sido evacuados, teríamos hoje um acidente de menor proporção.
4. Como aconteceu o acidente nuclear de Fukushima? Porque esse acidente diferente de Chernobyl não
trouxe inúmeros efeitos biológicos aos indivíduos.
5. Como aconteceu o acidente nuclear do Cs-137?
6. Você considera que, diante do que aprendeu, que se as autoridades brasileiras fizessem e agissem
mais rigorosamente no tratamento de materiais radioativos o acidente de Goiânia não teria
acontecido? Explique.
7. Diante do que foi exposto e do que você aprendeu, você acha que o Brasil hoje tem uma postura
diferente no tratamento de materiais radioativos. Explique.

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