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SEE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

EREMDAG - Escola de Referência em Ensino Médio Dr. Anthenor Guimarães – Barreiros – PE NOTA:
Série: ____Ano Turma:____ Data: ___/___/2024 Professor: Erivaldo Santos
Aluno (a):___________________________________________________________________________ Nº: _____

Assuntos sobre Efeito da Radiação no Organismo

A radiação pode ter diversos efeitos no organismo, dependendo da dose e tipo. Efeitos agudos incluem
danos imediatos às células, enquanto exposições crônicas podem aumentar o risco de câncer. Danos ao
DNA e disfunção celular são comuns, afetando órgãos como a medula óssea, sistema gastrointestinal e
sistema nervoso. Proteção adequada e limitação da exposição são essenciais para minimizar riscos à
saúde.
Os efeitos da radiação no organismo abrangem desde danos imediatos às células, especialmente em
exposições agudas, até riscos crônicos como aumento do potencial cancerígeno devido a danos ao DNA.
Órgãos como a medula óssea, sistema gastrointestinal e sistema nervoso podem ser afetados. A proteção
contra exposição excessiva é crucial, destacando a importância de práticas seguras e conscientização.
Durante um desastre nuclear, a exposição à radiação pode causar danos celulares imediatos. A
radioterapia é uma abordagem que utiliza radiação ionizante para destruir células cancerígenas e
promover a regeneração celular. Esse tratamento visa mitigar os efeitos nocivos da exposição à radiação,
fornecendo uma maneira de lidar com os danos celulares e reduzir os riscos de desenvolvimento de
câncer.
Cada tipo de radiação tem diferentes capacidades de penetração e efeitos biológicos, sendo essencial
compreender suas características ao lidar com questões relacionadas à exposição radioativa. São elas:
 Radiação Alfa (α): Composta por partículas pesadas e com Baixa capacidade de
penetração. Pode ser bloqueada por uma folha de papel ou pela pele humana. Emitida por
núcleos instáveis de elementos pesados, como o Urânio-238. Um exemplo prático é o
polônio-210, que emitiu radiação alfa no assassinato de Alexander Litvinenko em 2006.
(Desertor russo naturalizado britânico assassinado em Londres provavelmente pelo
governo russo). Em acidentes envolvendo radiação alfa, materiais como papel alumínio ou
vidro são ineficazes para bloquear essa radiação. O uso de roupas de proteção especial é
necessário, como a radiação alfa é composta por partículas pesadas que podem ser
bloqueadas por barreiras mais substanciais, como roupas específicas.
 Radiação Beta (β): Possui partículas eletricamente carregadas com Capacidade
intermediária de penetração. Pode ser bloqueada por materiais como vidro ou alguns
centímetros de plástico. Emitida por núcleos instáveis durante processos de decaimento,
como o estrôncio-90, um subproduto da fissão nuclear. Esse isótopo pode contaminar o
meio ambiente após acidentes nucleares.
 Radiação Gama (γ): Possui ondas eletromagnéticas de alta energia, sem carga elétrica, com
alta capacidade de penetração. Pode penetrar materiais densos, como concreto e chumbo.
Liberada durante processos nucleares, como a transição de um núcleo excitado para um
estado mais estável. Em acidentes nucleares, como o de Chernobyl, a radiação gama
representou uma ameaça significativa à saúde devido à sua capacidade de penetrar tecidos
e causar danos celulares profundos.
Casos históricos Ocorridos.
Um exemplo notável de radiação natural que afetou os seres humanos é o desastre nuclear de Chernobyl,
ocorrido em 1986 na Ucrânia. O reator nuclear explodiu, liberando uma quantidade significativa de
radiação. Isso resultou em efeitos imediatos, como doenças agudas e óbitos, além de impactos a longo
prazo, como um aumento em casos de câncer de tireoide devido à exposição ao iodo radioativo.
Outro exemplo é o desastre nuclear de Fukushima, em 2011, no Japão. Um terremoto seguido de um
tsunami danificou a usina nuclear, levando a vazamentos de radiação. Embora os impactos na saúde
humana tenham sido menores em comparação com Chernobyl, o evento destacou os riscos associados à
energia nuclear.
Esses casos ressaltam a importância da segurança nuclear e da compreensão dos efeitos da radiação na
saúde humana.

Alguns destaques:
Chernobyl, em 1986, testemunhou uma das piores tragédias nucleares da história. A explosão de um
reator liberou grandes quantidades de radiação, sendo a radiação gama o principal tipo liberado. Essa
forma de radiação é altamente penetrante e pode causar danos significativos à saúde humana,
destacando os impactos adversos das falhas em instalações nucleares. Já o desastre nuclear de
Fukushima, em 2011, resultou na liberação de radiação, afetando o meio ambiente. A contaminação de
águas subterrâneas e do solo foi um dos principais impactos ambientais, ressaltando os desafios
associados à gestão de resíduos nucleares e à prevenção de danos ambientais duradouros. Por outro lado,
no ano de 1987, na cidade de Goiânia-GO nos deparamos com o maiores desastre nucleares ocorrido no
Brasil até o momento, o Césio-137. Um equipamento de radioterapia abandonado foi aberto, liberando a
substância radioativa. Isso resultou na contaminação de várias pessoas e áreas. O uso inadequado de
equipamentos de radioterapia levou à dispersão do Césio-137, ilustrando os perigos associados à
manipulação descuidada de materiais radioativos.

Existem diversas fontes de radiação presentes no cotidiano. Aqui estão alguns exemplos:
1. Radiação Solar: A exposição à radiação solar é comum e essencial para a produção de vitamina D,
mas a proteção solar é necessária para evitar danos à pele.
2. Radiação Ultravioleta (UV): Proveniente do sol e de fontes artificiais, como lâmpadas UV, pode
causar queimaduras e aumentar o risco de câncer de pele.
3. Radiação de Dispositivos Eletrônicos: Telefones celulares, computadores e outros dispositivos
emitem radiação eletromagnética, embora em níveis baixos, e a exposição contínua pode ser
considerada.
4. Radiação Ionizante de Exames Médicos: Raios X e tomografias emitem radiações ionizantes,
usadas em procedimentos médicos. Embora essenciais para diagnóstico, devem ser controladas
para evitar excessos. Durante exames de imagem médica, como tomografias computadorizadas,
manter uma distância segura da fonte de radiação é crucial para minimizar a exposição. Outras
medidas incluem o uso de roupas de proteção adequadas e o controle preciso do tempo de
exposição para garantir imagens precisas, sem expor desnecessariamente os pacientes a radiações
ionizantes.
5. Radiação proveniente de Materiais Radioativos: Certos materiais, como alguns fertilizantes e
produtos de construção, podem emitir radiações naturalmente. A exposição a esses materiais
deve ser monitorada.
Embora essas fontes façam parte da vida cotidiana, a chave está em gerenciar e minimizar a exposição,
seguindo práticas seguras e regulamentações adequadas. A exposição crônica à radiação ionizante pode
resultar em envelhecimento precoce e aumentar o risco de câncer. As células expostas podem sofrer
danos genéticos, levando a mutações e, potencialmente, ao desenvolvimento de câncer ao longo do
tempo. Portanto, a proteção contra exposições prolongadas é crucial para preservar a saúde.
Recursos visuais podem ser eficazes para facilitar a compreensão dos efeitos da radiação.

1. Diagramas de Células Afetadas: Ilustrações mostrando como a radiação pode danificar o DNA
dentro das células, destacando os potenciais impactos.
2. Gráficos Comparativos de Exposição: Gráficos que comparam níveis de exposição à radiação em
diferentes situações, ajudando a visualizar diferenças entre exposições cotidianas e eventos
extremos.
3. Infográficos sobre Tipos de Radiação: Infográficos coloridos explicando os diferentes tipos de
radiação, como alfa, beta e gama, com breves descrições de seus efeitos.
4. Mapas de Áreas Afetadas por Eventos Nucleares: Mapas que destacam áreas impactadas por
desastres nucleares, como Chernobyl ou Fukushima, proporcionando uma compreensão
geográfica.
5. Animações Interativas: Animações que mostram processos biológicos, como danos ao DNA, de
uma forma dinâmica e fácil de entender.

O uso de radiações em várias áreas e suas vantagens significativas:


 Medicina: Na radioterapia, radiações são empregadas para tratar tumores cancerígenos, visando
destruir as células malignas. Em diagnósticos, exames como radiografias e tomografias utilizam
radiações para visualizar estruturas internas do corpo.

 Geração de Energia: A energia nuclear, obtida através de reações nucleares controladas, é uma
fonte eficiente e sustentável de eletricidade, contribuindo para a diversificação da matriz
energética.

 Indústria: Processos industriais, como esterilização de alimentos e materiais médicos, podem se


beneficiar do uso controlado de radiações para aumentar a segurança e durabilidade.

 Agricultura: Radiações ionizantes são aplicadas para desenvolver variedades de plantas mais
resistentes a pragas e doenças, contribuindo para a melhoria da produtividade agrícola. A
irradiação de alimentos é um método seguro que utiliza radiação ionizante para controlar pragas,
eliminar patógenos e prolongar a vida útil dos alimentos. Isso contribui para a segurança alimentar,
reduzindo a probabilidade de contaminação bacteriana e garantindo a disponibilidade de
alimentos por períodos mais longos.

 Datação: A datação por carbono-14 é uma técnica utilizada em estudos arqueológicos para
determinar a idade de fósseis e outros artefatos orgânicos. Baseada na degradação radioativa do
carbono-14, essa técnica permite aos arqueólogos estimar a antiguidade de amostras biológicas,
proporcionando insights cruciais sobre a cronologia de civilizações passadas.

 Pesquisas Científicas: Em laboratórios, o uso de radiações é fundamental para estudar a estrutura


de materiais, realizar análises químicas avançadas e explorar fenômenos nucleares.

 Radioterapia: Tratamento eficaz contra o câncer, onde radiações ionizantes são direcionadas para
destruir células cancerígenas, ajudando a reduzir ou eliminar tumores.

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