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Tema:

Disciplina: Série:
Física Datação com
2ª série
carbono-14

Professor:
Cláudio
Para começar
Os objetos antigos achados pelos arqueólogos podem ser datados pela
técnica do carbono-14, além de outras técnicas. O carbono-14 (6 prótons e
8 nêutrons) é um radioisótopo instável do carbono que, por essa razão,
passa por decaimento radioativo. O carbono-14 possui 2 nêutrons a mais
que o carbono-12, que é estável. A datação possibilita decifrar a época à
qual um achado arqueológico pertence.
Realize uma breve pesquisa e, posteriormente, procure explicar como
acontece esse processo de datação por carbono-14.

Crânios de Luzio (à esq.)


Dentes de Luzio: e de Luzia: traços
bem preservados e semelhantes aos dos
com poucas cáries. atuais aborígenes
australianos e africanos.
Foco no conteúdo
A formação do carbono-14
O método de datação com carbono é amplamente utilizado para
determinar a idade de artefatos arqueológicos que remontam a milhares
de anos.
A formação do carbono-14 tem início com a colisão dos raios cósmicos
de alta energia com átomos presentes na atmosfera, originando, assim,
a emissão de nêutrons livres. Esses nêutrons, por sua vez, ao colidirem
com átomos de nitrogênio-14, que são abundantes na atmosfera
terrestre, originam o carbono-14, conforme representado pela reação a
seguir:
Foco no conteúdo
A absorção e o decaimento do carbono-14
O carbono-14 recém-formado combina-se com o oxigênio do ar,
formando gás carbônico (CO2), que é absorvido pelas plantas e
posteriormente consumido pelos animais. Quando as plantas e animais
morrem, cessa a absorção do C-14, e sua quantidade vai diminuindo
gradualmente de acordo com a equação de desintegração descrita
abaixo:

14
6𝐶
0
−1𝛽 + 14
7N
Foco no conteúdo
Datação com carbono-14
Como a taxa de formação e desintegração de C-14 na atmosfera é
aproximadamente a mesma, a concentração desse isótopo na Terra e nos
organismos permanece constante, em torno de 10 partes por bilhão (10
ppb) – ou seja, a cada bilhão de átomos, existem 10 átomos de C-14.
Para o C-14, a meia-vida é de aproximadamente 5.730 anos. Isso significa
que, a cada 5.730 anos, a atividade desse isótopo é reduzida à metade.
Com essa técnica, pode-se saber a “idade” dos fósseis e de outros
materiais; veja alguns exemplos:
Foco no conteúdo
Datação com carbono-14
A idade de sarcófagos egípcios pode ser determinada
por meio da datação por C-14, assim como múmias e
objetos existentes nas tumbas e nos sarcófagos.

A técnica do C-14 também pode ser utilizada para


avaliação da idade de pinturas rupestres, vasos e
outros achados arqueológicos.
Na prática
Exercício de aplicação
O carbono-14 existe em todos os seres vivos, na proporção de 10 ppb
(partes por bilhão de carbono). Quando morrem, eles deixam de
incorporar átomos de carbono dos alimentos, e a quantidade de
radioisótopos começa a diminuir. O gráfico seguinte ilustra, de forma
aproximada, como acontece o decaimento do carbono-14 em função do
tempo:
A partir dessas informações, respondam:

Qual é a meia-vida do Carbono-14?


Na prática
Correção

Qual é a meia-vida do Carbono-14?

O tempo de meia-vida de um radioisótopo


corresponde ao tempo necessário para que
a amostra tenha sua massa reduzida à
metade. Portanto, de acordo com o gráfico,
o tempo de meia-vida do Carbono-14 é de
5.730 anos.
Aplicando
(ENEM-2017) A técnica do carbono-14 permite a datação de fósseis pela
medição dos valores de emissão beta desse isótopo presente no fóssil. Para
um ser em vida, o máximo são 15 emissões beta/(min.g). Após a morte, a
quantidade de carbono-14 se reduz pela metade a cada 5.730 anos.
A prova do carbono-14. Disponível em: http://notícias.terra.com.br. Acesso
em: 9 nov. 2013 (adaptado).
Considere que um fragmento fóssil de massa igual a 30g foi encontrado em
um sítio arqueológico, e a medição de radiação apresentou 6.750 emissões
beta por hora. A idade desse fóssil, em anos, é:
a) 450.
b) 1.433.
c) 11.460.
d) 17.190.
e) 27.000.
Aplicando Correção
De acordo com o enunciado, a radiação apresentou 6.750 emissões −10𝛽
por hora. Para calcular a quantidade de emissões −10𝛽 por minuto,
faremos:
6.750 emissões −10𝛽 60 min.
X emissões −10𝛽 1 min.

X = 6.750/60 = 112,5 emissões −10𝛽 por minuto.


∴ X = 112,5 emissões −10𝛽 por minuto.
Essa quantidade de emissões refere-se a 30g. Para determinar a
quantidade por 1g, faremos:

112,5 emissões −10𝛽 30g


X emissões −10𝛽 1g
X = 112,5/30 = 3,75 emissões 0
−1𝛽 por grama.
Aplicando Correção
Foram encontradas 3,75 emissões −10𝛽 por min.g. Sabendo que a meia-
vida do fóssil encontrado é de 5.730 anos, podemos determinar o tempo
necessário para que a quantidade de emissões decaia de 15 para 3,75.
Assim, temos:
5.730 5.730
15 7,5 3,75

Portanto, a idade desse fóssil é de: 5.730 + 5.730 = 11.460 anos.

Alternativa correta: letra c

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