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Arqueologia Bíblica

ARQUEOLOGIA BÍBLICA

As respostas aqui encontradas são meramente sugestivas. Busque sempre a


orientação do seu Instrutor de Especialidades e Classes.
 
 

1. DEFINIR ARQUEOLOGIA, DIFERENCIANDO-A DA PALEONTOLOGIA.

Resposta sugerida
A Arqueologia é o estudo das sociedades humanas antigas através dos vestígios
materiais encontrados pelos arqueólogos. Com a arqueologia, o ser humano
consegue aprender sobre a cultura e costumes dos seus antepassados.
A Paleontologia é uma ciência que estuda os animais e vegetais que viveram no
passado, através dos fósseis. A paleontologia busca informações nos fósseis, tais
como: idade do fóssil, condições de vida e morte do ser fossilizado,
características, influências ambientais, entre outras.
A Arqueologia se limita em procurar, identificar e estudar objetos feitos pelos
seres humanos na antiguidade, com o objetivo de aprender um pouco sobre os
costumes e tradições das sociedades primitivas. Já a Paleontologia estuda a
fauna e a flora fossilizada, com o objetivo de conhecer as variedades de espécies
de animais e plantas que habitavam a Terra há milhares ou milhões de anos.

2. DEFINA OS SEGUINTES TERMOS:

a) Papirólogo Resposta sugerida: É aquele que estuda os antigos papiros.


b) Egiptólogo Resposta sugerida: É um especialista em estudos sobre o Antigo
Egito.
c) Assiriólogo Resposta sugerida: É aquele que se dedica a assiriologia, ou é
especialista em coisas da Assíria e dos assírios. 
 d) Orientalista Resposta sugerida: É aquele que estuda as civilizações orientais
atuais ou históricas, especialmente do Oriente Médio e, em menor medida, do
Extremo Oriente. 
e) Escrita Cuneiforme Resposta sugerida:  A escrita cuneiforme foi criada pelos
sumérios, e sua definição pode ser dada como uma escrita que é produzida com o
auxílio de objetos em formato de cunha. É uma das mais antigas do mundo,
apareceu na mesma época dos hieroglifos, sendo criada por volta de 3500 a.C.
Inicialmente era uma escrita enigmática, porém com o passar do tempo se tornou
mais simples.
f) Hieróglifo Resposta sugerida: É um extinto modelo de escrita pictográfica,
utilizado principalmente pela antiga sociedade egípcia e por alguns grupos
indígenas americanos, como os maias e os astecas. 
g) Paleografia Resposta sugerida: É o estudo de textos manuscritos antigo e
medievais, independentemente da língua veicular do documento. 
h) Antiquário Resposta sugerida: É a pessoa que estuda coisas antigas.
i) Sítio arqueológico Resposta sugerida: É um local onde são encontrados
vestígios dos homens que viveram no passado. 
j) Estratigrafia Resposta sugerida: É o ramo da geologia que estuda os estratos ou
camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as
formaram. 
k) Tel, tell e Khirbet Resposta sugerida: É um tipo de sitio arqueológico na forma
de montículo de terra, resultante da acumulação provinda da erosão dos materiais
depositados pela ocupação humana por muito tempo. 
l) Réplica Resposta sugerida: É uma imitação ou copia feita a partir de uma obra
de arte.
3. Citar 10 ferramentas utilizadas por um arqueólogo numa escavação.
Resposta sugerida: Existem ferramentas específicas para cada etapa da
escavação, indo das mais potentes às mais delicadas. 
Colheres comuns de pedreiro, espátulas odontológica, pá, peneira de malha
vibratória, balde, pincéis, retroescavadeira ou escavadeira, brocas de solo,
enxadas, vassouras, carrinho de mão, fita métrica, metro, balança, ancinhos.

4. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS TÉCNICAS DE DATAÇÃO DE UM ARTEFATO


ARQUEOLÓGICO? EXPLIQUE-AS.

     Resposta sugerida: 

 Carbono 14: O método do carbono-14 usa o fato de que os organismos vivos,


como respiram o ar atmosférico, acabam entrando também nesse equilíbrio e
a concentração de carbono-14 na matéria viva é também estável. Porém,
quando um organismo morre, a troca com a atmosfera deixa de acontecer e o
equilíbrio é rompido: o carbono-14 começa a decair, mas não é reposto. Pode-
se dizer que foi acionado um relógio radioativo, pois a velocidade com que o
carbono-14 decai é bem conhecida. Em 5.730 anos, metade do carbono-14 já
decaiu em nitrogênio; em mais 5.730 anos, metade do que restou decai; e
assim por diante. Desta forma, se a concentração de carbono-14 em uma
amostra de osso é um quarto da esperada, pode-se dizer que o animal dono
daquele osso morreu há cerca de 15.460 anos. 

 Termoluminescência: Para se determinar a idade de objetos com mais de 50


mil anos ou cuja idade não tenha relação com compostos orgânicos (como
vasos de cerâmica), usam-se outros métodos. Uma técnica bem mais barata
que a do carbono-14 e que vem sendo cada vez mais usada no mundo todo é
a da termoluminescência (TL). Esse método mede os pequeninos defeitos que
aparecem no material de que é feita a amostra, decorrentes da radiação a que
ele está submetido: radiação cósmica, radiação do ambiente ao redor da
amostra ou do próprio material de que ela é feita. Quando a radiação reage
com a amostra, são liberados alguns elétrons das suas moléculas. Alguns
desses elétrons são aprisionados em defeitos no material da amostra.
Algumas moléculas, portanto, não recebem seus elétrons de volta e ficam
ionizadas (carregadas eletricamente). À medida que o tempo passa, mais e
mais elétrons vão ficando aprisionados. Quando a amostra é aquecida, a
energia térmica fornecida aos elétrons é suficiente para eles se libertarem e se
recombinarem com as moléculas ionizadas, restituindo a situação original.
Nesse processo de recombinação, é emitida energia luminosa, que constitui a
termoluminescência. O que se faz no laboratório é aquecer a amostra até que
a termoluminescência seja liberada. A intensidade da termoluminescência
indica o tempo transcorrido desde a última vez em que a amostra sofreu
aquecimento. No caso de uma cerâmica, ela era aquecida durante sua
fabricação, para a lapidação ficar mais fácil. Assim, a intensidade da
termoluminescência fornece o tempo transcorrido desde que ela foi aquecida
pela última vez. Com isso, pode-se datar objetos de até 1 milhão de anos, com
precisão de até 10%.
 Luminescência opticamente estimulada, EPR e aminoácidos: O grupo da UFS
usou a termoluminescência para datar objetos cerâmicos, mas não as
ossadas, pois o método exige que se aqueça o material a até 400 graus, o que
destruiria os ossos. Um método semelhante, mas menos destrutivo, é a
luminescência opticamente estimulada (LOE ou OSL). Assim como na
termoluminescência, nesse método provoca-se a libertação dos mesmos
elétrons presos nos defeitos do material, que haviam sido retirados de suas
moléculas pela radiação ambiente. A diferença é que nesse caso a libertação
não é provocada pelo aquecimento, mas pela exposição à luz. No Brasil, esse
método é usado no Laboratório de Vidros e Datação, na Faculdade de
Tecnologia de São Paulo, pelo grupo de Sônia Tatumi, que também usa a
termoluminescência. Outro método não-destrutivo é a ressonância
paramagnética nuclear (EPR), também chamada ressonância de spin
eletrônico (ESR). Apesar de ser menos sensível que a termoluminescência,
ele permite a determinação do número de elétrons aprisionados sem precisar
libertá-los, como acontece na termoluminescência e na LOE. O método
aproveita o fato de que os elétrons aprisionados possuírem um campo
magnético ao seu redor. O que é medido é a quantidade desses campos.
Permite uma precisão de 10% e a datação de objetos entre 1000 a 1 milhão
de anos. No ano passado, pesquisadores da Universidade de São Paulo e da
Fundação Museu do Homem Americano, no Piauí, publicaram na revista
Journal of Archaeological Science resultados com estudos com EPR e
termoluminescência sobre formação de calcita em pinturas rupestres no
Parque da Capivara, no Piauí. Os estudos com EPR foram feitos por Oswaldo
Baffa Filho, na USP de Ribeirão Preto. Os resultados indicam que a ocupação
humana se deu antes de 35 mil anos atrás, em contradição com as teorias
atuais sobre a ocupação do continente americano, que teria começado há
apenas 12 mil anos. Uma datação posterior com carbono-14, feita pelos
Marvin Rowe e Karen Steelman, entretanto, indicou uma idade de no máximo
3800 anos. A datação foi publicada na mesma revista em 2003 e foi feita em
oxalato de cálcio, uma substância que encontraram na calcita sobre as
pinturas rupestres. Os autores dizem que, até que essa controvérsia seja
resolvida, as medidas com EPR e termoluminescência não podem ser
consideradas conclusivas. Na técnica da racemização de aminoácidos, é
analisada a proporção entre aminoácidos dextrógiros e levógiros. Os
aminoácidos são moléculas complexas que constituem as proteínas. Em geral,
para cada aminoácido, existem duas versões quase idênticas – a não ser por
uma ser a imagem no espelho da outra. Diz-se que são “isômeros ópticos”.
Um grupo é chamado dextrógiro e o outro levógiro. Ocorre que, nos
organismos vivos, apenas aminoácidos dextrógiros aparecem. Entretanto,
depois que o organismo morre, reações químicas vão transformando parte dos
aminoácidos dextrógiros em levógiros, até chegar a um equilíbrio. Observando
a quantidade de aminoácidos levógiros em um fóssil permite inferir há quanto
tempo o organismo morreu.
 Outros: Novos métodos continuam sendo criados. Recentemente,
pesquisadores de Israel descobriram uma nova maneira de datar objetos de
chumbo, um material muito usado na Antigüidade para fazer pesos,
revestimentos, tubos etc. O método, publicado em 28 de julho na revista
britânico-alemã New Journal of Physics, consiste na determinação da
espessura da camada corrosiva que se desenvolve lentamente sobre o
chumbo – quanto maior a idade, maior a espessura. Os cientistas usaram a
nova técnica para datar objetos de 750 a 2500 anos encontrados no sítio de
Tel-Dor, na costa de Israel, também conhecido pelos seus nomes árabes
Tantura ou Khirbet el-Burq. Segundo os cientistas, é o primeiro método que
permite a datação direta de artefatos de chumbo. Muitas vezes diferentes
métodos se complementam. Segundo Sônia Tatumi, da Fatec, é importante
usar vários métodos para datar o mesmo objeto. O carbono-14 e a
termoluminescência, por exemplo, “são métodos em que a teoria física é
completamente diferente”, explica a pesquisadora. “Se você tem uma idade
que bate com os dois métodos, você tem certeza de que esse é o valor.”
5. CITAR 3 BENEFÍCIOS QUE A ARQUEOLOGIA BÍBLICA PODE TRAZER AO
ESTUDANTE DA BÍBLIA.

Resposta sugerida: 
          1. Confirmar a crença que os escritos bíblicos são exatos, conforme foram
copiados através dos séculos. 
          2. Ensinam a respeitar os costumes dos tempos bíblicos.
          3. Identificam nomes e doutrinas citadas na Bíblia.
          4. Ajudam a entender passagens biblicas.
          5. Demonstra a falsidade de algumas teorias críticas de interpretação
biblica.
       6. Ajuda a restabelecer a precisão do grego e hebraico originais e a mostrar
que o texto biblico tem sido transmitido com um alto grau de precisão.

6. REDIGIR UM RELATÓRIO SOBRE A HISTÓRIA DA ARQUEOLOGIA COM,


PELO MENOS, 2 PÁGINAS.

Resposta sugerida: 
 Segue links que podem auxiliar na elaboração desse relatório:
           http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252013000200010&script=sci_arttext
           http://ciencia.hsw.uol.com.br/arqueologia1.htm
           http://www.infoescola.com/ciencias/arqueologia/
           http://www.usp.br/revistausp/44/02-erika.pdf

7. REDIGIR UMA BIOGRAFIA DE, PELO MENOS, 1 PÁGINA SOBRE:

a) Jean-François Champollion
Resposta sugerida: Segue links que podem auxiliar na elaboração dessa
biografia: 
          http://www.infopedia.pt/$jean-francois-champollion
          http://educacao.uol.com.br/biografias/jean-francois-champollion.htm
          http://www.fascinioegito.sh06.com/champoll.htm
          
b) Edward Robinson
        Resposta sugerida: Segue links que podem auxiliar na elaboração dessa
biografia: 
          https://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Robinson_(acad%C3%AAmico)
          
c) William Foxwell Albright
        Resposta sugerida: Segue links que podem auxiliar na elaboração dessa
biografia: 
          https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Foxwell_Albright
          http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/WilliFox.html
          http://mb-soft.com/believe/ttwm/bibarcha.htm

8. O QUE É MAXIMALISMO E MINIMALISMO?

       Resposta sugerida:  Maximalismo e minimalismo são rótulos cunhados para


diferenciar dois tipos de abordagem sobre a confiabilidade histórica da Bíblia.
Maximalistas supõem que a Bíblia é, até certo ponto, um registro confiável da
história da formação de Israel. Minimalistas defendem que a narrativa bíblica do
Antigo Testamento deve ser lida como ficção, a menos que possa ser confirmada
arqueologicamente.   

9. MONTAR E MANTER UMA PASTA COM 10 DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS


QUE COLABORAM A HISTÓRIA BÍBLICA TANTO DO ANTIGO COMO DO NOVO
TESTAMENTO. A PASTA DEVERÁ TER AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:

a) Dados em ordem cronológica ou geográfica


   b) Organizados por Antigo e Novo Testamento
   c) Fotos
   d) Textos
   e) Fontes bibliográficas
   f) Comentário pessoal sobre cada artefato ou descoberta
      Resposta sugerida:  Recomenda-se que este requisito seja respondido junto
ao instrutor ou conselheiro. Segue alguns links para auxiliar o trabalho: 
      http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Dez_Mais.html
      http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2015/03/arqueologia-biblica-as-
dez-maiores.html
      https://www.youtube.com/watch?v=YfwM56F4TpY
      https://www.youtube.com/watch?v=JU2teDhVHjA
    http://www.cafetorah.com/portal/10-maiores-descobertas-da-arqueologia-
biblica-em-Israel

10. LISTAR 5 ESCAVAÇÕES EM ANDAMENTO HOJE, AO REDOR DO MUNDO,


QUE SEJAM RELEVANTES PARA A COMPREENSÃO DO TEXTO BÍBLICO.
EXPLICAR PORQUE CADA ESCAVAÇÃO É RELEVANTE PARA A
COMPREENSÃO DO TEXTO BÍBLICO.

Resposta sugerida: 

 Escavações na cidade bíblica de Hazor – Há muito tempo se fazem


escavações na cidade da alta Galiléia, localizada na estrada que vai do lago
de Tiberíates até às fontes do Rio Jordão. A novidade é que há pouco tempo
foi aberto a visita ao palácio real, que foi descoberto nas escavações durante
os anos 1990 a 2003, feitas pelas universidades de Jerusalém e de Madrid.
Hazor aparece na Bíblia quando se fala da expedição militar feita pelo
sucessor de Moisés no norte do país (Josúe 11,1-10): Quando Jabim, rei de
Hazor, ouviu isso, enviou mensageiros a Jobabe, rei de Madom, e ao rei de
Sinrom, e ao rei de Acsafe, e aos reis que estavam ao norte, na região
montanhosa, na Arabá ao sul de Quinerote, na baixada, e nos planaltos de
Dor ao ocidente; ao cananeu do oriente e do ocidente, ao amorreu, ao heteu,
ao perizeu, ao jebuseu na região montanhosa, e ao heveu ao pé de Hermom
na terra de Mizpá. Saíram pois eles, com todos os seus exércitos, muito povo,
em multidão como a areia que está na praia do mar, e muitíssimos cavalos e
carros. Todos esses reis, reunindo-se, vieram e juntos se acamparam às
águas de Merom, para pelejarem contra Israel. Disse o Senhor a Josué: Não
os temas, pois amanhã a esta hora eu os entregarei todos mortos diante de
Israel. Os seus cavalos jarretarás, e os seus carros queimarás a fogo. Josué,
pois, com toda a gente de guerra, sobreveio-lhes de repente às águas de
Merom, e deu sobre eles. E o Senhor os entregou na mão dos israelitas, que
os feriram e os perseguiram até a grande Sidom, e até Misrefote-Maim, e até o
vale de Mizpe ao oriente; e feriram-nos até não lhes deixar nem sequer um.
Fez-lhes Josué como o Senhor lhe dissera: os seus cavalos jarretou, e os
seus carros queimou a fogo. Naquele tempo Josué voltou e tomou também a
Hazor, e feriu à espada ao seu rei, porquanto Hazor dantes era a cabeça de
todos estes reinos. E passaram ao fio da espada a todos os que nela havia,
destruindo-os totalmente; nada restou do que tinha fôlego; e a Hazor ele
queimou a fogo. O palácio do rei de Hazor, que foi contruído entre 1.500 e
1.200 antes de Cristo, tem no centro uma plataforma, provavelmente para o
uso do culto. As parades são feitas de tijolos cozidos ao sol e algumas partes
são decoradas com basalto. Foram encontradas algumas estátuas de bronze
e pedra. Porém a expectativa maior é aquela de encontrar os arquivos reais,
que sempre foram encontrados nos lugares como esse. Infelizmente até agora
não foram encontrados, exceto pequenos fragmentos de escritos em argila,
com escritura cuneiforme, com textos em língua acádica. Um desses escritos
é dirigida a “Ibni Adu, rei de Hazor”. As pesquisas mostram que o palácio foi
destruído por um grande incêndio, que segundo os arqueólogos pode ter sido
aquele contado na Bíblia. Um dos argumentos mais discutidos nestes tempos,
no campo da história e arqueologia bíblica, é exatamente o da origem de
Israel. Com as escavações dos “tell” (colinas, ruínas de cidades antigas) mais
importantes da Palestina, como o de Hazor, existe a esperança de poder
esclarecer como se deu a conquista das cidades cananéias por parte dos
hebreus e determinar a extensão da conquista que os textos bíblicos dizem
que foram dados como herança às várias tribos de Israel. Hazor foi dada à
tribo de Neftali.
 Cidade Velha de Jerusalém – Arqueólogos israelenses descobriram uma
marca do selo do rei bíblico Ezequias, que ajudou a transformar Jerusalém em
uma metrópole na antiguidade. A inscrição circular em uma peça de argila de
menos de um centímetro de comprimento pode muito bem ter sido feita pelo
próprio rei, disse Eilat Mazar, da Universidade Hebraica de Jerusalém, que
dirigiu a escavação onde a peça foi encontrada. Ezequias reinou
aproximadamente no ano 700 a.C. e foi descrito na Bíblia como um monarca
ousado, “de modo que não houve ninguém semelhante a ele, entre todos os
reis de Judá, nem antes nem depois dele” (2Rs 18:5), e que se dedicou a
eliminar a idolatria em seu reino. “Essa é a primeira vez que a impressão de
um selo de um rei israelita ou da Judeia veio à luz em uma escavação
arqueológica científica”, afirmou Mazar. A impressão na argila, conhecida
como bula, foi descoberta junto ao pé da parte sul de um muro que cerca a
Cidade Velha de Jerusalém, uma região rica em relíquias do período do
primeiro dos dois templos judeus antigos. O artefato estava enterrado em uma
área de descarte de dejetos que remonta aos tempos de Ezequias, e
provavelmente foi atirado de um edifício real adjacente, segundo Mazar,
contendo escritos em hebraico antigo e o símbolo de um sol com duas asas. A
bula foi catalogada inicialmente e armazenada, juntamente com 33 outras,
após uma primeira inspeção que não conseguiu detectar sua verdadeira
identidade. Só cinco anos mais tarde, quando um membro da equipe a
examinou sob uma lupa e discerniu pontos entre algumas letras, é que seu
significado ficou claro. Os pontos ajudam a separar as palavras “Pertencente a
Ezequias (filho de) Acaz, rei de Judá”. Mazar afirmou que a parte de trás da
impressão na argila tem sinais de barbantes finos usados para amarrar
papiros. “Sempre surge a pergunta ‘quais são os fatos reais por trás das
histórias bíblicas?’”, disse. “Aqui temos a chance de chegar tão perto quanto
possível da própria pessoa, do próprio rei.”
 Escavações na cidade de Beit Shemesh – Foi destaque na semana
passada [outra] descoberta arqueológica na cidade de Beit Shemesh (ou Bete-
Semes, em português). Citada pela primeira vez no livro de Josué, o lugar
ficou mais conhecido por ser parte do Vale de Soreque, onde viveu Sansão.
Um menino de oito anos, chamado Itai Halpern [foto], fazia uma caminhada
com sua família no sítio arqueológico (Tel) quando encontrou a cabeça de
uma estatueta de Astarote (ou Aserá), divindade pagã dos cananeus. Nesse
mesmo Tel, em 2012, foi descoberto o chamado “selo de Sansão”. Com
menos de uma polegada de diâmetro, retrata um homem com cabelo comprido
lutando contra uma figura felina. Especialistas acreditam que é uma
representação da história bíblica de Juízes 14. A confirmação de que o achado
do jovem Itai realmente é a cabeça da deusa foi feita pela Autoridade de
Antiguidades de Israel. Embora não seja a primeira do tipo, mostra que essas
pequenas figuras de mulher eram muito comuns nas casas dos moradores do
reino de Judá durante a época do Primeiro Templo. Curiosamente, essa não é
a primeira descoberta arqueológica importante feita por uma criança neste
ano. Dois meses atrás, o russo Matvei Tcepliaev, de 10 anos, achou um raro
sinete de três mil anos de idade, em Jerusalém. O culto a Aserá, conhecida
por ser filha de Baal, foi condenado pelos profetas bíblicos repetidas vezes.
Ela é chamada de “deusa dos Sidônios” (1Rs 11:5) e geralmente era
representada com seios grandes ou múltiplos, o que a associava à ideia de
fertilidade. No livro de 1 Samuel, Bete-Semes é mencionada como a cidade
para onde os filisteus levaram a “arca da aliança”, capturada por eles após
uma batalha. O achado arqueológico do menino apenas confirma outras
descobertas sobre a vida no território do antigo reino de Judá na época
imediatamente anterior ao período do Primeiro Templo, chamada de “Idade do
Ferro” pelos estudiosos. Alon De Groot, um especialista, afirmou ao Jerusalém
Post que “figuras como essa, com forma de mulheres nuas que representam a
fertilidade, eram comuns nas casas dos moradores da Judeia no século 8 a.C.
Possivelmente, até a destruição do reino pelos babilônios nos dias de
Zedequias (em 586 a.C.)”. Segundo a história, o rei assírio Senaqueribe
invadiu e saqueou Bete-Semes no ano 701 a.C., e sua destruição foi concluída
em 86 a.C. pelo rei babilônico Nabucodonosor.
 Escavações na Jordânia – A velha briga para determinar o que é fato e o
que é lenda nos textos bíblicos acaba de passar por mais uma reviravolta – e
quem saiu ganhando foi o glorioso reino de Salomão, filho de Davi, que teria
governado os israelitas há 3.000 anos. Escavações na Jordânia sugerem que
a extração de cobre em escala industrial no antigo reino de Edom – região
que, segundo a Bíblia, teria sido vassala dos reis de Israel – coincide, em seu
auge, com a época do filho de Davi. Em outras palavras: as célebres “minas
do rei Salomão” podem ter existido do outro lado do rio Jordão. A pesquisa,
coordenada pelo arqueólogo Thomas E. Levy, da Universidade da Califórnia
em San Diego, está na edição desta semana da prestigiosa revista científica
americana PNAS, e bate de frente com os que duvidam da existência de uma
monarquia poderosa em Jerusalém durante o século 10 a.C. Segundo esses
pesquisadores, como Israel Finkelstein [ele é um arqueólogo ateu, figura
sempre presente nas páginas da Superinteressante e da Galileu], da
Universidade de Tel Aviv, tanto a região de Jerusalém quanto a área de Edom,
onde as minas foram encontradas, eram habitadas por uns poucos aldeões e
pastores nômades nessa época. O surgimento de reinos politicamente bem
organizados e capazes de empreendimentos de larga escala só teria sido
possível por ali cerca de 200 anosdepois.Levy discorda. “O que nós
mostramos de forma definitiva é a produção de metal em larga escala e a
presença de sociedades complexas, que podemos chamar de reino ou Estado
arcaico, nos séculos 10 a.C. e 9 a.C. em Edom. Trabalhos anteriores
afirmavam que o que a Bíblia dizia a respeito disso era um mito. Nossos dados
simplesmente mostram que a história de Edom no começo da Idade do Ferro
precisa ser reinvestigada usando ferramentas científicas”, declarou o
arqueólogo ao G1. A região escavada por Levy e seus colegas na Jordânia é
uma velha suspeita de ter abrigado as famosas minas salomônicas. Nos anos
1940, o arqueólogo americano Nelson Glueck já tinha defendido a idéia. No
entanto, foi só com as escavações em larga escala no sítio de Khirbat en-
Nahas (em árabe, “as ruínas de cobre”), ao sul do Mar Morto, que o tamanho
da atividade mineradora ali ficou claro. Estima-se que, só em sobras da
extração do minério, existam no local entre 50 mil e 60 mil toneladas de
detritos. Numa escavação iniciada em 2006, Levy e seus colegas desceram
pouco mais de 6 m e montaram um quadro em alta resolução da história de
Khirbat en-Nahas. A ocupação começa com uma estrutura retangular de
pedra, com protuberâncias ou “chifres”. “Pode ter sido um altar”, conta o
arqueólogo – esses “chifres” eram usados como plataforma para besuntar o
sangue dos animais sacrificados na antiga Palestina. Acima dessa estrutura,
ao menos duas grandes fases de extração de cobre estão documentadas, com
paredes de pedra que serviam como instalação industrial. Uma das formas de
datar a atividade mineradora é a presença de artefatos egípcios – um
escaravelho e um colar – que aparentemente datam da época dos faraós
Siamun e Shesonq (chamado de Sisac na Bíblia) – o século 10 a.C. Mas os
pesquisadores também usaram o método do carbono 14 para estimar
diretamente a idade de restos de madeira usados para derreter o minério e
extrair o cobre. O veredicto? O mais provável é que a atividade industrial na
área tenha começado em 950 a.C., data equivalente ao auge do reinado de
Salomão, e terminado em torno de 840 a.C. E não é só isso: escavações
numa fortaleza próxima também sugerem uma construção na era salomônica,
durante o século 10 a.C. Segundo o relato bíblico, Salomão usou vastas
quantidades de bronze (cuja matéria-prima, ao lado do estanho, era o cobre)
na construção do templo de Jerusalém. Também teria continuado o domínio
estabelecido por seu pai Davi sobre Edom e financiado uma frota de navios
mercantes que saíam do litoral edomita em busca de produtos de luxo. Levy
diz que os dados obtidos em Khirbat en-Nahas são compatíveis com o quadro
do Antigo Testamento, mas mostra cautela. “Se as atividades lá podem ser
atribuídas ao controle da produção de metal pela Monarquia Unida israelita,
pelos edomitas ou por uma combinação de ambos, ou até por um outro grupo,
é algo que nossa equipe na Jordânia ainda está investigando”, ressalta ele. A
pedido do G1, o arqueólogo Israel Finkelstein comentou o estudo na PNAS e
fez pesadas críticas [o que se podia esperar dele?]. Para começar, Finkelstein
não reconhece a região de Khirbat en-Nahas como parte do antigo reino de
Edom, porque o sítio fica nas terras baixas jordanianas, e não no planalto do
além-Jordão. “Na época em que Nahas está ativa, não há um único sítio
arqueológico no platô de Edom, que só passa a ser ocupado nos séculos 8
a.C. e 7 a.C.”, diz o pesquisador israelense. “A mineração em Nahas não tem
a ver com o povoamento de Edom, mas com o do vale de Bersabéia [parte do
reino israelita de Judá], que fica a oeste, ao longo das estradas pelas quais o
cobre era transportado até o Mediterrâneo”, afirma. Finkelstein também critica
o fato de Levy e seus colegas teram usado os rejeitos de mineração como
base para sua estratigrafia, ou seja, as camadas que ajudam a datar o sítio
arqueológico, porque eles formariam estratos naturalmente “bagunçados” de
terra. E afirma que a fortaleza estudada pelos pesquisadores também é
posterior ao século 10 a.C. “Aceitar literalmente a descrição bíblica do rei
Salomão equivale a ignorar dois séculos de pesquisa bíblica. Embora possa
existir algum fundo histórico nesse material, grande parte dele reflete a
ideologia e a teologia da época em que saiu da tradição oral e foi escrito, por
volta dos séculos 8 a.C. e 7 a.C. Os dados de Nahas são importantes, mas
não vejo ligação entre eles e o material bíblico sobre Salomão”, arremata
Finkelstein. [Não vê ou não quer ver?] Levy preferiu não responder
diretamente as críticas do israelense, embora um artigo anterior de sua lavra
aponte que, ao contrário do que diz Finkelstein, há ligação cultural entre os
habitantes das terras baixas e os edomitas do planalto. “Suponho que, toda
vez que há uma interface entre textos sagrados e dados arqueológicos, é
natural que o debate se torne emocional”, diz ele. [Bingo!]
 Escavações em Axum (Etiópia) – Arqueólogos alemães encontraram os
restos do palácio da lendária rainha de Sabá na localidade de Axum, na
Etiópia, e revelaram assim um dos maiores mistérios da Antigüidade, segundo
anunciou a Universidade de Hamburgo. “Um grupo de cientistas sob direção
do professor Helmut Ziegert encontrou durante uma pesquisa de campo
realizada nesta primavera européia o palácio da rainha de Sabá, datado do
século X antes de nossa era, em Axum-Dungur”, destaca o comunicado da
universidade. A nota diz que “nesse palácio pode ter ficado durante um tempo
a Arca da Aliança”, onde, segundo fontes históricas e religiosas, foram
guardadas as tábuas com os Dez Mandamentos, que Moisés recebeu de Deus
no Monte Sinai. Os restos da casa da rainha de Sabá foram achados sob o
palácio de um rei cristão. “As investigações revelaram que o primeiro palácio
da rainha de Sabá foi transferido pouco após sua construção, e levantado de
novo orientado para a estrela Sirius”, dizem os cientistas. Os arqueólogos
acreditam que Menelik I, rei da Etiópia e filho da rainha de Sabá e do rei
Salomão, foi quem mandou construir o palácio em seu lugar definitivo. Os
arqueólogos alemães disseram que havia um altar no palácio, onde
provavelmente ficou a Arca da Aliança, que, segundo a tradição, era um cofre
de madeira de acácia recoberto de ouro. As várias oferendas que os cientistas
alemães encontraram no lugar onde provavelmente ficava o altar foram
interpretadas pelos pesquisadores como um claro sinal de que a relevância
especial do lugar foi transmitida ao longo dos séculos. A equipe do professor
Ziegert estuda desde 1999, em Axum, a história do início do reino da Etiópia e
da Igreja Ortodoxa Etíope. “Os resultados atuais indicam que, com a Arca da
Aliança e o judaísmo, chegou à Etiópia o culto a Sothis, que foi mantido até o
século VI de nossa era”, afirmam os arqueólogos. O culto, relacionado à deusa
egípcia Sopdet e à estrela Sirius, trazia a mensagem de que “todos os
edifícios de culto fossem orientados para o nascimento da constelação”,
explica a nota. O comunicado também diz que “os restos achados de
sacrifícios de vacas também são uma característica” do culto a Sirius praticado
pelos descendentes da rainha de Sabá. Nota do pastor Sérgio Santeli: A
arqueologia vem confirmando cada vez mais a historicidade do texto bíblico, o
que demonstra que a fé dos cristãos está baseada em fatos históricos. A
matéria acima fez uma ligação da descoberta arqueológica com uma lenda
antiga que afirma que a rainha de Sabá e Salomão tiveram um filho, e que
Salomão teria mandado a Arca do Concerto para a Etiópia ficando com uma
réplica em Jerusalém – o que, de fato, é pura lenda. Quanto à afirmação de
que Salomão fosse adorador da estrela Sírius, pode até ser verdade, uma vez
que o rei apostatou durante uma parte da vida e seguiu “deuses estrangeiros”
(1Rs 11:1-8).

11. MONTAR UMA MAQUETE SIMPLES DE JERUSALÉM OBSERVANDO O


SEGUINTE:

a) Relevo
b) Os diferentes perímetros da cidade nas épocas do 1º templo (Davi e Salomão),
2º templo (Herodes e Jesus Cristo) e a Jerusalém atual.
c) Os principais sítios arqueológicos
d) Os principais pontos de visitação religiosa
Resposta sugerida:  Recomenda-se que este requisito seja respondido junto ao
instrutor ou conselheiro. Segue alguns links para auxiliar o trabalho:
https://www.youtube.com/watch?v=fSxaQrvyfl8
http://genesistoursblog.com/a-maquete-de-jerusalem/
http://www.holyland-pilgrimage.org/pt-pt/o-parque-arqueol%C3%B3gico-de-
jerusal%C3%A9m

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