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República de Angola
Governo Provincial do Huambo
Ministério da Educação, Ciência, Tecnologia
e inovação
RESUMO:
O átomo é a unidade básica de construção da matéria. Sua estrutura possui um núcleo, onde
ficam prótons e nêutrons, e uma ampla região em torno dele, constituída por elétrons.
Evolução
dos modelos atômicos, que são teorias que tentam explicar o funcionamento da matéria.
A construção do conceito de átomo pode ser verificada analisando a evolução dos modelos
atômicos, os quais foram consequências de resultados experimentais. O primeiro deles, o
modelo de Dalton, assumia o átomo com uma esfera indivisível. Na sequência, foram sendo
descobertas as partículas subatômicas e os níveis de energia, até que se chegasse à avançada
interpretação quântica de Schrödinger para as regiões da eletrosfera.
INTRODUÇÃO
A ciência é uma palavra de origem latina «sienita » que significa ‘’ conhecimento’’. Desta feita as
principais ciências da natureza são; Física, Química, Geologia, Ecologia, Biologia, etc. Nós
teremos como centro de nossas atenções a QUÍMICA.
Não obstante, a ‘’QUÍMICA’’ é a ciência que estuda a matéria, sua estrutura, propriedades,
transformação da mesma e a energia envolvida nestas transformações.
A Química é uma das ciências mas antigas da natureza que estuda a matéria. Desta feita, a
natureza constitui para o homem um mistério fascinante e cheio de interesse. Devido a sua
memória, vontade, e inteligência, o homem tem demostrado ao longo da sua história sobre a
terra, uma enorme capacidade de progresso, conseguindo assim melhorar as suas condições
de vida e de sobrevivência. Várias são as ocorrências de fenómenos naturais que são descritos
e explícitos através das leis da física. Estes fenómenos que ocorrem na natureza são
designados por transformações. Existem dois tipos de transformações, que são;
transformações físicas e transformações químicas.
Transformação física é aquela que ocorre sem a alteração das propriedades e características
iniciais da matéria. Ex; quando aquecemos o gelo, há um momento em que ele funde e passa
para o estado líquido, neste caso a água passa apenas de um estado para o outro, mas as suas
propriedades continuam intactas.
Substâncias e misturas
uma SUBSTÂNCIA é uma forma de matéria que tem uma composição definida ( proporções
constantes) e propriedades e características. Ex; a água, o etanol, o sódio, o ferro. As
substâncias diferem-se uma das outras quanto a sua composição, e podem ser identificadas
pelo aspectos, color, odor, sabor e outras propriedades. Existem dois grandes grupos de
substâncias que são; substâncias simples e substâncias compostas.
Substâncias compostas; é toda aquela substância que está constituída por mais de um átomo
de elementos diferentes. Um compostos é formado por mais de um elemento que interagem
entre si. Estas substâncias podem ser separadas em substâncias mais simples através de
processos químicos. Ex; 𝐻2 𝑂2 ; 𝑁𝑎𝐶𝑙 ; 𝐶𝑂2 …
Uma mistura, é uma combinação de duas ou mais substâncias em que estas conservam as
suas identidades características. Existem dois tipos de misturas, as mesmas são; misturas
homogêneas e misturas heterogêneas. Mas pode ainda se falar de Misturas Coloidais que nem
são homogêneas e nem heterogêneas.
Misturas homogêneas são aquelas em que a mesma apresenta apenas uma fase, quer dizer,
após as substâncias reagirem, a mistura mostra apenas uma só fase . Ex; a água + açúcar /
água + sal… após estas misturas, a olhos nus, nota – se que no recipiente só existe um
reagente.
Misturas heterogêneas ; são aquelas em que apresentam mais de uma fase ou reagentes.
Geralmente depois da agitação dos reagentes, nota-se que há mais de uma fase ou reagente.
Ex; água + óleo / água + área.
Decantação: Esta técnica é aplicada a misturas entre um a) b)líquido e um sólido ou entre dois
líquidos imiscíveis (que não são solúveis um no outro). Nas estações de tratamento da água,
esta é uma das técnicas utilizadas para separar a água de areia e outros materiais orgânicos.
No laboratório, pode ser utilizado um funil de decantação para separar uma mistura de óleo e
água, a água mais densa fi ca na parte inferior do funil fi gura 4.8).
Destilação simples: Este processo serve para separar misturas homogêneas (soluções sólido-
líquido e líquido-líquido).
Matéria: é tudo aquilo que existe na natureza (tem peso e ocupa espaço). Toda matéria é
constituída por partículas muito pequenas designadas por átomos.
Em Química, para realizar qualquer experimento, além dos conceitos básicos de matéria e
energia, também é necessário conhecer algumas unidades de medida. A medida de uma
grandeza é um número que expressa uma quantidade, comparada com um padrão previamente
estabelecido.
desse corpo com outra massa conhecida, um padrão. Para esta determinação usa-se um
aparelho chamado balança.
ESTRUTURA ATÓMICA
O átomo é uma palavra de origem Grega, « a + tomos» onde a = ausência e tomos =
divisão, significando indivisível. Átomo é a unidade básica e estrutural da matéria.
Thompson foi o cientista que, em 1897, descobriu o electro. Assim a partir daquela
altura houve necessidade de se criar um novo modelo atómico.
Então em 1904, Thompson propôs um novo modelo de átomo,
no qual consiste em: uma esfera maciça de carga positiva,
distribuída uniformemente, estando os eletrões dispersos no
seu interior em números adequado de modo a tornarem o
átomo neutro.
Modelo de Rutherford
3º fornecendo energia a um electro, ele poderá saltar de uma orbita mais energética
(se emitir, então este retornará a sua orbita ou numa orbita menos energética)
4º . os eletrões podem saltar de uma órbita mais externa para a, mas interna,
emitindo energia.
Este modelo propõe que cada orbita possui um valor de energia constante, que quanto
mais afastado estiver do núcleo, maior será a quantidade de energia. Deixou-se de
utilizar este modelo por uma simples razão «órbita» que significa indicar a posição do
átomo com exatidão e precisão, quando é muito difícil indicar a posição do electro,
devido a velocidade que ele se movimenta.
𝝊– Frequência da onda em Hz
CONSTITUIÇÃO DO ÁTOMO
O átomo está constituído por três partículas elementares (partículas subatómicas), que
são; Prótons (carregadas positivamente +), Elétrons (carregadas negativamente -) e os
Nêutrons (sem nenhuma carga).
Eletrão é uma partícula subatómica com carga elétrica negativa de símbolo e-,
descoberta por Thompson em 1897. – Protões: é uma partícula subatómica carregada
positivamente, confirmada por Rutherford em 1914 e de símbolo P. o neutrão é uma
partícula sem qualquer carga descoberta em 1932 por Chadwick e com o símbolo n.
Onde:
p - indica o número
de protões;
A=Z+N
SEMELHANÇAS ATÓMICAS
- ISÓTOPOS
- ISÓBAROS
- ISÓTONOS
- ISOELETRÔNICOS
Valores de L Subníveis
0 S
1 P
2 D
3 F
Distribuição Electrónica
A distribuição eletrónica de um átomo, é a forma ou o modo como os seus eletrões
encontram-se distribuídos pelas diferentes camadas ou níveis e subcamada ou
subníveis. De forma geral a distribuição eletrónica pode ser abreviadamente
representada por uma notação, da forma que se segue;
Ex1:. Z = 20; para fazer a distribuição eletrónica do Ca (Cálcio) cujo número atómico (Z)
= 20, segue se a regra da diagonal, isto é, de cima para baixo. Logo:
A forma dos orbitais é obtida por equações matemáticas que dependem do valor de Ψ,
e cujas resoluções estão além do objetivo des-x te livro. No momento, o importante é
conhecer as diversas formas destes orbitais e suas orientações no espaço. Cabe ainda
ressaltar que a y densidade eletrônica não é a mesma em todo o orbital. A
probabilidade 2s de se encontrar um elétron é maior na região do orbital mais próximo
Figura 2.15 – a. Orbital 1s. b. Orbital 2s. do núcleo e diminui à medida que a extensão
orbital se distancia do núcleo. Os orbitais podem ainda se interpenetrar uns nos outros.
Orbital do tipo S
Os orbitais do subnível possuem forma esférica (fi g. 2.15), tendo no centro o núcleo
do átomo. Seu tamanho varia de acordo com o valor do número quântico principal.
Quanto maior o valor de n, maior será o orbital s. O mesmo vale para todos os tipos de
orbitais.
Orbital do tipo p
Estes orbitais apresentam um plano nodal, ou seja, um plano imaginário que passa
através do núcleo e divide a região de densidade eletrônica ao meio. O número de
planos nodais é igual ao valor de número quântico secundário . A probabilidade de se
encontrar um elétron na superfície do plano nodal é zero. O subnível apresenta três
orbitais do tipo p com mesma energia e forma de um “alteres”. Cada orbital está
direcionado no espaço em relação a um dos eixos cartesianos e são muitas vezes
denominados de px, py e pz (Fig. 2.16).
Orbital do tipo d
Orbital do tipo F
O subnível f possui sete orbitais, sendo que cada um apresenta três planos nodais ( =
3), o que equivale dizer que cada orbital possui oito regiões de densidade eletrônica
(figura 2.18).
TABELA PERIÓDICA
Do estudo da química que se fez dos anos anteriores, sabe-se já, que os elementos se
dispõem na tabela periódica agrupados de acordo com as suas propriedades. Foi a
partir do conhecimento das propriedades dos elementos e das suas semelhanças bem
como as suas diferenças, que os químicos e físicos no fim do século XIX e no princípio
do século XX, chegaram a conclusão, de que as propriedades dos elementos são os
espelhos das suas estruturas.
E os grupos: IIIA, IVA, VA, VIA, VIIA, e os gases nobres ou raros( VIIIA) pertencem ao
bloco P. pós todos estes grupos fazem parte dos elementos representativos.
obs.: nas famílias ‘’A’’, o número da família (grupo) indica a quantidade de eletrões na
camada de valência.
Elementos de transição interna: São aqueles que o subnível de energia do seu átomo é f.
constituem o bloco f (os nactinídiuos que começam de Z= 58 à Z= 71 e os actinídeos
que começam de Z= 90 à Z= 103), estes constituem os elementos de transição Externa.
Quanto à natureza química dos elementos, a tabela periódica apresenta três grandes
grupos: os metais, os semimetais ou metaloides, e os não-metais ou ametais. Alguns
grupos ou famílias recebem nomes específicos, como, por exemplo, o grupo 1 ou
família 1A (com exceção do hidrogênio) é denominado de grupo dos metais alcalinos;
o grupo 2 ou família 2A é denominado de grupo dos metais alcalinos terrosos; o grupo
16 ou família 6A é denominado de gru-po dos calcogênios; o grupo 17 ou família 7A é
Por uma questão de espaço, os elementos da série dos lantanídeos do cério (Ce) ao
lutécio (Lu) e da série dos actinídeos do tório (Th) ao laurêncio Lr são colocados abaixo
da tabela. Com exceção do tecnécio (Tc, Z = 43) e do promécio (Pm, Z = 61), que são
artificiais, os elementos com Z > 92 são de ocorrência natural. Já os elementos com Z
> 92, denominados de transurânicos, são artificiais e apresentam propriedades
radioativas.
Metais : são aqueles elementos que se encontram nos grupos IA, IIA e IIIA. Também
podemos encontrar os metais de transição que fazem parte do bloco d, ou bloco f.
Não metais: são aqueles que começam do IVA, VA,…VIIIA( fazem parte do bloco p)
LIGAÇÕES QUÍMICA
Teoria do Octeto
Os átomos dos gases nobres são os únicos que têm a camada de valência completa.
Ligação Química é o conjunto de forças que mantêm os átomos unidos entre si. A
Ligação Química depende das electromagnetividade dos átomos porque a afinidade é a
maior ou menor tendência de um átomo captar os eletrões de outros átomos. Existem
vários tipos de ligações, que são: Iónica; Covalente e metálica
Ligação Iónica, é aquela que ocorre entre um metal e um não metal. Ou seja, quando na
ligação há elementos de baixo potencial de ionização (metais) e os átomos de elevada
afinidade (não metais), quer dizer entre átomos ou elementos que diferem bastante na
sua eletronegatividade. Neste tipo de enlace químico é caracterizado pela transferência
de eletrões e posteriormente a atração electroestática formando iões. De uma forma
geral, os metais cedem os eletrões e os não metais recebem ou captam.
Como o K é metal e o O é não metal, então estes dois elementos formam uma ligação
iónica ou um composto iónico!
Estrutura de Lewis
- Têm estruturas cristalinas, quer dizer que as partículas que o formam «iões»
Ligação covalente pode ser polar e apolar. Polar: se as ligações forem estabelecidas
entre átomos diferentes existe uma diferença de eletronegatividade ou se a diferença
da eletronegatividade dos elementos estiver entre 0 e 1.7. Nestas condições há
formação de ligação covalente polar. Apolar, acontece quando os átomos do mesmo
elemento se unem, ou ainda quando a diferença da eletronegatividade dos elementos
for igual a 0. Ex: SO2
Δ𝒙 = 𝒙 𝟐 − 𝒙 𝟏 onde;
Δ𝑥 - a diferença da electronegatividade
REACÇÕES QUÍMICAS
Reações completas
No lado esquerdo escrevem-se os Reagentes que serão separados com o sinal positivo
(+), e no lado direito aparecem os Produtos.
Existem vários tipos de Reações, mas neste capítulo, estudaremos apenas três tipos
que são: Reações Normais, Redox (Redução – Oxidação), térmicas – Termoquímicas.
Para as reações normais, devemos usar dois métodos capazes de solucionar, na qual
um deles teremos: Método das tentativas e o Método Algébrico.
Quando verificarmos que as massas dos reagentes não são as mesmas com as dos
Produtos! E ao acerta as equações apenas devemos alterar os coeficientes
estequiométricos!
Reagentes Produtos
2←H⟶2
1←O⟶1
Ex: 𝑶𝟐 + 𝑪→ 𝑪𝑶𝟐
Reagentes Produtos
2←O⟶2
1 ← C⟶ 1
Reagentes Produtos
2←H⟶2
1 ← Ca⟶ 1
2 ← Cl⟶ 2
5 kg ← Quantidade de massa ⟶ 5 kg
Reações Térmicas- Termodinâmica, estes tipos de reações são aqueles que indicam a
absorção ou a liberação de calor. E elas podem ser: Endotérmicas e Exotérmicas.
Reações Endotérmicas: são aquelas que para a sua ocorrência necessitam de calor, ou
seja elas absorvem calor para a reação acontecer. Ex: a fundição do alumínio através
de altas temperaturas; cozinhar o Arroz… 𝑸+ 𝑹𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕 𝒆𝒔 → 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕 𝒐𝒔
𝑹𝒆𝒂𝒈𝒆𝒏𝒕 𝒆𝒔 → 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕 𝒐𝒔 − 𝑸
Trabalho e Calor
Como se sabe, 𝑾= 𝑭 × 𝒅
Δ𝑬= 𝒒 𝒗 − 𝑾
Δ𝑬= 𝒒 𝒑 + 𝑾
FUNÇÕES INORGÂNICAS
São substâncias que em solução aquosa sofrem ionização, liberando como único
catião somente o H + :
Como vimos no capítulo anterior, toda matéria é constituída por átomos. Estes átomos
pertencem a diferentes tipos de elementos químicos. Quando a matéria é constituída
por um único tipo de elemento químico, dá-se o nome de substância elementar.
Exemplos de substância elementar são o gás hidrogênio (H2), o gás oxigênio (O2), o
enxofre (S8), o sódio (Na), o ouro (Au) e a prata (Ag) (fi gura 4.1)
Costumamos dizer que a água potável, ou seja, aquela apropriada para beber, deve ser
pura. No entanto, a água que bebemos não é pura. Nela está dissolvida uma grande
quantidade de compostos químicos, como sais de cálcio e magnésio, dentre outros.
Uma pequena quantidade de iodo (I2) é adicionada ao cloreto de sódio (sal de cozinha)
para se evitar o bócio, que é o aumento do tamanho da tireoide. O aumento da
tireoide pode levar ao mau funcionamento desta glândula responsável pela liberação
de hormônios que atuam regulando o crescimento, a digestão e o metabolismo do
nosso organismo.
Quando uma substância é constituída por dois ou mais tipos de elementos químicos ou
duas ou mais substâncias elementares, é conhecida como composto químico. A água
(H2O) é um exemplo de composto químico, pois é formada pelas substâncias
elementares: hidrogênio (H2) e oxigênio (O2). A passagem de uma corrente elétrica
através da água provoca sua decomposição em hidrogênio e oxigênio gasosos (figura
4.14)
Referências bibliográficas
Química Geral I-Edinilza Maria Anastácio Feitosa, Abert Francisco Geraldo Barbosa &
Cristane Maria Sampaio Forte
BRADY J. E., HUMISTON, G. E. Química Geral. Vol. 1, 2ª ed. São Paulo: LTC, 1986.
KOTZ, J.C., TREICHEL Jr, Paul M. Química Geral e Reações Químicas, v.1, 5ª ed. São
Paulo: Thompson Pioneira, 2005.
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