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REFERÊNCIAS ........................................................ 93
Introdução à Química – Conceitos Básicos
INTRODUÇÃO
Olá, Aluno(a)! É um prazer tê-lo(a) conosco nesta disciplina.
Talvez você se pergunte POR QUE ESTUDAR Química neste curso. A resposta é muito simples:
os materiais utilizados no dia a dia de um engenheiro civil possuem uma composição e uma estrutura
referentes aos átomos formadores da matéria. Assim, é preciso saber do que os materiais são feitos e suas
características para podermos utilizá-los de uma melhor forma, bem como estudar maneiras melhores e
mais econômicas de utilização destes.
O conteúdo da Química pode ser muito fascinante. Se você for curioso, interessado e aplicado,
poderá enriquecer sua vida pessoal e profissional por meio deste conteúdo, pois vai trabalhar um assunto
de extrema importância em nosso dia a dia.
Bons estudos!
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Aula
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INTRODUÇÃO À QUÍMICA –
CONCEITOS BÁSICOS
Aula
Introdução à Química – Conceitos Básicos 1
Fonte: Pixabay.
Vamos começar com algumas definições básicas para o nosso aprendizado em química:
Matéria: É qualquer coisa que tenha massa e volume e ocupa espaço. Ex.: água, madeira, ferro, ar.
Os três estados da matéria mais comuns são: sólido, líquido e gás.
Química: é a ciência que estuda a matéria, suas transformações e as variações de energia que
acompanham essas transformações.
Propriedade física: a propriedade física de uma substância é uma característica que pode ser
observada ou medida sem mudar a identidade e ponto de fusão, cor, densidade, ponto de ebulição,
estados da matéria e outros.
O estado líquido se caracteriza por apresentar a estrutura interna mais ou menos organizada.
As partículas que constituem a matéria nesse estado físico têm velocidade, ou seja, “rolam” umas sobre
as outras com certa liberdade e, por isso, os líquidos não tem forma própria (adaptam-se à forma do
recipiente que os contém). Ex.: mercúrio, álcool, água (ambiente).
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Aula
1 Introdução à Química – Conceitos Básicos
Os átomos são formados por nêutrons, prótons e elétrons. Os prótons são partículas carregadas
positivamente, e os nêutrons não possuem carga.
Essas duas partículas constituem o núcleo atômico e são virtualmente responsáveis pela massa
atômica. Os elétrons são carregados negativamente e encontram-se circulando o núcleo em órbitas
definidas.
Podemos incialmente ilustrar o átomo como na figura abaixo, e nas aulas seguintes vamos estudar
todos os modelos propostos para se chegar nesse recente e usado didaticamente para explicar o átomo
(elétrons - esfera cinza, prótons - esferas vermelha e nêutrons - esfera azul):
Fonte: Pixabay.
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Aula
Introdução à Química – Conceitos Básicos 1
Fonte: Pixabay.
Modelo de Thomson
Fonte: Wikipedia.
****Nêutrons (1932) – os Nêutrons não têm carga e permanecem no núcleo isolando os prótons,
evitando suas repulsões e o consequente desmoronamento do núcleo.
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Aula
1 Introdução à Química – Conceitos Básicos
Teoria de Bohr
Os elétrons que giram ao redor do núcleo não giram ao acaso, mas descrevem órbitas determinadas,
de energia constante.
- Quando a energia passa através do átomo, o elétron pula para a órbita maior e seguinte, voltando
depois à sua órbita usual.
- Quando os elétrons saltam de uma órbita para a outra, resulta luz. Bohr conseguiu prever
os comprimentos de onda a partir da constituição do átomo e do salto dos elétrons de uma órbita
para a outra.
Fonte: Fiorotto.
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Aula
Introdução à Química – Conceitos Básicos 1
Os elementos químicos são representados com o seu número atômico e número de massa da
seguinte forma:
Observações relevantes:
4) Em uma reação química, os átomos não são criados nem destruídos, mas trocam de
parceiros para produzir novas substâncias.
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Aula
1 Introdução à Química – Conceitos Básicos
Apesar de existirem muitos tipos diferentes de matéria, atualmente são conhecidos 112 (Atkins)
diferentes tipos diferentes de átomos, ou seja, 116 elementos químicos. Deste número, ~20% não existe
na natureza, sendo produzido em laboratório.
Cada elemento químico tem um nome e uma representação gráfica derivada do nome, chamada
símbolo químico. A primeira letra do símbolo é maiúscula e a segunda, quando houver, é sempre
minúscula. Existem ainda símbolos que derivam do Latim.
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Aula
2
ESTUDO DA ELETROSFERA E
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA
Aula
2 Estudo da eletrosfera e configuração eletrônica
Fonte: Reprodução
Os modelos da matéria construídos até o momento postulam que ela é constituída por partículas.
Diversos modelos foram propostos conforme as sucessivas investigações experimentais, aliadas a novas
concepções teóricas, Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr e o modelo atômico atual (modelo orbital).
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Aula
Estudo da eletrosfera e configuração eletrônica 2
Assim, os níveis (camadas) são formados por subníveis (subcamadas) representados pelas letras
s-p-d-f-g-h, em ordem crescente de energia. Cada subnível possui suas respectivas quantidades máximas
de elétrons. Sabemos, porém, que dos átomos conhecidos até hoje só existem os quatro primeiros
subníveis, acomodando os seguintes números máximo de elétrons:
Assim, como no 1º nível cabe no máximo dois elétrons, esse nível apresenta apenas um subnível
“s”, no qual cabe os dois elétrons. O subnível “s” do 1º nível de energia é representado por 1s e assim por
diante.
À medida que se aproxima do núcleo, a energia potencial do elétron, graças à atração pelo núcleo,
diminui, enquanto sua velocidade e, consequentemente, sua energia cinética aumentam (tal como a
velocidade de um satélite aumenta ao se aproximar da Terra). De um modo geral, a energia total do
elétron aumenta à medida que o elétron se afasta do núcleo.
O químico norte americano Linus Pauling descobriu que, em ordem, a energia dos subníveis
cresce.
A ordem crescente de energia dos subníveis coincide com as diagonais no diagrama abaixo. Cada
linha na horizontal representa uma camada eletrônica com os seus subníveis. À medida que se desce
pelas diagonais, a energia vai aumentando.
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Aula
2 Estudo da eletrosfera e configuração eletrônica
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Aula
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A distribuição eletrônica em íons é semelhante à dos átomos neutros. Lembrando que um íon é
formado à partir da perda ou ganho de elétrons que ocorre com um átomo e que os elétrons são retirados
ou recebidos sempre da última camada eletrônica (camada mais externa), camada de valência, e não do
subnível mais energético.
11Na Na+
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1s22s22p63s1 1s22s22p6
Definições importantes:
- Ânion: íon negativo, formado quando o átomo ou grupo de átomos ganha um ou mais
elétrons.
ISÓTOPOS: são átomos de mesmo número atômico Z (mesmo elemento químico) com número
de massa diferente (o número de nêutrons é diferente). Apresentam as mesmas propriedades químicas.
Representa-se qualquer isótopo pelo símbolo do elemento com o número atômico escrito como índice
inferior à esquerda (o número atômico pode ou não ser colocado nessa representação) e o número de
massa como índice superior, também à esquerda.
Exemplos:
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Aula
Distribuição eletrônica em íons 3
Fonte: Wikipedia.
*O prótio e o deutério apresentam núcleo estável. O trítio é radioativo, isto é, seu núcleo se
desintegra. Os isótopos acorrem na natureza em quantidades diferentes. O hidrogênio natural é uma
mistura de 99,985% de prótio, 0,015% de deutério e uma quantidade muito pequena de trítio.
ISÓBAROS: São átomos de números atômicos (Z) diferente (elementos diferentes) e mesmo
número de massa (A).
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Ge76 e 34Se76
ISÓTONOS: São átomos de números atômicos diferente (Z) (elementos diferentes), número de
massa diferentes e que apresentam mesmo número de nêutrons.
Al27 e 14Si28
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Aula
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LIGAÇÕES QUÍMICAS I
Aula
Ligações Químicas I 4
As ligações químicas que mantêm unidos os átomos de uma substância determinam, em parte,
as suas propriedades. A ligação química é a intensa força atrativa que existe entre os átomos de uma
substância.
Os átomos, apesar da neutralidade elétrica, são espécies instáveis e reativas. Eles tendem a se
combinar, de modo que a sua camada de valência (a mais externa) passe a conter oito elétrons.
Para entender como funcionam as ligações entre os átomos, vamos analisar, incialmente, a
eletrosfera dos gases nobres.
Gás nobre K L M N O P
He 2
Ne 2 8
Ar 2 8 8
Kr 2 8 18 8
Xe 2 8 18 18 8
Rn 2 8 18 32 18 8
Fonte: Desenvolvido pela autora.
ȖȖ Possuem o último nível completo, isto é, com número máximo de elétrons que este nível pode
conter, como nível de valência
ȖȖ Todos os gases nobres, com exceção do hélio, comportam 8 elétrons no último nível
ȖȖ Ao que tudo indica, possuir uma eletrosfera semelhante à de um gás nobre torna o átomo
estável.
Teoria do octeto
Os átomos dos diferentes elementos químicos se ligam entre si, perdendo, recebendo ou
compartilhando elétrons, na tentativa de adquirir uma configuração eletrônica semelhante à de um gás
nobre, ou seja:
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Aula
Ligações Químicas I
4
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Não metais – mais de 4 elétrons na camada de valência. Tendência para receber elétrons.
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As forças de interação que mantém os cátions unidos aos ânions são de caráter eletrostático.
O elemento que dá origem ao cátion é aquele que possui alta eletropositividade. Lembrando que
os cátions são formados por metais com tendência de doar elétrons
O elemento que origina o ânion é o que tem alta eletronegatividade. Os ânions são formados por
não-metais ou hidrogênio, com tendência de receber elétrons.
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Aula
Ligações Químicas I 4
As forças eletrostáticas que surgem entre cátions e ânions não são direcionais, isto é, não estão
orientadas para determinada direção. Isto faz um cátion atrair todos os ânions que estão ao seu redor.
Este fato mostra porque temos, na ligação iônica, um aglomerado de íons no estado sólido (cristalino).
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Aula
Ligações Químicas I
4
- Não foram moléculas e sim associações compactas de íons. Nas condições ambientes, são sólidos
e cristalinos
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Aula
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LIGAÇÕES QUÍMICAS II
Aula
Ligações Químicas II
5
Até agora, analisamos as substâncias iônicas que são, nos casos típicos, sólidos com ponto de fusão
elevado. Muitas substâncias, porém, são moleculares – gases, líquidos ou sólidos de ponto de fusão
baixo – constituídas por moléculas bem definidas. A molécula é grupo de átomos, na maioria das vezes,
de átomos de não-metais, fortemente unidos por ligações químicas. As forças que mantêm os átomos
unidos nas substâncias moleculares não podem ser explicadas com base na atração de íons.
Assim, a ligação covalente é a ligação estabelecida entre dois átomos por meio de compartilhamento
de um ou mais pares de elétrons, em que cada átomo contribui juntamente com um elétron na formação
de um par eletrônico que estabilizará esses dois átomos ao mesmo tempo. O resultado é uma molécula.
Na ligação covalente, nenhum dos átomos participantes deseja doar elétrons. Os elementos que fazem
ligações covalentes são não-metais, semimetais e hidrogênio.
A existência de elétrons exerce uma atração suficientemente alta para manter os núcleos unidos,
apesar da repulsão entre eles.
Fonte: Wikipedia.
Exemplo do hidrogênio:
Consideremos a formação da ligação covalente entre dois átomos de hidrogênio para dar
as moléculas de H2. Quando os átomos se aproximam um do outro, os seus orbitais 1s começam a
se superpor. Cada elétron pode então ocupar o espaço em torno de ambos os átomos. Em outras
palavras, os dois elétrons podem ser compartilhados pelos dois átomos (Fig.). Os elétrons são atraídos,
simultaneamente, pelas cargas positivas dos dois núcleos de hidrogênio. Esta atração que une os elétrons
aos dois núcleos é a força que mantém unidos os dois átomos. Embora não existam íons na molécula de
H2, a força que mantém unidos os dois átomos pode ser considerada proveniente da atração de partículas
opostas: os núcleos e os elétrons.
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Aula
Ligações Químicas II 5
(a) Dois átomos de H separados por uma grande distância. (b) À medida que os áto-
mos se aproximam um do outro, suas densidades eletrônicas são puxadas para dentro
da região entre os dois núcleos. (c) Na molécula de H2 a densidade eletrônica fica
concentrada entre os núcleos. Ambos os elétrons da ligação são compartilhados
por ambos os núcleos.
Resumindo, quando não há diferença de eletronegatividade entre os dois átomos que se ligam,
ou seja, quando são átomos do mesmo elemento químico, a ligação será covalente apolar. A ligação
química será tanto mais polar (fortemente polar), quanto maior for a diferença de eletronegatividade
entre os dois átomos que se ligam.
Resumindo:
As substâncias formadas por ligação covalentes são chamadas de substâncias moleculares. Podem
ser sólidas, líquidas ou gasosas em temperatura ambiente.
* os compostos que só possuem ligações covalentes são os que realmente formam “moléculas” e,
por isso são denominados compostos moleculares.
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Aula
Ligações Químicas II
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* ligação covalente apolar: ocorre quando os átomos ligantes são quimicamente iguais (H2)
* ligação covalente polar: ocorrem quando os átomos ligantes são quimicamente diferentes.
(Quanto maior for a diferença de eletronegatividade entre dois átomos, da ligação, mais polar será a
ligação, ou seja, mais intensa entre os polos.
• A fórmula que usa a notação de Lewis para representar os elétrons de valência é uma fórmula de
Lewis ou fórmula eletrônica. O par de elétrons, representado pelo par de pontos nas fórmulas,
é um par ligante se o par de elétrons for compartilhado por dois átomos ou um par isolado ou
não-ligante se o par de elétrons que fica ligado a um só átomo e que não é compartilhado. Na
fórmula estrutural, ou fórmula de Cooper, cada par ligante é representado por um traço.
Este tipo de ligação é muito comum nos oxiácidos (ácidos que contêm oxigênio), cuja fórmula
geral é HxEOy, como por exemplo, H2SO4 (ácido sulfúrico), HNO3 (ácido nítrico), etc.
Há uma regra geral, para se fazer as fórmulas estruturais dos oxiácidos, cujas etapas estão listadas
abaixo:
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Aula
Ligações Químicas II 5
AB
*A seta parte do átomo que “cedeu o par de eletrônico” e dirige-se para o átomo que o “recebeu”
- São mais numerosos, pois abrangem quase a totalidade dos compostos orgânicos.
- Tem PF e PE baixos
- Condução de eletricidade: 1 não conduzem (puros); 2 conduzem (os polares em solução aquosa
A ligação metálica foge à regra das outras ligações e não é explicada pela regra do octeto.
Nas substâncias metálicas, os átomos não estão unidos aos pares, mas pela atração mútua entre
elétrons livres e cátions metálicos organizados.
Uma espécie química metálica é representada pelo próprio símbolo do elemento metálico, com às
vezes um índice genérico.
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Aula
Ligações Químicas II
5
- Brilho metálico. No estado pastoso, quase todos o perdem, exceto magnésio e alumínio.
- São muito maleáveis (podem ser transformados em chapas ou lâminas muito finas), ex.: ouro
(+maleável)
• Em um sentido figurado, poderíamos dizer que os metais são constituídos por seus “cátions
mergulhados em um mar de elétrons livres”. Este é chamado “modelo do mar de elétrons”.
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Aula
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FORÇAS INTERMOLECULARES
Aula
Forças intermoleculares
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Vamos estudar agora as interações que ocorrem entre as substâncias moleculares; portanto, as
partículas são, neste caso as moléculas. As forças de polarização são agora denominadas forças (interações
ou ligações) intermoleculares.
As ligações atômicas (iônica, covalente e metálicas), são mais fortes que as forças intermoceculares.
Essas forças podem ser divididas em dois tipos: dipolo-dipolo, dipolo-dipolo induzido (forças de Van
der Waals) e ponte de hidrogênio.
São interações que ocorrem com moléculas polares em que o polo positivo de uma molécula atrai
o polo negativo da outra. O dipolo existe devido à diferença de eletronegatividade.
Na figura abaixo, podemos ver atrações dipolo–dipolo. As atrações entre moléculas polares
ocorrem porque essas moléculas tendem a se alinhar, de modo que cargas opostas fiquem próximas
umas das outras e cargas iguais fiquem o mais afastado possível. O alinhamento é imperfeito porque as
moléculas estão constantemente em movimento e colidindo entre si.
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Aula
Forças intermoleculares 6
Considerando uma molécula apolar isolada (estado gasoso), percebe-se que ela não apresenta polos,
mas, em uma substância formada por esse tipo de moléculas no estado sólido ou líquido, devido à sua
maior proximidade, ocorrerá uma deformação momentânea nas nuvens eletrônicas, originando polos
negativo e positivo. Alguns exemplos de substâncias formadas por moléculas apolares que interagem por
forças intermoleculares dipolo induzido – dipolo induzido: H2, O2, F2, Cl2, CH4, CO2.
As interações dipolo-dipolo induzido são chamadas por muitos autores simplesmente de Forças
de Van der Waals. Outros preferem denominá-las de Forças de Dispersão de London.
Exemplos:
- Os cristais de gelo seco (CO2 sólido) ou ainda os cristais de iodo (I2 sólido) que, por terem suas
moléculas fracamente unidas, mudam facilmente do estado sólido para o gasoso.
* A baixas temperaturas o movimento térmico não é suficiente para romper as fracas forças que se
originam.
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Aula
Forças intermoleculares
6
Substâncias que formam ponte de hidrogênio apresentam valores elevados para a sua tensão
superficial, solubilidade em água e ponto de ebulição
a. A molécula polar da água. (b) As ligações de hidrogênio produzem fortes atrações entre as
moléculas de água no líquido. (c) Ligação de hidrogênio (linhas pontilhadas) entre moléculas
de água no gelo, em que cada molécula de água está presa por quatro ligações de hidrogênio
em uma configuração tetraédrica.
Quanto maior for a intensidade das forças intermoleculares, maior será a energia necessária para
provocar mudança de estado físico e, consequentemente, maiores serão os pontos de fusão e de ebulição
dos compostos moleculares.
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Aula
Forças intermoleculares 6
maior será a sua superfície, o que propicia um maior número de interações com outras moléculas
vizinhas, acarretando PF e PE maiores.
Podemos classificar as forças relativas das interações intermoleculares por meio do seguinte
fluxograma:
Estudos iniciais datam de 1829. Finalmente em 1869, Mendeleev apresentou uma classificação,
que é a base da classificação periódica moderna, colocando os elementos em ordem crescente de suas
massas atômicas, distribuídos em 8 colunas verticais e doze faixas horizontais. Verificou também que as
propriedades variavam periodicamente à medida que aumentava a massa atômica.
A lei periódica atual dispõe os elementos em ordem crescente de seus números atômicos, e não de
massas atômicas.
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Aula
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TABELA PERIÓDICA
Aula
Tabela periódica 7
Os grupos são numerados de 0 a 8. Com exceção dos grupos 0 e 8, cada grupo está subdividido
em dois grupos A e B. O grupo 8 é chamado de 8B é composto por 3 faixas verticais. Há, portanto, 18
grupos numerados de 1-18.
A numeração de 1 a 18, na classificação periódica dos elementos, deve ser feitada esquerda para
direita. Essa numeração foi feita com base na configuração eletrônica dos elementos de cada grupo. O
resultado é o mesmo, independentemente de se trabalhar com a configuração de Linus Pauling ou com
a configuração real.
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Aula
Tabela periódica
7
Outra separação importante é que divide os elementos em metais, semimetais, não-metais e gases
nobres, como mostra a tabela abaixo.
Observações:
* Os elementos colocados na tabela periódica após o Bi (Z=83) são radioativos.
* Os elementos colocados após o urânio U (Z=92) são artificiais e são chamados elementos
transurânicos. Antes do U (Z=92) só existem quatro elementos artificiais. São eles: Fr, At, Tc e Pm.
Posição do H
- o hidrogênio pode ser colocado na família dos metais alcalinos (1ª) apesar de não ser um metal
alcalino, mas por possui um elétron na camada de valência, como todos os elementos desta família.
- o hidrogênio pode ser colocado na família dos halogênios (7ª), pois é um gás em temperatura
ambiente, como flúor (F2) e cloro (Cl2) e forma moléculas diatômicas como todos os elementos
desta família;
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Aula
Tabela periódica 7
- o hidrogênio pode, ainda, ser colocado fora da tabela periódica por não possuir todas as
propriedades de nenhuma família.
Ex.: Na (Z=11)
Ex.: Na (Z=11)
Ex.: Mg (Z=12)
1s22s22p63s2 camada de valência = 2 elétrons: pertence ao grupo IIA ou 2 (família dos metais
alcalinos- terrosos).
Ex.: Cl (Z=17)
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Aula
Tabela periódica
7
Ex.: Ne (Z=10)
1s22s22p6 camada de valência = 8 elétrons: pertence ao grupo 0/8 ou 18 (10+7=18 família dos
gases nobres).
Para a localização dos elementos desses grupos devemos observar que os elementos do grupo IB
possuem 1 elétron na CV e 10 elétrons no subnível d da penúltima camada, já os elementos do grupo IIB
possuem 2 elétrons na CV.
De acordo com a nova numeração, basta somar o número de elétrons do subnível d da penúltima
camada (10) com o número de elétrons da CV.
Ex.: Cu (Z=29)
1s22s22p63s23p64s13d10
Para localização dos elementos desses grupos, devemos somar os elétrons da camada de valência
com os elétrons do subnível d.
Ex.: Sc (Z=21)
1s22s22p63s23p64s23d1
Obs.: De acordo com a antiga numeração IUPAC, quando a soma de elétrons da CV com os do
subnível mais energético for 9 e 10, os elementos se localizam na 2ª e 3ª colunas, respectivamente, da
coluna VIIIB.
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Aula
Tabela periódica 7
Ex.: Co (Z=27)
1s22s22p63s23p64s23d7
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Aula
8
A. Raio atômico
É a metade da distância internuclear mínima de átomos iguais que se encostam. Para avaliação do
raio atômico, dos fatores são fundamentais:
- número de camadas nas famílias: de cima para baixo, nas famílias, há um aumento do número de
camadas e, portanto, um aumento do raio atômico
- o número atômico (Z) nos períodos: os elementos pertencentes ao mesmo período da tabela
periódica possuem o mesmo número de camadas (níveis de energia).
Da direita pra esquerda, o processo é inverso, isto é, o raio atômico do elemento aumenta, conforme
o esquema.
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Aula
Propriedades aperiódicas e periódicas dos elementos
8
Nas famílias, o PI aumenta à medida que o Z diminui, aumentando assim de baixo para cima, pois
neste sentido aumenta a atração núcleo-elétron e o raio diminui.
Nos períodos, o PI aumenta da esquerda pra direita, pois neste sentido aumenta a atração núcleo-
elétron e o raio diminui.
Nao(g) + 2ª EI Na2+(g) + e-
Nas famílias, a afinidade eletrônica aumenta à medida que o raio atômico diminui (de baixo, para
cima), ou seja, quanto maior for a atração exercida pelo núcleo sobre o elétron a ser recebido, maior será
a energia liberada (AE).
Nos períodos, a AE aumenta à medida que o Z aumenta (Esquerda p/direita), pois quanto maior
for a atração exercida sobre o elétron a ser recebido, maior será a energia liberada (AE).
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Aula
Propriedades aperiódicas e periódicas dos elementos 8
D. Eletronegatividade
É uma grandeza que mede a atração de um átomo sobre os elétrons de uma ligação química.
Eletronegatividade é uma propriedade resultante do potencial (PI) e da eletroafinidade.
Um átomo com PI alto e eletroafinidade alta deve possuir eletronegatividade alta, ou seja, tem
grande tendência de atrair elétrons de outro átomo em uma ligação química.
A eletronegatividade aumenta de baixo para cima em uma mesma coluna, pois diminui o número
de camadas, e da esquerda para direita em um mesmo período por se aproximarem dos gases nobres. A
alta eletronegatividade significa ter baixa eletropositividade (capacidade de um átomo perder elétrons)
e vice-versa.
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Aula
9
A química orgânica é a química dos compostos de carbono. Os compostos de carbono são o centro
de vida neste planeta. Os compostos de carbono incluem os ácidos desoxirribonucleicos (DNAs), as
moléculas helicoidais gigantes que contêm toda nossa informação genética. Elas incluem as proteínas
que catalisam todas as reações em nosso corpo, e isso constitui os compostos essenciais de nosso sangue,
músculos e pele. Junto como o oxigênio do ar que respiramos, os compostos de carbono fornecem a
energia que sustenta a vida.
Com a evolução da humanidade, podemos dizer que atualmente vivemos na era dos compostos
orgânicos. As roupas que usamos, sejam de substância natural como a lã ou algodão ou sintética como o
náilon ou o poliéster, são feitas com compostos de carbono. Muitos dos materiais que entram nas casas
e que nos protegem são orgânicos. A gasolina que move nossos automóveis, a borracha de seus pneus e
o plástico de seus interiores são todos orgânicos. A maioria dos medicamentos que nos ajuda a curar as
doenças e aliviar o sofrimento é orgânica.
Os fundamentos da química orgânica datam da metade do século XVIII, quando ela evoluía da arte
dos alquimistas a uma ciência moderna. O químico sueco Torbern Bergman, em 1770, foi o primeiro a
expressar a diferença entre substâncias “orgânicas” e “inorgânicas”. Compostos orgânicos eram definidos
como compostos que poderiam ser obtidos a partir de organismos vivos. Os compostos inorgânicos eram
aqueles originados de fontes não-vivas. Junto com esta distinção, crescia uma crença chamada Vitalismo.
De acordo com essa ideia, a intervenção de uma “força vital” se tornava necessária para a síntese de um
composto orgânico.
Por volta de 1816, essa teoria da força vital foi abalada quando Michel Chevreul descobriu que
o sabão, preparado pela reação de álcalis com gordura animal, poderia ser separado em diversos
compostos orgânicos puros, que ele próprio denominou “ácidos graxos”. Pela primeira vez, uma
substância orgânica (gordura) fora convertida em outras (ácidos graxos e glicerina) sem a intervenção
de uma força vital externa.
Pouco mais de uma década depois, a teoria da força vital sofreu outro golpe quando Friedrich
Wöhler descobriu, em 1828, que era possível converter o sal “inorgânico” cianato de amônio na substância
orgânica já conhecida como ureia, que havia sido previamente encontrada na urina humana.
Mesmo com a falência do vitalismo na ciência, a palavra “orgânico” continua ainda hoje sendo
usada por algumas pessoas como significando “o que vem de organismos vivos”, da mesma maneira
como nos termos “vitaminas orgânicas” e “fertilizantes orgânicos”. O termo geralmente usado “alimento
orgânico” significa que o alimento foi cultivado sem o uso de fertilizantes e pesticidas sintéticos.
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Aula
Introdução à Química Orgânica
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A evolução dos estudos das substâncias orgânicas se deu com Antoine Lavoisier (1784), que
demonstrou que as substâncias orgânicas eram compostas principalmente de Carbono (C), hidrogênio
(H), e Oxigênio (O); e com Justus Liebig, J.J. Berzelius e J.B.A. Dumas (1811), que desenvolveram
métodos quantitativos para a determinação de C, H e O (Fórmulas empíricas), além de permitir que
Stanislao Cannizzaro (1860) desenvolvesse a teoria das fórmulas moleculares.
Até então, muitas moléculas que pareciam ter a mesma fórmula (fórmulas empíricas) foram
vistas como sendo compostas por diferentes números de carbono. Por exemplo, eteno, ciclopentano
e cicloexano, todos têm a mesma fórmula empírica: CH2. Contudo, elas têm fórmulas moleculares de
C2H4, C5H10 e C6H12, respectivamente.
De 1858 a 1861, August Kekulé, Archibald Scott Couper e Alexander M. Butlerov, trabalhando
independentemente, implantaram a base de uma das teorias mais fundamentais na química: a teoria
estrutural.
1. Os átomos dos elementos nos compostos orgânicos podem formar um número de ligações
fixas. A medida desta habilidade é chamada valência.
2. Um átomo de carbono pode utilizar uma ou mais de suas valências para formar ligações com
outros átomos de carbono.
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Aula
Introdução à Química Orgânica 9
Ligação simples: dois átomos de carbono ligam-se por uma unidade de valência. A representação
simbólica é feita por um traço simples.
Dupla ligação: dois átomos de carbono ligam-se por duas unidades de valência. A representação
simbólica é feita por dois traços.
Tripla ligação: dois átomos de carbono ligam-se por três unidades de valência. A representação
simbólica é feita por três traços.
- Tipos de carbono
C. Primário: carbono ligado no máximo a um átomo de carbono
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Aula
Introdução à Química Orgânica
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b) Ramificada (Mais de duas extremidades em relação ao C). *Existindo carbono terciário e/ou
quaternário, a cadeia será ramificada.
a) b)
Fonte: Pavanelli, 2014.
a) b)
Fonte: Pavanelli, 2014.
49
Aula
Introdução à Química Orgânica 9
a) b)
Fonte: Pavanelli, 2014.
Homocíclicas
a) b)
Fonte: Pavanelli, 2014.
Heterocíclica
50
Aula
10
HIDROCARBONETOS
Aula
Hidrocarbonetos 10
Hidrocarbonetos, como o sugere o nome, são compostos cujas moléculas contêm apenas átomos
de carbono e hidrogênio (Fórmula geral: CxHy). Metano (CH4) e etano (C2H6) são hidrocarbonetos. Eles
também pertencem a um subgrupo de hidrocarbonetos conhecidos como alcanos, cujos membros não
possuem ligações múltiplas entre os átomos de carbono. Hidrocarbonetos cujas moléculas possuem uma
ligação dupla carbono-carbono são chamados alcenos e aqueles com uma ligação tripla são chamados
alcinos. Hidrocarbonetos que contêm um anel especial são chamados hidrocarbonetos aromáticos, e os
de cadeias fechadas, cíclicas, ciclanos e ciclenos.
Geralmente, compostos como os alcanos, cujas moléculas possuem apenas ligações simples, são
chamados de compostos saturados pois contêm o número máximo de átomos de hidrogênio que um
composto de carbono pode possuir. Compostos com ligações múltiplas, tais como alcenos, alcinos e
hidrocarbonetos aromáticos, são chamados de compostos insaturados pois possuem menos que o
número máximo de átomos de hidrogênio, podendo ser hidrogenados em condições apropriadas.
- Alcanos
As principais fontes de alcanos são os gases naturais e o petróleo. Os alcanos menores (metano
até butano) são gases a temperatura ambiente. Os alcanos de maior peso molecular são obtidos
principalmente através do refinamento do petróleo.
52
Aula
Hidrocarbonetos
10
- Alcenos
Um alceno é um hidrocarboneto que contém uma ligação dupla carbono-carbono. Eteno e
propeno, os dois alcenos mais simples, estão entre os mais importantes produtos químicos industriais
produzidos nos Estados Unidos. A cada ano as indústrias químicas produzem mais de 15 milhões de
toneladas de eteno e cerca de 7,5 milhões de toneladas de propeno. Eteno é usada como matéria-prima
para a síntese de diversos compostos industriais, incluindo etanol, óxido de etileno, etanal e o polímero
polietileno. Propeno é usado na preparação do polímero polipropileno e, além de outros usos, o propeno
é a matéria-prima para a síntese de acetona.
Eteno (etileno) também ocorre na natureza como hormônio de plantas. É produzido naturalmente
por frutos tais como tomates e bananas, estando ainda envolvido no processo de amadurecimento dessas
frutas. Hoje em dia se faz muito uso de eteno no comércio de frutas para causar o amadurecimento de
tomates e bananas colhidos ainda verdes, já que frutas verdes são menos suscetíveis a danos durante o
transporte.
A importância dos alcenos para indústria, além da sua aplicação direta, é a possibilidade do seu
uso na síntese de diversos outros produtos, como exemplo, o etanol, acetaldeído, ácido acético, óxido de
etileno, etileno glicol, cloreto de vinila, álcool isopropílico, polietileno, polipropileno, etc.
• acima de 4 átomos de carbono, enumera-se a cadeia a partir da dupla mais próxima de uma
das extremidades, indicando sua posição (números)
53
Aula
Hidrocarbonetos 10
- Alcinos
O Alcino mais simples é o etino (também chamado acetileno). Alcinos ocorrem na natureza e
podem ser sintetizados em laboratório. Um exemplo de aplicação do acetileno é a produção do PVC
(policloreto de vinila), etanol e ácido acético.
- Alcadienos (dienos)
Hidrocarbonetos de cadeia aberta, insaturada (Duas duplas ligações) que obedecem à fórmula
geral CnH2n-2
54
Aula
Hidrocarbonetos
10
- Hidrocarboneto aromático
São hidrocarbonetos cíclicos insaturados. Um exemplo é o composto conhecido como benzeno.
O benzeno é utilizado amplamente na indústria de polímeros, solventes, defensivos agrícolas e indústria
química em geral (Benzenoxciclo-hexano).
Podemos seguir a tabela abaixo de acordo com as características do composto a ser nominado,
como número de carbonos presente, tipo de ligações entre os carbonos e função.
55
Aula
Hidrocarbonetos 10
Obs.: A dupla ligação tem preferência sobre o grupo substituinte (ramificação) na escolha dos
menores números quando da numeração da cadeia principal (que contém o maior número de carbonos).
56
Aula
11
A teoria da mais aceita para explicar essas observações foi a proposta pelo químico sueco Svante
August Arrhenius, em 1887, denominada teoria da dissociação eletrolítica, que sugeria que o fato de
as soluções de NaCl em água e HCL em água conduzirem a corrente elétrica estava relacionado com
a presença de íons nas referidas soluções. Como os íons são partículas que possuem cargas elétricas
(positivas e negativas – cátions e ânions), eles farão o transporte da corrente elétrica na solução. Já no caso
da solução de açúcar em água, com a dissolução dos cristais, ocorre apenas a separação das moléculas do
açúcar, que não são eletrizadas e, por isso, não conduzem a corrente elétrica.
58
Aula
Funções inorgânicas, Ácidos
11
A força de um eletrólito é determinada pelo valor do seu α, não tendo absolutamente nada a ver
com seu grau de toxicidade, e sim com a quantidade de íons que ele representa em solução aquosa. Uma
substância que em solução aquosa apresenta pequena quantidade de íons é chamada de eletrólito fraco e
assim produzirá um brilho pouco intenso na lâmpada no experimento de Arrhenius.
Devido ao fato de o número de substâncias químicas inorgânicas conhecidas ser muito grande,
o estudo de cada uma separadamente tornou-se inevitável, por isso surgiu a necessidade de separá-
las principalmente em quatro grandes grupos de acordo com as suas semelhanças nas propriedades
químicas. Esses grupos são chamados funções químicas ou funções inorgânicas e as propriedades
características de cada função são chamadas propriedades funcionais.
11.2 Ácidos
Ácidos são compostos moleculares que, em presença de água, sofrem ionização,
produzindo como único tipo de íon positivo, o cátion H+ ao lado de um ânion qualquer.
Ex.: HCl
HCl em água é chamado ácido clorídrico, que é o principal ácido do suco gástrico, responsável
pela digestão dos alimentos no nosso estômago.
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Aula
Funções inorgânicas, Ácidos 11
- Entre os hidrácidos:
- moderado: apenas HF
- Para os oxiácidos, existe uma regra prática que consiste em subtrair o número de hidrogênios do
número de oxigênios:
• O ácido carbônico (H2CO3) é uma exceção importante: é um ácido fraco (α=0,18%) apesar da
diferença, número de O – número de H ser igual a 1. Trata-se de um ácido instável que sofre
decomposição em gás carbônico e água:
60
Aula
Funções inorgânicas, Ácidos
11
Condutibilidade elétrica
Os ácidos conduzem corrente elétrica em soluções aquosas (sofrem ionização liberando íons:
cátions H+ e ânions)
Neutralização: soluções ácidas podem ser neutralizadas por soluções de bases. A neutralização é
assim representada:
- Coloração em indicadores:
Fenolftaleína incolor
Tornassol vermelho
61
Aula
Funções inorgânicas, Ácidos 11
O próximo passo é fazer o balanço de cargas, ou seja, o número de cargas positivas proveniente do
cátion, no caso do ácido proveniente do H+, deve ser igual ao número de cargas negativas proveniente
do ânion uma vez que a molécula é eletricamente neutra. Vamos ver alguns exemplos: Ácido clorídrico
(HCl): o ânion é o íon Cl- que tem uma carga negativa, portanto precisamos de apenas uma carga positiva,
ou seja, só um H+ e por isso, a fórmula do ácido clorídrico é HCl.
Ácido clorídrico (HCl): o ânion é o íon Cl- que tem uma carga negativa, portanto precisamos de
apenas uma carga positiva, ou seja, só um H+ e por isso, a fórmula do ácido clorídrico é HCl.
Ácido sulfúrico (H2SO4): o ânion é o íon SO42- que tem duas cargas negativas, portanto precisamos
de duas cargas positivas, ou seja, dois H+ e por isso, a fórmula do ácido sulfúrico é H2SO4.
Ácido fosfórico (H3PO4): o ânion é o íon PO43- que tem três cargas negativas, portanto precisamos
de três cargas positivas, ou seja, três H+ e por isso, a fórmula do ácido fosfórico é H3PO4.
- Hidrácidos:
Ácido_____________ídrico
A formulação dos hidrácidos pode ser obtida pela seguinte regra prática: HxA, em que:
- H = hidrogênios ionizáveis
- A = ânion qualquer
Ânion Ácido
Eto (sufixo) Ídrico (sufixo)
HCN=cianeto de hidrogênio
Como podemos observar nos exemplos acima, de acordo com o conceito de ácido de Arrhenius, as
substâncias são consideradas ácidas quando em solução aquosa, porém, na maioria das vezes a indicação
(aq) fica subentendida, então:
62
Aula
Funções inorgânicas, Ácidos
11
Para os oxiácidos, a maneira mais simples é necessário saber o nome do ânion presente no ácido e
fazer uma substituição na terminação do nome do ânion da seguinte maneira:
Exemplos:
Continuação a tabela.....
63
Aula
Funções inorgânicas, Ácidos 11
Fonte: Silva.
64
Aula
12
Bases ou hidróxidos são compostos iônicos que, em presença de água, sofrem dissociação iônica,
liberando como único tipo de íon negativo o ânion hidroxila ou oxidrila (OH-), ao lado de um cátion
qualquer (metal ou amônio – NH4+) (Arrhenius).
O ânion hidroxila ou oxidila (OH-) é o responsável pelas propriedades das bases, por isso ele é
chamado de grupo ou radical funcional das bases.
As bases dos metais são compostos iônicos e, em solução aquosa sofrem dissociação iônica, isto é,
a água separa os íons destruindo o retículo cristalino da base. Os íons ficam rodeados pelas moléculas
polares de água.
Ex.: NaOH
NaOH é a soda cáustica, usado por exemplo na fabricação de sabões e sabonetes; é também
componente de produtos de limpeza “limpa forno”.
Ex.: Ca(OH)2
Ca(OH)2 é a cal hidratada, usada, por exemplo, na preparação das argamassas (areia+cal), na
construção civil, nas pinturas a cal (caiação de paredes). Sua solução aquosa é chamada água de cal e sua
suspensão aquosa é chamada leite de cal.
Ex.: Mg(OH)2 Sólido branco, pouco solúvel em água, sua suspensão aquosa é chamada leite de
magnésia, usado como medicamento em antiácido estomacal e laxante intestinal suave.
Entre as bases mais importantes, apenas uma resulta de uma reação de ionização: é o hidróxido
de amônio (amoníaco), em que as moléculas do gás amônia (NH3), ao se dissolverem em água, ionizam,
produzindo NH4+ (amônio) e OH- (ânion hidróxido) assim:
66
Aula
Funções inorgânicas, Bases
12
Ex.: NaOH
OBS: a solubilidade das bases formadas por elementos da mesma família da tabela periódica
aumenta com o aumento do número atômico (Z)
67
Aula
Funções inorgânicas, Bases 12
- bases fortes (α~100%): são as bases formadas por metais alcalinos e alcalinos terrosos
* Como o NH4OH resulta da ionização do NH3 em água, que tem baixo grau de ionização (α),
embora seja solúvel, é uma base fraca.
Então o NH4OH é a única base solúvel que é fraca, porque as demais bases solúveis são fortes.
As bases são sólidas à temperatura ambiente e pressão atmosférica, com exceção do NH4OH que
é líquido, conduzem corrente elétrica quando fundidas ou dissolvidas e são normalmente estocadas em
frascos de polietileno (plástico).
68
Aula
Funções inorgânicas, Bases
12
Na nomenclatura antiga e ainda hoje muito utilizada, acrescentamos os sufixos “oso” (menor nox)
e ico (maior nox)
Fonte: Silva.
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Aula
13
Os sais são compostos resultantes da reação de neutralização entre um sal e uma base. Assim,
anteriormente ao estudo dos sais vamos estudar como eles são formados.
Quando misturamos as duas soluções conforme o esquema acima, ocorre uma reação entre os
íons OH- e H+, formando a água. Essa reação é chamada de neutralização.
Neutralização total: A proporção em mols da base e do ácido é de tal forma que a quantidade em
mols de íons OH- é igual à quantidade em mols de íons H+. O sal formado é classificado como sal normal.
Neutralização parcial do ácido: A proporção em mols da base e do ácido é de tal forma que nem
todos os H+ serão neutralizados. O sal formado é classificado como hidrogenossal.
Neutralização parcial da base: A proporção em mols da base e do ácido é de tal forma que nem
todos os OH- serão neutralizados. O sal formado é classificado como hidroxissal.
13.2 Sais
São substâncias muito comuns em nosso cotidiano: o cloreto de sódio (NaCl) - sal de cozinha -
muito utilizado na alimentação e na conservação de alimentos, o bicarbonato de sódio (NaHCO3) usado
como antiácido, em fermentos químicos empregados no preparo de bolos, pães e biscoitos e extintores
de incêndio, fluoreto de sódio (NaF) usado no combate às cáries, hipoclorito de sódio (NaClO) usado
como alvejante e por ser um agente antisséptico é empregado na limpeza de residências, hospitais, no
tratamento de água e piscinas.
O Sal é definido como um composto iônico que possui um cátion proveniente da base e um ânion
proveniente de um ácido.
Ex.:
Os sais podem ser obtidos por meio de reações entre ácidos e bases de Arrhenius. Essas reações
são chamadas de reações de salificação (porque formam sais) ou de neutralização (porque também
71
Aula
Funções inorgânicas, Sais 13
formam água). Assim, quando um ácido é colocado em presença de uma base, os íons H+ do ácido
reagem com os íons OH- da base, formando água.
Para se escrever a fórmula de um sal, escreve-se a fórmula do cátion, suprimindo-se a sua carga, e
depois a fórmula do ânion, também suprimindo-se a sua carga. A carga do cátion é o índice do ânion e
a carga do ânion é o índice do cátion. Vejamos alguns exemplos:
Onde:
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Aula
Funções inorgânicas, Sais
13
Para efeito de notação (escrever a fórmula) e nomenclatura podemos considerar um sal como
sendo cátion + ânion, portanto a nomenclatura dos sais é feita da seguinte maneira:
Obs.: os nomes dos ânions são obtidos pode meio das trocas dos sufixos dos nomes dos ácidos que
que deram origem. Assim:
Sufixo do ácido Sufixo do ânion
Ídrico Eto
Oso Ito
Ico ato
Ou
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Aula
Funções inorgânicas, Sais 13
Nos sais ácidos a neutralização do ácido foi parcial e o sal apresenta H+ em sua estrutura:
Esses sais apresentam ânion hidroxila na fórmula (não apresentam hidrogênio ionizável no ânion). Ex.:
Propriedades:
- Sabor: salgado
- São, normalmente, compostos tipicamente iônicos, isto é, formados por um aglomerado de íons.
- Sais iônicos conduzem corrente elétrica na fase líquida, quando fundidos, ou em solução aquosa,
pois em ambos os casos há presença de íons livres.
- Os sais moleculares não conduzem corrente elétrica devido à sua baixa ionização.
74
Aula
14
São compostos binários que apresentam o oxigênio como o elemento mais eletronegativo.
São compostos formados de um elemento qualquer e oxigênio. Eles apresentam fórmula geral:
ExOy onde, E - símbolo do elemento qualquer, diferente do flúor (sua eletronegatividade é maior que a
do oxigênio); O – oxigênio (que deverá ser o elemento mais eletronegativo); x - geralmente o número de
oxidação de O; y - geralmente o número de oxidação de E.
Ex.:
H2O = água
Fe2O3 = hematita
Os óxidos são classificados em: óxidos básicos, óxidos ácidos ou anidridos, óxidos anfóteros,
óxidos salinos ou mistos, peróxidos e superóxidos.
14.2 Nomenclatura
Primeira regra: Óxido de... nome do metal. Se o metal tiver mais de um número de oxidação, este
número deve ser indicado por algarismos romanos e entre parênteses, indicar ICO/OSO, ou (mono, di,
tri, tetra) óxido de....ou (mono, di, tri)...nome do elemento.
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Aula
Funções inorgânicas, Óxidos
14
- Óxidos ácidos
São óxidos moleculares, ou seja, de elevado caráter covalente, formados por não-metais ou, ainda,
por metais de nox alto (+5, +6, +7).
- Óxidos anfóteros
São óxidos que podem ser óxidos básicos ou óxidos ácidos, dependendo do meio em que estão.
Exemplos de óxidos ánfóteros: ZnO, Al2O3, Cr2O3, MnO2, BeO, PbO, PbO2, SnO e SnO2.
São óxidos formados de dois outros óxidos do metal. Apresentam fórmula geral: E3O4
- Fe3O4 óxido salino de ferro ou óxido misto de ferro ou tetraóxido de triferro ou óxido de ferro(II)
e (III).
- Pb3O4 óxido salino de chumbo ou óxido misto de chumbo ou tetraóxido de trichumbo ou óxido
de chumbo(II) e (IV).
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Aula
Funções inorgânicas, Óxidos 14
- Peróxidos
São óxidos em que o número de oxidação do oxigênio é –1. A nomenclatura é feita da seguinte
maneira: peróxido de nome do elemento.
Nos peróxidos o Oxigênio está ligado a metais das Famílias 1 e 2 e por outro Oxigênio. Esses
óxidos ao reagirem com a água produzem peróxido de hidrogênio.
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Aula
15
ELETROQUÍMICA I
Aula
Eletroquímica I 15
É difícil imaginar algum aparato eletrônico que funcione sem uma pilha, desde um relógio de
pulso, uma lanterna, uma calculadora e até os celulares. A indústria automobilística usa em larga escala
baterias de chumbo.
Não podemos deixar de mencionar a grande importância e ascensão das células de combustível,
nas quais produz-se energia elétrica e térmica a partir das reações eletroquímicas do hidrogênio com
o oxigeno sem que ocorra a combustão, despontando como uma alternativa promissora para produzir
energia a partir de fontes de energia limpa como rios, energia nuclear e energia solar.
Deve-se lembrar também de que algumas vezes, a formação de uma célula galvânica é a responsável
pela corrosão observada na junção de dois metais diferentes.
Nox: número de oxidação (ou estado de oxidação ou simplesmente Nox) é uma carga atribuída a
cada átomo em compostos ou íons ou átomos não- ligados, de acordo com certas regras.
Ex.:
- Uma espécie é oxidada quando perde elétrons. Aqui, o magnésio perde dois elétrons,
passando de magnésio neutro ao íon Mg2+.
- Uma espécie é reduzida quando ganha elétrons. Aqui, cada íon H+ ganha um elétron,
e eles se combinam para formar H2.
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Aula
Eletroquímica I
15
- Qualquer íon simples (monoatômico) tem número de oxidação igual à sua carga.
- A soma dos Nox de todos os átomos da fórmula de um composto inteiro é igual a zero (isto se
aplica a fórmulas mínimas e moleculares).
Ex.:
- A soma de Nox de todos os átomos que aparecem na fórmula de um íon poliatômico ou complexo
é igual à carga elétrica do íon.
Ex.:
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Aula
Eletroquímica I 15
3ª regra: Hidrogênio
O hidrogênio tem nox = −1 quando ligado a um metal e +1 quando ligado a um não metal.
- No H2 NoxH = 0
4ª regra: Oxigênio
- No O2 e O3 Noxo = 0
Como regra geral temos que o número total de elétrons cedidos deve ser igual ao número total de
elétrons recebidos.
Oxidação
Portanto:
Ex.: Zn + cu
Agente oxidante é a espécie química (completa) que recebe elétrons e é, portanto, reduzida (recebe
elétrons, provocando oxidação em outra espécie).
Agente redutor é a espécie química completa que perde elétrons e é, portanto, oxidada (perde
elétrons e provoca redução em outra espécie).
Voltando à eletroquímica...
A eletroquímica é a parte da química que estuda a relação entre a reação química e energia elétrica.
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Aula
Eletroquímica I 15
ȖȖ Pilhas
ȖȖ Eletrólises
Zn + CuSO4 ZnSO4 + Cu
Cu + ZnSO4 X
ou
Cl2 + NaF X
Ex.: Zn + CuSO4
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Aula
Eletroquímica I
15
Esse dispositivo forma uma célula galvânica, também conhecida como pilha de DANIELL.
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Aula
Eletroquímica I 15
15.5 Eletrólise
Um exemplo de reações não espontâneas é a eletrólise. Abaixo podemos ver um diagrama mostrando
as reações no eletrodo durante a eletrólise da água. Repare que os sinais dos eletrodos são opostos aos de
uma célula galvânica. Em uma célula galvânica, o ânodo é negativo porque fornece elétrons ao circuito
externo. Em uma célula eletrolítica, o ânodo é positivo porque os elétrons são retirados dele pela bateria.
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Aula
16
ELETROQUÍMICA II
Aula
Eletroquímica II 16
Baseando-se na fila de reatividade dos metais, indique as reações espontâneas e não espontâneas.
- 2 Na0 + 2 H+ H2 + 2 Na+
- 2 H+ + Cu0 Cu2+ + H2
O potencial padrão E0 é medido a 25 ºC, pressão de 1 atm e concentração de 1 mol/L dos íons.
**Um redutor sofre oxidação, isto é, cede elétron. Um bom redutor cede elétron facilmente, isto é,
tem grande capacidade para sofrer oxidação e, por isso, tem grande potencial de oxidação. O zinco é o
melhor redutor que o cobre, pois o Eoxi do Zn é maior que o Eoxi do cobre.
Ex.:
Um bom oxidante recebe elétron facilmente, isto é, tem grande capacidade para sofrer redução e,
portanto, tem grande potencial de redução. O cátion Cu2+ é melhor oxidante que o cátion Zn2+, pois o Ered
do Cu2+ é maior que o Ered do Zn2+.
Ex.:
Observe que ao melhor redutor (Zn0) está associado o pior oxidante (Zn2+) e, vice-versa, ao pior
redutor (Cuo) está associado o melhor oxidante (Cu2+).
16.3 Pilhas
Pilhas são dispositivos eletroquímicos que transformam a energia de uma reação química em
corrente elétrica (são processos espontâneos).
Escrevendo as semirreações nos sentidos adequados, determinados pelos valões dos potenciais de
redução, vamos obter:
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Eletroquímica II 16
ΔE0 = +1,10 V
Esquematicamente tem-se:
Melhor redutor: Zn
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Eletroquímica II
16
O eletrodo em que ocorre oxidação é denominado ânodo. O eletrodo onde ocorre redução é
denominado cátodo. Durante o funcionamento da pilha observa-se:
- movimento de íons através da ponte salina. Este movimento de íons representa a corrente elétrica
na solução.
• A descarga de uma pilha é um processo de transferência eletrônica indireta que envolve o uso
de um condutor externo para deslocar os elétrons da região em que ocorre oxidação para a
região em que ocorre redução.
- Os elétrons migram pelo circuito externo do eletrodo de zinco para o eletrodo de cobre, onde
compensam a diferença causada pela retirada de elétrons pelos íons Cu2+ da solução. Assim, o zinco é o
polo negativo e o cobre, o polo positivo da pilha.
- Na semicela de cobre, a solução vai perdendo íons Zn+2, vão ficando em excesso de íons. A
solução tende a ficar com excesso de carga negativa.
- Na semicela de zinco, a solução vai recebendo íons Zn2+, que vão ficando em excesso. A solução
tende a ficar com excesso de carga positiva.
Esses excessos de carga bloqueariam o processo se não existisse a ponte salina. Ela permite o
escoamento de íons de um lado para outro, anulando o excesso de carga
Resumindo:
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Aula
Eletroquímica II 16
Cátodo e Anodo
Placa positiva Cu: cátodo (onde ocorre a redução)
Dadas as semirreações:
Responda:
92
Referências
REFERÊNCIAS
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93