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Colégio Militar do Recife

Ciências Naturais
9º ANO
AULA 04 - I Trimestre
EXÉRCITO
BRASILEIRO

Evolução dos Modelos


Atômicos
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Cap Arlindo – Ciências Naturais
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A história dos modelos atômicos


Os modelos usados para representar os átomos são chamados modelos
atômicos.
Esses modelos não são iguais aos átomos que representam, mas nos
ajudam a explicar alguns fenômenos que podem ser observados na
natureza, como a transformação das substâncias químicas e os fenômenos
elétricos.
Os modelos são aceitos pelos cientistas como uma possível forma de
explicar alguns tipos de fenômenos.
No entanto, à medida que novas observações e testes são feitos e novos
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conceitos e teorias são desenvolvidos, esses modelos devem ser
substituídos ou modificados para explicar novas descobertas.

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A ideia de que toda matéria é formada por átomos já havia sido proposta na
Grécia antiga por um grupo de filósofos. O mais conhecido defensor dessa
ideia foi o filósofo grego Demócrito, nascido por volta de 460 a.C.

Ao responder à pergunta “De que é formada a matéria?”

Demócrito afirmou que todos os corpos podiam ser divididos em partículas


cada vez menores, até chegar ao átomo, que não poderia mais ser dividido.
O átomo seria, portanto, a menor parte da matéria.

Muito tempo depois da proposição de Demócrito, a partir do século XVI,


durante o período conhecido como Renascimento, foram realizadas
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formada por átomos. Essa teoria ganhou força entre cientistas e filósofos.

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O modelo atômico de Dalton


Em 1803, o cientista inglês John Dalton (1766-1844) elaborou um modelo
atômico para explicar o comportamento dos gases e os resultados das
medidas das massas das substâncias durante as transformações químicas.
De acordo com o modelo atômico proposto por Dalton, os átomos
seriam como pequenas esferas invisíveis e que não podiam ser
divididas. Essas partículas não poderiam ser quebradas em partes
menores, nem criadas ou destruídas.
Dalton também concluiu que toda matéria é formada pela associação de
átomos e que os átomos não são todos iguais.
EXÉRCITO
BRASILEIRO Uma barra de ferro, por exemplo, é formada por um tipo de átomo diferente
do átomo que se encontra em uma barra de ouro. Concluiu ainda que, em
uma transformação química, os átomos que formam as substâncias se
recombinam entre si, dando origem a novas substâncias.
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O modelo atômico de Dalton


Essas e outras afirmações formam a teoria atômica de Dalton. Essa teoria
explicava uma série de observações, como a compressibilidade dos gases
e as proporções fixas com que as substâncias se combinam numa
transformação química.

No entanto, a teoria de Dalton não explicava como os átomos se ligavam


uns com os outros.

Quando novos estudos sobre os fenômenos elétricos foram realizados e


descobriu-se a existência de partículas menores que o átomo, os cientistas
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passaram a realizar outros experimentos para propor novos modelos
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atômicos.

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O modelo atômico de Thomson


Na Grécia antiga já se sabia que pedaços de âmbar (uma resina fóssil,
proveniente de uma espécie de pinheiro) atritados em peles de animais
podiam atrair objetos leves. Alguns séculos mais tarde, a causa dessa
atração foi chamada de “eletricidade”.

No final do século XIX, uma série de experimentos que investigavam a


natureza elétrica da matéria revelou que os átomos apresentam cargas
elétricas positivas e negativas.

Essa constatação explicava as observações gregas sobre o âmbar.


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Em 1897, o físico inglês Joseph John Thomson (1856-1940) comprovou a


existência de partículas de carga negativa nos átomos. Essas partículas
foram posteriormente chamadas elétrons.
Thomson sabia que o átomo era eletricamente neutro, ou seja, apresentava
carga total nula. E, como o elétron era negativo, ele supôs que deveria
haver uma carga positiva no átomo que anulava a carga negativa. O átomo,
segundo Thomson, seria formado por elétrons mergulhados em uma esfera
com carga positiva. Ou seja, os átomos não seriam indivisíveis, como supôs
Dalton.
Mais tarde, outros cientistas descobriram os prótons, que são partículas
com carga positiva. Naquela época, eles achavam que os prótons e os
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fenômenos observados na natureza, novos conceitos e uma série de
experimentos levou os cientistas a mudar de ideia e a reformular o modelo
de Thomson.
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Os modelos de Rutherford e Bohr


No final da década de 1890, cientistas independentes verificaram que
alguns átomos emitiam partículas naturalmente: esse fenômeno foi
chamado radioatividade pela cientista polonesa Marie Curie (1867-1934) e
sua compreensão levou à construção de um novo modelo para o átomo.

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Um dos experimentos que permitiram a construção do novo modelo foi


realizado pelo cientista neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) e
colaboradores. O experimento consistia no bombardeamento de partículas
com carga elétrica positiva em uma finíssima folha de ouro, com cerca de
0,0001 mm de espessura. As partículas eram emitidas por um elemento
radioativo. Rutherford verificou que a maioria das partículas atravessava a
folha de ouro sem sofrer desvios, enquanto algumas sofriam grandes
desvios, chegando até a ser refletidas.

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contrário do que se pensava, as cargas positivas não estavam espalhadas


por todo o átomo, mas concentradas em uma região que ele chamou de
núcleo, com os elétrons à sua volta. As partículas desviadas de sua
trajetória eram aquelas que se chocavam contra o núcleo ou que passavam
próximo a ele.

Veja na figura 6.8 o resultado esperado do experimento de Rutherford se a


distribuição das cargas elétricas no átomo estivesse de acordo com o
modelo de Thomson (A), e o resultado observado por Rutherford (B)

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Baseado no resultado de seus experimentos, em 1911, Rutherford propôs


um modelo atômico com duas regiões:

O núcleo, região central onde ficam os prótons, com carga positiva,


e a eletrosfera, região mais externa, com os elétrons, de carga
negativa, girando ao redor do núcleo.
Nesse modelo, quase toda a massa do átomo fica concentrada no núcleo,
que tem um volume muito menor que o volume total do átomo. A partir do
experimento, Rutherford deduziu que o diâmetro do átomo é cerca de dez
mil vezes maior do que o diâmetro do núcleo e que praticamente toda a
massa do átomo está concentrada no núcleo.
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Os átomos não são exatamente esferas. Mas se imaginarmos os átomos


como pequenas esferas, seu diâmetro estaria entre cerca de 50 milhões e
10 milhões de vezes menor que um milímetro.

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Resumindo:

O núcleo do átomo contém partículas positivas – os prótons – e partículas


sem carga elétrica – os nêutrons.

A eletrosfera é a região mais externa do átomo, onde estão os elétrons, de


carga negativa.

Os prótons e os nêutrons têm massas praticamente iguais


(aproximadamente 1,7 × 10–24 g).

Já a massa de um elétron (cerca de 9,1 × 10–28 g) é quase 1868 vezes


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BRASILEIRO menor que a de um próton, que é aproximadamente a relação que existe
entre a massa de um pequeno pássaro e a de um ser humano adulto.

Quase toda a massa do átomo fica concentrada no núcleo.


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Modelos Atômicos (resumo)


Modelo de Dalton (bola de bilhar) - 1803
Segundo este modelo, os átomos eram as menores partículas possíveis, assumiam formas
esféricas e possuíam massa semelhante caso fossem correspondentes ao mesmo elemento
químico.

Modelo de Thomson (pudim de passas) – 1897


De acordo com este novo modelo, o átomo era uma esfera de carga elétrica positiva incrustada
com elétrons, com carga negativa, tornando-se assim eletricamente neutro. Ficou conhecido
como pudim de passas, pudim de ameixas e/ou modelo de melancia.

Modelo de Rutherford-Bohr (sistema planetário) – 1908/1910


Rutherford ao bombardear partículas alfa sobre uma lâmina de ouro percebeu que a maioria
atravessava a lâmina. Enquanto que uma menor parte sofria pequeno desvio, e uma parte ínfima
sofria grande desvio contrário à trajetória.
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A partir desse experimento, foi possível perceber que os átomos não eram maciços como se
pensava, mas dotados de grande espaço vazio. Assim como, que eram constituídos por um
núcleo carregado positivamente e uma nuvem eletrônica carregada negativamente. Essa nuvem
eletrônica era composta por elétrons que giravam em órbitas elípticas ao redor do núcleo (assim
como os planetas ao redor do sol).
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Sempre que ficar com preguiça


de estudar lembre-se que o
estudo é a estrada que levará
você onde deseja chegar.
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