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Ciências Aplicadas
2 OH 3 4
1 2 3
OH
1
2
1
OH
SENAI-SP, 2004
Trabalho organizado pela Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, a partir dos conteúdos extraídos da
Intranet do Departamento Regional do SENAI-SP.
1ª edição, 2004
Equipe Responsável
Cód. 120.10.044
Sumário
6 Descobertas de Rutherford
8 Postulados de Bohr
12 Elemento químico
24 Tabela periódica
25 Substâncias
68 Equação química
78 Número de oxidação
84 Oxidação e redução
93 Reatividade química
Se os princípios da Física são importantes para a Tecnologia, não menos importantes são os
princípios da Química. Por exemplo, compreender como o ferro é obtido a partir da hematita num alto
- forno; compreender porque o ferro enferruja; entender como é possível obter polímeros a partir de
monômeros; explicar porque a água consegue dissolver a maioria das substâncias; saber formular
um sabão e uma tinta e assim por diante, são coisas do mundo da Química, uma ciência
experimental que está presente na nossa vida e no nosso cotidiano.
Este capítulo vai tratar de certos princípios da Química que são fundamentais para a
compreensão do comportamento dos materiais .
A IDÉIA DE ÁTOMO
A idéia de que toda matéria é constituída por partículas individuais microscópicas é chamada
teoria atômica. Esse, provavelmente, é o conceito mais importante de toda a Ciência.
Tecnicamente a teoria atômica mantém sua posição como teoria, pois até então, ninguém
conseguiu observar átomos individuais em detalhes.
Os gregos antigos raciocinavam assim: se, por exemplo, um pedaço de cobre fosse dividido
em duas metades, ambos os fragmentos continuariam sendo cobre :
+ +
átomo
Essas idéias eram surpreendentemente corretas até certo ponto; entretanto, por falta de
evidências experimentais, elas permaneceram por muito tempo apenas como um produto da
imaginação e do filosofar.
No século XIX, John Dalton (1766 – 1844), químico e físico inglês, retomou a idéia de átomo
propondo uma teoria conhecida por “Teoria Atômica de Dalton” que, em linhas gerais diz:
Até o final do século XIX a idéia de átomo como partícula maciça e indivisível prevaleceu.
Observe, no desenho ,o modelo de átomo imaginado por Dalton.
átomo de cobre
limalha de cobre
DESCOBERTAS DE RUTHERFORD
Em 1911, Ernest Rutherford (1871 – 1937), físico inglês, demonstrou que o átomo é um
sistema formado por um núcleo central – onde se concentra praticamente toda a massa do átomo – e
de raio extremamente pequeno em relação ao átomo.
Esse núcleo estaria carregado com carga positiva e seria envolvido por uma nuvem de elétrons
que possui carga negativa que neutralizaria a carga positiva do núcleo.
À região ocupada pelos elétrons ao redor do núcleo, Rutherford deu o nome de eletrosfera.
Utilizando uma finíssima lâmina de ouro, com espessura de 0,0001mm, um material radioativo
(emite partículas espontaneamente) - no caso era o polônio- e um anteparo fluorescente às emissões
radiativas, Rutherford montou o seguinte dispositivo:
Inicialmente o polônio foi colocado dentro de um bloco de chumbo dotado de um orifício que
direcionava as partículas alfa (emitidas pelo próprio polônio), para a fenda e, desta, para a lâmina de
ouro.
Rutherford verificou que a maioria das partículas alfa atravessavam a lâmina de ouro, sem
sofrer desvios. Apenas algumas sofriam desvios bruscos, quando encontravam obstáculos
positivamente carregados (núcleos).
Incidindo no anteparo recoberto com sulfeto de zinco, as partículas alfa provocavam a emissão
de luz.
Concluindo, Rutherford admitiu que o átomo é uma espécie de sistema solar em miniatura,
cheio de espaços vazios, onde existe um núcleo carregado de eletricidade positiva.
POSTULADOS DE BOHR
Em 1913, o cientista dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) deu um tratamento matemático para
justificar a estabilidade dos elétrons ao redor do núcleo, baseando-se na teoria quântica de Planck.
1º. os elétrons giram em determinadas órbitas sem emitir e sem absorver energia radiante. A
cada órbita corresponde, pois, um determinado nível de energia. Os elétrons podem girar
sem emitir e sem absorver energia em determinadas órbitas. Assim se explica porque não
caem no núcleo.
2º. os elétrons , ao absorverem energia, saltam para uma órbita mais externa e, logo a seguir,
ao voltarem para órbitas internas, liberam energia. À energia absorvida ou liberada pelos
elétrons deu-se o nome de fóton.
De acordo com Bohr, os elétrons possuem órbitas bem determinadas e essas órbitas recebem
o nome de camadas eletrônicas ou níveis de energia.
De fato, quanto maior a energia do elétron, mais afastado do núcleo estará a sua camada ou
nível eletrônico correspondente.
Em 1922, Rutherford e o físico inglês James Chadwick (1891-1974) isolaram pela primeira vez
o próton, pelo bombardeamento de nitrogênio (N) com partículas alfa (α), resultando daí a liberação
do oxigênio (O) e do próton:
N+α O + próton
Essa experiência serviu para caracterizar definitivamente o próton e ratificar sua existência.
Em 1932, bombardeando berílio (Be) com partículas alfa, James Chadwick obteve carbono (C)
e nêutron, de cuja existência já se suspeitava:
Be + α C + nêutron
Realmente, Rutherford já havia previsto a presença de partículas neutras junto aos prótons,
não só para explicar a massa maior que os núcleos apresentavam, como também para justificar sua
estabilidade, pois não se entendia como poderiam estar aglutinadas partículas positivas sabendo-se
que entre elas ocorre repulsão.
A partir da descoberta dos nêutrons, o modelo atômico teve que incorporar os prótons, elétrons
e nêutrons.
A tabela, a seguir, mostra alguns dados referentes aos prótons, nêutrons e elétrons.
Atualmente são conhecidas várias outras partículas nucleares; contudo, para a Química do dia
a dia, bastam os prótons, nêutrons e elétrons.
É o número de prótons do núcleo de um átomo. Num átomo normal, cuja carga elétrica total é
zero, o número de prótons é igual ao número de elétrons.
Por exemplo, quando dizemos que o número atômico do átomo de ferro é 26, isto significa
dizer que no núcleo de um átomo de ferro existem 26 prótons e que em sua eletrosfera existem 26
elétrons.
Em símbolos:
Z = no de prótons = no de elétrons
É a soma do número de prótons (Z) com o número de nêutrons (n) existentes no núcleo de um
átomo. Em símbolos:
A=Z+n
Por exemplo, o número de massa (A) do átomo de sódio é 23 e seu número atômico (Z) é 11.
Portanto, cada átomo de sódio contém 12 nêutrons.
É o número de massa que nos informa se um átomo é mais leve ou mais pesado que outro,
posto que a massa do átomo praticamente está concentrada em seu núcleo.
ELEMENTO QUÍMICO
É o conjunto de todos os átomos com o mesmo número atômico. Assim, elemento químico
hidrogênio é o conjunto de átomos de Z=1; elemento químico hélio é o conjunto de átomos de Z=2 e
assim por diante. A cada Z corresponde um único elemento químico e vice-versa.
Os nomes dos elementos químicos são grafados ou escritos abreviadamente por meio de
símbolos. Em todos os países os símbolos dos elementos químicos são escritos do mesmo modo.
Por exemplo, em inglês o nome do ferro é iron, em espanhol é hierro, em alemão é eisen e em
russo é jeliézo, mas o símbolo é Fe.
Os símbolos dos elementos constam da inicial maiúscula dos seus nomes latinos ou,
eventualmente, gregos, seguida ou não de uma segunda letra minúscula de seu próprio nome.
Exemplos:
Quando queremos indicar no próprio símbolo do átomo o número atômico (Z) e o número de
massa (A) , os valores de Z e de A são escritos como índices inferior e superior, respectivamente, à
esquerda do símbolo.
Exemplos:
1 23 56
1 H; Na ;
11 26 Fe
Distribuição eletrônica
O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnível de energia, também
foi determinado experimentalmente:
energia crescente
Subnível s p d f
Número máximo de elétrons 2 6 10 14
O número de subníveis que constituem cada nível de energia depende do número máximo de
elétrons que cabe em cada nível. Assim, como no 10 nível cabem no máximo 2 elétrons, esse nível
apresenta apenas um subnível s, no qual cabem os 2 elétrons. O subnível s do 10 nível de energia é
representado por 1s.
Resumindo:
Linus Carl Pauling (1901-1994), químico americano, elaborou um dispositivo prático que
permite colocar todos os subníveis de energia conhecidos em ordem crescente de energia. É o
processo das diagonais, denominado diagrama de Pauling, representado a seguir. A ordem
crescente de energia dos subníveis é a ordem na seqüência das diagonais.
1s
2s 2p
3s 3p 3d
4s 4p 4d 4f
5s 5p 5d 5f
6s 6p 6d
7s
1s,2s,2p,3s,3p.4s,3d,4p,5s,4d,5p,6s,4f,5d,6p,7s,5f,6d
ordem crescente de energia
Solução:
K 1s2
L 2s2 2p6
M 3s2 3p6 3d5
N 4s2 4p 4d 4f
O 5s 5p 5d 5f
P 6s 6p 6d
Q 7s
Resposta: K = 2; L= 8; M = 13; N = 2
Solução:
K 1s2
L 2s2 2p6
M 3s2 3p6 3d10
N 4s2 4p6 4d10 4f
O 5s2 5p6 5d 5f
P 6s 6p 6d
Q 7s
Há alguns elementos químicos cuja distribuição eletrônica não “bate” com o diagrama de
Pauling. São exceções que não serão discutidas nesta apostila.
Se você desejar saber mais, consulte os bons livros de Química do nível médio.
Exercícios
1. Complete a tabela:
Elemento Z n A N0 de elétrons
Cl (Cloro) 17 35
Ca (Cálcio) 20 40
C (Carbono) 6 12
S (Enxofre) 16 16
Fe (Ferro) 56 26
P (Fósforo) 15 31
H (Hidrogênio) 1 1
Ag (Prata) 49 115
Zn (Zinco) 25 30
K (Potássio) 19 20
2. Faça a distribuição eletrônica, por camada, para os átomos dos elementos indicados:
Objetivo
Material necessário
1 bico de Bunsen
7 vidros de relógio
1 béquer de 50ml
1 espátula ou colher
Fundamentos teóricos
A luz visível pode ter as seguintes cores: vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, anil e
violeta. São as cores do arco-íris. A mistura dessas sete cores dão origem a luz branca ou solar.
Os comprimentos de onda da luz visível situam-se na faixa de 3600 ângstrons (luz violeta) a
7800 ângstrons (luz vermelha).
Procedimentos
2. A seguir, o professor vai umedecer uma das extremidades do fio de níquel-cromo no ácido
clorídrico concentrado e, a seguir, tocar o cloreto de lítio sólido para que uma porção desta
substância fique aderida na extremidade umedecida.
4. O professor vai repetir o mesmo procedimento com as outras substâncias e sempre vai
limpar o fio de níquel-cromo para testar cada nova substância. Isto é importante para que
uma substância não interfira no resultado de outra. Observe como o professor procede para
limpar o fio de níquel-cromo. Não se esqueça de completar os campos da tabela, anotando
as cores que você conseguir visualizar.
5. Que elementos contidos nas substâncias das amostras são responsáveis pelas cores?
Anote sua resposta.
6. Por que as cores observadas não se devem aos átomos de cloro? Anote sua resposta.
7. O elemento hélio foi encontrado primeiramente no Sol. Como você acha que isto foi feito?
Anote a resposta após discutí-la com seus colegas, sob a intermediação do professor.
Nas primeiras décadas do século XIX foram propostos vários sistemas de classificação dos
elementos químicos em grupos, segundo critérios de semelhança.
símbolo do elemento
número atômico
9 2
FLÚOR
F
7
19,00
distribuição eletrônica
nome do elemento
massa atômica
) Na coluna 0 (18) encontram-se os gases nobres : He, Ne, Ar, Kr, Xe e Ra.
) Na coluna 2 A (2), temos os metais alcalino-terrosos : Be, Mg, Ca, Sr, Ba e Ra.
) Na coluna 0 (18), temos os gases nobres : He, Ne, Ar, Kr, Xe e Rn.
) A série dos lantanídios (terras raras) e a série dos actinídios representam os elementos de
transição interna. Esses elementos possuem subnível f incompleto no antepenúltimo
nível, subnível d incompleto no penúltimo nível e subnível s completo no último nível.
) Sob pressão normal e a 25ºC são elementos gasosos: F, Cl, O, N, H, He, Ne, Ar, Kr, Xe e
Rn.
A tabela periódica não é para ser decorada em seus mínimos detalhes; é para ser
consultada!
SUBSTÂNCIAS
Os átomos não “gostam” de “viver” isoladamente. Preferem ligar-se uns aos outros, buscando
maior estabilidade elétrica.
Quando átomos iguais ou diferentes se ligam, dão origem às moléculas e aos agregados
iônicos que vão constituir as substâncias.
Representando os átomos por “bolinhas” vamos utilizar os seguintes tipos de átomos para
representar moléculas de algumas substâncias que você conhece:
⇒ átomo de carbono
⇒ átomo de oxigênio
⇒ átomo de hidrogênio
Acompanhe:
molécula de água
Já deu para perceber que foi possível montar cinco moléculas de substâncias diferentes
usando apenas três tipos de átomos. Imagine o que se pode fazer com os mais de 100 tipos de
átomos conhecidos !
As substâncias simples são constituídas por átomos isolados, como os gases nobres, ou pela
combinação de átomos de um único elemento químico como é o caso do gás hidrogênio e do gás
oxigênio.
As substâncias, simples ou compostas, podem ser representadas por fórmulas que indicam os
tipos e as quantidades dos átomos que as compõem.
Exemplos:
CO2 ⇒ é a fórmula do gás carbônico. É uma substância composta, pois em cada molécula
existem dois tipos de átomos diferentes (carbono e oxigênio).
Exercícios
1. Complete as afirmações:
d) Uma placa de platina só apresenta átomos de platina em sua estrutura. Trata-se de uma
substância .................................
Classificação
Nomes e fórmulas das substâncias Simples Composta
Ácido perclórico (HClO4)
Ouro 24 quilates (Au)
Gás ozônio (O3)
Cloreto de sódio (NaCl)
Monóxido de carbono (CO)
Gás metano (CH4)
Enxofre purificado (S8)
Iodo (I2)
Ácido sulfúrico (H2SO4)
Ácido nítrico (HNO3)
Hidróxido de sódio (NaOH)
Neônio (Ne)
Gás acetileno (C2H2)
Ácido acético (CH3COOH)
Classificação
Nomes e fórmulas das substâncias Simples Composta
Éter (CH3OCH3)
Isopreno (C5H8)
Metanol (CH3OH)
Gás Sulfídrico (H2S)
Bronze (liga de cobre e estanho)
Latão (liga de cobre e zinco)
Naftalina (C10H8)
Água oxigenada (H2O2)
Glicose (C6H12O6)
Flúor (F2)
Celulose (C6H10O5)n
Alumínio refinado (Al)
Argônio (Ar)
Diamante (Cn)
Sódio metálico (Na)
Nitrogênio (N2)
Dióxido de nitrogênio (NO2)
Amônia (NH3)
Sulfato de cobre II (CuSO4)
Aço (liga de ferro e carbono)
Talco ( Mg3(Si4O10)(OH)2)
Bórax (Na2B4O7.10H2O)
Nitrato de prata (AgNO3)
Silicato de cálcio (CaSiO3)
Hélio...............................2
Neônio............................2, 8
Argônio...........................2,8,8
Kriptônio.........................2,8,18,8
Xenônio..........................2,8,18,18,8
Radônio................. ........2,8,18,32,18,8
Excetuando o hélio, que possui 2 elétrons na camada K, os demais gases nobres apresentam
8 elétrons na última camada. Todos esses gases são bastante estáveis e são encontrados no estado
atômico. Dificilmente os átomos desses elementos efetuam ligações químicas.
Diante disto, surgiu a teoria do octeto, pois experiências constataram que os átomos, de um
modo geral, tornam-se estáveis quando adquirem a configuração dos gases nobres. Em outras
palavras, os átomos procuram ficar com 8 elétrons na última camada ou com 2 elétrons se ele tiver
apenas a camada K.
Contudo, para adquirir a estabilidade química de um gás nobre, os átomos cedem, ganham ou
compartilham elétrons. Dessas interações, surgem forças de atração capazes de unir os átomos.
Quando isto ocorre estabelecem-se as ligações químicas entre eles.
Vamos discutir três tipos de ligações químicas: a ligação iônica ou eletrovalente, a ligação
covalente e a ligação metálica.
Como regra geral, os átomos de metais tendem a ceder elétrons, pois apresentam um, dois ou
três elétrons na última camada. Por outro lado, os átomos dos não-metais tendem a receber elétrons
pois têm cinco, seis ou sete elétrons na última camada.
A ligação iônica ocorre geralmente entre átomos com baixa eletronegatividade (metais) e
átomos com alta eletronegatividade (não-metais).
Exemplo 1:
K- 2 K-2
Na L - 8 Cl L-8
M -1 M-7
Considerando-se que esta explicação envolve apenas os elétrons da última camada (camada
de valência), podemos simplificar a representação anterior do seguinte modo:
. . . .
Na . + .
Cl: [ Na ]+ + [ :Cl: ]−
. . . .
Tendo cargas opostas, os cátions e os ânions atraem-se e mantêm-se unidos pela ligação
iônica, originando assim a substância cloreto de sódio:
Na prática, porém, uma reação não envolve apenas dois átomos, mas sim uma enorme
quantidade de átomos, de modo que no final teremos um aglomerado envolvendo um grande número
de íons.
No caso do cloreto de sódio (NaCl), átomos de sódio são bombardeados por moléculas de
cloro gasoso, resultando num aglomerado iônico. Ao redor de cada cátion de Na+ encontram-se seis
ânions Cl−; ao redor de cada ânion Cl− encontram-se seis cátions de Na+.
Exemplo 2:
K-2 K-2
Ca L- 8 F L-7
M-8
N-2
esta camada receberá um elétron
: F:
. .
. .
.. 2+
Logo: Ca + [ Ca ] [:F: ] -
. . 2
:F:
. .
Neste caso, também a substância resultante CaF2 é formada somente por íons.
x -y
A B
y x
Salientemos que a carga total positiva dos cátions equilibra a carga total negativa dos ânions.
Observe que há elementos que formam dois cátions. Nesse caso, o cátion com valência menor
recebe o sufixo oso e o cátion com valência maior recebe o sufixo ico. Pode-se também indicar os
sufixos com algarismos romanos.
Exemplo: Fe2+ = íon ferroso ou íon de ferro II; Fe3+ = íon férrico ou íon de ferro III.
A ligação covalente é bastante comum entre átomos de não-metais e entre hidrogênio e não-
metais. Nas ligações com não-metais, o hidrogênio tende a receber um elétron para adquirir uma
estrutura semelhante à do hélio.
Na ligação covalente normal, cada átomo participa com um elétron para formar a ligação.
H K–1 H K–1
Cada átomo necessita de mais um elétron para completar a camada K que comporta somente
dois elétrons. Diante disto, os átomos fazem “uma sociedade”: um “empresta” o elétron para o outro e
vice-versa:
H• + •H H••H
O par de elétrons ligantes fica pertencendo a ambos os átomos e a estrutura elétrica torna-se
bastante estável.
O par de elétrons da ligação pode ser representado com um traço: H H. Aliás, quando se
mostram os elétrons ligantes (H••H) entre os átomos, estaremos diante da fórmula eletrônica;
quando representamos o par de elétrons ligantes por meio de um traço (H H) estaremos diante da
fórmula estrutural plana e se escrevermos apenas o símbolo dos elementos ligantes com os índices
(quando houver), estaremos diante da fórmula molecular. No caso do exemplo temos: H2.
Exemplos:
.. .. .. ..
:F. + .
F: ⇒ :F. . F: ⇒ F F ⇒ F2 (simples)
.. .. .. ..
.. .. . . ..
E a ligação dativa?
A ligação covalente dativa é a união entre átomos estabelecida por pares de elétrons que são
cedidos apenas por um dos átomos.
.. .. .. . . . ..
O: + :S: + O: ⇒ O::S:O: ⇒ O = S → O
.. .. .. ..
A ligação entre o átomo de oxigênio da esquerda com o enxofre é do tipo covalente normal,
pois cada ligação é formada por um elétron de cada átomo.
Já, a ligação entre o enxofre e o último oxigênio é dativa. Observe que somente o enxofre
forneceu o par de elétrons para o átomo de oxigênio.
A ligação dativa é representada por uma seta que vai do átomo doador para o átomo receptor
do par eletrônico.
Observe que a teoria do octeto continua valendo, pois todos os átomos ligantes ficam com oito
elétrons na última camada.
A ligação dativa só pode ocorrer quando, após o estabelecimento das covalências normais
entre os átomos ligantes existir, entre os ligantes, algum átomo com pares de elétrons “dando sopa”
para outros átomos que precisam se ligar para completar o octeto.
Observe novamente a fórmula eletrônica do SO2. O enxofre ainda possui um par de elétrons
“dando sopa”. Se surgir mais um átomo de oxigênio (lembre-se que o oxigênio é bastante
eletronegativo), ocorrerá outra ligação dativa e surge a molécula de trióxido de enxofre (SO3).
Estruturalmente:
O
↑
0=S
↓
O
E a ligação metálica?
A ligação metálica ocorre entre os átomos dos metais e das ligas metálicas.
Para compreender como esse tipo de ligação ocorre, imagine um pedaço de cobre metálico.
Se examinarmos o pedaço de cobre metálico a olho nu, teremos a impressão de que o material
é homogêneo. Contudo, se atacarmos a superfície com um reagente apropriado e, auxiliados por um
microscópio metalográfico, notaremos que o material é formado por diversos domínios chamados
grãos ou cristais.
Se examinarmos um dos cristais através de raios-X, concluiremos que ele é formado por um
empilhado ordenado de muitos átomos.
É como o acender e o apagar intermitente de uma lâmpada: elétrons saem e chegam. Isto
forma uma espécie de “cola eletrônica” que garante a estabilidade da estrutura metálica.
Esquematicamente:
Essa representação teórica da ligação metálica é muito cômoda para justificar, por exemplo, a
boa condutibilidade elétrica e térmica dos metais e ligas metálicas, entre outras propriedades.
Exercícios
2. Átomos de alumínio (Z=13) reagem com átomos de enxofre (Z=16). Escreva a fórmula
eletrônica e a fórmula “molecular” do composto obtido.
CCl4
NH3
H3PO4
HClO3
O estudo de funções químicas foi introduzido pelo físico-químico sueco Svante August
Arrhenius (1859-1927), no final do século XIX. O critério por ele utilizado baseava-se na passagem de
corrente elétrica em soluções aquosas e no tipo de íons presentes nessas soluções.
Algumas substâncias moleculares também são eletrólitos, pois ionizam-se em água; suas
ligações covalentes são quebradas, produzindo-se íons que conduzem a corrente elétrica. É, por
exemplo, o caso do ácido sulfúrico (H2SO4). Quando adicionado em água, o ácido sulfúrico se ioniza,
dando os íons H3O+ e os íons SO42−.
Diante do exposto define-se grau de ionização (α) de um eletrólito como sendo o quociente
entre o número de partículas ionizadas e número inicial de partículas dissolvidas.
Por exemplo, se adicionarmos ácido clorídrico em água, de cada 100 moléculas dissolvidas, 92
sofrem ionização. Portanto, o grau de ionização do ácido clorídrico é:
Esquematicamente:
Com base no conceito de eletrólito, vamos estudar as principais funções inorgânicas, ou seja:
os ácidos, as bases, os sais e os óxidos.
• Ácidos
Segundo Arrhenius, ácidos são substâncias que em solução aquosa se ionizam, produzindo
como íon positivo apenas o cátion H+.
Exemplos:
H2O
HCl H+ + Cl−
H2O
HNO3 H+ + NO3−
Atualmente sabe-se que o cátion H+ se une a uma molécula de água formando o cátion
hidroxônio ou hidrônio (H3O+). A fórmula estrutural plana do cátion hidroxônio é:
+
H
↑
O
H H
• formulação:
x−
H + ânion
x
Observe que na fórmula de um ácido, o ânion é escrito sempre à direita do cátion H+.
• nomenclatura:
Exemplos:
Para treinar a formulação e a nomenclatura dos ácidos, consulte a tabela de ânions dada a
seguir:
Tabela de Ânions
Monovalentes Divalentes Trivalentes Tetravalentes
BiO3− (bismutato) CO32− (carbonato) BO33− (borato) P2O74− (pirofosfato)
BrO3− (bromato) CrO42− (cromato) PO43− (ortofostato) SiO44− (ortossilicato)
Br− (brometo) Cr2O72− (dicromato) [Fe(CN)6]3− (ferricianeto) [Fe(CN)6]4− (ferrocianeto)
OCN− (cianato) SnO32− (estanato) SbO43− (antimoniato) Sb2O74− (piroantimoniato)
ClO3− (clorato) SnO22− (estanito) SbO33− (antimonito) As2O74− (piroarseniato)
Os ácidos inorgânicos mais importantes são três que serão apresentados a seguir:
É o produto químico mais utilizado na indústria; por isso costuma-se dizer que o consumo de
ácido sulfúrico mede o desenvolvimento industrial de um país.
Industrialmente o ácido sulfúrico é obtido pelo processo catalítico ou de contato, de acordo com
as seguintes etapas:
2SO2 + O2 2SO3
) no refino do petróleo;
) em baterias de automóveis;
) na fabricação de explosivos;
Ácido clorídrico
Ácido clorídrico é uma solução de cloridreto ou gás clorídrico (HCl) em água. O gás clorídrico é
um gás incolor, não-inflamável, muito tóxico e corrosivo. Uma solução aquosa que contém mais que
37% em peso de gás clorídrico, fumega no ar e, por isso, recebe o nome de ácido fumegante.
O ácido clorídrico é um dos ácidos mais fortes que se conhece, pois apresenta elevado grau de
dissociação iônica.
H2 + Cl2 2HCl
Este método é empregado em países onde o cloro (Cl2) é fabricado em grande quantidade
como produto secundário da fabricação do hidróxido de sódio, pela eletrólise do cloreto de sódio em
solução aquosa.
) na Química Analítica;
) em galvanoplastia.
Ácido nítrico
É um líquido incolor quando puro, com densidade 1,52 g/cm3 e bastante fumegante quando
exposto ao ar. Ataca o tecido animal e vegetal; produz na pele manchas amarelas e destrói
rapidamente os vegetais.
É solúvel em água em todas as proporções, onde forma um ácido fortíssimo, devido ao seu
alto grau de dissociação iônica.
Quando aquecido, ou exposto à luz, torna-se instável; decompõe-se produzindo água, oxigênio
e dióxido de nitrogênio.
catalisador (Pt)
4NH3 + 5O2 4NO + 6H2O
6000C
) na fabricação de celulóide;
) na fabricação de plásticos;
) na preparação de nitratos;
Bases ou hidróxidos ou álcalis são compostos que, por dissociação iônica, liberam como íons
negativos apenas o ânion hidroxila (OH−).
Exemplos:
Cátion x + OH x
−
hidróxido de .................................
(nome do cátion)
Exemplos:
Exemplos:
As cargas também podem ser indicadas por algarismos romanos, em lugar dos sufixos oso e
ico:
Para treinar a formulação e nomenclatura das bases, consulte a tabela de cátions dada a
seguir:
Hidróxido de sódio
Também chamado de soda cáustica, é um sólido nas condições normais. Funde-se a 3220C e
é extremamente solúvel em água, sendo a dissolução acompanhada de grande desenvolvimento de
calor.
O hidróxido de sódio tem uma série enorme de empregos, sendo os principais os seguintes:
) fabricação de sabões;
) fabricação de papel;
Hidróxido de potássio
É uma substância sólida, branca, cristalina e solúvel em água, álcool e éter. Recebe o nome de
potassa cáustica por ser uma substância bastante corrosiva.
Hidróxido de cálcio
O hidróxido de cálcio é conhecido pelo nome de cal extinta, pois pode ser obtido a partir da cal
virgem (CaO) em reação com água:
Essa é a reação que ocorre quando os pedreiros preparam a argamassa a ser utilizada no
assentamento de tijolos.
Sendo a base mais barata do comércio, encontra uma série de aplicações, tais como:
) na preparação de argamassa que consiste de mistura de uma parte de cal virgem, com
duas partes de areia e água. A pasta vai se endurecendo aos poucos, devido à evaporação
da água e à formação de carbonato de cálcio, pela reação do gás carbônico (do ar) - que
penetra pelos poros da massa que perdeu água - com hidróxido de cálcio.
) na refinação do açúcar.
Hidróxido de magnésio
É pouco solúvel em água e sua suspensão é conhecida como leite de magnésia, um ótimo
antiácido estomacal.
Hidróxido de amônio
É constituído pelo cátion amônio (NH4+) e pelo ânion hidroxila (OH−). O hidróxido de amônio é
uma base fraca e volatiliza-se lentamente à temperatura normal e rapidamente quando aquecido. Em
ambos os casos obtém-se o gás amônia (NH3) e água.
Os ácidos e as bases apresentam características opostas e isto pode ser evidenciado pelas
suas propriedades funcionais:
Exercícios
1. Com o auxílio da tabela de ânions, escreva a fórmula molecular dos ácidos indicados :
Ácidos Nomenclatura
HIO4
HCN
HIO2
H4[Fe(CN)6]
H3PO4
HI
3. Com o auxílio da tabela de cátions, escreva a fórmula das bases dadas a seguir:
Bases Fórmula
Hidróxido niqueloso
Hidróxido de cromo III
Hidróxido plúmbico
Hidróxido plumboso
Hidróxido de mercúrio II
Hidróxido áurico
Bases Nomenclatura
NH4OH
Al(OH)3
LiOH
Zn(OH)2
Co(OH)2
Ba(OH)2
Objetivo
Material necessário
• 4 vidros de relógio
• 4 béqueres de 50ml
• 7 pipetas ou conta-gotas
• 4 baguetas de vidro
• solução de metilorange
• solução de fenolftaleína
• vinagre
• limão
• água sanitária
Fundamentos teóricos
Indicadores ácido-base são substâncias que apresentam coloração diferente, conforme o meio
seja ácido ou básico. Os indicadores ácido-base mais comuns são: fenolftaleína, metilorange, azul de
bromotimol, tornassol e mistura de indicadores que impregnam o papel indicador universal.
O pH pode ser medido com indicadores ácido-base ou por meio de um aparelho chamado
peagômetro.
Procedimentos
1. Numere os béqueres.
3. Pingue: cinco gotas de ácido clorídrico no béquer 1; cinco gotas de ácido nítrico no béquer
2; cinco gotas de solução de hidróxido de amônio no béquer 3 e cinco gotas de solução de
hidróxido de sódio no béquer 4.
4. Agite as soluções de cada béquer, usando uma bagueta de vidro para cada solução.
5. Usando papel de tornassol azul e vermelho e o papel indicador universal, teste as soluções
contidas em cada béquer. Observe as cores assumidas por cada indicador e anote-as na
tabela a seguir. Siga as orientações do professor.
6. Pingue cinco gotas de caldo de limão no vidro de relógio 1; cinco gotas de vinagre no vidro
de relógio 2; cinco gotas de água sanitária no vidro de relógio 3 e cinco gotas de sabão ou
sabonete, previamente diluído com água, no vidro de relógio 4.
7. Teste as substâncias contidas em cada vidro de relógio usando papel tornassol azul e
vermelho e o papel indicador universal. Observe as cores e preencha a tabela a seguir.
8. Pingue uma gota de solução de fenoltaleína nas soluções contidas em cada béquer e em
cada vidro de relógio. Observe as cores e preencha a tabela a seguir.
9. Jogue fora as soluções contidas nos béqueres e nos vidros de relógio e lave bem todos os
recipientes.
10. Repita os itens 2,3 e 4 para preparar os béqueres e repita o item 6 para preparar os vidros
de relógio.
11. Pingue uma gota de solução de metilorange nas soluções contidas em cada béquer e em
cada vidro de relógio. Observe as cores e preencha a tabela a seguir.
12. Jogue fora as soluções contidas nos béqueres e nos vidros de relógio e lave bem todos os
recipientes. Repita os itens 2,3 e 4 para preparar os béqueres e o item 6 para preparar os
vidros de relógio.
13. Pingue uma gota de solução de azul de bromotimol nas soluções contidas em cada
béquer e em cada vidro de relógio. Observe as cores e preencha a tabela a seguir.
• Sais
Sais são compostos iônicos que possuem, pelo menos, um cátion diferente de H+ e um ânion
diferente de OH−.
Exemplos:
cátion x + ânion y−
y x
Exemplos:
Numa grande série, os sais aparecem como produto natural, constituindo jazidas onde se
encontram, em porcentagem variável, misturados com outras substâncias. Exemplos:
) Carbonato de cálcio (CaCO3) conhecido como calcário. O mármore é uma variedade desse
mineral. O carbonato de cálcio é utilizado, por exemplo, para corrigir a acidez dos solos. É
matéria-prima para se obter cal virgem.
) Cloreto de sódio (NaCl) é encontrado dissolvido na água do mar, de onde é extraído por
evaporação nas salinas, ou em jazidas na crosta terrestre (sal-gema).
) Nitrato de sódio (NaNO3) conhecido como salitre do Chile. É utilizado como fertilizante e na
fabricação da pólvora.
) Fosfato de cálcio [Ca3(PO4)2] encontrado sob a forma dos minerais fosforita e apatita. É um
componente importante dos ossos e dentes e importante para a agricultura onde é utilizado
como fertilizante.
) Sulfeto plumboso (PbS), chamado também de galena, é o principal minério do qual se extrai
o chumbo.
) Sulfeto de zinco (ZnS), também chamado de blenda, é o principal minério do qual se extrai
o zinco.
Exercícios
Sais Nome
Pb3(PO4)2
K2CO3
NaF
KNO2
AgCl
KNO3
FeS
Sais Fórmula
Fluoreto de bário
Borato de alumínio
Fosfato de cálcio
Hidrogenocarbonato de sódio
Brometo de magnésio
Sulfeto de zinco
Oxalato de sódio
Acetato de chumbo II
Carbonato de sódio
Borato de sódio
Ferricianeto de potássio
Ferrocianeto de potássio
Pirofosfato de cálcio
• Óxidos
Óxidos são compostos binários nos quais o oxigênio é o elemento mais eletronegativo.
Exemplos:
Elemento qualquer x− O y−
y x
óxido de ...................................
nome do elemento
Exemplos:
Exemplos:
Pode-se também, nesses casos, utilizar algarismos romanos para indicar a carga do
elemento ligado ao oxigênio:
Exemplos:
Exemplos:
CO = monóxido de carbono
Os óxidos são muito abundantes na crosta terrestre. Inúmeros são os minerais e minérios
constituídos por óxidos. Exemplos:
Exercícios
1. Escreva a fórmula e o nome dos óxidos formados a partir dos cátions apresentados na
tabela:
Fe3+
Óxidos Fórmula
Óxido de zinco
Monóxido de carbono
Óxido ferroso
Óxido de manganês II
Óxido de manganês IV
Óxido de rubídio
Dióxido de dinitrogênio
Pentóxido de difósforo
Trióxido de dinitrogênio
Óxido de magnésio
Óxido de prata
Óxido de cobre I
Óxido de nitrogênio
Trióxido de enxofre
Óxido de chumbo II
Dióxido de carbono
Óxido de alumínio
Óxido mercúrico
Óxido estanoso
Óxido estânico
Dióxido de silício
Monóxido de dicloro
Dióxido de monocloro
Hexóxido de dicloro
Heptóxido de dicloro
Monóxido de dinitrogênio
Tetróxido de dinitrogênio
Pentóxido de dinitrogênio
Tetróxido de difósforo
EQUAÇÃO QUÍMICA
Exemplo:
2H2 + O2 2H2O
Esse modo gráfico e abreviado de escrever uma reação química chama-se equação química.
Qualquer equação química indica, não só as substâncias que estão reagindo e sendo
produzidas na reação, mas também a quantidade dessas substâncias.
Exemplo:
2CO + O2 2CO2
As fórmulas indicam quais são as substâncias que reagem e que são produzidas na reação.
Os coeficientes indicam quantas moléculas, ou íons, de cada substância estão envolvidos na reação.
fórmulas
N2 3H2 2NH3
+
coeficientes
Uma equação química estará correta quando representar um fenômeno químico real e estiver
escrita através de fórmulas e coeficientes corretos.
Os critérios fundamentais para acertar os coeficientes ou balancear uma equação química são:
) igualar o número total de átomos de cada elemento do primeiro membro da equação com
os do segundo membro. Esse procedimento é justificado pela lei da conservação da massa,
) igualar o número e o sinal da carga elétrica total do primeiro membro com o número e sinal
da carga elétrica total do segundo membro. Esse procedimento é justificado pela lei da
conservação da energia,
O método mais simples para se balancear uma equação química é o método das tentativas,
também chamado de método direto. As regras para esse método são as seguintes:
1. Raciocinar com o elemento (ou radical) que aparece apenas uma vez, no primeiro e
segundo membros da equação.
3. Escolhido o elemento (ou radical), transpor seus índices para o outro membro, usando-os
como coeficientes.
4. Prosseguir com os outros elementos (ou radicais), usando o mesmo raciocínio até o final do
balanceamento.
Exemplo:
Solução:
3ª regra : Al + 3 O2 2 Al2O3
4 Al + 3O2 2Al2O3
2x2
Notas:
Exercícios
a) Cr + O2 Cr2O3
b) HI + HIO3 H2O + I2
As reações químicas são classificadas segundo vários critérios; porém, a classificação mais
usual é a que se segue:
Exemplo:
N2 + 3H2 2NH3
• Reação de simples troca : é a reação na qual uma substância simples reage com uma
substância composta deslocando desta última uma nova substância simples.
Exemplo:
Fe + CuSO4 Cu + FeSO4
• Reação de dupla troca : é a reação na qual dois compostos reagem, trocando entre si
alguns elementos e dando origem a dois novos compostos.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Objetivo
Material necessário
• 4 tubos de ensaio
• 1 ímã
• 1 bico de Bunsen
• 1 balança
• 1 haste universal
• 1 sarrafinho de madeira
• 1 bastão de vidro
• aparas de alumínio
• enxofre em pó
• fósforos de segurança
• ácido clorídrico
• óxido mercúrico
• bicarbonato de sódio
Fundamentos teóricos
Procedimentos
2. Com cuidado, coloque uma ou duas pequenas aparas de alumínio dentro do tubo 1 e
observe as ocorrências.
7. O que o professor usou para separar o ferro do enxofre ? Anote sua resposta.
13. Coloque uma pequena quantidade de óxido mercúrico dentro do tubo. Use colher ou
espátula para efetuar a operação.
14. Acenda o bico de Bunsen e regule a chama e posicione-o corretamente sob o tubo de
ensaio.
16. Faça uma pequena brasa em uma das extremidades do sarrafinho de madeira.
17. Introduza a ponta em brasa dentro do tubo de ensaio sem deixá-la tocar no óxido
mercúrico. Observe.
19. Apague a chama do bico de Bunsen e, com cuidado, retire a pinça mufa da haste
universal mantendo o tubo de ensaio preso na pinça.
20. Com o auxílio do bastão de vidro retire das paredes internas do tubo a substância
depositada, recolhendo-a no gral de porcelana.
23. Coloque no tubo 3 ± 1ml de solução de cloreto de zinco. Observe o aspecto da solução.
24. Adicione algumas gotas de solução de hidróxido de sódio dentro do tubo 3 e observe as
ocorrências.
28. Adicione algumas gotas de solução de iodeto de potássio dentro do tubo 4 e observe as
ocorrências.
31. Fixe o tubo de ensaio com a pinça mufa e fixe-a na haste universal.
NÚMERO DE OXIDAÇÃO
Número de oxidação (Nox) é o número que designa a carga real ou teórica de um átomo.
Exemplos:
Na+ ⇒ Nox = +1
• NaCl
Cl− ⇒ Nox = −1
Fe3+ ⇒ Nox = +3
• FeCl3
Cl− ⇒ Nox = −1
Nos compostos covalentes o número de oxidação é uma carga imaginária que o átomo teria,
se os elétrons de ligação fossem contados para o elemento mais eletronegativo.
Representando as moléculas por meio das fórmulas eletrônicas e considerando que o carbono
é mais eletronegativo que o hidrogênio e que o cloro é mais eletronegativo que o carbono e que o
hidrogênio, teremos:
H
φ
x
• No CH4 o carbono estaria ganhando 4 elétrons;
ε
H
H
φ
x
• No CH3Cl o carbono estaria ganhando 3 elétrons
ε
H
Exemplos:
• H2 ⇒ Nox = 0
• O2 ⇒ Nox = 0
• Cl2 ⇒ Nox = 0
• Br2 ⇒ Nox = 0
3a) Os átomos dos elementos, quando não combinados, têm número de oxidação zero.
Exemplos:
• Na ⇒ Nox = 0
• Fe ⇒ Nox = 0
• Ag ⇒ Nox = 0
• Sn ⇒ Nox = 0
4a) Os metais alcalinos (Li, Na, K, Rb, Cs e Fr) e a prata (Ag), nos compostos, têm número
de oxidação +1.
Exemplos:
• K2SO4 Na3PO4
Nox = + 1 Nox = +1
5a) Os metais alcalino-terrosos (Be, Mg, Ca, Sr, Ba e Ra) e o zinco (Zn), nos compostos,
têm número de oxidação +2.
Exemplos:
• MgSO4 Sr(NO3)2
Nox = +2 Nox = +2
Exemplos:
• Al2O3 Al(NO3)3
Nox = +3 Nox = +3
Exemplos:
8a) Nos peróxidos o número de oxidação do oxigênio é −1 e nos demais compostos é −2. Os
peróxidos apresentam o grupo ( OO).
Exemplos:
• H2O • CaCO3
↓ ↓
Nox = − 2 Nox = − 2
9a) Os halogênios (F, Cl, Br e I), à direita da fórmula, têm número de oxidação −1.
Exemplos:
Exemplos:
• Fe2+ ⇒ Nox = +2
• Cu+ ⇒ Nox = +1
• Pb+2 ⇒ Nox = +2
• Au3+ ⇒ Nox = +3
Exercícios
Solução:
H Cl O3
Nox de cada átomo +1 x −2
Total +1 x −6
Então: +1 + x −6 = 0 ⇒ x = +5
Com a prática você não precisa nem montar o dispositivo, pois fará os cálculos montando
somente as equações.
Solução:
Novamente aplica-se a primeira regra; porém, ao invés de igualar a equação com zero,
iguala-se com o valor da carga do íon. Logo:
x + (-2).(4) = −2 ⇒ x – 8 = −2 ⇒ x = + 6
OXIDAÇÃO E REDUÇÃO
Exemplos:
2Mg + O2 2MgO
2Ca + O2 2CaO
Opostamente, redução era a reação na qual uma substância perdia oxigênio ou se combinava
com o hidrogênio.
Exemplos:
CuO + H2 ∆ Cu + H2O
Ca + [O] CaO
Como houve uma combinação com o oxigênio, diríamos que o cálcio oxidou-se.
••
•
Ca•• + O • Ca2+O2− CaO
••
Como se percebe, os átomos de cálcio têm 2 elétrons no nível de valência. Cada átomo de
oxigênio pode receber 2 elétrons. Assim sendo, dizemos que o cálcio se oxidou e que o oxigênio se
reduziu.
Portanto:
Resumindo:
OXIDANTE REDUTOR
Captura elétrons Perde elétrons
Sofre redução Sofre oxidação
Quando se fala em oxidantes e redutores, referimo-nos não só aos átomos que perdem ou
ganham elétrons, mas sim às moléculas e íons das substâncias que possuem esses átomos.
É o átomo que perde ou ganha elétrons, mas o redutor ou oxidante é o “time” de átomos
presentes na reação.
Exemplo:
oxi
0 +2
H2SO4 + Fe FeSO4 + H2
+1 red 0
oxidou-se: Fe
reduziu-se : H
redutor : Fe
Para balancear uma equação química que envolve reação de oxi-redução é preciso determinar
o número de oxidação dos elementos que sofreram oxidação e redução e determinar a variação do
Nox. Depois recai-se no método das tentativas.
Podemos determinar o Nox de todos os elementos para verificar quais sofreram variações;
porém, basta olhar para a equação e procurar os elementos que mudaram de posição. O potássio
continua do lado esquerdo das fórmulas, portanto, pode-se esquecê-lo. O cromo aparece como
elemento central no dicromato de potássio e aparece do lado esquerdo no brometo de cromo III. O
cromo interessa. O hidrogênio aparece do lado esquerdo no HBr e na H2O, portanto ele não
interessa. O bromo aparece do lado direito do HBr e do lado direito do KBr e como substância
simples (Br2) nos produtos. O bromo interessa, justamente porque surge como substância simples
nos produtos.
Feitas essas descobertas, desenha-se dois ramais (um oxi e outro red ), cada qual com a
respectiva variação de Nox:
−1 oxi → ∆ = 1 0
+6 +3
red → ∆ = 3
A seguir, desenha-se duas molduras. Em uma das molduras coloca-se uma substância que
contém o elemento que sofreu oxidação e na outra moldura uma substância que contém o elemento
que sofreu redução.
É preciso tomar cuidado na escolha das substâncias. Por exemplo, o Nox do bromo é –1 em
HBr, é –1 em KBr e é –1 em CrBr3. Essas substâncias não servem, pois os números de oxidação do
bromo se repetem. O único bromo que pode ir para a moldura é o Br2.
Na outra moldura podemos colocar o K2Cr2O7 ou o CrBr3. Nesse caso é preferível o K2Cr2O7
pois o cromo possui maior índice nessa substância.
A seguir, coloca-se a variação de Nox dos ramais oxi e red e multiplica-se a variação dos Nox
pela atomicidade. Os números obtidos devem ser simplificados e transpostos de modo invertido na
frente das molduras.
Acompanhe:
1 K2Cr2O7 ⇒ Cr ∆= 3.2 = 6 =3
3 Br2 ⇒ Br ∆= 1.2 = 2 =1
Logo:
Exercícios
Objetivo
Material necessário
• 1 haste universal
• 1 bico de Bunsen
• 3 tubos de ensaio
• 1 gral de porcelana
• 1 pistilo
• 1 sarrafinho de madeira
• carvão vegetal em pó
• óxido de cobre II
• permanganato de potássio em pó
• ácido nítrico
• fósforos de segurança
• água
Fundamentos teóricos
Já foram discutidos.
Procedimentos
2. Com o auxílio do pistilo, misture bem o carvão em pó com o óxido de cobre II em pó.
3. Com o auxílio da espátula ou de uma colher, transfira para um tubo de ensaio limpo e seco
a mistura contida dentro do gral.
4. Com o auxílio da pinça mufa prenda o tubo de ensaio na haste universal e aqueça-o.
5. Se a mistura contida no tubo de ensaio começar a subir, bata levemente no tubo. Faça isto
com sarrafinho de madeira.
8. Retire a pinça com mufa da haste universal juntamente com o tubo de ensaio e transfira o
conteúdo do tubo para o gral de porcelana. Faça isto com cuidado, pois o tubo está
bastante quente.
10. Responda:
a) Quando você introduziu o sarrafinho com uma das extremidade em chama dentro do
tubo de ensaio, o que ocorreu ?
c) Qual o nome do outro produto que você recolheu no gral de porcelana? Na dúvida,
teste-o com ácido nítrico e discuta os resultados com o professor.
11. Em outro tubo de ensaio limpo e seco, coloque uma pequena porção de permanganato de
potássio sólido. Examine atentamente a cor do permanganato de potássio.
14. Prepare uma brasa em uma das extremidades do sarrafinho de madeira e introduza-a
dentro do tubo de ensaio. Repita o procedimento mais duas vezes.
( ) avivou-se.
( ) apagou-se.
( ) gás carbônico.
( ) hidrogênio.
( ) oxigênio.
17. No primeiro tubo adicione uma pitada de permanganato de potássio normal e no segundo
tubo uma pitada da substância restante no tubo de ensaio que foi aquecido. Observe
atentamente e compare as cores .
18. Somente pela cor das soluções você diria que as substâncias existentes nos dois tubos
são:
( ) iguais.
( ) diferentes.
19. A substância que restou no tubo de ensaio após o aquecimento é constituída de uma
mistura de manganato de potássio ( K2MnO4) e dióxido de manganês (MnO2). O
manganato, em água, dá coloração esverdeada e o dióxido de manganês dá cor preta.
KMnO4
∆
REATIVIDADE QUÍMICA
) os reagentes tenham uma certa afinidade química entre si, ou seja, “vontade de reagir”.
No que diz respeito às reações de oxi-redução, um reagente deve ter “vontade de ceder
elétrons” e o outro, “vontade de receber elétrons”.
Os metais têm sempre tendência para ceder elétrons. Consequentemente os metais se oxidam
e agem como redutores.
Os químicos, comparando vários metais entre si, conseguiram determinar quais são os metais
que têm “maior tendência” e quais os que têm “menor tendência” para ceder elétrons. Daí, “bolaram”
a fila de reatividade química dos metais:
Cs, Li, Rb, K, Ba, Sr, Ca, Na, Mg, Al, Mn, Zn, Cr, Fe, Co, Ni, Sn, Pb, H , Sb, As, Bi, Cu, Hg,
Ag, Pd, Pt, Au.
Exemplos:
Zn + HgSO4 ZnSO4 + Hg
Fe + CuCl2 FeCl2 + Cu
Conclusões:
) uma substância simples deslocará um íon associado, se o metal desse íon estiver depois
da substância simples na fila.
O hidrogênio é o referencial.
Assim sendo, os metais menos nobres que ele (estão antes dele na fila) deslocam-no dos
ácidos.
Exemplos:
Mg + 2HCl MgCl2 + H2
Fe + H2SO4 FeSO4 + H2
O HNO3 e o H2SO4 concentrados (são ácidos oxidantes) reagem especialmente com os metais
nobres (estão adiante do hidrogênio na fila), dando reações de oxi-redução complicadas.
Exemplos:
Nesses casos, além do sal correspondente e da água, o HNO3 produzirá NO ou NO2 e o H2SO4
produzirá SO2, mas nunca será produzido o H2, pois os metais nobres, estando depois do
hidrogênio na fila de reatividade, não poderão deslocá-lo de um ácido.
Para os não-metais há reações que são espontâneas e reações que não são espontâneas.
Exemplos:
F2 + 2NaI 2NaF + I2
O flúor desloca espontaneamente todos os não-metais que estão adiante dele na fila; o cloro
desloca espontaneamente o bromo, o iodo, o enxofre e o fósforo; o fósforo não desloca
espontaneamente nenhum dos outros não-metais.
Exercícios
Examine cada equação química a seguir. Escreva (E) para aquelas que ocorrem
espontaneamente e (NE) para as não espontâneas:
2. ( ) 2K + H2O 2KOH + H2
3. ( ) Cu + 2HCl H2 + CuCl2
4. ( ) Zn + 2HCl ZnCl2 + H2
6. ( ) Cu + Fe2+ Fe + Cu2+
7. ( ) P4 + 6Cl2 4PCl3
9. ( ) Ca + Cl2 CaCl2
Objetivo
Material necessário
• 5 tubos de ensaio
• 5 béqueres de 250ml
• 2 lâminas de cobre
• 2 lâminas de zinco
• 2 lâminas de ferro
• 2 lâminas de alumínio
• 2 lâminas de chumbo
• 1 lixa d´água
• 1 pano de esfregão
• ácido clorídrico
• aparas de cobre
• aparas de zinco
• aparas de alumínio
• aparas de chumbo
Fundamentos teóricos
Já foram discutidos.
Procedimentos
4. Observe o que ocorre em cada tubo de ensaio e complete o quadro escrevendo: R = reagiu;
(NR) = não reagiu.
Cu Pb Al Zn Fe
HCl
HCl + Cu
HCl + Pb
HCl + Al
HCl + Zn
HCl + Fe
6. Por que no tubo 1 não ocorreu reação química ? Anote sua resposta.
9. Lixe as lâminas de cobre, zinco, ferro, alumínio e chumbo sobre o pano de esfregão. Lave-
as e seque-as com papel toalha.
Cu Zn Fe Al Pb
CuSO4.5H2O
CuSO4 + Cu
CuSO4 + Zn
CuSO4 + Fe
CuSO4 + Al
CuSO4 + Pb
14. As reações ocorridas são de simples troca ? São de oxi-redução? Justifique suas
respostas.
15. Lave os béqueres e lixe as que não foram utilizadas. Lave e seque as lâminas.
18. Aguarde cinco minutos e complete o quadro, escrevendo: R = reagiu; (NR) = não reagiu.
Cu Zn Fe Al Pb
NaOH (sol.)
Cu + NaOH
Zn + NaOH
Fe + NaOH
Pb + NaOH
20. A reação de alumínio com hidróxido de sódio em solução aquosa produz hidrogênio,
segundo a equação:
insolúvel
+
2Al(OH)3 + 2NaOH 2Na[Al(OH)4]
solúvel
CORROSÃO E PROTEÇÃO
Corrosão é a ação química que o meio ambiente exerce sobre o material, tornando-o
imprestável para vários usos, como, por exemplo, na construção civil, na mecânica, nos meios de
transporte, nos processos industriais, etc. Às vezes, o prejuízo mais importante da corrosão não
ocorre com o material mas, sim, com o meio. São os casos da contaminação de alimentos, produtos
farmacêuticos e outros.
Os metais e as ligas metálicas perdem a sua principal utilidade quando corroídos. Essa perda
representa prejuízo sob o ponto de vista econômico porque os metais e as ligas corroídos devem ser
repostos, acarretando despesas adicionais com matéria-prima para produzi-los (minérios) e com
energia e mão-de-obra para processamento.
Outros prejuízos, tão ou mais sérios, não podem ser expressos em termos econômicos. São os
casos em que a corrosão provoca, por exemplo, desabamento de edifícios, explosão de caldeiras,
afundamento de navios, provocando o ferimento e até a morte de pessoas.
Em relação aos meios naturais, a corrosão pode ser provocada pela atmosfera, pelas águas e
pelos solos.
• Corrosão atmosférica
As atmosferas poluídas corroem mais que as atmosferas não poluídas. São poluentes
atmosféricos:
A água sem ar é pouco corrosiva. É com essa água que se alimentam caldeiras para produção
de vapor.
Produtos químicos dissolvidos na água também podem aumentar ou diminuir a ação corrosiva
desse líquido. Substâncias que aumentam a alcalinidade da água, como a soda e a soda cáustica,
reduzem a ação corrosiva da água frente aos aços. Essa propriedade é aproveitada no tratamento de
águas de uso industrial, especialmente as que são usadas para alimentar caldeiras para produção de
vapor. Além da alcalinidade, o baixo teor de oxigênio melhora a qualidade das águas de alimentação.
Vários sais, como o cromato e o dicromato de sódio ou de potássio, o nitrito de sódio, o fosfato
de sódio e outros, bem como alguns compostos orgânicos, agem como inibidores da corrosão
quando dissolvidos na água ou em outros líquidos como o álcool, a gasolina, o petróleo, etc.
O cloreto de sódio – sal de cozinha – e outros cloretos aumentam muito a ação corrosiva da
água, provocando as formas mais sérias de corrosão – corrosão perfurante e corrosão fraturante –
em quase todas as ligas metálicas, inclusive no aço inoxidável. Os cloretos são exemplos de sais
agressivos.
Substâncias que aumentam a acidez da água também aumentam sua ação corrosiva. Assim, o
ácido clorídrico ou o ácido muriático (ácido clorídrico impuro) constituem meios dos mais agressivos
aos metais e seu manuseio requer cuidados especiais. por isso, nas operações industriais de
limpeza, ele é empregado juntamente com um inibidor. O ácido clorídrico com inibidor é usado, por
exemplo, na decapagem e na desobstrução de tubulações e de válvulas.
Os solos podem ser mais ou menos corrosivos em função de vários fatores. Sua umidade e
porosidade, ou a presença de correntes elétricas contínuas e de bactérias contribuem para que ele
seja corrosivo.
A corrosão causada pelos solos é do tipo perfurante. Tubos, cabos e tanques metálicos
enterrados estão sujeitos a esse tipo de corrosão.
PRÁTICA 6: CORROSÃO I
Objetivo
Material necessário
• 1 lixa d’água
• 1 saponáceo em pedra
• acetona ou álcool 96 GL
• algodão
Fundamentos teóricos
Pode-se definir corrosão como a deterioração de um material, geralmente metálico, por ação
química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços mecânicos.
Procedimentos
1. Lixe uma das faces da lâmina de cobre e esfregue-a com saponáceo. Faça a mesma coisa
com a lâmina de alumínio.
3. Passe um chumaço de algodão embebido em acetona ou álcool nas faces lixadas das
lâminas para deixá-las completamente limpas e desengorduradas.
4. Coloque a lâmina de cobre sobre a mesa e, com cuidado, pingue uma gota de ácido nítrico
na região central da face que você lixou e limpou. Oriente-se pela figura.
5. Cessada a reação, lave a lâmina e seque-a com o pano de esfregão ou flanela e observe o
local onde a gota de ácido nítrico foi colocada. Se existir uma lupa na sala, use-a para
observar.
6. Responda:
c) O meio responsável pela corrosão sofrida pela lâmina de cobre era salino, básico ou
ácido ?
8. Coloque a lâmina de alumínio sobre a mesa e, com cuidado, pingue uma gota de solução
de cloreto de mercúrio II na região central da face que você lixou e limpou.
9. Aguarde 4 minutos, lave e seque a lâmina com papel de filtro ou papel toalha.
10. Deixe a lâmina sobre a mesa de modo que a face atacada com cloreto de mercúrio II fique
voltada para cima. Observe as ocorrências.
11. Como se chama as “barbas do alumínio” que surgiram no local do ataque do cloreto de
mercúrio II ?
12. Lave e seque a lâmina de alumínio com outro papel de filtro ou papel toalha e examine o
local que sofreu corrosão. Compare a corrosão do alumínio com a corrosão do cobre.
13. Que tipo de corrosão o alumínio sofreu ? Quem foi o agente da corrosão ?
14. Saiba que a primeira etapa da reação é dada pela seguinte equação:
O mercúrio elementar (Hgo) produzido forma amálgama com o alumínio metálico (Alo) e
este é, então, rapidamente oxidado pelo oxigênio (O2) do ar, dando óxido de alumínio
(Al2O3) que, nestas condições, é poroso e não aderente:
Quando se retira o óxido formado, parte do mercúrio liberado ainda forma amálgama com
o alumínio, daí o reaparecimento do óxido. A reação prossegue até que o mercúrio seja
arrastado pelo óxido de alumínio e, dependendo da espessura da chapa, pode-se
observar sua perfuração em pouco tempo.
PRÁTICA 7: CORROSÃO II
Objetivo
• Observar que as áreas anódicas são menos aeradas nos processos de corrosão.
Material necessário
• 1 béquer de 250mL
Fundamentos teóricos
Chama-se corrosão eletroquímica àquela que opera da mesma forma que uma pilha. De fato,
se uma chapa metálica não inerte estiver em contato com água contendo eletrólitos (sais, ácidos,
bases) dissolvidos formam-se muitas pilhas em curto-circuito, funcionando continuamente.
A figura mostra uma dessas pilhas que são responsáveis pela corrosão.
No ânodo do elemento de corrosão o metal passa para a água na forma iônica. O metal sofre
oxidação, isto é, se corrói. Ao mesmo tempo, no cátodo, o oxigênio contido na água sofre redução.
Se a água não contém oxigênio dissolvido, então a própria água sofre redução. Em qualquer caso
formam-se íons hidroxila (OH−) como produtos da redução.
Procedimentos
1. Pegue a lâmina de aço carbono e coloque-a sobre a mesa. A lâmina deverá estar bem
lixada, limpa e seca.
2. Agora o professor vai passar pela sua equipe e pingar 4 gotas de uma mistura na região
central da lâmina. A mistura é constituída pelas seguintes soluções: cloreto de sódio,
fenolftaleína e ferricianeto de potássio.
5. Responda:
Objetivo
Material necessário
• 1 balança
• 1 béquer de 250ml
• 1 bico de Bunsen
• 1 tripé
• 1 bastão de vidro
• cloreto de sódio
• ferricianeto de potássio
• solução de fenolftaleína
• água
• fósforos de segurança
Fundamentos teóricos
2. A seguir, o professor vai deixar o sistema esfriar dentro de uma placa de Petri ou dentro de
um béquer.
3. Assim que a dispersão estiver gelificada o professor vai adicionar um prego novo,
previamente entortado, e recobri-lo com mais dispersão.
5. Anote suas observações e conclusões e tente explicar porque foi vantajoso empregar um
meio corrosivo na forma de gel.