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Explicando a matéria e suas

transformações
Profa. Cássia Rejane S. Santos

Eunápolis - BA
Como a matéria é “por dentro”?
• Leucipo e Demócrito (460-370 a.C.) :
“O que acontece se uma porção de matéria
for dividida continuamente?“
A conclusão a que chegaram é que essa sequência de
divisões não poderia ser infinita. Em algum momento,
se chegaria a uma porção de matéria que não poderia
mais ser dividida.

A essa porção deram o nome de átomo - do grego


a=não, tomo=divisão.

O átomo seria portanto a porção constituinte mínima e


indivisível de toda a matéria.
• Aristóteles (384-322 a.C.) : tudo
o que existia no Universo era
formado a partir de quatro
elementos fundamentais.

“O ignorante afirma, o sábio duvida e o


sensato reflete.”
“A educação tem raízes amargas, mas os
frutos doces.”
“O ato de aprender é vida.”
O Nascimento da Química

• Século XVIII : adquiriu um caráter científico


Explicação da natureza da matéria e de suas
transformações.
Observações:

Ele
desaparece?

Sua massa
aumenta. Houve
criação de
matéria?
A LEI DE LAVOISIER
• Final do século XVIII: Experimentos em recipientes fechados.

“No interior de um recipiente fechado, a massa total


não varia, quaisquer que sejam as transformações
que venham a ocorrer nesse espaço”.
Exemplo:
3 gramas de oxigênio reagem com 8 gramas
de carbono, produzindo 11 gramas de gás
carbônico.

Nada se perdeu!
A LEI DE LAVOISIER

Lei da Conservação da massa:

“Na natureza, nada se perde, nada se


cria; a matéria apenas se transforma”.
Antoine Laurent Lavoisier
Exemplo:
1ª experiência:
3 g de Carbono + 8 g de Oxigênio  11 g de gás carbônico
2ª experiência:
6 g de Carbono + 16 g de Oxigênio  ? g de gás carbônico

Os números mudaram, mas a proporção é a mesma!


A LEI DE PROUST
Lei das proporções constantes:

“Uma determinada substância composta


é formada por substâncias mais simples,
unidas sempre na mesma proporção em
massa”.
Joseph Louis Proust
Como a ciência evolui?
Queda dos corpos
• Observação: a humanidade sempre observou que os objetos caem,
procurando atingir o solo. Os frutos caem das árvores; as pedras rolam
montanha abaixo etc.;

• Experiência: vários testes foram feitos, ao longo dos séculos, com objetos
menores ou maiores, menos ou mais densos etc., para verificar o tipo de
queda desses objetos;

• Lei experimental: por fim, os físicos puderam verificar experimentalmente


que, “no vácuo, todos os corpos caem com a mesma aceleração”. Esta é uma
lei da natureza, que foi chamada lei da Gravidade;

• Teoria e modelo : é a explicação e representação do fato que foi observado


e da análise dos dados coletados experimentalmente. Hoje sabemos que os
objetos caem devido à atração gravitacional da Terra.
O que é um modelo?

• Consiste na maneira como imaginamos que é algo a que


não temos acesso direto.
Ex: Escolher um melão.

• De forma análoga, os químicos dispõem, desde o século


XIX, de evidências sobre a existência de átomos.

• À medida que novas evidências surgem, teorias e


modelos são aperfeiçoados ou substituídos por outros.
Teoria atômica de Dalton

• Todo e qualquer tipo de matéria é formada


por partículas indivisíveis, chamadas átomos.
Modelo proposto por Dalton

 Os átomos de um mesmo elemento são iguais em todas características.

 Os átomos de elementos diferentes são diferentes em suas características.


Relação entre a Teoria de Dalton e as Leis
Ponderais
Relação entre a Teoria de Dalton e as Leis
Ponderais
Os símbolos e os elementos Químicos
Explicando a matéria – Substâncias

 Substâncias SIMPLES são formadas por elementos IGUAIS.

 Substâncias COMPOSTAS possuem dois ou mais elementos DIFERENTES


Explicando a matéria – Misturas

Não tem composição constante e não tem


constantes físicas definidas.
Explicando as transformações dos materiais

Transformações físicas:

As transformações físicas não modificam a natureza do


material. Os átomos, íons ou moléculas, não são alterados;
eles são apenas agitados, desordenados.

É o caso, por exemplo das mudanças de estado físico, a


dilatação de um metal pelo calor, a expansão de um gás, etc.
Explicando as transformações dos materiais

Transformações Químicas:
O modelo de Dalton, fez a Química progredir muito no século
XIX. Mas a ciência e suas aplicações em nosso cotidiano não
param de evoluir.

Ainda no século XIX, vários cientistas descobriram uma série


de fenômenos, tais como a condução de corrente elétrica em
certas soluções, o raio X etc.

Originou-se, então, a suspeita de uma possível ligação entre


matéria e energia elétrica.
Como explicar a corrente elétrica? E o raio X? Seria o átomo
imaginado por Dalton suficiente para explicar esses novos
fenômenos? Seria possível imaginar que o átomo tivesse
alguma coisa “por dentro”, ao contrário do que dizia Dalton?

Acontece que o átomo é extraordinariamente pequeno.


Como então provar que ele tem algo a mais “por dentro”?
A natureza elétrica da matéria

Toda matéria, no estado normal, contém partículas elétricas que se


neutralizam mutuamente; quando ocorre atrito, algumas dessas partículas
tendem a migrar de um corpo para outro, tornando-os eletrizados.
A descoberta das partículas subatômicas.

Experiência de THOMSON

PEQUENA QUANTIDADE DE GÁS

cátodo (–) ânodo (+)

bomba de vácuo

– +

Com base nesse experimento, Thomson concluiu que:


Os raios eram partículas menores que os átomos.
Os raios apresentavam carga elétrica NEGATIVA.
Essas partículas foram chamadas ELÉTRONS.
O tubo da tela de televisão é uma
versão complexa de um tubo de
raios catódicos. Embora a
televisão já fosse, em 1927, uma
realidade em laboratório,
somente em 1947 receptores de
TV foram produzidos em escala
industrial para uso doméstico.
Modelo de Thomson
“O átomo é maciço e constituído por um fluído com carga elétrica
positiva, no qual estão dispersos os elétrons”.
Como um todo, o átomo seria eletricamente neutro.
Experiência de Eugen Goldstein

+

+
– –
+
– +

Observou o aparecimento de um feixe luminoso no sentido oposto ao


dos elétrons concluiu que os componentes desse feixe
deveriam ter carga positiva

Estes componentes foram denominados de PRÓTONS

A massa do PRÓTON é 1836 vezes maior que a massa do ELÉTRON


A experiência de Rutherford

Rutherford bombardeou uma fina lâmina de ouro (0,0001 mm) com


partículas "alfa" (núcleo de átomo de hélio: 2 prótons e 2 nêutrons), emitidas
pelo "polônio" (Po), contido num bloco de chumbo (Pb), provido de uma
abertura estreita, para dar passagem às partículas "alfa" por ele emitidas.
Envolvendo a lâmina de ouro (Au), foi colocada uma tela protetora revestida
de sulfeto de zinco (ZnS).
Modelo Atômico de Rutherford
Observando as cintilações na tela de sulfeto de zinco, Rutherford
verificou que muitas partículas "alfa" atravessavam a lâmina de ouro,
sem sofrerem desvio, e poucas partículas "alfa" sofriam desvio. Como
as partículas "alfa" têm carga elétrica positiva, o desvio seria provocado
por um choque com outra carga positiva, isto é, com o núcleo do
átomo, constituído por prótons.
Observações e conclusões de Rutherford

• Observação • Conclusões

• A maior parte do átomo


• a) A maior parte das
deve ser vazio. Nesse
partículas α atravessava a
espaço (eletrosfera) devem
lâmina sem sofrer desvios.
estar localizados os elétrons.
• b) Poucas partículas α (1 em
• Deve existir no átomo uma
20.000) não atravessavam a
lâmina e voltavam. pequena região onde está
concentrada sua massa (o
• c) Algumas partículas α
núcleo).
sofriam desvios de trajetória
ao atravessar a lâmina. • O núcleo do átomo deve ser
(+), o que provoca uma
repulsão nas partículas α (+)
Modelo Atômico de Rutherford

Assim, o átomo seria um imenso vazio, no qual o núcleo ocuparia uma


pequena parte, enquanto que os elétrons o circundariam numa região
negativa chamada de eletrosfera, modificando assim, o modelo atômico
proposto por Thomson.

eletrosfera

núcleo
Descoberta do nêutron

• Logo percebeu-se que no núcleo dos átomos


poderia existir mais do que um único próton.
Entretanto, esse fato comprometeria a estabilidade
do núcleo, pois entre os prótons existiriam forças de
repulsão que provocariam a fragmentação do
núcleo.
• Como isso não ocorria, Rutherford passou a admitir
a existência, no núcleo, de partículas com massa
semelhante à dos prótons, mas sem carga elétrica.
Essas partículas serviriam para diminuir a repulsão
entre os prótons, aumentando a estabilidade do
núcleo.
• Durante experiências realizadas com material
radioativo, Chadwick descobriu essa partículas e as
denominou nêutrons.
Modelo Atômico de Bohr
De acordo com o modelo atômico proposto por Rutherford, os elétrons ao
girarem ao redor do núcleo, com o tempo perderiam energia, e se
chocariam com o mesmo.

A teoria de Bohr fundamenta-se nos seguintes postulados:

Os elétrons descrevem órbitas circulares ao redor do núcleo.

Cada uma dessas órbitas tem energia constante (órbita estacionária)


Os elétrons mais afastados do núcleo têm maior energia.
Quando um elétron absorve certa quantidade de energia, salta para uma
órbita mais energética.

ergia
en

Quando o elétron retorna à órbita original, libera a mesma energia, na


forma de luz.
As partículas, fundamentais, que constituem
os átomos são:
PRÓTONS, NÊUTRONS e ELÉTRONS
cujas características relativas são:

PARTÍCULAS MASSA RELATIVA CARGA RELATIVA

PRÓTONS 1 +1

NÊUTRONS 1 0

ELÉTRONS 1/1836 –1

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