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Características Gerais
O hidrogénio tem propriedades singulares que fazem com que seja por si só um grupo. É o 9º
elemento mais abundante na crosta terrestre. Ocorre principalmente como água e combustíveis
fósseis.
São conhecidos três isótopos de hidrogénio: o prótio, 1H, com cerca de 99,985% de abundância;
o deutério, 2H, com 0,015%; e o trítio, 3H. A soma das abundâncias dos dois primeiros isótopos
totaliza 100%, o que mostra que o trítio é muito raro, pois é radioactivo.
De todos os elementos químicos, o hidrogénio tem a mais simples estrutura atómica: um núcleo
contendo um protão com a carga (+1) e uma orbital electrónica. A sua estrutura electrónica
escreve-se 1S1. O raio do seu átomo é de 0,046 nm.
Por formação de um par electrónico numa ligação covelente com outro átomo.
Tipicamente forma essas ligações com os não metais.
Por cedência de um electrão para formar H+. Este catião é bastante pequeno, por isso,
possui um elevado poder polarizante, e portanto distorce a nuvem electrónica dos outros átomos
ou moléculas com que se associa.
Ex: Em soluções aquosas de HCl e H2SO4, o protão existe como iões H3O+, H9O4+, H(H2O)n+.
A energia de ionização do hidrogénio é 13,60 eV, um valor muito elevado, só superado pelos
valores das energias de ionização do flúor, oxigénio, nitrogénio e gases nobres. Por isso, é difícil
encontrar o protão H+, aliás, o protão livre não existe em condições normais, somente é
encontrado em vapores a baixa pressão.
Por captação de um electrão para formar H-. Este ião é incomum, devido a baixa
afinidade do átomo de hidrogénio ao electrão (0,75 eV). Apenas existe nos sólidos cristalinos
Hidretos
Hidretos são compostos binários que contêm hidrogénio. Estes são classificados de acordo com a
ligação que ocorre no composto em três grupos: (i) hidretos iónicos; (ii) hidretos covalentes; e
(iii) hidretos intersticiais.
Nos hidretos iónicos o hidrogénio apresenta o estado de oxidação (-1). Estes compostos
formam-se consequentemente por elementos com electronegatividade muito inferior a do
hidrogénio (2,1), basicamente com os elementos do grupo IA e os mais pesados do grupo IIA
(excepto berílio e magnésio, que têm electronegatividades maiores que 1,0). Tal como os outros
compostos iónicos, estes hidretos apresentam pontos de fusão e de ebulição elevados e conduzem
corrente eléctrica quando estão no estado fundido. Durante a electrólise desses fundidos ocorre
libertação de hidrogénio no ânodo, o que comprova a existência do ião H- nesses compostos, pois
no ânodo tem lugar a oxidação.
Os hidretos covalentes formam-se basicamente com os elementos dos grupos IIIA à VIIA. Os
hidretos formados apresentam estruturas típicas dos compostos covalentes. São formados por
moléculas individuais com forças de interacção do tipo van der walls, dípolo-dípolo ou pontes de
hidrogénio entre elas. São por esta razão moles, voláteis, não conduzem a corrente eléctrica e
apresentam baixos pontos de fusão e ebulição. A sua fórmula é XH(8-n) onde n representa o grupo
em que o elemento X se encontra. Os elementos do grupo III formam uma excepção a esta regra.
Ao realizar ligações covalentes, eles não chegam a ganhar a configuração de gás raro: eles são
deficientes em electrões. Por esta razão formam dímeros ou polímeros, ou seja, formam hidretos
covalente-poliméricos.
Os hidretos dos elementos do bloco f (elementos de transição interna) são mais difíceis de
classificar. Apresentam fórmulas típicas de compostos não estequiométricos e semelhanças de
comportamento com os hidretos intersticiais. Por outro lado eles mostram electronegatividades
semelhantes as de elementos dos grupos IA e IIA e calores de formação comparáveis aos dos
hidretos iónicos. Eles são tratados em alguma literatura como um grupo de transição entre os
hidretos iónicos e os intersticiais – são hidretos intermediários.
Obtenção do Hidrogénio
A escala mundial, produzem-se milhões de litros de hidrogénio por ano. A maior quantidade de
Hidrogénio provém da reforma catalítica de hidrocarbonetos (o metano é o principal) com vapor
de água:
A maneira mais eficiente de obter hidrogénio no laboratório é fazer reagir um hidreto iónico com
água:
Também tem sido produzido hidrogénio no laboratório atacando metais pelos ácidos diluídos:
Propriedades do Hidrogénio
Fisicamente, o hidrogénio é um gás incolor, inodor e insolúvel em água. O P.E. muito baixo (-
252 oC) reflecte o seu carácter apolar e pequena massa molecular.
Quimicamente, o hidrogénio combina-se com qualquer outro elemento, excepto os gases raros.
Todavia, essas reacções dificilmente ocorrem à temperatura ambiente, devido a enorme força da
ligação H – H (a energia de dissociação da ligação é 436 kJ/mol). Ainda assim, com os
elementos muito electropositivos (elementos IA e IIA mais pesados) forma hidretos iónicos. O
berílio e o magnésio formam hidretos intermediários. O estado de oxidação de hidrogénio nos
hidretos é (-1).
Com metais de transição (elementos do bloco d e f), o hidrogénio forma hidretos intersticiais,
excepto o Cu, Zn, Cd e Hg que formam hidretos intermediários, á semelhança de Be e Mg. Na
Aplicações do Hidrogénio
N2 (g) + 3H2 (g) = 2NH3 (g) catalisador: Fe. 380 – 450 oC. 200 atm.
4. Porque razão no sistema periódico dos elementos o hidrogénio tanto pode ser considerado
do grupo I, como do VII?
6. Será que se podem utilizar como electrólitos as seguintes soluções aquosas na reacção de
obtenção electrolítica do hidrogénio? H2SO4, K2SO4, CuSO4, KCl, NaOH. Justifique a
resposta.
8. Quando se pretende encher um aeróstato utiliza-se por vezes a reacção entre o hidreto de
cálcio com a água. Quantos kg de CaH2 serão necessários para encher um aeróstato de
500 m3 de volume (considerando as condições normais)? E quanto zinco e ácido sulfúrico
seriam necessários para o mesmo fim?