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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: A evolução da teoria atómica


- Cinética e equilíbrio Químico

Nome do estudante: Castigo Manuel Nder Código: :708233245

Curso: Licenciatura em ensino de Química


Disciplina: Química Geral
Ano de frequência: 1º Ano

Nampula, Setembro de 2023


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Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas
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Índice
1. Introdução. .............................................................................................................................. 2
1.1. Objetivos ....................................................................................................................... 2
1.1.1. Objetivo Geral: .................................................................................................... 2
1.2. Metodologia: ................................................................................................................. 2
2. A Evolução da Teoria Atômica .............................................................................................. 3
2.1. Contribuição Das Teorias Atómicas Para a Ciência ..................................................... 5
2.2. Dualidade onda-partícula .............................................................................................. 7
2.2.1. Princípio da Incerteza de Heisenberg .................................................................. 7
3. Cinética e equilíbrio Químico................................................................................................. 8
3.1. Conceito de Cinética e Velocidade ............................................................................... 8
3.2. Equações Cinéticas ....................................................................................................... 9
3.3. Fatores que Determinam a Velocidade de uma Reação ................................................ 9
3.4. Relação entre as Concentrações de Reagentes e o Tempo ........................................... 9
3.5. Lei de Ação das Massas ................................................................................................ 9
3.6. Energia de Ativação e Dependência das Constantes de Velocidade e da Temperatura 9
3.7. Mecanismos das Reações e Catálise ............................................................................. 9
3.8. O Conceito de Equilíbrio; Constantes de Equilíbrio................................................... 10
3.9. Relação entre Cinética Química e Equilíbrio Químico............................................... 10
3.10. Factores que Afectam Equilíbrio Químico ............................................................... 10
4. Conclusão ............................................................................................................................. 11
Referências Bibliográficas:....................................................................................................... 12
1. Introdução
Ao longo da história da ciência, a busca pelo entendimento da matéria e suas interações
fundamentais desempenhou um papel central na definição dos contornos do conhecimento
humano. No coração desta investigação está a teoria atómica, que evoluiu desde concepções
filosóficas antigas até o desenvolvimento da mecânica quântica, marcando um notável
progresso na compreensão do mundo microscópico. Este trabalho se propõe a explorar as
etapas cruciais dessa evolução, focando nas contribuições fundamentais de cientistas como
Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr, cujas descobertas pavimentaram o caminho para a visão
contemporânea do átomo e suas propriedades quânticas, como a dualidade onda-partícula e os
números quânticos. A compreensão do comportamento atômico e molecular é vital para
decifrar as reações e transformações químicas, com a cinética e o equilíbrio químico
desempenhando papéis centrais. Esta análise se aprofundará na velocidade das reações, os
estados de equilíbrio e como são perturbados, bem como na interconexão entre cinética e
equilíbrio, proporcionando uma visão integrada das fundações e aplicações práticas da
química em nível atômico e molecular.

1.1. Objetivos
1.1.1. Objetivo Geral:
Analisar a evolução da teoria atómica e os princípios da cinética e equilíbrio químico.

Objetivos Específicos:
Investigar o desenvolvimento dos modelos atômicos desde a antiguidade até a mecânica
quântica.
Identificar as principais contribuições de cientistas como Dalton, Thomson, Rutherford e Bohr
para a teoria atômica.
Descrever e exemplificar conceitos fundamentais de cinética química, como equações
cinéticas e fatores que afetam a velocidade de uma reação.
Explorar os conceitos e implicações do equilíbrio químico, incluindo a lei da ação das massas
e os fatores que influenciam o equilíbrio.

1.2. Metodologia:
Para este estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica abrangente, seguida de uma análise
crítica dos conceitos fundamentais relacionados à cinética e equilíbrio químico.

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2. A Evolução da Teoria Atômica

Segundo Soares e Dias (2014) a compreensão do átomo, a menor unidade que define as
propriedades químicas de um elemento, evoluiu ao longo dos séculos. Desde filósofos antigos
até cientistas contemporâneos, diversas teorias e modelos foram propostos. Vamos explorar
esta evolução:

Conceito Filosófico do Átomo (Antiguidade):


Demócrito (século V a.C.):
Foi um dos primeiros a propor a ideia de que a matéria é feita de partículas indivisíveis
chamadas "átomos".
Para Demócrito, ao dividir uma substância repetidamente, alcançaríamos uma partícula que
não poderia ser dividida: o átomo.
Este conceito era puramente filosófico e carecia de evidências experimentais.

Modelo de Dalton (1803)


John Dalton, baseando-se em experimentos com gases, propôs um modelo atômico onde cada
elemento é composto de átomos de um tipo único e que os átomos de diferentes elementos
têm diferentes massas.
Átomo segundo Dalton (1803): Uma esfera uniforme, compacta e impossível de ser dividida.
Ilustração do conceito de Dalton: Muitas vezes, o átomo de Dalton é imaginado como uma
bola de bilhar, indicando sua natureza sólida e indivisível.
Princípios fundamentais da teoria de Dalton:
As substâncias são compostas por unidades fundamentais chamadas átomos.
Átomos de um mesmo elemento são uniformes em tamanho e propriedades. Por outro lado,
átomos de elementos diferentes apresentam diferenças entre si.
As reações químicas envolvem a reorganização dos átomos para formar novas substâncias.

Modelo do J.J. Thomson (1898):


Descobriu o elétron através de experimentos com raios catódicos.
Propôs um modelo onde elétrons (partículas negativas) estavam incrustados em uma esfera
positiva, semelhante a passas em um pudim.
Este modelo foi o primeiro a reconhecer a existência de subpartículas dentro do átomo.

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Modelo do Ernest Rutherford (1911):
Realizou a famosa experiência de dispersão alfa, onde partículas alfa foram disparadas contra
uma folha fina de ouro.
Observou que a maioria das partículas passava direto, mas algumas eram desviadas ou
refletidas.
Concluiu que o átomo possui um pequeno núcleo central positivo (onde estão os prótons) e
que os elétrons orbitam esse núcleo, semelhante a planetas orbitando o Sol.

Modelo de Niels Bohr (1913):


Propôs um modelo onde elétrons movem-se em órbitas circulares específicas em torno do
núcleo.
Cada órbita tem um nível de energia definido, e os elétrons podem saltar entre essas órbitas
absorvendo ou emitindo energia na forma de luz (fótons).
Explicou o espectro de emissão de hidrogênio, mas tinha limitações em explicar outros
elementos ou o comportamento de elétrons em órbitas.

Mecânica Quântica (século XX):


Louis de Broglie:
Sugeriu que os elétrons podem ter propriedades de ondas.
Erwin Schrödinger (1926):
Desenvolveu a equação de onda quântica, que descreve como a probabilidade da localização
do elétron muda ao longo do tempo.
Em vez de órbitas definidas como no modelo de Bohr, os elétrons possuem "órbitas de
probabilidade" ou orbitais.
Werner Heisenberg:
Introduziu o Princípio da Incerteza, que afirma que não podemos conhecer simultaneamente a
posição exata e a velocidade de uma partícula.
Este modelo é a base da teoria atômica moderna e oferece uma descrição completa e
detalhada dos elétrons em átomos.

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Fig. 1: Modelos Atómicos

2.1. Contribuição Das Teorias Atómicas Para a Ciência

John Dalton
John Dalton, no início do século XIX, é amplamente reconhecido por sua contribuição
fundamental para a teoria atômica moderna. Sua teoria propunha que cada elemento é
composto de átomos únicos e que esses átomos são indivisíveis, sugerindo que todos os
átomos de um elemento particular têm a mesma massa e propriedades químicas. Esta ideia
contrastava com a visão anterior de que os átomos poderiam ser divididos indefinidamente.
Os postulados de Dalton também sugeriam que compostos são formados pela combinação de
átomos de diferentes elementos em proporções fixas, o que levou ao desenvolvimento da lei
das proporções constantes. Esta ideia foi fundamental para o desenvolvimento posterior da
química, pois ofereceu uma base teórica sólida para a realização de reações químicas e a
formulação de equações químicas (Almeida & Monteiro, 2016).
No entanto, a teoria de Dalton não estava isenta de falhas. Por exemplo, sua suposição de que
todos os átomos de um elemento têm a mesma massa não é verdadeira, como foi revelado
mais tarde com a descoberta de isótopos. Dalton também não tinha conhecimento das
subpartículas do átomo, como elétrons, prótons e nêutrons.
Apesar de suas limitações, a teoria atômica de Dalton foi uma pedra angular na compreensão
da natureza da matéria. Ela forneceu um quadro para os cientistas desenvolverem ideias mais
sofisticadas sobre a estrutura atômica e a natureza dos elementos (Almeida & Monteiro, 2016).

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J.J. Thomson
No final do século XIX, J.J. Thomson fez uma descoberta revolucionária ao identificar a
existência do elétron através de experimentos com raios catódicos. Estes experimentos
demonstraram que os átomos não eram, de fato, as menores partículas da matéria, como
sugerido anteriormente por Dalton, mas que eles contêm subpartículas menores.
Thomson propôs o "modelo do pudim de passas", onde elétrons (as "passas") estavam
incrustados em uma esfera de carga positiva (o "pudim"). Esta foi a primeira teoria a
reconhecer a natureza elétrica dos átomos e a existência de partículas carregadas
negativamente dentro do átomo (Almeida & Monteiro, 2016).
No entanto, este modelo teve falhas significativas. Ele não conseguiu explicar resultados
experimentais subsequentes, como o experimento de dispersão alfa de Rutherford, que
revelou a existência de um núcleo pequeno e positivamente carregado. O modelo do pudim de
passas também não oferecia uma explicação sobre a disposição e o movimento dos elétrons
dentro do átomo. A despeito de suas imperfeições, a contribuição de Thomson para a ciência
foi monumental. Ao identificar o elétron, ele pavimentou o caminho para o desenvolvimento
da física atômica e da mecânica quântica, permitindo uma compreensão mais profunda da
estrutura atômica (Almeida & Monteiro, 2016).

Ernest Rutherford
Ernest Rutherford, no início do século XX, realizou experimentos que foram cruciais para a
evolução da teoria atômica. Ele conduziu a famosa experiência de dispersão alfa, onde
partículas alfa foram disparadas contra uma folha fina de ouro. Contrariamente ao que seria
esperado pelo modelo de "pudim de passas" de Thomson, algumas partículas alfa foram
fortemente desviadas ou mesmo refletidas. Com base nesses resultados, Rutherford propôs
um novo modelo atômico. Ele sugeriu que o átomo consiste em um pequeno núcleo central
positivamente carregado (contendo a maior parte da massa do átomo) em torno do qual os
elétrons orbitavam. Este núcleo concentrado era responsável pela deflexão das partículas alfa
(Fernandez, & Rodrigues, 2016).
Embora este modelo tenha sido revolucionário em identificar a existência de um núcleo
atômico, ele tinha suas falhas. Ele não conseguiu explicar por que os elétrons, em órbitas
circulares ou elípticas, não radiavam energia e colapsavam para o núcleo, o que contrariava as
leis conhecidas da eletrodinâmica. Ainda assim, a contribuição de Rutherford foi fundamental
para a nossa compreensão da estrutura atômica. Ele estabeleceu a existência do núcleo

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atômico e redefiniu o modelo atômico que serviu de base para as teorias subsequentes sobre a
estrutura atômica (Fernandez, & Rodrigues, 2016).

Niels Bohr
Niels Bohr, pouco depois dos experimentos de Rutherford, propôs um modelo atômico que
buscava resolver as lacunas deixadas pelo modelo de Rutherford. Bohr introduziu a ideia de
que elétrons movem-se em órbitas circulares específicas em torno do núcleo, e cada órbita
tem um nível de energia quantizado específico. A grande inovação de Bohr foi sugerir que os
elétrons só poderiam ocupar determinados níveis de energia e que, quando saltavam de um
nível para outro, emitiam ou absorviam energia na forma de fótons. Este modelo foi capaz de
explicar o espectro de emissão de hidrogênio, onde apenas certas cores (energias de fótons)
são emitidas (Fernandez, & Rodrigues, 2016).
No entanto, o modelo de Bohr tinha limitações. Ele funcionava bem para átomos simples
como o hidrogênio, mas falhava em explicar com precisão os espectros de elementos mais
complexos. Além disso, a ideia de órbitas circulares definidas contradizia as futuras
descobertas da mecânica quântica. Apesar destas limitações, o modelo de Bohr marcou um
avanço significativo na teoria atômica, introduzindo o conceito de quantização de energia que
se tornou central para a futura mecânica quântica (Fernandez, & Rodrigues, 2016).

2.2. Dualidade onda-partícula


A natureza da luz, inicialmente compreendida como uma onda, foi desafiada quando
experimentos mostraram que a luz também podia apresentar propriedades de partículas. Esta
dualidade onda-partícula foi mais tarde estendida para outras partículas subatômicas como
elétrons. Isso significa que partículas, como elétrons, podem se comportar tanto como
partículas (em certos experimentos) quanto como ondas (em outros experimentos) (Martins,
2015).

2.2.1. Princípio da Incerteza de Heisenberg


Proposto por Werner Heisenberg em 1927, este princípio afirma que é impossível determinar
simultaneamente com precisão a posição e o momento de uma partícula. Esta não é uma
limitação da tecnologia, mas uma característica fundamental da mecânica quântica (Martins,
2015).

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Números Quânticos
Descrevem os estados eletrônicos dos átomos. Os principais são:
Principal (n): Indica o nível de energia.
Azimutal ou orbital (l): Define o formato do orbital.
Magnético (m_l): Indica a orientação do orbital.
Spin (m_s): Refere-se ao spin do elétron, podendo ser +1/2 ou -1/2.

Formas dos Orbitais Atômicos


Os orbitais são regiões no espaço onde é mais provável encontrar um elétron. Existem quatro
tipos principais: s (esférico), p (haltere), d (complexo, com quatro dos cinco orbitais tendo
uma forma de trevo de quatro folhas) e f (ainda mais complexo) (Barros, 2019).

Configuração eletrônica dos átomos e íons


Princípio da Exclusão de Pauli: Nenhum elétron em um átomo pode ter o mesmo conjunto
de quatro números quânticos. Isso significa que apenas dois elétrons podem ocupar o mesmo
orbital, e eles devem ter spins opostos.
Regra de Hund: Elétrons ocupam orbitais de mesma energia (como os três orbitais p) de
forma que uma quantidade máxima de elétrons desemparelhados seja alcançada (Costa, 2013).

Exemplos de configuração eletrônica dos átomos e dos íons de acordo com a Mecânica
Quântica
Hidrogênio: 1s¹
Oxigênio: 1s² 2s² 2p⁴
Íon Sódio (Na⁺): 1s² 2s² 2p⁶ (Note que o elétron 3s¹ foi perdido para formar o íon positivo)

3. Cinética e equilíbrio Químico


3.1. Conceito de Cinética e Velocidade
A cinética química é a área da química que se dedica ao estudo da velocidade das reações
químicas e dos fatores que a influenciam. Ela não foca no ponto inicial ou final da reação,
mas sim em como e com qual rapidez uma reação acontece (Almeida & Castro, 2016).

Velocidade, em termos de cinética, refere-se à taxa de mudança de concentração de um


reagente ou produto em uma reação química ao longo do tempo. Ou seja, é uma medida da
rapidez com que os reagentes são transformados em produtos (Guimarães & Costa, 2020).

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3.2. Equações Cinéticas
As equações cinéticas relacionam a velocidade de uma reação química com as concentrações
dos reagentes. Por exemplo, para uma reação de primeira ordem A→ produtos, a equação
cinética é v=k[A], onde v é a velocidade da reação, k é a constante de velocidade e [A] é a
concentração do reagente A (Soares & Dias, 2014).

3.3. Fatores que Determinam a Velocidade de uma Reação


Vários fatores influenciam a velocidade das reações químicas. Entre os principais estão a
concentração dos reagentes, a temperatura, a presença de catalisadores e a superfície de
contato dos reagentes (Almeida & Castro, 2016).

3.4. Relação entre as Concentrações de Reagentes e o Tempo


A velocidade de uma reação pode mudar ao longo do tempo à medida que as concentrações
dos reagentes mudam. Para algumas reações, a velocidade diminui à medida que os reagentes
são consumidos. Isso ocorre porque a velocidade muitas vezes depende das concentrações dos
reagentes (Guimarães & Costa, 2020).

3.5. Lei de Ação das Massas


A Lei de Ação das Massas relaciona a velocidade de uma reação às concentrações de
reagentes presentes. Em equilíbrio, a razão entre a concentração de produtos e reagentes
permanece constante, levando ao estabelecimento da expressão de equilíbrio (Soares & Dias,
2014).

3.6. Energia de Ativação e Dependência das Constantes de Velocidade e da Temperatura


A energia de ativação é a quantidade mínima de energia que os reagentes devem possuir para
que a reação química ocorra. É, essencialmente, uma barreira energética que deve ser
superada para que os reagentes se transformem em produtos (Monteiro & Santos, 2015). A
constante de velocidade de uma reação é influenciada pela temperatura. Segundo a equação
de Arrhenius, à medida que a temperatura aumenta, a constante de velocidade também tende a
aumentar, o que significa que a reação ocorrerá mais rapidamente (Barreto & Gomes, 2019).

3.7. Mecanismos das Reações e Catálise


Os mecanismos das reações se referem à sequência de etapas elementares que levam à
conversão de reagentes em produtos. Cada etapa tem sua própria energia de ativação e

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constante de velocidade (Torres & Marinho, 2016). A catálise é o processo de aceleração da
velocidade de uma reação pela presença de um catalisador. Os catalisadores funcionam
diminuindo a energia de ativação da reação, permitindo que ela ocorra mais rapidamente, sem
ser consumido no processo (Monteiro & Santos, 2015).

3.8. O Conceito de Equilíbrio; Constantes de Equilíbrio


O equilíbrio químico é alcançado quando a velocidade das reações direta e inversa são iguais,
resultando em uma concentração constante de reagentes e produtos ao longo do tempo
(Barreto & Gomes, 2019). A constante de equilíbrio, K, fornece uma medida de quão
deslocado está o equilíbrio, seja em direção aos reagentes ou aos produtos. O valor de K é
determinado pela razão entre as concentrações de produtos e reagentes elevadas aos seus
respectivos coeficientes estequiométricos (Torres & Marinho, 2026).

3.9. Relação entre Cinética Química e Equilíbrio Químico


Cinética química estuda as velocidades das reações e os fatores que as influenciam. Equilíbrio
químico, por outro lado, foca no ponto em que a taxa de reação direta se iguala à taxa de
reação inversa, mantendo as concentrações de reagentes e produtos constantes. A relação
entre ambos é que a cinética determina o tempo necessário para alcançar o equilíbrio e a
velocidade com a qual o sistema se aproxima desse estado (Almeida & Ribeiro, 2016).

3.10. Factores que Afectam Equilíbrio Químico


Vários fatores podem deslocar o equilíbrio químico de um sistema. Estes incluem:
Concentração: A adição ou remoção de reagentes ou produtos pode deslocar o equilíbrio em
direção ao lado oposto (Princípio de Le Chatelier). Por exemplo, aumentar a concentração de
reagentes desloca o equilíbrio em direção aos produtos e vice-versa (Farias & Silva, 2022).
Temperatura: O aumento da temperatura geralmente favorece reações endotérmicas, enquanto
a diminuição favorece reações exotérmicas. A temperatura altera as constantes de equilíbrio
ao afetar as velocidades das reações direta e inversa diferentemente (Lopes & Guimarães,
2017).
Pressão: Apenas afeta reações com gases. Aumentar a pressão desloca o equilíbrio em direção
ao lado com menor volume (menos moléculas gasosas) e vice-versa (Farias & Silva, 2022).

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4. Conclusão
A jornada através da evolução da teoria atómica revela a tenacidade e curiosidade inerentes ao
espírito humano, buscando desvendar os mistérios do universo em sua menor escala. Desde as
primeiras noções filosóficas sobre a indivisibilidade da matéria até as descrições quânticas do
comportamento atómico, é evidente que o conhecimento acumulado é resultado de séculos de
investigação, experimentação e reflexão. Cada cientista, de Dalton a Bohr, trouxe consigo um
pedaço do quebra-cabeça, desafiando e redefinindo constantemente o entendimento sobre a
estrutura e o comportamento atómico.
Paralelamente, a análise da cinética e do equilíbrio químico proporciona uma visão detalhada
de como as reações ocorrem, à velocidade com que progridem e os fatores que influenciam
esses processos. Ao combinar estes conceitos, torna-se possível prever e controlar processos
químicos, uma habilidade que tem implicações profundas em campos tão variados quanto a
medicina, a engenharia e a ecologia.
Além disso, o entendimento da relação entre cinética química e equilíbrio químico ressalta a
interconexão inerente entre diferentes áreas da química. Não são apenas tópicos isolados em
uma vasta paisagem científica; são conceitos inter-relacionados que, juntos, fornecem uma
compreensão holística das reações químicas e dos sistemas em que ocorrem.
Em suma, este trabalho não apenas traça a evolução do entendimento humano sobre átomos e
moléculas, mas também celebra a capacidade da ciência de se adaptar, evoluir e crescer à luz
de novas descobertas e tecnologias. As reflexões aqui apresentadas servem como um lembrete
da beleza e complexidade do mundo natural e da contínua busca da humanidade por
compreensão e conhecimento.

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Referências Bibliográficas:
Almeida, L. R., & Castro, E. P. (2016). Introdução à Cinética e ao Equilíbrio Químico. São
Paulo: Editorial Ciências Químicas.
Barreto, N. J., & Gomes, A. L. (2019). Cinética, Catálise e Equilíbrio: Uma Perspectiva
Integrada. Porto Alegre: Universo Químico Press.
Barros, T. S. (2019). Princípios e Aplicações da Mecânica Quântica: Dos Números
Quânticos aos Orbitais Atômicos. São Paulo: Editorial Quantum Press.
Berryman, S. (2016). Democritus. Stanford Encyclopedia of Philosophy.
Cassidy, D. (2009). Beyond Uncertainty: Heisenberg, Quantum Physics, and the Bomb.
Bellevue Literary Press.
Costa, F. L. (2013). Configuração Eletrônica e Estrutura Atômica: Um Guia Abrangente
para a Mecânica Quântica. Lisboa: Lusitano Books.
Falconer, I. (2001). J.J. Thomson and the Discovery of the Electron. Taylor & Francis.
Farias, D. L., & Silva, C. M. (2022). Deslocando o Equilíbrio: Entendendo os Fatores
Determinantes. Rio de Janeiro: Ciência e Compreensão Editora.
Fernandez, J. L., & Rodrigues, M. A. (2016). Fundamentos da Teoria Atômica: Dos
Clássicos aos Quânticos. São Paulo: Editora Universidade Estadual.
Guimarães, S. A., & Costa, I. L. (2020). Fundamentos da Cinética Química. Lisboa:
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Heilbron, J. (2013). Ernest Rutherford and the Explosion of Atoms. Oxford University Press.
Lopes, V. R., & Guimarães, R. B. (2017). Química em Balanço: Da Cinética ao Equilíbrio.
Belo Horizonte: Minas Química Publicações.
Martins, L. F. (2015). Dualidade Onda-Partícula e a Revolução Quântica. Porto: Edições
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Monteiro, F. G., & Santos, B. R. (2015). Reações Químicas: Da Energia de Ativação ao
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Soares, J. P., & Dias, M. L. (2014). Cinética, Equilíbrio e Reações: Uma Visão Moderna.
Porto: Edições Reações & Balanços.
Torres, L. H., & Marinho, P. D. (2016). Compreendendo a Cinética e o Equilíbrio em
Sistemas Químicos. Coimbra: Lusófona Editora.

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