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Engenharia Química

Fissão Desencadeada por


Fusão
Professora: Milton

Nome: Pedro Gabriel Borin Sarilho Cód.: 797.895


Maykon Cód.: 795.925
Introdução

Este trabalho trata-se produção de energia das usinas nucleares usando a fusão para
conduzir a fissão, a divisão do átomo que fornece energia para os reatores nucleares
convencionais. Mas para podermos entender como funcionaria essa usina, primeiro
devemos entender como funciona a fusão e a fissão nuclear. Para isso explicarei como
funciona o processo de cada um dos dois.

Fissão Nuclear

Na fissão nuclear, a energia é liberada pela divisão do núcleo normalmente em dois


pedaços menores e de massas comparáveis – para núcleos pesados, existe a fissão em
mais de dois pedaços, mas é muito rara. Pela lei de conservação de energia, a soma das
energias dos novos núcleos mais a energia liberada para o ambiente em forma de energia
cinética dos produtos de fissão e dos nêutrons liberados deve ser igual à energia total do
núcleo original.
A fissão do núcleo raramente ocorre de forma espontânea na natureza, mas pode ser
induzida se bombardearmos núcleos pesados com um nêutron, que, ao ser absorvido,
torna o núcleo instável.
O 235U, por exemplo, ao ser bombardeado com um nêutron, fissiona em dois pedaços
menores, emitindo normalmente dois ou três nêutrons. Se houver outros núcleos de 235U
próximos, eles têm certa chance de ser atingidos pelos nêutrons produzidos na fissão. Se
houver um grande número disponível de núcleos de 235U, a probabilidade de ocorrerem
novas fissões será alta, gerando novos nêutrons, que irão gerar novas fissões.

Figura 1. Processo de Fissão Nuclear

Esse processo sucessivo é chamado reação em cadeia (figura 2, abaixo). Controlando-se


o número de nêutrons produzidos e a quantidade de 235U, pode-se controlar a taxa de
fissão ao longo do tempo. Essa reação em cadeia, denominada controlada, é o processo
utilizado em um reator nuclear. Já em uma bomba atômica, as fissões ocorrem todas em
um intervalo de tempo muito curto, gerando uma enorme quantidade de energia e

provocando a explosão.
O que torna o urânio conveniente para uso como combustível é a grande quantidade de
energia liberada por esse elemento ao se fissionar.

Fusão Nuclear

A fusão é o processo "contrário" à fissão, na medida em que átomos leves se unem para
originar um mais pesado. Exemplo:

2,1H + 2,1H => 4,2He


Deutério

A fusão de isótopos de hidrogênio, semelhante à que acabamos de equacionar, è


responsável pela liberação de enormes quantidades de energia.
A energia liberada na fusão è bem maior que a de um processo de fissão, que é da ordem
de 1 000 quilotons, isto é, 106 toneladas de TNT.
São exemplos de fusão nuclear a que ocorre espontaneamente no Sol, e em muitas
estrelas, e a provocada na chamada bomba de hidrogênio.
A bomba de hidrogênio consiste na fusão nuclear de deutério, 2,1H ou 2,1D, e tritio,
3,1H, com liberação de energia equivalente á de 50 bombas atômicas. Para que essa
fusão ocorra é necessário que se tenha altas temperaturas. Dai os processos de fissão
serem usados para desencadear a fusão.
A fusão nuclear que ocorre na bomba H pode ser assim representada:

2,1H + 3,1H => 4,2He + 1,0n

Enquanto a fissão nuclear pode ser controlada nos reatores nucleares, permitindo a
obtenção de energia de forma útil à nossa vida, o controle de fusão nuclear continua
sendo objeto de pesquisa.
Como vimos, para se conseguir uma fusão nuclear, é preciso que sejam atingidas
temperaturas altíssimas.
Por essa razão, em março de 1989, causou grande impacto a noticia da fusão a frio,
veiculada pela imprensa internacional.
Desde essa época é freqüente aparecerem noticias controversas a respeito do
experimento produzido pelos cientistas Fleischmann e Pons, da Universidade de Utah.
Alguns cientistas que tentaram repetir a experiência desses dois americanos
manifestaram-se no sentido de valorizá-la como uma possibilidade importantíssima de
obtenção de energia. Por outro lado, muitos pesquisadores têm criticado severamente os
resultados da fusão a frio.

Fissão Desencadeada por Fusão

A fissão desencadeada por fusão foi criada por Andrei Sakharov que criou a bomba
de hidrogênio, também chamada de “bomba H” ou “bomba de fusão”, a bomba de
hidrogênio é o mais potente explosivo inventado pelo homem. A sua força pode
chegar a 50 vezes a de uma bomba atômica como as que foram lançadas sobre o Japão
e a reação é a mesma que ocorre espontaneamente no interior de estrelas como o sol.
Ao contrário do que ocorre na fissão nuclear, quando átomos pesados de urânio 
se “quebram” liberando grandes quantidades de energia, na fusão nuclear os átomos
de hidrogênio (deutério e trítio) se unem para liberar energia. A diferença é que
enquanto a fissão nuclear libera cerca de 10% da energia contida no núcleo dos átomos,
a fusão pode liberar cerca de 40% dessa energia. Mas para que isso ocorra são
necessárias temperaturas muito altas a fim de iniciar o processo de fusão. Por isso, a
reação de fissão nuclear é usada como um “gatilho” gerando grandes quantidades de
energia que irão desencadear a reação de fusão.

A fusão termonuclear que ocorre na bomba de hidrogênio pode ser representada da


seguinte maneira: 2,1H + 3,1H = 4,2He + 1,0n.

A idéia da construção de uma bomba por fusão termonuclear veio do físico Edward Teller
(também chamado de Dr. Morte), que na época deixava de trabalhar no famoso Projeto
Manhattan (responsável pelas bombas de Hiroshima e Nagazaki) para investir em um
artefato que ele sabia ter um potencial destruidor várias vezes maior que o das bombas
lançadas sobre o Japão.

Em 1º de novembro de 1952 foi feita a primeira (e única) detonação de uma bomba H


da história no atol de Eniwetok (Ilhas Marshall). Nesse experimento a bomba H teve um
poder de explosão de 10 milhões de toneladas de TNT, algo como 700 vezes o poder da
bomba de Hiroshima.

Nas décadas seguintes a possibilidade de conseguir a fusão a temperaturas muito baixas


(o que simplificaria e muito o processo da fusão nuclear), a chamada fusão a frio, causou
um estardalhaço entre os cientistas do mundo todo. No entanto, as experiências
realizadas pelos químicos Martin Fleischmann e Stanley Pons, da Universidade de Utah,
e reproduzidas por diversos cientistas em todo o mundo ainda não tiveram resultados
satisfatórios.

Problemas Para a Efetivação do Processo

Para que essa energia se torne viável é necessário superar alguns grandes
obstáculos técnicos para que essa usina se torne realidade. Alvos de grânulos de fusão
minúsculos e de engenharia sofisticada teriam de ser produzidos em massa e a baixo
custo . A ignição tem de ocorrer 10 vezes por segundo, o que requer uma variedade de
energia não aprovada pela National Ignition Facility que consegue apenas algumas
ignções por dia

A abordagem hibrida requer também tecnologias não necessárias para a fusão


pura – principalmente o cobertor de fusão, incluindo combustíveis capazes de suportar
uma barragem muito maior de calor e nêutrons que a encontrada em um reator
convencional. As propostas vão de “pedregulhos” sólidos e formados por varias camadas
a liquidos compostos de urânio, tório ou plutônio dissolvidos em sais fundidos.

Os obstáculos não são nada animadores, e para serem superados primeiramente


terá que se provar que a fusão a laser é que desencadeia a ignição.

Bibliografia

http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/fissao-nuclear.htm
http://www.if.ufrj.br/teaching/radioatividade/fusbom.html

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