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Resumo teórico – MÓDULO 21

Resumo teórico – MÓDULO 21


QUÍMICA ORGÂNICA ANOTAÇÕES:

É a parte da química que estuda praticamente todos os


compostos do carbono.

HISTÓRICO

Bergman (1777)

COMPOSTOS ORGÂNICOS: COMPOSTOS INORGÂNICOS:


Substâncias extraídas dos Substâncias extraídas do
organismos vivos. reino mineral.

Berzelius (1807)

TEORIA DA FORÇA VITAL


Somente organismos vivos podem formar compostos
orgânicos, uma vez que apresentam uma força especial:
A VIDA.

Wohler (1828)

SÍNTESE DA UREIA
A partir de um composto inorgânico (isocianato de
amônio), por simples aquecimento, formou a ureia que é
um composto orgânico.
NH4+CN–  CO(NH2)2
Derrubou a Teoria da força vital.
Resumo teórico – MÓDULO 21
Kekulé (1858) ANOTAÇÕES:

CONCEITO ATUAL:
QUÍMICA ORGÂNICA é o ramo da Química que estuda
praticamente todos os compostos do elemento carbono.

POSTULADOS DE KEKULÉ:

I. O carbono é tetravalente.
II. As 4 ligações simples são equivalentes.
III. O carbono pode formar cadeias.

CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONOS

De acordo com o número de C vizinhos

Primário: 0 ou 1 C vizinho
Secundário: 2 C vizinhos
Terciário: 3 C vizinhos
Quaternário: 4 C vizinhos

CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS

Como o carbono pode formar cadeias, existem vários tipos


de cadeias possíveis.

A classificação dessas cadeias está mostrada na figura a seguir:


Resumo teórico – MÓDULO 21
Resumo teórico – MÓDULO 21
HIDROCARBONETOS ANOTAÇÕES:

Composto formado somente por Carbono e Hidrogênio

Características:

Compostos apolares
Pouco solúveis em água
Baixos pontos de fusão e ebulição
Pouco reativos

Classificação:

Alcano: apresenta apenas ligação simples.


Fórmula geral: CnH2n+2
Exemplo: CH4, C7H16

Alceno: apresenta apenas 01 ligação dupla.


Fórmula geral: CnH2n
Exemplo: C3H6, C5H10

Alcino: apresenta apenas 01 ligação tripla.


Fórmula geral: CnH2n-2
Exemplo: C2H2, C8H14

NOMENCLATURA IUPAC
A nomenclatura de hidrocarbonetos é a base para a
nomenclatura das outras classes de compostos orgânicos,
por isso é de extrema importância entendê-la. Serão
seguidas as regras oficiais de nomenclatura (IUPAC).

ESTRUTURA DE NOMENCLATURA

PREFIXO + INFIXO + SUFIXO

Prefixo: indica o número de átomos de carbono na cadeia


principal.

1C Met 6C Hex
2C Et 7C Hept
3C Pro 8C Oct
4C But 9C Non
5C Pent 10 C Dec

Infixo: indica o tipo de ligação entre os carbonos.

Somente ligação simples an


1 ligação dupla  en
1 ligação tripla  in
2 ligações duplas dien
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Sufixo: indica a função orgânica à qual pertence o composto, ANOTAÇÕES:
como nos exemplos a seguir:

Hidrocarboneto o
Álcool ol
Aldeído al
Ácido carboxílico óico
Cetona ona

Exemplo:

H3C – CH2 – CH2 – CH3  Butano

H3C – CH = CH2  Propeno

H3C – CH2 – OH  Etanol

H3C – CH2 – CH2 – CHO  Butanal

H3C – CH2 – COOH  Ácido Propanóico

H3C – C  CH  Propino

H2C = C = CH2  Propadieno

REGRA GERAL DE NOMENCLATURA

1. Localizar a cadeia principal: ela deve conter o maior


número de carbonos possível, passando por duplas ou
triplas (caso existam) e gerando o maior número de radicais
(caso estejam presentes).
2. Numerar a cadeia principal para que tenha o menor
número possível de localização (NESSA ORDEM DE
PREFERÊNCIA):

GRUPOS FUNCIONAIS > INSATURAÇÃO > RADICAL

3. Iniciar a nomenclatura pelos nomes dos radicais (caso


existam) em ordem alfabética:
ISO será considerado;
indicadores de quantidade (di, tri, tetra) não.
4. Seguir a estrutura já mostrada dos hidrocarbonetos.
5. Números são separados de letras por hífen (–); números
são separados de números por vírgula (,).
6. Compostos cíclicos começam com CICLO antes do prefixo.
7. Numeração nos ciclos: iniciar numeração pelo C da função
(caso exista) ou pelo C da insaturação (caso exista) ou pelos
radicais.
8. Ciclos de hidrocarbonetos (HC) com dois radicais: iniciar a
numeração respeitando a ordem alfabética dos radicais.
09. Ciclos de HC com três ou mais radicais: numerar para
que se tenha a menor numeração possível para os radicais.
10. Para aromáticos dissubtituídos, pode-se utilizar a
nomenclatura orto-meta-para.
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PRINCIPAIS RADICAIS ORGÂNICOS

Metil Etil Propil Isopropil

Butil s-Butil Isobutil

t-Butil Etenil ou Vinil Benzil Fenil -Naftil -Naftil

ANOTAÇÕES:

ANOTAÇÕES:
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FUNÇÕES ORGÂNICAS ANOTAÇÕES:

Hidrocarboneto: é a classe de compostos mais simples,


formada apenas por Carbono e Hidrogênio.

Exemplos: CH4, C8H18, C2H2, C6H6

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são apolares.

- Pontos de fusão e ebulição: por serem apolares, têm


baixos pontos de fusão e ebulição.

- Fase de agregação:
Até 4 C: gasosos
De 5 a 17 C: líquidos
Mais de 17 C: sólidos

- Densidade: são todos menos densos que a água.

- Solubilidade: Insolúveis em água.

Álcool: é a classe de compostos que apresenta o grupo


hidroxila (–OH) ligado a carbono saturado.

Exemplos: H3COH, C2H5OH

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são polares e fazem ligação de hidrogênio


entre si e com a água.
- Pontos de fusão e ebulição: devido às ligações de
hidrogênio, têm pontos de fusão e ebulição mais elevados
que os hidrocarbonetos de massa molecular próxima.

- Fase de agregação:
monoálcoois até 12 C: líquidos
poliálcoois até 5 C: líquidos viscosos
poliálcoois a partir de 6 C: sólidos

- Densidade:
monoálcoois: menos densos que a água.
poliálcoois: mais densos que a água.

- Solubilidade: os de baixa massa molecular são solúveis


em água. A solubilidade diminui conforme cresce a cadeia
carbônica.

NOMENCLATURA:

Butan-2-ol

Fenol: é a classe de compostos que apresenta o grupo


hidroxila (–OH) ligado a carbono aromático.
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Exemplos:

PROPRIEDADES:
- Polaridade: São polares em sua maioria, mas
difenóis podem ser apolares de acordo com a posição
das hidroxilas.

Composto apolar

Podem fazem ligação de hidrogênio entre si e com a água.

- Pontos de fusão e ebulição: devido às ligações de


hidrogênio, têm pontos de fusão e ebulição mais elevados
que os hidrocarbonetos de massa molecular próxima.

- Fase de agregação:
Os mais simples: líquidos
Os demais: sólidos

- Densidade: são mais densos que a água.

- Solubilidade: são praticamente insolúveis, exceto o


hidróxibenzeno.

NOMENCLATURA:

HIDRÓXI – RADICAL – BENZENO

Hidróxi – 3 – metil - benzeno

Éter: é a classe de compostos que apresenta o oxigênio


entre carbonos (heteroátomo).

Exemplos: H3C – O – CH3, H3C – CH2 – O – CH3

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são levemente polares. Não fazem ligação de


hidrogênio entre si, mas fazem com a água.
- Pontos de fusão e ebulição: são próximos aos dos
hidrocarbonetos de massa molecular próxima.
- Fase de agregação:
Éteres com 2 ou 3 C: gasosos
Demais éteres: líquidos voláteis
- Densidade: menos densos que a água.
- Solubilidade: os de baixa massa molecular são levemente
solúveis em água. A solubilidade diminui conforme cresce
a cadeia carbônica.
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ANOTAÇÕES: NOMENCLATURA:

Nº DE C LADO MENOR + ÓXI – HC LADO MAIOR

metóxi-etano
Aldeído: é a classe de compostos que apresenta o oxigênio
entre carbonos (heteroátomo).

Exemplos:
H3C – CH2 – CH2 – CHO, HCHO
,

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são polares. Não fazem ligação de hidrogênio


entre si, mas podem fazer com a água.
- Pontos de fusão e ebulição: mais altos que os dos
hidrocarbonetos e éteres de massa molecular próxima e
mais baixos que dos álcoois de massa próxima.
- Fase de agregação:
Aldeídos com 1 ou 2C: gasosos
Demais aldeídos: líquidos
- Densidade: menos densos que a água.
- Solubilidade: os de baixa massa molecular são levemente
solúveis em água. A solubilidade diminui conforme cresce
a cadeia carbônica.

NOMENCLATURA:

3 – metilbutanal

Cetona: é a classe de compostos que apresenta o grupo


carbonila (C = O) oxigênio entre carbonos.

Exemplos:

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são polares. Não fazem ligação de hidrogênio


entre si, mas fazem com a água.
- Pontos de fusão e ebulição: mais altos que os dos
aldeídos de massa molecular próxima e mais baixos que
dos álcoois de massa próxima.
- Fase de agregação:
Cetonas com 3 ou 4 C: líquidas
- Densidade: menos densos que a água.
- Solubilidade: são solúveis em água.
Resumo teórico – MÓDULO 22
ANOTAÇÕES: NOMENCLATURA:

3 – metil – butan-2-ona

Ácido carboxílico: é a classe de compostos que apresenta


o grupo carboxila na ponta da cadeia.

Exemplos: HCOOH, H3C – COOH, .

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são muito polares. Fazem o dobro das


ligações de hidrogênio que as moléculas de álcool.
- Pontos de fusão e ebulição: são mais altos que dos álcoois
de massa molecular próxima.
- Fase de agregação:
Monoácidos com até 9 C: líquidos
Demais: sólidos brancos.
- Densidade: mais densos que a água.
- Solubilidade: os ácidos com até 4C são solúveis. Os
demais, praticamente insolúveis.

NOMENCLATURA:

ÁCIDO ..................... + ÓICO

Ácido 2 – metilpropanóico

Éster: é a classe de compostos que teve a hidroxila da


carboxila de um ácido substituída por uma alcoxila.

Grupo funcional:

Sendo R um radical orgânico.

Exemplos:
H – COO – CH2 – CH3, H3C – COOCH2CH(CH3)CH3.
Resumo teórico – MÓDULO 22
ANOTAÇÕES: PROPRIEDADES:

- Polaridade: são polares, diminuindo com o aumento da


cadeia carbônica. Não fazem ligação de hidrogênio entre
si.
- Pontos de fusão e ebulição: são mais baixos que dos
álcoois e ácidos carboxílicos de massa molecular próxima.
- Fase de agregação:
A maior parte dos ésteres é líquida.
- Densidade: a maioria é ligeiramente mais densa que a
água.
- Solubilidade: Os de baixa massa molecular são levemente
solúveis. Os demais, praticamente insolúveis.
NOMENCLATURA:

Parte ácida Parte alcoólica


HC + ato de Radical + a

Propanoato de metila

Amina: é a classe de compostos formada pela substituição


de um, dois ou três hidrogênios da amônia (NH 3) por
radical orgânico.

Amônia Amina 1º Amina 2º Amina 3º

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são polares. As aminas primárias e


secundárias fazem ligações de hidrogênio entre si e com a
água. As terciárias, apenas com a água.

- Pontos de fusão e ebulição: são mais altos que dos


compostos apolares e mais baixos que dos álcoois e ácidos
carboxílicos, comparando compostos de massa molecular
próxima.

- Fase de agregação:
Aminas com 1 a 3 radicais metil e com 1 radical
metil e 1 etil: gasosas
Aminas com 3 a 10C: líquidas.

- Densidade: As aminas alifáticas de baixa massa molecular


são menos densas que a água. As aromáticas, mais densas.

- Solubilidade: Aminas alifáticas com até 5C são solúveis


em água.

- Caráter: devido ao par de elétrons livres no nitrogênio, as


aminas apresentam caráter básico (Teoria de Lewis).
Resumo teórico – MÓDULO 22
ANOTAÇÕES: NOMENCLATURA:

RADICAIS + AMINA

Dimetilamina

Etil-dimetilamina

Amida: é a classe de compostos que apresenta o


nitrogênio ligado à carbonila (C = O).

Amida Amida Amida


monossubstituída dissubstituída

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são muito polares. Fazem duas ligações de


hidrogênio entre suas moléculas.
- Pontos de fusão e ebulição: são muito altos, sendo
maiores que dos compostos ácidos carboxílicos de massa
molecular próxima.
- Fase de agregação:
Metilamida: líquida
Demais amidas: sólidas
- Densidade: mais densas que a água.
- Solubilidade: somente as mais simples são solúveis em
água.

NOMENCLATURA:

HIDROCARBONETO + AMIDA

Propanamida

N-metil-3-metilbutanamida
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ANOTAÇÕES: Nitrocomposto: é a classe de compostos que apresenta o
grupo nitro (– NO2) ligado à cadeia carbônica.

TNT

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são bastante polares.

- Pontos de fusão e ebulição: elevados, devido a grande


polaridade.

- Fase de agregação:
Tendem a formar líquidos viscosos.

- Densidade: são mais densos que a água.

- Solubilidade: Nitrometano e Nitroetano são levemente


solúveis em água. Os demais, insolúveis.

NOMENCLATURA:

NITRO + HIDROCARBONETO

3-metil-nitrobutano
Nitrila: é a classe de compostos que teve o hidrogênio do
ácido cianídrico (HCN) substituído por um radical de
hidrocarboneto.

Ácido Cianídrico Nitrila

PROPRIEDADES:

- Polaridade: são compostos polares.


- Pontos de fusão e ebulição: possuem altos pontos de
fusão e ebulição, comparados com os demais compostos
de massa molecular próxima.
- Fase de agregação:
Nitrilas com 2 a 14C: líquidas
Demais nitrilas: sólidas
- Densidade: menos densas que a água.
- Solubilidade: praticamente insolúveis em água.
Resumo teórico – MÓDULO 22
ANOTAÇÕES: NOMENCLATURA:

HIDROCARBONETO + NITRILA

Obs.: O carbono da função é contado na cadeia principal.

3-metilbutanonitrila

Compostos de Grignard: é a classe de compostos que


apresenta uma cadeia carbônica ligada ao magnésio e este
a um halogênio (Cl, Br, I).

Grupo funcional

X: Cloro, Bromo ou Iodo

PROPRIEDADES:

- Polaridade: apresentam uma parte polar devido à ligação


iônica entre o magnésio e o halogênio e uma parte apolar,
a cadeia carbônica.
- Pontos de fusão e ebulição: possuem altos pontos de
fusão e ebulição (teoricamente).
- Fase de agregação: São encontrados na forma de
soluções em éter etílico.
- Densidade: são mais densos que a água.
- Solubilidade: são insolúveis em água (reagem
violentamente com ela).

NOMENCLATURA:

HALETO DE RADICAL + MAGNÉSIO

Cloreto de metilmagnésio

Iodeto de isobutilmagnésio
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ANOTAÇÕES: Ácido sulfônico: é a classe de compostos que
apresenta o grupo sulfônico (– SO3H) ligado à cadeia
carbônica.

Grupo Funcional

NOMENCLATURA:

Ácido HIDROCARBONETO SULFÔNICO

Ácido 4-etil-5-metilex-4-en-2-sulfônico

APLICAÇÃO:

Na forma de sais de cadeia longa, são muito


utilizados como detergentes:

- São anfifílicas: parte da cadeia tem afinidade por


substâncias polares (como a água) e outra parte,
afinidade por substâncias apolares, como gorduras e
óleos.

- Tem ação tensoativa: quebram a tensão superficial


da água.

- Tem ação surfactante: Pode formar micelas.


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ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 23
ISOMERIA ANOTAÇÕES:

Fenômeno através do qual


compostos de mesma fórmula
molecular apresentam diferentes
fórmulas estruturais.

TIPOS DE ISOMERIA:
 Plana
 Espacial (geométrica e óptica)

ISOMERIA PLANA:

É o tipo de isomeria no qual é possível diferenciar os


isômeros observando apenas sua estrutura plana.
Pode ser de cinco tipos: de cadeia, de posição, de
metameria, de função ou de tautomeria.

a. de cadeia: a diferença está no tipo de cadeia dos


compostos (normal ou ramificada, aberta ou fechada,
homogênea ou heterogênea).

e
Cadeia normal Cadeia ramificada

b. de posição: a diferença está na posição de um grupo


funcional, insaturação ou radical.

e
But-1-eno But-2-eno

c. de metameria (ou compensação): a diferença está na


localização do heteroátomo.

e
Metóxipropano Etóxietano

d. de função: a diferença está na função orgânica à qual o


composto pertence.

e
Aldeído Cetona

e. Tautomeria: os isômeros coexistem em equilíbrio


dinâmico. Pertencem a funções diferentes.

 Equilíbrio aldo-enólico:

Enol Aldeído
Resumo teórico – MÓDULO 23
 Equilíbrio ceto-enólico: A prioridade maior é dada ao ligante de maior número
atômico ligado diretamente ao carbono da dupla.

Enol Cetona

ISOMERIA ESPACIAL:
ISOMERIA ESPACIAL GEOMÉTRICA:
Também chamada de isomeria CIS-TRANS, ocorre em
compostos que apresentam ligação dupla ou que sejam
cíclicos. Porém há uma condição de ocorrência.
Condição: Nos compostos com dupla ligação: que os
ligantes do carbono da dupla sejam diferentes entre
si.

ab ab
Isômero CIS: apresenta os ligantes iguais de cada
carbono do mesmo lado do plano imaginário que
corta a dupla ligação.
Cadeia aberta Cadeia fechada

Isômero TRANS: apresenta os ligantes iguais de cada


carbono em lados opostos do plano imaginário que
corta a dupla ligação.
Cadeia aberta Cadeia fechada

OBS.: Para compostos do tipo,

abcd
utilizamos a nomenclatura sugerida pela IUPAC E e Z.
E – entgegen: significa separados; logo os comparados
estão em lados opostos do plano que corta a dupla ligação.
Z – zusammen: significa juntos; logo os comparados estão
do mesmo lado do plano que corta a dupla ligação.
Devemos comparar os ligantes de maior prioridade de
cada carbono da dupla (nos compostos com dupla ligação).
Resumo teórico – MÓDULO 23
ANOTAÇÕES: Exemplo:
C–1 Nº
atômico
H 1
C (do 6
H3C)

C–2 Nº
atômico
Cl 17
C (do etil) 6
Logo, no C – 1, a prioridade seria do CH3 e no C – 2, do Cl.
Este seria, portanto, o composto E-3-cloropent-2-eno.

ISOMERIA ESPACIAL ÓPTICA:

Os compostos apresentam fórmulas estruturais espaciais


muito similares. A diferença está no desvio causado pelos
compostos no plano de luz polarizada. Existem os isômeros
dextrogiro, que causa desvio da luz para a direita, e
levógiro, que causa o desvio da luz polarizada para a
esquerda.

I II

Luz natural Luz polarizada

Para que o composto tenha a capacidade de desviar a luz


polarizada, ou seja, para que tenha atividade óptica, deve
apresentar assimetria molecular, que frequentemente
deve-se à presença de carbono assimétrico (ou quiral).

Carbono assimétrico ou quiral: é aquele que apresenta 4


ligantes diferentes.

Identifica-se o carbono assimétrico com


um asterisco (*).
abcd

De acordo com o número de carbonos assimétricos,


teremos certo número de isômeros, segundo a equação:

nº isômeros nº de misturas
opticamente ativos: racêmicas:

Onde n é o número de carbonos assimétricos.


Resumo teórico – MÓDULO 23
ANOTAÇÕES: A mistura de 50% de cada isômero opticamente ativo de
um composto forma um isômero inativo, chamado de
mistura racêmica, que não causa desvio na luz polarizada.

1C ASSIMÉTRICO

Exemplo 1: Quantos isômeros ópticos possui o Butan-2-ol?


Escrevendo a fórmula estrutural do butan-2-ol, temos:

Logo, temos 1 carbono assimétrico. E assim, temos:

a. isômeros opticamente ativos:

dextrógiro levógiro
ou
levógiro dextrógiro

Note que um isômero é a imagem especular (no espelho)


do outro. Estas imagens não são podem ser sobrepostas.
b. Misturas racêmicas: Apenas uma; a mistura formada
por 50% de cada isômero. É inativa por compensação
externa.

2C ASSIMÉTRICOS DIFERENTES.

nº isômeros nº de misturas
opticamente ativos: racêmicas:

Total: 4 isômeros e 2 misturas racêmicas

a. Isômeros opticamente ativos:

d l

d’ l’
Resumo teórico – MÓDULO 23
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 23
d e l são enantiômeros (isômeros que causam o mesmo
valor angular de desvio, em sentidos opostos).

d’ e l’ são enantiômeros (isômeros que causam o mesmo


valor angular de desvio, em sentidos opostos).

d e l’ são diastereoisômeros: (isômeros que causam desvio


com valor angular diferente).
São diastereoisômeros: d e d’, d e l’, l e d’, l e l’.

b. Misturas racêmicas:

São as duas misturas racêmicas:


Mistura 1 Mistura 2
d l d’ l’
50% 50% 50% 50%

ATENÇÃO: No caso de 2C assimétricos iguais, temos


sempre 3 isômeros e uma mistura racêmica:

2 isômeros opticamente ativos: 1 dextrógiro e 1


levógiro

dextrógiro levógiro
ou
levógiro dextrógiro

1 isômero opticamente inativo: o composto meso.

Composto meso: é aquele que tem metade da


molécula igual à outra metade.

O composto meso é
opticamente inativo
por compensação
interna.

1 mistura racêmica (mistura de 50% de cada isômero d e l),


inativa por compensação externa.
Resumo teórico – MÓDULO 23
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 24
REAÇÕES ORGÂNICAS

REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO

As reações de substituição são características de


alcanos e compostos aromáticos. Neste tipo de
reação, um átomo (ou grupo) é substituído por outro
átomo (ou grupo).

TIPOS DE REAGENTES:

 Nucleófilo: “amigo do núcleo”.


São espécies negativas ou com pares de elétrons
livres.

 Eletrófilo: “amigo do elétron”.


São espécies positivas ou que possam receber
elétrons.

SUBSTITUIÇÃO EM ALCANOS:

Equação Genérica:

R – A + BX  R – B + AX

De acordo com o substituinte, há vários tipos de


substituição:

a. Halogenação: Entrada de um halogênio (Cl ou Br)


com a saída de um hidrogênio. A reação ocorre por
via radicalar.

Obs.: Existe uma preferência de sustituição. A ordem


de preferência de substituição é de hidrogênio de:

C 3º > C 2º > C 1º

b. Nitração: Entrada do grupo nitro (– NO 2) com a


saída de um hidrogênio. Ocorre com ácido nítrico a
quente.

c. Sulfonação: Entrada do grupo sulfônico (– SO 3H)


com a saída de um hidrogênio. Ocorre com ácido
sulfúrico a quente.
Resumo teórico – MÓDULO 24
ANOTAÇÕES: SUBSTITUIÇÃO EM AROMÁTICOS:

Ocorre via eletrofílica. O reagente substituinte vai em


busca da alta densidade eletrônica que existe no anel
aromático.

a. Halogenação: Entrada de um halogênio (Cl ou Br)


com a saída de um hidrogênio.

b. Nitração: Entrada do grupo nitro (– NO 2) com a


saída de um hidrogênio. Ocorre com ácido nítrico, a
quente e utilizando H2SO4 como catalisador.

c. Sulfonação: Entrada do grupo sulfônico (– SO 3H)


com a saída de um hidrogênio. Ocorre com ácido
sulfúrico a quente.

d. Alquilação de Friedel-Crafts: Substituição de um


hidrogênio do anel aromático por um grupo alquila.

e. Acilação de Friedel-Crafts: Substituição de um


hidrogênio do anel aromático por um grupo acila.
Forma-se uma cetona aromática.

SUBSTITUIÇÃO EM AROMÁTICOS SUBSTITUÍDOS:


Resumo teórico – MÓDULO 24
Deve obedecer a uma ordem de entrada dos ANOTAÇÕES:
próximos substituintes, orientada pelo substituinte já
presente no anel aromático.
Resumo teórico – MÓDULO 24
Posições possíveis no aromático:

Há dois tipos de orientadores:

 Radicais orto-para dirigentes:


- possuem o elemento mais eletronegativo ligado
diretamente no anel;
- são saturados (somente ligações simples);
- São ativadores do anel (facilitam a 2ª substituição).
Exceção: halogênios

 Radicais meta dirigentes:

- não é o elemento mais eletronegativo que está


ligado diretamente ao anel;

- são insaturados (possuem duplas ou triplas) ou tem


ligação coordenada (dativa);

- São desativadores do anel (dificultam a 2ª


substituição).

Obs.: A diregência orto-para sempre prevalece sobre


a meta.

Caso haja possibilidade de substituição no anel


aromático e na cadeia lateral, utilize a regra prática:

ATENÇÃO:

N, N, N: Noite, Neve, Núcleo  ou seja, na ausência


de luz e a frio, a substituição ocorre no anel
aromático.

C, C, C: Claro, Calor, Cadeia  ou seja, na presença


de luz e a quente, a substituição ocorre na cadeia
lateral.
Resumo teórico – MÓDULO 24
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 25
REAÇÕES ORGÂNICAS ANOTAÇÕES:

REAÇÕES DE ADIÇÃO

As reações de adição são características dos


hidrocarbonetos insaturados (alcenos, alcinos e
alcadienos). Neste tipo de reação, um átomo (ou
grupo) é adicionado aos átomos de carbono da
insaturação. Devido à alta densidade eletrônica da
insaturação, ocorre via eletrofílica.

ADIÇÃO EM ALCENOS:

De acordo com o grupo adicionado, há vários tipos de


adição:

a. Hidrogenação: Adição de hidrogênio à dupla


ligação. É muito conhecida como reação de Sabatier-
Senderens, que é utilizada para a obtenção de
gorduras (saturadas) a partir de óleos (insaturados).

b. Halogenação: Adição de um halogênio (Cl 2, Br2 e I2)


à dupla ligação.

REGRA DE MARKOVNIKOV

“Nas reações de adição, o hidrogênio será


adicionado ao carbono mais hidrogenado da
insaturação”.

Nas reações onde há opção de adição do hidrogênio,


este deverá ser adicionado sempre ao carbono da
insaturação (dupla ou tripla) que contenha mais
hidrogênios.

Sobre o hidrogênio, temos a regra prática:

“Tira-se do pobre (substituição e


eliminação) e dá-se ao rico (adição)”.
Resumo teórico – MÓDULO 25
c. Adição de halogenidretos: Adição do hidrogênio e ANOTAÇÕES:
do halogênio de um hidrácido tipo HCl, HBr ou HI à
dupla ligação. Segue a regra de Markovnikov.

OBS.: Se a reação de adição for de HBr e houver


peróxido presente, a adição ocorre anti-Markovnikov.
Esta é a regra de Karasch.

d. Hidratação: Adição de água à dupla ligação. Segue


a regra de Markovnikov.

ADIÇÃO EM ALCADIENOS:

Alcadienos são hidrocarbonetos que apresentam


duas ligações duplas.

a. Adição em alcadienos isolados: Alcadieno isolado é


aquele no qual existem pelo menos duas ligações
simples entre as duplas.

b. Adição em alcadienos acumulados: Alcadieno


acumulado é aquele no qual as duas ligações duplas
estão no mesmo carbono.

Devido à elevada eletronegatividade sobre o


carbono, causada pela presença de duas hidroxilas,
haverá uma desidratação e formação de uma cetona.

c. Adição em alcadienos conjugados: Alcadieno


conjugado é aquele no qual as duas ligações duplas
estão separadas por uma única ligação simples.
Resumo teórico – MÓDULO 25
Ocorre um rearranjo das ligações durante a reação e ANOTAÇÕES:
a ligação simples que ficava entre as duplas passa a
ser dupla.

ADIÇÃO EM ALCINOS:

Alcinos são hidrocarbonetos que apresentam uma


ligação tripla.
Sofrem as mesmas reações dos alcenos, porém em
dobro.

A única exceção está na hidratação de um alcino, na


qual só é possível uma etapa de hidratação, devido a
um rearranjo que ocorre após a formação do enol.

O enol formado sofre tautomeria e entra em


equilíbrio com uma cetona:

ATENÇÃO: ADIÇÃO EM CICLANOS

Ciclanos são hidrocarbonetos cíclicos com ligações


simples somente.

Ciclopropano Ciclobutano Ciclopentano

TEORIA DE BAYER:

“A estabilidade dos ciclanos aumenta na


medida em que o ângulo das ligações C – C
aproxima-se do ângulo de um tetraedro
regular: 109o28’.”
Resumo teórico – MÓDULO 25
Os ciclanos com 3, 4 e 5 carbonos sofrem adição de ANOTAÇÕES:
hidrogênio, pois existe à alta tensão no anel, devido
ao ângulo entre as ligações: 60o no ciclopropano, 90o
no ciclobutano e 108o no ciclopentano.

Exemplo: Hidrogenação do ciclopentano

Os ciclanos com 3 e 4 carbonos sofrem adição de


halogênios. O ciclopentano já sofre substituição.

Exemplo: Hidrogenação do ciclobutano


Resumo teórico – MÓDULO 26
REAÇÕES ORGÂNICAS ANOTAÇÕES:

REAÇÕES DE OXIDAÇÃO

São caracterizadas pela variação do nox dos


reagentes.

OXIDAÇÃO EM ALCENOS

a. OXIDAÇÃO BRANDA:

Reagente inorgânico: Reagente de Baeyer

 KMnO4
 Meio básico
 Sem aquecimento

Na oxidação branda, ocorre o rompimento da


ligação  da dupla e formação de OH em cada
carbono que fazia a dupla ligação. Forma-se um
diol vicinal.

Será possível identificar que se trata de uma oxidação


branda através dos reagentes utilizados.

Exemplo: Oxidação branda do 2-metilpropeno

Obs.: [O] é chamado oxigênio nascente e é gerado


pelo reagente inorgânico.

b. OXIDAÇÃO ENÉRGICA:

Reagente inorgânico: Reagente de Baeyer

 KMnO4
 Meio ácido
 Com aquecimento

Na oxidação enérgica, ocorre o rompimento


total da dupla ligação (ligações  e ),
oxigenando-a, além de oxidar todo H de
carbono da dupla a OH.

Será possível identificar que se trata de uma oxidação


branda através dos reagentes utilizados.

Exemplo: Oxidação enérgica do metil-but-2-eno


Resumo teórico – MÓDULO 26
Exemplo: Oxidação enérgica do metilpropeno ANOTAÇÕES:

Obs.: Se houver dupla no carbono 1, haverá formação


de CO2 e H2O.

c. OZONÓLISE:
Reagente inorgânico: O3, na presença de água e zinco
(Zn).

Na ozonólise, ocorre o rompimento total da


dupla ligação (ligações  e ), oxigenando-a.

Exemplo: Ozonólise do metil-but-2-eno

A função do zinco é reagir com o H 2O2 formado e


impedir que este oxide o aldeído a ácido carboxílico.

OXIDAÇÃO EM ALCINOS

Ocorre de forma similar às oxidações dos alcenos.

a. OXIDAÇÃO BRANDA:

Reagente inorgânico: Reagente de Baeyer

 KMnO4
 Meio básico
 Sem aquecimento

Na oxidação branda, ocorre o rompimento das


ligações  da tripla e formação de 2 OH em cada
carbono que fazia a tripla ligação. Forma-se um
diol geminal, que por desidratação gera o
produto final.

Exemplo: Oxidação branda do 2-metilpropeno

Desidratação do diol gêmino:


Resumo teórico – MÓDULO 26
b. OXIDAÇÃO ENÉRGICA: ANOTAÇÕES:

Reagente inorgânico: Reagente de Baeyer

 KMnO4
 Meio ácido
 Com aquecimento

Na oxidação enérgica, ocorre o rompimento


total da tripla ligação (ligações  e ), e
formação de 3 OH em cada carbono que fazia
a tripla ligação. Após desidratação, tem-se o
produto final.

Será possível identificar que se trata de uma oxidação


branda através dos reagentes utilizados.

Exemplo: Oxidação enérgica do metil-but-2-eno

Obs.: Se houver tripla no carbono 1, haverá formação


de CO2 e H2O.

OXIDAÇÃO EM ÁLCOOIS

Reagente inorgânico:

 K2Cr2O7 ou KMnO4
 Meio ácido

Os produtos da oxidação dependem do tipo de álcool


oxidado (primário ou secundário).

a. Oxidação de álcool primário: Na primeira etapa


forma um aldeído, que é oxidado, na segunda etapa,
a ácido carboxílico.

b. Oxidação de álcool secundário: É oxidado a cetona,


que não se oxida.

Obs.: A oxidação é baseada na formação de diol


gêminal no carbono da função, devido à oxidação do
H a OH. Por isso álcool terciário e cetona não oxidam:
não apresentam H no carbono funcional.
Resumo teórico – MÓDULO 26
REAÇÕES DE ELIMINAÇÃO ANOTAÇÕES:

a. Desidratação de álcool: Pode ocorrer dentro da


própria molécula ou entre duas moléculas.

a1. Desidratação intramolecular: forma um


alceno através da perda do OH do carbono funcional
e de um H do carbono vizinho.

Note que preferencialmente será eliminado o H do


carbono vizinho à função que tiver menos H. Nesse
caso, o da direita (carbono 3).

É a Regra de Zaitsev:

Nas reações de eliminação, o hidrogênio é


mais facilmente eliminado do carbono
menos hidrogenado.

Mais uma vez, vale a regrinha prática que já foi


passada a você:

Sobre o hidrogênio:
tira-se do pobre e dá-se ao rico.

a2. Desidratação intermolecular: forma um


éter através da perda do OH dos carbonos funcionais
de duas moléculas de álcool.

Observação: a desidratação intermolecular pode


ocorrer, também, entre ácidos carboxílicos gerando
anidridos.
Resumo teórico – MÓDULO 26
b. Eliminação em haletos orgânicos:
Ocorre a saída de um hidrácido com formação de um
alceno. Também segue a Regra de Zaitsev (retira-se
hidrogênio do carbono menos hidrogenado)

c. Esterificação: é a reação entre um ácido carboxílico


e um álcool, gerando um éster e água. É também
uma reação de desidratação intermolecular.

A reação é um equilíbrio químico e a reação inversa é


chamada de hidrólise do éster.
Caso a hidrólise do éster ocorra em meio básico,
teremos a formação de um sal de ácido carboxílico.
Se o ácido carboxílico original era um ácido graxo
(cadeia longa com 10C ou mais), teremos uma sabão:

d. Transesterificação: é a reação de um éster com um


álcool, gerando um novo éster e um novo álcool.
É esta a reação utilizada na produção do biodiesel.
Nesse caso, utiliza-se um glicerídeo (óleo ou gordura)
reagindo com um álcool (metanol ou etanol) em meio
básico.
Resumo teórico – MÓDULO 26
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 27
POLÍMEROS ANOTAÇÕES:

Polímero é uma palavra originária do grego que


significa: poli (muitos) e meros (partes). São
macromoléculas formadas por moléculas menores
(monômeros) que se ligam por meio de uma reação
denominada polimerização.

CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS

1. Quanto ao método de obtenção:

a. Polímeros de adição:

São formados pela reação de adição entre dois


monômeros (iguais ou diferentes), com
rompimento da ligação  entre os carbonos da
dupla e formação de uma ligação  entre os
carbonos de dois monômeros vizinhos.

Exemplo: Formação do polietileno.

b. Polímeros de condensação:

São formados pela reação entre dois


monômeros (iguais ou diferentes), com
liberação de uma substância inorgânica
(geralmente H2O ou HCl), permitindo a ligação
entre os dois monômeros.

Exemplo: Formação da baquelite.

2. Quanto ao tipo de monômero:

a. Homopolímero:

Formado pela reação (de adição ou


condensação) entre monômeros iguais.
Resumo teórico – MÓDULO 27
Exemplo: PVC (policloreto de vinila). ANOTAÇÕES:

b. Copolímero:

Formado pela reação (de adição ou


condensação) entre monômeros diferentes.

Exemplo: Formação da baquelite.

3. Quanto à fusibilidade:

a. Termoplásticos:

Podem ser fundidos por aquecimento e


solidificam por resfriamento. Podem ter sua
forma moldada e podem ser reciclados.

Exemplos: policloreto de vinila (PVC),


polietilenotereftalato (PET), politetrafuloretileno
(Teflon).

b. Termofixo:

São infusíveis e insolúveis. Não podem ter sua


forma moldada e não podem ser reciclados.

Exemplo: Baquelite, borracha vulcanizada, silicone.

4. Quanto à ocorrência:

a. Naturais: São aqueles encontrados na


natureza.
Exemplo: proteína, celulose, amido, borracha.

b. Artificiais: São aqueles fabricados pelo


homem.
Exemplo: Nylon, poliéster, acrílico.
Resumo teórico – MÓDULO 27
POLÍMEROS DE IMPORTÂNCIA ANOTAÇÕES:

NATURAIS

Amido: homopolímero de condensação.


É formado pela polimerização de moléculas
de -glicose.
Monômero Polímero

Celulose: homopolímero de condensação.


É formado pela polimerização de moléculas
de -glicose.
Monômero Polímero

Poliisopreno (Borracha natural): homopolímero de


adição 1,4.
Aplicações: Após sua vulcanização, e
dependendo da porcentagem de enxofre, é utilizada
na produção de bicos de mamadeira, chupeta,
camisinha, pneu.

Vulcanização:

Adição de 2% a 30% de enxofre à borracha, sob


aquecimento e na presença de catalisador,
formado um polímero tridimensional com o
enxofre realizando pontes entra as cadeias
poliméricas.

Vulcanização:
Resumo teórico – MÓDULO 27
SINTÉTICOS ANOTAÇÕES:

Polietileno (PE): homopolímero de adição.


Aplicações: sacolas, embalagens de
alimentos, revestimentos de fios, utensílios
domésticos, brinquedos.

Policloreto de vinila (PVC): homopolímero de adição.


Aplicações: cortinas de chuveiro, botas
plásticas, tubos de água e esgoto.

Politetrafluoretileno (TEFLON): homopolímero de


adição.
Aplicações: vedante de tubulações,
isolamento elétrico, revestimento antiaderente de
panelas.

Poliestireno (PS): homopolímero de adição.


Aplicações: Embalagens de equipamentos,
isolamento térmico, utensílios domésticos.

Baquelite: copolímero de condensação


Aplicações: em seu estágio termoplástico,
utilizado em tintas e cola para madeira; em seu
estágio termofixo, cabos de panela, interruptor de
luz, tomadas.
Resumo teórico – MÓDULO 27
Nylon: copolímero de condensação. ANOTAÇÕES:

Aplicações: roldanas, linha de pesca, fibras


têxteis, cerdas de escovas, meias.

Poliéster (PET): copolímero de condensação.

Aplicações: Fibras têxteis, garrafas plásticas,


esquis, tecido (Tergal).

Kevlar (PET): copolímero de condensação.

Aplicações: Colete a prova de balas, capacete,


cintos de segurança para esportes, bolas.

Silicone: copolímero de condensação.

Aplicações: Vedação de janelas, adesivo,


cosméticos, próteses cirúrgicas.

SÍMBOLOS DE RECICLAGEM

São fruto de convenção internacional, identificando


assim o material para posterior reciclagem.
Resumo teórico – MÓDULO 28
LIPÍDIOS

São ésteres que, sofrendo hidrólise, formam um


ácido graxo e um álcool superior ou glicerina.

Dividem-se em:

a) Glicerídeos

b) Cerídeos

c) Fosfolipídeos

d) Cerebrosídeos

Glicerídeos:

São triésteres de ácido graxo e glicerol (glicerina.)

Dividem-se em:
a) Óleos
b) Gorduras

a) Óleos

São formados por ácidos graxos de cadeia insaturada.

Trioleína
Óleo de oliva
Resumo teórico – MÓDULO 28
ANOTAÇÕES:
Resumo teórico – MÓDULO 28
b) Gorduras ANOTAÇÕES:

São formadas por ácidos graxos de cadeia saturada.

Sebo da carne

Note que, mesmo sendo uma gordura, existe


insaturação. E é por isso que existem as “gorduras
trans”: devido à isomeria geométrica que pode
ocorrer devido à existência de dupla ligação.

Gorduras trans:
São gorduras que apresentam os ligantes
comparados de uma dupla do composto dispostos
em lados opostos do plano da dupla.
São obtidas por hidrogenação catalítica:

Óleos vegetais  gorduras hidrogenadas

É por meio desse processo que se produz a


margarina, por exemplo.

Cerídeos:

Ésteres de ácido graxo e álcool superior (aqueles com


8 carbonos ou mais na cadeia principal).
Resumo teórico – MÓDULO 28
Cerídeos: ANOTAÇÕES:

Ésteres de ácido graxo e álcool superior (aqueles com


8 carbonos ou mais na cadeia principal).

Podem ter origem:

Vegetal:

Cera da palmeira

Animal:

Cera de abelha

CARBOIDRATOS
São compostos de função mista poliálcool-aldeído e
poliálcool-cetona.

Funções:

Reserva: amido, glicogênio


Energia: Glicose, frutose
Estrutural: Celulose, quitina

Dividem-se em:

Oses: monossacarídeos
Osídeos:
Oligossacarídeos: poucas oses

Polissacarídeos: muitas oses

Monossacarídeos:

São os carboidratos que não sofrem hidrólise.

Dividem-se em:
Aldoses: formados por aldeídos
Cetoses: formadas por cetonas
Resumo teórico – MÓDULO 28
Aldose: ANOTAÇÕES:

Cetose:

A molécula de glicose sofre um processo chamado de


Ciclização, onde forma uma molécula fechada:

A ciclização pode ocorrer de duas formas gerando a


molécula de -glicose ou a -glicose.
Resumo teórico – MÓDULO 28
Oligossacarídeos ANOTAÇÕES:

São os carboidratos que sofrem hidrólise produzindo


poucas moléculas de monossacarídeos.

Sacarose: Glicose + Frutose

Maltose: Glicose + Glicose

Lactose: Glicose + Galactose

Polissacarídeos

São os carboidratos sofrem hidrólise produzindo


várias moléculas de monossacarídeos.

Amido: -glicose.

Celulose: -glicose

Glicogênio: -glicose (muito ramificada)


Resumo teórico – MÓDULO 28
AMINÁCIDOS ANOTAÇÕES:

São compostos de função mista amina e ácido


carboxílico.

Estrutura Geral

Exemplo:

Valina
Ácido 2-amino-3-metilbutanoico

Divididos em:

a. Essenciais: Não produzidos pelo homem


Arginina
Fenilalanina
Histidina
Isoleucina
Leucina
Lisina
Metionina
Treonina
Triptofano
Valina

b. Não Essenciais: Produzidos pelo homem


Ácido Aspártico
Ácido Glutâmico
Alanina
Cisteína
Cistina
Glicina
Prolina
Hidroxi-prolina
Serina
Tirosina
Resumo teórico – MÓDULO 28
Aminoácidos tem caráter anfótero, ou seja, tem ANOTAÇÕES:
comportamento ácido e básico ao mesmo tempo.

O grupo amina tem caráter básico e o grupo carboxila


tem caráter ácido.

De acordo com o pH do meio, o aminoácido pode


tornar-se um sal chamado Zwitteríon e se ele vai
assumir carga postiva, neutra ou negativa depende
de cada aminoácido e do número de grupos carboxila
e amino que ele apresenta.

Ligação Peptídica

Ocorre por meio da reação entre a carboxila de um


AA e o grupo amino de outro AA.

O número de ligações peptídicas presentes numa


proteína é igual ao número de aminoácidos menos
um.
Resumo teórico – MÓDULO 28
PROTEÍNAS ANOTAÇÕES:

São macromoléculas formadas pela reação de


condensação entre aminoácidos.

Funções:

Ação enzimática: Ptialina


Transporte: Hemoglobina
Estrutural: Queratina
Defesa: Leucócitos

Constituição:

As proteínas apresentam quatro estruturas chamadas


primária, secundária, terciária e quaternária.

Estrutura 1ª: Sequência de aminoácidos

Estrutura 2ª: Forma helicoidal

Estrutura 3ª: Dobramento da cadeia


Resumo teórico – MÓDULO 28
Estrutura 4ª: Várias cadeias proteicas unidas. ANOTAÇÕES:

Proteínas têm uma temperatura e pH ideal para que


sua função seja idealmente desempenhada.

pH ótimo:
pH ideal para não danificar a estrutura da proteína.

Temperatura ótima:
Temperatura ideal para não danificar a estrutura da
proteína.

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