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HIDROGÉNIO
O gás Hidrogénio, H2, foi o primeiro elemento produzido artificialmente e formalmente descrito por
T. Von Hohenheim (também conhecido como Paracelso, 1493 – 1541) por meio da reacção química
entre metais e ácidos fortes. Paracelso não tinha o conhecimento de que o gás inflamável produzido
por esta reacção química era constituído por um novo elemento químico. Em 1671, Robert Boyle
redescobriu e descreveu a reacção entre limalhas de Ferro e ácidos diluídos, o que resulta na
produção de gás Hidrogénio. Em 1766, Henry Cavendish foi o primeiro a reconhecer o gás
Hidrogénio como uma discreta substância, ao identificar o gás de uma reacção ácido-metal como "ar
inflamável" e descobrindo mais profundamente, em 1781, que o gás produz água quando queimado.
Em 1783, Antoine Lavoisier deu ao elemento o nome de Hidrogénio, quando ele e Laplace
reproduziram a descoberta de Cavendish, onde água é produzida quando Hidrogénio é queimado.
Lavoisier produziu Hidrogénio pelas suas experiências sobre conservação de massa fazendo reagir
um fluxo de vapor de metal por meio de um tubo de Ferro aquecido ao fogo. A oxidação anaeróbica
de Ferro pelos protões da Água a alta temperatura pode ser esquematicamente representada pelo
conjunto das seguintes reacções:
Fe(aq) + H2O(l) → FeO(s) + H2(g)
2Fe(s) + 3H2O(l) → Fe2O3(s) + 3H2(g)
3Fe(s) + 4H2O(l) → Fe3O4(s) + 4H2(g)
Muitos metais, tais como o Zircónio são submetidos a uma reacção semelhante com Água o que
conduz à produção de Hidrogénio.
O Hidrogénio foi liquefeito pela primeira vez por James Dewar, em 1898, ao usar resfriamento
regenerativo e sua invenção se aproxima muito daquilo que conhecemos como garrafa térmica nos
dias de hoje. Ele produziu Hidrogénio sólido no ano seguinte. O Deutério foi descoberto em
Dezembro de 1931 por Harold Urey, e o Trítio foi preparado em 1934 por Ernest Rutherford,
Marcus Oliphant, e Paul Harteck. A água pesada, que possui Deutério no lugar de Hidrogénio
regular na molécula de água, foi descoberta pela equipe de Urey em 1932.
Propriedades
O gás Hidrogénio é altamente inflamável e queima em concentrações de 4% ou mais H2 no ar. A
entalpia de combustão para o Hidrogénio é − 286 kJ/mol; ele queima de acordo com a seguinte
equação:
2H2(g) + O2(g) → 2H2O(l) + 572 kJ (286 kJ/mol)
Quando misturado com Oxigénio por uma grande variedade de proporções, o Hidrogénio explode
por ignição. O Hidrogénio queima violentamente no ar, tendo ignição automaticamente na
temperatura de 560 °C. Chamas de Hidrogénio-Oxigénio puros queimam no alcance de cor
ultravioleta e são quase invisíveis a olho nu.
O H2 reage directamente com outros elementos oxidantes. Uma reacção violenta e espontânea pode
ocorrer em temperatura ambiente com Cloro e Flúor, formando os haletos de Hidrogénio
correspondentes: Cloreto de Hidrogénio e Fluoreto de Hidrogénio.
Quando o Hidrogénio se combina com o Carbono, ele pode formar uma infinidade de compostos.
Devido à marcante presença destes compostos nos organismos vivos, estes vieram a ser chamados de
compostos orgânicos e considerados os principais elementos C, H, O, N, P e S (os seis elementos
fundamentais para a vida na Terra). Na Química Inorgânica, hidretos podem também servir como
ligantes de ponte, responsáveis pelo elo entre dois centros metálicos em um composto de
coordenação. Esta função é particularmente comum em elementos do IIIG A, especialmente em
boranos (Hidretos de Boro) e complexos de Alumínio, assim como em carboranos agrupados.
Para químicos, o termo hidreto geralmente implica que o átomo de Hidrogénio adquiriu um carácter
negativo ou aniónico, H−. A existência do anião hidreto, sugerida por Gilbert N. Lewis em 1916 para
hidretos similares ao sal nos grupos I e II, foi demonstrada por Moers em 1920 com a electrólise de
hidreto de Lítio (LiH) derretido, que produziu uma quantidade de Hidrogénio estequiométrica no
ânodo. Para outros hidretos além dos metais de grupo I e II, o termo é bem enganoso, considerando a
electronegatividade de Hidrogénio baixa. Uma excepção nos hidretos do grupo II é BeH2, o qual é
polimérico. No hidreto de Alumínio e de Lítio, o anião, AlH4− carrega centros hidréticos firmemente
ligados ao Al (III).
Reacção Ácido-Base
A Oxidação de Hidrogénio, a fim de remover seu electrão, formalmente gera H+, não contendo
electrões e um núcleo, que é geralmente composto de um protão. É por isso que H+ é frequentemente
chamado de protão. Esta espécie é central à discussão de ácidos. Sob a teoria de Brønsted-Lowry,
ácidos são doadores de protões, enquanto bases são receptores de protões.
Um H+ puro não pode existir em solução devido a sua forte tendência de se ligar a átomos ou
moléculas com electrões. Entretanto, o termo protão é usado livremente para se referir ao Hidrogénio
de carga positiva. Para evitar a ficção conveniente do protão em solução, soluções ácidas aquáticas
são às vezes consideradas a conter o ião Hidrônio (H3O+).
No Laboratório
No laboratório, o gás H2 é normalmente preparado pela reacção de ácidos com metais tais, como o
Zinco, por meio do aparelho de Kipp:
Zn(s) + 2H+(aq) → Zn2+(aq) + H2(g)
O Alumínio também pode produzir H2 após tratamento com bases:
2Al(s) + 6H2O(l) + 2OH-(aq) → 2Al(OH)4-(aq) + 3H2(g)
A electrólise da água é um método simples de produzir Hidrogénio. Uma corrente eléctrica de baixa
voltagem corre através da Água e Oxigénio gasoso forma-se no ânodo enquanto o Hidrogénio
gasoso forma-se no cátodo. Tipicamente, o cátodo é feito de Platina ou outro metal inerte
(geralmente Platina ou Grafite) quando se produz Hidrogénio para armazenamento. Se, contudo, o
gás destina-se a ser queimado no local, é desejável haver Oxigénio para assistir à combustão, e então
ambos os eléctrodos podem ser feitos de metais inertes (eléctrodos de Ferro devem ser evitados, uma
vez que eles consumiriam Oxigénio ao sofrerem oxidação). A eficiência máxima teórica
(electricidade usada versus valor energético de Hidrogénio produzido) está entre 80 e 94%.
2H2O(l) → 2H2(g) + O2(g)
Em 2007, descobriu-se que uma liga de Alumínio e Gálio em forma de pastilhas adicionada a Água
podia ser usada para gerar Hidrogénio. O processo também produz Alumina, mas o Gálio, que
previne a formação de uma película de óxido nas pastilhas, pode ser reutilizado. Isto tem potenciais
implicações importantes para a economia baseada no Hidrogénio, uma vez que ele pode ser
produzido no local e não precisa de ser transportado.
Na Indústria
O Hidrogénio, na indústria, pode ser preparado por meio de vários processos mas, economicamente,
o mais importante envolve a remoção de Hidrogénio dos hidrocarbonetos. Hidrogénio comercial
produzido em massa é normalmente produzido pela reformação catalítica de gás natural. À altas
temperaturas (700 - 1100 °C), o vapor de água reage com Metano para produzir Monóxido de
Carbono e H2.
CH4(g) + H2O(l) → CO(g) + 3H2(g)
Esta reacção é favorecida a baixas pressões mas é no entanto conduzida a altas pressões (20 atm)
uma vez que H2 a altas pressões é o produto melhor comercializado. A mistura produzida é
conhecida como gás de síntese porque é muitas vezes usado directamente para a produção de
Metanol e compostos relacionados. Outros hidrocarbonetos além de Metano podem ser usados para
Aplicações
Grandes quantidades de H2 são necessárias nas indústrias de Petróleo e Química. A maior aplicação
de H2 é para o processamento de combustíveis fósseis, e na produção de Amoníaco.
Os principais consumidores de H2 em uma fábrica petroquímica incluem hidro-desalquilação,
hidrodessulfurização, e hidrocraqueamento. O H2 também possui diversos usos importantes, é
utilizado como um agente hidrogenizante, particularmente no aumento do nível de saturação de
gorduras insaturadas e óleos (encontrado em itens como margarina), e na produção de Metanol. É
semelhantemente a fonte de Hidrogénio na manufactura de Ácido Clorídrico. O H2 também é usado
como um agente redutor de minérios metálicos.
Além de seu uso como um reagente, o H2 possui amplas aplicações na Física e Engenharia. É
utilizado como um gás de protecção nos métodos de soldagem como soldagem de Hidrogénio
atómico. É usado como cooler de geradores em usinas, por que tem a maior conductividade térmica
de qualquer gás. H2 líquido é usado em pesquisas criogênicas, incluindo estudos de
supercondutividade. Uma vez que o H2 é mais leve que o ar, foi certa vez vastamente usado como
um gás de levantamento em balões e dirigíveis.
Em aplicações mais recentes, o Hidrogénio é utilizado puro ou misturado com Nitrogénio (às vezes
chamado de forming gás) como um gás rastreador para detectar vazamentos. Aplicações podem ser
encontradas nas indústrias automotiva, química, de geração de energia, aeroespacial, e de
telecomunicações. O Hidrogénio é um aditivo alimentar autorizado que permite o teste de vazamento
de embalagens, entre outras propriedades antioxidantes.
A família dos halogéneos, também conhecida como elementos do VII Grupo A, é uma das mais
conhecidas famílias da T. P. Os elementos que compõe este grupo são: Flúor (F); Cloro (Cl); Bromo
(Br); Iodo (I); e Astato (At), dos quais os mais abundantes são Flúor e Cloro. O Astato não aparece
na natureza e todos os seus isótopos conhecidos são instáveis (são radioactivos).
Os halogéneos obtiveram este nome, que significa geradores de sais, pela capacidade que eles têm de
reagir com os metais formando sais típicos, como: NaCl, KI, CaBr2 entre outros.
Nenhum halogéneo ocorre na natureza em seu estado elementar, por causa da alta reactividade
destes elementos. Todos existem em moléculas diatómicas ou sob outras formas combinadas, que
apresentam grande estabilidade.
O elemento Cloro forma cerca de 0.31% em peso da crosta terrestre e ocorre predominantemente
sob a forma de Cloreto de Sódio (NaCl) encontrado em grande quantidade na água do mar em média
3%, n oceano e nos lagos. Encontra-se também em Cloreto de Potássio (KCl) na forma de minerais
Silvinite (KCl) e Carnalite (MgCl2.KCl.6H2O).
Astato, halogéneo mais pesado, não se encontra na natureza, ele se obtêm por via de reacções
nucleares artificiais. As quantidades ínfimas são descobertas nos produtos da desintegração
radioactiva natural de Urânio e de Tório.
A principal característica química dos halogéneos é seu poder em agir como agentes oxidantes,
característica essa que facilita o ganho de electrões que necessitam para se tornarem quimicamente
estáveis.
Todos os constituintes do VIIG-A possuem 7 electrões no seu último nível de energia, sendo que
necessitam de receber um electrão para atingir a sua estabilidade química. A variação das
Na camada electrónica exterior, os átomos de halogéneos contém os sete electrões, dois na orbital s e
cinco nas orbitais p (ns2np5), por isso estes átomos facilmente captam um electrão, formando os iões
negativos monocarregados que possuem a estrutura electrónica dum gás nobre respectivo (ns2 np6).
Esta tendência à captação de electrões caracteriza os halogéneos como não metais típicos.
Todos os elementos do VIIG-A são muito tóxicos e possuem um cheiro muito forte. A aspiração
deles, mesmo nas quantidades pequenas leva a irritação das vias respiratórias e a inflamação das
mucosas, se as quantidades forem consideráveis podem levar a intoxicações graves. As moléculas
das substâncias simples, são formadas por átomos de halogéneos e são diatómicas: F2, Cl2, Br2, I2 e
At2.
Cloro: À temperatura e pressão normal, é um gás de cor amarelado, de cheiro acre e penetrante, que
se aspirado em grandes quantidades pode causar asfixia e morte. Devido a sua acção corrosiva,
tóxica e irritante para o sistema respiratório e para os olhos, o gás Cloro foi utilizado durante a
primeira guerra mundial como arma química.
Bromo: À temperatura e pressão normal, é um líquido de cor castanho. Como os demais halogéneos,
o Bromo caracteriza-se por sua elevada capacidade de oxidação, responsável pela facilidade para
combinar com outros elementos e dissolver-se em numerosos compostos orgânicos, como Álcool,
Clorofórmio e Tetracloreto de Carbono. A propriedade oxidante do Bromo é também responsável
pela libertação de uma elevada quantidade de calor em reacções com determinados elementos, como
Fósforo e Alumínio, com risco de explosões.
Iodo: À temperatura ambiente, Iodo é um sólido altamente volátil, de aspecto e coloração cinzento
quase negra, com leve brilho metálico que sublima em condições normais formando um gás de
coloração violeta e odor irritante. Iodo é muito pouco solúvel na Água, mas altamente solúvel em
compostos como o Dissulfeto de Carbono, Tetracloreto de Carbono, Etanol e Clorofórmio,
produzindo soluções de coloração violeta. Em dissolução, na presença de Amido dá uma coloração
azul. Sua solubilidade em água aumenta se adicionarmos Iodeto devido a formação do Triodeto, I3.
As suas propriedades químicas são semelhantes as do Cloro, mas não reage de forma tão violenta. É
o menos reactivo e o menos electronegativo de todos os elementos do VII G – A.
Astato: É sólido na temperatura ambiente, e actualmente foram encontradas apenas 25g de Astatínio
na Natureza, por isso é o elemento mais raro do mundo. É um halogéneo, no entanto, não há muitos
estudos sobre este elemento e seus compostos, uma vez que seu isótopo mais estável possui meia
Nas moléculas Cl2, Br2 e I2 as ligações são mais fortes do que no F2, devido à hibridização de orbitais
p e d.
A obtenção dos halogéneos livres faz-se, geralmente por meio da oxidação dos seus iões.
1. Na Industria
Flúor obtém-se pela electrólise fundida duma mistura de KF, HF à temperatura de 80ºC - 90º C.
electrolise
2HF(g) H2(g) + F2(g)
Cloro, Bromo e Iodo obtém-se pela electrólise fundida ou em solução aquosa das soluções dos seus
sais. Exemplo: água do mar. Os produtos deste processo são separados através do diafragma (H2 e
Cl2).
electrolise
2NaCl(s) + 2H2O(l) 2NaOH(s) + H2(g) + Cl2(g)
Também pode-se obter o Cloro, Bromo e Iodo pela oxidação dos respectivos halogéneos, como
mostra o exemplo seguinte: MgBr2(aq) + Cl2(g) → MgCl2(aq) + 2Br(l)
Isto é, o Cloro é capaz de oxidar o Br- e I-. Por seu turno o Bromo é capaz de oxidar o Iodo.
Cloro pode ser obtido pela oxidação de Cloreto de Hidrogénio com Oxigénio na presença de um
catalisador (CuCl2) a temperatura de 400ºC: 4HCl(g) + O2(g) → 2Cl2(g) + 2H2O(l)
Obtêm-se uma solução concentrada de HBr, daí, pela acção de Cloro, desprende-se Bromo:
2HBr(conc.) + Cl2(g) → 2HCl(aq) + Br2(l)
Actualmente, o processo consiste em partir do Iodeto das águas dos poços petrolíferos, oxidando-se
o Iodeto com Nitrito, em presença de carvão, finalmente é dividido, para reter Iodo:
6I-(aq) + 2NO2-(aq) + 8H+(aq) → 3I2(s) + N2(g) + 4H2O(l)
2. No Laboratório
Cloro, Bromo e Iodo podem ser preparados por oxidação de Cloreto, Brometo ou Iodeto em meio
ácido, usando-se como oxidante o ião Permanganato ou o Dióxido de Manganês:
A reacção de Flúor com o Hidrogénio, ocorre mesmo na ausência de luz ou chama ou a baixas
temperaturas (até - 200 ºC) e é explosiva. A entalpia de formação de Fluoreto de Hidrogénio é muito
negativa, - 273 kJmol-1, a mais baixa de todos os halogenetos de Hidrogénio, o que justifica a grande
quantidade de energia que é libertada nesta reacção:
Óxidos de Flúor
Obtem-se deixando passar Flúor através da solução resfriada de NaOH a 2%.
2F2(g) + 2NaOH(aq) → 2NaF(s) + H2O(l) + OF2(g)
Óxidos de Cloro
Cl2O (Óxido Hipocloroso) – Instável, obtido a partir de Cloro sobre Óxido de Mercúrio I e
borbulhá-lo em Água.
2Cl2(g) + HgO(aq) → HgCl2(aq) + Cl2O(g)
Cl2O(g) + H2O(l) → 2HOCl(aq) (Ácido Hipocloroso)
I2O e I2O5 existem em solução aquosa sob forma dos seus ácidos HIO (Ácido Hipoiodoso) e HIO3
(Ácido Iódico).
Flúor: é utilizado para a preparação do UF6 (separação de isótopos), Preparação do SF6 (gás
protector), na produção de compostos orgânicos (Teflon), como aditivo das pastas dentífricas para
combate a cárie:
Ca5(PO4)3OH(aq) + F-(aq) → Ca5(PO4)3F(aq) + OH-(aq)
(hidroxiapatite) (fluorapatite)
Iodeto de potássio, KI, é adicionado ao sal comum, NaCl (mistura denominada de sal iodado), para
prevenir o surgimento do bócio endémico, doença causada pela deficiência de Iodo na dieta
alimentar.
Calcogéneos são os elementos do VIG A: Oxigénio (O), Enxofre (S), Selénio (Se), Telúrio (Te) e
Polónio (Po).
Esses elementos também podem formar compostos contendo duas ligações covalentes (pares
electrónicos), como em H2O, F2O, Cl2O, H2S e SCl2. Quando o átomo do calcogéneo é menos
electronegativo na molécula, (por exemplo, no SCl2, a electronegatividade de S = 2,5 e do Cl = 3,5),
S se encontra no estado de oxidação +2.
Alem disso os elementos de S, Se e Te podem estar no estado de oxidação de (+4 e +6), sendo que
estes são, mais estáveis do que o elemento no estado de oxidação (+2).
Oxigénio também pode ser obtido pela Electrólise da água: Este método consiste em submeter à
água sob acção da corrente eléctrica; resultando a separação dos seus dois elementos constituintes,
Hidrogénio e Oxigénio: 2H2O(l) → 2H2(g) + O2(g). Este processo é muito dispendioso porque requer
o uso de altas quantidades de energia eléctrica.
No Laboratório
No laboratório pode ser obtido a partir:
Do aquecimento do Óxido do mercúrio: 2HgO(s) → 2Hg(l) + O2(g)
Da decomposição catalítica de Peróxido de Hidrogénio, usando MnO2 como catalisador: 2H2O2(l) →
2H2O(l) + O2(g)
Da decomposição térmica de alguns sais
2KNO3(s) → 2KNO2(s) + O2(g)
2KClO3(s) → 2KCl(s) + 3O2(g)
2KMnO4(s) → K2MnO4(s) + O2(g) + MnO2(s)
Reactividade
Reacções de Oxigénio
Oxigénio é muito reactivo, particularmente a temperaturas elevadas. As suas reacções são fortemente
exotérmicas. Com Nitrogénio ele não reage facilmente, se não em condições especiais, devido à alta
energia de dissociação da molécula de N2 (-945 kj/mol). Oxigénio é um forte oxidante, é
comburente, alimenta a combustão. É usado nas reacções de combustão como o carvão e os
hidrocarbonetos: C(s) + O2(g) →CO2(g);
C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(l)
Oxigénio + metal
Oxigénio reage a altas temperaturas com a maioria dos metais formando óxidos de diferentes tipos:
2Mg(s) + O2(g) → 2MgO(s) ; 4Fe(s) + 3O2(g) → 2Fe2O3(s)
Oxigénio + não metal
Oxigénio reage com ametais formando os respectivos óxidos: C(s) + O2(g) → CO2(g) ;
Reacções de Enxofre
Enxofre não reage com Água e com ácidos diluídos. Ácido Sulfúrico (H2SO4) e Nítrico quando
concentrado atacam Enxofre:
S(s) + 2H2SO4(c ) → 3SO2(s) + 2H2O(aq)
S(s) + 6HNO3(c) → H2SO4(aq) + NO2(g) + 2H2O(aq)
Os álcalis atacam Enxofre formando sulfetos: 2NaOH(aq) + 2S(s) → Na2S(aq) + H2S(g) + O2(g)
Oxigénio possui duas formas alotrópicas que diferem quanto à atomicidade (número de átomos do
elemento químico em uma molécula da substância).
As duas formas alotrópicas de Oxigénio são: Oxigénio (O2) e o Ozono (O3). O gás oxigénio é
inodoro e indispensável à vida, e o gás Ozono é de cheiro desagradável e altamente bactericida.
O gás Ozono, por causa de suas propriedades bactericidas, é usado na purificação da Água para
consumo residencial e para tratamento de piscinas (no lugar de Cloro). É usado também na
desodorização de cinemas, velórios e lugares fechados sujeitos a aglomerações. Uma das razões da
sensação de frescos que se tem após uma tempestade deve-se à transformação de O2 em O3,
promovida pelos relâmpagos, que purificam o ar.
O ar que respiramos
A atmosfera é a massa gasosa que envolve o nosso planeta, tendo sido classificada em camadas
consoante as diferentes densidades dos gases. A camada mais fina e mais baixa (ao nível do solo) é
conhecida como a troposfera. É aqui onde as plantas e os animais vivem e que os padrões
meteorológicos ocorrem. A sua altitude atinge cerca de 7 km nos pólos e 17 km no equador.
Tal como o resto da atmosfera, a troposfera é dinâmico. Dependendo da altitude, o ar tem uma
densidade diferente e uma composição química diferente. O ar circula constantemente em redor do
globo, cruzando oceanos e vastas áreas de terra. Os ventos podem transportar pequenos organismos,
incluindo bactérias, vírus, sementes e espécies invasivas para novos locais.
Constituição do Ar
O ar seco é constituído por cerca de 78% de Azoto, 21% de Oxigénio e 1% de Árgon. Existe
igualmente vapor de água no ar, perfazendo entre 0,1% e 4% da troposfera. O ar mais quente contém
geralmente maior quantidade de vapor de água do que o ar mais frio.
O ar contém igualmente quantidades muito pequenas de outros gases, conhecidos como gases
residuais, incluindo Dióxido de Carbono e Metano. As concentrações desses gases pouco
importantes na atmosfera são geralmente medidas em partes por milhão (ppm). Por exemplo, as
concentrações de Dióxido de Carbono, um dos gases residuais mais proeminentes e abundantes na
atmosfera, foram estimadas em cerca de 391ppm, ou 0,0391%, em 2011.
Adicionalmente, existem milhares de outros gases e partículas (incluindo fuligem e metais) que são
lançados na atmosfera a partir de fontes naturais e antropogénicas. A composição do ar na troposfera
está em constante mudança. Algumas das substâncias contidas no ar são altamente reactivas, ou seja,
têm uma maior propensão para interagir com outras e formar novas substâncias. Quando algumas
dessas substâncias reagem com outras, podem formar poluentes nocivos para a nossa saúde e para o
ambiente. O calor – incluindo o do Sol – funciona geralmente como catalisador, facilitando ou
desencadeando reacções químicas.
Ozono (O3)
A camada de Ozono - Formação de Ozono
As moléculas de gás oxigénio, O2, possuem baixa densidade e tendem a subir para a estratosfera, até
cerca de 25 km acima da superfície do planeta. Nas condições da estratosfera Oxigénio é instável e
se decompõem pela acção dos raios ultravioletas do Sol, formando gás O3), mais estável nessas
condições.
Ozono é preparado pela passagem de Oxigénio molecular através de uma descarga eléctrica,
condensado o produto a 77K e purificado por destilação fraccionada e liquefacção:
O2(g) → O. + O.
O gás Ozono formado é mais denso, ele começa a descer, mas nas condições existentes nas camadas
mais baixas da atmosfera, ele é instável e se decompõe formando gás Oxigénio, num ciclo que se
repete indefinidamente: O. + O3(g) → O2(g) + O2(g)
A camada de Ozono filtra os raios ultravioletas do Sol, protegendo os seres vivos dessa radiação
electromagnética invisível aos nossos olhos, de frequência e energia alta bastante para causar danos
à vida. Nas últimas décadas, porém, os cientistas observaram que o equilíbrio dinâmico de formação
e decomposição do gás Ozono foi alterado.
Propriedades de Ozono
É um gás de cor azulada, cuja molécula possui três átomos de Oxigénio, tem como massa molecular
48 g/mol e é solúvel em Água. A sua solubilidade na Água é maior do que a do Oxigénio do ar. É
um gente oxidante muito forte e mais reactivo do que o Oxigénio. Oxida todos os metais excepto
Ouro e os metais do grupo de Platina e também a maioria dos não-metais: Ag(s) + O3(g) → Ag2O(s) +
O2(g).
Se introduzir no ar que contém Ozono um papelinho molhado pelas soluções de KI e amido este
torna-se azul. Esta reacção usa-se para identificar Ozono. Encontra-se na estratosfera entre 10 a 46
Km de altura. Em condições normais não é estável.
Estrutura de Ozono – O3
Ozono é uma molécula diamagnética angular (ângulo de 116º45’) formada por três átomos de
Oxigénio. Tem a forma dum triângulo isóscele com o átomo central em estado de hibridização sp2.
Enxofre é usado em múltiplos processos industriais como, por exemplo: Produção de H2SO4 para
baterias, fabricação da pólvora, produção de sulfitos usados para branquear o papel e como
conservante de bebidas alcoólicas; Produção do Tiossulfato de Sódio utilizado em fotografia como
fixador porque dissolve Brometo de Prata; Produção de Sulfato de Magnésio com diversos usos
como laxante, esfoliante ou suplemento nutritivo para plantas. Aplica-se também na indústria da
borracha para a transformação de caucho (borracha natural). A borracha adquire propriedades
Selénio tem aplicação como semicondutor, rectificador de foto celas. Em fotografia é empregue para
intensificar e incrementar as faixas de tonalidades das fotografias em branco e preto e a durabilidade
das imagens. Selénio é um antioxidante que ajuda a neutralizar os radicais livres, estimula o sistema
imunológico e intervém no funcionamento da glândula tiróide. É usado também como um micro
nutriente para todas as formas de vida. É encontrado no pão, nos cereais, nos pescados, nas carnes e
nos ovos.
Telúrio: A maior parte é usada em ligas com outros metais. É adicionado ao Chumbo para aumentar
a sua resistência mecânica, durabilidade e diminuir a acção corrosiva do Ácido Sulfúrico. Quando
adicionado ao aço inoxidável e Cobre torna estes materiais mais facilmente usináveis. Também é
usado em semicondutores, e como ingredientes em vidros.
Polónio é usado como gerador termoeléctrico em satélites artificiais e sondas espaciais. Pequenas
quantidades adicionadas às velas (eléctrodos de ignição de motores de combustão interna) melhoram
o desempenho destes dispositivos.
ENXOFRE
Ocorrência
Enxofre está amplamente distribuído em minérios de sulfetos, que incluem Galena (PbS), Cinábrio
(HgS), Pirita (FeS), e Esfalerita ou Blenda (ZnS). Como esses minérios são muito comuns, Enxofre
é um subproduto da extracção de vários metais, especialmente Cobre. Enxofre é também encontrado
em depósitos do elemento nativo (chamado de Pedra de Enxofre) formado pela acção de bactérias
sobre H2S.
Ocorre também na forma elementar em grandes quantidades em minas de Enxofre (Enxofre nativo).
No estado combinado ocorre em compostos (sulfuretos e sulfatos), a Galena (PbS), a Blenda (ZnS) e
o brilho de Cobre (Cu2S) que são minérios valiosos. Ocorre nos organismos vivos (proteínas a base
de Enxofre). No organismo humano são encontradas cerca de 100 mil diferentes tipos de proteínas,
presentes em músculos, ossos, pele, tecidos adiposos, cartilagens, tendões, cabelos, unhas, etc.
Obtenção
1. Na Técnica
O método Frasch consiste em cavar poços, introduzindo-se nas rochas sedimentares três tubos
concêntricos. Pelo tubo externo é injectada água super-aquecida, destinada a fundir Enxofre em seu
depósito subterrâneo; no tubo de menor diâmetro injecta-se ar sobre forte pressão (ar comprimido)
para forçar Enxofre líquido a subir à superfície, através da tubulação intermediária.
Propriedades de Enxofre
É um ametal, sólido de coloração amarela, mole, frágil, leve, insolúvel em água e relativamente bem
solúvel em Dissulfureto de Carbono (CS2) e Benzeno (C6H6). Os átomos de Enxofre contêm 6
electrões na camada electrónica exterior, dois na orbital s e quatro na orbital p. O número de
electrões desemparelhados no átomo pode aumentar por via de transferência de electrões do subnível
s e p para o subnível d da camada exterior, neste caso Enxofre, além da valência II, também pode ter
IV e VI, logo, oss estados de oxidação comuns de enxofre são: - 2, + 4 e + 6.
As moléculas do Enxofre podem ser: de S2 até S12 em forma de cadeias (gasoso, líquido), S8 na
forma cíclica (sólido).
Quando se aquece Enxofre até a ebulição ocorrem variações diferentes e interessantes: Aos 112,8 ºC
funde transformando-se num líquido amarelo muito móvel. Continuando o aquecimento o líquido
torna-se vermelho escuro e a 250 ºC torna-se muito viscoso (rompimento das estruturas anelares e
formação de estruturas lineares macromoleculares. Acima dos 300 ºC torna-se de novo móvel mas a
cor permanece vermelho-escura (rompimento das cadeias com o aquecimento). Aos 444,6 ºC
Enxofre entra em ebulição, formando vapores amarelo-alaranjados.
Propriedades Químicas
Enxofre não reage com Água e com ácidos diluídos. Ácido Sulfúrico (H2SO4) e Nítrico quando
concentrado atacam Enxofre:
S(s) + 2H2SO4(c) → 3SO2(s) + 2H2O(l)
S(s) + 6HNO3(c) → H2SO4(aq) + NO2(g) + 2H2O(aq)
Sulfeto de Hidrogénio é um ácido diprótico fraco com K1 = 1,1 x 10-7 e K2 = 1,0 x 10-14. Observe o
valor baixo de K2 no H2S; isto significa que o ião sulfeto é muito hidrolisado, portanto, as soluções
dos sulfetos de metais alcalinos, todos muito solúveis, são extremamente básicas.
Ácido Sulfídrico ou Sulfeto de Hidrogénio, é um gás, com odor de ovos podres, em solução
aquosa. Ė Solúvel em Água e Etanol e pode ser preparado pela acção de ácidos minerais em sulfeto
metálico, geralmente Ácido Clorídrico com Sulfeto de Ferro (II). Numa solução ácida, Ácido
Sulfídrico é um agente redutor moderado. Este ácido tem um papel importante em análises
qualitativas tradicionais, onde se precipita metais com sulfetos insolúveis. É um composto corrosivo,
venenoso e gasoso encontrado no gás sintético do carvão, no gás natural e nos tipos de petróleo que
contem Enxofre.
Propriedades Químicas
Com bases fortes forma sais, os sulfetos.
Queima ao ar, quando nas condições adequadas, produzindo Dióxido de Enxofre e Água:
2H2S(g) + 3O2(g) → 2SO2(g) + 2H2O(l)
Quando a quantidade de Oxigénio não é suficiente para completar a reacção acima, forma-se
Enxofre livre, juntamente com Água: 2H2S(g) + O2(g) → 2S(s) + 2H2O(l)
Reage com diversos sais de metais pesados (Zinco, Cobre, Estanho, Ferro, Cobalto, Níquel, etc.)
formando os sulfetos insolúveis, quando em solução diluída:
É um gás muito encontrado na indústria petroquímica. Determina-se que todas as actividades devem
ser paralisadas quando existir uma concentração maior que 8ppm (partículas por milhão) na
atmosfera local.
Produção
Sulfeto de Hidrogénio é mais comummente obtido por sua separação do gás amargo, o qual é gás
natural com alto conteúdo de H2S. Também pode ser produzido por reagir-se gás Hidrogénio com
Enxofre fundido a aproximadamente 450 ºC. Hidrocarbonetos podem substituir Hidrogénio neste
processo.
Baterias redutoras de sulfato geram energia usável sob condições de baixo Oxigénio usando sulfatos
(possuidores do elemento Enxofre) para oxidar compostos orgânicos ou Hidrogénio, isto produz
sulfeto de Hidrogénio como produto residual.
A preparação padrão em laboratório é lentamente aquecer Sulfeto Ferroso (FeS) com um ácido
forte num aparelho de Kipp: FeS(s) + 2HCl(aq) → FeCl2(s) + H2S(g)
Uma alternativa menos conhecida e mais conveniente é reagir Sulfeto de Alumínio com água:
Al2S3(s) + 6H2O(l) → 3H2S + 2Al(OH)3(aq)
Este gás é também produzido pelo aquecimento de Enxofre com compostos orgânicos sólidos e por
redução de compostos orgânicos sulfurados com Hidrogénio. H2S também é um subproduto de
algumas reacções e deve ser tomado cuidado quando a produção é provável pois a exposição pode
ser fatal.
É uma das substâncias mas utilizadas nas indústrias. O maior uso de Ácido Sulfúrico é na fabricação
de fertilizantes, como os Superfosfatos e Sulfato de Amónio. É ainda utilizado nas industrias
petroquímica, de papel de corantes e nas baterias de Chumbo (de automóveis).
Propriedades
Ácido Sulfúrico tem três importantes propriedades químicas: é um ácido de Bronsted forte, é um
agente desidratante e é um agente oxidante. A poderosa propriedade desidratante de Ácido Sulfúrico
pode ser vista quando um pouco do Ácido concentrado é derramado sobre sacarose, C 12H22O11. Uma
massa espumosa, preta, de Carbono forma-se como resultado da extracção de H2O.
Tiossulfato de Sódio aplica-se na fotografia como agente de fixagem. Na indústria têxtil para a
remoção dos resíduos de Cloro após o branqueio de tecidos, na medicina e na veterinária.
Com halogéneos, formam compostos do tipo XY2, XY4, e XY6 (X= S, Se, Te, Po; e Y = F, Cl, Br,
I). A capacidade de formar compostos de números de coordenação elevados diminui na série dos
halogéneos de acordo com a sua capacidade oxidativa. Ao deixar passar Cloro através de Enxofre
fundido, forma-se Cloreto de Enxofre, que representa um líquido com ponto de ebulição de 137 ˚C.
A massa molecular dessa substancia, como mostra a densidade do seu vapor, corresponde a fórmula
S2Cl2.
A água o decompõe, formando Dióxido de Enxofre, Cloreto de Hidrogénio e Sulfureto de
Hidrogénio: S2Cl2(s) + 2H2O(l) → SO2(g) + H2S(g) + 2HCl(g)
São conhecidos mas dois compostos de Enxofre com Cloro (SCl2 e SCl4) que não tem importância
prática. Enxofre forma com Flúor, Fluoreto de Enxofre (VI) gasoso, SF6, e com Bromo forma
Brometo de Enxofre (I) S2Br2. Cloreto de Enxofre emprega se na vulcanização do caucho.
Ocorrência
Selénio é pouco abundante na natureza. Encontra-se difundido pela crosta terrestre, quase sempre
sob a forma de selenetos, geralmente acompanhando sulfetos nos seguintes minerais:
Berzelianita: Cu4Se, Tiemanita (HgSe) e Naumanita (Ag2Se). Selénio livre é encontrado nos
resíduos de combustão de Pirite (FeS2), quando se prepara Ácido Sulfúrico.
Pode reagir com Cloro e Hidrogénio: Se(s) + Cl4(g) → SeCl4(s) ; Se(s) + H2(g) → H2Se(s)
Aplicações
Utiliza-se no fabrico de células fotovoltaicas. Além disso, Selénio e os seus compostos encontram
ainda largo uso nos processos de reprodução xerográfica, na indústria vidreira (Seleneto de Cádmio,
para produzir cor vermelho-rubi), como desgaseificante na indústria metalúrgica, como agente de
vulcanização, como oxidante em certas reacções e como catalisador, como semicondutor,
rectificador de foto-celas. Em fotografia é empregue para intensificar e incrementar as faixas de
tonalidades das fotografias em branco e preto e a durabilidade das imagens. Selénio é um
antioxidante que ajuda a neutralizar os radicais livres, estimula o sistema imunológico e intervém no
funcionamento da glândula tiróide. É usado também como um micronutriente para todas as formas
de vida. É encontrado no pão, nos cereais, nos pescados, nas carnes e nos ovos.
TELÚRIO (Te)
Obtenção de Telúrio
Para preparar Telúrio, dissolvem-se os sulfetos que o contém em Ácido Clorídrico e trata-se a
solução com SO2. Assim, se precipita Telúrio metálico, sob a forma de um pó negro.
Propriedades Físico-Químicas
Telúrio é cristalino, branco-prateado, e quando na forma pura apresenta um brilho metálico. É um
semi-metal (metalóide), frágil e facilmente pulverizável. Os compostos de Telúrio são venenosos.
Seres humanos expostos a atmosfera com 0.01 mg/m3 ou menos com Telúrio adquirem um hálito
desagradável e secura na boca. Intoxicações mais elevadas causam dores de cabeça, vertigens e
sonolência.
Telúrio, quando queimado em presença do ar, produz uma chama azul esverdeada e forma Dióxido
de Telúrio (TeO2) como produto. Algumas reacções de Telúrio:
Te(s) + O2(g) → TeO2(s) ; Te(s) + Cl2(g) → TeCl4(s) ; Te(s) + H2(g) → H2Te(s)
Quando aquecido, resultam vapores amarelos de Te2, muito venenosos. Dissolvendo-se Telúrio em
Ácido Nítrico, obtém-se Ácido Teluroso (H2TeO3), que, oxidado com Ácido Crómico, transforma-se
em Ácido Telúrico (H2TeO4).
Aplicações
Telúrio tem sido utilizado em metalurgia para melhorar as propriedades mecânicas dos aços e outras
ligas ferrosas. Também se utiliza para formar ligas com Cobre e Chumbo usadas em trabalhos de
Este elemento pode ainda ser usado como catalisador. Tal como alguns dos seus compostos binários,
Telúrio aplica-se no fabrico de dispositivos termoeléctricos, destinados a produção de electricidade e
refrigeração. Estas aplicações baseiam-se no efeito de seebeck, para a produção de corrente ao
aquecer uma junca de dois metais, e no efeito Peltie, que consiste numa transferência de calor
mediante a passagem de uma corrente através de uma junção metálica.
O VG-A é constituído por Nitrogénio (N), Fósforo (P), Arsénio (As), Antimónio (Sb) e Bismuto
(Bi). Estes elementos têm cinco electrões na última camada nos seus átomos. Nitrogénio e Fósforo
são ametais. Nos seus compostos dominam o carácter covalente. Fósforo e Arsénio formam
modificações não metálicas e metálicas. Antimónio e Bismuto apresentam carácter metálico. As
propriedades físicas e químicas deste grupo variam com o aumento do número atómico (Z).
Características Gerais
Todos os elementos desse grupo são sólidos com excepção do Nitrogénio que é um gás nas
condições ambientais. Nitrogénio e Fósforo são ametais, Arsénio e Antimónio são semi-metais e
Bismuto é metal, apesar de apresentar modesta condutibilidade eléctrica. Estes elementos
apresentam Nox - 3, + 3, e + 5. Destes elementos, Nitrogénio apresenta o Nox - 3 a +5. Com o
aumento do número atómico aumentam, paralelamente, deforma mais ou menos regular, as
densidades, os volumes atómicos, os pontos de fusão e de ebulição e os raios covalentes e
cristalinos.
A valência dos elementos do grupo vária de III a V, de acordo com as configurações específicas. Os
compostos de As, Sb e Bi têm carácter iónico com tendência deformar catiões, como no BiF3, onde
há formação do ião Bismuto, Bi3+, em solução aquosa, mas não forma Bi5+. Os óxidos de Nitrogénio
e de Fósforo são anidridos fortes dos ácidos. O Óxido de Antimónio (Sb2O3) é anidrido anfotérico
e Óxido de Bismuto (Bi2O3) é anidrido básico. Os sais de As são venenosos.
NITROGÉNIO ou AZOTO:
Nitrogénio constitui a maior parte do ar atmosférico 75,5 a78,1%, aparece em compostos como
NaNO3 que é abundante na crosta de Chile e na forma de KNO3. Nas plantas e animais aparece em
forma de Aminoácidos, Proteínas e Cianetos. N2 é um gás incolor e inodoro, torna-se líquido incolor
a – 196 ˚C e se solidifica a – 210 ˚C, sem cheiro e pouco dissolvido em água. Ele é pouco mais leve
do que o ar: a massa de 1 litro do Azoto é igual a 1,25 g. Nitrogénio elementar existe na forma de
molécula diatómica, cuja ligação tem uma energia de dissociação de 946 kJ.mol-1.
Reactividade
Azoto forma uma molecular diatómica que é quimicamente pouco activo. A actividade reduzida de
Azoto explica-se pela grande estabilidade de suas moléculas. Na molécula de Azoto, os átomos são
ligados pela ligação tripla e a energia de dissociação dessa molécula é muito alta (946 kJ/mol),
verificando-se a dissociação após o aquecimento muito forte.
É inerte em condições ambientais, o que garante que Oxigénio (O2) disperso na atmosfera não
incendeie a vegetação do planeta. Derivando da estrutura electrónica pode-se prever as seguintes
formas de reacção para o Nitrogénio:
A síntese de Amoníaco:
Azoto reage com Hidrogénio a temperaturas e pressões altas na presença de catalisador. A altas
pressões e baixas temperaturas forma-se Amoníaco num processo reversível:
A temperatura ambiente, Nitrogénio reage apenas com Lítio: 6Li(s) + N2(g) → 2Li3N(s)
Ao ser aquecido, reage com metais (Mg, Ca, Ti e outros): 3Mg(s) + N2(g → Mg3N2(g)
Azoto reage com Oxigénio à temperaturas elevadas. Da reacção directa com Oxigénio sob acção de
descargas eléctricas formam-se Óxidos do Nitrogénio, alguns dos quais derivam em Ácidos de
Nitrogénio.
Também forma Hidrazina (N2H4) pela acção de NaClO sobre Amoníaco; e Azoteto de Hidrogénio
(HN3) ou Ácido Hidrazóico pela acção de Ácido Nitroso sobre a solução aquosa de Hidrazina.
No laboratório:
Também N2, obtém-se da reacção de Cloreto de Amónio com Nitrito de Sódio, da oxidação de
Amónio e do aquecimento de Nitreto de Sódio.
Aplicações do Azoto
Azoto é aplicado na síntese de Amoníaco, substância a partir da qual se podem obter muitos
compostos (derivados) de Nitrogénio: inorgânicos e orgânicos. São exemplos desses compostos os
adubos azotados e os sais aplicados em produtos de limpeza, entre outros. Aplica-se também
Nitrogénio no preenchimento das lâmpadas eléctricas, na bombagem dos líquidos combústiveis e
algumas reacções químicas para criação do meio inerte.
Na medicina, a substância também é largamente aproveitada, por seu rápido congelamento, como
conservante de sangue, sêmen, tecidos, órgãos, medula óssea, bactérias.
Compostos de Nitrogénio
1. Amoníaco (NH3)
É um gás incolor, com cheiro forte característico (cheiro de álcali volátil), tem pontos de fusão (-
77,8 ºC) e ebulição (- 33,4 ºC), é muito bem solúvel em Água, forma molécula dipolar com
características típicas de uma base. Amoníaco do ponto de vista químico, é relativamente activo,
actuando com muitas substâncias com propriedades de redução.
Amoníaco pode entrar em reacções de adição. Esta capacidade característica explica-se pelo facto de
o átomo de Azoto no Amoníaco conservar um par electrónico não-partilhado (actuar como dador do
par electrónico). Com base nesse par ele pode participar na formação segundo o mecanismo dativo,
da quarta ligação covalente com outros átomos ou iões que possuem as propriedades de aceitador de
electrões. NH3(g) + H+(aq) → NH4+(aq)
Processo Haber-Bosch: Obtém-se Amoníaco num forno de contacto, passando uma mistura de
Nitrogénio e Hidrogénio através de uma câmara de catalisadores, constituídos praticamente de
Óxidos de Ferro.
Usa-se uma temperatura de cerca de 500 oC sob uma pressão de 250 atm e na presença de um
catalisador. A reacção é reversível e é exotérmica. N2(g) + 3H2(g) ↔ 2NH3(g) + 92 kJ.
No laboratório
Amoníaco é obtido no laboratório pela reacção de sais de Amónio com bases, por exemplo Cloreto
de Amónio (NH4Cl) com Hidróxido de Cálcio [Ca(OH)2] ou Hidróxido de Potássio. 2NH4Cl(s) +
Ca(OH)2(s) → CaCl2(s) + 2H2O(g) + 2NH3(g)
Aplicações do Amoníaco
Devido ao facto de transformar-se facilmente em líquido, mesmo a pressões reduzidas, aplica-se nas
diferentes instalações frigoríficas. É também usado no fabrico de Ácido Nítrico, adubos (Sulfato de
Amónio, Nitrato de Amónio, Cloreto de Amónio, Ureia), explosivos, combustível para foguetes,
plásticos, etc.
2. Hidrazina (N2H4)
É um líquido incolor oleoso, fumegante quando exposto ao ar, e que possui odor semelhante ao da
Amónia, solúvel em água, com pontos de fusão (1,4 ºC) e ebulição (113,5 ºC). A Hidrazina e todos
os seus compostos são venenosos. É uma molécula com características típicas de uma base. É estável
por ser assimétrica na sua rotação devido aos 2 pares electrónicos não compartilhados. Por outro
lado os pares electrónicos não-partilhados condicionam a capacidade de Hidrazina participar em
reacções de adição.
Hidrazina queima com chama violeta e é explosiva se destilada na presença de ar, metais ou luz
ultravioleta, pois essas condições servem como catalisadores para sua combustão. O seu
armazenamento deve ser realizado em vidro vedado e em local fresco e escuro, pois assim Hidrazina
é estável. Forma sais com ácidos inorgânicos e é um solvente altamente polar capaz de dissolver
diversas substâncias inorgânicas e orgânicas. Além disso, é miscível em água e álcoois metílico,
etílico, propílico e isobutílico. É um potente agente redutor e um bom nucleófilo.
Obtenção de Hidrazina
Hidrazina obtém-se pela reacção do Hipoclorito de Sódio (NaClO) com a solução
concentrada de Amoníaco formando como produtos secundários Água e Cloreto de Sódio.
Para se evitar que N2H4 reaja com NH2Cl usa-se a cola ou gelatina.
Nas indústrias é muito utilizada como anticorrosivo e agente desincrustante em águas de caldeiras e
águas de refrigeração de reactores, actuando como agente redutor. Por apresentar alta toxidade, não
é directamente utilizada no solo como pesticida ou fertilizante, porém, pode servir de matéria-prima
para a produção de diversos destes aditivos agrícolas, visto que sua decomposição gera Amónia e
esta, por sua vez, é utilizada na síntese de fertilizantes como ureia, fosfato, nitrato e sulfato de
amónio.
3. Hidroxilamina (NH2OH)
Hidroxilamina é um composto inorgânico de fórmula NH2OH. O material puro é um composto
cristalino instável e higroscópico. De qualquer forma, Hidroxilamina é quase sempre disponível e
usada em solução aquosa. É usada para preparar oximas , um importante grupo funcional. É também
um intermediário na nitrificação biológica. A oxidação de Amônia (NH3 ) é mediada pela enzima
Hidroxilamina Oxiredutase (HAO).
Obtenção de Hidroxilamina
NH2OH pode ser obtido de várias formas. A principal é pela síntese de Raschig : onde Nitrito de
Amônio aquoso é reduzido por HSO4− e SO2 a 0 °C para formar anião hidroxilamido-N,N-dissulfato:
NH2OH sólido pode ser coletado pelo tratamento com amônia. Sulfato de Amônio (NH4)2SO4 um
co-produto insolúvel em amônia líquida, é removido por filtração; Amônia líquida é evaporada para
dar o produto desejado. A reação global é:
Reações da Hidroxilamina
Hidroxilamina reage com eletrófilos, tais como agentes alquilantes, os quais podem se ligar ao
Nitrogênio ou ao Oxigênio:
Propriedades Químicas
É solúvel em água e a solução dissolve muitos metais (como Zinco e Ferro) com libertação de
Hidrogênio e formação de sais (azidas, formalmente também chamadas de azoimidas ou
hidrazoatos).
Todos os sais são explosivos e prontamente interagem com os iodetos de alquila. Nestas
propriedades mostra alguma analogia com os ácidos halogênicos, dado que forma sais pouco
solúveis em água de Chumbo, Prata e Mercúrio (II). Os sais metálicos todos cristalizam na forma
anidra e se decompõem sob aquecimento, deixando um resíduo do metal puro. É um ácido fraco
(pKa = 4,6 – 4,7).
Toxicidade
Azoteto de Hidrogénio é volátil e altamente tóxico. Seu cheiro repulsivo e a dor de cabeça violenta
causada por aspirar seus vapores contribuem para fazer um envenenamento acidental impossível. O
composto age como um veneno não-cumulativo.
5. Óxidos de Nitrogénio
Nitrogénio combina-se com Oxigénio formando uma série de Óxidos; todos eles podem ser obtidos
a partir do Ácido Nítrico ou seus sais. É conveniente classificar os Óxidos de Azoto de maneira
tradicional em termos de estado de oxidação de Azoto.
Decompõe-se a altas temperaturas em Oxigénio e Azoto. Não reage nem com água, nem com ácidos
e nem com bases. Na atmosfera por acção dos raios ultravioleta decompõe-se formando NO e Azoto.
N2O existente na atmosfera resulta da acção desnitrificadora dos microrganismos no solo, que
reduzem nitratos e nitritos formando entre outros subprodutos N2O. Que difunde para a atmosfera.
Aplicações
A respiração em quantidades pequenas de N2O retira a sensibilidade por isso aplica-se como
anestesia misturado com Oxigénio. As grandes quantidades do Óxido de Azoto (I) actuam sobre o
sistema nervoso de modo excitável, por isso, anteriormente teve o nome de “gás hilariante”.
No Laboratório
O NO possue uma dualidade oxidação-redução: oxida-se sob acção dos oxidantes fortes, por
exemplo em presença de Oxigénio do ar:
É um gás de cor castanha, com cheiro forte e venenoso. A sua respiraçao provoca uma irritação forte
das vias respiratórias e pode levar ao envenenamento sério. Ele condensa facilmente num líquido
avermelhado (a 21 ºC), o qual ao ser resfriado gradualmente se torna
mais claro e a – 11,2 ºC congela-se, formando uma massa cristalina. Ao aquecer NO2 gasoso, a sua
cor intensifica-se até tornar-se quase negra. Essa alteração da cor com aumento da temperatura é
acompanhada pela variação da sua massa. NO2 é considerado o
anidrido de Ácido Nítrico. Dióxido de Nitrogénio é um oxidante muito enérgico. É o
principal responsável pela formação de chuvas ácidas a base de Azoto e contribui para a degradação
da camada de Ozono.
Por isso a reacção de Dióxido de Azoto com água, especialmente a quente, praticamente decorre
conforme a equação: 6NO2(g) + 2H2O(l) → 4HNO3(aq) + 2NO(g)
FÓSFORO
Fósforo na Natureza
Devido a sua alta reactividade, fósforo não é encontrado na natureza na sua forma livre. Encontra-se
na sua maior parte nas rochas e dissolve-se com água da chuva, sendo levado até os rios e mares. É
comum encontrá-lo na forma de fosfatos que constituem cerca de 0.10 % da crosta terrestre. Estima-
se que seja o 11º elemento mais abundante nas rochas vulcânicas sedimentares. Fósforo encontra-se
em quase todas as rochas vulcânicas, tendo estado presente nas erupções vulcânicas durante o
período de formação da Terra. A erosão dos depósitos de fosfatos vulcânicos pela água, e posterior
assimilação por plantas pré-históricas, introduziu o fósforo nos mecanismos biológicos. Com a morte
das plantas e animais este fósforo retorna ao solo e é absorvido por novas plantas.
Fósforo é um elemento essencial aos organismos vivos, presente em tecidos nervosos, destes e
ossos dos seres humanos. Boa parte de Fósforo de que precisamos é ingerida quando nos
alimentamos de peixe. Os nossos ossos armazenam cerca de 750 g de Fósforo sob forma de Fosfato
de Cálcio. A falta de Fósforo provoca o raquitismo em crianças e nos adultos tornando os seus ossos
quebradiços. Fosfato é retirado das rochas fosfóricas e utilizado em fertilizantes e no fabrico de
detergentes. O uso destes detergentes é a maior causa de poluição nos rios pelo Fósforo. Mesmo a
água tratada em esgotos, que volta aos rios, pode conter fosfatos.
Obtenção de Fósforo
A forma alotrópica branca pode ser obtida de várias maneiras. Uma delas é obtenção de Fósforo
Tricálcico a partir das rochas. Aquecido em um forno a 1450 ºC em presença de Sílica e Carbono o
fosfato é reduzido a Fósforo, que se liberta na forma de calor. Fósforo elementar é obtido
industrialmente pelo aquecimento das rochas contendo Fósforo com carbono (na forma de coque) e
Dióxido de Silício (areia) em fornos elétricos:
Fósforo branco obtido na forma de vapor é então condensado em água, evitando-se a presença de ar
para que não inflame.
Aquece-se Fósforo branco em um vaso fechado até a temperatura de 240 oC. Fósforo branco é
conservado nessa temperatura sob camada de água durante 10 dias. Deixa-se então esfriar a massa
vermelha obtida e em seguida essa é moída e submetida a uma ebulição em solução de Soda que
destroi Fósforo branco não transformado em vermelho, convertendo em Hipofosfito de Sódio.
Propriedades químicas
Fósforo branco reage com Hidrogénio nascente, produzindo PH3 sob a acção de descargas elétricas
ou sob pressão: P4(s) + 6H2(g) → 4PH3(s)
Com o oxigênio, oxida-se lentamente, no ar húmido com fosforescência, produzindo Ozono, Ácido
Fosforoso e Ácido Fosfórico. Em ar seco forma P2O5 e não ocorre fosforescência. A fosforescência
ou quimiluminescência é devido a formação de Ozono. Com halogéneos, resulta em tri ou penta
haletos de Fósforo: 2P + 3X2 → 2PX3 ou PX5
Aquecido a 60oC arde com chama brilhante produzindo espessa fumaça branca de P2O5, liberando
369 kCal.
Fósforo combina-se directamente com todos halogéneos libertando uma grande quantidade de calor.
Cloreto de Fósforo (III) ou Ticloreto de Fósforo, PCl3, obtêm-se ao fazer passar Cloro acima de
Fósforo fundido, ele representa um líquido que ferve a 75 ºC.
Sob acção da água PCl3 hidrolisa-se completamente formando Cloreto de Hidrogénio e o Ácido
Fosforoso, H3PO3; PCl3(l) + 3H2O(l) → H3PO3(aq) + 3HCl(aq).
Ao deixar passar Cloro através Tricloreto de Fósforo obtêm-se Cloreto de Fósforo (V) ou
Pentacloreto de Fósforo, PCl5, que nas condições comuns forma uma massa sólida branca.
ARSÉNIO
Arsénio utiliza-se como aditivo de Chumbo nos graus de arma de caça, como raticida e insecticida,
para conservar peles e, no fabrico de vidro, como descorante. O composto mais conhecido é, sem
dúvida, Trióxido de Arsénio (As2O3) ou, simplesmente, Arsénio, o veneno clássico. Este composto
é, na verdade, altamente tóxico.
ANTIMÓNIO
Antimónio (Sb), também designado de Estíbio, é um elemento químico semi-metálico, tri ou penta
valente de cor branco-prateada, quebradiço e brilhante. Antimónio foi descoberto por alquimistas
Apresenta-se em duas formas alotrópicas: como antimónio amarelo (não metálico) e como
antimónio cinzento (metálico).
Emprega-se na obtenção de ligas, particularmente com Chumbo e Estanho que, com Antimónio,
endurecem consideravelmente. Uma liga chumbo-antimónio é o metal tipográfico e uma liga
estanho-antimónio o metal britânia. Tanto as ligas de antimónio-chumbo como as de antimónio-
estanho utilizam-se como metal antifricção (metais dotados de movimento de deslizamento, quando
se quer diminuir o coeficiente de atrito para evitar o desgaste de um dos elementos acoplados.
Os compostos de Antimónio mais importantes são: os antimoniatos: sais do Ácido Antimónico, que
se obtêm fundindo uma mistura de óxido metálico com Pentóxido de antimónio (Sb2O5), de cor
laranja-avermelhada, utilizada para a vulcanização da borracha, à qual confere uma cor vermelha.
BISMUTO
Bismuto permanece estável em contacto com o ar. Reage com halogéneos e com Enxofre com
aquecimento. O Bismuto encontra-se na natureza na forma de Bismutinite (mineral de cor cinzento-
chumbo que ocorre em jazigos filonianos de natureza hidrotermal – Bi2S3) e de ocre de Bismuto
(Bi2O3) e também na forma de sulfuretos duplos de Cobre e Bismuto, Chumbo e Bismuto e Prata e
Bismuto.
A obtenção do bismuto faz-se por redução com Carvão do minério contendo óxidos ou por
calcinação do minério que contenha sulfureto.
As ligas de Bismuto, Chumbo e Estanho são utilizadas em fusíveis, uma vez que tem pontos de
fusão muito baixos (ligas de Wood).
Outras ligas de Bismuto que se dilatam por arrefecimento usam-se no fabrico de moldes. Bismuto
também se encontra em ligas metálicas de antifricção. Os compostos orgânicos de bismuto são
quimio-terapêuticos. É ainda utilizado em catalisadores, cosméticos e pigmentos.
1. Entregar os trabalhos de pesquisa deixados durante as aulas (para os grupos que não
apresentaram): no dia 17 de Abril de 2020 na antiga delegação da UP – 15:00 horas.
2. Resolver exercícios e entregar no dia 20 de Abril de 2020 – 15:00 horas. A resolução deve
ser em grupos, os mesmos grupos de apresentação de trabalhos.
3. Preparar o 1º Teste que será realizado na primeira semana que retomarmos as aulas (serão
avaliados os tópicos deixados na aula).
4. Os estudantes que não têm grupos, podem se juntar aos grupos já existentes, desde que seja
um para cada grupo.