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A QUÍMICA DO HIDROGÊNIO
07 de março de 2016
1. RESUMO
O gás hidrogênio pode ser obtido no laboratório utilizando-se ácidos, bases e reagindo com
metais. Neste experimento foi obtido H2 (g) pela reação de ácidos e base sobre metais.
Observou-se que os ácidos HCl, H2SO4, H3PO4 e CH3COOH reagiram com o magnésio
metálico de acordo com a força destes. Utilizando-se diferentes metais estabeleceu-se a ordem
de reatividade, Mg > Al > Cu e que está de acordo com o potencial de redução destes metais.
Foi possível testar a reatividade do H2 usando uma chama. O H2 reage de forma explosiva,
entrando em ignição ao estar em contato com a chama.
2. INTRODUÇÃO
É o primeiro e mais simples dos elementos da tabela periódica sendo constituído por um
núcleo que contém um próton e tem, portanto, uma carga positiva, a qual é contrabalançada por
um elétron circundante contendo uma carga negativa (LEE, 1999). Como a configuração
eletrônica do hidrogênio é 1S1, ele é geralmente colocado acima do lítio na tabela periódica.
Mesmo tendo a mesma configuração eletrônica de valência do grupo I, ele não é um metal e
não é membro de qualquer família na tabela periódica (BROWN, T.L. et al., 2005).
O gás hidrogênio tem característica inflamável sendo preparado em grande escala por
diversos métodos (KOTZ e TREICHEL, 2009): uma parte do hidrogênio é obtida a partir de
carvão por meio da reação do gás de água, essa reação é conduzida injetando-se água em um
leito de coque aquecido ao rubro, e a mistura de gases produzida é chamada “gás de água”:
Mais o hidrogênio pode ser obtido em uma segunda etapa, na qual o CO formado reage
com mais água. Essa reação, chamada reação de deslocamento do gás de água, é realizada a
400 – 500º C e é ligeiramente exotérmica:
Talvez a forma mais limpa de se produzir hidrogênio em escala relativamente ampla seja
a eletrólise da água (KOTZ, J.C. et al. 2009):
1
H2O (l) + energia elétrica → H2 (g) + O2 (g)
2
OBJETIVOS
O objetivo desse experimento consiste em produzir gás hidrogênio pela ação de ácidos e
álcalis sobre metais; observar a cinética de reação de reação de diferentes ácidos com um metal
reativo e comparar a atividade eletroquímica de diferentes metais em meio ácido.
3.1 PARTE EXPERIMENTAL
3.1.1.MATERIAIS E REAGENTES
- Estante para tubos de ensaio
- 6 Tubos de ensaio grandes
- Pinça de madeira
- Caixa de fósforos
- Fitas de magnésio (Mg)
- Alumínio (Al) sólido
- Fios de cobre (Cu) sólido
- Ácido clorídrico (HCl) a 3,0 mol/L
- Ácido acético (CH3COOH) a 3,0 mol/L
- Ácido nítrico (HN03) a 3,0 mol/L
- Ácido fosfórico (H3PO4) a 3,0 mol/L
- Ácido sulfúrico (H2SO4) a 3,0 mol/L
- Solução de hidróxido de sódio NaOH 20 %.
3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O cobre possui potencial de redução positivo não pôde ser oxidado pelo o H+, Cu não reage
com HCl. Entretanto, o cobre reage com HNO3, de acordo como reportado na literatura
(VOGEL, 1981). Essa reação não é simples oxidação de Cu pelo H+, o metal é oxidado a Cu2+
pelo íon nitrato de sódio, acompanhado pela formação do gás marrom dióxido de nitrogênio,
NO2 (g).
Obtemos a ordem de reatividade da reação dos ácidos com o Mg metálico, H3PO4 <
CH3COOH < H2SO4<HCl, que está de acordo com a força destes. Os metais, Mg e Al, possuem
potencial padrão negativo e deslocam o hidrogênio e, portanto, podem ser dissolvidos pelo o
ácido, liberando gás hidrogênio; por outro lado, o cobre por possuir potencial padrão positivo
somente pôde ser dissolvido pelo o ácido oxidante HNO3, liberando gás dióxido de nitrogênio,
NO2 (g). A ordem de reatividade Mg > Al > Cu, está de acordo com o potencial de redução
destes metais. Na reação do Al metálico com a base forte NaOH, o H2 reage de forma explosiva,
entrando em ignição ao estar em contato com a chama.
6. REFERÊNCIAS
BROWN, T.L.; LE MAY, H.E.; BURSTEN, B.E; BURDGE, J.R. Química a ciência central.
9 ed. Robson, M. (tradutor). São Paulo: Prentice Hall, 2005.
LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. 5 ed. Toma, H. E.; Araki, K.; Rocha, R. C.
(tradutores). São Paulo: Edegard Blucher, 1999.
SHRIVER, D. F.; ATKINS, P. W.; OVERTON, T.L.; ROURKE, J. P.; WELLER, M. T.;
ARMSTRONG, F. A. Química Inorgânica. 4 ed. Faria, R.B. (tradutor) Porto Alegre:
Bookman, 2008.
VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. Gimeno, A. (tradutor), Ed. Mestre Jou.
São Paulo, 1981.
KOTZ, J. C.; TREICHEL, P.; WEAVER, G.C. Química Geral e Reações Químicas. vol.2. 6
ed. Vichi, F.M; Visconte, S.A. (tradutores). São Paulo: Cengage Learning, 2009.
7. ANEXO