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Arqueologia Bíblica

1. DEFINIR ARQUEOLOGIA, DIFERENCIANDO-A DA PALEONTOLOGIA.

R:É o estudo das sociedades humanas antigas através dos vestígios materiais
encontrados pelos arqueólogos. Com a arqueologia, o ser humano consegue aprender
sobre a cultura e costumes dos seus antepassados.

A Paleontologia é uma ciência que estuda os animais e vegetais que viveram no


passado, através dos fósseis. A paleontologia busca informações nos fósseis, tais
como: idade do fóssil, condições de vida e morte do ser fossilizado,
características, influências ambientais, entre outras.

A Arqueologia se limita em procurar, identificar e estudar objetos feitos pelos


seres humanos na antiguidade, com o objetivo de aprender um pouco sobre os costumes
e tradições das sociedades primitivas. Já a Paleontologia estuda a fauna e a flora
fossilizada, com o objetivo de conhecer as variedades de espécies de animais e
plantas que habitavam a Terra há milhares ou milhões de anos.

2. DEFINA OS SEGUINTES TERMOS:

a) Papirólogo Resposta sugerida: É aquele que estuda os antigos papiros.

b) Egiptólogo Resposta sugerida: É um especialista em estudos sobre o Antigo Egito.

c) Assiriólogo Resposta sugerida: É aquele que se dedica a assiriologia, ou é


especialista em coisas da Assíria e dos assírios.

d) Orientalista Resposta sugerida: É aquele que estuda as civilizações orientais


atuais ou históricas, especialmente do Oriente Médio e, em menor medida, do Extremo
Oriente.

e) Escrita Cuneiforme Resposta sugerida: A escrita cuneiforme foi criada pelos


sumérios, e sua definição pode ser dada como uma escrita que é produzida com o
auxílio de objetos em formato de cunha. É uma das mais antigas do mundo, apareceu
na mesma época dos hieroglifos, sendo criada por volta de 3500 a.C. Inicialmente
era uma escrita enigmática, porém com o passar do tempo se tornou mais simples.

f) Hieróglifo Resposta sugerida: É um extinto modelo de escrita pictográfica,


utilizado principalmente pela antiga sociedade egípcia e por alguns grupos
indígenas americanos, como os maias e os astecas.

g) Paleografia Resposta sugerida: É o estudo de textos manuscritos antigo e


medievais, independentemente da língua veicular do documento.

h) Antiquário Resposta sugerida: É a pessoa que estuda coisas antigas.

i) Sítio arqueológico Resposta sugerida: É um local onde são encontrados vestígios


dos homens que viveram no passado.

j) Estratigrafia Resposta sugerida: É o ramo da geologia que estuda os estratos ou


camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram.

k) Tel, tell e Khirbet Resposta sugerida: É um tipo de sitio arqueológico na forma


de montículo de terra, resultante da acumulação provinda da erosão dos materiais
depositados pela ocupação humana por muito tempo.

l) Réplica Resposta sugerida: É uma imitação ou copia feita a partir de uma obra de
arte.
3. Citar 10 ferramentas utilizadas por um arqueólogo numa escavação.

Resposta sugerida: Existem ferramentas específicas para cada etapa da escavação,


indo das mais potentes às mais delicadas.

Colheres comuns de pedreiro, espátulas odontológica, pá, peneira de malha


vibratória, balde, pincéis, retroescavadeira ou escavadeira, brocas de solo,
enxadas, vassouras, carrinho de mão, fita métrica, metro, balança, ancinhos.

4. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS TÉCNICAS DE DATAÇÃO DE UM ARTEFATO ARQUEOLÓGICO?


EXPLIQUE-AS.

Resposta sugerida:

• Carbono 14: O método do carbono-14 usa o fato de que os organismos vivos, como
respiram o ar atmosférico, acabam entrando também nesse equilíbrio e a concentração
de carbono-14 na matéria viva é também estável. Porém, quando um organismo morre, a
troca com a atmosfera deixa de acontecer e o equilíbrio é rompido: o carbono-14
começa a decair, mas não é reposto. Pode-se dizer que foi acionado um relógio
radioativo, pois a velocidade com que o carbono-14 decai é bem conhecida. Em 5.730
anos, metade do carbono-14 já decaiu em nitrogênio; em mais 5.730 anos, metade do
que restou decai; e assim por diante. Desta forma, se a concentração de carbono-14
em uma amostra de osso é um quarto da esperada, pode-se dizer que o animal dono
daquele osso morreu há cerca de 15.460 anos.

• Termoluminescência: Para se determinar a idade de objetos com mais de 50 mil anos


ou cuja idade não tenha relação com compostos orgânicos (como vasos de cerâmica),
usam-se outros métodos. Uma técnica bem mais barata que a do carbono-14 e que vem
sendo cada vez mais usada no mundo todo é a da termoluminescência (TL). Esse método
mede os pequeninos defeitos que aparecem no material de que é feita a amostra,
decorrentes da radiação a que ele está submetido: radiação cósmica, radiação do
ambiente ao redor da amostra ou do próprio material de que ela é feita. Quando a
radiação reage com a amostra, são liberados alguns elétrons das suas moléculas.
Alguns desses elétrons são aprisionados em defeitos no material da amostra. Algumas
moléculas, portanto, não recebem seus elétrons de volta e ficam ionizadas
(carregadas eletricamente). À medida que o tempo passa, mais e mais elétrons vão
ficando aprisionados. Quando a amostra é aquecida, a energia térmica fornecida aos
elétrons é suficiente para eles se libertarem e se recombinarem com as moléculas
ionizadas, restituindo a situação original. Nesse processo de recombinação, é
emitida energia luminosa, que constitui a termoluminescência. O que se faz no
laboratório é aquecer a amostra até que a termoluminescência seja liberada. A
intensidade da termoluminescência indica o tempo transcorrido desde a última vez em
que a amostra sofreu aquecimento. No caso de uma cerâmica, ela era aquecida durante
sua fabricação, para a lapidação ficar mais fácil. Assim, a intensidade da
termoluminescência fornece o tempo transcorrido desde que ela foi aquecida pela
última vez. Com isso, pode-se datar objetos de até 1 milhão de anos, com precisão
de até 10%.

• Luminescência opticamente estimulada, EPR e aminoácidos: O grupo da UFS usou a


termoluminescência para datar objetos cerâmicos, mas não as ossadas, pois o método
exige que se aqueça o material a até 400 graus, o que destruiria os ossos. Um
método semelhante, mas menos destrutivo, é a luminescência opticamente estimulada
(LOE ou OSL). Assim como na termoluminescência, nesse método provoca-se a
libertação dos mesmos elétrons presos nos defeitos do material, que haviam sido
retirados de suas moléculas pela radiação ambiente. A diferença é que nesse caso a
libertação não é provocada pelo aquecimento, mas pela exposição à luz. No Brasil,
esse método é usado no Laboratório de Vidros e Datação, na Faculdade de Tecnologia
de São Paulo, pelo grupo de Sônia Tatumi, que também usa a termoluminescência.
Outro método não-destrutivo é a ressonância paramagnética nuclear (EPR), também
chamada ressonância de spin eletrônico (ESR). Apesar de ser menos sensível que a
termoluminescência, ele permite a determinação do número de elétrons aprisionados
sem precisar libertá-los, como acontece na termoluminescência e na LOE. O método
aproveita o fato de que os elétrons aprisionados possuírem um campo magnético ao
seu redor. O que é medido é a quantidade desses campos. Permite uma precisão de 10%
e a datação de objetos entre 1000 a 1 milhão de anos. No ano passado, pesquisadores
da Universidade de São Paulo e da Fundação Museu do Homem Americano, no Piauí,
publicaram na revista Journal of Archaeological Science resultados com estudos com
EPR e termoluminescência sobre formação de calcita em pinturas rupestres no Parque
da Capivara, no Piauí. Os estudos com EPR foram feitos por Oswaldo Baffa Filho, na
USP de Ribeirão Preto. Os resultados indicam que a ocupação humana se deu antes de
35 mil anos atrás, em contradição com as teorias atuais sobre a ocupação do
continente americano, que teria começado há apenas 12 mil anos. Uma datação
posterior com carbono-14, feita pelos Marvin Rowe e Karen Steelman, entretanto,
indicou uma idade de no máximo 3800 anos. A datação foi publicada na mesma revista
em 2003 e foi feita em oxalato de cálcio, uma substância que encontraram na calcita
sobre as pinturas rupestres. Os autores dizem que, até que essa controvérsia seja
resolvida, as medidas com EPR e termoluminescência não podem ser consideradas
conclusivas. Na técnica da racemização de aminoácidos, é analisada a proporção
entre aminoácidos dextrógiros e levógiros. Os aminoácidos são moléculas complexas
que constituem as proteínas. Em geral, para cada aminoácido, existem duas versões
quase idênticas – a não ser por uma ser a imagem no espelho da outra. Diz-se que
são “isômeros ópticos”. Um grupo é chamado dextrógiro e o outro levógiro. Ocorre
que, nos organismos vivos, apenas aminoácidos dextrógiros aparecem. Entretanto,
depois que o organismo morre, reações químicas vão transformando parte dos
aminoácidos dextrógiros em levógiros, até chegar a um equilíbrio. Observando a
quantidade de aminoácidos levógiros em um fóssil permite inferir há quanto tempo o
organismo morreu.

• Outros: Novos métodos continuam sendo criados. Recentemente, pesquisadores de


Israel descobriram uma nova maneira de datar objetos de chumbo, um material muito
usado na Antigüidade para fazer pesos, revestimentos, tubos etc. O método,
publicado em 28 de julho na revista britânico-alemã New Journal of Physics,
consiste na determinação da espessura da camada corrosiva que se desenvolve
lentamente sobre o chumbo – quanto maior a idade, maior a espessura. Os cientistas
usaram a nova técnica para datar objetos de 750 a 2500 anos encontrados no sítio de
Tel-Dor, na costa de Israel, também conhecido pelos seus nomes árabes Tantura ou
Khirbet el-Burq. Segundo os cientistas, é o primeiro método que permite a datação
direta de artefatos de chumbo. Muitas vezes diferentes métodos se complementam.
Segundo Sônia Tatumi, da Fatec, é importante usar vários métodos para datar o mesmo
objeto. O carbono-14 e a termoluminescência, por exemplo, “são métodos em que a
teoria física é completamente diferente”, explica a pesquisadora. “Se você tem uma
idade que bate com os dois métodos, você tem certeza de que esse é o valor.”

5. CITAR 3 BENEFÍCIOS QUE A ARQUEOLOGIA BÍBLICA PODE TRAZER AO ESTUDANTE DA BÍBLIA.

Resposta sugerida:

1. Confirmar a crença que os escritos bíblicos são exatos, conforme foram


copiados através dos séculos.

2. Ensinam a respeitar os costumes dos tempos bíblicos.

3. Identificam nomes e doutrinas citadas na Bíblia.

4. Ajudam a entender passagens biblicas.


5. Demonstra a falsidade de algumas teorias críticas de interpretação
biblica.

6. Ajuda a restabelecer a precisão do grego e hebraico originais e a mostrar


que o texto biblico tem sido transmitido com um alto grau de precisão.

6. REDIGIR UM RELATÓRIO SOBRE A HISTÓRIA DA ARQUEOLOGIA COM, PELO MENOS, 2 PÁGINAS.

Resposta sugerida:

Segue links que podem auxiliar na elaboração desse relatório:

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-
67252013000200010&script=sci_arttext

http://ciencia.hsw.uol.com.br/arqueologia1.htm

http://www.infoescola.com/ciencias/arqueologia/

http://www.usp.br/revistausp/44/02-erika.pdf

7. REDIGIR UMA BIOGRAFIA DE, PELO MENOS, 1 PÁGINA SOBRE:

a) Jean-François Champollion
Jean-François Champollion( 23 de dezembro de 1790, Figeac -França ,4 de março de
1832, Paris -França)
é considerado o fundador da egiptologia. Foi o primeiro pesquisador a decifrar os
hieróglifos egípcios, desenvolvendo, inclusive, técnicas científicas de leitura
dessa escrita. Champollion demonstrou, desde menino, grande aptidão para línguas,
estudando o árabe, o copta e o hebreu. Em 1808, já no Collège de France,
trabalhando ao lado do orientalista Silvestre de Sacy, começou a analisar a Pedra
de Roseta, considerada pelos estudiosos como a chave para a leitura dos
hieróglifos, pois continha um texto em caracteres vertidos, ao mesmo tempo, em
demótico e em grego. Convicto, desde as primeiras pesquisas, de que o copta era a
língua que mais se aproximavada da língua falada pelos egípcios, chegou a escrever
uma Gramática copta. Suas hipóteses sobre o texto da Pedra de Roseta foram no
sentido de que os sinais possuíam equivalências fonéticas. Partindo desse
pressuposto, traduziu, primeiro, o nome de Ptolomeu 5º, que vinha destacado, no
texto hieroglífico, por um cartouche (uma linha que circundava o nome dos faraós).
Os estudos de Champollion demonstraram que o trabalho de decifração só pode ocorrer
depois que se estabelece a qual família linguística pertence a escrita analisada.
Champollion também mostrou a necessidade de se submeter a escrita a ser decifrada a
um tratamento estatístico e comparativo.
b) Edward Robinson
Edward Robinson (10 de abril de 1794, Southington, Connecticut – 27 de janeiro de
1863, Cidade de Nova Iorque) foi um estudioso bíblico norte-americano. Seus
trabalhos sobre geografia bíblica e arqueologia bíblica feitos durante o domínio
Otomano na Palestina, tornaram ele o "Pai da Geografia Bíblica" e o "Fundador
da Palestinologia Moderna".[1] O mesmo descobriu a cidade de Cafarnaum. "O nome
Cafarnaum pode significar tanto “vila da consolação” como “vila de Naum”, um antigo
profeta hebreu cujo livro faz parte do Antigo Testamento. Essa última opção é
apoiada por uma tradição judaica que afirma que o túmulo do profeta está enterrado
ali.

c) William Foxwell Albright


William Foxwell Albright (24 de Maio de 1891 a 20 de Setembro de 1971) foi um
destacado orientador americano, pioneiro da arqueologia, linguista
e especialista em cerâmica. Desde principio do século XX (20) até sua morte, W. F.
Albright foi o decano dos arqueólogos e o pai mundial da Arqueologia bíblica. Seu
aluno mais destacado, George Ernest Wright , seguiu seus passos como líder do
movimento arqueológico. Entre outros de seus alunos notáveis se encontram Frank
Moore Cross e David Noel Freedman, que chegaram a ser líderes internacionais em
estudo arqueológico dos lugares e eventos descritos na Bíblia e do antigo Oriente
Próximo, incluindo epigrafia, semítica e Paleografia. Seu contexto religioso foi
o protestantismo metodista. Nasceu em Coquimbo, Chile, numa família missionaria
metodista. Seus pais Wilbur Finley y Zephine Viola Foxwell Albright, tiveram seis
filhos, sendo William o primogênito. Casou-se com a doutora Ruth Norton
em 1921 em Jerusalém e de seu casamento nasceram dois filhos.

https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Foxwell_Albright

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/WilliFox.html

http://mb-soft.com/believe/ttwm/bibarcha.htm

8. O QUE É MAXIMALISMO E MINIMALISMO?

Resposta sugerida: Maximalismo e minimalismo são rótulos cunhados para


diferenciar dois tipos de abordagem sobre a confiabilidade histórica da Bíblia.
Maximalistas supõem que a Bíblia é, até certo ponto, um registro confiável da
história da formação de Israel. Minimalistas defendem que a narrativa bíblica do
Antigo Testamento deve ser lida como ficção, a menos que possa ser confirmada
arqueologicamente.

9. MONTAR E MANTER UMA PASTA COM 10 DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS QUE COLABORAM A


HISTÓRIA BÍBLICA TANTO DO ANTIGO COMO DO NOVO TESTAMENTO. A PASTA DEVERÁ TER AS
SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:

a) Dados em ordem cronológica ou geográfica

b) Organizados por Antigo e Novo Testamento

c) Fotos

d) Textos

e) Fontes bibliográficas

f) Comentário pessoal sobre cada artefato ou descoberta

Resposta sugerida: Recomenda-se que este requisito seja respondido junto ao


instrutor ou conselheiro. Segue alguns links para auxiliar o trabalho:

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Dez_Mais.html

http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2015/03/arqueologia-biblica-as-dez-
maiores.html

https://www.youtube.com/watch?v=YfwM56F4TpY

https://www.youtube.com/watch?v=JU2teDhVHjA

http://www.cafetorah.com/portal/10-maiores-descobertas-da-arqueologia-biblica-
em-Israel

10. LISTAR 5 ESCAVAÇÕES EM ANDAMENTO HOJE, AO REDOR DO MUNDO, QUE SEJAM RELEVANTES
PARA A COMPREENSÃO DO TEXTO BÍBLICO. EXPLICAR PORQUE CADA ESCAVAÇÃO É RELEVANTE
PARA A COMPREENSÃO DO TEXTO BÍBLICO.

Resposta sugerida:

• Escavações na cidade bíblica de Hazor – Há muito tempo se fazem escavações na


cidade da alta Galiléia, localizada na estrada que vai do lago de Tiberíates até às
fontes do Rio Jordão. A novidade é que há pouco tempo foi aberto a visita ao
palácio real, que foi descoberto nas escavações durante os anos 1990 a 2003, feitas
pelas universidades de Jerusalém e de Madrid. Hazor aparece na Bíblia quando se
fala da expedição militar feita pelo sucessor de Moisés no norte do país (Josúe
11,1-10): Quando Jabim, rei de Hazor, ouviu isso, enviou mensageiros a Jobabe, rei
de Madom, e ao rei de Sinrom, e ao rei de Acsafe, e aos reis que estavam ao norte,
na região montanhosa, na Arabá ao sul de Quinerote, na baixada, e nos planaltos de
Dor ao ocidente; ao cananeu do oriente e do ocidente, ao amorreu, ao heteu, ao
perizeu, ao jebuseu na região montanhosa, e ao heveu ao pé de Hermom na terra de
Mizpá. Saíram pois eles, com todos os seus exércitos, muito povo, em multidão como
a areia que está na praia do mar, e muitíssimos cavalos e carros. Todos esses reis,
reunindo-se, vieram e juntos se acamparam às águas de Merom, para pelejarem contra
Israel. Disse o Senhor a Josué: Não os temas, pois amanhã a esta hora eu os
entregarei todos mortos diante de Israel. Os seus cavalos jarretarás, e os seus
carros queimarás a fogo. Josué, pois, com toda a gente de guerra, sobreveio-lhes de
repente às águas de Merom, e deu sobre eles. E o Senhor os entregou na mão dos
israelitas, que os feriram e os perseguiram até a grande Sidom, e até Misrefote-
Maim, e até o vale de Mizpe ao oriente; e feriram-nos até não lhes deixar nem
sequer um. Fez-lhes Josué como o Senhor lhe dissera: os seus cavalos jarretou, e os
seus carros queimou a fogo. Naquele tempo Josué voltou e tomou também a Hazor, e
feriu à espada ao seu rei, porquanto Hazor dantes era a cabeça de todos estes
reinos. E passaram ao fio da espada a todos os que nela havia, destruindo-os
totalmente; nada restou do que tinha fôlego; e a Hazor ele queimou a fogo. O
palácio do rei de Hazor, que foi contruído entre 1.500 e 1.200 antes de Cristo, tem
no centro uma plataforma, provavelmente para o uso do culto. As parades são feitas
de tijolos cozidos ao sol e algumas partes são decoradas com basalto. Foram
encontradas algumas estátuas de bronze e pedra. Porém a expectativa maior é aquela
de encontrar os arquivos reais, que sempre foram encontrados nos lugares como esse.
Infelizmente até agora não foram encontrados, exceto pequenos fragmentos de
escritos em argila, com escritura cuneiforme, com textos em língua acádica. Um
desses escritos é dirigida a “Ibni Adu, rei de Hazor”. As pesquisas mostram que o
palácio foi destruído por um grande incêndio, que segundo os arqueólogos pode ter
sido aquele contado na Bíblia. Um dos argumentos mais discutidos nestes tempos, no
campo da história e arqueologia bíblica, é exatamente o da origem de Israel. Com as
escavações dos “tell” (colinas, ruínas de cidades antigas) mais importantes da
Palestina, como o de Hazor, existe a esperança de poder esclarecer como se deu a
conquista das cidades cananéias por parte dos hebreus e determinar a extensão da
conquista que os textos bíblicos dizem que foram dados como herança às várias
tribos de Israel. Hazor foi dada à tribo de Neftali.

• Cidade Velha de Jerusalém – Arqueólogos israelenses descobriram uma marca do selo


do rei bíblico Ezequias, que ajudou a transformar Jerusalém em uma metrópole na
antiguidade. A inscrição circular em uma peça de argila de menos de um centímetro
de comprimento pode muito bem ter sido feita pelo próprio rei, disse Eilat Mazar,
da Universidade Hebraica de Jerusalém, que dirigiu a escavação onde a peça foi
encontrada. Ezequias reinou aproximadamente no ano 700 a.C. e foi descrito na
Bíblia como um monarca ousado, “de modo que não houve ninguém semelhante a ele,
entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele” (2Rs 18:5), e que se
dedicou a eliminar a idolatria em seu reino. “Essa é a primeira vez que a impressão
de um selo de um rei israelita ou da Judeia veio à luz em uma escavação
arqueológica científica”, afirmou Mazar. A impressão na argila, conhecida como
bula, foi descoberta junto ao pé da parte sul de um muro que cerca a Cidade Velha
de Jerusalém, uma região rica em relíquias do período do primeiro dos dois templos
judeus antigos. O artefato estava enterrado em uma área de descarte de dejetos que
remonta aos tempos de Ezequias, e provavelmente foi atirado de um edifício real
adjacente, segundo Mazar, contendo escritos em hebraico antigo e o símbolo de um
sol com duas asas. A bula foi catalogada inicialmente e armazenada, juntamente com
33 outras, após uma primeira inspeção que não conseguiu detectar sua verdadeira
identidade. Só cinco anos mais tarde, quando um membro da equipe a examinou sob uma
lupa e discerniu pontos entre algumas letras, é que seu significado ficou claro. Os
pontos ajudam a separar as palavras “Pertencente a Ezequias (filho de) Acaz, rei de
Judá”. Mazar afirmou que a parte de trás da impressão na argila tem sinais de
barbantes finos usados para amarrar papiros. “Sempre surge a pergunta ‘quais são os
fatos reais por trás das histórias bíblicas?’”, disse. “Aqui temos a chance de
chegar tão perto quanto possível da própria pessoa, do próprio rei.”

• Escavações na cidade de Beit Shemesh – Foi destaque na semana passada [outra]


descoberta arqueológica na cidade de Beit Shemesh (ou Bete-Semes, em português).
Citada pela primeira vez no livro de Josué, o lugar ficou mais conhecido por ser
parte do Vale de Soreque, onde viveu Sansão. Um menino de oito anos, chamado Itai
Halpern [foto], fazia uma caminhada com sua família no sítio arqueológico (Tel)
quando encontrou a cabeça de uma estatueta de Astarote (ou Aserá), divindade pagã
dos cananeus. Nesse mesmo Tel, em 2012, foi descoberto o chamado “selo de Sansão”.
Com menos de uma polegada de diâmetro, retrata um homem com cabelo comprido lutando
contra uma figura felina. Especialistas acreditam que é uma representação da
história bíblica de Juízes 14. A confirmação de que o achado do jovem Itai
realmente é a cabeça da deusa foi feita pela Autoridade de Antiguidades de Israel.
Embora não seja a primeira do tipo, mostra que essas pequenas figuras de mulher
eram muito comuns nas casas dos moradores do reino de Judá durante a época do
Primeiro Templo. Curiosamente, essa não é a primeira descoberta arqueológica
importante feita por uma criança neste ano. Dois meses atrás, o russo Matvei
Tcepliaev, de 10 anos, achou um raro sinete de três mil anos de idade, em
Jerusalém. O culto a Aserá, conhecida por ser filha de Baal, foi condenado pelos
profetas bíblicos repetidas vezes. Ela é chamada de “deusa dos Sidônios” (1Rs 11:5)
e geralmente era representada com seios grandes ou múltiplos, o que a associava à
ideia de fertilidade. No livro de 1 Samuel, Bete-Semes é mencionada como a cidade
para onde os filisteus levaram a “arca da aliança”, capturada por eles após uma
batalha. O achado arqueológico do menino apenas confirma outras descobertas sobre a
vida no território do antigo reino de Judá na época imediatamente anterior ao
período do Primeiro Templo, chamada de “Idade do Ferro” pelos estudiosos. Alon De
Groot, um especialista, afirmou ao Jerusalém Post que “figuras como essa, com forma
de mulheres nuas que representam a fertilidade, eram comuns nas casas dos moradores
da Judeia no século 8 a.C. Possivelmente, até a destruição do reino pelos
babilônios nos dias de Zedequias (em 586 a.C.)”. Segundo a história, o rei assírio
Senaqueribe invadiu e saqueou Bete-Semes no ano 701 a.C., e sua destruição foi
concluída em 86 a.C. pelo rei babilônico Nabucodonosor.

• Escavações na Jordânia – A velha briga para determinar o que é fato e o que é


lenda nos textos bíblicos acaba de passar por mais uma reviravolta – e quem saiu
ganhando foi o glorioso reino de Salomão, filho de Davi, que teria governado os
israelitas há 3.000 anos. Escavações na Jordânia sugerem que a extração de cobre em
escala industrial no antigo reino de Edom – região que, segundo a Bíblia, teria
sido vassala dos reis de Israel – coincide, em seu auge, com a época do filho de
Davi. Em outras palavras: as célebres “minas do rei Salomão” podem ter existido do
outro lado do rio Jordão. A pesquisa, coordenada pelo arqueólogo Thomas E. Levy, da
Universidade da Califórnia em San Diego, está na edição desta semana da prestigiosa
revista científica americana PNAS, e bate de frente com os que duvidam da
existência de uma monarquia poderosa em Jerusalém durante o século 10 a.C. Segundo
esses pesquisadores, como Israel Finkelstein [ele é um arqueólogo ateu, figura
sempre presente nas páginas da Superinteressante e da Galileu], da Universidade de
Tel Aviv, tanto a região de Jerusalém quanto a área de Edom, onde as minas foram
encontradas, eram habitadas por uns poucos aldeões e pastores nômades nessa época.
O surgimento de reinos politicamente bem organizados e capazes de empreendimentos
de larga escala só teria sido possível por ali cerca de 200 anos depois.Levy
discorda. “O que nós mostramos de forma definitiva é a produção de metal em larga
escala e a presença de sociedades complexas, que podemos chamar de reino ou Estado
arcaico, nos séculos 10 a.C. e 9 a.C. em Edom. Trabalhos anteriores afirmavam que o
que a Bíblia dizia a respeito disso era um mito. Nossos dados simplesmente mostram
que a história de Edom no começo da Idade do Ferro precisa ser reinvestigada usando
ferramentas científicas”, declarou o arqueólogo ao G1. A região escavada por Levy e
seus colegas na Jordânia é uma velha suspeita de ter abrigado as famosas minas
salomônicas. Nos anos 1940, o arqueólogo americano Nelson Glueck já tinha defendido
a idéia. No entanto, foi só com as escavações em larga escala no sítio de Khirbat
en-Nahas (em árabe, “as ruínas de cobre”), ao sul do Mar Morto, que o tamanho da
atividade mineradora ali ficou claro. Estima-se que, só em sobras da extração do
minério, existam no local entre 50 mil e 60 mil toneladas de detritos. Numa
escavação iniciada em 2006, Levy e seus colegas desceram pouco mais de 6 m e
montaram um quadro em alta resolução da história de Khirbat en-Nahas. A ocupação
começa com uma estrutura retangular de pedra, com protuberâncias ou “chifres”.
“Pode ter sido um altar”, conta o arqueólogo – esses “chifres” eram usados como
plataforma para besuntar o sangue dos animais sacrificados na antiga Palestina.
Acima dessa estrutura, ao menos duas grandes fases de extração de cobre estão
documentadas, com paredes de pedra que serviam como instalação industrial. Uma das
formas de datar a atividade mineradora é a presença de artefatos egípcios – um
escaravelho e um colar – que aparentemente datam da época dos faraós Siamun e
Shesonq (chamado de Sisac na Bíblia) – o século 10 a.C. Mas os pesquisadores também
usaram o método do carbono 14 para estimar diretamente a idade de restos de madeira
usados para derreter o minério e extrair o cobre. O veredicto? O mais provável é
que a atividade industrial na área tenha começado em 950 a.C., data equivalente ao
auge do reinado de Salomão, e terminado em torno de 840 a.C. E não é só isso:
escavações numa fortaleza próxima também sugerem uma construção na era salomônica,
durante o século 10 a.C. Segundo o relato bíblico, Salomão usou vastas quantidades
de bronze (cuja matéria-prima, ao lado do estanho, era o cobre) na construção do
templo de Jerusalém. Também teria continuado o domínio estabelecido por seu pai
Davi sobre Edom e financiado uma frota de navios mercantes que saíam do litoral
edomita em busca de produtos de luxo. Levy diz que os dados obtidos em Khirbat en-
Nahas são compatíveis com o quadro do Antigo Testamento, mas mostra cautela. “Se as
atividades lá podem ser atribuídas ao controle da produção de metal pela Monarquia
Unida israelita, pelos edomitas ou por uma combinação de ambos, ou até por um outro
grupo, é algo que nossa equipe na Jordânia ainda está investigando”, ressalta ele.
A pedido do G1, o arqueólogo Israel Finkelstein comentou o estudo na PNAS e fez
pesadas críticas [o que se podia esperar dele?]. Para começar, Finkelstein não
reconhece a região de Khirbat en-Nahas como parte do antigo reino de Edom, porque o
sítio fica nas terras baixas jordanianas, e não no planalto do além-Jordão. “Na
época em que Nahas está ativa, não há um único sítio arqueológico no platô de Edom,
que só passa a ser ocupado nos séculos 8 a.C. e 7 a.C.”, diz o pesquisador
israelense. “A mineração em Nahas não tem a ver com o povoamento de Edom, mas com o
do vale de Bersabéia [parte do reino israelita de Judá], que fica a oeste, ao longo
das estradas pelas quais o cobre era transportado até o Mediterrâneo”, afirma.
Finkelstein também critica o fato de Levy e seus colegas teram usado os rejeitos de
mineração como base para sua estratigrafia, ou seja, as camadas que ajudam a datar
o sítio arqueológico, porque eles formariam estratos naturalmente “bagunçados” de
terra. E afirma que a fortaleza estudada pelos pesquisadores também é posterior ao
século 10 a.C. “Aceitar literalmente a descrição bíblica do rei Salomão equivale a
ignorar dois séculos de pesquisa bíblica. Embora possa existir algum fundo
histórico nesse material, grande parte dele reflete a ideologia e a teologia da
época em que saiu da tradição oral e foi escrito, por volta dos séculos 8 a.C. e 7
a.C. Os dados de Nahas são importantes, mas não vejo ligação entre eles e o
material bíblico sobre Salomão”, arremata Finkelstein. [Não vê ou não quer ver?]
Levy preferiu não responder diretamente as críticas do israelense, embora um artigo
anterior de sua lavra aponte que, ao contrário do que diz Finkelstein, há ligação
cultural entre os habitantes das terras baixas e os edomitas do planalto. “Suponho
que, toda vez que há uma interface entre textos sagrados e dados arqueológicos, é
natural que o debate se torne emocional”, diz ele. [Bingo!]

• Escavações em Axum (Etiópia) – Arqueólogos alemães encontraram os restos do


palácio da lendária rainha de Sabá na localidade de Axum, na Etiópia, e revelaram
assim um dos maiores mistérios da Antigüidade, segundo anunciou a Universidade de
Hamburgo. “Um grupo de cientistas sob direção do professor Helmut Ziegert encontrou
durante uma pesquisa de campo realizada nesta primavera européia o palácio da
rainha de Sabá, datado do século X antes de nossa era, em Axum-Dungur”, destaca o
comunicado da universidade. A nota diz que “nesse palácio pode ter ficado durante
um tempo a Arca da Aliança”, onde, segundo fontes históricas e religiosas, foram
guardadas as tábuas com os Dez Mandamentos, que Moisés recebeu de Deus no Monte
Sinai. Os restos da casa da rainha de Sabá foram achados sob o palácio de um rei
cristão. “As investigações revelaram que o primeiro palácio da rainha de Sabá foi
transferido pouco após sua construção, e levantado de novo orientado para a estrela
Sirius”, dizem os cientistas. Os arqueólogos acreditam que Menelik I, rei da
Etiópia e filho da rainha de Sabá e do rei Salomão, foi quem mandou construir o
palácio em seu lugar definitivo. Os arqueólogos alemães disseram que havia um altar
no palácio, onde provavelmente ficou a Arca da Aliança, que, segundo a tradição,
era um cofre de madeira de acácia recoberto de ouro. As várias oferendas que os
cientistas alemães encontraram no lugar onde provavelmente ficava o altar foram
interpretadas pelos pesquisadores como um claro sinal de que a relevância especial
do lugar foi transmitida ao longo dos séculos. A equipe do professor Ziegert estuda
desde 1999, em Axum, a história do início do reino da Etiópia e da Igreja Ortodoxa
Etíope. “Os resultados atuais indicam que, com a Arca da Aliança e o judaísmo,
chegou à Etiópia o culto a Sothis, que foi mantido até o século VI de nossa era”,
afirmam os arqueólogos. O culto, relacionado à deusa egípcia Sopdet e à estrela
Sirius, trazia a mensagem de que “todos os edifícios de culto fossem orientados
para o nascimento da constelação”, explica a nota. O comunicado também diz que “os
restos achados de sacrifícios de vacas também são uma característica” do culto a
Sirius praticado pelos descendentes da rainha de Sabá. Nota do pastor Sérgio
Santeli: A arqueologia vem confirmando cada vez mais a historicidade do texto
bíblico, o que demonstra que a fé dos cristãos está baseada em fatos históricos. A
matéria acima fez uma ligação da descoberta arqueológica com uma lenda antiga que
afirma que a rainha de Sabá e Salomão tiveram um filho, e que Salomão teria mandado
a Arca do Concerto para a Etiópia ficando com uma réplica em Jerusalém – o que, de
fato, é pura lenda. Quanto à afirmação de que Salomão fosse adorador da estrela
Sírius, pode até ser verdade, uma vez que o rei apostatou durante uma parte da vida
e seguiu “deuses estrangeiros” (1Rs 11:1-8).

11. MONTAR UMA MAQUETE SIMPLES DE JERUSALÉM OBSERVANDO O SEGUINTE:

a) Relevo

b) Os diferentes perímetros da cidade nas épocas do 1º templo (Davi e Salomão), 2º


templo (Herodes e Jesus Cristo) e a Jerusalém atual.

c) Os principais sítios arqueológicos

d) Os principais pontos de visitação religiosa


Resposta sugerida: Recomenda-se que este requisito seja respondido junto ao
instrutor ou conselheiro. Segue alguns links para auxiliar o trabalho:

https://www.youtube.com/watch?v=fSxaQrvyfl8

http://genesistoursblog.com/a-maquete-de-jerusalem/

http://www.holyland-pilgrimage.org/pt-pt/o-parque-arqueol%C3%B3gico-de-jerusal
%C3%A9m

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