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ESPECIALIDADE DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA – MATERIAL DE INSTRUÇÃO E ESTUDO

UNIVERSO DE ESPECIALIDADES
Clube de Desbravadores Cruzeiro do Sul
Brasília DF
ESPECIALIDADE DE ARQUEOLOGIA BÍBLICA – MATERIAL DE INSTRUÇÃO E ESTUDO

O QUE É ARQUEOLOGIA?

Para que você tenha uma perfeita compreensão do que é Arqueologia,


precisamos explicar detalhadamente a diferença entre Paleontologia e
Arqueologia, pois muita gente confunde estas duas ciências traçando para elas
as mesmas características e campo de conhecimento. Sabemos que afirmar isso
é um equívoco, e para comprovar isto leia as seguintes definições:

A Arqueologia é o estudo das sociedades humanas antigas através dos vestígios


materiais encontrados pelos arqueólogos. Com a arqueologia, o ser humano
consegue aprender sobre a cultura e costumes dos seus antepassados. Já a
Paleontologia é a ciência que estuda os animais e vegetais que viveram no
passado, através dos fósseis. A paleontologia busca informações nos fósseis,
tais como: idade do fóssil, condições de vida e morte do ser fossilizado,
características, influências ambientais, entre outras.

A Arqueologia se limita na busca, identificação e estudos de objetos


originalmente feitos pelos seres humanos na antiguidade, com o objetivo de
aprender um pouco sobre os costumes, culturas e tradições das sociedades
primitivas. Já a Paleontologia estuda a fauna e a flora fossilizada, com o objetivo
de conhecer as variedades de espécies de animais e plantas que habitavam a
Terra há milhares ou milhões de anos.

TERMOS EMPREGADOS NA ARQUEOLOGIA

Como em outras ciências e campos de estudo, a Arqueologia possui termos


técnicos empregados em sua rotina de pesquisas e trabalhos de campo.
Conhecer alguns destes termos é fundamental para que ao realizar uma leitura
especifica sobre o tema, o Desbravador possa facilmente identificar o significado
de tais termos. Não iremos nos aprofundar nos estudos de cada terminologia,
mas um breve esclarecimento sobre cada termo lhe dará a base para que possa
de fato compreender cada um deles.
PAPIROLOGO - É aquele que estuda antigos papiros.
EGIPTÓLOGO - Especialista em estudos sobre o Antigo Egito.
ASSIRIÓLOGO – Dedica-se a assiriologia, é especialista em temas sobre os
povos da Assíria.
ORIENTALISTA - Estuda as civilizações orientais atuais ou históricas,
localizadas no Oriente Médio e no Extremo Oriente.

ESCRITA CUNEIFORME - Foi criada pelos sumérios, sua definição pode ser
dada como uma escrita que é produzida com o auxílio de objetos em formato de
cunha. É uma das mais antigas do mundo, apareceu na mesma época dos
hieróglifos, sendo criada por volta de 3.500 a.C. Inicialmente era uma escrita
enigmática, porém com o passar do tempo se tornou mais simples devido a
dedicação de estudiosos.

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HIERÓGLIFO – Trata-se de um extinto modelo de escrita pictográfica, utilizado


principalmente pela antiga sociedade egípcia e por alguns grupos indígenas
americanos, como os maias e os astecas.
PALEOGRAFIA - É o estudo de textos manuscritos antigo e medievais,
independentemente da língua e região originais do documento.
ANTIQUÁRIO – Muitas pessoas confundem com uma loja onde são vendidas
antiguidades, mas na realidade, a palavra significa a pessoa que estuda coisas
antigas.
SÍTIO ARQUEOLÓGICO – Trata-se do local onde são encontrados vestígios do
homem e civilizações do passado.
ESTRATIGRAFIA - É o ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de
rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram.
TEL, TELL E KHIRBET – Trata-se de um tipo de sitio arqueológico na forma de
montículo de terra, resultante da acumulação provinda da erosão dos materiais
depositados pela ocupação humana por muito tempo. Na arqueologia Bíblica
você irá encontrar alguns destes tipos de sítios arqueológicos. Guarde este
termo e seu significado na memória.
RÉPLICA - Imitação ou cópia feita a partir de uma obra de arte original, muito
comum em museus que não querem expor peças raras e de grande vulto, mas
que são consideradas frágeis as condições climáticas e de iluminação. Os
museus fazem réplicas exatas de muitos objetos e obras de artes que muitas
vezes julgamos serem os originais.
FERRAMENTAS UTILIZADAS NA ARQUEOLOGIA

Assim, como os dentistas, médicos e engenheiros possuem seus instrumentos,


o arqueólogo também necessita de algumas ferramentas para que se torne
possível a descoberta, manuseio e retirada dos artefatos descobertos ou
encontrados em escavações. Existem ferramentas específicas para cada etapa
da escavação, indo das mais invasivas até às mais delicadas. Veja uma lista com
algumas destas ferramentas:

Colheres: Comuns como as de pedreiro

Espátulas odontológicas: As mesmas utilizadas por dentistas

Pá: De vários tamanhos e formas

Peneira: Também de vários tamanhos e com telas mais finas ou mais grossas
dependendo do que será peneirado.

Peneira de malha vibratória: Ao alimentar a peneira sua vibração irá peneirar


o material sem o auxílio humano.

Balde: Diversas funções são empregadas aos baldes

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Pincéis: Servem para uma limpeza preliminar e delicada em artefatos


semienterrados ou não.

Enxadas: As mesmas empregadas em fazendas próprias para capina, também


existem modelos menores com aproximadamente 30cm

Vassouras: De vários tamanhos e espessuras de fibras

Maquinário pesado: Retroescavadeira ou escavadeira e brocas de solo.

Outros equipamentos: Carrinho de mão, fita métrica, metro e balança,

TECNICAS DE DATAÇÃO DE UM ARTEFATO ARQUEOLÓGICO

Todos os objetos encontrados em um Sítio Arqueológico ou escavação, carece


de uma datação para que possamos saber sua idade aproximada, para obter
esta importante informação, existem algumas técnicas que podem auxiliar os
arqueólogos.

O Carbono 14: O método do carbono-14 usa o fato de que os organismos vivos,


como respiram o ar atmosférico, acabam entrando também nesse equilíbrio e a
concentração de carbono-14 na matéria viva é também estável. Porém, quando
um organismo morre, a troca com a atmosfera deixa de acontecer e o equilíbrio
é rompido: o carbono-14 começa a decair, mas não é reposto. Pode-se dizer que
foi acionado um relógio radioativo, pois a velocidade com que o carbono-14 decai
é bem conhecida. Em 5.730 anos, metade do carbono-14 já decaiu em
nitrogênio; em mais 5.730 anos, metade do que restou decai; e assim por diante.
Desta forma, se a concentração de carbono-14 em uma amostra de osso é um
quarto da esperada, pode-se dizer que o animal dono daquele osso morreu há
cerca de 15.460 anos.

Termoluminescência: Para se determinar a idade de objetos com mais de 50


mil anos ou cuja idade não tenha relação com compostos orgânicos (como vasos
de cerâmica), usam-se outros métodos. Uma técnica bem mais barata que a do
carbono-14 e que vem sendo cada vez mais usada no mundo todo é a da
termoluminescência (TL). Esse método mede os pequeninos defeitos que
aparecem no material de que é feita a amostra, decorrentes da radiação a que
ele está submetido: radiação cósmica, radiação do ambiente ao redor da amostra
ou do próprio material de que ela é feita. Quando a radiação reage com a
amostra, são liberados alguns elétrons das suas moléculas. Alguns desses
elétrons são aprisionados em defeitos no material da amostra. Algumas
moléculas, portanto, não recebem seus elétrons de volta e ficam ionizadas
(carregadas eletricamente). À medida que o tempo passa, mais e mais elétrons
vão ficando aprisionados. Quando a amostra é aquecida, a energia térmica
fornecida aos elétrons é suficiente para eles se libertarem e se recombinarem
com as moléculas ionizadas, restituindo a situação original. Nesse processo de
recombinação, é emitida energia luminosa, que constitui a termoluminescência.
O que se faz no laboratório é aquecer a amostra até que a termoluminescência
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seja liberada. A intensidade da termoluminescência indica o tempo transcorrido


desde a última vez em que a amostra sofreu aquecimento. No caso de uma
cerâmica, ela era aquecida durante sua fabricação, para a lapidação ficar mais
fácil. Assim, a intensidade da termoluminescência fornece o tempo transcorrido
desde que ela foi aquecida pela última vez. Com isso, pode-se datar objetos de
até 1 milhão de anos, com precisão de até 10%.

Luminescência opticamente estimulada, EPR e aminoácidos: O grupo da


UFS usou a termoluminescência para datar objetos cerâmicos, mas não as
ossadas, pois o método exige que se aqueça o material a até 400 graus, o que
destruiria os ossos. Um método semelhante, mas menos destrutivo, é a
luminescência opticamente estimulada (LOE ou OSL). Assim como na
termoluminescência, nesse método provoca-se a libertação dos mesmos
elétrons presos nos defeitos do material, que haviam sido retirados de suas
moléculas pela radiação ambiente. A diferença é que nesse caso a libertação
não é provocada pelo aquecimento, mas pela exposição à luz. No Brasil, esse
método é usado no Laboratório de Vidros e Datação, na Faculdade de
Tecnologia de São Paulo, pelo grupo de Sônia Tatumi, que também usa a
termoluminescência. Outro método não-destrutivo é a ressonância
paramagnética nuclear (EPR), também chamada ressonância de spin eletrônico
(ESR). Apesar de ser menos sensível que a termoluminescência, ele permite a
determinação do número de elétrons aprisionados sem precisar libertá-los, como
acontece na termoluminescência e na LOE. O método aproveita o fato de que
os elétrons aprisionados possuírem um campo magnético ao seu redor. O que é
medido é a quantidade desses campos. Permite uma precisão de 10% e a
datação de objetos entre 1000 a 1 milhão de anos. No ano passado,
pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Fundação Museu do Homem
Americano, no Piauí, publicaram na revista Journal of Archaeological Science
resultados com estudos com EPR e termoluminescência sobre formação de
calcita em pinturas rupestres no Parque da Capivara, no Piauí. Os estudos com
EPR foram feitos por Oswaldo Baffa Filho, na USP de Ribeirão Preto. Os
resultados indicam que a ocupação humana se deu antes de 35 mil anos atrás,
em contradição com as teorias atuais sobre a ocupação do continente
americano, que teria começado há apenas 12 mil anos. Uma datação posterior
com carbono-14, feita pelos Marvin Rowe e Karen Steelman, entretanto, indicou
uma idade de no máximo 3800 anos. A datação foi publicada na mesma revista
em 2003 e foi feita em oxalato de cálcio, uma substância que encontraram na
calcita sobre as pinturas rupestres. Os autores dizem que, até que essa
controvérsia seja resolvida, as medidas com EPR e termoluminescência não
podem ser consideradas conclusivas. Na técnica da racemização de
aminoácidos, é analisada a proporção entre aminoácidos dextrógiros e levógiros.
Os aminoácidos são moléculas complexas que constituem as proteínas. Em
geral, para cada aminoácido, existem duas versões quase idênticas – a não ser
por uma ser a imagem no espelho da outra. Diz-se que são “isômeros ópticos”.
Um grupo é chamado dextrógiro e o outro levógiro. Ocorre que, nos organismos
vivos, apenas aminoácidos dextrógiros aparecem. Entretanto, depois que o
organismo morre, reações químicas vão transformando parte dos aminoácidos
dextrógiros em levógiros, até chegar a um equilíbrio. Observando a quantidade
de aminoácidos levógiros em um fóssil permite inferir há quanto tempo o
organismo morreu.
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Outros: Novos métodos continuam sendo criados. Recentemente,


pesquisadores de Israel descobriram uma nova maneira de datar objetos de
chumbo, um material muito usado na Antiguidade para fazer pesos,
revestimentos, tubos etc. O método, foi publicado na revista britânico-alemã New
Journal of Physics, e consiste na determinação da espessura da camada
corrosiva que se desenvolve lentamente sobre o chumbo – quanto maior a idade,
maior a espessura. Os cientistas usaram a nova técnica para datar objetos de
750 a 2500 anos encontrados no sítio de Tel-Dor, na costa de Israel, também
conhecido pelos seus nomes árabes Tantura ou Khirbet el-Burq. Segundo os
cientistas, é o primeiro método que permite a datação direta de artefatos de
chumbo. Muitas vezes diferentes métodos se complementam. Segundo Sônia
Tatumi, da Fatec, é importante usar vários métodos para datar o mesmo objeto.
O carbono-14 e a termoluminescência, por exemplo, “são métodos em que a
teoria física é completamente diferente”, explica a pesquisadora. “Se você tem
uma idade que bate com os dois métodos, você tem certeza de que esse é o
valor.”

VOCE SABE A DIFERENÇA ENTRE MAXIMALISMO E MINIMALISMO?

O Maximalismo e o minimalismo são rótulos criados para diferenciar dois tipos


de abordagem sobre a confiabilidade histórica da Bíblia. Maximalistas supõem
que a Bíblia é, até certo ponto, um registro confiável da história da formação de
Israel. Já os Minimalistas defendem que a narrativa bíblica do Antigo Testamento
deve ser lida como ficção, a menos que possa ser confirmada
arqueologicamente.

OS BENEFICIOS DA ARQUEOLOGIA BIBLICA EM SUA VIDA

Ao realizar a especialidade de Arqueologia Bíblica, certamente você poderá


perceber a confirmação e a crença de que os escritos bíblicos são exatos,
conforme foram copiados através dos séculos. Através desta especialidade você
irá compreender com maior exatidão e respeitar os costumes dos tempos
bíblicos.

Estou certo que ao pesquisar e realizar seu relatório você encontrará e


Identificará nomes e doutrinas citadas na Bíblia e que irão lhe ajudar a entender
passagens Bíblicas mais complexas.

O estudo da Arqueologia Bíblica, mesmo sendo abordado de forma tão


resumida, é capaz de demonstrar a falsidade de algumas teorias críticas de
interpretação Bíblica.

Por fim, você verá a precisão do grego e hebraico originais que até hoje são
empregados nos textos bíblicos e tem sido transmitido com um alto grau de
precisão.

Certamente você será beneficiado em obter um conhecimento histórico e visual


de sítios e achados arqueológicos que comprovam todos os relatos bíblicos.

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PERSONALIDADES DA ARQUEOLOGIA

Certamente você já fez seu relatório de duas páginas e agora precisará realizar
um estudo biográfico de pelo menos uma página sobre algum famoso
arqueólogo. Iremos oferecer uma luz para que sua pesquisa seja direcionada,
mas o restante é com você. Procure livros ou sites confiáveis para realizar seu
estudo biográfico.

Nomes sugeridos:
- Jean-François Champollion
- Edward Robinson
- William Foxwell Albright

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Material desenvolvido por: Bruno Diniz – Historiador e Líder de Desbravadores

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