Você está na página 1de 8

Paleontologia: O que é isso?

A paleontologia é a área do conhecimento que busca estudar os registros dos


organismos pretéritos preservados nas rochas. O termo paleontologia provém da união
de palaios– que significa antigo, ontos– que significa coisas existen tes e logos– que
significa estudo, ou seja, é o estudo das coisas antigas. Não é de hoje que os fósseis vêm
encantando e despertando curiosidade na humanidade.
Comumente os fósseis são preservados em rochas sedimentares, que são rochas
formadas por processos que consolidam sedimentos, como por exemplo, argila ou areia.
Esses sedimentos são oriundos da dissolução de outras rochas que podem ser rochas
ígneas, metamórficas ou até mesmo sedimentares.
É importante ressaltar que, não é apenas nas rochas que os fósseis são
encontrados. Os restos dos organismos também podem se preservar em âmbar,
mumificação ou congelamento.
O âmbar que é uma resina proveniente de árvores como gimnospermas e
angiospermas (quem não se lembra do mosquito preservado em âmbar no filme Jurassic
Park?). Outro tipo de preservação é o congelamento ou mumificação (como alguns
autores preferem chamar). Neste tipo, quando um organismo
fica exposto a temperaturas extremas, a decomposição de
partes moles, como pele, músculos e pelos, não ocorre. E
esses organismos podem ser preservados em um estado
excepcional. Dois exemplos bem famosos com esse tipo de
preservação é a Sibéria e o Alasca, nestes lugares já foram
encontrados mamutes lanosos, rinocerontes, lobos, entre
outros, os quais permaneceram congelados desde a última glaciação do Pleistoceno,
datando até 45.000 anos.
Jurassic Park (1993)

O paleontólogo faz escavações em busca desses seres que ficaram


preservados nas rochas sob a forma de fósseis. Seu objeto de estudo não se limita aos
dinossauros, mas inclui também outros tipos de répteis, peixes, mamíferos, anfíbios,
vegetais, invertebrados, fungos e bactérias.

O que é um sítio arqueológico?


O que chamamos de sítio arqueológico é um local onde foram encontrados
vestígios de ocupação humana, seja esta ocupação antiga ou recente. É claro que, se
o arqueólogo for realmente classificar todos estes lugares, classificaríamos até
mesmo nossa própria casa como um patrimônio público. Portanto, não é qualquer
lugar com vestígios que são registrados como sítios arqueológicos, mas apenas
aqueles que apresentam importância científica para compreensão da história da
humanidade. São estes sítios arqueológicos (com raras exceções) que são estudados
pelos arqueólogos. Já existem mais de 20 mil sítios arqueológicos registrados em
território brasileiro, de acordo com o IPHAN.

O que são Fósseis?


Os Fósseis são vestígios de organismos (animais e vegetais) muito antigos que
foram preservados em rochas, com o passar dos anos por meio de processos naturais.
São considerados fósseis os restos que apresentem mais de 11 mil anos.
Os fósseis mais antigos encontrados no planeta Terra são datados por
aproximadamente 3,8 bilhões de anos.
Formação dos Fósseis
Os fósseis podem ser ossos, conchas, dentes, pegadas e geralmente são
encontrados nas pedras e rochas muito antigas.
Existem fósseis que são conservados quase que inteiramente, por exemplo, os
mamutes encontrados no gelo, ou os insetos em âmbar (resina vegetal).
Note que as partes duras dos seres apresentam maior probabilidade de se
fossilizar em relação as partes moles.
A formação dos fósseis está intimamente relacionada com as condições climáticas
do planeta e as características morfológicas dos seres envolvidos, que conservaram, de
alguma maneira, os restos ou vestígios durante muitos anos.
Para saber o período em que o fóssil esteve vivo no planeta Terra, os cientistas
medem a quantidade de compostos químicos presentes, por exemplo, o carbono, chumbo
e urânio.
Esse método moderno de datação dos fósseis é denominado de "radioatividade" e
determina quantos milhões ou bilhões de anos, o organismo esteve presente.
Veja abaixo os principais processos de fossilização, os quais levaram à formação dos
fósseis.

Processos de Fossilização

A fossilização representa o processo de conservação dos fósseis, que podem ocorrer de


diversas maneiras. Abaixo estão os principais processos de fossilização:
 Marcas: impressões deixadas por atividades dos seres vivos, por exemplo, as
pegadas.
 Restos: incluem todos os tipos de vestígios rígidos, por exemplo, as conchas.
 Moldes: fósseis moldados pela região em que ocorre o processo de fossilização,
do qual permanecem as partes rígidas dos seres, por exemplo, os ossos.
 Mineralização: ocorre por meio da transformação da matéria orgânica em
minérios, por exemplo, a sílica.
 Mumificação: também chamado de “conservação”, é processo em que
permanecem as partes rígidas e moles dos seres, por exemplo aqueles que
fossilizaram no gelo.

A Importância dos Fósseis

É através dos estudos sobre os fósseis que podemos conhecer melhor a história do
planeta em tempos remotos, identificada pelos vestígios que marcaram determinada
época.
Um exemplo notório é os fósseis encontrados dos dinossauros, visto que se não
fossem estudados nunca saberíamos que esses répteis gigantescos viveram no planeta
muito antes da raça humana habitá-lo.
Outro exemplo são os fósseis de mamutes, que foram extintos há mais de 10 mil
anos e ainda hoje são estudados por pesquisadores.
Assim, os fósseis são as provas mais concretas da existência de vida no planeta,
sendo uma importante ferramenta de estudos entre os biólogos, arqueólogos,
paleontólogos e geólogos. Eles revelam as transformações que ocorreram nos seres
vivos e no próprio planeta durante anos.
Por esse e outros motivos, a conservação dos fósseis revela grande importância
histórica para o estudo da evolução da vida.
O trabalho de encontro dos fósseis é executado pelo paleontólogo, realizado por
meio da escavação de um local e da coleta do material.

Você também pode gostar