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Frequência 12/05
O que é um fóssil?
o Fósseis são vestígios ou remanescentes de organismos, outrora vivos,
preservados nos leitos geológicos (rocha) da terra.
o São restos de organismos que foram total ou parcialmente transformados em
rocha através de um longo processo de substituição química. Neste processo, os
minerais dos ossos e dentes (cálcio e fósforo) são gradualmente substituídos por
minerais que compõem as rochas (ex. Ferro e sílica)
Fossilização
o O processo de formação de um fóssil exige condições específicas. Esta ocorre
muito lentamente (milhões de anos)
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Tafonomia
o Estudo dos processos que ocorrem desde a morte de um organismo até à sua
fossilização (termo proposto em 1940 – Ivan Efremov)
o Subdisciplina da paleontologia que analisa os processoss através dos quais os
restos orgânicos passam da biosferra para a litosferra, como resultado dos
processos geológicos e biológicos
o Avalia a interação entre os agentes opostos de destruição e de preservação
Tanatologia
o Estudo científico da morte
• Autólise
• Putrefação
• Esqueletização
• Formação de adipoceras
• Dessecação acidental e mumificação deliberada
Diagénese
o Conjunto de modificações químicas e físicas (sofridas pelos sedimento) desde a
deposição até à consolidação e transformação em rochas
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o Na antropologia e paleontologia humana refere-se à modificação da composição
química e estrutural dos ossos por agentes físicos, químicos e biológicos,
preservando-os ou destruindo-os
o Morte
• Reações bioquímicas, morte celular
• Digestão enzimática – autólise
o Tríade mortis
• Algor mortis
• Diminuição da temperatura corporal (até 24h)
o Putrefação
• Invasão de bactérias e outros organismos saprófitos
• Odor intenso, Inchaço
• Alterações da cor da pele (Pálida, verde, castanha escuro, preto)
o Esqueletização e diagénese
• Semanas a anos – Grande variabilidade
• Perda total de tecidos moles
4. As sequências rochosas que contém fósseis não são completas em todos os sítios
• Depressão de Fayum, Egipto
▪ 37-29 M.a
▪ Situada no deserto do Saara, junto ao rio Nilo
▪ Centenas de fósseis dos primeiros primatas
▪ O registo acaba abruptamente há cerca de 29. M.a
Exemplos
o África Oriental
o Atapuerca, Espanha (1976)
o Jebel Irhoud, Marrocos (2017)
o Ilha das Flores, Indonésia (2003)
o Denisova, Siberia (2010)
o Sterkfontein, África do Sul (1994)
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Tempo Geológico
o Escala de tempo geológico
representa a linha do tempo
desde a formação da Terra até
ao presente, dividida em éons,
eras, períodos, épocas e idades,
que se baseiam nos grandes
eventos geológicos da história
do planeta
o Os primeiros primatas
apareceram há 70-80 M.a. A
maior parte da evolução dos
primatas decorreu durante a Era
Cenozóica
o Primatas proliferaram durante a
era Cenozóica (idade dos
mamíferos), com início há cerca
de 65 M.a
Métodos de Datação
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• Dendrocronologia – determinação da idade de uma árvore através do
crescimento dos anéis do seu tronco
• Outros métodos não-radiométricos:
▪ Racemização de aminoácidos
▪ Paleomagnetismo
▪ Termoluminescência
As nossas origens
o Grandes motores da evolução humana:
• A tectónica de placas
• O clima
Há cerca de 20 M.a começou a abrir-se o Grande Vale do Rifte devido a pressões Este-
Oeste nas placas tectónicas sob a África
Oriental.
o A abertura do Vale do Rift provocou a
divisão desta extensão região em duas,
com climas e vegetações distintos
o A Oeste continua húmida,
caracterizando-se por florestas e
bosques
o A Este, há cerca de 7 M.a, houve um
aumento da sazonalidade e da aridez,
causando a expansão da savana
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Paleoambientes
Miocénico Final (10-5 M.a):
o A evolução dos primeiros hominíneos teve lugar durante um período de
mudanças climáticas
o Profundas alterações de temperatura, mudanças no clima e nos habitats
o Clima mais frio e seco, mais sazonal
o Mediterrâneo quase secou (devido a glaciação extrema na Antártica)
o Florestas tropicais húmidas em declínio dando lugar a bosques e savanas
Durante o Mioceno, a África Oriental estava coberta de florestas tropicais, assim como
de diversas espécies de hominóides, com diferentees dietas e morfologia.
A expansão dos bosques e das savanas levou à evolução dos primeiros hominíneos há
cerca de 6 Ma:
o Sahelanthropus
o Orrorin
o Ardipithecus
África do Sul
o Grutas, com excelentes condições de preservação
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As Nossas Origens
O que é um hominíneo?
o Os «humanos» e os seus parentes fósseis
o Mais de 20 espécies (milhares de indivíduos ou partes deles) que viveram em
diferentes períodos → padrão não linear!
o A evolução não foi unilinear em direção aos humanos modernos
o Os hominíneos constituem uma grande árvore com muitos ramos,
frequentemente interligados
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o Muitas hipóteses para explicar a origem do
bipedismo
Conclusão:
o É possível que mudanças no mecanismo de andar dos primeiros hominíneos
tenha reduzido os seus custos energéticos
b) Hipótese do abastecimento
• Machos competiriam pelas fêmeas. Fornecer mais alimentos às fêmeas e
crias, poderá ter reduzido os intervalos entre partos (5-7 vs. 2-3 anos)
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▪ Fornecimento de alimentos
▪ Laços afetivos de longo termo
▪ Cooperação
c) Termorregulaçao
Pouco provável! Works best for animals active midday on savanna; moreover,
adaptation to bipedalism may have initially occurred in woodlands, not on savanna.
Domínio Eukaryota
Reino Animalia
Filo Chordata
Classe Mammalia
Ordem Primatas
Família Hominidae
Género Homo
Espécie Homo sapiens
Taxonomia
o Ciência que se ocupa da classificação dos organismos e da nomenclatura dos
grupos formados
• Processo que descreve a diversidade dos seres vivos
• Classificação: consiste em colocar os indivíduos em grupos com base em
regras/critérios pré-estabelecidos
• Nomenclatura: dá nome aos indivíduos e aos grupos a que eles
pertencem
Regras da nomenclatura
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Cada espécie é designada por dois termos em latim – nomenclatura binominal
o O primeiro termo é o género e começa por letra maiúscula; o segundo é o
restritivo específico e começa por minúscula
o Os dois termos aparecem em itálico ou sublinhados (quando manuscritos)
o O autor e data de publicação podem ser referidos após a designação científica
(mas não obrigatório)
• Homo sapiens (Linnaeus, 1578)
• Australopithecus afarensis (Johanson & White, 1978)
Sistemática
o Com o desenvolvimento da biologia evolutiva surge um conceito mais
abrangente que a taxonomia: a Sistemática
o A Sistemática pode considerar-se como uma biologia comparativa, que engloba
dados da taxonomia e da biologia evolutiva, para tentar compreender a história
evolutiva dos organismos e as suas relações de parentesco
Filogenia
o História evolutiva de uma espécie ou grupo de espécies relacionada. Geralmente
representada por árvores filogenéticas com relações evolutivas
Holótipo
o O espécime individual considerado representativo para a descrição de uma
espécie, habitualmente o primeiro de uma dada espécie a ser descrito que serve
de base para a identificação de todos os outros indivíduos da mesma espécie,
atual ou extinta. Como a descrição normalmente não se baseia num único
exemplar, reserva-se a designação de parátipo para os espécimes auxiliares
usados na descrição
Hipodigma
o Conjunto formado pelo holótipo e pelos eventuais parátipos. Margem de
variação morfológica que see aceita dever abranger uma única e determinada
espécie extinta (Bracinha Vieira, 1995)
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Os primeiros hominíneos
o 7/6 Ma a 4,4 Ma
o Possíveis primeiros hominíneos (4 espécies; 3 géneros)
• Sahelanthropus tchadensis
• Orrorin tugenensis
• Ardipithecus kadabba
• Ardipithecus ramidus
o Serão ancestrais humanos?
o Não existe consenso na comunidade paleoantropológica!
Sahelanthropus tchadensis
Nickname Toumai
Cronologia 7-6 Ma
Local Toros-Ménalla, Chade (África Central)
Equipa Michel Brunet e colegas
Ano 2002
Habitat Perto de lago, com bosque
Espólio Crânio praticamente completo, dois
fragmentos de mandíbula e vários
dentes (5-6 indivíduos)
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o É surpreendentemente antigo (≈ 7 Ma)
o Pode dar-nos a imagem do último ancestral comum (last
common ancestor ≈ LCA)
o Pertença aos hominíneos não é consensual
o Apresenta uma mistura de características anatómicas
derivadas e primitivas surpreendente:
• Face plana, pouco prognata
• Crista supra-orbitrária maciça
• Forâmen magno mais anterior e inferior
Estatura: 110 a 130 cm
• Capacidade craniana pequena: ≈ 360-390 cm³
Peso: 25 a 40 kg
• Caninos pequenos
• Parte posterior do crânio é muito simiesca
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• Caninos ainda relativamente grandes (mais
parecidos com os dos chimpanzés)
o Bipedes quando no solo
• Colo do fémur longo e espesso
(fémures mais parecidos com os dos nossos
hominíneos posteriores do que com os dos símios, o
que é interpretado como uma evidência de o O.
Tugenensis era bípede)
o Trepadores de árvores
• Falanges curvas e úmero
(características que se crê serem adaptações para
trepar árvores, à semelhança dos chimpanzés e de Estatura: 115 a 125 cm
alguns hominíneos posteriores) Peso: 30 a 45 kg
Ardipithecus ramidus
Nickname ---
Cronologia 4,4 Ma
Local Aramis, Awash, Etiópia
Equipa Tim White e colegas
Ano 1992/1994
Habitat Bosque
Espólio Mais de 100 fósseis (vários indivíduos)
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o Adaptações ao bipedismo
• Pélvis mais curta e larga
• Fémur angulado e base do pé comprida
o Adaptações para trepar árvores
• Falanges do pé curvas
• Dedo grande do pé divergente
• Braços mais compridos do que as mãos
Bípede facultativo
o A espécie Ardipithecus ramidus é a primeira a mostrar adaptações evidentes ao
bipedismo MAS também apresenta características ancestrais (adaptações
arbóreas)
o Bípede no solo; Quadrúpede nas árvores
Ardipithecus kadabba
Nickname ---
Cronologia 5.8 – 5.5 Ma
Local Awash, Etiópia
Equipa Yohannes Haile-Selassie
Ano 2001
Espólio Ossos da mão, do pé, da pélvis, braço,
perna e crânio (c. 45% de um esqueleto
completo)
O género Australopithecus
≈ “símio do sul”
o Australopithecus africanus
o Primeiro Australopithecus: criança de Taung (África do Sul) – primeiro a ser
encontrado, não o mais antigo
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o Descoberto em 1924 por
Raymond Dart
o Descrito como uma espécie
nova em 1925
o Cronologia: ≈ 2.5 Ma
o Morreu com 3-4 anos de
idade
o Bípede
Distribuição geográfica:
o África Central
o África Oriental
o África Austral
Géneros diferentes?
▪ Kenyanthropus platyops (3.5 Ma – África Oriental)
▪ Formas robustas – alguns autores consideram-nas no género Paranthropus,
outras no género Australopithecus [P.aethiopicus, P. robustus, P. boisei]
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o Osso frontal baixo e inclinado (testa)
o Área posterior do crânio muito ampla/larga
o Caninos mais pequenos e “complexo de corte” ténue ou assente
o Molares grandes mas com esmalte espesso
o Cobertos de pelo
Australopithecus anamensis
Nickname ---
Cronologia 4.2 – 3.8 Ma
Local Quénia e Etiópia
Equipa Meave Leakey e equipa
Ano 1994
Habitat ---
Espólio ---
Australopithecus afarensis
Nickname ---
Cronologia 3.9 – 2.9 Ma
Local Laetoli (Tanzânia), Hadar, Omo, Maka,
etc. (Etiópia), Koobi Fora, etc. (Quénia)
Equipa ---
Ano ---
Habitat ---
Espólio ---
Australopithecus africanus
o Cronologia – 3.3 – 2.1 Ma
o África do Sul (Taung, Sterkfointein, Makapansgat e Gladysvale)
o Capacidade craniana ≈ 500 cm³
o Pélvis com características «humanas»
Australopithecus gahri
Nickname ---
Cronologia 2.5 Ma
Local Bouri (Etiópia)
Equipa Berhane Asfaw e equipa
Ano 1999
Habitat ---
Espólio ---
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o Primeiras tecnologias líticas?
Australopithecus sediba
o Cronologia ≈ 2 Ma
o África do Sul (Malapa Fossil Site)
o Descrito por Lee Berger
o Vivia na savana, mas comia frutos e outros alimentos que recolhia na floresta
o Mosaico de características anatómicas
o Pode ser uma espécie de transição entre A. africanus e H. habilis ou até H. erectus
o Capacidade cranina ≈ 420 cm³
o Mandíbula e dentes similares a H. erectus
o Mão muito «moderna»
o Robust
o Small cranial capacity (400-530cm³)
o Postorbital constriction
o Face prognathic
o Wide face/broad cheekbones (dish shape)
o Stout mandibules, massive molar teeth
o Sagittal crest
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Possíveis relações filogenéticas: questionáveis e complicadas...
Género Homo
Origem e História Evolutiva
Os primeiros Homo
o Os primeiros representantes do género Homo apareceram no registo fóssil
africano há 2.8 – 2.0 Ma
o Datações mais recentes colocam o aparecimento do género Homo a acontecer
por volta dos 3.3 Ma
o H. rudofelsins?
Também existem evidências de uma segunda espécie, Homo habilis, que viveu há pouco
mais de 2 Ma; esta espécie difere de Homo rudolfensis em algumas características, como
a menor capacidade craniana, mas muitos investigadores admitem que Homo habilis e
Homo rudolfensis pertencem à mesma espécie.
Existe um consenso geral de que as espécies classificadas como Homo devem partilhar
características semelhantes às de Homo sapiens, a nossa espécie, incluindo:
o Tamanho relativamente grande do cérebro, indicando uma maior capacidade
cognitiva
o Face mais pequena e ortognata
o Mandíbula e dentes de menor tamanho
o Maior dependência da cultura, particularmente o uso de ferramentas,
facultando a exploração de uma maior diversidade de ambientees
o Diminuição do dimorfismo sexual
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Os fósseis de hominíneos são atribuidos ao género Homo (em parte, mas não
exclusivamente) com base no tamanho do cérebro.
A capacidade craniana dos fósseis de Australopithecus varia de 390 cm³ a 545 cm³,
enquanto a capacidade craniana dos fósseis de Homo varia entre os 509 cm³ e os 1880
cm³.
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Antes dos 2 Ma:
o Fósseis de natureza muito fragmentária
o Variabilidade fenotípica
o Elevada variabilidade intraespecífica
o Evolução em mosaico (nem todas as características surgem ao mesmo tempo)
o Cérebro maior do que o dos Australopithecus
o Dentes mais pequenos
o Arcada dentária mais parabólica do que em Australopithecus
o Crânios mais arredondados e menos pneumatizados
o Face mais pequena e menos prognata
o Músculos da mastigação reduzidos em tamanho quando comparados com os de
Australopithecus
Homo habilis
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• Ferramentas usadas para uma pletora de atividades, incluindo recoleção de
alimentos
• Os primeiros Homo usavam as ferramentas líticas numa pletora de atividades
diferentes, incluíndo na recoleção de animais mortos
• Ferramentas de corte relativamente simples, produzidas
ao lascar um seixo arredondado com o intuito de lhe
criar uma aresta de corte áspera
• Estes utensílios líticos eram normalmente produzidas a
partir de materiais com a pederneira, a obsidiana, ou o
quartzo
Homo rudolfensis
Nickname ---
Cronologia 1.9 Ma (2.3 a 1.6 Ma?)
Local Koobi Fora, na costa oriental do lago
Turkana, Quénia
Equipa Bernard Ngeneo, membro da equipa de
Richard Leakey
Ano 1960
Habitat ---
Espólio ---
Holótipo KNM-ER 1 470
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Homo habilis
KNM-ER 1813
• 1973
• Koobi Fora, Quénia
• Capacidade craniana – 510 cm³
• 1.9 Ma
OH 24 “Twiggy”
• 1968
• Garganta de Olduvai, Tanzânia
• Capacidade craniana – perto de 600 cm³
• 1.9 Ma
OH 62
• Expedição liderada por Don Johanson na Garganta de Olduvai, Tanzânia
• Tim White identificou um indivíduo de estatura muito pequena e uns braços
surpreendentemente longos
Homo rudolfensis
KNM-ER 1590
• B. Ngeneo, 1972
• Koobi Fora, Quénia
• 1993: equipa internacional liderada por F. Schrenk e T. Bromage
• Malawi
• 2.5 – 2.3 Ma
Homo habilis
LD 350-1 (Mandíbula de Ledi)
• 2015
• Ledi-Geraru, Etiópia
• Chalachew Seyoum – Janeiro de 2013
• 2.80 – 2.75 Ma
Características primitivas tal como observadas em Australopithecus e derivadas
semelhantes a Homo, como dentes mais pequenos que em Australopithecus
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Indústrias Líticas
o Primeiros instrumento líticos
o Olduvai, África Oriental
o Olduvaiense – Modo 1
o 2.9 – 1.7 Ma
o Gona, Etiópia
o 2.6 – 1.5 Ma
o A. gahnri / Homo sp.?
o Olduvaiense?
o Nyayanga, Quénia
o Olduvaiense – Modo 1
o 2.9 Ma
o Paranthropus?
A única espécie de hominíneo conhecida por ter vivido no Turkana Ocidental nesta
época é Kenyanthropus platyops, enquanto Australopithecus afarensis é encontrado no
Lower Awash.
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• Australopithecus bahrelghazali?
Homo erectus
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o Mais evidências para a dispersão inicial do H. erectus vêm dos extremos orientais
da Europa
o Vários espécimes foram descobertos em Dmanisi, na Geórgia, datados de 1.75
Ma
o Não existem evidências definitivas relativas à expansão de H. erectus mais para
oeste (apenas indústria lítica Modo II – Acheulense)
Dmanisi
• Homem idoso
• Edentulado
• Espécie – Homo erectus
• Cronologia – 1.8 Ma
Homo erectus
Cronologia: 2.0 – 0.1 Ma
Distribuição: Ásia, África, Europa
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Homo erectus em África (1.8 – 0.3 Ma)
o O registo mais antigo encontra-se em África, há menos de 2 Ma. Nesse período,
os últimos australopitecíneos ainda existiam na África Oriental e na África do Sul
Anatomia esquelética
o A capacidade craniana média é de 930 cm³, o que representa 69% da média dos
humanos anatomicamente modernos. Em média o tamanho do cérebro do H.
erectus é mais de 50% maior do que o de H. habilis (excetuando os fósseis de H.
rudolfensis).
o Aumento da capacidade craniana ao longo do tempo
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• Várias características anatómicas quintessencialmente modernas
• Combinação de braços relativamente curtos e pernas compridas
• O H. erectus comprometia-se completamente com a vida terrestre ao adotar
uma forma de caminhar totalmente moderna
• A vida nas árvores ficava definitivamente enterrada no passado
• Adaptações esqueléticas para a corrida
• 180 cm – estatura em adulto
• Tamanho corporal muito maior que o dos hominíneos anteriores
• Capacidade craniana de 900 cm³
Achaulense, Modo II
o Konso-Gardula, Etiópia (1.4 Ma)
o Kokiselei, Quénia (1.76 Ma)
o O biface é provavelmente a ferramente lítica mais
característica do Acheulense e servia para cortar e
raspar
Homo erectus consumiam carne e outros produtos animais, controlavam o fogo, mas
seriam caçadores ou recoletores? Eram provavelmente necrófagos.
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Controlo do fogo
o Marcou um momento importante na evolução da cultura humana, e por isso é
interessante saber quando e onde o fogo foi usado pela primeira vez. O Homo
erectus tem sido associado ao primeiro uso controlado de fogo na evolução
humana.
o O controlo do fogo poderá ter acontecido há 1.5 Ma, mas os dados não são
conclusivos. As evidências mais antigas e conclusivas acerca do uso do fogo têm
790.000 anos
o As grutas de Zhoukoudian, na China, providenciaram as evidências mais fiáveis
de controlo do fogo há cerca de 460.000 anos
Homo naledi
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A anatomia pós-craniana sugere que, embora capazes de viajar longas distâncias com
marcha semelhantes aos dos humanos anatomicamente modernos, eram mais
arborícolas que outros membros de Homo, estando mais bem adaptados para escalar
árvores do que a corridas de resistência.
Capacidade craniana
• Sexo masculino: 560 cm³
• Sexo feminino: 465 cm³
Homo floresiensis
Nova espécie?
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A descoberta, em 2014, de um hominíneo pequeno com cerca de 700.000 anos em Mata
Enge (Ilha das Flores, Indonésia) fortalece a hipótese de uma
nova espéecie de tamanho reduzido.
Os primeiros europeus?
Atapuerca
• “Atapuerca não é um sítio, nem mesmo uma série de sítios, mas sim uma serra
preenchida de grutas e enterramentos” (Bahn, 1996)
• Norte de Espanha, 14 km a Este de Burgos
▪ Sima del Elefante
▪ Gran Dolina
▪ Sima de los Huesos
▪ Galeria
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• Construção de um caminho de ferro no início do séc. XX
• 1976
▪ Trinidad Torrees fez uma prospeção em Simas de los Huesos da qual
resultaram numerosos restos de ossos, entre os quais fósseis humanas
▪ Emiliano Aguirre que, em 1978, deu início a um ambicioso projeto de
escavação dos depósitos Pleistocénicos da Serra de Atapuerca
• 1991
▪ As escavações e as prospeções dos sítios de Atapuerca estão sob a
direção de Juan Luis Arsuaga, José Maria Bermudez Castro e Eudald
Carbonell
o Gran Dolina
• 1978
• 18 m de potência estratigráfica
• 11 níveis (TD1 a TD11, corresponde a um registo de 1 Ma)
• 1995
• TD6 – restos de fósseis humanos
• Indústria lítica – Modo 1
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Homo antecessor
o Atapuerca (Espanha)
o 1.2 – 0.8 Ma
o Capacidade cranina: 1000 – 1150 cm³
o Estatura: 160 – 180 cm
o Gran Dolina – Serra de Atapuerca
o Cultura Acheulense
o Espécie ancestral de H. sapiens e H. neanderthalensis?
o Primeiro hominíneo a colonizar a Europa Ocidental?
o Poucos fósseis recuperados: fragmentos de ossos da face, mandíbula, clavícula,
mãos e pés, vértebras e costelas
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Retrato de um Neandertal
Cronologia Essencial
o Divergência: ≈ 500.000 anos
o Aparecimento: ≈ 200.000 anos
o Glória: ≈ 130.000 anos (Neandertais «clássicos»)
o Declínio/desaparecimento: ≈ 30.000 anos
O Lar Euro-Asiático
o Dois centros demográficos
• Europa Ocidental
• Médio Oriente
o Variedade essencialmente europei/asiática
• Oeste: Península Ibérica
• Este: Uzbequistão
Morfologia
o Morfologia hiper-árctica
o Mais robustos que o homem anatomicamente moderno
o Estatura comparável ao homem anatomicamente moderno
• Masculino: 164-168 cm
• Feminino: 152-156 cm
o Peso: 77 kg (M)/66 kg (F)
o Cabelo ruivo
Morfologia Craniana
o Forma do crânio en bombe (crânio baixo, achatado, alongado)
o Projeção da face média
o Protuberância occipital e fossa suprainíaca
o Torus supraorbital marcado
o Grande capacidade encefálica (≈ 1600 cm³)
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Morfologia Pós-Craniana
o Mais robustos e musculados
o Caixa torácica e volumosa, em «forma de barril»
o Fémures arqueados
o Ângulo colodiafisário do fémur baixo
o Tíbia e fíbula curtas
o Pernas mais curtas em proporção
o Zona púbica longa e grácil
Adaptações ao frio?
Atividade física intensa?
“The true paleo diet is eating whatever’s out there in the environment”.
Demografia
o Grupos patrilocais
o 5-10 indivíduos
o Adultos viviam pouco tempo
o Territórios pequenos
o Caça (grandes mamíferos, todo o grupo)
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Doença & Morte
o «La Chapelle aux Saints 1»
• Cronologia: 10.000 anos
• Idade à morte: ≈ 40 anos
• Sexo: Masculino
• Perda de dentes ante mortem, doença periodontal, artrose
o «Shanidar 1»
• Cronologia: 80.000-60.000 anos
• Sexo: Masculino
• Idade à morte: 40-50 anos
• DISH/Doença de Forestier
o «Shanidar 1»
• Cronologia: 80.000-60.000 anos
• Sexo: Masculino
• Idade à morte: 40-50 anos
• Osteomielite, amputação, artrose
o «Shanidar 3»
• Cronologia: 80.000-60.000 anos
• Sexo: Masculino
• Violência interpessoal
• Outros casos: St. Césaire
o «Qafzeh 12»
• Cronologia: 95.000 anos
• Idade à morte: 3 anos
• Sexo: ?
• Hidrocefalia
o «La Ferrassie 1»
• Cronologia: 70.000-50.000 anos
• Sexo: Masculino
• Periostite activa, bilateral
• Osteoartropatia hipertrófica pulmonar?
Fósseis-Chave
o «Neanderthal 1/Feldhofer 1»
• Descoberta: 1856
• Local: Gruta de Feldhofer (Alemanha)
• Cronologia: 40.000 anos
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• Sexo: Masculino
o «Kebara 2»
• Descoberta: 1982
• Local: Gruta de Kebara (Israel)
• Cronologia: 60.000 anos
• Sexo: Masculino
o La Ferrassie 1»
• Descoberta: 1909
• Local: La Ferrassie (França)
• Cronologia: 70.000-50.000 anos
• Sexo: Masculino
o «Le Moustier»
• Descoberta: 1909
• Local: Le Moustier (França)
• Cronologia: 45.000 anos
o «Shanidar 1»
• Descoberta: 1957
• Local: Gruta de Shanidar (Iraque)
• Cronologia: 80.000-60.000 anos
• Idade à morte: 40-50 anos
• Sexo: Masculino
o «St. Césaire 1»
• Descoberta: 1979
• Local: Abri Saint Césaire (França)
• Cronologia: 36.000 anos
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• Idade à morte: ≈ 20 anos
• Sexo: Feminino
o «Zafarraya»
• Descoberta: 1983
• Local: Cueva del Boquete (Espanha)
• Cronologia: 27.000 anos?
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