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GEOLOGIA E MÉTODOS
Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra.
Princípios do raciocínio geológico
― Que idade tem a Terra? Que transformações sofreu até agora? O que provocou essas alterações?
― Para responder às questões anteriores alguns cientistas estabeleceram os princípios do raciocínio geológico.
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Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra.
Princípios do raciocínio geológico
― George Cuvier, pai da paleontologia, observou e estudou sequências de fósseis.
― A partir dessas observações, Cuvier constatou que existiam fósseis que tanto apareciam, como desapareciam
dentro de uma sequência.
― Cuvier propõe assim a existência de catástrofes que fariam desaparecer as espécies, sendo que estas seriam
repostas por intervenção divina. Nasce assim o catastrofismo.
― Fruto da sua experiência de campo, Hutton defendeu que a história geológica é longa e que inclui processos
lentos, como a erosão, transporte e a sedimentação.
― Considerava também que os processos geológicos atualmente observados são idênticos aos fenómenos do
passado – “O presente é a chave do passado”.
― As extinções em massa foram descobertas pelo estudo do registo fóssil e justificadas pela ocorrência de
impactos meteoríticos ou de vulcanismo intenso.
― A visão que tem por base o uniformitarismo mas considera a existência de fenómenos repentinos e
catastróficos denomina-se neocatastrofismo.
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Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra.
Sequências estratigráficas
― A sedimentogénese é um dos processos
geológicos explicados pelo
uniformitarismo, uma vez que ocorre de
forma lenta e gradual.
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Exceções do princípio da sobreposição dos estratos
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Sequências estratigráficas
― O estudo das sequências estratigráficas pode indiciar subidas e descidas do nível médio das águas do mar.
― Nos intervalos de tempo geológico em que houve um aumento da temperatura do planeta ocorreu um recuo da
linha de costa – transgressão marinha.
― Nos intervalos de tempo geológico em que a temperatura do planeta diminuiu ocorreu um avanço da linha de
costa – regressão marinha.
― Quando as sequências estratigráficas se encontram incompletas, devido a fenómenos de erosão diz-se que há
uma lacuna estratigráfica.
― A eliminação de estratos por erosão, antes de sobre eles se terem depositado mais sedimentos, leva à formação
de superfícies irregulares designadas superfícies de descontinuidade.
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Fósseis
― Os fósseis são restos de antigos organismos ou vestígios da sua
atividade preservados de forma natural em rochas.
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Fósseis
❶ O organismo morre.
❸ Os sedimentos finos, que
cobrem e preservam o esqueleto,
sofrem diagénese, tornando-se rochas
consolidadas. O esqueleto fica mineralizado
(os minerais presentes no meio substituem a
matéria orgânica).
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SOMATOFÓSSEIS – TIPOS DE FOSSILIZAÇÃO
Mineralização:
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Mumificação ou conservação:
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Moldagem:
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▪ Informações sobre os ambientes do passado
Os recifes de coral
desenvolvem-se no mar,
em profundidades de até
30 metros, em águas com
temperaturas entre
25 °C e 30 °C.
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Fósseis de anfíbios
dão indicação da
existência de um
ambiente húmido.
As pegadas fósseis
indicam um ambiente
terrestre
ou com um nível de
água muito baixo.
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Os grãos de pólen
fossilizados permitem
conhecer a vegetação
existente na região
onde
se formaram as
rochas que
os contêm e a partir
daí caracterizar o
clima
do passado.
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Fósseis
― Os fósseis são uma valiosa fontes de informação pois permitem datar rochas e reconstituir espécies extintas ou
paleoambientes.
Fig. 10 – Exemplos de fósseis encontrados em Portugal que revelam dados sobre os paleoambientes.
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Fósseis vivos são organismos atuais pertencentes a grupos biológicos, que no passado
geológico da Terra, foram muito mais abundantes e diversificados que na atualidade.
Esta expressão "fóssil vivo" é também utilizada para qualificar organismos de grupos
biológicos atuais que são morfologicamente muito similares a organismos dos quais há
conhecimento apenas do registo fóssil.
Nautilus
Limulus
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Tipos de rochas
― A observação de afloramentos permite, regra geral, identificar as diferentes litologias presentes numa
determinada região e inferir sobre a sua historia geológica.
― Assim:
― Rochas estratificadas pouco deformadas correspondem, geralmente, a rochas sedimentares.
― Estratos muito deformados e dobrados são constituídos, frequentemente, por rochas metamórficas.
― Intrusões que atravessam outras formações rochas são, geralmente, de rochas magmáticas. A presença de
escoadas e piroclastos é característica de rochas magmáticas vulcânicas.
― No estudo dos afloramentos rochosos podemos observar situações em que a orientação dos estratos de duas
séries não é paralela. Nestas situações estamos perante uma discordância angular.
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Tipos de rochas – discordância angular
O afloramento da praia do
Telheiro (Algarve) contém
duas séries de rochas:
Fig. 11 – Afloramento da
NNE SSW
praia do Telheiro (Sagres).
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Relevo
― O estudo das formas da superfície terrestre, isto é, do relevo, é desenvolvido numa vertente da geologia
designada de geomorfologia.
― Se no seu troço inferior um rio transbordar o seu leito normal, formam-se planícies de inundação.
― As arribas vivas são aquelas que atualmente constituem a linha de costa, enquanto as arribas fósseis já
deixaram de o ser.
― A presença de fósseis nas formações rochosas pode indicar a idade relativa das formações em que se encontram.
― Uma vez que alguns fósseis são característicos de determinados períodos da história da Terra – fósseis de idade –
então estratos que possuam o mesmo grupo de fósseis têm a mesma idade – princípio da identidade
paleontológica.
― É possível estabelecer uma idade por comparação. Designa-se por datação relativa.
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Fósseis:
Idade ou estratigráficos- os seres que os originaram viveram na Terra em
intervalos de tempo curtos mas com ampla distribuição geográfica.
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Fósseis:
Idade Fácies
Bom indicador da idade Bom indicador de paleoambiente
Grande distribuição horizontal Pequena distribuição horizontal
Pequena distribuição vertical Grande distribuição vertical
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Datação relativa
― Os fósseis encontrados em alguns estratos do afloramento A pertencem aos mesmos grupos que se encontram
em alguns estratos do afloramento B, distante do A.
― Os afloramentos A e B mostram os estratos II e III que se encontram sobrejacentes ao estrato V.
Coluna
estratigráfica
Afloramento A
Afloramento B
Formações com o
mesmo conteúdo
fóssil têm a
mesma idade.
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Princípios de raciocínio geológico. Idade e história da Terra.
Datação absoluta
― A determinação da idade absoluta de formações rochosas só foi possível após a descoberta da radioatividade, que
permitiu desenvolver técnicas como a datação radiométrica.
― Os isótopos são átomos do mesmo elemento químico mas que diferem no número de neutrões.
― Os isótopos radiativos são instáveis – isótopos-pai – pelo que ao fim de um determinado tempo tende a
transformar-se em isótopos mais estáveis – isótopos-filhos – libertando energia sob a forma de radioatividade.
― Este fenómeno designa-se por decaimento radioativo e é independente das condições do meio.
― O tempo de semivida corresponde ao tempo necessário para que se dê a desintegração de metade do número de
isótopos-pai de uma amostra, originando isótopos-filho.
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Datação absoluta
Isótopos de urânio
Isótopos de chumbo
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Escala de tempo geológico
― O estudo da idade relativa dos estratos, da idade absoluta de algumas rochas e dos fósseis de uma sequência
estratigráfica permitem conhecer a evolução geológica de uma região.
― A conjugação das informações das colunas estratigráficas de várias regiões da Terra permitiram construir uma
escala de tempo geológico.
― Esta escala divide a história da Terra em intervalos diferenciados, colocando limites pelo seu conteúdo fóssil,
resultado de extinções em massa, levando ao estabelecimento de eras geológicas:
― Era Paleozoica
― Era Mesozoica
― Era Cenozoica
― A datação absoluta permitiu atribuir a idade de 4600 Ma ao planeta Terra. Esta idade obrigou à criação de
intervalos temporais mais abrangentes – os éons.
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Escala de tempo geológico
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GRANDES ETAPAS DA HISTÓRIA DA TERRA
ERA PALEOZOICA
GRANDES ETAPAS DA HISTÓRIA DA TERRA
ERA MESOZOICA
GRANDES ETAPAS DA HISTÓRIA DA TERRA
ERA CENOZOICA